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Ano XV > Edição 948 > Curitiba, 10 de outubro de 2014
Foto: Flicrk Oficial de Aécio Neves
Aécio Neves recebe apoio para segundo turno Partidos políticos que apoiaram Marina Silva durante a campanha eleitoral no primeiro turno declaram-se a favor do candidato tucano p.3 e contra a reeleição de Dilma Rousseff EDITORIAL “Pela primeira vez durante a corrida eleitoral, Dilma Rousseff (PT) está perdendo nas pesquisas.” p. 2
Foto: Rafael Matsunaga
OPINIÃO
Bolsa de valores pode ser investimento alternativo para jovens
Com foco e um valor mínimo de início, jovens também podem investir na Bolsa de Valores Brasileira sem complicações p. 4
“Em um país como o Brasil, seis mil pessoas não podem (e não conseguem) representar a opinião pública.” p. 2
#PARTIU Festival de música eletrônica Tribaltech retorna após pausa de um ano, com a temática “Reborn”. p. 6
COLUNISTAS Lucas Karas “Não pelo jogo, que foi emocionante sim. Não pelo golaço de Hélder. Mas sim, pelo o que aconteceu no intervalo do primeiro para o segundo tempo.” p. 5
Ana Santos “A minha relação com a música é quase como uma necessidade de libertar os demônios existentes no meu subconsciente. Através da música (ouvir, cantar, tocar) é possível se libertar e se transportar p. 5 para outra dimensão. “
LONA > Edição 948 > Curitiba, 10 de outubro de 2014
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EDITORIAL
Primeira vez
Pela primeira vez durante a corrida eleitoral, a candidata Dilma Rousseff (PT), está perdendo nas pesquisas de intenções de voto para o segundo turno das eleições de 2014. Os institutos Datafolha, Ibope e Paraná divulgaram pesquisas nos últimos dias. Segundo os Institutos e Datafolha, o candidato Aécio Neves, do PSDB, têm 46% das intenções de voto, contra 44% da candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores. As duas pesquisas foram encomendadas pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, foram feitas entre os dias 7 e 9 de outubro, com cerca de três mil pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O Instituto Paraná Pesquisas divulgou que o candidato do PSDB tem 54% das intenções de voto, contra 46% de Dilma. O levantamento foi encomendado pela Revista Época e foi realizado com cerca de dois mil eleitores entre os dias 6 e 8 de outubro. Os números contrariam as pesquisas do primeiro turno, que colocavam a candidata Dilma Rousseff como preferida à reeleição. A candidata do PT registrava 41% das intenções de voto e o candidato do PSDB aparecia com 33 pontos percentuais. Na última quinta-feira, a coligação da candidata Dilma Rousseff protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma petição contra o Instituto Paraná. O pedido questiona a metodologia de pesquisa utilizada e solicita acesso ao sistema interno da coleta e verificação de dados do órgão. Mas, quando as pesquisas do primeiro turno apontavam a candidata com a maioria das intenções de votos, nenhuma pesquisa foi questionada. Pouco mais de um ano após as manifestações de junho, a população brasileira segue pedindo mudanças, mas sem saber ao certo para qual rumo quer seguir. E segue elegendo, por exemplo, a bancada do Congresso mais conservadora desde o período pós-ditadura, com aumento das bancadas evangélicas, militares e ruralistas.
OPINIÃO
Desmoralização nacional dos institutos de pesquisa Matheus Gripp
O resultado do primeiro turno das eleições de 2014 demonstrou a falta de precisão das pesquisas realizadas nesse período eleitoral. O Ibope e o Datafolha, principais institutos de pesquisa do país, publicaram números que, nas urnas, acabaram se mostrando um tanto quanto equivocados. Na corrida pelo Palácio do Planalto, as pesquisas indicavam uma disparidade entre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e os dois grandes rivais da petista: Aécio Neves, do PSDB, e Marina Silva, do PSB. Marina, inclusive, esteve à frente de Aécio durante boa parte da campanha, perdendo pontos percentuais em sequência e ficando atrás do tucano pela primeira vez na semana do dia 5 de outubro, quando as eleições aconteceram.
Com o início da campanha eleitoral para o segundo turno com as propagandas televisionadas na última quinta-feira, dia 09, as pesquisas são divulgadas quase que instantaneamente. Os números dos institutos Datafolha e Ibope apontam que Aécio Neves e Dilma Rousseff estão tecnicamente empatados, com Aécio em vantagem por dois pontos percentuais sobre Dilma. Mas muita coisa ainda deve mudar. Há quatro debates a serem realizados, promovidos pelas principais emissoras de televisão do país, e que colocam os candidatos em uma posição de enfrentamento, sem possibilidade
de escapatória. A verdade é que fica cada vez mais difícil confiar plenamente em pesquisas como essas. Elas são feitas com um número extremamente reduzidos de cidadãos e que não representam a opinião da maioria das pessoas. Em um país com as dimensões demográficas do Brasil, seis mil pessoas não podem (e não conseguem) representar a opinião de um país com mais de cento e noventa milhões de pessoas. Tomara que possamos deixar essas pesquisas de lado e, no dia 26 de outubro, façamos nossa escolha com a plena consciência de votar no que é melhor para o país.
O que se viu nas apurações, entretanto, foi uma disparidade relativamente pequena: menos de oito pontos percentuais separaram Dilma Rousseff e Aécio Neves, que agora disputam o segundo turno. O caso mais emblemático de erro em pesquisas eleitorais, sem sombra de dúvidas, aconteceu no Rio Grande do Sul. Tarso Genro, do PT, e Ana Amélia, do PP, de acordo com os institutos, tinham presença certa no segundo turno. A disputa era para ver quem teria mais votos ao final da apuração. No entanto, de maneira surpreendente, o candidato do PMDB, José Ivo Sartori, fez quase dois milhões e meio de votos válidos, superando a marca de 40% e deixandoa candidata Ana Amélia para trás. Totalmente fora das pesquisas. Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
Imagem: Arquivo Pixabay
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação
Curitiba, 10 de outubro de 2014 > Edição 948 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Novas coligações entre partidos movimentam o segundo turno Candidatos não eleitos para a segunda etapa do pleito presidencial optam por apoiar Aécio Neves na campanha política Alessandra Becker
O resultado oficial do primeiro turno das eleições presidenciais foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, apenas na última terça–feira, dia 07, dois dias após a população brasileira ir às urnas exercer um dos seus maiores direitos de cidadão, o voto. Mas, a busca dos candidatos Aécio Neves, do PSDB, e Dilma Rousseff, do PT, por apoios dos demais partidos políticos, começou rapidamente no domingo após os resultados prévios das eleições. A candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, não obteve muito êxito com os apoios partidários pós-eleições. Apesar da votação expressiva que recebeu no primeiro turno, algo em torno de 43 milhões de votos, que equivale a 41,59%, a atual presidente da República não conseguiu fechar nenhum apoio formal com representantes dos outros partidos que também disputavam as eleições presidenciais. Luciana Genro, do PSOL, foi a candidata que mais se aproximou do PT, mas não declarou parceria oficial, apenas disse em entrevista coletiva que seus eleitores devem votar na próxima eleição em “branco, nulo ou em Dilma”.
malmente apoio ao candidato tucano. No site oficial da Rede Sustentabilidade, consta que o partido, incluindo Marina Silva, só apoiará oficialmente o candidato Aécio Neves, a partir do atendimento de várias exigências propostas pelos seus membros, dentre as principais questões estão à reforma agrária, o passe livre para estudantes, escolas em tempo integral, demarcações de terras indígenas, e a manutenção dos principais programas sociais do atual governo.
Eduardo Jorge e o PV apoiam Aécio > Foto: Flickr Oficial Aécio Neves
outro ponto destacado como a “questão central” para definir o apoio ao tucano foi o tema “desenvolvimento sustentável”. Outro candidato presidenciável que declarou apoio formal a Aécio Neves foi Pastor Everaldo, e o PSC, partido pelo qual disputou as eleições presidenciais. Segundo o site oficial do PSC, o motivo que levou todos os membros do partido a apoiar oficialmente o PSDB, nesse segundo turno, foi que “nunca na história deste país houve tanta corrupção”.
“Aécio explorou melhor os defeitos de suas concorrentes.”
O candidato pelo PSDB, Aécio Neves, que obteve cerca de 34 milhões de votos, equivalentes a 33,54%, conseguiu promover um grande círculo de parcerias com os demais partidos políticos para o decorrer da sua campanha eleitoral visando ao segundo turno. Candidato presidenciável no primeiro turno das eleições, Eduardo Jorge e o PV, partido pelo qual disputou o pleito, anunciaram oficialmente em Brasília que apoiariam a campanha de Aécio Neves. No site oficial do PV, consta que “apoiar Aécio Neves, vem da comparação entre os programas de governo”,
Partidos políticos como o PSB, que lançou a candidatura de Marina Silva ao cargo presidenciável, após a morte trágica de Eduardo Campos – até então candidato oficial pelo partido – também formalizou o apoio ao candidato tucano. Em seu site oficial o PSB divulgou uma nota constando todos os motivos que levaram o partido a apoiar o PSDB, um dos principais pontos foi a “hora de mudar. A população brasileira
tem dado sinais de que deseja mudança”. O PPS, que apoiou a candidatura de Marina Silva no primeiro turno das eleições, já declarou de forma oficial que apoiará Aécio Neves no segundo turno eleitoral. A Rede Sustentabilidade, partido político formado pela candidata Marina Silva, declarou que “em hipótese alguma” vai apoiar a candidata a reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e aconselhou aos seus eleitores que votem em “branco, nulo, ou em Aécio”.
O cientista político Paulo Cunha acredita que o fato de a grande maioria dos principais partidos do cenário político brasileiro apoiar a candidatura de Aécio Neves nesse segundo turno se deve ao grande “clamor popular da mudança”. Para ele, as campanhas do PT e do PSDB são extremamente carentes de coerência e excedentes de contradições, mas que apesar disso, o candidato tucano soube aproveitar mais os pontos fracos da candidata petista. “Aécio explorou melhor os defeitos das suas principais concorrentes, e apertou insistentemente na tecla da mudança um dos principais pontos discutidos durante essa campanha pelos partidos que optaram em apoiá-lo, esse foi um dos seus diferenciais”, concluiu.
A candidata Marina Silva, que alcançou cerca de 22 milhões de votos, resultado que equivale a 21%, ficou em terceiro lugar na disputa ao pleito presidencial e ainda não oficializou quem apoiará no segundo turno das eleições. O candidato à vice– presidência de Marina Silva, Beto Albuquerque seguiu a linha do partido do qual é membro, o PSB, e declarou for- PSB também declarou seu apoio > Foto: Flickr Oficial de Aécio Neves
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GERAL
Bolsa de valores sem dor de cabeça Aprenda como pode ser simples aplicar na Bolsa Amanda Oliveira
“Quem cuida das finanças é meu pai’’, comenta Laís Nicol Gonçalves, estudante de medicina. Para ela, essa é uma preocupação desnecessária. Já Vanderlei Araújo e Rafael Carneiro, também graduandos de medicina, quiseram aplicar na Bolsa, mas não correram atrás por não terem informações sobre o assunto. A Bolsa de Valores acaba parecendo algo distante e complicado, apenas para especialistas, empresários e economistas. ‘’Infelizmente no Brasil é comum as pessoas, não só os jovens, não conhecerem a Bolsa. É uma questão cultural que deve mudar’,’ comentou o especialista Marcos Pinheiro. Atualmente cerca de 560 mil pessoas físicas investem na Bovespa, ‘’É muito pouco’’, completa Pinheiro. Embora aplicações e ações não precisem ser mais um bicho de sete cabeças recomenda-se uma boa leitura sobre o assunto antes de começar. ‘’A pessoa deve participar também de cursos sobre Bolsa de Valores, pois é fundamental entender este mercado antes de começar a operar’’, sugere Pinheiro. Além disso, ‘’é importante contar com a assessoria de uma Corretora de Valores Mobiliários que irá fazer o processo de intermediação entre o investidor e a BMF&Bovespa’’, acrescentou. Os estudantes Willian Tom, Bernardo dos Santos e Allan Strapasson encontraram outro empecilho: para aplicar na Bolsa é necessário um acompanhamento contínuo do mercado, e um bom investimento inicial. No entanto, Pinheiro explica: “Para aplicar na bolsa, não existe uma regra de valor mínimo. A sugestão é a partir de R$3 mil, para o investidor obter ganho’’, uma vez que serão necessários a valorização da ação, as taxas de compra e venda, além dos serviços solicitados para a Corretora. ‘’Se a pessoa quiser comprar com apenas R$200 pode, mas terá prejuízo devido ao ganho ser menor que as taxas (corretagem e emolumentos).
Então para compensar o risco e custos das taxas, sugerimos este valor’’. Outra dúvida dos é principalmente sobre a idade ideal para ingressar nesse mercado. Mas Pinheiro já adianta: ‘’ Os jovens devem aplicar. Essa fase da vida é a mais indicada para investir em ações, pois eles podem arriscar mais que os que estão com idade superior aos 40 – 50 anos. Se algo der errado, terão tempo e energia para conquistarem o que perderam, ou seja, o perfil agressivo se encaixa nos jovens’’. Por isso, você, e os jovens estudantes podem tranquilamente arriscar, sem medo, mas tudo devidamente planejado, claro. Esse mercado da Bolsa é conhecido por sua instabilidade, o que necessita desse perfil aventureiro encontrado em muitos jovens. No entanto, para eles, esse tipo de investimento que é mais variável pode ser considerado “uma ajuda a mais’’, não uma garantia de lucro. “Eu tenho poupança, acho melhor”, afirmou Rafael Carneiro, e como ele, outros estudantes que têm poupança acreditam que ela garanta mais uma estabilidade financeira, e planejamento seguro para o futuro. Porém, novamente, Marcos Pinheiro garante que tudo depende do seu objetivo. Os jovens têm razão na instabilidade do mercado, mas tudo tem ressalvas. ‘’A poupança é um investimento seguro e de alta liquidez, além de ser a mais conhecida e utilizada no Brasil. Mas a sua rentabilidade é muito baixa e em muitas vezes o rendimento fica abaixo da inflação. Já o mercado de ações é mais arriscado que a poupança, porém possibilita ao investidor ganhos bem maiores que a velha conhecida poupança’’, explicou o especialista. Agora, se você identificou as suas dúvidas com as dos jovens, pode seguir as dicas do especialista e desmistificar esse assunto. Quem sabe você não se torna um grande investidor?!
Bolsa de valores de São Paulo > Foto: Léo Pinheiro
Como investir na bolsa segundo a Bovespa A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) explica, em seis passos, como investir na Bolsa Ë possível tornar-se um investidor na Bolsa de Valores com apenas algunas passos simples, indicados pela própria Bovespa, confira a seguir o processo e as dicas na hora de aplicar seu dinheiro de uma forma diferente: 1º - Refletir sobre os objetivos que você tem para o dinheiro investido e quanto tempo tem para/deseja que ele renda. É interessante dar um nome para o investimento, como “meu apartamento”, “meu carro novo”, “minha viagem”, etc., funciona, ainda como um motivador e um lembrete da meta almejada; 2º - É necessário escolher uma das formas de investir na Bolsa. Entre elas, estão: Compra Direta de Ações, Fundos de Índices (ETFs), Clubes de Investimento e Fundo de Investimento em Ações; 3º - É preciso escolher uma boa corretora de acordo com seu perfil. Nesta parte, é necessário pesquisar
bastante e consultar todos os valores e serviços oferecidos; 4º - Para contratar uma corretora, é preciso abrir uma conta. O procedimento é semelhante à abertura de uma conta comum em bancos: deve-se preencher um cadastro, assinar o termo de adesão e contrato de intermediação e apresentar uma cópia do CPF, RG e Comprovante de Residência; 5º - Conheça as taxas. Existe a taxa de corretagem (valor cobrado pelas corretoras para o acesso ao mercado) e a taxa de custódia (valor mensal cobrado pela guarda das ações pela Bolsa); 6º - Hora de escolher as ações! Para isso, alguns procedimentos podem otimizar a sua escolha: esteja sempre em contato com a sua corretora, prefira ações de empresas que você consome produtos ou serviços, aprenda o máximo possível sobre as empresas e, se estiver em dúvida, comece com os ETFs.
Curitiba, 10 de outubro de 2014 > Edição 948 > LONA
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COLUNISTAS
Futebol Cervejeiro Lucas Karas
O AtleTiba foi lindo! Não pelo jogo, que foi emocionante sim. Não pelo golaço de Hélder. Nem pelo comportamento das torcidas. Mas sim, pelo o que aconteceu no intervalo do primeiro para o segundo tempo. Ali, naquele breve momento, duas gerações se encontraram. De um lado, o jovem e talentoso Marcos Guilherme, que não marcou um gol no clássico de domingo passado por preciosismo do destino. De outro, Alex, que comandou o time alviverde como em todos os outros jogos. Alex, inclusive, que se
emocionou antes do confronto. Em um vídeo divulgado pelo próprio Coritiba, o camisa 10 Coxa-Branca chorou no momento da oração com o time. Um choro sincero, humilde e que representava o amor e a dedicação de um jogador que não esqueceu sua paixão. No próprio vídeo, vemos, depois da emoção do menino de ouro do Alto da Glória, Julio César motivando os jogadores a buscarem a vitória pelo cara, pelo amigo Alex. Uma vitória em homenagem ao bem provável último
clássico que Alex disputará como jogador de futebol. E verdadeiramente o time estava aguerrido em campo. O gol, contudo, parecia que não ia vir, até que Hélder, que tem mostrado habilidade igual e até superior de Léo Gago, emendou uma bomba e marcou seu segundo gol (os dois idênticos, diga-se de passagem) com a camisa alviverde, dando a vitória ao Verdão, no clássico. Alex comemorou. E quem comemorou também foi o jovem Marcos Guilherme. É claro que não pelo gol e muito menos pela vitória Coxa-Branca. Mas pelos breves segundos em que esteve na frente do ídolo Alex – ele próprio afirmou que assistia os jogos do camisa 10 na Turquia e se inspirava no craque para jogar o seu futebol. O garoto chegou tímido e pediu a camisa, que já estava prometida a Marcelo. Alex, paizão do jeito que é – dá uma olhada no Intagram dele...- não conseguiu dizer não. Marcos Guilherme, da nova safra de jogadores com talento no Paraná deve ter ficado feliz pra
cara...mba. E Alex, que chegou ao seu 200º jogo pelo Coritiba, no jogo contra o Criciúma, anteontem, mostra o porquê é ídolo não só do Coritiba, mas do futebol paranaense. Ele até merecia uma estatua, sabe? Não, espera, ele já tem uma, mas só lá na Turquia... Vem aí o Wikibier Festival Já vimos festival de restaurantes, de café e até de vinho. E agora, chegou a hora da cerveja! Na realidade, o festival não é inédito e os ingressos são bem concorridos. A festa da cerveja, como é denominada, vai acontecer no dia 15 de Novembro, na Expo Unimed, localizada aqui na Universidade Positivo, no Campo Comprido. Serão 41 cervejarias participantes, dos mais variados estilos e sabores. Além disso, a festa vai ter muita música e várias comidas para harmonizar com as beras. No ano passado, o evento reuniu cerca de quatro mil pessoas e teve mais de 240 diferentes de cervejas. Os ingressos, que já estão no 2º lote, custam R$28, mas sem a consumação no local, que é adquirida à parte e podem ser adquiridos por meio do site.
O que representa? A minha relação com a música é quase como uma necessidade de libertar os demônios existentes no meu subconsciente. Através da música (ouvir, cantar, tocar) é possível se libertar e se transportar para outra dimensão. Essa arte é capaz de me fazer viajar sem ao menos sair do lugar. Essa viagem é possível apenas com um fone de ouvido, ou quando me dou ao luxo, com um violão em mãos arranhando qualquer coisa que vem à mente ou me recordando daquela canção que marcou o ano passado, os festivais nos colégios e as tardes nas preças da pequena cidade do interior com os amigos reunidos cantando algo de Legião Urbana ou Los Hermanos. A música está presente na vida das pessoas desde quando são ainda bebês, quando nossas mães cantam canções de ninar. As linhas dessa coluna de hoje podem parecer piegas demais, mas não há como falar de canção sem me lembrar da infância e de minha mãe cantando Teresinha de Jesus para me acalmar,
por exemplo. Ou ainda me lembrar do cd pirata que papai comprou contendo os maiores sucessos do rock nacional, lembrando da primeira faixa: Os Cegos do Castelo, que até hoje ouço para recordar os tempos de outrora. Lembro-me de quando tinha por volta de nove anos quando meu pai me presenteou esse tal CD pirata comprado em um lugar qualquer da cidade. O álbum levava o título de “20 anos de rock Brasil”, nele eu lembro que continha bandas como los Hermanos, titãs, charlie brown, o rappa entre outras. A primeira faixa do cd, lembrada por mim até hoje, se chamava Os Cegos do Castelo - escrita por um os maiores compositores da música brasileira, Nando Reis. As tardes em frente à TV, consumindo videoclipes da MTV Hits, também tiveram sua importância. Green(s) Day(s), Kelly(s) Clarkson(s) da vida era o que tinha para o momento.
What’s the story
Ana Santos
Saindo do sofá e da comodidade, tentei conhecer outra lado musical. O lado de fazer acontecer. O lado de aprender. Aprender a formar os primeiros acordes e consequentemente os primeiros, singelos e honrosos calos nas pontas dos dedos. Criss, obrigada pela paciência e obrigada por ter me ensinado um clássico de Kid Abelha. E claro, existem também aqueles gêneros que não são ‘minha praia’. Mas enfim, a meu ver a música tem uma função de fazer-nos refletir e nos emocionar. A música atinge sua principal função no momento em que ela nos toca, nos causando arrepios e por ve-
zes até trazendo lágrimas e lembranças do passado. Agora vivo assim, sempre à procura de mais novidades, de mais referências e influências. Tudo é válido. De Scorpions a Simonami. De Lorena Chaves a Maria Rita. De Chico a Camelo. De Oasis a Los Hermanos. A música, para mim, não tem uma definição apenas. Até por que nem conseguiria deifini-la em uma frase ou palavra. Não preciso justificar meus gostos ou minha paixão por essa arte. Até por que, definir a representação ou o sentimento pela música seria inváldo. Até por que, como disse Rookmaaker, a Arte não precisa de justificativa, em especial a música.
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ACONTECEU NESTE DIA
Vítima de bullying, Amanda Todd se suicida Em 10 de outubro de 2012, a canadense Amanda Michelle Todd, de 15 anos, cometeu suicídio por enforcamento após sofrer por três anos inteiros com cyberbullying. Foi o caso mais repercutido e que mais chocou o mundo, dando mais visibilidade para o tema, considerado um dos novos males da atualidade. Três dias antes, Amanda postou um vídeo no YouTube usando cartões para contar sua trágica experiência.
Nele, ela conta que teve fotos nuas expostas na internet, foi agredida pela namorada de um amigo com o qual tinha relações sexuais, começou a usar drogas e tentou suicídio. Após voltar para casa, Todd descobriu mensagens abusivas sobre sua tentativa fracassada de suicídio no Facebook. Sua família se mudou para outra cidade pela terceira vez, mas, seis meses depois, ela começou a se envolver em automutilação, até ser encontrada morta em sua casa.
Carol Todd, a mãe de Amanda, segura retrato da filha > Foto: Arquivo Amanda’s Todd Legacy
#PARTIU Em Cartaz Um Amor de Vizinha Comédia romântica > 94 min > 12 anos O Homem Mais Procurado Suspense > 122 min > 12 anos O Físico Drama > 150 min > 14 anos O Último Concerto Drama > 106 min > 14 anos
Shows Tribaltech Reborn Local: Fazenda Heimari Data: 11 de outubro Horário: a partir das 14h Ingressos: variam entre R$180 e R$270 Seu Cuca e Scracho Local: Music Hall Data: 11 de outubro Horário: 20h Ingressos: variam entre R$25 e R$45
Teatro Asa Local: Livraria da Vila - Shopping Pátio Batel Data: de 11 de outubro a 13 de dezembro Horário: 20h Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) A Tarada do Boqueirão Local: Teatro Lala Schneider Data: 10 de outubro Horário: 23h59 Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Tribaltech volta com conceito “Reborn” Após pausa de um ano em 2013, festival acontece novamente neste fim de semana na capital paranaense O festival de música eletrônica Tribaltech retorna suas atividades neste ano com um novo conceito: “Reborn” (em tradução, ‘renascer’). A Tribaltech começou suas atividades em 2004 e, em oito anos, realizou 20 edições e reuniu 150 mil pessoas. Em 2013, os produtores do evento haviam anunciarado seu fim. No entanto, jpa no início deste ano, declaram que o festival teria mais três edições: Tribaltech Reborn (2014), Tribaltech Evolution (2015) e Tribaltech Escape (2016). Neste final de semana, o festival trabalhará a ideia filosófica de que cada pessoa, individualmente, é um mundo próprio. A última edição do festival aconteceu em 2012 > Foto: Divulgação
Esta edição do evento traz grandes nomes como: Dinamo Azari (Azari & III DJ set), Jamie Jones, Kolombo, Magda, HNQO, Gui Boratto, Lee Foss, Renato Ratier, Pillow Talk Live, Fabricio Peçanha Live, Flow & Zeo, Funky Fat Live, Gustavo Bravetti, Sound Cloup & Sandro Cruz, Fabø, Mau Mau & Cohen, Trokillaz feat. MC Shawlin, entre outros. Os artistas estarão divididos em onze diferentes palcos, cada um com uma temática di-
ferente: Tribaltech, Warung, Vibe, Vuuv, Skol Music Stage, Funk You!, Cambalacho Bass Station, Radiola Landrace Roots, Florest Gump, La Folie & Brazilian Wax e Aimec & Yellow. O evento é realizado há dez anos na fazenda Heimari, mas, neste ano, usará uma nova área do local e contará com grandes inovações nos espaços ocupados pelo festival. A fazenda está localizada em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.