Lona 953

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Ano XV > Edição 953 > Curitiba, 20 de outubro de 2014

Foto: Tayná de Campos Soares

Dilma reúne cerca de 12 mil apoiadores em Curitiba A estimativa da campanha da candidata à reeleição é de que aproximadamente 12 mil pessoas estiveram presentes em caminhada realip.3 zada na capital paranaense na última sexta-feira EDITORIAL “Enquanto os vereadores se preocupam em isentar os mais ricos, Curitiba continua sendo deixada de lado.” p. 2

Foto: Ana Guzzo

OPINIÃO

Aquário Marinho pode atender animais perdidos no litoral

Depois da morte de um tubarão no litoral, aquário esclarece como funciona o resgate em caso de animais encontrados nas praias da região p. 4

“Tenho medo de achar que sou o padrão de alguma coisa, e de que eu enxergue como errado o diferente.” p. 2

#PARTIU Peça “Falsa Esquadra” realiza suas últimas apresentações na capital paranaense hoje e amanhã. p. 6

COLUNISTAS Jorge de Sousa “O segundo turno para as eleições presidenciais estão às vésperas de acontecer. Dilma Rousseff e Aécio Neves lutam nessas últimas semanas p. 5 por cada voto.” Igor Castro “A NFL é a liga com os maiores times em evidência dentre os esportes americanos. Por muitos anos o San Francisco 49ers foi o time com maior número de fãs. O fato se dá pelos grandes p. 5 nomes que passaram por lá.”


LONA > Edição 953 > Curitiba, 20 de outubro de 2014

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EDITORIAL

Tudo perfeito

A Câmara Municipal de Curitiba começou a discutir nesta última terça-feira a proposta do vereador Paulo Rink (PPS) que oferece isenção no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aos clubes profissionais de futebol. O vereador afirma que o objetivo é estender o benefício que já é válido para os clubes amadores. Para conseguir o benefício, os clubes precisariam atender a dois requisitos: ceder os estádios para eventos da cidade e parcelar suas dívidas com a Prefeitura de Curitiba, além de estar em dia com as obrigações fiscais e trabalhistas. Se receber um parecer favorável, o projeto de lei passa para votação na Câmara e, se for aprovado, passa a valer a partir de 2015. Nas últimas semanas, a Câmara de Vereadores tem aparecido constantemente em notícias nos veículos de comunicação. Há alguns dias, os vereadores da bancada evangélica contestaram um desenho que divulgava o casamento coletivo que vai acontecer em dezembro e que está sendo promovido pela Prefeitura. O órgão divulgou que aceitaria casais homossexuais para a cerimônia e a imagem representava casais homo e heterossexuais. Os parlamentares pediram a retirada da imagem e afirmaram que havia uma “ditadura gay velada”. Na semana seguinte, a vereadora Carla Pimentel, do PSC, barrou uma proposta de titulação de utilidade pública ao Centro Espírita Tribo do Caboclo Pena Branca e se referiu ao local como um “centro de macumba”. Nas eleições, nenhum dos vereadores que concorreu para os cargos de deputado federal ou estadual conseguiu se eleger. Tanta polêmica dá até a impressão de que a cidade vai bem e que não há problemas reais a serem discutidos e resolvidos pelos parlamentares. No entanto, a realidade é outra. Na semana passada, um levantamento da Secretaria da Segurança Pública do Paraná mostrava que o número de homicídios cresceu 15% em comparação com 2013. Enquanto os vereadores se preocupam em isentar os mais ricos de impostos ou misturar política com religião, Curitiba continua sendo empurrada com a barriga.

OPINIÃO

Eu tenho medo Lis Claudia Ferreira

Hoje eu supostamente deveria escrever um artigo. Eu já sabia disso, mas fingi esquecer até que o e-mail do editor-chefe chegou à minha caixa de entrada. Não foi possível fugir desse compromisso. Você deve estar se perguntando por que um aspirante a jornalista perderia a oportunidade de exercitar a escrita, ainda mais em um texto opinativo – afinal, jornalistas adoram dar opinião. A resposta é clara e simples: eu tentei “esquecer” de escrever o artigo porque estou com medo de fazê-lo. Não, você não leu errado. Eu tenho medo (impossível não pensar em Regina Duarte, eu sei). O pior tipo de medo é aquele que é alimentado todos os dias e se transforma em uma espécie de “zombie interior”, renascendo cada vez que você consegue eliminá-lo de alguma forma.

ques irracionais por parte de pessoas insatisfeitas com o resultado do pleito, e com opiniões postas àquela que predominou na região. Sinto ainda a necessidade de falar sobre a ignorância demonstrada por alguns que, após o susto da suspeita de ebola em Cascavel, passaram a adotar atitudes e palavras xenofóbicas contra africanos e até mesmo haitianos. Cheguei a presenciar em um ônibus coletivo uma cena vergonhosa: apesar de o veículo estar absolutamente lotado, duas haitianas permaneciam isoladas por um muro invisível de aproximadamente dois metros quadrados. O que me assusta não é o fato de existirem homofóbicos, xenofóbicos, racistas ou praticantes de

qualquer outro tipo de preconceito. O que me dá medo é perceber que muitas dessas pessoas são meus amigos ou colegas. Gente comum que como eu, acredita que está levando a vida da forma correta e contribuindo para o bem da sociedade. Sim, eu tenho medo. Medo de que ao escrever um artigo, assim como alguns amigos, eu não perceba onde termina o meu direito de opinar e começa o direito de “ser” de outra pessoa. Tenho medo de achar que sou o padrão de alguma coisa, e de que a construção que formou meus conceitos, valores e crenças, me faça enxergar como errado ou inaceitável o que é apenas diferente.

Nas últimas semanas o meu medo tem sido muito bem nutrido pelos meios de comunicação. Não que sejam eles os responsáveis pelo meu recente pavor. A imprensa e a internet apenas mostram os fatos que me deixam assustada na hora de escrever um artigo. Dentre outras histórias, cito o apoio que muitas pessoas manifestaram ao candidato à presidência da República que em rede nacional, proferiu palavras de forte teor preconceituoso e agressivo contra homossexuais. Meu medo também foi alimentado quando, após os resultados do primeiro turno das eleições, nordestinos foram alvo de ataExpediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

Imagem: Domínio Público

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Camilla Oliveira


Curitiba, 20 de outubro de 2014 > Edição 953 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Dilma Rousseff faz caminhada na capital paranaense Após o resultado do primeiro turno, no qual Dilma ficou em segundo lugar no estado, a presidente fez campanha na capital Tayná de Campos Soares

Na última sexta-feira, dia 17, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PR) esteve em Curitiba para fazer campanha. Essa foi a primeira vez que a candidatada veio à capital paranaense durante toda a campanha eleitoral. A presidente chegou por volta das 14h10, mas os apoiadores e militantes de Dilma já estavam se reunindo no Centro de Curitiba desde às 10 horas da manhã. Até a chegada da petista, os líderes de movimentos sindicais fizeram discursos em um carro de som em apoio à candidata. Segundo a campanha, 12 mil pessoas participaram da caminhada que teve início na Praça Santos Andrade e terminou com um discurso da presidente na Praça Generoso Marques. Dilma veio acompanhada do vice-presidente, Michel Temer. Também compareceram ao evento, o senador Roberto Requião do PMDB, o ex-senador Osmar Dias pelo PDT, Gleisi Hof-

fmann, que concorreu ao cargo de governadora do paraná pelo PT, e outras lideranças políticas da cidade. Ao chegar à Praça Generoso Marques, Dilma subiu em um carro de som e fez o seu discurso final. A presidente falou sobre o programa Bolsa Família e fez críticas ao PSDB, partido de seu adversário, Aécio Neves. “Eles, quando puderam, não fizeram, e hoje, com a cara mais limpa dizem ‘eu vou fazer o Bolsa Família’. Não, não vão. Porque nunca fizeram”, afirmou. Antes da chegada de Dilma apoiadores da candidata já se reuniam no Centro de Curitiba > Foto: Tayná de Campos Soares

Dilma também falou sobre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e se referiu às gestões do ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso no período de 1995 até 2002. “Eles quebraram esse país três vezes, criaram a maior onda de desemprego e reduziram os salários”. Dilma ainda falou sobre o salário mínimo, “agora eles vêm e falam que o salário mínimo está muito alto. Está muito alto para eles, que ganham milhões. Não para o povo desse país”, completa. A petista ainda falou sobre os Bancos Públicos, Universidades Públicas e políticas industriais. Dilma não poupou os adversários e disse que o PT não é da guerra, mas que eles foram desafiados pelo PSDB. “Não somos da briga, mas quando nos desafiam, a gente encara uma boa briga”, afirmou.

A presidente Dilma durante passagem em Curitiba > Foto: Karina Sonaglio

Durante todo o discurso da presidente, os apoiadores aplaudiram e chamavam Dilma de “mãe” e também de “Rainha da Nação”, uma brincadeira feita nas redes sociais por meio do perfil “Dilma Bolada”, e que a população acabou trazendo para as ruas.

Edemair Souza, 57 anos, veio de Paranaguá até Curitiba para conhecer a presidente e apoiar a sua reeleição. “Minha filha só está fazendo enfermagem por causa do PROUNI. Se não fosse o PT, minha filha não estaria fazendo faculdade pois eu não tenho condições de pagar”, conta. A filha, Marina Souza, também compareceu a passeata. “Acho importante vir até aqui e lutar

“Tenho medo de como o país vai ficar se o PSDB assumir.” para que ela se reeleja. Sinceramente, tenho medo de como o país vai ficar se o PSDB voltar a assumir”, explica. Vários sindicatos estavam presentes na passeata, além do Partido dos Trabalhadores e do Movimento dos SemTerra (MST), também estava presente o Sindicato dos Professores do Paraná. Clarisse Maíra Fernandes é professora estadual há 10 anos, segundo ela, a participação dos professores no evento é de extrema importância. “A condição dos professores melhorou muito nesses 12 anos. Se compararmos o sa-

lário dos professores, as condições de trabalho, vemos que hoje está melhor. É claro que ainda tem muita coisa para ser feita e acredito que com Dilma a mudança continuará”, conta. Manifestação No facebook, foi criado um evento para reunir pessoas com o intuito de vaiar Dilma quando ela chegasse à capital. Mais de 500 pessoas confirmaram presença na interent, no entanto, durante toda a passagem de Dilma por Curitiba houve apenas uma manifestação contra a reeleição da candidata. O grupo se reuniu na Praça Tiradentes para protestar contra a corrupção. Alessandro Costa, de 29 anos, engenheiro, participou da manifestação. “Sou a favor da renovação. O PT já está há 12 anos no poder, é preciso mudar, renovar. Do jeito que está, não está bom”, explica sua participação no movimento. O grupo, que contou com cerca de 20 pessoas, carregava bandeiras com os dizeres “Fora PT”. No entanto, a manifestação ficou apenas na Praça Tiradentes, já que o número de pessoas na passeata era muito maior e isso poderia causar confusão. “Não viemos brigar, viemos lutar por nossos direitos. Mas sabemos que se fôssemos ao encontro dos petistas e apoiadores, isso poderia causar briga”, explica o estudante de direito, Rafael Nobrega.


LONA > Edição 953 > Curitiba, 20 de outubro de 2014

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GERAL

Portos e marinas podem ser causas de animais encalhados Segundo biólogos construções como portos e marinas podem ser fatores que influenciam no aumento do número de animais encalhados Camila França

Nos últimos meses, o litoral do Paraná registrou alguns casos de animais que encalharam nas areias das praias da região. O mais recente foi o do tubarão martelo, morto por pescadores que o encontraram. O caso provocou polêmica e comoção, por isso o Aquário Marinho de Paranaguá abre as portas do local para abrigar esses animais encontrados nas praias do litoral. Só no ano de 2014, foram encontrados pinguins, tartarugas e peixes de grande porte que não fazem parte da fauna da litoral. Normalmente os animais aparecem porque devem estar com alguma enfermidade ou com algum parasita. Ou até mesmo muito cansaço, já que eles percorrem longas distâncias em busca de alimento,afastando-se muito da costa. Por esses motivos,acabam naufragando nessas regiões. São diversos os fatores que influenciam nesses casos, como a temperatura e a falta de alimentos. “Alguns casos como o de peixes de grande porte podem ocorrer pelo fato de que eles utilizam regiões estuarias de manguezais para fazer sua reprodução ou desova. Uma determinada região tem umas sobrepesca, se ela acabar ou ficar reduzida, vai influenciar na quantidade de alimento, então, o animal vai procurar uma outra região que tenha, por exemplo, peixes”, diz Rafaela Riesco, uma das biólogas responsáveis pelo Aquário Marinho.

da, machucando o bicho ou o próprio cidadão. “Ele estando saudável, pode fazer a relocação do animal para o ambiente marinho”, disse a bióloga. Visitantes aprovam Os visitantes do Aquário aprovam o trabalho de resgate desses animais. “O trabalho neste sentido mostra que o aquário não serve apenas para movimentar o comércio e ser mais um ponto turístico na cidade, mas, sim, mais uma entidade para cuidar dos animais do litoral”, diz Patrícia Moreira, auxiliar administrativa.

Visitantes aprovam o trabalho do Aquário, no cuidado com animais perdidos > Foto: Camila França

estuarinas e vão para regiões das praias e costões rochosos”, relatou a bióloga. Resgates de animais naufragados No mês de agosto, o Aquário teve o primeiro caso de resgate de um pinguim encontrado por mergulhadores que estavam a serviço de uma embarcação (...). Imediatamente, o animal foi levado para o Aquário. “Ele já está recuperado, só falta uma última medicação pra ele entrar no recinto com os outros pinguins”, disse Rafaela Riesco.

“Com os resgates e cuidados, teremos mais atrativos no Aquário.”

Outra causa que deixa os biólogos em alerta é a construção de portos e marinas em regiões costeiras. “A interferência humana pode contribuir diretamente nestas situações.A construção de portos e marinas altera o ambiente e leva os animais a procurar novos locais de abrigo, ou seja, eles saem das regiões

A bióloga comenta ainda sobre o caso do Tubarão Martelo encontrado por pescadores do litoral, morto ao ser arrastado da orla da praia até o mercado do peixe do munícipio de Matinhos. “A espécie do tubarão martelo está presente na costa brasileira. É um tubarão muito migratório, só que o fato de ele se aproximar muito da praia foi um pouco atípico”. Ela orienta como o cidadão deve proceder caso encontre um animal na orla das praias ou em ilhas da região. “A gente

sempre pede que, no caso dos pescadores, encontrando estes animais, independente do porte, entre em contato com o grupo de pesquisadores que pode ser do Aquário ou de outras instituições da região que podem fazer este trabalho”.

“Com esses resgates, e recebendo todos os cuidados, teremos mais atrativos dentro do Aquário”, disse o estudante de Direito, Paulo Henrique. O aposentado Mauro Fernandes opina que é importante essas informações estarem claras para os moradores, para que não venham a acontecer mais casos como o do tubarão. “Essas orientações devem estar muito claras, a mídia deve trabalhar junto, pois, sem saber, o morador não saberá o que fazer”. O local conta com uma estrutura completa para dar suporte ao trabalho dos biólogos; são 23 tanques com água doce e salgada. No local, os visitantes podem conferir a presença dos pinguins, espécies dos manguezais do litoral, peixes e também o tanque de toque das raias.

Essa atitude também é importante para que os pesquisadores possam estudar os casos. “Vale destacar que é importante estar pesquisando para saber o que aconteceu para que este animal chegasse até o litoral, ou seja, tão próximo à costa”. Acidentes com animais desconhecidos são comuns, por isso a bióloga também orienta para o cuidado do contato. “É interessante nos chamar para que tenhamos conhecimento deste caso e também para evitar alguns acidentes com as pessoas e pescadores.” A bióloga explica que podem aparecer outros tubarões e que a retirada desses animais pode ser feita de forma erra- Nesta semana primeiro pingüim encontrado foi liberado para viver no pinguinário no local Foto: Camila França

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Curitiba, 20 de outubro de 2014 > Edição 953 > LONA

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COLUNISTAS

Politicalizando Jorge de Sousa

Segundo round O segundo turno para as eleições presidenciais estão às vésperas de acontecer. Dilma Rousseff e Aécio Neves lutam nessas últimas semanas (o pleito ocorrerá no próximo domingo, 26) por cada voto, já que essa disputa promete ser a mais acirrada da história pela chance de morar no Palácio da Alvorada nos próximos quatro anos. Vamos analisar hoje os primeiros passos dados depois da definição dos candidatos, e possíveis movimentos até a derradeira decisão. Pelo equilíbrio

gigantesco no qual se encontra nossa eleição, me abstenho de declarar um favorito e prefiro analisar os descuidos de cada um até o pleito. Mas acho válido registrar que cardíacos e grávidas devem evitar acompanhar a eleição, pois a mesma irá ser decidida nos votos finais, e surpresas podem ocorrer. Para começar, o surpreendente (e para mim: constatação da fraca posição política) apoio de Marina Silva ao candidato tucano. Primeiramente, não é nem um pouco certo afirmar que os

21% dos votos em Marina no primeiro turno “saltem” para Aécio, ainda mais pela posição mais liberal da candidata se comparada a Neves. Mas, mesmo com um pouco mais da metade desses votos, o PSDB ri de felicidade por isolar Dilma do PSB e colocá-la praticamente sozinha com o PMDB na base aliada, sendo que muitos deputados desse partido já estariam apalavrados com Aécio (isso declaradamente). O que pode indicar que Neves não tenha tantos problemas em comandar as casas federais caso seja eleito (repetindo, caso seja eleito). Mas para isso, seria muito útil se o candidato parasse de tentar mudar de assunto quando seu mandato em Minas Gerais é criticado. Transparência na política deveria ser lei, não é mesmo? Já para Dilma o foco nesse momento é evitar qualquer sangria em seu governo, além de melhorar seu desempenho em debates, como já foi visto na última terça-feira na TV Bandeirantes. Isso pode reconquistar a confiança abalada depois da “fuga” do PSB e do cresci-

mento de seu rival nas últimas semanas. Um tom mais incisivo em questões falhas do mandato do tucano em Minas, e de problemas como o “apagão” e o alto desemprego no governo FHC podem ajudar nessa luta. E Dilma, por favor, pare de tentar dar desculpas ridículas sobre corrupção e o caso Petrobrás, isso só prejudica sua imagem e menospreza a inteligência alheia. Faço uso aqui da frase de uma amiga: “essa eleição deixará metade do país insatisfeito, seja o resultado que for”. Por isso, mais uma vez, peço que meu caro eleitor pense muito, mas muito mesmo, antes de apertar o botão verde no próximo domingo. Esqueça as pesquisas, até porque com tanto equilíbrio a margem de erro delas está, provavelmente, correta. Estude a fundo o que tanto Dilma, quanto Aécio, querem para o Brasil e, principalmente, entenda que nenhum dos dois é perfeito. Muito longe disso, na verdade, mas eles estão na disputa e por isso dancemos conforme a música. Boa noite e boa sorte para todos.

Time da modinha A NFL é a liga com os maiores times em evidência dentre os esportes americanos. Por muitos anos o San Francisco 49ers foi o time com maior número de fãs. O fato pode ser facilmente explicado, já que por lá passaram grandes nomes como o wide reciver Jerry Rice, e Joe Montana, quarterback considerado o maior jogador do esporte americano. Na década de 80, os 49ers dominavam a NFL. Vale lembrar que mesmo após a saída de Montana o time tive Steve Young, que manteve a supremacia dos 49ers até o início dos anos 90. Assim, o San Francisco 49ers foi o grande time da modinha na época. Já na década de 90, o Pittsburgh Steleers foi quem tentou ser modinha. Na época, o futebol americano passava por mudanças com a fusão de duas grandes ligas: a AFL (Liga de Futebol Americano) e a NFL (Liga Nacional de Futebol Americano). No período, os Steleers eram os maiores vencedores

da NFL após a criação da nova liga que incorporou o Super Bowl (a final do Campeonato de Futebol Americano). Ao todo, os Steleers conquistaram seis Super Bowls. Na final de 43, James Harrison e San Antônio Holmes fizeram a façanha de virar um jogo faltando apenas 40 segundos para o fim da partida. O Arizona Cardinal havia virado o placar de 17 à zero para o Pittsburgh, e chegaram estar vencendo por 23 a 20. Porém, os Cardinals não aguentaram a pressão e acabaram cedendo a virada e em uma jogada extraordinária do quarterback, Ben Roethlisberger. Os Steleers viram com um touchdown de San Antônio Holmes, e se consagraram mais uma vez campeões. Contudo, o time que foi considerado e ainda pode ser o da “modinha” mesmo sem grandes campanhas, é o Dallas Cowboys. Os Cowboys conquistaram

Draft

Igor Castro

apenas um Super Bowl, há muito tempo, no entanto a resiliência da torcida em querer manter sua fidelidade foi tanta que eles possuem a maior da NFL. Esse reinado pode estar chegando ao fim. Nos últimos anos, devido a aquisição do quarterback Peyton Manning, o Denver Broncos está se tornando o novo time da moda. Após várias temporadas sem sucesso, John Elway, dono dos Broncos e eterno ídolo da franquia, decidiu pela contratação inusitada de um veterano que estava há mais de uma temporada fora dos gramados. Peyton Manning estava encostado no time de Indianápolis.

Na primeira temporada com Manning o time chegou aos playoffs, o que não acontecia há muito tempo. Na segunda temporada, o time chegou até a final, disputando o Super Bowl com o Seattle Seahawks e amargando uma dura derrota. Nessa terceira temporada os Broncos estão com tudo, e são favoritos. Novamente, Peyton Manning terá a chance de bater mais um recorde: ser o quarterback com mais touchdowns passados na história, derrubando o recorde do craque Brett Favre (do meu querido Green Bay Packers). Favre temcerca de 508 TDs ao longo de sua carreira, Manning já passou dos 500, vamos ver o que acontece.


LONA > Edição 953 > Curitiba, 20 de outubro de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Surge a emissora televisiva MTV Brasil Nascia, no dia 20 de outubro de 1990, a versão nacional da MTV, sendo a primeira emissora de televisão aberta segmentada. Foi também a terceira versão da MTV a ser lançada no mundo e a primeira a ser lançada em TV aberta. A MTV Brasil foi uma rede de TV brasileira pertencente ao Grupo Abril, voltada ao público jovem. Em 2010, foi considerada a maior rede jovem e a sétima maior rede de televisão nacio-

nal. Além disso, foi a primeira emissora brasileira a transmitir a sua programação 24 horas por dia. Até o início dos anos 80, só a Globo transmitia videoclipes. Mas com o surgimento da MTV norte-americana e algumas produtoras independentes, esse tipo de programa foi ganhando espaço no cenário brasileiro. O canal findou em 2013, sendo substituído por um novo canal na TV paga. Já seu sinal na TV aberta passou a ser ocupado pela Ideal TV.

Logo da emissora > Ilustração: Vitoraws

#PARTIU Em Cartaz Sem Pena Documentário > 87 min > 12 anos Os Boxtrolls Aventura > 100 min > livre Livrai-nos do Mal Suspense > 118 min > 16 anos Maze Runner - Correr ou Morrer Ação > 125 min > 14 anos

Teatro Falsa Esquadra Local: Fundação Cultural de Curitiba Data: 20 e 25 de outubro Horário: 15h Ingresso: Gratuito A Menina sem Memória Local: Teatro de Bonecos Dr. Botica Data: 25 e 26 de outubro Horário: 11h30, 15h, 17h Ingresso: Gratuito

Exposições Inventário Local: Museu Municipal de Arte - MuMa Data: até 01 de fevereiro de 2015 Horário: das 10h às 19h (terça-feira a domingo) Ingresso: gratuito Ciclone Local: Centro de Criatividade de Curitiba Data: até 02 de novembro Horário: das 9h às 21h Ingresso: gratuito

“Falsa Esquadra” realiza últimas sessões Peça de teatro internacional está em cartaz desde o mês passado, e promove hoje a penúltima apresentação na capital paranaense O teatro da Fundação Cultural de Curitiba recebe nesta segunda-feira, dia 20, na sala Circo da Cidade “Zé Priguiça”, a penúltima apresentação de um espetáculo para lá de divertido, e ainda por cima com direito a uma pitada gringa na produção do repertório preparado exclusivamente para os telespectadores. A peça “Falsa Esquadra”, produzida e apresentada pela Cia Movimento Armário de Buenos Aires, da Argentina, já está em cartaz em Curitiba há um mês e vem fazendo o maior sucesso com o público da capital. No repertório do espetáculo estrangeiro constam várias entradas circenses, musicais, dançantes, artísticas, e lógico que se dá certa prioridade para os momentos específicos em que os atores entram encenando o teatro. A essência da peça é valorizar o estilo contemporâneo, mas sem deixar de lado a importância que os meios visuais e musicais exercem ao longo das apresentações. “Falsa Esquadra” é encenada por dois personagens que contam com a participação de um armário, e a partir de situa-

Peça finaliza suas apresentações amanhã > Foto: Divulgação

ções curiosas entre os três é que a peça se desenvolve, e assim traz ao telespectador inúmeros momentos de humor, concentração, e até mesmo de poesia. A apresentação do espetáculo acontece hoje, e também no dia 25 de outubro, sempre às 15h. Nesse mês algumas sessões da peça foram realizadas apenas aos sábados. Os ingressos são gratuitos e a classificação é livre. A média aproximada de plateia que a atração recebe em cada apresentação é de 300 pessoas.


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