Lona 955

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

lona.redeteia.com

Ano XV > Edição 955 > Curitiba, 22 de outubro de 2014

Pela primeira vez, Paraná recebe workshop Disney Foto: Bruna Karas

Evento busca repassar os principais segredos de atendimento da empresa internacional, mundialmente conhecida pela excelência de seu p.3 atendimento diferenciado ao público em geral COLUNISTAS

EDITORIAL ‘Depois de 42 dias sem registros de novos casos, a Nigéria foi declarada livre do Ebola.”

p. 2

Foto: Mauro Frasson (Agência FIEP)

OPINIÃO

Reforma do Judiciário pode acabar com corrupção no Brasil

A professora Mariana Prado, da Universidade de Toronto, falou ao Lona sobre meios para extinguir a corrupção do país p. 4

“Nesse ano de eleições as redes sociais estão ficando cada dia mais insuportáveis. Ainda mais nesse segundo turno.” p. 2

#PARTIU Festival de cinema universitário é promovido pela PUC - PR, e apresenta curta-metragens. p. 6

Cleberton Mendes “Ligo a televisão no domingo e não consigo me animar com o futebol. O problema está na tabela inteira. O futebol está complicado, faz tempo p. 5 que não vejo ‘aquele jogão’.” Luiza Romagnoli “Quem aqui se lembra daquela pegadinha sem vergonha do Funny Or Die sobre o skate voador do filme De Volta para o Futuro? Sim, o site Funny Or Die fez uma pegadinha que p. 5 matou pessoas do coração.”


LONA > Edição 955 > Curitiba, 22 de outubro de 2014

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EDITORIAL

Paz de uns, caos de outros

Após meses de caos, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou nesta semana que a Nigéria está livre do Ebola. Depois de 42 dias sem registros de novos casos, o país consegue, pelo menos por enquanto, respirar em paz. O primeiro caso foi registrado no dia 20 de julho e foi importado da Libéria, quando um diplomata liberiano-americano passou mal no aeroporto internacional de Lagos – o principal da região. A maior economia da África não estava nada preparada e, portanto, não possuía procedimentos de triagem no local. Dessa forma, o estrangeiro infectou inúmeras pessoas – incluindo profissionais de saúde. A Nigéria registrou 20 casos do vírus, sendo que oito destes infectados morreram. Até agora, o vírus Ebola já matou 4.546 pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria, que são os três países mais afetados pelo surto. Entretanto, enquanto o país mais populoso da África comemora, o restante do mundo começa a se preocupar. Nos Estados Unidos, por exemplo, já são três pessoas hospitalizadas com o vírus no país e mais de 100 que estão sendo monitoradas por terem tido algum tipo de contato com os infectados.

OPINIÃO

Redes sociais insuportáveis Igor Castro

Nesse ano de eleições as redes sociais estão ficando cada dia mais insuportáveis. Ainda mais nesse segundo turno, focado na disputa presidencial. Eu utilizo com certa frequência as redes sociais, principalmente o Facebook. O ambiente não é dos melhores. Vivemos em um velho faroeste no qual se duela todo dia, um ambiente de guerra com troca de tiros em nome do seu candidato. Brigas, ofensas e até bloqueio de amigos acontecem de forma instantânea. Se a vida política de fato mudasse nosso cotidiano... Admito, para quem me pergunta, qual é meu candidato, não nego, sou franco e falo numa boa o porquê. Porém, o desrespeito reina nas redes. Ninguém pode fazer campanha para seu candidato que vira alvo de insatisfação dos que

apoiam o adversário, sempre com o mesmo questionamento, “Ah, por que você vai votar no fulano?” “Você sabia que ele não presta, vote no ciclano.”“Você não sabe em que tá votando, estou decepcionado com seu posicionamento”. Se isso não bastasse, eles têm a audácia de fazer isso com tanto empenho que chega a ser irritante. Querem nos fazer engolir goela abaixo que o candidato deles é o melhor. Que coisa mais absurda. Hoje vivemos em um país democrático no qual todos podem escolher seus representantes. É preciso respeitar as diferenças. Debate de ideias sobre o que cada candidato pode vir a fazer pelo país, a gente aceita numa boa, mas ofender por causa de candidatos é demais.

Tudo isso que está acontecendo é reflexo das campanhas. O debate de ideias e soluções para o país foram deixadas de lado para dar lugar às trocas de acusações e ofensas. Algo que é histórico nas eleições do nosso país, mas vem de uma época em que os candidatos davam a cara para bater e não era maquiados e manipulados por marqueteiros. Isso acaba refletindo em nossa jovem democracia que não sabe distinguir o certo do duvidoso, e acaba entrando na onda das campanhas. Nossa sociedade tem que amadurecer e deixar de lado brigas fúteis, pois se continuarmos desse jeito, nas próximas eleições as redes sociais se tornarão cada vez mais insuportáveis e perderão o sentido de seu próprio nome. Como diz o ditado, “respeito é bom e eu gosto ainda mais nas eleições”.

No Brasil, foram dois casos suspeitos em apenas uma semana: em Cascavel e em Foz do Iguaçu. E, na Europa, as primeiras suspeitas começam a aparecer. Em meio às notícias sobre os novos casos do vírus, alguns países começam a entrar em pânico. O governador do Texas já começou a pedir que o presidente Barack Obama cancele voos à África para tentar conter a doença.No final, o que chama mesmo a atenção é que, depois que o vírus saiu da África (ou infectou pessoas não-africanas), pelo menos dois remédios experimentais já começaram a surgir. O EUA forneceu o ZMapp, que curou o enfermeiro americano contaminado há alguns meses, e o Canadá também já começou enviar à OMS uma cota de vacinas experimentais contra o vírus, o VSV-EBOV. É o que um médico africano disse em entrevista quando o ZMapp foi liberado para o enfermeiro americano: “ninguém se importou com o surto do vírus até agora porque ele estava na África”.

Ilustração: Wikimedia Commons

Expediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação


Curitiba, 22 de outubro de 2014 > Edição 955 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Treinamentos estão por trás de toda a magia da Disney Segurança, cortesia, espetáculo e eficiência são as quatro chaves seguidas pela empresa para um bom atendimento Bruna Karas

O Paraná recebeu, nesta última terçafeira, o workshop Disney de Excelência em Serviços. Com palestrantes norte-americanos, o curso traz as principais práticas e ações que norteiam o serviço Disney – referência mundial em atendimento ao cliente. Pela primeira vez no estado, o evento aconteceu em Curitiba, contou com 300 participantes e foi promovido pelo Núcleo de Estudos e Laboratório de Excelência em Serviços da Escola de Comunicação e Negócios da Universidade Positivo. A organizadora do evento e coordenadora de Núcleo e Estudos e Laboratório de Excelência em Serviços, Carolina Parolin, conta que há alguns anos a universidade estudava a possibilidade de fazer um workshop com uma empresa que fosse referência em prestação de serviços. “A Disney vem como esse propósito de nos mostrar na prática como implantar de fato essa excelência em serviços nas nossas empresas”. Atualmente, segundo dados do governo estadual, cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense vem do comércio e de serviços. “A universidade olhando para esse panorama e compreendendo que Curitiba hoje é uma cidade movida pela prestação de serviços, se propôs a investir na capacitação dos profissionais dessa área”, declara Carolina.

Administração de Negócios (MBA) de excelência em serviços em parceria com o Instituto Disney. Com data de início para março de 2015, o curso pretende desenvolver visões sistêmicas e estratégicas nos gestores, demonstrar as práticas de gestão utilizadas pelas principais empresas do mundo e vivenciar as práticas voltadas para as empresas de serviços.

Local foi especialmente preparado para o evento > Foto: Bruna Karas

pouco sobre a Disney na grade curricular. “Eu fiquei sabendo do workshop através do Leonardo e me interessei muito porque acho essencial para o meu curso de administração”, explica ele. Os dois amigos aprovaram o evento. Para a universidade, um dos grandes desafios foi a adaptação dos padrões norte-americanos em questão de estrutura aos padrões brasileiros. “O segundo grande desafio foi trabalhar com uma equipe inteira de alunos”, conta Carolina. A equipe de operação, formada por doze pessoas, era integrada por estudantes do curso tecnológico de eventos da UP; e a procura pelo workshop foi grande, sendo necessário abrir 100 novas inscrições devido ao grande número de pessoas interessadas.

“Curitiba é uma cidade movida pela prestação de serviços.”

O curso atraiu pessoas de todas as idades e também de diversas profissões, como os estudantes Leonardo Padilha e Matheus Guzzoni, que se interessaram pelo curso por trabalharem no meio empresarial e por estudarem administração. “Atualmente trabalho na empresa do meu pai, então o curso será extremamente útil no relacionamento com os clientes”, conta Leonardo. Na FAE, onde Matheus estuda, os alunos estudam um

Erika Falcão veio de São Paulo a Curitiba especialmente para participar do workshop. “Acho que todo esse cuidado que eles têm com relação ao público é muito importante vir aqui descobrir e poder aplicar no dia a dia”, X a

empresária. O engenheiro elétrico Fernando Grupelli Junior veio buscar uma forma de aperfeiçoar o atendimento aos clientes e gostou muito do curso, por representar um momento de reflexão que não possuímos diariamente dentro da empresa. “Ocupo uma função executiva na empresa em que trabalho e apesar do reconhecimento do cliente acredito que a gente sempre deve tentar melhorar”. Ana Paula Costa, analista comercial, achou o curso interessante, mas contesta a aplicação do curso. “O workshop é bem específico para a área de entretenimento e um entretenimento de um nível mais alto, já que toda essa excelência em atendimento tem um custo muito alto”, diz. MBA Durante o evento, a Universidade Positivo lançou seu novo Mestrado em

O Coordenador de Cursos de Especialização na área de Negócios na Universidade Positivo, Gilmar Andrade, conta que o curso nasceu com o lançamento do Laboratório de Excelência em Serviços da universidade. “Começamos a sentir há mais ou menos cinco anos a necessidade que as empresas estão tendo na área específica de serviços”, conta Andrade. Com duração total de 18 meses, o curso de MBA contará com cerca de 80% de professores vindos de fora da capital paranaense que terão a opção de fazer um módulo diretamente em Orlando, na Flórida, cidade onde encontra-se o parque mais visitado da empresa. “O curso não se propõe a ser só um conjunto de disciplinas acadêmicas, os professores têm grande vivência prática e vão ensinar aquilo que eles efetivamente fazem”, explica o coordenador-geral do MBA.

Evento aconteceu na Expo Unimed > Foto: Bruna Karas


LONA > Edição 955 > Curitiba, 22 de outubro de 2014

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GERAL

Professora defende “justiça anticorrupção” Para a jurista Mariana Mota Prado, medidas como a reforma do judiciário devem ser tomadas para o fim da corrupção no país Lucas Lavor

Uma reforma no judiciário e a quebra do estigma da moral na política. Para o fim da corrupção, o importante é garantir incentivos fazendo com que o candidato não cometa atos ilícitos. Essa é a opinião da professora Mariana Prado, formada em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutora pela Yale Law School e atualmente professora de Direito pela Universidade de Toronto. Como é o contexto histórico do conceito de corrupção política? De que maneira ela afeta a política de hoje? Quando acaba o primeiro governo de Getúlio em 1945, o discurso da oposição foi, basicamente, um discurso moralista, isso significa que eles defendiam o argumento de que havia corrupção no governo por causa das pessoas que estavam nele, e não por causa das regras que governam o sistema. Esse argumento não é meu, o Leonardo Avritzer, professor da UFMG, ele escreveu um artigo sobre essa virada histórica. O que o Avritzer mostra é que esse discurso permanece muito presente no Brasil até hoje, revelando que o discurso moralista teve uma penetração muito grande na população brasileira e muita gente hoje em dia acredita que, independente das regras, se você é honesto você vai ser honesto e se você é corrupto você vai ser corrupto.

a possibilidade de que aquela função de monitoramento e investigação seja executada. Eu acho que é esse o grande problema que o Brasil está lidando agora. Estamos relativamente bem, mas está tudo atravancando no judiciário.

Câmpus Central da Universidade de Toronto, aonde Mariana ministra aulas > Foto: Jphillips23

mudar os valores do país inteiro para que a corrupção deixe de ser sistêmica. Já a visão institucionalista é uma visão que permite pensar em soluções concretas, porque ela sugere que você não precisa de pessoas com valores certos, ela vai se comportar bem se ela tiver incentivos para se comportar bem.

“Estamos relativamente bem, mas o judiciário está atravancando.”

Qual o reflexo efetivo desse discurso hoje no Brasil? É ruim quando se entende a diferença das visões moralista e a institucionalista, que é a proposta de soluções. Se você perguntar para uma pessoa que tem uma visão moralista qual a solução da corrupção, ela responderá que é necessário procurar pessoas honestas. É uma ideia muito complicada

E como funcionaria a criação dessa competição institucional no judiciário? Veja a lei “anticorrupção empresarial”. Essa lei cria uma sanção para as empresas corruptas, ação que é imposta pelo judiciário através de um processo. Mas ao mesmo tempo essa lei cria uma série de outras punições alternativas, que não precisam passar pelo judiciário. Poderíamos começar a pensar em um esquema parecido no âmbito da punição do servidor público.

Obviamente que não há uma garantia absoluta de que esses incentivos e punições vão coibir a corrupção em todo e qualquer caso, mas a ideia é que a probabilidade de que não ocorra é muito maior. Com a visão institucionalista a gente tá falando em olhar para o sistema representativo brasileiro, para a organização partidária, para a formação de coalizões no congresso e para as sanções, vendo se estão sendo efetivamente aplicadas, isso é algo que nós podemos fazer. O que precisaria ser feito para a implementação da visão institucional? Quando falo da distinção entre incentivos e punições, o ramo dos incenti-

vos estaria em uma reforma política. No ramo das punições, tem um estudo fascinante que foi publicado recentemente que se chama “Corruption and Democracy in Brazil” de Timothy J. Power e Matthew M. Taylor. Nesse livro eles argumentam que para você ter um sistema de punição funcional, você precisa de uma lei falando “se você for corrupto você vai ser punido”, e você precisa de três passos para que essa lei seja aplicada. Esses passos são o monitoramento, investigação e punição. Competição institucional é a existência de diferentes instituições fazendo o passo de monitoramento o da investigação, o problema é que quando chega a punição só temos uma instituição. Com competição institucional é que se uma das instituições falha, a outra entra em ação. Não é um sistema infalível, mas aumenta

Essa é uma forma de você criar meios alternativos de punição sem precisar necessariamente criar uma nova instituição. Agora, levando a noção de competição institucional ao extremo, poderíamos pensar na criação de um judiciário anticorrupção em que sua principal característica é a oferta de uma alternativa além do processo judicial normal. Entretanto, há uma série de obstáculos legais que a gente precisa discutir. A ideia é extremamente radical para ser implantada de maneira rápida.

Estátua da Justiça, obra da cidade de Brasília > Foto: Thiago Melo


Curitiba, 22 de outubro de 2014 > Edição 955 > LONA

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COLUNISTAS

Minuto Final

Cleberton Mendes

Domingos de futebol Ligo a televisão no domingo e não consigo me animar com “melhor futebol do mundo”, mesmo se fosse meu time - que mais empata do que ganha. A questão não é A ou B, paulista, mineiro ou carioca. O problema está na tabela inteira. Esse futebol está complicado, faz tempo que não vejo “aquele jogão” em um clássico. Na decisão dos regionais, quase sempre os times vão para os pênaltis. Quando foi que os clássicos perderam a graça? Algum ainda é gostoso de ver?

FLA - FLU, Corinthians e Palmeiras, Cruzeiro e Atlético Mineiro, Bahia e Vitória, entre outros. Às vezes esses jogos realmente são bons, mas isso é bem raro. Não sei se fiquei exigente demais, ou o nível desse nosso futebol caiu mesmo. Não estou falando que o empate é ruim, assisti a bons jogos que não tiveram gols, o gol é um detalhe. Sinto falta de um bom jogo, goleadas acontecem quando um time está tecnicamente muito abaixo do adversário, ou jogou muito mal. O jogo bom é aquele

equilibrado, com boas defesas, boas jogadas de ataque, um bom toque de bola ofensivo. O nosso futebol está tão sem graça, que ficamos a semana toda falando da arbitragem, que é ruim mesmo. Mas o principal problema é o futebol, e como ele está tão fraco e em segundo plano que a grande maioria prefere falar de seus erros. É melhor falar dos homens de preto mesmo. Sabe o campeonato italiano, alemão, espanhol e inglês? Então, eles também têm erros de arbitragem e falcatruas nos bastidores. E mesmo com esses erros, o futebol deles é bonito – pelo menos em clássicos -, e isso porque o esporte lá é profissional. Barcelona versus Real Madrid é um dos melhores exemplos. Nunca assisti um jogo ruim entre essas equipes. Mesmo quando as principais estrelas dessas equipes estão ausentes. Por que os jogos entre os grandes europeus ainda são bons de ver? Qual é a diferença do futebol deles para o nosso? O que se percebe é que nos grandes clássicos europeus eles buscam a vitória, aqui no Brasil, o primeiro objetivo é

não perder, a vitória é bacana, mas fica em segundo plano. Sem vontade de vencer, com retranca o futebol só tem a perder. Entendo que o futebol é muito mais estratégia que qualquer outra coisa. Empatar dois jogos e ganhar um, é melhor que perder esses dois jogos se arriscando, e perder esses dois pontos do empate. Mas e como fica o torcedor? Eu quero ver gol, ração. Quero um jogo cheio de emoção, não importa que seja uma daquelas não muito boas. Sabe aquela gol de virada no último minuto. Sim, não é só em filmes. Acontece a vitória no final da partida. Vamos jogar com raça e coração time. São apenas dois jogos por semana, acredito que vale a pena jogar mais, se dedicar, buscar a vitória. Pois se continuar do jeito que está a tendência é do brasileiro se afastar ainda mais dos estádios e futuramente do futebol. E fica a expectativa, de ter sorte, quem sabe acontece um milagre e os clássicos voltam a ser o que um dia já foram.

It’s not a trap! Quem aqui se lembra daquela pegadinha sem vergonha do Funny Or Die sobre o skate voador do filme De Volta para o Futuro (a.k.a.Hoverboard)? Sim, o site Funny Or Die fez uma pegadinha que quase matou pessoas do coração. O pessoal tinha alegado que conseguiu reproduzir o Hoverboard e contratou um monte de gente para ‘’testa-lo’’, e a internet inteira foi à loucura. Porém, algumas pessoas descobriram que era falso e logo depois o pessoal do site afirmou que era pegadinha e todos foram à loucura de novo, mas com raiva nos corações. HÁ! YEAH YEAH! Mas nem tudo está perdido! Segundo o site Kickstarter, os fãs de Marty McFly podem ter as expectativas restauradas, porque 2015 será o ano em que os primeiros Hoverboards vão chegar ao mercado. É claro que ainda estamos muito longe daquilo que previa o Dr. Emmett Brown, mas já vamos poder sair do chão.

O protótipo do Kickstarter é o Hendoboard, que promete ser o primeiro Hoverboard do mundo (de verdade), permitindo que pessoas (de verdade) flutuem em pranchas a poucos centímetros do chão. O grande trunfo do Hendo está nos quatro motores em forma de discos arredondados — o que evita a perda de controle que aconteceria com sistemas quadrados, por exemplo. Segundo os desenvolvedores, esses motores criam um campo magnético que “literalmente se empurra contra si mesmo, gerando a força que faz a prancha levitar sobre o chão”. Enquanto o Hendo destina-se principalmente a ser auto impulsionado, as ações que o estabilizam também podem ser usadas para locomoção, alterando a força projetada sobre a superfície abaixo. Atualmente, esta superfície tem de ser um condutor não-ferromagnético, e agora são usados metais comumente disponíveis para a superfície, mas a Kickstarter está trabalhando em novos

8Bits

Luiza Romagnoli

compostos e novas configurações para maximizar a tecnologia e minimizar os custos. Cruzando os dedos desde já. A má notícia, é que você não vai poder sair com seu Hendoboard para cima e para baixo como o Mart McFly, porque não existe previsão para que o Hendo possa ser usado nas ruas, por exemplo. Hashtag chateada. Mas isso acontece porque o asfalto não é capaz de interagir com os motores e com o campo magnético criado por eles. Duh. Mesmo assim, é bom saber que as esperanças dos fãs não foram totalmente esmagadas pelos caras do Funny Or Die. Porém existe outra má notícia e essa é sobre a bufunfa que o Hendo preci-

sa arrecadar. Os desenvolvedores pretendem arrecadar US$ 250 mil em dois meses e até o momento já conseguiu US$ 7,5 mil. E somente dez kits completos estão sendo oferecidos nesse pacote e cada um deles custa 10 mil Obamas. Eu já estou aqui contando as minhas moedinhas pra poder ajudar no projeto e quem sabe, futuramente, ter poder aquisitivo suficiente para ter em Hendoboard. Apesar de que, se até lá eu tiver tal poder aquisitivo, as ruas serão feitas de materiais não-ferromegnético e todos usaram o Hendoboard como meio de transporte e o mundo será um lugar melhor de se viver.


LONA > Edição 955 > Curitiba, 22 de outubro de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Morre o escritor Oswald de Andrade Morria em São Paulo, em 22 de outubro de 1954, o escritor brasileiro Oswald de Andrade. Oswald foi autor de vários manifestos artísticos que marcaram sua época, como o Manifesto da Poesia Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago. Entre seus projetos, destaca-se a Semana de Arte Moderna de 1922, que organizou em conjunto com Menotti del Picchia, Mário de Andrade e outros nomes. Foi homenageado postuma-

mente pelo Congresso Internacional de Escritores, no mesmo ano de sua morte. No centenário de seu nascimento, em 1990, a Oficina Cultural Três Rios passou a se chamar Oficina Cultural Oswald de Andrade. Sua principal ideia era a da força da arte do Brasil. As ideologias revolucionárias de Oswald serviram de inspiração para vários fenômenos artísticos culturais de repercussão internacional, como o concretismo na poesia e o tropicalismo na música.

Retrato de Oswald de Andrade > Pintura: Tarsila do Amaral

#PARTIU Shows

Festival promove cinema latino-americano

Paulinho Moska Local: Livraria Cultura Data: 22 de outubro Horário: 18h Ingresso: Gratuito

Realizado e divulgado por alunos da Pontifícia Universidade Católica (PUC - PR), evento acontece nesta semana em parceria com a Avecpr

Roda de Samba com Carlão Democrata Local: Jokers Pub Data: 22 de outubro Horário: 20h30 Ingresso: R$12

Cinema alternativo I Festival Luz de Cinema Latino-Americano Local: FTD Digital Arena Data: de 20 a 24 de outubro Horário: Ver programação Ingresso: gratuito Mostra Retrospectiva sobre a Primeira Guerra Local: UFPR Data: 24 de outubro Horário: 15h, 17h30, 19h e 20h Ingresso: gratuito

Teatro O Inferno Segundo William Shakespeare Local: Teatro Lala Schneider Data: até 23 de outubro Horário: 21h Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) Os Dois Amores de Colombina Local: Teatro SESI - Portão Data: até 26 de outubro Horário: quartas a sábados, às 20h e domingos, às 18h Ingresso: gratuito

O I Festival Luz de Cinema Latino-Americano, promovido pela Escola de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, tem sua primeira edição entre os dias 20 e 25 de outubro. Realizado na FTD Digital Arena, o evento pretende dar maior visibilidade para o audiovisual de curta-metragem latino-americano e é promovido em parceria com a Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (Avecpr). O evento será dividido em quatro mostras: as competitivas “Mostra livre” e “Mostra universitária”, e as não competitivas “Mostra AVEC” e “II VideMusi”; e tem como objetivo reunir cineastas acadêmicos e já formados para revelar novos talentos e também para permitir a troca de experiências. Nos dias 21, 22 e 23, haverá uma conversa sobre os makings offs, uma mostra universitária, debates e uma mostra livre. No dia 24, acontece a mostra “II VideMusi”, com exibição de filmes espanhóis, australianos, argentinos, portugueses, entre outros. No dia 25, acontece a entrega dos prêmios e uma festa de encerramento. Entre os jurados e integrantes

Cartaz do evento > Imagem; Divulgação

da comissão de premiação estão Jerónimo Rivera, Marden Machado, Guto Pasko, Paulo Camargo, entre outros. Os ingressos são gratuitos e a programação pode ser conferida no site oficial do evento. Para assistir aos filmes, os espectadores podem se inscrever gratuitamente no site do evento ou pessoalmente diretamente na FTD Digital Arena antes das exibições. Porém, a inscrição na hora do evento está condicionada à disponibilidade de vagas nos auditórios.


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