Lona 963 (03/11/14)

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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Ano XV > Edição 963 > Curitiba, 03 de novembro de 2014

Foto: Lígia Renata Delgado

Índice de adolescentes grávidas recuou 3% Fazendo uso dos dados do Censo 2010, o IBGE divulgou uma nova pesquisa no dia 31 que mostra que o número de jovens grávidas dup.3 rante a adolescência caiu nos últimos quatro anos COLUNISTAS

EDITORIAL “A segurança pública foi um dos temas que mais gerou polêmicas durante a campanha eleitoral.”

p. 2

Foto: Bruna Karas

OPINIÃO

Assaltantes invadem campus e explodem caixa eletrônico na UP

No mesmo dia, supermercado no Bigorrilho também sofreu ataque; a universidade informou que houve apenas danos materiais p. 3

“O negócio é aprofundar para questões sérias de violência, desigualdade salarial e nos direitos civis. “ p. 2

#PARTIU Com exposição multimídia, organizadores querem que personagem histórica sai do anonimato. p. 6

Jorge de Sousa “Venho escrever minha última coluna nesse ano e aproveito o espaço para desejar um novo começo. Espero que novos ventos venham juntos de 2015 e possam ressuscitar a democracia.” p. 5 Igor Castro “Valeu pessoal por esse ano que foi excelente e por ter acompanhado a coluna Draft que deixou você por dentro de todos os esportes americanos. Até mais galera.” p. 5


LONA > Edição 963 > Curitiba, 03 de novembro de 2014

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EDITORIAL

Sobre prática e teoria

A segurança pública foi um dos temas que mais gerou polêmica, e também foi um dos assuntos mais discutidos e debatidos durante a campanha eleitoral dos candidatos ao cargo de governador do estado do Paraná. Sempre muito crítico e agudo, Roberto Requião definia em seus pronunciamentos que o atual momento da segurança pública paranaense era semelhante ao de um “apagão” e que o assunto deveria ser tratado com prioridade, caso contrário à situação iria beirar o “caos”. Mesmo com tantos questionamentos a atual gestão, durante os oito anos anteriores que o ex-candidato esteve à frente do cargo, não foram tomadas muitas providências e nem foram realizadas tantas ações para melhorar a situação da segurança pública em que o estado se encontrava. O governador reeleito Beto Richa, usou a campanha para negar as informações a respeito do descaso com a segurança no seu mandato. Entre o mais negado, estava a suposta falta de combustível nas viaturas da Polícia Militar que deveriam estar circulando pelos bairros das cidades para aumentar a segurança dos moradores. Fato é que a segurança é sempre um dos temas mais lembrados durante qualquer campanha política, seja para o cargo de presidente, governador ou prefeito, mas geralmente é um dos assuntos mais esquecidos após as eleições. A segurança é um dos pilares que sustenta a sociedade, e não pode ser deixada de lado em nenhum momento, mas na prática a situação é sempre oposta da teoria labiosa imposta pelos políticos em véspera de eleição. Prova disso, é a extrema carência de segurança que alguns bairros da cidade de Curitiba passam diariamente. No último domingo (2), um menino de sete anos morreu baleado na Vila Torres, a mãe da criança também foi atingida pelos disparos. Moradores da região já fizeram vários protestos e mobilizações exigindo das autoridades mais segurança, pois casos como esse estão acontecendo com frequência, mas os apelos são ignorados. Talvez, algum dia a aclamação do povo seja realmente ouvida. Afinal, que seja antes tarde do que nunca.

OPINIÃO

Lugar de todo mundo é na cozinha Luiza Romagnoli

Conversas facebookeiras (aka discussões a céu aberto no facebook) sobre Machismo vs. Feminismo faz com que eu tenha desenvolvido raciocínios sobre o tema. Vou explicar: algumas “feminazi” são irritantes pelo simples fato de saírem por aí dizendo “se você acha que lugar de mulher é na cozinha, por favor, saia do meu Facebook”, ora, isso é machismo também! Que atire a primeira pedra quem não gosta de exaltar os dotes culinários da sua vovó ou da sua mãe! Isso não tem nada a ver com direito das mulheres! Vamos aprofundar o conceito, tá? Esse mimimi raso é muito intolerante, chato e totalmente sem graça. Calma, eu não estou sendo machista. Só acho que esse tipo de gente está radicalizando e se incomodando demais com pouca coisa. Gente, não dá para levar estereótipos a sério. Porque tem muita gente que distorce todo o propósito e leva para um lado extremista demais. E vamos combinar: tudo tem limite. Sim, eu sei, durante muito tempo as mulheres foram tratadas como objetos sexuais e apenas donas de casa. Mas agora são tempos diferentes, e conseguimos nosso espaço, inclusive o de ser objeto sexual e dona de casa se assim a mulher em questão optar por sê -lo. O negócio é aprofundar para questões sérias de violência, desigualdade salarial, desigualdade nos direitos civis. Mas sem mimimis descessários e igualmente preconceituosos. Quem sou eu para questionar a escolha que o outro (a) fez, afinal? Expediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

“Como assim uma mulher escolhe ser escrava de homem e blablabla, Wiskas sachê?” Ora, hoje nós somos donas do próprio umbigo – inclusive para mostrá-lo – e podemos escolher. Tem mulher que gosta de ficar em casa e cuidar da família; tem mulher que não sabe nem cozinhar (culpada) e trabalha o dia inteiro, e nenhuma delas está errada. Repito mais uma vez, lutar pelos direitos das mulheres é algo mais sério do que não gostar de brincadeiras, aí é outro assunto. Radicalizar negativamente com frases do tipo “se você acha que lugar de mulher é na cozinha, por favor, saia do meu Facebook”, é sair da seara do feminismo para a seara do preconceito, da intolerância. Mas o problema maior é você pen-

sar de uma forma, e só conseguir ser agressivo como um homem grosso e machista com quem pensa diferente. Como diria o Sr. K, famoso filósofo da internet: “Você pode fazer o que quiser, desde que não encha o saco”. E depois que eu adotei esse mantra pra minha vida, tudo ficou mais leve. A gente tem que aprender “Let It Go” certas coisas para não dar dor de cabeça. Conclusão, lutemos pelos direitos das mulheres, sejamos mais tolerantes, não encha o saco e seja mais bem humorado. E só pra constar: lugar de mulher é na cozinha, sim e lugar de homem é na cozinha também, porque na cozinha tem comida.

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Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação


Curitiba, 03 de novembro de 2014 > Edição 963 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Número de adolescentes que se tornaram mães cai 3% Alessandra Becker

res índices foram São Paulo e Distrito Federal, com porcentagens de 9,1% e 8%, respectivamente. Com esses resultados ambos os estados estão 2,7% e 3,8%, respectivamente, abaixo do percentual da média brasileira.

Indicativos apontaram que maternidade na adolescência caiu de 14,8% para 11,8% em todo o Brasil, os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

O número de adolescentes entre 15 e 19 anos que tiveram apenas uma gestação durante o período de realização da pesquisa é mais crescente entre negras e pardas, atingindo um percentual total equivalente a 14,1%, contra 8,8% das brancas.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou nesta sexta–feira, dia 31, uma pesquisa sobre Estatísticas de Gênero, referentes às análises dos resultados do Censo Demográfico 2010, realizado pelo respectivo centro de pesquisa nacional. Entre os diversos aspectos abordados na pesquisa sobre a população brasileira, os estudos apontaram que o índice de maternidade entre as adolescentes brasileiras com idade entre 15 e 19 anos recuou entre os anos de 2000 e 2010 de 14,8% para 11,8% em todo o país. O estudo também apresentou avaliações sobre escolaridade, saúde, e inserção no mercado de trabalho, referentes ao público avaliado. De todas as capitais brasileiras, a cidade de Boa Vista, em Roraima, foi a que apresentou os índices mais altos relaciona-

Roraima e Acre são os estados com maior índice de adolescentes grávidas > Foto: Eder Fortunato

dos a maternidade precoce, ao todo o percentual ficou em 16,9%, o que equivale a 5,1% a mais que a média nacional. Já a capital que apresentou os menores índices de gravidez na adolescência entre a sua população, foi Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cidade mineira atingiu um percentual equivalente a 6,5%, valor esse que está 5,3% abaixo da média nacional.

Avaliando os estados brasileiros constatou-se nos estudos da pesquisa demográfica que Roraima e Acre apresentam os maiores índices de maternidade entre adolescentes, os percentuais equivalentes a ambos os estados da região norte são de 20,1% e 19,9%, respectivamente. Esses resultados estão 8,8% e 8,1%, respectivamente, acima da médica nacional. Os estados que apresentaram os meno-

O IBGE também apontou nesse estudo de Estatística de Gênero que nas regiões urbanas e rurais do Brasil, as porcentagens obedeceram o decréscimo constatado em toda a pesquisa que indicou o aspecto sobre adolescentes que tiveram apenas um filho nascido vivo. Os números do estudo apontaram que 11,1% das jovens entre 15 e 19 anos que residem nas áreas urbanas do Brasil tiveram apenas uma gestação. Em relação as adolescentes que habitam as áreas rurais das regiões brasileiras e que tiveram apenas um filho o índice do IBGE constatou um percentual equivalente a 15,5%.

Assaltantes explodem caixa na UP Bruna Karas

Na madrugada de sexta-feira assaltantes explodiram os caixas eletrônicos que ficam dentro do bloco da reitoria. Por volta das 5h da manhã, quando os portões ainda estavam fechados, cinco homens armados entraram na universidade, renderam os guardas noturnos e fizeram o assalto. Eles conseguiram fugir e a quantia levada não foi informada.

Destroços da explosão ainda estavam no campus pela manhã > Foto: Bruna Karas

Os destroços da explosão só foram retirados às 8h, quando os funcionários e alunos já haviam chegado para trabalhar e estudar. Um vigilante que não quis se identificar contou que assaltantes já tentaram entrar na universidade em outra ocasião, mas não tiveram sucesso.

Em nota, a universidade informou que a ação foi registrada pelas câmeras de segurança e que houve apenas danos materiais: “Na madrugada desta sexta-feira, 31 de outubro, cinco homens armados entraram no campus Ecoville da Universidade Positivo (UP) e arrombaram dois caixas do banco HSBC, localizados no piso térreo do prédio da reitoria. No momento, a instituição encontrava-se fechada, com os portões trancados e sendo vigiada por uma equipe de guardiões. A ação, registrada pelas câmeras de segurança da UP, aconteceu às 5h12. Os portões foram arrombados e um segurança da UP e outro da Estapar (empresa terceirizada que administra

o estacionamento do campus) foram rendidos, sendo liberados logo após a ação. Todos os colaboradores agiram conforme orientações de não reagir contra pessoas armadas. Foram acionadas as polícias federal, militar e civil que, de posse das imagens, seguem com as investigações. Não houve feridos no local – apenas pequenos danos materiais. As atividades da Universidade Positivo seguem normalmente no dia de hoje.” Nesta sexta-feira foram duas ocorrências de caixas eletrônicos explodidos. O supermercado Angeloni, no bairro Bigorrilho, também teve caixas eletrônicos assaltados.


LONA > Edição 963 > Curitiba, 03 de novembro de 2014

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GERAL

Hackathon Eleições 2014 torna processo mais transparente Laura Torres

chefes. O arquiteto de software Álvaro Celso Cantador tinha a missão de extrair os dados de modo geral, como votos por cidades, doações de campanhas ou receitas e despesas dos candidatos. Os estudantes de jornalismo Murilo Prestes e Taynara Oliveira reuniram santinhos de todos os candidatos e fizeram um banco de dados para descobrir se houve desvio de dinheiro.

A maratona de programação durou 12 horas e reuniu profissionais de diferentes áreas: desde estudantes até jornalistas, programadores, estatísticos e engenheiros O primeiro Hackathon Eleições 2014 aconteceu no sábado, dia 1 de novembro, na Universidade Positivo. O objetivo do evento era tornar o processo eleitoral mais transparente por meio de dados, tabelas e gráficos além de explicar como as eleições acontecem de fato, com foco no legislativo. O evento aconteceu em três etapas: na primeira, dados e informações foram baixados e reunidos. Depois começaram a ser tratados e aplicados em situações como mapas ou gráficos. A etapa final criou um formato de consulta a esses dados para a web. A maratona é, segundo a organizadora do evento Rosiane Correia de Freitas, uma forma de colocar em prática o que os integrantes do grupo de jornalismo de dados aprenderam desde o início do ano. O grupo reúne programadores, jornalistas e graduandos que estudam programação para aplicar no jornalismo. Rosiane ainda explica que resolveu “fazer o evento como uma forma de reunir todo mundo e condensar todo o trabalho em um único dia. Aproveitamos para abrir à comunidade e potencializar o trabalho. O retorno foi bem bacana”. Bernardo Pilotto, que participou da disputa para o Governo do Estado, estava presente na maratona. “Esse evento é importante para democratizar o acesso a esses dados, para que a população tenha condições de fazer uma leitura do processo eleitoral e sobre como está a conjuntura política do estado”, afirma. Durante o evento, foram realizadas oficinas e palestras para auxiliar os participantes. Uma delas foi a oficina “Por dentro do legislativo”, oferecida pelo jornalista Roger Pereira do site Vanguarda Política. Ele se envolveu

Taynara Oliveira e Murilo Prestes apuraram se houve desvio de dinheiro nos santinhos > Foto: Arquivo Universidade Positivo

com a maratona passou o dia no Hackathon, “estamos tentando conseguir mais transparência no processo eleitoral, trazendo para a população mais informações sobre quem são os nossos representantes, que artifícios usam, quem doou dinheiro para a campanha e tudo mais”, explica. João Guilherme, jornalista do Livre.jor, conversou com os participantes sobre orçamento público e maneiras de utilizar o excel como ferramenta para encontrar notícias. A oficina de Sergio Spagnuolo serviu para ensinar como construir um banco de dados e utilizar as ferramentas e técnicas no jornalismo de dados em uma reportagem. Os participantes foram divididos em equipes que ficam com “metas”diferentes. Em alguns casos, os trabalhos das equipes se complementavam. Cassio de Araújo é jornalista e sua dupla estava trabalhando em uma matéria sobre os suplentes. “Caso os deputados que foram eleitos assumam outra secretaria ou outro compromisso estamos fazendo o levantamento dos suplentes e os passados políticos”, diz Cassio. A jornalista Beatriz Moreira fez parte de uma equipe e analisava os votos que vão para as coligações. “Quando você vota em um deputado, parte do seu voto vai para a coligação, o que nós estamos

Trabalho da maratona está reunido em um portal > Foto: Arquivo Universidade Positivo=

tentando descobrir são quais candidatos seriam eleitos caso não existisse esse voto para a coligação”, explica. Katna Baran, trabalhou com os votos casados e Sandoval Matheus escolheu dois candidatos que se elegeram na eleição passada e não conseguiram se eleger na eleição deste ano. “A gente está tentando identificar quem tirou os votos deles e porque perderam essa fatia do eleitorado”, explica. O trabalho dos estatísticos Eduardo Ribeiro e Daniel Ikenaga era elaborar gráficos e converter os dados do TSE em um mapa. A meta da jornalista Katia Brembatti era analisar as doações de funcionários para a campanha de seus

O resultado dessas 12 horas de trabalho foi um website no portal Teia Notícias com uma base de dados pronta para quem quiser baixar. No site, é possível consultar quem foi o Governador, o Senador, os Deputados Estaduais, por municípios, e Federais eleitos no Paraná, as zonas eleitorais e as doações de campanha para os candidatos. Os dados ainda estão sendo colocados no site, mas nos próximos dias, tudo estará disponível para download. Vitor Flores, aluno de Sistemas de Informação, foi quem desenvolveu o site: “ficou bem simples, mas direto.” Rosiane Correia comenta que a experiência foi válida e que, depois desse primeiro Hackathon, a ideia é fazer o evento anualmente, principalmente no período eleitoral. “Eu fiquei muito feliz com o resultado porque foi o primeiro Hackathon, a gente não tinha nenhuma experiência e conseguimos juntar pessoas de várias áreas, teve uma troca legal de ideias e houve uma integração entre as pessoas”, diz.


Curitiba, 03 de novembro de 2014 > Edição 963 > LONA

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COLUNISTAS

Politicalizando Jorge de Sousa

Pôr do sol Venho escrever minha última coluna nesse ano. E aproveito esse espaço para desejar um novo começo, neste fim de ano. Espero que novos ventos venham juntos de 2015 e possam ressuscitar a democracia no Estado brasileiro. Quando digo democracia, não quero dizer apenas o direito do voto e de eleger nossos políticos diretamente (essa foi uma conquista importantíssima, de forma alguma a critico) e sim, em democracia política, ou seja, entender a política, a discutir e fazer uma socieda-

de consciente do seu papel nesse meandre, pois só assim conseguiremos modificar a ordem política existente hoje. Além disso, nossos políticos devem ter fazer essa auto avaliação também e lembrarem que seus salários são pagos com o suado dinheiro dos nossos impostos, portanto, somos nós que devemos ser a prioridade de suas decisões e não o oposto. Dilma Rousseff terá grandes obstáculos nesses próximos quatro anos, inclusive dentro de suas próprias alianças. Visto

sua pesada derrota na última semana na Câmara e no Senado envolvendo o decreto dos “Conselhos Populares”, muito graças ao PMDB barrar em massa o projeto. Mais uma vez o tema da democracia política volta a tona. Será que projetos relevantes como esse não deveriam, no mínimo, ser consultados ao povo (o famoso plebiscito). Cabe a presidenta maior pressão nas duas casas para que isso ocorra, afinal sua campanha política foi baseada em grande parte nas questões sociais, por isso se espera que Dilma mantenha sua palavra e reforce esse compromisso, mesmo tendo que ser dura com seus próprios aliados para que esse objetivo seja conseguido. Venho então colocar um devaneio meu e que, acredito, seria de grande ajuda para Dilma, ou qualquer outro político honesto do país (até que se prove o contrário, não vejo Dilma como alguém corrupta ou de má fé), fomentar na população jovem do Brasil um sentimento de nacionalidade latente. Quando digo isso não quero, nunca e

digo nunca mesmo, dizer do patriotismo cego norte americano, no qual o bom senso passa longe e o senso de justiça com as demais nações também. Essa nacionalidade quer dizer muito mais sobre a consciência política do jovem e sua participação na sociedade, para que ele perceba que seu dever como cidadão implica diretamente na vida do outro. Para isso devem ser colocadas na escolas públicas nacionais rodas de debate envolvendo política, fugindo drasticamente do partidarismo e do preconceito a qualquer religião ou estilo de vida, gerando forte reflexão social em nossa juventude e criando uma geração (seja w, x ou z) que nos próximos anos lute por um Brasil melhor, não apenas nas redes sociais, e sim nas escolas, em seus ambientes de trabalho e em seu espaço social em si, pois apenas com uma sociedade consciente politicamente é que teremos a condição de transformar a situação política do nosso país. Boas festas e um excelente 2015 a todos!

Um Balanço Geral Estamos chegando ao fim de mais um ano, e para essa última coluna vou destacar os principais feitos de cada liga de esportes americanos, mostrando o aconteceu de bom neste ano. NFL, a minha preferida Em 2 de fevereiro de 2014, aconteceu o Super Bowl 48 no estádio Met Life Stadium, em Nova York. A final reuniu os dois principais times da NFL na temporada 2013-2014: Seattle Seahawks e Denver Broncos tiveram a chance de duelar pelo troféu Vince Lombardi. Naquela partida, a melhor defesa (Seahawks) jogava contra o melhor ataque (Broncos). Era para ser uma partida equilibrada, porém todos foram surpreendidos: o Seahawks passou o trator em cima dos Broncos de Peyton Manning (considerado o melhor QB de todos os tempos). O time do Seahawks foi, pela primeira, campeão da liga.

NBA, o melhor basquete do Mundo Pelo segundo ano consecutivo, San Antonio Spurs e Miami Heat protagonizaram as finais da NBA. De um lado o melhor jogador da liga, Lebron James que buscava o tri campeonato pelo Heat, e do outro Manu Ginobili (o craque argentino dos Spurs). Diferentemente da temporada anterior, na qual o Miami foi soberano nas finais, os Spurs conquistaram mais um título da NBA. Ainda por cima tivemos o primeiro jogador brasileiro campeão da NBA: o ala-pivô Tiago Splitter. NHL, fogo no gelo A temporada da NHL foi extremamente emocionante. Ao todo foram sete jogos para definir o novo campeão, a final ficou por conta dos Los Angeles Kings e dos New York Rangers. Os Kings estavam pela segunda vez nas finais em menos de dois anos. Foi uma final inédita na Stanley Cup: na série de sete partidas os Los Angeles Kings foram superiores, apesar de terem as vitórias

Draft

Igor Castro

nos finais das partidas. Tanto que na quinta partida da série, os Kings tiveram que jogar uma prorrogação para sua segunda conquista. Alec Martinez, marcou o gol que valeu o título, aos 14 minutos e 23 segundos. Os Kings venceram por 3x2 e fecharam a série em 4x1. Pela segunda vez, ao longo dos 47 anos da franquia, o Kings colou fogo no gelo! MLB, ela disse adeus A MLB não poderia ficar de fora na coluna Draft. A temporada de 2013 foi extremamente interessante, pois grandes times não fizeram bons jogos e acabaram se despedindo mais cedo, um bom

exemplo disso foi o New York Yankees. A série foi extremamente disputada, Red Sox e Cardinals fizeram grandes partidas, mas quem saiu mais feliz dessa série foi o Sox. Na sexta partida o time de Boston não perdeu a chance de ganhar o título em casa, já que liderava a série por 3x2. David Ortiz foi o grande protagonista derrotando os Cardinals por 4x2 na série de sete jogos da Word Series, vencendo por 6x1. Valeu pessoal por esse ano que foi excelente e por ter acompanhado a coluna Draft que deixou você por dentro de todos os esportes americanos. Até mais galera.


LONA > Edição 963 > Curitiba, 03 de novembro de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Getúlio Vargas assume o Governo Provisório Na tarde de 3 de novembro de 1930, a Junta Militar Provisória que governava o Brasil passou o poder a Getúlio Vargas, que vestiu a farda militar pela última vez, findando a chamada República Velha. No discurso de posse, Getúlio estabeleceu 17 metas a serem cumpridas pelo Governo, as quais foram realizadas nos anos seguintes. Simultaneamente, no centro da cidade do Rio de Janeiro, soldados gaúchos cumpriam a promessa de amar-

rar os cavalos no obelisco da Avenida Central, marcando o triunfo da Revolução de1930. Getúlio Vargas assumiu o Governo com amplos poderes, e governava através de decretos que tinham força de lei. Alguns revolucionários não aceitavam o título de Presidente da República. Durante o cargo, deu início à modernização do Estado brasileiro. Seu governo provisório foi o segundo da república; o primeiro foi o de Deodoro da Fonseca.

Getúlio Vargas > Foto: Arquivo Revista O Cruzeiro

#PARTIU Em Cartaz Mil Vezes Boa Noite Drama > 117 min > 14 anos Relatos Selvagens Suspense > 122 min > 14 anos Tim Maia Biografia > 140 min > 16 anos Attila Marcel Comédia > 102 min > 18 anos

Exposições Libertem Maria Águeda! Local: Casa Romário Martins Data: de 2 de novembro a 3 de maio de 2015 Horário: das 9h às 18h Ingresso: gratuito Solos Sagrados Local: Livrarias Curitiba - Shopping Palladium Data: até 30 de novembro Horário: de segunda a sexta, das 11h às 23h Ingresso: gratuito

Shows Helena Sofia Local: Teatro do Paiol Data: 4 de novembro Horário: 20h Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia) Samba de Bamba - João Martins Local: Teatro da Caixa Data: 4 de novembro Horário: 20h Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia)

Personagem anônima ganha exposição em CWB Mulher que se rebelou contra as ordens do capitão da vila ainda é desconhecida na história oficial da capital paranaense A exposição “Libertem Maria Águeda!” estreou ontem e ficará aberta para visitação até maio de 2015 na Casa Romário Martins. A mostra é multimídia e traz textos, fotos, vídeos, desenhos, grafites, peças musicais e muito mais para contar uma história que aconteceu em Curitiba há 204 anos, no início do século XIX. Em 1804, Maria Águeda, uma mulher simples e pobre, foi presa ao se negar a obedecer às ordens da esposa do capitão-mor da vila. O objetivo do trabalho foi recontar o episódio e tirar esta personagem do anonimato. Diversos artistas colaboraram com a exposição e fizeram suas releituras do fato. Exposição quer que personagem seja historicamente reconhecida > Foto: Divulgação

A história de Maria não está nos livros e, portanto, para que ela não seja esquecida, os visitantes são convidados a assinar uma petição pública que solicita que Maria Águeda seja o nome de uma rua, praça ou logradouro da cidade. Os realizadores do projeto são os historiadores Magnus Roberto de Mello, da UFPR; Ana Lucia R. B. da Cruz, pesquisadora do CEDOPE; José Augusto Leandro,

da UEPG e Lai Bottman Pereira que atuou como designer na concepção das obras. A exposição fica na capital paranaense até o dia 5 de maio do ano que vem. A Casa Romário Martins fica localizada no Largo da Ordem, à Rua Coronel Enéas número 30, e tem como proposta ser um espaço de divulgação de exposições de caráter histórico, que preservem a memória da cidade e estimulem a pesquisa sobre a capital paranaense.


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