Lona 970

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Ano XVl > Edição 970 > Curitiba, 20 de maio de 2015

Igreja inclusiva abre portas para o público LGBT Foto: Davi Carvalho

Comunidade Abraça-me, de Curitiba, é a primeira igreja a se disponibilizar para o público não quisto por outras comunidades religiosas p.4

EDITORIAL

#PARTIU

A iniciativa da comunidade “Abraçame” é um grande passo contra o preconceito e a intolerância. p. 2

Teatro A peça Vovó Florentina e seus ensinamentos é uma adaptação do livro “Strega nona”.

Foto: Alessandra Becker

OPINIÃO

Extintor veicular ABC será obrigatório a partir de julho

Automóveis fabricados anteriormente a 2005 devem regularizar a situação, os demais terão que efetuar a troca após o vencimento p. 3

Este ano, teremos mais um segundo devido à posição e movimento do nosso planeta em relação ao sol. p. 2

ACONTECEU NESTE DIA 21 de maio: No dia 21 de maio de 2006, os montenegrinos votaram a favor da separação da Sérvia.

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Fotografia Até o dia 31/05, segue em exposição na FNAC do Park Shopping Barigui, a mostra fotográfica “Mais que um Leão por dia”. p. 6


LONA > Edição 969 > Curitiba, 13 de maio de 2015

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EDITORIAL

Igualdade sem intolerância A sociedade brasileira é considerada mundialmente uma das mais preconceituosas e intolerantes diante de diferenças sociais, políticas, sexuais e religiosas. Mas o conservadorismo tradicional marcado por posições individualistas, radicais e rigorosas aos poucos está sendo deixado no passado e na história. O Brasil já alcançou judicialmente e moralmente vitórias representativas contra a discriminação e em prol da igualdade. Uma das mais importantes, talvez a que mais demonstre essa alternância social, é o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Em 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de votação unânime (10 a 0) assentiram oficialmente a união homoafetiva, após representantes do Ministério Público e do estado do Rio de Janeiro solicitarem ações que deferissem esse laço de igualdade. A partir da aprovação, casais que mantêm um relacionamento com indivíduos do mesmo sexo são considerados juridicamente como entidade familiar, e têm direito a herança, pensão alimentícia, representatividade na Previdência Social e nos planos de saúde do cônjuge, entre outros benefícios. Direitos esses que antes só eram adquiridos por meio da união entre homens e mulheres.

OPINIÃO

Um segundo a mais Bianca Ogliari

O sol sempre foi o rei das decisões que transformaram a Terra na maior fábrica de ponteiros. Nos relógios solares, a sombra foi decisiva na contagem de segundos de forma que não se pode identificá-los. Esse ano, teremos mais um segundo devido à posição e movimento do nosso planeta em relação ao sol. Em algumas rotações da terra a cratera negra da vida parece se prolongar por décadas. Parece não ter solução. Tudo está em crise existencial: as pessoas, o país, o mundo. Eu tive um professor que sempre dizia: para o Brasil mudar, precisariam de uns cinquenta anos. Na crise, tempo não é dinheiro, é saúde. Chega uma hora que você precisa reciclar a vida, essa que suga o nosso tempo, nossa ideia, nossa capacidade de reflexão, que nos deixa nauseabundos – ou você aprende a fazer isso ou a vida te derrete como o sol.

Tempos de hipocrisia. Conforto com nossas próprias certezas e crenças. Tempos de lagarto, comer o rabo do outro na fome e às vezes o próprio rabo, só para “se dar bem” e para “parecer bonito”. Achar que sabe mais do outro sem saber de si mesmo. É mais fácil culpar o outro pelo problema que eu sou. É povo corrupto reclamando de governo corrupto. É gente falando da rotina alheia sem viver. É doença possuindo o ser humano. É gente morrendo. Gente nascendo. Os filhos do futuro, onde vamos parar? A economia no Brasil vai de mal a pior, de pior para pior vai o Paraná, com um governo que massacra a educação pública, mais do que ela já é massacrada. Em tempos de guerra, a educação era honra. Hoje, luta-se para educar.

A política está comendo lavagem de porco, e está procriando. O problema não é o Brasil, é o sistema, é quem mexe no sistema, é quem elege o sistema. Não há megalomania maior do que culpar a presidente pelo leite derramado. James Joyce dizia que o caminho mais longo é o mais curto para casa – talvez precisamos voltar para casa, para infância e crescer novamente. Aprender principalmente a lidar com a vida, a não cuspir no chão que se pisa. Caluniar é crime, não enxergar a si mesmo é egoísmo ou qualquer outro pecado capital. Deus esteve e está vendo tudo, talvez ele colocasse mais um segundo para aprendermos a não ulcerar a nossa própria vida, criando metástases em nós mesmos. O que nós estamos fazendo é vestir um figurino de outro mundo, de outra gente que talvez tenha dado certo enquanto viveu na hipocrisia.

Embora esse avanço seja extremamente significativo para a quebra de tabus dentro da sociedade, a discriminação com pessoas do mesmo sexo que mantêm um relacionamento ainda é grande dentro das religiões e de seus ambientes de orações e fé. Para promover e incentivar a quebra desse preconceito, a comunidade religiosa “Abraça-me”, em Curitiba, faz a acolhida do público LGBT que busca encontrar a fé. Seguindo os dogmas neopentecostais da prosperidade humana, a igreja recebe também indivíduos que se sentem excluídos em outras religiões. A iniciativa da comunidade “Abraça-me” representa um grande passo contra o preconceito e a intolerância. Pensando na diversidade e na liberdade de crença, propõe a inclusão de todos os públicos e promove a igualdade sem discriminação dentro de uma sociedade ainda tão conservadora como a brasileira.

Expediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Alessandra Becker, Davi Carvalho e Leonardo Mion Editorial Da Redação


Curitiba, 13 de maio de 2015 > Edição 969 > LONA

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MOBILIDADE

Fiscalização do extintor veicular ABC começa em julho Alessandra Becker

Equipamento de segurança passa a ser obrigatório em veículos fabricados anteriormente ao ano de 2005 Por determinação do Conselho Nacional do Trânsito, o Contran, a partir do dia 1º de julho, começam as fiscalizações do extintor de incêndio ABC nos veículos automotores. A instituição superior do trânsito brasileiro divulgou recentemente a resolução que aumenta para mais 90 dias o prazo para todos os veículos se adequarem ao novo modelo de extintor. A justificativa é a de que o equipamento ainda está em falta no meio comercial. Inicialmente, o prazo para os motoristas regularizarem a situação era até o primeiro dia do ano, mas, devido às dificuldades de encontrar o produto, o Contran deferiu uma resolução que prorrogou o período por mais 90 dias. O pedido para prorrogar o último prazo foi do Ministério das Cidades ao Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran. O órgão alegou que o tempo de fabricação e distribuição do extintor de incêndio ABC seria muito curto para regularizar a situação de todos os veículos. Mudanças As empresas de automóveis no Brasil já têm como obrigatoriedade, desde 2005, equipar as frotas produzidas para venda com o extintor de pó químico do tipo ABC. Para os veículos que já estão adequados ao produto, a troca deve acontecer somente quando terminar a validade de cinco anos definida pelo fabricante, quando houver despressurização ou caso o extintor seja utilizado. Já os automóveis fabricados anteriormente a 2005 são os que devem ter a situação regularizada com a substitui-

Obrigatoriedade Embora o Brasil não seja reconhecido mundialmente como um grande fabricante de automóveis, é um dos poucos países onde o equipamento de segurança é obrigatório. Alemanha, Estados Unidos e Japão, conhecidos pela alta produção de veículos, não estabelecem o uso do produto. Apesar da exigência prevista na legislação brasileira, são poucas as autoescolas que ensinam e orientam como o extintor de incêndio deve ser utilizado em caso de emergência. Extintor ABC será obrigatório em todos os veículos automotores a partir de julho > Foto: IPEM-PR

ção do equipamento de segurança BC para o ABC. Esse extintor de incêndio deve, como cita o Denatran, por meio da legislação, ser adequado a carros de passeio, caminhões, caminhonetes, micro-ônibus, ônibus, triciclos com motor que possuem a cabine fechada, tratores e também a veículos utilitários. Segundo o site do Instituto de Pesos e Medidas do estado do Paraná, IPEM PR, o extintor de incêndio ABC é constituído com carga à base de pó químico. O equipamento é indicado para princípios de incêndio em papel, madeira, tecidos, equipamentos elétricos, líquidos inflamáveis e materiais sólidos. Já o extintor BC também é constituído com carga à base de pó químico, mas só apaga princípios de incêndio em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos.

ga do tipo A, pois as exigidas até então, a BC, não combatiam determinados tipos de incêndios característicos nos veículos, como em tecidos”, diz. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o CTB, a multa para motoristas que forem flagrados circulando sem o extintor, com o extintor antigo, ou com o equipamento de segurança obrigatório vencido é de R$127,69. Além disso, o proprietário do veículo será autuado por infração de natureza grave e receberá cinco pontos na carteira de habilitação, além de retenção do automóvel para ser feito o processo de regulamentação. O preço do extintor veicular ABC varia de R$50 a R$150.

O coordenador de veículos do Departamento de Trânsito do Paraná - Detran PR, Nelson Lambach, conta que o que originou a determinação do Contran a propor a substituição dos extintores de incêndio foram a carga e as substâncias presentes nos antigos. “Em 2005, o Contran determinou que os extintores passassem a contar com uma nova carExtintor ABC combate príncipios de incêndio em tecidos > Foto: Ilustração/Contran

A vendedora Ana Paula Zaranski concluiu o processo da carteira de habilitação em abril, porém, nas aulas não obteve nenhuma orientação de como o equipamento de segurança deve ser utilizado. “Eles repassaram muita informação sobre as infrações de trânsito, sobre as vias, sobre a parte mecânica do automóvel, mas sobre o extintor nada foi citado”, afirma. Segundo o site oficial da Sociedade Brasileira de Engenheiros da Mobilidade, é necessário que haja intensificação nas orientações e nos treinamentos para que os condutores saibam utilizar o extintor de incêndio, pois só assim a obrigatoriedade do equipamento fará sentido.


LONA > Edição 969 > Curitiba, 13 de maio de 2015

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GERAL

Igreja inclusiva é o caminho de fé para os jovens LGBTs A ‘Abraça-me’ é uma comunidade religiosa que recebe jovens gays de braços abertos para o encontro com a fé Davi Carvalho

Jovens gays que procuram aceitação em alguma igreja agora têm para onde ir. ‘Abraça-me’ é uma comunidade religiosa que recebe o público LGBT de braços abertos para o encontro com a sua fé. As igrejas são conhecidas pela intolerância aos gays. Não impedem o convívio, mas não estão abertas a certas adaptações. Uma igreja de Curitiba, a Comunidade Abraça-me, recebe gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, excluídos e discriminados da sociedade que querem seu momento de espiritualidade e contato com a palavra de Deus. Ela segue uma linha neopentecostal e hoje recebe não só esse público como também toda e qualquer pessoa que se sinta sujeita à exclusão de outras igrejas, sem distinção para raça ou opção sexual. Cristoffer Zilotti, 28, funcionário público, foi criado em igrejas evangélicas. Descobriu que era gay desde cedo e teve que se adaptar às regras de sua religião. Cansado de seguir em uma igreja tradicional, tendo que viver no armário

e praticar a castidade, ter medo da condenação pelo simples fato de sua opção sexual se diferir dos demais, passar por tratamentos de cura espiritual, exclusão dos amigos, ou até mesmo grande exposição, se motivou a fundar, em junho de 2014, a “igreja inclusiva”. Abraça-me, cujo título dispensa explicações. “Na verdade, a nossa igreja não tem essa visão limitada de ‘igreja gay’. Apesar de acolher principalmente os LGBTs, ainda assim é um rótulo. Ninguém gosta de rótulos. O título acaba não agradando e especificando demais o público quando se trata de uma igreja para todos. As igrejas discriminam muitas pessoas: o negro, os divorciados, a mulher que não pode pregar, o gay que não pode fazer parte do contexto da igreja simplesmente pelo fato de ser gay. Somos uma comunidade que acolhe todo mundo. O nosso evangelho é de salvação para todos”, diz categoricamente o pastor. No início eram células (encontros nas casas de alguns integrantes) em Almirante Tamandaré, onde discutiam temas direcionados aos questiona-

> Foto: Davi Carvalho

mentos da bíblia, a entender o preconceito das demais religiões, bem como aprofundar-se em estudos de trechos do livro sagrado. A divulgação era por meio do boca a boca, nas principais baladas do centro de Curitiba e em ações de evangelização na parada gay. Até que os lugares ficaram pequenos demais para o público e tiveram que se reunir em um lugar maior. “Trata-se de pessoas ridicularizadas pelas igrejas. Além do que, Curitiba tem um sistema cultural europeu, é uma cidade preconceituosa. Se a sociedade mudar, estaremos abrindo nosso espaço físico”, diz o pastor.

ligiões, mas abre espaço para duras críticas em torno da aceitação de outras pessoas, ditas em condições “tradicionais”. Afinal, as pessoas no ambiente da igreja são, quase em sua maioria, gays. Não há sequer uma pregação diretamente voltada para esse público, o que poderia recepcionar tranquilamente um casal heterossexual. Por não ser convencional, o que é nítido, causaria, no entanto, estranhamento a quem não se identifique com o público ao redor. A comunidade, embora fuja do rótulo de “igreja gay”, acaba por limitar-se, quase totalmente, ao público LGBT.

A marca da igreja é fundamentada no acolhimento e não tem pretensão de manipular a pessoa ou adaptá-la a formatos para que ela seja aceita, é perceptível que não há limitações para os fiéis. Aconselha-se apenas a seus frequentadores que sigam a Cristo e se isentem de dogmas.

Chrisllan Franco, representante de vendas e cabeleireiro, 20 anos, é gay e conheceu a Abraça-me por intermédio do pastor, quando eram apenas células. Atualmente é líder do ministério de louvor, toca violão e canta. E conta: “Me afastaram quando souberam que eu era gay. Da igreja, das pessoas, das amizades. Foi complicado. Aqui é um ambiente favorável aos gays. Não é um lugar onde você se sente condenado. Eu me sinto livre”. Em seu relato, ele confirma que a maioria do público

Com uma visão mais voltada para a questão da união, amor, integração, convívio de interação, essa diferencia-se neste quesito das demais reA banda é formada por integrantes homossexuais assumidos que fazem parte da igreja > Foto: Davi Carvalho


Curitiba, 13 de maio de 2015 > Edição 969 > LONA

da igreja é gay. E que são, principalmente, jovens que ainda não se assumiram ou que vivem em conflito, pois ainda não se aceitaram completamente. Não há pressão no ambiente para que eles livrem-se desse fardo, mas ele dá uma dica para os colegas: “Saia do armário. Pois todo mundo tem que ser como é. Não precisamos mudar ou viver o que os outros querem que você viva”. A igreja trabalha com o foco na evangelização do público, faz trabalhos de assistência social, acompanhamento de jovens com problemas mais graves (moradores de rua e depressão), acolhe gays não assumidos, por isso opta por não ter uma grande exposição, fato este que facilita o processo dessas pessoas que não “saíram do armário”. Elas chegam até a igreja e têm liberdade, fazem amizades e resolvem por ficar. O projeto é ousado e pretende chegar a outros lugares do Paraná. O próximo passo é levá-lo até Maringá, onde funcionará dentro do cinema de um shopping. O Pastor Cristoffer, idealizador do projeto, explica a escolha do local: “Igreja não precisa ser em local fixo, não é uma estratégia de marketing, apenas queremos uma igreja que o jovem não seja obrigado a ir, como nos moldes tradicionais. Ela está fora do contexto de igreja chata. É uma igreja

As pregações na igreja nem sempre são pautadas no público LGBT. >Foto: Davi Carvalho

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jovem, diferente, que veste uma cara de modernidade. Provando que Deus pode chegar a qualquer um, onde Ele quiser”. O que acontece nos cultos? A Abraça-me tem seu culto realizado aos domingos, às 19 horas, no auditório de um hotel. Os jovens começam a chegar poucos minutos antes e são recepcionados pelo pastor. No início da noite, as luzes são apagadas e um jogo de luz colore o ambiente. Um membro da igreja canta músicas de louvor, com mensagens de reflexão. De olhos fechados eles são direcionados a louvar a Deus. Em um segundo momento o pastor lidera uma discussão a partir de um tema, relacionando-o à textos bíblicos. As mensagens não têm relação com o movimento LGBT, são iguais a qualquer outra igreja no estilo evangélico. Ao final do culto, as luzes são novamente apagadas para o momento da doação de valores não estipulados, cabe a cada um definir quanto deve contribuir. O pastor comenta: “A igreja sobrevive de ofertas voluntárias, da contribuição de cada um, sem obrigação. Apagamos as luzes na hora da oferta para que ninguém veja o que cada um está dando e sintam-se livres

As reuniões acontecem no salão de um hotel em Curitiba. >Foto: Davi Carvalho

para fazer, tendo ciência de que, se não houver doações, a obra pode parar”. Para finalizar o culto, que tem duração de duas horas, novamente cantam músicas de louvor, até que o pastor passe sua mensagem final. O que é o evangelho inclusivo? A Comunidade Abraça-me, bem como outras igrejas vertentes que promovem a tolerância e, acima de tudo, a inclusão social, têm base no que chamam de evangelho inclusivo, evangelho da graça ou teologia inclusiva. Antes, os textos bíblicos eram pregados para os possuidores das leis, mas existiam aqueles que acreditavam não ser dignos de salvação, um povo que não merecia pregação. A polêmica em torno do tema é que alguns teólogos acreditam que os homossexuais querem usar disso para defender que a igreja aceite a sua condição, visto que não há base ou fundamentação para o contrário; já os homossexuais defendem que tal evangelho alcança o povo que não teria salvação, contrariando o que prega a bíblia no antigo testamento. A igreja gay contextualiza os evangelhos voltados contra os gays e mostra uma teologia inclusiva de aceitação provando que estes foram interpretados de forma errada.

A igreja inclusiva é completamente contrária a leis que condenem o homem de forma geral da salvação, independente de sua opção sexual. Isso cabe também para o caso dos adúlteros, divorciados, mulheres, ou seja, se estende para todas as pessoas excluídas das rígidas normas das igrejas. “Jesus morreu por todos, não selecionou a quem salvar”, defendem. O evangelho inclusivo é o processo de informar que a salvação é para todos e não para um grupo seleto de pessoas. Trechos bíblicos como “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt. 11-28); “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3-16) demonstra, segundo a teologia inclusiva, que a igreja como um conjunto, não deve excluir ninguém, nem ser intolerante. E que, principalmente, percebam que a inclusão é para todos e não exclusivamente voltada para o público LGBT. Informações Os cultos acontecem no endereço: Hotel Estação Express, Rua João Negrão, 780, Curitiba. Aos domingos, às 19h. As células e outros eventos serão avisados na agenda divulgada nos cultos.


LONA > Edição 969 > Curitiba, 13 de maio de 2015

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ACONTECEU NESTE DIA

21 de maio de 2006: Novos países e o fim de uma história No dia 21 de maio de 2006, os montenegrinos votaram a favor da separação da Sérvia. Com aprovação de 55,5%, apenas 0,5% a mais do necessário para o reconhecimento do referendo pela União Europeia e ONU. Apenas treze dias após o referendo, Montenegro declarou sua independência e dois dias depois, Sérvia fez o mesmo.

Uma situação, no mínimo inusitada, é que Servia e Montenegro disputou as eliminatórias de 2006 e conquistou uma vaga para a Copa do Mundo daquele ano. Com isso, os dois países, já independentes, se ”uniram” para jogar. A estreia aconteceu no dia 11 de junho, menos de 10 dias da independência de Montenegro. Jogando em Leipzig, na Alemanha, Servia e Montenegro foi derrotado pela Holanda pelo placar de

Antes unidas, agora Servia e Montenegro são nações independentes. Confira como ficou a divisão.

#PARTIU Teatro Urubu Comum – uma espécie tipicamente brasileira Local: Teatro Novelas Curitibanas Data: De 15/05 a 31/05/2015 Horário: 20h Ingresso: Gratuito Vovó Florentina e seus encantamentos Local: Teatro Cleón Jacques Data: 07/05 a 24/05/015 Horário: Qui e Sex as 10h e as 14h, Sáb e Dom: 15h e 17h Ingresso: Gratuito

Shows Christian e Ralf Local: Teatro Positivo Data:29/05/2015 Horário: 21h Ingressos: De R$66 a R$366 Nenhum de Nós Local: Teatro Positivo Data: 06/06/2015 Horário: 21h Ingressos: De R$59 a R$172

Exposições Mais Que Um Leão Por Dia Local: FNAC – Park Shopping Barigui. Data: até 31/05 Horário: Seg a sáb: 11h às 23h. Dom: 14h às 20h Ingressos: Gratuito América Espanhola: Pessoas e Paisagens Local: Inst. Cervantes. Rua Ubaldino do Amaral 927, Alto da XV Data: de 20/05/2015 a 02/06/2015 Horário: Seg a sex: 9h às 19h30 e Sáb: 9h às 12h Ingresso: Gratuito

Teatro para crianças é atração no final de semana Curitiba recebe peça infantil educativa no Parque São Lourenço

A peça Vovó Florentina e seus ensinamentos é uma adaptação do livro “Strega nona”. O livro trata de como crianças devem se posicionar em relação as tarefas de casa e das responsabilidades sobre as atividades realizadas, tudo isso regado com muita brincadeira. A peça fica em cartaz até esse final de semana no Teatro Cléon Jacques na Rua Mateus Leme, 4777, no Parque São Lourenço. O Espaço alternativo é destinado à espetáculos de vanguarda. O Teatro Cleon Jacques foi inaugurado em julho de 1998, com a apresen-

Olga Romero como Vovó Florentina. Tomar decisões desde pequenos os torna adultos melhores. > Foto: Divulgação

tação do espetáculo “Alice através do espelho”. O espaço presta homenagem ao ator e diretor de teatro radicado em Curitiba, Cléon Jacques falecido em 1997.

Livraria curitibana recebe exposição de fotos Coleção de fotos de 2013 estará na FNAC até o fim do mês

Até o dia 31/05, segue em exposição na FNAC do Park Shopping Barigui, a mostra fotográfica “Mais que um Leão por dia”. As doze imagens foram feitas durante a Tour d’ Afrique na edição de 2013. Essa foi uma das mais longas expedições de bicicleta do mundo.

O acervo é do jornalista Alexandre Costa Nascimento e de outros ciclistas que participaram da Tour d’ Afrique. O Park Shopping Barigui fica localizado na rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, Mossunguê.


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