LONA 979

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Ano XV > Edição 979 > Curitiba, 27 de agosto de 2015

Inclusão no mercado de trabalho: há espaço para todos? Foto: Flickr

Deficientes e minorias buscam respeito e igualdade de oportunidades e condições de trabalho em empresas e comércio p.3 COLUNISTAS

EDITORIAL “Ainda falta preparo no ambiente de trabalho, que é um local onde muita gente quer estar, mas é impedida por p. 2 inacessibilidade”

Foto: Creative Commons

OPINIÃO

O problema dos antidepressivos na juventude

De acordo com a OMS, a depressão é a principal doença que atinge os jovens. Mas o uso de antidepressivos realmente é a solução? p. 4

“O problema é quando nos desconectamos do mundo real em função do mundo digital.” p. 2

#PARTIU O Teatro do Colégio Santa Maria receberá o show Esmeralda, da cantora Tiê

p. 6

Brayan Valêncio O Brasil tem muito para evoluir e como todo menino no auge de sua “infância crescida”, tem muito o que aprender, mas, para isso, deve ter o apoio e a cumplicidap. 5 de dos mais próximos. Jorge de Sousa Devemos todos lembrar que todo regime extremista teve início excluindo uma parcela da sociedade, seja oprimindo fisicamente ou até mesmo o ideal de um povo. p. 5


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EDITORIAL

“Eu também quero trabalhar” Por muito tempo, pessoas com algum tipo de deficiência ficaram de fora do espaço de trabalho por falta de acessibilidade. Isto é, o ambiente de trabalho não tinha preparo ou estrutura para deficientes. Rampas, plaquetas em braile e guias nas calçadas são algumas adaptações que ocorreram ao longo dos anos para que o direito de ir e vir fosse realmente democratizado. Essas medidas foram realizadas para que deficientes tivessem uma melhor acessibilidade na cidade. Porém, ainda falta preparo no ambiente de trabalho, que é um local onde muita gente quer estar, mas é impedida por inacessibilidade. A Lei de cotas para deficientes foi instituída em 1991 com a proposta de que pessoas com condições especiais ocupassem certo número vagas em empresas. A ideia é muito boa, pois possibilita que todas as pessoas tenham os mesmos direitos, além de quebrar vários preconceitos. Mas ainda existe um grande desafio a ser enfrentado, que é preparar as empresas para receberem funcionários com necessidades especiais. Isso envolve desde uma adaptação física do ambiente, até preparar os demais trabalhadores para lidar com as diferenças.

OPINIÃO

A influência das redes sociais nas relações pessoais Fernanda Anacleto de Ramiro

Você provavelmente já ouviu falar que a internet é o mau do século, e, em contrapartida, que ela revolucionou a maneira de nos comunicarmos. O problema é quando nos desconectamos do mundo real em função do mundo digital. Ficar horas na frente de uma tela seja do computador ou, pior ainda, do celular, altera nossa percepção da realidade em longo prazo. As pessoas realmente esquecem as coisas simples, como por exemplo, uma boa conversa olho no olho. É muito mais cômodo “discutir” certas coisas através de mensagens, mas engana-se quem pensa assim. Como você pode ter certeza se aquilo que fulano está dizendo é realmente verdade se você não consegue enxergar sinais de um possível blefe? Não só em relação a conversas privadas, mas também no quesito perfil ou personalidade, é fácil criarmos a “imagem” de alguém a partir do que a própria pessoa posta ao longo do tempo. Porém, esse pré-julgamento baseado somente na rede, muitas

vezes passa longe da realidade. Uma geração que se tornou dependente do celular e de redes sociais é como um viciado encarando a falta de drogas. Carência de likes, obsessões por seguidores e brigas virtuais tornaram-se tão comuns no cotidiano que a maioria não percebe o desconforto que isso gera em certas rodas de amigos. Porque não existe nada mais desagradável do que não interagir com quem está ao seu lado e preferir se expressar com alguém que está a quilômetros de distância. É como trocar o certo pelo duvidoso. Quando você começa a se desapegar de redes sociais, involuntariamente você presta mais atenção até nas placas das ruas, nas conversas paralelas no ônibus ou até mesmo em coisas imperceptíveis para os olhos da maioria. O problema é quando nos desconectamos do mundo real em função do mundo digital. Ficar horas na frente de uma tela seja do com-

putador ou, pior ainda, do celular, altera nossa percepção da realidade em longo prazo. Se pararmos para pensar, em outras épocas, onde a tecnologia não era sequer um embrião, as pessoas viviam o presente de uma maneira intensa. Os jovens viviam sem pressa, sem se preocupar com a opinião alheia somente por status. Os encontros inesperados realmente te surpreendiam porque não era preciso ligar ou mandar milhões de mensagens para tal pessoa, insistindo para ela sair com você para tal lugar. Se ela for ela vai estar lá, não precisa ficar anunciando aos quatro ventos. Antigamente, quando a MTV ainda era transmitida em TV aberta, lembro-me de uma vinheta que dizia “Desligue a TV e vá ler um livro!”. Deveríamos fazer a mesma coisa com o Facebook, ou qualquer outra rede social que faz o ser humano perder boa parte do seu tempo, que poderia estar sendo utilizado para algo que realmente fizesse a diferença na sua bagagem cultural.

Ainda há um longo caminho para que o trabalho seja realmente uma possibilidade para todos, mas já é visível as mudanças nos últimos anos e essas mudanças são as “pontes” que muitos esperavam ser construídas para chegarem a oportunidade de emprego e colaborar de algum jeito com a sociedade e conquistar a própria independência.

Foto: Creative Commons

A preparação e adaptação nas empresas é fundamental para que a pessoa com deficiência se sinta confortável e capaz de realizar seu trabalho sem nenhum tipo de restrição. Em algumas empresas já existem os centros de inclusão, que atendem os funcionários com deficiência para uma melhor integração com a corporação. As ONGS também tem um papel importante na inclusão de deficientes na área de trabalho e fazem um ótimo serviço em achar trabalhos que se adaptem bem com cada tipo de pessoa.

Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Santos, Francisco Mateus e Luis Izalberti Editorial Da Redação


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GERAL

Inclusão e igualdade social no mercado de trabalho Ana Plassmann

trabalho. A ONG faz um trabalho de avaliação das pessoas com deficiência e, de acordo com o grau de capacidade de cada um, conduz o candidato para cursos de capacitação ou diretamente para vagas de trabalho.

Com auxílio de ONGS como a Unilehu, portadores de deficiência e minorias buscam inclusão e aceitação mercado de trabalho A inclusão de minorias é um processo que vem ganhando, gradativamente, espaço dentro da sociedade. Desde rampas, plaquetas em braile nos taxis, acessibilidade nos caixas eletrônicos nos bancos, guias na calçada para deficientes visuais nos terminais de ônibus, espaço no esporte com as paraolimpíadas, até a contratação no mercado de trabalho. Hoje em dia não existe quem não lute por um trabalho digno. Trabalhar virou sinônimo de caráter. E, além da constante luta diária de diversas pessoas, após a Lei de Cotas para deficientes, foi dado um grande passo para a inclusão total de pessoas com condições especiais. No Brasil, existem hoje mais de 14 milhões de pessoas com deficiência, segundo o IBGE. Para esse grupo considerável da população brasileira foi instituída em 1991 a Lei de Inclusão Social, nº 8213/91, que demanda que as empresas com mais de cem empregados preencham de 2% a 5% de suas vagas de trabalho com pessoas com deficiência. Porém, segundo o Conade (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física), mesmo com a lei instituída os deficientes ainda enfrentam alguns empecilhos devido a má aceitação dos colegas de trabalho. Diante de diversos paradigmas que existem na sociedade, o mundo estranha o diferente e se fecha contra o novo, não dando muito espaço para pessoas deficientes. Mas, em 1981, a ONU (Organização das Nações Unidas) impôs mudança e anunciou que aquele ano seria o Ano Internacional das Pessoas Por-

Igualdade para quem pediu a diferença “A minha vida mudou, quando vi a vida dela e ela mudar”, conta Elisangela Gomes, 52, mãe de Elisa Gomes, 28, deficiente auditiva. Elisa trabalha em uma franquia da rede de lojas Renner, no Shopping Palladium, há 5 anos. A mãe conta que desde que a filha tem consciência da sua condição, ela se sentia um “peso” para a família e para as pessoas ao seu redor. “Foi um grande processo ela aceitar, eu nunca entendi, porque ela já nasceu com essa deficiência, então a aceitação era para ser mais tranquila, mas foi tudo mais complicado. Por isso que ela começar a trabalhar foi um passo muito importante para ela. Minha filha é outra mulher, é mais feliz, consigo ver a alegria no rosto dela vivendo sozinha por si mesma, independente, com filhos e marido e seu dinheirinho no final do mês.” disse a mãe emocionada. Foto > Creative Commons

tadoras de Deficiências (AIPPD), conscientizando muitas pessoas, e as ajudando a entender a igualdade dos deficientes, tendo os mesmo direitos como qualquer pessoa, de viver, de trabalhar. E passando por cima de todas essas barreiras, a contratação de pessoas com deficiência aumentou de acordo com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). “Quem não tem um emprego, tende a ter depressão e uma autoestima bem baixa. E o motivo disso é porque o local de trabalho ajuda as pessoas a ganhar responsabilidades, se tornar mais comunicativa e ampliar

relacionamentos. No caso de pessoas que tenham alguma deficiência, muitas vezes as próprias famílias se admiram com as alterações de atitude, uma vez que elas se sentem mais felizes tem a sensação de independência”, conta a psicóloga Ticyana Begnini, que tem um filho com síndrome de Down se preparando para entrar no mercado de trabalho com a ajuda da ONG Unilehu. A Unilehu (Universidade Livre para a Eficiência Humana), de Curitiba, trabalha com o propósito de ajudar as pessoas com deficiência a inciar uma carreira no mercado de

Porém, Elisa, desde sua entrada na loja, já enfrentou alguns problemas. Desde pessoas que não sabiam da sua deficiência e não foram correspondidas após chama-la até pessoas que se irritaram pelo mesmo motivo, mas respondendo que ela devia ser aposentada por invalidez. Mas Elisa nunca ligou, só se fortificou perante as dificuldades. E pediu para reforçar dando um recado no final da matéria, dizendo que “não importa qual seja sua deficiência, cor, tamanho, não importa quão diferente você seja, você e cidadão igual todos, e tem direito igual todos, direito acima de tudo de ser feliz”. Recado dado, Elisa!


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GERAL

Antidepressivos na juventude: problema ou solução? Especialistas acreditam que uso de antidepressivos por jovens pode interferir no desenvolvimento saudável do cérebro Paulinne Giffhorn

A depressão é a principal doença que atinge jovens de 10 a 19 anos, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). O tratamento precoce é a melhor forma de prevenir problemas mais graves no futuro. No entanto, o uso de medicamentos pode ser perigoso. Por serem concebidos e testados em adultos, o seu impacto em um cérebro em desenvolvimento ainda é desconhecido. Alguns especialistas acreditam que o uso desses medicamentos pode interferir no desenvolvimento normal do cérebro. O neurocientista Amir Raz declarou em um artigo que o cérebro humano desenvolve-se rapidamente quando somos novos, porém o uso de antidepressivos pode afetar drasticamente esse desenvolvimento. Além disso, a medicação para a depressão pode aumentar o risco de tendências suicidas em alguns adolescentes. Durante os primeiros meses de

Foto: Creative Commons

utilização, o risco de suicídio aumenta exponencialmente. Leandro Hein, 31, fez o uso de remédios controlados por um grande período de sua juventude. Segundo ele, o efeito dos remédios era óbvio, mas não desviavam sua mente do que realmente o incomodava. Os remédios causavam algumas sensações estranhas. “Era como se eu estivesse sempre anestesiado, um dos medicamentos também causava perda da memória recente” conta Leandro. Ainda assim, ele acredita que o episódio poderia ter sido pior caso ele não tivesse utilizado os ansiolíticos e indutores de sono. Fausto Baeta, 22, começou a tomar medicamentos aos 18 anos. Para evitar o uso dos antidepressivos, ele tentou micro terapia e acupuntura. Ambas mostraram-se sem efeito para seu problema. Fausto não acredita que os remédios o tenham curado e continua buscando soluções alternativas para combater a depressão.

Foto: Creative Commons

“O problema mora

no diagnóstico. Pessoas com tristeza e aborrecimento passageiro tem sido diagnosticadas com depressão, iniciando um tratamento medicamentoso desnecessário” O problema mora no diagnóstico. Pessoas com tristeza e aborrecimento passageiro tem sido diagnosticadas com depressão, iniciando um tratamento medica-

mentoso desnecessário. Muitas vezes a culpa é dos pais, que pensam que os filhos estão doentes e os levam a consultórios quando poderiam resolver o problema com uma dose de atenção, melhor alimentação e atividades físicas. Para tentar ajudar a detectar os verdadeiros sintomas da doença, Mara Lúcia Cordeiro e Antônio Carlos de Farias, do Hospital Infantil Pequeno Príncipe, escreveram o livro “Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes - Mitos e Fatos”. A internet também possui uma grande parcela de culpa nos diagnósticos. Antes de ir ao consultório, os pacientes já “sabem” quais doenças eles têm. O acesso à informação influencia as pessoas e também aos terapeutas, que muitas vezes caem no que os pacientes falam. O resultado é catastrófico, pois o remédio errado não só não cura como piora os sintomas.


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COLUNISTAS

Desmistificando Brayan Valêncio

Volta Ditadura “Volta Ditadura”, “Golpe Militar Já” e “Intervenção é a Solução” são alguns dos bordões utilizados à exaustão nas manifestações recentes em todo o Brasil. Mas será que vale a pena deixar a jovem democracia de lado e voltar ao regime de Castelo Branco, Costa e Silva e Médici? Se você começou a ler acreditando que eu iria defender a volta da Ditadura, sinto lhe desapontar, pois não será isso que irá acontecer. Constitucionalmente é crime qualquer ato que atente a democracia ou

a liberdade de expressão, então, aqueles que saem as ruas com cartazes nas mãos - e camisas da CBF no peito - pedindo a intervenção militar estão cometendo um crime. O direito à manifestação é legítimo e também não tenho a intenção de avaliar a legalidade ou não do governo, mas o que tem que ser evidenciado é que além de ser inconstitucional (palavra da moda), pedir a quebra da democracia é algo imaturo e inconsequente, afinal, por pior que seja

o governo, uma democracia continuará sendo superior a qualquer outro regime ditatorial e/ou qualquer regime que interfira diretamente no direito a liberdade de expressão. Os livros de história são evidências suficientes para justificar os motivos para a não-volta da ditadura, e mesmo que vários se justifiquem dizendo: “na época da ditadura o Brasil não parava de crescer”, “não havia criminalidade em 1970” e “a corrupção é uma consequência dessa democracia desenfreada e libertina”, não teria a mínima chance de persuasão. Afinal, se o período de 64 até 80 era uma ditadura, não é de se imaginar que informações foram omitidas, forjadas ou ignoradas? E se ainda não te convenci de que a ditadura é algo que deve ser lembrado sim, mas apenas como passado, quer saber? Vai conversar de ditadura com a sua avó! O Brasil é sem dúvidas uma criança quando o assunto é democracia, visto que o primeiro presidente eleito por voto popular, após o golpe de 64, foi o Fernando Collor

de Mello em 1989. Então, poderíamos dizer que tudo que vivemos agora é uma pré-adolescência rebelde? Sim, poderíamos. O erro ocorre porque ninguém mata um menino de 12 anos por estar “dando trabalho” ou “sendo difícil”, geralmente ajudam esse garoto, ou na pior das hipóteses, esperam crescer torcendo para que mude. O Brasil tem muito para evoluir e como todo menino no auge de sua“infância crescida”, tem muito o que aprender, mas, para isso, deve ter o apoio e a cumplicidade dos mais próximos. A analogia pode até ter ficado chata pelo exagero, mas prefiro pecar pelo excesso podendo errar e podendo cansar vocês do que simplesmente não poder estar escrevendo os amores e os dissabores da democracia e o bônus e o ônus de criticar alguém que quer uma imediata intervenção, afinal, na democracia, pessoas pedem a volta do autoritarismo (não deveriam, mas pedem). Já, no auge de uma ditadura, alguém ousaria pedir uma democracia já?

O que é democracia? Uma das poucas bênçãos de se quebrar uma das pernas, se você descontar a dor, obviamente, é conseguir ter tempo para fazer atividades que diariamente são impossíveis. Uma delas foi abrir um jornal local e ver uma proposta ousada do prefeito Gustavo Fruet. Diminuir a velocidade dos veículos em algumas ruas centrais de Curitiba. Percebendo a potencialidade explosiva do tema, procurei ver os comentários nas redes sociais acerca do tema. Me deparei com duas vertentes. A dos revolucionários, que, mesmo em minoria, apoiam não apenas essa medida, mas também um regime ainda mais xiita na capital, retirando toda a frota do Centro da cidade. Do outro a maioria das respostas tinha o tom de incredulidade, de fúria e com muito deboche dos tradicionalistas curitibanos, que ainda aproveitam para culpar a Dilma pelo caso. Obviamente o facebook não é o local mais apropriado para se encontrar um

debate racional, mas a percepção de conflito que uma simples ideia causa nos participantes da rede é o cerne da minha análise. A democracia, regime político criado na antiguidade grega, prega que as decisões relevantes a sociedade sejam discutidas e aprovadas perante uma maioria dos presentes. Mas, o grande x dessa questão é o seguinte. Quando a maioria da população toma decisões que são, a primeira vista, controversas para a população, a sensação de que a democracia entra em xeque é absurda. Ao mesmo tempo deve ser ponderado se a opinião de alguns deve ter peso maior que a de outros, apenas porque tais ideias são favoráveis ao que cada um de nós pensamos. Em ambos os casos o debate deveria se basear muito mais no todo do que no “eu”. Isso porque hoje se condiciona obrigatoriamente a se colocar em uma

Politicalizando Jorge de Sousa

posição, que, na maioria das vezes, é completamente antagônica ao outro lado. O conceito de coalisão deveria ser pregado obrigatoriamente desde a infância no Brasil, pois esse sentido é primário na formação da figura do cidadão, elemento chave da democracia. Vale ressaltar que os diversos problemas educacionais que assolam o país são uma das principais causas dessa “guerra” opinativa, que mesmo com diversas pautas, não consegue chegar a lugar algum. Sou contrário a medida de Fruet e posso colocar dezenas de motivos para ter essa opinião. Mas por nenhum deles

a minha ideia será melhor que a sua, leitor ou leitora, visto que sou apenas um jornalista de muletas e não um especialista de urbanismo, mas adoraria participar de um debate público, explanar minhas experiências e ouvir a de diversos cidadãos da cidade. Ouvir sim, até porque isso é primordial não apenas para a democracia, mas também na formação da humanidade. Devemos todos lembrar que todo regime extremista teve início excluindo uma parcela da sociedade, seja oprimindo fisicamente ou até mesmo o ideal de um povo. Como é dura essa democracia...


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ACONTECEU NESTE DIA

É comemorado o dia do Psicólogo Hoje no Brasil é comemorado o dia do psicólogo. Este ano completa cinquenta e três anos da regulamentação da profissão no país, através da Lei número 4.119/62. Em 1.973 foi criado o Conselho Federal de Psicologia. Em média, o curso de psicologia aqui no Brasil, dura de quatro a cindo anos, podendo ser a graduação em Bacharel ou então em Licenciatura.

partir disso, em alguns casos, esse profissional é responsável por auxiliar indivíduos a se reestabelecerem emocionalmente.

Ontem, 26 de agosto, foi aprovado, através da Comissão de Cultura na Câmara dos Deputados um projeto de lei que torna oficial o dia do Psicólogo. E está em O profissional desta área é responsável por tramitação o projeto de lei nº 1.015/2015, analisar o comportamento humano, de acor- que tem como objetivo regulamentar a do com as emoções, atitudes e reações. E, a profissão para fixar o piso salarial. O tridente é o símbolo da psicologia. Foto > Wikimedia Commons

#PARTIU Shows Tiê Local: Teatro do Colégio Santa Maria Data: 29/08 Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 90,00 Banda e/ou Local: Sesc Paço da Liberdade Data: 29/09 Horário: 14h Ingressos: gratuito

Exposições Poética da Ausência Local: Museu da Fotografia Cidade de Curitiba Data: 16 de julho a 13 de setembro Horário: das 09h às 12h e das 14h às 18h (terça a sexta) Ingressos: gratuito A União Soviética através da câmera Local: Museu Oscar Niemeyer Data: 16 de julho a 25 de outubro Horário: 10h às 18h (terça a domingo) Ingressos: R$4,50 e R$9,00

Teatro Romeu e Julieta Local: Teatro Guaíra Data: 27/08 a 30/08 Horário: 20h30 e domingo às 18h Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 Relações Aparentes Local: Teatro Positivo Data: 29/08 Horário: 21h15 Ingressos: de R$ 60,00 a R$120,00

Tiê traz show Esmeraldas a Curitiba A cantora Tiê fará um show aqui em Curitiba no dia 29 de agosto. Ela vem com a turnê de Esmeraldas, título que dá nome ao terceiro álbum da jovem paulista, lançado em 2014. Tiê lançou seu primeiro álbum em 2009, com o título Sweet Jardim. O álbum contém dez faixas e contou com músicas cantadas em português, inglês e francês. Em 2011, ela lançou o segundo disco intitulado “A Coração e o Coração”, que teve a música Piscar o Olho, sendo tema da novela da Rede Globo Cheias de Charme. Agora, seis anos após o primeiro lançamento, Tiê mantém seu tom doce, poético e romântico nas canções e traz músicas mais elaboradas na parte instrumental. A produção do álbum Esmeralda contou com o trabalho Jesse Harris, que trabalhou como produtor de vários artistas, incluindo Norah Jones, Maria Gadu e Marisa Monte. O álbum Esmeraldas contém doze faixas e tem a participação do cantor David Byrne e de Guilherme Arantes.

Foto: Divulgação

A música Noite faz parte da trilha sonora da novela global I Love Paraisópolis. O disco foi grava em São Paulo e em New York. O show será dia 29 de agosto, sábado, no Teatro Marista, com início ás 21h. Os ingressos variam entre R $ 51,00 e R$ 96,00.


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