Ano XIV Edição 769
Sexta-feira, 10 de maio de 2013
Curitiba Predomínio de sol, apenas com pouca variação de nuvens
lona.redeteia.com
Mais informações: www.simepar.br
Educação
Mín. 6°C Máx. 23°C
Alunos ficam com atraso de conteúdo, devido à ausência de docentes. Professores de redes estaduais de ensino chegam a ficar meses e até anos afastados das salas de aula, e nem sempre há de imediato um professor disponível para substituílo, quando não são encontrados os alunos ficam sem aula ou praticam atividades correspondentes ou não a disciplina. Falta constante de professores nas escolas estaduais prejudica o aprendizado dos alunos.
Maioridade penal
Universidade
“Punir deve ser o último intermédio para educar. Deveríamos, primeiro, educar bem, ensinando os valores da vida e disseminando isso desde a tenra idade, educando com estrutura e pessoas preparadas. Se for necessário punir, é porque a educação não foi eficiente”, Lucas Karas.
Curso de Fisioterapia da Universidade prepara alunos para a vida profissional com uma clínica de fisioterapia. Os alunos, a partir do segundo ano, fazem os atendimentos supervisionados por professores. Página 4
Humor brasileiro Após o fracasso do programa de Marcelo Adnet na Globo, Amanda Bacilla faz uma análise do humor televiso brasileiro. Alunos do 1o ano em observação de uma sessão de fisioterapia feita por aluna do 4o ano
Por onde anda? O que fazem os alunos de jornalismo depois de formados? Saiba o que tem feito a ex-aluna Luísa Barwinski.
AGENDA
Ônibus “Além disso, a remuneração é baixa e a má preparação dos motoristas e cobradores implica uma péssima qualificação.”
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COLUNAS Música Na coluna musical de hoje, Halanna Aguiar comenta o cd “Multishow Ao Vivo: 30 anos, vida que segue” do cantor Zeca Pagodinho. Confira a crítica da colunista!
No dia 10 de maio de 1994, Nelson Mandela foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul. Mandela foi uma das peças fundamentais para o fim do apartheid. Página 6
Seriados Atrações culturais visam movimentar a praça da Espanha nos fins de semana. Exposições de carros antigos, feiras de antiguidades e design estão entre os eventos que acontecem toda semana. Página 4
Conhece a série Bates Motel? A série do canal americano A&E serve como prelúdio para o filme Psicose, clássico de Alfred Hitchcok. A série conta a atuação de Vera Farmiga como a mãe de Norman Bates. Texto de Júlia Trindade.
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Editorial Uma banalidade complexa Um vídeo que começou a circular na internet nesta semana revelou a discussão, que ocorreu na noite dessa segunda-feira (6), entre uma cobradora de ônibus e alguns passageiros cujos ânimos estavam nitidamente exaltados. A situação, porém, não pode ser analisada unicamente sob o ponto de vista da falta de respeito e bom senso entre as partes, posto que o problema que determinou esse comportamento é muito mais complexo. O projeto do metrô de Curitiba, que também
ganhou destaque na mídia recentemente, ainda está sob análise e não há previsão para o início das obras. Como também não há trem na capital e os táxis já não conseguem atender a grande demanda de passageiros, o único meio de transporte público disponível é o ônibus. Embora a tarifa tenha aumentado, o número de frotas e funcionários não cresceu proporcionalmente. Isso causa uma sobrecarga dos funcionários que enfrentam uma escala pesada e rigorosa. Além disso, a remuneração é baixa e a má
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OPINIÃO
preparação dos motoristas e cobradores implica uma péssima qualificação. Esses fatores fazem com que os funcionários trabalhem mais e sofram por causa do estresse excessivo que acaba afetando o desempenho em suas funções. O governo aconselha os cidadãos a deixar o carro em casa para diminuir o caos no trânsito e a poluição, mais isso é um pedido difícil de ser atendido uma vez que o transporte público falho que não oferece muitas alternativas. As pessoas ficam presas na porta, filhos
Artigo
são deixados para trás e acidentes ocorrem por conta de imprudências. Outro problema marcante é a insegurança a que os cidadãos se submetem todos os dias. Nesta quinta-feira (9), um homem abusou de uma mulher sexualmente na estação-tubo do bairro Santa Quitéria, em Curitiba. Isso mostra que a responsabilidade do transporte público não se baseia somente em deslocar os passageiros em um veículo com condições regulares e confortáveis, mas também garantir a segurança (externa e interna)
contra a violência de marginais. Situações banais, como a que foi retratada no vídeo contendo abuso verbal, ganham proporções enormes porque o comportamento das pessoas é determinado pela deficiência no sistema de transporte coletivo de Curitiba.
Amanda Bacilla
O humor é um dos gêneros que mais agrada os brasileiros. Seja no cinema, teatro ou na própria televisão, programações recheadas de gargalhadas têm uma audiência muito grande. O trágico do assunto é perceber que estamos perdendo bons comediantes para a Globo. Isso mesmo, estamos perdendo comediantes para a maior emissora de televisão brasileira. Se um comediante está fazendo sucesso em algum outro canal que não seja a “absoluta”, eles tratam de fazer qualquer acordo mais atrativo apenas para tê-lo em sua emissora, sem perceber que sua grade de programação já está completa, e qualquer papel que deem para o comediante irá limitá-lo. Vejamos o exemplo do grande responsável por muitas gargalhadas Marcelo Adnet. O rapaz tratava de cumprir seu papel na MTV sendo um dos principais VJ’s da emissora. Não faz muito tempo que a Globo contratou Adnet para fazer parte de um programa chamado “O Dentista Mascarado”, que completa a grade das sextas-feiras pela noite. É visível que o programa matou o espírito de improviso do ex VJ, e não é por menos que tem tido poucas visualizações e está ameaçado de não ter uma continuação. A Globo não assume a derrota, porém quem perdeu tempo para assistir ao programa percebeu que não havia chances de manter no ar algo tão monótono. Outro grande exemplo é a humorista carioca Tatá Werneck, atriz e comediante que fazia sucesso nos espetáculo DEZnecessários Brasil afora. Tatá tem um papel na nova novela da Globo “Amor à Vida”, onde é uma “periguete” que tenta ganhar a vida dando golpes do baú em homens ricos e bem sucedidos. O papel parece promissor e promete fazer rir o público brasileiro que antes era acostumado a também ligar a televisão na MTV para vê-la fazer graça. Apesar de ser um papel de destaque e de parecer ser engraçado, Tatá também não terá mais a liberdade de fazer humor como tinha nos espetáculos de improviso e na MTV. Quanto a ela, resta aguardar seu lançamento na novela e esperar algo pelo menos um pouco divertido. Quando a Globo toma conta destes comediantes, o tempo de planejar ou continuar em seus espetáculos no teatro pelo Brasil é muito pequeno. É comum vê-los sumir do teatro quando entram na Globo, o mesmo aconteceu com os comediantes Leandro Hassum e Marcius Melhem. O que nos resta é esperar que a Globo pense em um espaço mais interessante em sua grade para esses atores (que pode ser nos sábados após a novela) ou aguardar o fim do contrato com ansiedade.
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenação dos Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial Júlia Trindade O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.
Bom, falar de si mesmo nunca é muito fácil né? Mas vamos lá! Já no primeiro ano de faculdade eu tinha uma breve ideia do que eu queria fazer da vida: internet. Mas isso só tinha um problema... Como? Nunca fui do tipo que sempre sonhou em aparecer no Jornal Nacional. O meu negócio era outro, o conteúdo. No terceiro ano da faculdade entrei para o time de redatores do Baixaki. Logo depois de ter tirado 10 com o blog Paliteiro na banca do TCC, fiz minha especialização em Marketing e descobri que eu também gostava muito dos processos envolvidos na construção das marcas. No ano seguinte, estudei Novas Tecnologias em Jornalismo, para entender melhor as perspectivas da área em que me formei. A essa altura eu trabalhava como analista de mídias sociais da Página 1. Ao mesmo tempo eu iniciei meu blog com viés profissional, o Social41 (www.social41.com) No final de 2012 acabei meio que “jogando tudo pro alto” quando recebi o OK do pessoal da New York University para a turma de Digital Marketing & Advertising. Fiquei quase três meses estudando por lá e, na metade de novembro, o pessoal de Plataformas Digitais da Gazeta do Povo entrou em contato comigo. Hoje sou redatora na equipe responsável pelo projeto de Classificados Digital. Além disso, tenho levado o Social41 adiante, com webinars, cursos e palestras sobre marketing de conteúdo.
Por Onde Anda?
Acervo Pessoal
Um pesadelo Recentemente, nós, brasileiros, fomos pautados com uma discussão pertinente, mas deveras polêmica: a redução da maioridade penal. Pois bem, depois do clímax da discussão, depois de vários argumentos postos “à mesa”, deixo aqui, a minha posição. Sou favorável à redução da maioridade penal. Acredito piamente que, a partir do 14 anos, a pessoas já têm noção dos seus atos, já é lúcida o suficiente para ser parabenizada por belas atitudes e responsabilizada e devidamente punida pelos seus atos negativos.
Portanto, quem comete um crime à mão armada deve, sim, ser punido. Vi, durante as discussões, argumentos de que isso não poderia ser possível, pois não podemos responsabilizar uma “criança” pela falta de investimentos na educação e afins. Pois bem, concordo em partes. Não há como negar que a educação brasileira é deficitária. Não é à toa que estamos nas piores posições em rankings de educação. Contudo, usar esse argumento para impossibilitar uma pena aos “criminosos mirins” é, para mim, desnecessário. Por mais que a educação seja um dos motivos
Lucas Karas para que esse jovem ou adolescente tenha praticado o crime, deixar de puni-lo só irá piorar a situação. Acredito que ambos os argumentos têm valores. Punir deve ser o último intermédio para educar. Deveríamos, primeiro, educar bem, ensinando os valores da vida e disseminando isso desde a tenra idade, educando com estrutura e pessoas preparadas. Se for necessário punir, é porque a educação não foi eficiente. E esse é o nosso quadro atual. Vemos a carência da educação na necessidade de punir e, inclusive, diminuir a maioridade penal.
Contudo, essa é a nossa realidade e, se deixarmos de punir, infelizmente deixaremos totalmente de educar. É triste ter que escrever isso. Porém, é a realidade. Devemos continuar lutando para alcançar esse nosso sonho de uma educação que eduque verdadeiramente, sem ser necessário punir posteriormente. Quando alcançarmos isso – se é que é possível –, não serão mais necessários cadeias, policiais, armas ou portões. Estaremos vivendo na sociedade perfeita, na sociedade perto da sonhada por Marx. Um sonho utópico, impossível e que se transforma
em pesadelo, quando acordamos e vemos nossa realidade atual. Um pesadelo que nos obriga a educar punindo e, mesmo assim, educando mal. Não sou a favor da punição a essas crianças e a mais ninguém. Contudo, tenho de ser sincero. Vejo somente na redução da maioridade a solução imediata para tentar educar. Não quero que essa solução seja permanente. Ela deve ser somente um “tapa-buraco” para nossa situação atual. Espero que, no futuro, vejamos algo próximo desse sonho que citei. Enquanto isso, continuamos vivendo um pesadelo.
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GERAL
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Alunos do ensino público sofrem com ausência de professores Diversos fatores têm contribuído para tornar a sala de aula um ambiente inóspito para professores. Segundo uma pesquisa da Apeoesp, 45% dos professores consideram a escola um centro de violência ALESSANDRA BECKER Uma pesquisa realizada entre janeiro e março e apresentada ontem pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em parceria com o Instituto Data Popular, aponta que 44% dos professores entrevistados para a pesquisa já sofreram algum tipo de violência em sala de aula. Além da violência, o stress do trabalho e baixa remuneração são fatores que contribuem para que os professores se sintam insatisfeitos no trabalho. Um dos problemas mais frequentes nas escolas de rede pública, principalmente nas estaduais, é a falta de professores em sala para dar aula aos alunos. No Brasil, segundo pesquisas realizadas por universidades, como Unesp e USP, o número de professores ausentes em um único dia pode chegar a 40%, situação preocupante tanto para os pais, como para os alunos. Na ausência de um docente, o ideal é que se encontre um substituto o mais depressa possível, mas na maioria dos casos não há professores com horários vagos e os alunos acabam ficando sem aula. O fato é que, se os alunos
perderem muitas aulas, os conteúdos se acumulam e, quando chegar o momento de o professor passar as matérias, a compreensão do estudante fica muito mais confusa e difícil, pois terá que entender diferentes temas e conteúdos em um período
muneração baixa, a falta de incentivo para permanecer na rede, e a não perspectiva de crescimento na carreira”. A carga horária também é um fator que influencia nas faltas. “Muitas vezes o professor não consegue completar a sua carga horária em uma só escola, e tem aula no mesmo dia em até três escolas diferentes e distantes umas das outras”, diz Solange. Segundo a Secretaria de Educação do Paraná, o salário base dos professores concursados de escolas estaduais é de R$ 1.044,94 por 20 horas de trabalho. Os docentes ainda contam com o auxílio do vale-transporte que é de R$ 304,83. Atualmente, o Estado também conta com os professores do Processo Seletivo Simplificado (PSS). O valor da hora-aula deles é de R$ 11,61 e o auxílio para o transporte é de acordo com a carga horária de cada docente. Pais e alunos Para os pais, a situação é extremamente complicada, pois eles sabem que o filho está em segurança na escola, mas que certas vezes eles não vão ter os conteúdos programados para aquele dia devido à falta de algum professor. Patrícia Michele Flor é mãe de aluna de escola estadual e fala sobre as ausências. “Na falta de professor, a peda-
também é um fato recorrente da rede estadual. A professora de Artes do Colégio Estadual Moradias Monteiro Lobato de Curitiba, Solange Guesser, diz que, no início do ano, ocorre certa demora para que todos os professores contratados sejam chamados, e normalmente o ano
: “Muitas vezes o professor não consegue completar a sua carga horária em uma só escola, e tem aula no mesmo dia em até três escolas diferentes e distantes umas das outras” – professora de escola estadual, Solange Guesser. de tempo mais curto. Segundo a pedagoga Franciane Daenecke, jamais deve haver dispensa dos alunos por falta de aula. “O ideal é que outro professor substitua ou que o próprio pedagogo entre em sala”. No início do ano, durante a semana pedagógica, é solicitado aos professores que deixem três atividades encaminhadas. Elas são utilizadas em sala de aula quando houver falta por parte do docente e um substituto não for encontrado. Os professores A falta de professores logo no período inicial das aulas
inicia-se apenas com professores concursados. A professora ainda destaca que outro motivo para a falta dos docentes durante o ano é a saúde: “Professores doentes, muitos com stress, depressão, e outros com problemas de ordem emocional têm mais tendência a ficar afastado das salas por alguns dias, em algumas situações até meses e anos”. Para a professora, os principais motivos para tantas desistências são “a falta de experiência do professor que não é determinante, a falta de reconhecimento pelo profissionalismo, a re-
goga entra em sala para passar alguma atividade para a turma, ou os alunos são liberados para ir até a quadra de esporte com a supervisão de um funcionário”. Embora não sejam liberados para sair da escola, os alunos acabam ficando com conteúdos em atraso. A pedagoga Fraciane Daenecke conta que nenhum pai chegou a reclamar da falta dos docentes, mas os próprios alunos do segundo ano do Ensino Médio da escola sim. “Eles tinham apenas duas aulas por semana da disciplina de Biologia, e o professor faltava muito, os alunos constantemente vinham fazer reclamações sobre a ausência, pois o conteúdo ficava totalmente defasado. Infelizmente nesse caso eu não tinha o que fazer, o professor faltava e apresentava o atestado, e nem sempre eu tinha à disposição um profissional da mesma disciplina para dar continuidade nos conteúdos, com isso os estudantes sempre eram os mais prejudicados”. Ex-aluna do Colégio Estadual Rio Branco de Curitiba, Kawane Martynowicz, conta: “Toda semana faltava algum professor, tinha uma de matemática que ficou um mês sem aparecer, e depois ninguém repôs, a gente ficou com essa falha até entrar um professor substituto”.
Bituca de cigarro pode ter causado incêndio no Contorno Sul de Curitiba Acúmulo de grama entre as pistas da BR pode ter pego fogo devido à uma ponta de cigarro. O incidente em uma rodovia de alta velocidade atrapalhou o trabalho do corpo de bombeiros. MARINA GERONAZZO
Marina Geronazzo
Na tarde da última quarta-feira, dia 09, ocorreu um incêndio por acúmulo de grama na BR, no canteiro central do Contorno Sul, em Curitiba, em frente à fábrica da Volvo. O corpo de bombeiros compareceu rapidamente ao local apagando o fogo. De acordo com o soldado Manuel Gapski, do corpo de bombeiros, esses incêndios podem ser causados por motoristas que jogam bituca de cigarro para fora carro, ou até mesmo,
podem ser caso de incêndio criminoso. O incêndio aconteceu em uma rodovia de velocidade alta, fato que tornou a situação mais complexa e arriscada para os atendentes do corpo de bombeiros. Em situações como essa o corpo de bombeiros procura realizar um combate rápido e imediato para evitar problemas no trânsito da região. O soldado Gapski ainda deu conselhos aos motoristas. “Ao avistar a fumaça,
devem já de imediato dar o sinal de alerta, e reduzir a velocidade para que aqueles que venham atrás comecem a reduzir também. Muitos se desesperam na hora e acabam acelerando mais ainda. A ideia é que todos deem o sinal de alerta e mantenham uma mesma velocidade, para passar uniformemente.”, afirmou em entrevista.
Causas mais comuns dos incêndios: - Sobrecarga nas instalações elétricas; - Vazamento de gás; - Improvisações nas instalações elétricas; - Crianças brincando com fogo; - Fósforos e pontas de cigarros; - Falta de conservação dos motores elétricos; - Estopas ou trapos envolvidos em óleo ou graxa abandonados em local inadequado.
Informações: Corpo de Bombeiros Militar do Piauí
Cultura
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Atrações culturais movimentam os fins de semana na Praça da Espanha Exposição de carros antigos, feira de antiguidades e design, música ao vivo, dentre outras atrações, embalam os sábados à tarde em uma das praças mais movimentadas da cidade. BRUNA BOZZA
A Praça da Espanha, originalmente chamada de Praça Áurea e Praça Alfredo Andersen, recebeu esse nome em 23 de março de 1955. Localizada no bairro Bigorrilho, e ponto de parada de muitos curitibanos, a praça conta com uma área total de 6.500m², 45 árvores e abriga também um Farol do Saber. Entre as atrações que ela oferece está a exposição de carros antigos, que vai completar seu sétimo ano em frente ao local. Organizada pelas mulheres do Elas Clube, tem grande credibilidade e público fiel. Atração exclusiva da Praça da Espanha, conta com o apoio da Prefeitura Municipal e SETRAN. O número de carros aumenta a cada dia, porém, como a exposição funciona com um esquema de rotatividade, não há intenção de mudança ou ampliação do local. Conservação e originalidade são os principais critérios para participação. Os carros vão desde os nacionais, aos importados e raros. “Para participar é fácil, porque normalmente o colecionador já sabe os critérios para que o carro venha a ser exposto”, segundo Glenys Besseler, presidente do Elas Clube. O evento é aberto ao público
que gosta de carros antigos. A exposição acontece sempre aos sábados, das 13h às 20h. A maior dificuldade do evento está no próprio público, que vem para frequentar outros espaços da Praça e acabam se incomodando com o fechamento da rua. “Respeito à visitação e às leis é importante para o funcionamento perfeito da exposição. A ideia é expor uma paixão e fazer amigos”, completa. Feira de Antiguidades Outra atração característica da praça é a feirinha, que conta com 18 barracas. “A feira é separada em dois segmentos, a feira de antiguidades e a feira de design”, explica Larissa Pedroso, Design de Produtos e expositora da feira. Na parte de design, eles desenvolvem todos os produtos, desde a estampa até a produção final. “Desenvolvo toda a produção, estampo os lápis, os cadernos e as lembranças personalizadas. Os valores variam de R$2,00 a R$26,00. Chego a atender em média 300 pessoas em dias como hoje de sol e bastante movimento”, afirma. Quando se trata de antiguidades, o visitante encontra todos os tipos
de produtos. “Essa parte da feira abrange coleções, documentos, porcelanas, prataria, objetos antigos. É um segmento bem variado,
Lúcia Mirabastani, 59 anos, expositora da feira. Natural do Rio de Janeiro, Regina está há pouco tempo aqui, mas acredita que
que a Prefeitura inclua a praça na rota do ônibus turístico da capital. Outra questão é a segurança para quem trabalha ali: “Como você pode notar, não tem nenhum policial aqui no momento. Como a música começa depois, poderíamos trabalhar tranquilamente até mais tarde”, diz Regina. Os shows de música ao vivo são outra grande atração aos sábados. Com o apoio de uma rádio local, acontecem exibições de artísticas da cidade, que divulgam seu trabalho e animam todos que passam e até sentam por ali para aproveitar as tardes ensolaradas ao som de boa música. As apresentações acontecem sempre das 16 às 18h. Para as crianças, ainda existe um playground. E se você tiver um animal de estimação, pode levá-lo para lá também, desde que tenha os devidos cuidados. O visitante ainda conta com bares, lanchonetes, restaurantes e sorveterias que ficam ao redor.
Bruna Bozza
assim como seus preços, que variam de R$20,00 a quase R$ 2.000,00”, conta Regina
contribui para o turismo local. Uma das reivindicações dos que trabalham por lá é
Universidade
Estudantes de Fisioterapia trabalham em clínica desde o 2º ano A clínica de fisioterapia da Universidade Positivo está disponível gratuitamente para todos que precisarem. Os pacientes são atendidos por alunos sob supervisão de professores Desde 2002, o curso de fisioterapia da Universidade Positivo tem uma clínica dentro do câmpus, onde os alunos podem ver, na prática, aquilo que aprendem nas salas de aula. A clínica funciona de segunda a sexta-feira das 7h30 às 11h45 e das 13h às 17h, prestando atendimento à comunidade de forma gratuita. Durante um mês, são realizados em média 420 atendimentos somente no período da manhã. Segundo o coordenador do curso e responsável pela coordenação da clínica, Roberto Mattar Cepeda, os alunos já participam das atividades da clínica desde o primeiro ano, fazendo estágio de observação, relatórios e algumas pesquisas básicas. Já no 2o ano, os alunos acompanham algumas consultas para chegar a um diagnóstico fisioterapêutico. No 3o ano, eles têm atividades práticas na clínica da Universidade e também em outros locais conveniados, como o Asilo São Vicente de Paula, Hospital Cruz Vermelha, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Santa Felicidade e Associação Paranaense de Assistência ao Paraplégico (APAP). Já o último ano tem uma carga horária bem extensa, de 800 horas de estágio, cada grupo passa em torno de 50 a 55 dias realizando estágio sob supervisão docente.
Durante o período da manhã, cada aluno atende em média três pacientes. Cada sessão de fisioterapia tem a duração de uma hora. Já no período da tarde, os alunos participam dos projetos de extensão, que contam como atividades complementares.
de uma técnica oriental que utiliza sementes de mostarda, prata, cristais, ouro e sangria, trabalhando os principais pontos localizados na orelha para dar uma maior harmonia ao corpo, melhorando o equilíbrio do organismo. Além dos projetos de extensão, os alunos também participam de projetos de pesquisa, os chamados
coisas novas. A estudante também destaca a inserção do aluno desde o 1º ano acompanhando as atividades realizadas na clínica. Para o coordenador do curso, certamente o trabalho na clínica de fisioterapia ajudará os alunos no mercado de trabalho, pois, quanto antes vivenciada a realidade, mas fácil será a inserção destes no mundo
ANDRESSA TURIN
ANDRESSA TURIN
Aluna Marcella Netzel, do 4o ano, em um de seus atendimentos. Os principais projetos oferecidos pela clínica são a Fisioterapia Dermatofuncional, Ambulatório de Reabilitação Cardiorrespiratória, Projeto de Terapia em Grupo para Idosos, Auriculoterapia e Escola da Postura e Ambulatório da Coluna. A maioria dos alunos do 1º ano opta por participar do projeto de Auriculoterapia. De acordo com a professora orientadora de estágio, Cristina Cepeda, tal projeto trata-se
PICs (Projetos de Iniciação Científica), como é o caso da aluna Mayra Azevedo, do 4o ano, que participou em 2012 do PIC sobre radiofrequência, que tem como objetivo reduzir as rugas nas mulheres com mais de 50 anos. Mayra também faz estágio remunerado no período da tarde e acredita que as atividades realizadas na clínica fazem toda a diferença, uma vez que um tratamento nunca é igual ao outro, dessa forma estão sempre aprendendo
real, sendo a prática acadêmica fundamental. Aproximadamente 75% do casos que chegam à clínica são de fisioterapia traumato-ortopédica. “A gravidade dos casos é relativa, pois depende da área”, afirma Roberto Cepeda. Pode haver casos graves em diversas áreas, contudo os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são realmente graves, pois geralmente necessitam de transplante
de pulmão. Considerando a gravidade do caso, é necessário o monitoramento dos pacientes na realização dos exercícios fisioterapêuticos, necessitando inclusive da utilização de oxigênio, uma vez que esses pacientes descompensam muito rápido. Como já está constituída desde 2002, a comunidade ao redor já tem conhecimento e procura a clínica, tanto é que tem uma lista de espera grande. “Essa lista de espera é devido tanto à repercussão social que teve o atendimento dentro da comunidade como também em relação à qualidade do atendimento que os alunos prestam com a supervisão docente”, afirma Cepeda. Ainda segundo o coordenador, em função da grande procura pelos tratamentos oferecidos pela clínica, é necessário fazer uma triagem dos pacientes, a qual é priorizada de acordo com a gravidade do caso e a aprendizagem por parte dos alunos, pois acima de tudo trata-se de uma clínicaescola, necessitando vincular à atividade acadêmica. A paciente Cirlene Maciel, que tem problema de hérnia de disco, ficou sabendo da existência da clínica por meio de uma amiga que estudava na Universidade. Já faz tratamento há 4 anos e acha o atendimento excelente, recomendando inclusive a outras pessoas.
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COLUNISTAS
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Júlia Trindade
Sexta fora de série
Bates Motel “Sexta fora de série” é uma junção das duas coisas que eu mais gosto de fazer: assistir a séries de TV e escrever. Como eu aprecio diversos tipos de seriados, os fãs de comédia, drama ou séries retrô não precisam se preocupar porque terá conteúdo para todos (e eu até aceito sugestões). Para estrear a coluna, começo pela série de drama que bateu recorde de audiência no canal A&E recentemente: Bates Motel, que é um prelúdio do livro de Robert Bloch que inspirou a criação do filme “Psicose” de Alfred Hitchcock. A ideia principal da série é mostrar como foi a adolescência de Norman Bates, um dos psicopatas que mais marcou o cinema, e a natureza sombria da relação com a mãe dele. Vale lembrar que, apesar de ser considerada um prólogo, a história é narrada no presente. Pode parecer confuso, pois “Psicose” é de 1960 e tecnicamente a adolescência dele deveria ser retratada antes dessa data. Confesso que estranhei quando estava no clima dos
filmes de Hitchcock e de repente vi os personagens usando iPods. Porém, isso não estraga o elemento retrô e possibilita a adição de um caráter atemporal à série. Mesmo que você não tenha assistido a “Psicose”, Bates Motel continua sendo uma série fantástica, mas é interessante perceber os paralelos do filme, como se fossem pequenas surpresas aos fãs de Hitchcock. Porém, devo avisar que é melhor não aumentar as expectativas quanto a possíveis referências. Elas estão lá, mas são poucas e muito discretas. É claro que a menção dos atores não pode ficar de fora. Norman Bates é interpretado por Freddie Highmore (sim, do remake da A Fantástica Fábrica de Chocolate. Como ele cresceu!). Highmore faz um ótimo trabalho representando os momentos de loucura e a dedicação que ele tem com a mãe. Já Vera Farmiga (A Orfã), que dá vida à Norma Bates, oferece uma atuação impecável ao retratar a frieza e a fragilidade de uma mãe com uma personalidade possessiva.
“Meu nome é Júlia Trindade e séries de tv são a minha pequena obsessão. Eu procuro sempre diversificar as séries que assisto e espero que eu consiga inspirar alguém a acompanhar um seriado interessante, mesmo que não seja tão conhecido.”
Halanna Aguiar antes de tudo é sambista. Autora de artigos para o blog “Um Barzinho e Violão”, estuda percussão e atua como percussionista do grupo “Choro de Menina” e integra a Prática em Conjunto de Choro do Conservatório de MPB de Curitiba.
Halanna Aguiar SAMBA, CHORO E AFINS No mês de maio, o grandioso Jessé Gomes, mais conhecido como Zeca Pagodinho, completa 30 anos de carreira, carisma e humildade,e continua representando fielmente o samba de raiz. Tornando-se conhecido pela capacidade de versar, Zeca chegava às rodas de partido-alto e mandava brasa, formando amizade com grandes nomes do samba como Monarco, Arlindo Cruz, seu fiel parceiro Almir Guineto, sua madrinha Beth Carvalho, entre outros.
“Para os novos aprenderem e os mais velhos relembrarem”
Para comemorar esses 30 anos de carreira, Zeca produziu um disco magnífico, relembrando clássicos inéditos de Orlando Silva, Adoniran Barbosa, Zé Kéti, Cartola, entre outros. Jamais passou pela minha cabeça que Zeca viria a lançar um novo álbum que superasse outro disco solo seu intitulado de “Zeca Pagodinho” de 1986 que foi um sucesso estrondoso,
atingindo a marca de um milhão de cópias vendidas. No seu mais novo projeto, “Zeca Pagodinho Multishow Ao Vivo: 30 anos, Vida que Segue”, é impossível encontrar defeitos. Primeiramente, o disco está cercado de profissionais competentes, ótimos arranjos e maravilhosas participações especiais como o Paulinho da Viola, a saudosa Velha Guarda da Portela, Marisa Monte, Xuxa, entre outros. Duas faixas do DVD merecem destaque. Começando pela participação do magnífico violonista Yamandú Costa e do bandolinista Hamilton de Holanda na música “Gosto que Me Enrosco”. Os arranjos com improvisos no meio são perfeitos e impressionam. A música é inteiramente feita com um violão, um bandolim e voz. Parceria que não poderia ser melhor. A outra faixa é “Abre a Janela”, composta por Arlindo Marques e
Roberto Roberti, que foi gravada originalmente pelo extraordinário Orlando Silva em 1937. Aliás, destaque para essa música pelo novo arranjo, até porque nenhuma interpretação dessa música poderá ser comparada com a interpretação do Orlando Silva. Mesmo que as versões existentes da música na voz de Orlando sejam da qualidade de discos da época, é perceptível o estilo peculiar e a entonação que Orlando apresenta nessa canção, tornando-a incomparável. Zeca Pagodinho já conquistou sem sombra de dúvidas, seu lugar na história do samba, podendo até parar por aqui, mas esse não é o desejo de todos os admiradores do bom samba, torcemos para que ele continue espalhando seu samba esua poesia por mais 30 anos.
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AGENDA CINEMA Cores: Espaço Itaú de Cinema Doméstica: Cine Guarani
NOTÍCIA ANTIGA Há exatos 19 anos, Nelson Rolihdahla Mandela era eleito o primeiro Presidente negro da África do Sul. Nascido no dia 18 de Julho de 1918 na cidade chamada Qunu, ao leste da África do Sul, ser formou no curso de Direito na Universidade da África do Sul e se destacou na luta contra o Apartheid (sistema que separava brancos de negros e desfavorecia os brancos). É considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana. Durante a década de 1950 foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Em 1962 foi preso e condenado a cinco anos de cárcere privado por incentivar greves e viagens ao exterior sem autorização. Já em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado à prisão perpétua por planejar ações armadas. No ano de 1990 a pressão internacional se intensificou, e o Presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro, a libertação de Nelson Mandela e a legalização do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 93, os dois dividiram o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços contra a segregação racial no país. Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, governou o país até 1999, sendo responsável reconciliação de grupos internos e também pelo fim do regime segregacionista no país.
FEIRAS LIVRES
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