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Aldo Moraes

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Samantha Abreu

Samantha Abreu

Filho de Noé Salustiano de Moraes e Maria Helena de Oliveira, sempre gostou de escrever e ganhou seu primeiro concurso aos 09 anos de idade, numa Redação sobre Monteiro Lobato, promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Londrina. Interessado por música, estudou composição erudita em São Paulo e em Londrina com Hans Joachin Koellreutter, Mário Loureiro, Eduardo Gramani, Arrigo Barnabé e Oilian Lanna. Conquistou prêmios como compositor no Brasil (2001), Suíça (2002) e Áustria (1994). Além disso, teve a oportunidade de apresentar trabalhos musicais na Espanha, Itália, França, Portugal, Argentina e Estados Unidos. Criou o Batuque na Caixa, em 1999. Foi nomeado Secretário de Cultura de Londrina, em 2012. Como poeta, participou de diversas coletâneas nacionais em concursos de poesia e contos que venceu, sempre nas primeiras colocações. Escreveu artigos para o Jornal Panorama (PR), colaborou com Jornal de Londrina, Folha de Londrina, Folha de São Paulo, Revista ASFEMPR, Jornal União, Letras Santiaguenses, Coruja Cultural e Revista Varal do Brasil. Desde 2019 é convidado de importantes festivais literários no Brasil (Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e exterior (Cuba, Portugal, EUA e Suíça). Tem 7 livros publicados.

Lágrima de mulher

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para Jéssica Ramos

Eu não vi você chorar Pode ser que naqueles dias, eu estivesse sorrindo mergulhado em alguma vitória. Eu não vi você fugir para o quarto e se esconder da tristeza Talvez na memória da vida, eu ainda nem sabia que ia te encontrar. Eu não soube dos seus momentos de solidão Tinha gente demais a meu lado e eu não sabia que precisava te buscar. Fiquei triste quando você me contou dos seus sonhos desfeitos Realmente eu nem imaginava que alguém podia fazer isso com uma mulher.

Eu não estava no dia em que a menina chorou e sentiu as incertezas da vida Queria saber onde eu estava nesse dia pra fazer o tempo voltar. Pra olhar no seu rosto te consolar e te amar de verdade como homem nenhum jamais te amou...

Naqueles dias em que você ficou sem esperanças e que tudo parecia desabar, eu queria muito estar com você. Ia ficar quieto e você certamente sentiria que bastava minha presença para te acalmar mostrar um rumo.

Esquecendo de mim, encontrei essa lágrima triste e oculta a cair no seu rosto Eu deixei a lágrima cair, jurei que seria a última. Que você só vai chorar de alegria daqui em diante. Tomei você em meus braços e a noite trouxe a lua e o vento. A noite nos envolveu em mistérios, amor e poesia!

O segredo do amor!

O segredo do amor é a permanência da alma naquilo: Que faz desenhos Que traz memórias Que tenciona o místico do ser. O segredo é o mítico da longa temporada em paraísos demais. Ouvir-te queria... Uma parte do ouro entregue ao seu coração

Que faz outra nota Que traz mundos E dimensiona o prazer mágico do ser.

Tragam múltiplos de olhos, ventos, bundas, bandas, sóis e palavras. Mas não será nenhum verso a definir o amor. Nem desvendar o segredo... O segredo do amor é a permanência do corpo na alma do outro.

A salvação do amor Todos os dias nascem deuses Mesmo sob a chuva incessante e o desamor dos homens Ainda na materialidade absurda e quase intocável do ferro e do asfalto Mesmo com o ouro do mundo na mão de poucos Mesmo com esse ar de nossos dias inquietos, denso ar

que encobre o amor E ainda assim suporta o amor Mesmo com nossa fé tão fraca e nossa vontade tão tímida e volúvel... Ainda assim nascem deuses todos os dias! Agora mesmo no instante em que escrevo (e a meditação não é nada), um anjo dorme a meu lado Nu e sem asas e sem voz Esse anjo que nasce todos os dias desperta o Deus adormecido em mim...

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