Gás

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Carta ao Leitor

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esta edição trazemos uma matéria especial sobre o gás. Depois que se comentou tanto de auto-suficiência em petróleo, o mercado tem os olhos voltados para este setor que vem crescendo a cada dia. É nele que diversos projetos estão sendo desencadeados para que o Brasil possa se tornar (quem sabe?) também auto-suficiente. A expansão da malha de gasodutos, Bacia de Santos e geração de energia elétrica são alguns dos pontos fundamentais neste processo. Por isso, a Petrobras antecipou os projetos e aumentou os investimentos no setor. Mas os investimentos da Petrobras são amplos e o montante previsto pela estatal, a partir do ano que vem, mexeu com a indústria de petróleo e gás. Todos querem participar de alguma forma dos projetos disponibilizados pela companhia fornecendo serviços ou produtos. Para ser fornecedora a empresa tem que estar cadastrada em seu banco de dados e para cada serviço ou produto, há um tipo de cadastro específico. É o que mostra a matéria “Como se tornar fornecedor?”, onde abordamos o passo a passo para tirar o CRCC, Cristal e Cadastro Local. Marjorie Carmona Editora

Letter to the reader

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n this issue, we have a special arti cle on gas for you. After so much talk about self-sufficiency in petroleum, the market has turned its attention to this sector that has been growing every day. In this area, several projects have been initiated in order to enable Brazil to (who knows?) become self-sufficient. Expansion works of the gas pipeline network, Santos Basin and electrical power generation are some of the critical elements of this process. This is why Petrobras has anticipated projects and increased investments in the sector. However, Petrobras investments are huge and the volume of investments the company expects to make as of next year have excited the petroleum and gas industry interest. Everybody wants to take part in the projects launched by Petrobras, providing services and products. To become a supplier, the interested company needs to be registered in a database, and for each service or product, there is a specific kind of registry. Fore more information about this process, please read “How to become a supplier?”, where we give you step-by-step details about how to obtain a CRCC (Certificate of Registration and Classification of Registration), Cristal and Local Registration. Marjorie Carmona Editor

Capa: Termelétrica UTE Norte Fluminense Cover: Norte Fluminense Thermoelectric Power Plant Foto / Photo: Antonio Batalha A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngüe (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807- Cajueiros Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605

Direção Executiva: / Executive Directors: Gianini Coelho / Alexandre Calomeni Bruno Bancovsky adm@macaeoffshore.com.br Publicidade: / Advertising: Alexandre Calomeni adm@macaeoffshore.com.br Edição e Redação: / Editing and writing: Marjorie Carmona - MTB 38235/SP Colaboradores/employees: Adriana Enne / Victor Scott Revisão: / Review: Ana Ferreira

Índice/Contents Foco Social ........................................................................... 04 Empresas e Negócios .................................................... 06 Companies and Businesses ....................................... 08 Entrevista / Interview K.Lund: empresa amplia ações na Bacia de Campos................................................................ 10 Gaute Jorpeland General Manager of K. Lund Offshore. as ........................................................ 12 Espaço Sesi/Senai / Sesi/Senai Space ................. 14 Espaço Noble / Noble Space ...................................... 16

Cadastro Petrobras / Registration Petrobras Passo a passo para se tornar fornecedor de serviços e de bens .................................................................... 28 Step-by-step to become a supplier of services and materials ........................................................... 31 Tecnologia / Technology Schlumberger desenvolve equipamento para ser usado nas operações nacionais ................. 34

Espaço Falck Nutec / Space Falck Nutec ............ 18

Schlumberger develops equipment to be used in national operations ....................................... 36

Gás/ Gas Matriz energética para o Brasil ............................... 20 Energy matrix for Brazil .................................................. 24

Banco de Provas / Test rig Sistema tem potência de até cinco megawatts ... 38 the system has power of up five megawatts .......... 40

Diretor de Arte: / Art Director: Alan Vitorio arte@macaeoffshore.com.br Tradução em inglês: / English version: Primacy Translation Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies Assinatura: Subscriptions: (55) 22 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br

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Foco Social

Social Focus

O triple bottom line

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tecido social é construído em confiança. As bases para que o perfeito tear se consolide e tenha como resultado fios firmes, entrelaçados e resistentes que suportem as demandas sócio-ambientais, são: transparência nas ações, solidariedade nas parcerias, cooperação das relações e comprometimento das intenções. As empresas são organismos geradores de bem-estar social e têm como principal objetivo fomentar as ações que permitam a troca de saberes entre os diversos públicos sob a sua influência. Criar um ambiente propício ao crescimento compartilhado, utilizando ferramentas estruturantes, que tenham como meta a sustentabilidade dos processos e a boa governança corporativa é imperativo para os resultados positivos das empresas, quando o capital social se torna o insumo principal do tripé da nova dimensão empresarial econômico-financeira, social e ambiental. Segundo Fernando Almeida, no livro de sua autoria, “O Bom Negócio da Sustentabilidade”, o triple bottom line é o termo utilizado para refletir todo um conjunto de valores, objetivos e processos que uma companhia deveria focar para se criar valor econômico, social e ambiental e, através desse conjunto, minimizar qualquer dano resultante de sua atuação. De acordo com esse “tripé” conceitual, reconhecemos que a sociedade depende da economia e que a economia depende do ecossistema global, cuja saúde representa o botton line. Assim como boa parte da literatura de sustentabilidade, este é um termo ainda em construção, não só no Brasil como no mundo. Por ser uma expressão idiomática, não existe ainda tradução adequada para “triple bottom line”.

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Triple bottom line

ocial fabric is built on trustfulness. The bases that enable a perfect, sound loom to result in strong, resistant, intertwined threads that can meet social and environmental needs are: action transparency, partnership solidarity, relationship cooperation and intention engagement. Companies create social welfare and have as their main goal promoting actions that enable knowledge exchange among a number of audiences under their influence. Creating an environment suitable to shared growth using structuring tools with a view to promote sustainable processes and a good corporate governance is critical to enable positive results of companies, when the capital stock becomes the main input of the tripod of a new business, economic, financial, social and environmental dimensions. According to Fernando Almeida, in his book O Bom Negócio da Sustentabilidade (Sustainability: A Good Business), triple bottom line is the term used to reflect a whole set of values, goals and processes that a company should focus on to create economic, social and environmental values and, by means of this set, to mitigate any resulting damages. According to this conceptual “tripod”, we acknowledge that society relies on the Economy, and the latter relies on the global ecosystem, whose status represents bottom line. Similarly to the majority of literature on sustainability, this term is under construction, not only in Brazil, but worldwide. Since it is an idiom, there isn’t a proper translation for “triple bottom line” in Portuguese.

“Um novo leque de oportunidades de negócios se apresenta para aqueles que desejam adotar este novo modelo de desenvolvimento. O novo conceito parte da premissa de que a sustentabilidade de um empreendimento depende da gestão competente de sua complexidade natural, assim como da sua capacidade em considerar nos planos de negócio os interesses legítimos de seus diferentes stakeholderse os impactos no meio ambiente”, complementa o Centro de Estudos em Sustentabilidade (CES), da Fundação Getúlio Vargas.

‘A new range of business opportunities opens up for those who intend to adopt this new development model. This new concept draws on the premise according to which the sustainability of a new venture relies not only on competent management of its natural complexity, but also, on the ability to take into account, during the development of a business plan, legitimate interests of its stakeholders and environmental impacts’, adds Centro de Estudos em Sustentabilidade (Sustainability Research Center) from Fundação Getúlio Vargas.

Estamos todos na mesma trama, a textura do tecido social depende das relações pautadas na lealdade e na confiança. “Fiar com” é trabalho de muitos e responsabilidade de todos aqueles que se sentem comprometidos com as premissas da Comissão de Brundtland: “Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Ou seja, é o desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades garantindo mais saúde, conforto e conhecimento, sem exaurir os recursos naturais do planeta.

We all do belong to the same weave; social fabric texture relies on relationships based on loyalty and trustfulness. “Weaving” is an activity for a great many people and a responsibility of all those engaged with the premises of Brundtland Commission: “To meet current needs, without comprising the ability of future generations to supply their own needs’. Therefore, economic, social, scientific and cultural development of companies assure health, comfort and knowledge without exhausting Earth’s natural resources.

Telma Oliveira do Prado Coordenadora de Responsabilidade Social Petrobras Serviços Compartilhados

Telma Oliveira do Prado Social Responsibility Coordinator Petrobras - Shared Services

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Empresas e Negócios Rede Petro no Rio

Como acontece em algumas cidades, o Rio também já conta com sua própria Rede Petro. A iniciativa partiu de dez micro e pequenas empresas do setor de petróleo e gás que atuam nas áreas de manutenção, reparo, refrigeração, calderaria, tecnologia da informação, meio ambiente, informática e trabalho em altura. O sistema de rede, que já é bastante conhecido na Bacia de Campos, por exemplo, é formado sob a consultoria do Sebrae e permite que as empresas formem um catálogo único de produtos e aumentem o poder de troca, reduzam custos e tenham maior acesso a novas tecnologias, além de montar alianças estratégicas em um sistema core business, de segmentação de atividades.

Estaleiro em Quissamã

Depois de uma visita de empresários noruegueses da Aker Yardis, holding da empresa Aker Promar – responsável pela construção do estaleiro que fará parte do Complexo Logístico e Industrial de Barra do Furado – ficou decidida a drenagem do canal, de responsabilidade do município, para o mês de abril ou maio de 2007. Assim que o canal for drenado a empresa dará início à construção do estaleiro. A previsão é que as obras sejam finalizadas no final de 2007, com investimentos na ordem de US$ 41,4 milhões. O estaleiro de Barra do Furado deverá gerar 1.200 empregos diretos e cerca de 2.400 indiretos. A expectativa é que, com a conclusão do complexo, aproximadamente 10 mil pessoas deverão habitar a região e proporcionem diversas oportunidades de negócio, que poderão ser aproveitadas por pequenos empresários, como fornecimento de alimentação, limpeza e oficinas.

Sistema risers de perfuração

A Aker Kvaerner fechou contrato para fornecer três sistemas de risers de perfuração à brasileira Queiroz Galvão Óleo e Gás, no montante em torno de US$ 80 milhões. A entrega dos risers será feita pela nova planta de montagem de risers da Aker Kvaerner no município de Rio das Ostras (RJ). O escopo de trabalho compreende três sistemas de risers de perfuração, incluindo ferramentas e módulos de flutuação, projetados para uso em lâminas d’água de 700, 2.000 e 2.400 metros, respectivamente. Todos os três sistemas de risers contemplarão o inovador sistema de conexão clip connector da Aker Kvaerner, e cada um dos sistemas de risers será instalado em uma sonda de perfuração distinta. Duas destas sondas de perfuração operarão nas bacias offshore brasileiras, atendendo a contratos de longo prazo entre Queiroz Galvão e Petrobras. A terceira sonda permanece avaliando possibilidades de trabalho tanto no Brasil quanto no exterior.

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Mais empresas na ZEN

Foram concedidas às empresas Hydra Alphard (manutenção industrial), New Temper Noroeste Ltda. (vidros temperados), Serviços em Contêineres Contil Ltda. (aluguel de equipamentos para contêiner) e a Schahin Engenharia S.A. (que atua na área de petróleo e gás), Termo de Concessão de Área para que iniciem o processo de construção na Zona Especial de Negócios, no município de Rio das Ostras. A autorização foi concedida ainda ao Hospital Unimed que também construirá uma base naquele município. Na ocasião, o prefeito Carlos Augusto Balthazar anunciou que o Centro de Qualificação Profissional, localizado na ZEN, já estará em funcionamento no início do próximo ano. Ele ressaltou os investimentos da prefeitura em infra-estrutura, que chega na ordem de R$ 15 milhões, e a parceria das empresas para o fortalecimento da ZEN.

Ampliação

O estaleiro UTC Engenharia (antigo Ultratec) inaugurou as obras de ampliação do seu parque de construção offshore, onde serão montados os módulos para a plataforma P-53. Com a nova estrutura, o estaleiro UTC se torna um dos mais modernos da América Latina, o que propiciará ao estado do Rio de Janeiro o aumento de sua competitividade internacional e nacional no setor de construção naval e offshore, já que a nova área terá capacidade de construir 12 módulos consecutivamente. Quanto às obras, foram investidos R$ 9,6 milhões em obras civis para ampliação da área do estaleiro e mais R$ 7,4 milhões serão investidos na aquisição de novos equipamentos. A geração de empregos quase que duplicará dos atuais 800 para 1.500 postos de trabalho em um futuro próximo, com novas encomendas. Para ampliar o seu parque industrial o estaleiro passou a ter dois cais de acesso, o primeiro com 30 metros de comprimento e o segundo de 50 metros, com calado de seis metros de profundidade. Além da construção de módulos, o estaleiro está preparado também para a construção de skids para plataformas de petróleo.

Radioproteção em E & P

O III Workshop de Radioproteção na Indústria, realizado no mês de novembro em Macaé, foi considerado bastante relevante para o mercado local, já que discutiu, pela primeira vez, a radioproteção em atividades de exploração e produção de petróleo e gás. O objetivo foi o de promover o intercâmbio de conhecimento sobre proteção radiológica no setor petrolífero devido ao aumento da utilização de fontes radioativas por profissionais em E & P. Durante o evento foi realizado um minicurso de Atualização em Proteção Radiológica na Indústria, além de seis mesas redondas que abordaram diversos assuntos relacionados à utilização da radiação ionizante na atividade de exploração e produção de óleo e gás.


Companies and Business

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Companies and Business Petro Network in Rio Just like it happens in some cities, Rio already has its own Petro Network. The initiative was started from ten very small and small companies in the oil and gas sector which operate in maintenance, repair, cooling, boilerwork, information technology, environment, computer and work in high places. The network system, which is already well known in Campos Basin, for instance, is composed under Sebrae’s counseling and allows companies to form a single catalog of products and to increase the exchange power, to cut costs and to have more access to new technologies, besides the formation of strategic alliances in a core business system, of segmentation of activities.

Shipyard in Quissamã After a visit of Norwegian businessmen from Aker Yardis, the holding company of Aker Promar – responsible for the construction of the shipyard that will be part of the Logistic and Industrial Complex of Barra do Furado – it has been decided that the canal will be drained by the city administration, in April and May 2007. As soon as the canal is drained, the company will start the construction of he shipyard. The construction work is expected to be completed in 2007, with investments around US$ 41,4 million. The shipyard of Barra do Furado will create 1,200 direct jobs, and some 2,400 indirect jobs. The expectation is that approximately 10 thousand people will live in the region, and benefit from business opportunities, such as food and restaurant services, cleaning services and workshops.

Drilling risers system Aker Kvaerner has celebrated a contract to supply three drilling risers systems to the Brazilian company Queiroz Galvão Óleo e Gás, which sum around US$ 80 million. The delivery of the risers will be done by the new Aker Kvaerner’s risers assembly plant in the city of Rio das Ostras (RJ). The scope of the work comprises three drilling risers systems, including tools and buoyancy modules, designed to be used in water depth of 700, 2,000 and 2,400 meters, respectively. All the three risers systems will have the innovative Aker Kvaerner’s clip connector system, and each one of the risers systems will be installed in a different drilling rig. Two of these drilling rigs will operate in the Brazilian offshore basins, serving long-term contracts between Queiroz Galvão and Petrobras. The third rig will remain under consideration for possible works in Brazil or abroad. 8

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More companies at the ZEN

An Instrument of Area Concession was granted to Hydra Alphard (industrial maintenance), New Temper Noroeste Ltda. (tempered glass), Serviços em Contêineres Contil Ltda. (container equipment rental) and Schahin Engenharia S.A. (active in the oil and gas industry), so that companies can start the construction process of the Special Business Zone - ZEN - in city of Rio das Ostras. Another authorization was granted to the Hospital Unimed, which will also build a branch in the city. On the occasion, Mayor Carlos Augusto Balthazar announced that the Professional Qualification Center, located at the ZEN, is expected to open by the beginning of next year. He highlighted the City Hall investments in infrastructure, around R$15 million, and the partnership with companies to strengthen the ZEN.

Enlargement

The shipyard UTC Engenharia (former Ultratec) has started its enlargement works for its offshore construction site, where the modules for platform P-53 will be assembled. With the new structure, the shipyard UTC becomes one of the most modern in Latin America, what will give Rio de Janeiro state an increase in its international and national competitiveness in the offshore and naval construction sector, since the new area will have the capacity of constructing 12 modules simultaneously. As for the works, it was invested R$ 9.6 million in civil works for the enlargement of the shipyard area and R$ 7.4 million more will be invested in the acquisition of new equipment. The creation of new jobs will almost double from the current 800 to 1,500 job positions in a near future, with new orders. In order to enlarge its industrial park, the shipyard now has 2 access docks, the first one 30 meters long and the second, 50 meters long, with a six-meter-deep draft. Besides the construction of the modules, the shipyard is also prepared for the construction of skids for oil platforms.

Radio-protection in E & P

The 3 rd Workshop in Radio-Protection in Industry, held this month in Macaé, was considered very significant for the local market. Discussions on radio-protection in the oil exploration and production activities industry were carried out for the first time during the workshop. The goal was to promote knowledge exchange in radioprotection in the oil sector, given the increase in the use of radioactive sources in E & P. During the event, a small course in Updates in Radio Protection in Industry was carried out, besides six round tables that addressed various subjects related to ionizing radiation in oil and gas Exploration and Production.


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Entrevista K.Lund expande investimentos na Bacia de Campos

Victor Scott

fizemos até agora. É sempre um grande desafio trabalhar em um mercado inteiramente novo e, obviamente, precisamos ser pacientes e investir o suficiente para lograrmos êxito. Investimos cerca de R$ 2 milhões até agora e planejamos investir ainda mais à medida que avançarmos. M.O.: Quantas pessoas trabalham na base da K.Lund em Macaé? G.J.: No momento, temos oito funcionários em Macaé, mas acredito que em poucos anos este número cresça para trinta ou quarenta pessoas. M.O.: Quais são as diferenças que o senhor vê de se trabalhar no Brasil, comparado com o Mar do Norte? G.J.: Essa área é muito parecida no Mar do Norte e na Bacia de Campos. A K. Lund trabalha com empresas estatais de petróleo nas duas regiões: Statoil e Petrobras. Existem, é claro, diferenças culturais, mas, basicamente, as operações, especificações e o modo como as coisas funcionam são as mesmas aqui e no Mar do Norte.

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atural da Noruega, Gaute Jorpeland, está morando agora na Bacia de Campos, de onde irá comandar a produção e comercialização da linha Ingersoll-Rand de compressores e equipamentos de içamento para a indústria de petróleo e gás no Brasil. Sua missão é transferir tecnologia e fornecer equipamentos de última geração especialmente projetados para o segmento offshore. A base da K.Lund do Brasil em Macaé atenderá não apenas o Brasil, mas toda a região sul-americana e partes da África, tal como Angola. M.O.: Há quanto tempo a K. Lund atua no setor offshore? G.J.: A K. Lund foi fundada em 1898 tendo, no final da década de 1960, migrado para o setor offshore em Stavanger, a capital do petróleo da Noruega. Construímos nosso negócio em torno do setor offshore da Noruega e desejamos expandir nossa área de especialidade também no Brasil. Queremos atuar intensamente no mercado de compressores, guindastes e guinchos, fabricando, alugando e vendendo estes produtos aqui. O Brasil será nossa sede para a região sul-americana, incluindo a Venezuela, a Argentina, o Chile e a África, também. Na Noruega, incluímos a região Norte bem como o Oriente Médio e a Rússia. M.O.: Quando a K.Lund iniciou suas atividades no Brasil? G.J.: Começamos há dois anos com o Estevam Santello (gerente geral). Atualmente, estamos em fase de desenvolvimento e já satisfeitos com o que

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M.O.: Qual produto a K.Lund comercializará principalmente? G.J.: Planejamos comercializar todos os produtos igualmente. Obviamente, nosso foco está na comercialização de compressores, mas guindastes, guinchos e secadores de ar são igualmente importantes. M.O.: Seus produtos podem ser alugados e vendidos? G.J.: Na Noruega, começamos com as vendas, mas o aluguel acabou se tornando maior. Aqui no Brasil, acreditamos que será uma mistura de vendas e aluguel, mas ainda não sabemos a proporção de cada um deles. M.O.: Sua empresa tem planos de manutenção de previsão ou prevenção prontos para seus produtos? G.J.: Sim. Desenvolvemos planos para manutenção há muitos anos. As pessoas estão sendo treinadas aqui em Macaé para operar e fazer a manutenção de nossos produtos. Além disso, a K.Lund enviou pessoas para a Noruega, Venezuela e Espanha para treinamento especializado. Neste momento, estamos investindo em treinamento e qualificação das pessoas. M.O.: Seus equipamentos possuem sensores para coleta de dados, como por exemplo, vibração anormal? G.J.: O compressor tem funções embutidas que coletam dados para a manutenção. Isso faz parte dos nossos procedimentos de manutenção e operações. E esse equipamento para coleta de dados também é construído por nossa empresa. M.O.: Onde os compressores, para o mercado sul americano, são construídos? G.J.: Os compressores são montados aqui em Macaé. Apenas o bloco do compressor é importado. No entanto, todas as partes, como a tubulação, a instrumentação, mancais etc., são fornecidos localmente. Fornecemos 80% do conteúdo local. A Petrobras exige que de 65 a 75% dos equipamentos


sejam produzidos localmente, e conseguimos superar essa meta. M.O.: E por que o seu compressor é considerado superior no segmento offshore? G.J.: O motivo principal é que a nossa tecnologia é diferente, embora não necessariamente nova. Nossos compressores são centrífugos. Essa tecnologia está presente no mercado do Mar do Norte há muitas décadas e agora introduzimos essa tecnologia no mercado offshore brasileiro. O compressor centrífugo é superior ao rotativo ou aos compressores de pistão devido a características como lubrificação da pressão, mancais de aço e maior liberação dentro dos elementos rotativos. Os compressores rotativos e de pistão exigem manutenção intensa, porque a cada cinco anos suas peças internas precisam ser totalmente substituídas. Conforme mencionei antes, existem compressores centrífugos em funcionamento há mais de 40 anos na Noruega sem substituição das peças internas. Esses compressores centrífugos criados na Noruega foram especialmente projetados para atividades offshore. Além disso, pesam menos, produzem menos ruído e têm uma superfície menor. O peso reduzido e os níveis de ruído de nossos compressores são ideais para o segmento offshore. M.O.: Sua empresa fornecerá produtos, serviços e manutenção para outras bacias, como as do Espírito Santo e de Santos? G.J.: Sim. Vamos construir compressores, guindastes e guinchos e fornecer peças sobressalentes e serviços técnicos para várias regiões. E não apenas para o Brasil, mas para toda a América do Sul e partes da África, como Angola. M.O.: E quanto aos geradores de nitrogênio, a K.Lund irá comercializá-los também? G.J.: Estamos prestes a construir um aqui em Macaé. Essa unidade foi projetada para a plataforma P-53.

M.O.: E que tipos de guinchos irão comercializar no Brasil? G.J.: Somos a primeira fábrica no Brasil a comercializar guinchos hidráulicos. Os projetos de guincho são feitos na Noruega e montados aqui de acordo com as especificações da sede. Possivelmente, no futuro, os guinchos serão exportados para outros países da região bem como para a África e até mesmo para a Noruega. M.O.: Qual é a capacidade dos guinchos hidráulicos da K.Lund? G.J.: Já construímos aqui dois guinchos com a capacidade de cinco toneladas. E a K. Lund planeja construir guinchos com a capacidade de 10 toneladas e 20 toneladas na base. M.O.: Há planos para realizar um curso de treinamento aqui em Macaé? G.J.: Sim, a K.Lund tem instalações adequadas nesta base, com um auditório completo. Já realizamos cursos especiais em manutenção em equipamentos que comercializamos para o pessoal da Petrobras. M.O.: Quantas pessoas foram treinadas em Macaé nos últimos dois anos? G.J.: Cerca de quarenta funcionários. Na Noruega, centenas de pessoas já receberam treinamento técnico. Tudo que fazemos está em conformidade com o padrão ISO 9001, que está prestes a ser concedido. M.O.: Para finalizar, qual é a sua principal missão aqui no Brasil? G.J.: Queremos transferir o nível tecnológico atingido na Noruega para o Brasil utilizando toda a experiência que adquirimos lá. Teremos especialistas da Noruega que virão ao Brasil para promover treinamento especializado e, ao mesmo tempo, brasileiros terão a oportunidade de ir à Noruega para serem treinados lá. Além disso, a nossa base em Macaé está conectada online com a sede norueguesa para obter assistência técnica imediata quando necessário. Nossa base possui telefones via satélite para conversar com a sede a qualquer instante. Nossos mais de 100 anos de experiência serão de grande valor no Brasil.

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Interview K.Lung: increases investment in Campos Basin

Victor Scott

M.O.:When did K.Lund begin its activities in Brazil? G.J.: We began two years ago with Estevam Santello (general manager). Currently we are in the development stage, but we are pleased with what we have accomplished so far. It is always a big challenge to work in an entirely new market and we obviously need to be patient and to invest enough if we want to be successful. We have invested around R$ 2 million so far and we plan to invest more as we progress. M.O.:How many people work at the Macaé K.Lund base? G.J.: We have eight employees now in Macaé, but I believe that in a few years time this number may grow to thirty or forty people.

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native citizen from Norway, Gaute Jorpeland is now living in Campos Basin, from where he will command the production and marketing of the Ingersoll-Rand line of compressors and lifting equipment for Brazilian oil and gas industries. His mission is to transfer technology and provide state-of-the-art machinery specially designed for the offshore segment. The K.Lund do Brasil base in Macaé will cover not only Brazil, but the entire South American region and parts of Africa such as Angola. Macaé Offshore:How long has K. Lund been in the offshore sector? Gaute Jorpeland: K. Lund was founded in 1898 and in the late sixties, it migrated to the offshore sector in Stavanger, the oil capital of Norway. We built our business around the offshore sector in Norway and it is our intention to expand our area of expertise in Brazil, too. We want to be a big actor in the compressor, winches and hoists market by manufacturing, renting and selling these products here. Brazil will be our main office for the South America region, including Venezuela, Argentina, Chile and Africa, too. In Norway, our activities comprise the North region as well as the Middle East and Russia.

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M.O.: What are the differences you see in working in Brazil when compared to the North Sea? G.J.: Business in the North Sea and in the Campos Basin are very similar. K. Lund works with state-owned oil companies in both regions: Statoil and Petrobras, There are of course cultural differences but basically, the operations, specifications and the way things work are the same here as they are in the North Sea. M.O.: Which product will K.Lund be marketing the most? G.J.: We plan to market all of them alike. Obviously we will focus on marketing compressors, but winches, hoists and air dryers are equally as important. M.O.:Are your products both rented and sold? G.J.: In Norway we started selling, but renting eventually turned out to be a bigger business. Here in Brazil we believe it will be a mix of sale and rental, but we still haven’t decided yet on the proportion of each one. M.O.:Does your company have predictive or preventive maintenance plans ready for your products? G.J.: Yes. We have developed maintenance plans for many years. People are trained here in Macaé to operate and to perform maintenance of our products. Moreover, K.Lund has sent people to Norway, Venezuela and Spain for specialized training. At this moment, we are giving special emphasis to training and qualifying people.


M.O.: Do your machines have sensors to collect data such as abnormal vibration? G.J.: The compressor has built-in features that collect data for maintenance. It is part of our operations and maintenance procedure. And we also build this equipment for data collection. M.O.: Where are the compressors for the South American market built? G.J.: The maintenance frequency on our equipment is low and is contingent to each situation. Our product is quite superior to the other ones in the market and, as such, requires little maintenance. In the North Sea, for example, we have compressors that have been running for over forty years with the same internal parts. M.O.: And why is your compressor considered superior in the offshore segment? G.J.: The main reason is that our technology is different, although not new. Our compressors are centrifugal. This technology has been in the North Sea market for many decades and now we are introducing it to the Brazilian offshore market. The centrifugal compressor is superior to rotary or piston compressors because of features like pressure lubrication, steel bearings and larger clearances within the rotating elements. Rotary and piston compressors require high maintenance because every five years their internal parts must be replaced entirely. As I mentioned earlier, there are centrifugal compressors running for over 40 years in Norway with no replacement of internal parts. These centrifugal compressors created in Norway were designed specially for offshore business. Moreover, they weigh less, make less noise and have a smaller footprint. The reduced weight and noise levels of our compressors are optimal for the offshore segment. M.O.: Are you going to provide products, service and maintenance to other basins such as Espirito Santo and Santos? G.J.: Yes. We are going to build compressors, winches, hoists and supply spare parts and technical services for several regions, not only for Brazil, but for South America as a whole and some regions in Africa, such as Angola.

M.O.: What about nitrogen generators? Is K.Lund marketing them, too? G.J.: We are about to build one here in Macaé. This unit is designed for the P-53 platform. M.O.: And What types of winches are you going market in Brazil? G.J.: We run the first factory in Brazil to manufacture hydraulic winches. The winch projects are designed in Norway and are assembled here according to the headquarter specifications. In the future, the winches may be possibly exported to other regional countries as well as to Africa and even Norway. M.O.: What is the capacity of K.Lund´s hydraulic winches? G.J.: We have already built two five-ton capacity winches here. In addition, K.Lund plans to build 10-ton and 20-ton capacity winches in the base. M.O.: Are you planning to set up a training course here in Macaé? G.J.: Yes, K.Lund has adequate facilities at this base with a complete auditorium. We have run special maintenance courses on the equipment we sell to Petrobras personnel. M.O.: How many people have been trained in Macaé over the last two years? G.J.: About forty people. In Norway, many hundreds have received technical training. All what we do is in compliance with ISO 9001 standard, which is about to be granted. M.O.: In a nutshell, what is your main mission here in Brazil? G.J.: We intend to transfer the technological level acquired in Norway to Brazil by using all the experience we have acquired there. We will bring experts from Norway to Brazil to provide specialized training and, conversely, Brazilians will be able to go to Norway to be trained there. Additionally, our base in Macaé is connected online with Norwegian headquarters for any immediate technical assistance needed. Our base is equipped with satellite telephones, enabling us to talk to the head office at any moment. Our 100 years, as well as our experience, will be of great value in Brazil.

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ESPAÇO SESI/SENAI Rio de Janeiro torna-se Centro de Treinamento Marjorie Carmona em petróleo e gás

SESI/SENAI SPACE Rio de Janeiro becomes a Training Center in Marjorie Carmona oil and gas

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Vale destacar que estes cursos de especialização, no nível que estão sendo oferecidos pelo sistema Sesi/Senai, só são disponibilizados em Aberdeen (Escócia), o que torna a qualificação profissional mais acessível de acordo com a análise do gerente-executivo do Sesi/Senai em Macaé, Ziney Dias Marques.

It is worth mentioning that similar specialization courses, in the quality level offered by Sesi/Senai system, are only available in Aberdeen (Scotland), what makes the professional qualification more accessible, according to the analysis by the Sesi/Senai’s executive manager in Macaé, Ziney Dias Marques.

Além disso, já no norte do estado, mais especificamente em Macaé, as obras do novo prédio do Senai estão adiantadas e a inauguração está prevista para novembro de 2007. “Mas o trabalho ainda pode ser antecipado e pode finalizar na metade do próximo ano”, avisa o gerente.

Besides that, in the North of the state, more precisely in Macaé, the works for the new Senai building are very advanced and the opening should take place in November 2007. “But, the work can be done in advance and be ready by the middle of next year”, says the manager.

sta é a intenção do sistema Sesi/Senai no Rio de Janeiro: tornar o estado em um centro de excelência em treinamento na área de petróleo e gás. O s projetos saíram do papel e, alguns já podem ser conferidos. O primeiro Simulador de Lastro e Emergência da América Latina e o Laboratório de Atmosferas Explosivas, ambos inaugurados em setembro no Rio, são exemplos.

his is the intention of Sesi/Senai system in Rio de Janeiro: to become a state with a center of excellence in training in the oil and gas area. Projects are coming out of paper and some can already be checked. The First Latin America’s Ballast and Emergency Simulator and the Explosive Atmosphere Laboratory, both opened in September, in, are examples of that.

No complexo: 50 salas de aula, laboratórios e oficinas. Tudo distribuído numa área de 7,5 mil metros quadrados. O espaço vai oferecer cursos de técnico em segurança e de petróleo e gás, além de uma gama de treinamentos nas áreas como: soldagem, automação, industrial, instrumentação, hotelaria marítima e encanador. O gerente destaca que os cursos têm foco não somente para a indústria petrolífera, bem como para todo o arranjo produtivo o que significa que as pessoas poderão se utilizar deste aprendizado de forma indireta.

In the complex, there will be 50 classrooms, laboratories and workshops. All these distributed in an area of 7.5 thousand square meters. The space will offer courses in safety technician and oil and gas technician, besides a wide range in training in areas like welding, automation, industrial instrumentation, maritime hotel keeping and pipe fitter. The manager highlights that the courses are focuses not only for the oil industry, but also for all the productive arrangement, what means that people can use this learning in an indirectly.

Na cidade vizinha, Rio das Ostras, o Centro de Treinamento em Controle de Emergência (CTCE) – situado na Zona Especial de Negócios (ZEN) – está com as obras previstas para iniciar em 2007. Lá serão oferecidos, numa primeira etapa, cursos de salvatagem e combate a incêndio, primeiros socorros e segurança industrial (módulo BST). Na segunda fase serão implantados guindaste, escalada industrial, resgate com aeronave submersa, espaço confinado, movimentação de carga, entre outros. Tudo com muita tecnologia. “É o nosso compromisso com a qualificação de pessoal para atender o mercado de petróleo e gás”, finaliza.

In the neighbor city of Rio das Ostras, o Centro de Treinamento em Controle de Emergência (Training Center in Emergency Control - CTCE) – located in the Zona Especial de Negócios (Business Special Zone Zen) – has its construction works scheduled to start in 2007. It will be offered, in a first phase, courses in rescuing, and fire fighting, first aid and industrial safety (BST module). In a second phase, a crane, an industrial escalator, rescue with submersed aircraft, constricted space, load movement, among others will be installed. All of this with a lot of technology. “It is our commitment with personnel qualification to serve the oil and gas market”, he concludes.

O SESI/SENAI de Macaé está preparado para atender as demandas empresariais através do Setor de Relações com o Mercado, pelo telefone (22) 2791-9200 ou pelo e-mail : catmac.srm@rj.sesi.org.br

SESI/SENAI Macaé is prepared to meet the demands of corporations through its Market Relations department at (22) 2791-9200 or by e-mail : catmac.srm@rj.sesi.org.br

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NOBLE LINK Noble drilling: mais comprometimento Marjorie Carmona que competência

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princípio das ações em Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) é voltada, basicamente, aos cuidados com os trabalhadores. Esta política já está adotada pela Noble, através da Noble drilling, que vê no seu quadro de funcionários o que há de mais valioso. Este tipo de atuação acontece não apenas agora, quando as operações petrolíferas exaltam o SMS e Responsabilidade Social, mas desde 1920. O gerente de HSEQ (saúde, meio ambiente, segurança e qualidade), Daan Maltha, conta que Loyd Noble e seus associados trabalharam juntos até 1930, quando decidiram se separar. Na divisão, Noble ficou com o pessoal e os associados com todas as contas. Loyd não apenas acreditou nos funcionários como investiu neles. “O que acontece até hoje”, lembra Maltha.

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NOBLE LINK Noble drilling: more commitment than competence Marjorie Carmona

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he principle of actions in Health, Safety and Environment (HSE) are basically devoted to the care with workers. This policy has already been adop ted by Noble, through Noble drilling, which sees in its personnel, its most valuable asset. This type of procedure happens not only now, when petroleum operations emphasize HSE and Social Responsibility, but since 1920. HSEQ manager (health, safety, environment, and quality), Daan Maltha, says that Loyd Noble and its partners worked together until 1930, when they decided to separate. In the division, Noble kept the personnel and the partners, all the accounts. Loyd not only believed the employees but also invested on them. “This is a fact that happens to date”, remembers Maltha.

O gerente explica que para a empresa a pessoa pode ser dividida em duas partes: competência e comprometimento. Este último mais analisado do que o outro, pois para a companhia a competência está diretamente ligada à formação intelectual, por meio de estudos e treinamentos, o que é diferente no comprometimento. “Ele (comprometimento) é algo inerente à pessoa. Nasce com ela, não há como aprender. Por isso, damos tanto valor neste quesito”, ressalta.

The manager explains that, for the company, the person can be divided in two parts: competence and commitment. The latter is more analyzed than the first, because, for the company, competence is directly connected to intellectual education, through studies and training, which is different from commitment. “It (commitment) is something inherent to the person. The person is born with it, there is no way of learning that. That is why we give so much importance to this requirement”, he emphasizes.

Com isso, o gerente garante que as operações petrolíferas lideradas pela Noble têm conseguido sucesso, pois quando é possível unir a competência e comprometimento, a atuação deste trabalhador chega a ser exemplar diminuindo riscos de falhas, que podem levar a erros até perigosos, como um acidente, por exemplo, numa operação deficiente.

With that, the manager ensures that petroleum operations headed by Noble have been successful because when it is possible to join competence and commitment, the performance of this worker serves as a model, the risk of failures that can lead to errors that are even dangerous, as in an accident, for instance, is reduced in a faulty operation.

Outro fator relevante neste processo é o de oferecer oportunidade de crescimento ao funcionário, isto é, de acordo com Maltha quando um gerente de uma sonda ou base sai da empresa por qualquer que seja o motivo, a Noble contrata um pintor. Por que? Porque aquele no setor abaixo se tiver condições de assumir uma gerência receberá a promoção e, assim toda a cadeia passará por esta reestruturação.

Another significant factor in this process is to offer the employee an opportunity for professional growth, that is, according to Maltha, when a rig or base manager leaves the company, for any reason, Noble hires a painter. Why is that? Because the one who is in the sector below with conditions to take over a management position will be promoted, and thus, the whole chain will go through this restructuring.

Assim se faz necessária a contratação daquele que estiver em um escalão mais baixo para que possa aprender o processo de cada área desde o início. Porém o cargo só pode ser assumido quando, de fato, houver alguém preparado para ocupar esta nova função, ou seja, a pessoa não é avaliada quando assume o cargo, mas antes desta mudança. “A Noble do Brasil está procurando pessoas talentosas. Elas são bem-vindas à Noble drilling, já que elas são o segredo do sucesso da empresa”, finaliza.

Therefore, it is necessary to hire a professional who is in the lowest rank so that this person can learn the process of each area since the beginning. However, the position can only be taken over when, there is, in fact, someone prepared to take up this new function; in other words, the person is not evaluated when he/she takes over the position, but before this change occurs. “Noble do Brasil is looking for talented professionals. They are welcome to Noble drilling, as they are the secret for the success of the company”, he concludes.

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ESPAÇO FALCK NUTEC Empresa treina profissionais que vão Marjorie Carmona operar PRA-1

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grupo Falck Nutec deu início ao treinamento de pessoal que vai operar na Plataforma de Rebombeio Autônoma da Petrobras (PRA-1) – que está sendo constituída pela Construtora Norberto Odebrecht e a UTC Engenharia – Ultratec – no Estaleiro de São Roque do Paraguassu, na Bahia. Nesta primeira etapa, o grupo irá treinar 350 profissionais no módulo BST (salvatagem e combate a incêndio), no período de, aproximadamente, 50 dias. De acordo com o diretor comercial da Falck Nutec no Brasil, Marcello Reis, os treinamentos serão de quatro dias. Ele destaca que esta foi uma oportunidade bastante expressiva, já que o consórcio ainda não tinha este tipo de treinamento, o que será muito importante não apenas para o mercado petrolífero, mas para o próprio estado. “Atualmente, as empresas, sobretudo as grandes, procuram por qualidade e é isto que vamos oferecer durante o período que estivermos naquela base. Para isso disponibilizamos uma equipe com oito instrutores para oferecer àqueles profissionais um pouco do que é realizado na Bacia de Campos e em países da Europa e EUA”, frisa. A PRA-1 é a primeira Plataforma de Rebombeio Autônoma da Petrobras e será responsável por escoar a metade do que é produzido de petróleo na Bacia de Campos, onde está a maior parte das operações de petróleo do Brasil.

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NUTEC FALCK SPACE Company trains professionals to opeMarjorie Carmona rate PRA-1

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alck Nutec group started training personnel to operate Petrobras Autonomous Repumping Platform (PRA-1) – which is being built by Construtora Norberto Odebrecht and UTC Engenharia – Ultratec – at São Roque do Paraguassu Rack, in Bahia. In the first phase, the group will train 350 professionals for BST module (salvage and fire fighting), in about 50 days. A c c o r d i n g t o M a r c e l l o R e i s , F a l c k Nutec commercial director in Brazil, the training will take four days. He emphasizes that this was a significant opportunity, since the consortium had never undertaken this kind of training, which will be very important not only to oil market, but also to the State itself. “Presently, companies, specially the large-sized ones, seek quality and this is what we want to offer while we are on that base. To do so, we have made available a team of eight instructors to offer those professionals a little of what is made in Campos Basin, and in countries like the USA and other countries in Europe”, he remarks. PRA-1 is the first Petrobras Autonomous Repumping Platform and will be responsible for the outflow of half of the oil produced in Campos Basin, where great part of the oil operation is performed in Brazil.

Em alto-mar, A PRA-1 irá operar com três turbos geradores para geração elétrica e nove bombas com capacidade total para bombear cerca de 750 mil barris de óleo/dia e, através de dutos submarinos a plataforma vai estar conectada a cinco bases petrolíferas de águas profundas: P-51, P-52, P-53, P-55 e Roncador Módulo 4, pelas quais irá coletar a produção de petróleo para fazer o posterior escoamento para um navio armazenador ou FSO. “Pela grandeza do projeto, percebe-se a importância de um treinamento de alto nível, o que procuramos oferecer aos nossos clientes em todo o mundo”, finaliza Marcello Reis.

At open sea, PRA-1 will operate with three turbo generators for electric generation and nine pumps, capable of pumping about 750 thousand oil barrels per day and through subsea pipelines, the rig will be connected to five deep water oilbearing bases: P-51, P-52, P-53, P-55 and Module 4 Roncador, through which oil production will be collected for posterior outflow to a storing ship or FSO. “For the this project magnitude, we can see the importance of a high level training, that we try to offer our clients all over the world”, ends Marcello Reis.

Falck Nutec – O grupo Falck Nutec atua no Brasil em duas bases: uma em Macaé, onde oferecem cursos de sobrevivência no mar, gerenciamento de grandes emergências, Heut e espaço confinado e, outra no município de Rio das Ostras, onde acontece toda a parte prática do módulo de combate a incêndio do treinamento de BST (salvatagem) e avançado em combate a incêndio, além do Emcia.

Falck Nutec – Falck Nutec group operates in Brazil in two different bases: one in Macaé, where it offers sea sur vival, great emergencies management, Heut and confined space courses, and another one in Rio das Ostras, where the practical part of fire fighting BST (salvage) training module, and fire fighting advanced, besides Emcia (Aircraft Fire Fighting Team) take place.

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Gás Natural ganha mais importância na matriz energética brasileira Petrobras antecipa projetos e aumenta investimentos para assegurar oferta de 71 milhões de m³/dia, em 2011 Antonio Batalha

Adriana Enne

metros cúbicos) estão assim distribuídas: 7,02 na América Central e América do Sul, 7,46 na América do Norte, 14,39 na África, 14,84 na Ásia (Pacífico), 64,01 na Europa e Ásia e 72,13 no Oriente Médio. Atualmente, no Brasil, onde as reservas naturais de gás alcançaram, no ano passado, o volume de aproximadamente 450 bilhões de m³, a produção de gás natural é de 48,5 milhões m³/ dia, sendo que 14% são consumidos pela própria Petrobras, 14% são queimados ou perdidos, 7% reinjetados e há disponibilidade de 55% da produção – em torno de 25 milhões m³/dia (dados Agência Nacional de Petróleo). Deste modo, a oferta brasileira de 51 milhões de m³/dia se dá pelo incremento de 48% através de importação. A Petrobras só importa gás natural da Bolívia e o volume médio importado neste ano foi de aproximadamente 22,5 milhões de m³/dia. No Plano de Negócios 2007-2011 da companhia, não está prevista a importação de gás boliviano adicional à capacidade atualmente contratada, de 30 milhões de m³/dia.

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Termelétrica UTE Norte Fluminense, em Macaé

Plano de Negócios 2007-2011 da Petrobras prevê ajustes no programa de investimentos da cadeia de gás natural para desenvolver e consolidar de forma rentável os negócios no setor. Com os novos projetos, a companhia espera assegurar a estruturação de um sistema confiável, flexível e competitivo de abastecimento que suporte as necessidades prementes de energia no país. A geração elétrica será a principal responsável pelo aumento da participação do gás natural em todo o mundo. De acordo com o Plano Nacional de Energia – 2030, estudo realizado pelo Ministério de Minas e Energia, 12% do gás produzido no mundo, em 2004, eram consumidos pelo setor energético, 29% pelos setores residencial e comercial, 25% pelo industrial, 30% para energia elétrica e 4%, como matéria-prima. Em 2020, prevê-se que 36% serão destinados para energia elétrica e haverá diminuição do uso residencial e comercial, que cairá para 24%. A produção mundial atual é de 2.692 bilhões de m³/dia e as reservas (em trilhões de

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Entre 1980 e 2004, o setor de gás natural no Brasil cresceu 1.790% e hoje responde por 9,3% da matriz energética. A Petrobras aposta neste crescimento e estima que o combustível chegará a 11% da matriz em 2010. De acordo com as projeções da Petrobras, a disponibilidade de gás natural produzido no Brasil, em 2011, chegará a 71 milhões de m³/dia, considerando as novas descobertas de gás associado e não associado, sobretudo nas Bacias do Espírito Santo e Santos. O volume médio de gás natural consumido em 2005, de 45,5 milhões de m³/dia, em 2011, deverá ser de 121 milhões de m³/dia. Durante a Rio Oil & Gas Expo and Conference 2006, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou que a oferta do insumo em 2015 deverá atingir o volume de 152 milhões de m³/dia, para uma demanda prevista de 128 milhões de m³/dia. “As concessionárias de distribuição de gás natural teriam consumo de 60 milhões de m³/dia, as usinas termelétricas, 47 milhões de m³/dia, e o consumo industrial deverá chegar a 21 milhões de m³/dia”, explicou.


A oferta projetada pela EPE para 2015, prevê o recebimento de 61 milhões de m³/dia de campos já descobertos, 36 milhões de m³/dia a partir de novas descobertas e 35 milhões de m³/dia provenientes de importação através de gasodutos. Outros 20 milhões de m³/dia serão agregados ao volume de oferta pela utilização do gás natural liquefeito (GNL), perfazendo a projeção de 152 milhões de m³/dia em oferta de gás em dez anos. De acordo com o gerente de Suporte Técnico da Petrobras, Kazuioshi Minami, as vantagens do GNL são: oferta flexível com garantia para as termelétricas; menor prazo para implementação em relação a outras alternativas de importação (terminal offshore); mais eficiência e menor custo do que a utilização de óleo diesel em termelétricas; mitigação do risco de falha no suprimento de gás devido a anormalidades na produção ou atrasos em novos desenvolvimentos e diversificação das fontes do gás importado.

Projetos de GNL em desenvolvimento: Terminal offshore em Pecém (CE) para regaseificação de seis milhões de metros cúbicos diários. Além disso, a Petrobras está estudando a viabilidade de outros terminais, um deles na Baía de Guanabara, com capacidade de regaseificação de 14 milhões de m³/dia.

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e desenvolvimento energético (biodiesel, energia eólica e outras fontes alternativas).

Principais Projetos

Para atender as regiões que não possuem malha de gasodutos de distribuição, o gás natural deverá ser comercializado por um sistema móvel de carretas e/ou barcos especialmente projetados que transportam gás natural comprimido (GNC) ou gás natural liquefeito (GNL). Este sistema permite o desenvolvimento do mercado nestas regiões, até que haja um consumo suficiente para compensar a construção de uma rede de gasodutos. Para dar início à comercialização do gás natural liquefeito a clientes no interior de São Paulo, no norte do Paraná, no Sul de Minas Gerais, em Goiás e no Distrito Federal, a Petrobras e a White Martins formaram uma joint-venture, a Gás Local, que deverá começar a atuar neste ano. O empreendimento abrange uma planta de liquefação com capacidade para processar 380.000 m 3 de gás natural, situada em Paulínia (SP), ao lado da refinaria Replan, da Petrobras. A Petrobras leva também, gás de Fortaleza a Teresina e de Urucu a Manaus em barcos que transportam contêineres de gás comprimido. 22

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Investimentos

O Plano de Negócios 2007-2011 aponta que dos US$ 87,1 bilhões previstos, US$ 7,5 bilhões serão investidos nos próximos cinco anos somente no negócio Gás e Energia, o equivalente a 9% do total. Esse montante significa um aumento de 60% em relação ao plano anterior, cujos recursos totalizavam US$ 4,7 bilhões. Para desenvolver a cadeia do gás natural, até 2011, serão investidos US$ 22,1 bilhões com o objetivo de atender o mercado nacional. A Petrobras entrará com US$ 17,6 bilhões – provenientes das Áreas de Gás e Energia, Exploração e Produção e Abastecimento – e os parceiros com US$ 4,5 bilhões. Esta quantia é 71% maior que o Plano 2006-2010. A companhia destinará US$ 6,5 bilhões para a ampliação da malha de gasodutos, construção de terminais de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) e desenvolvimento tecnológico na área de Gás & Energia. Esse valor representa um acréscimo de US$ 2 bilhões em relação ao plano anterior. O restante será aplicado em Energia (construção e conversão de novas termelétricas)

Gasodutos - Até 2011, o Plano de Negócios prevê o montante de US$ 6,5 bilhões somente para as obras de expansão da malha de gasodutos. E para assegurar a confiabilidade no sistema de transporte também serão aplicados cerca de US$ 380 milhões em manutenção. Atualmente, a companhia tem cerca de 5.570 quilômetros de gasodutos de transporte em operação. Está prevista ainda a conclusão do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. O gás natural produzido em Urucu (AM) abastecerá o mercado da capital, além de diversos municípios do interior do Amazonas. As obras devem terminar em fevereiro de 2008. Já o Gasene – que fará a interligação do Sudeste ao Nordeste – terá suas obras concluídas até 2011, segundo o Plano de Negócios. Este gasoduto será formado pelos trechos que vão de Cabiúnas (RJ) até Vitória (ES), de Vitória a Cacimbas (ES) e de Cacimbas ao município de Catu (BA), totalizando 1.215 quilômetros. Antecipação de projetos - A Petrobras desenvolverá de forma acelerada projetos na Bacia de Santos (SP), do Espírito Santo e de Campos (RJ), o que contribuirá para aumento da ofer ta de gás natural. É para transportar esse volume adicional do insumo que o Plano de Negócios prevê ainda a ampliação da malha de gasodutos do Sudeste. Também serão executadas as obras de conclusão do Gasoduto Rio-Belo Horizonte (Gasbel), a ampliação do trecho sul do Gasbol – para abastecer a região sul com o gás do Sudeste -, a construção do Gasduc III (trecho Cabiúnas-Reduc, ampliação logística que garantirá a integração confiável do suprimento do Espírito Santo à malha Sudeste) e a expansão da malha do Nordeste.


Usinas termelétricas

O consumo previsto de álcool para uma turbina de gás operando a plena carga é de 18.000 litros por hora. Como o período de teste programado é de 1.000 horas, o abastecimento de álcool para o teste deverá ser realizado por meio de 15 carretas de 30.000 litros por dia. Para o armazenamento do álcool na UTE durante o teste foram instalados na usina vagões tanque com capacidade de 45.000 litros cada. O objetivo é avaliar o desempenho da turbina a gás, o consumo de água, o nível de emissões e principalmente as conseqüências do uso de álcool sobre a turbina a gás e seus sistemas auxiliares, considerando seus efeitos na vida útil dos equipamentos.

A Petrobras complementará a oferta gerada pelas usinas hidroelétricas, garantindo maior segurança ao suprimento energético no país. Para isso, entre 2001 e 2004, investiu US$ 740,82 milhões na construção de termelétricas. E outros US$ 658,58 milhões foram investidos na aquisição de usinas. Além disso, a companhia trabalha para a modernização e o incremento de suas usinas termelétricas: está investindo em projetos de fechamento de ciclo que melhoram a eficiência energética, não alteram o consumo de combustível, nem causam impacto ao meio ambiente, permitindo ainda um aumento de oferta de energia de aproximadamente 200 MW.

Utilização de GLP (Flexgas) na conversão de térmicas - O Flexgas é um combustível alternativo ao gás natural formado a partir da mistura de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) e ar (57% de GLP + 43% de ar). Com características de queima semelhantes ao gás natural, a utilização desse insumo não exige investimentos nas térmicas e não oferece impacto aos equipamentos. O Flexgas será testado em breve. Para atender a demanda diária de GLP, de uma turbina de cada térmica serão necessárias aproximadamente 280 e 800 toneladas, respectivamente. A operação com GLP depende basicamente da logística.

Em dezembro de 2005, a Petrobras participou de seu primeiro leilão de energia, quando vendeu 1,4 GW, ou cerca de 42% de sua capacidade instalada estimada. A energia comercializada será entregue a partir de 2008 e fornecida pelas usinas Governador Leonel Brizola, Cubatão e Três Lagoas, além das recém-adquiridas Barbosa Lima Sobrinho e TermoCeará. O leilão garantiu à empresa R$ 5 bilhões, em valores atuais, a serem recebidos em 15 anos. A Petrobras também criou a subsidiária Petrobras Comercializadora de Energia Ltda. que permite a venda de blocos de energia elétrica contratados pela empresa, que passa a atuar em todos os elos da cadeia: fornecimento de gás, geração termelétrica e comercialização de energia.

Utilização do álcool na conversão das térmicas A Petrobras também estuda a conversão de usinas termelétricas para combustíveis alternativos, como o álcool. A UTE Barbosa Lima Sobrinho (RJ) é a primeira a realizar testes para operação com álcool, além do gás natural. O teste envolve a conversão da unidade geradora nº 3 para utilização de combustível líquido (até novembro deste ano). A conversão para teste envolve um turbogerador a gás, modificado juntamente com os sistemas auxiliares associados à ilha de potência, para permitir a utilização do álcool como combustível alternativo ao gás natural.

Antonio Batalha

Programa Bi-combustível - As usinas Canoas e TermoCeará já obtiveram licença ambiental, enquanto a UTE Governador Leonel Brizola; Nova Piratininga; Ibirité; Barbosa Lima Sobrinho e Cubatão aguardam a permissão para utilização do Programa Bi-combustível, que prevê a conversão das termelétricas para utilização de óleo diesel, além do gás natural.

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Divulgação

TermoMacaé, Petrobras Thermoelectric Power Plant

Natural Gas Grows in Importance at Brazilian Energy Matrix

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Petrobras anticipates projects and increases investments to assure supply of 71 million m³/day in 2011

etrobras Business Plan for 2007-2011 shall require some changes to the natural gas investment pr ogram in or der to pr omote pr ofitable development and consolidation to the business of this area. As new projects are implemented, the Brazilian company expects to assure a reliable, flexible and competitive supply system is structured and provided support to Brazilian urgent energy needs. Thanks to electric power, the participation of natural gas worldwide shall increase. According to Plano Nacional de Energia – 2030 (Brazilian National Energy Plan), a survey conducted by Brazilian Ministry of Energy and Mining Resources, 12% of all gas produced worldwide in 2004 was used by energy industry, 29% for residential and commercial use, 25% by industries, 30% for electric power and 4% as feedstock inputs. For 2020 it is expected that 36% of natural gas production shall be used for electric power, while residential and commercial use shall decrease to 24%. Current global production amounts 2,692 billions m³/day, whereas reserves (trillions cubic

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meters) are allocated as follows: 7.02 for Central America and South America; 7.46 for North America; 14.39 for Africa; 14.84 for Asia (Pacific); 64.01 for Europe and Asia and 72.13 for Middle East. In Brazil, where natural gas reser ves reached in 2005 a volume of about 450 billion m³, current natural gas production amounts 48.5 million m³/ day, of which 14% are consumed by Petrobras, 14% are burnt or wasted, 7% are re-injected, in addition 55% of available production – around 25 millions m³/ day (data provided by Agência Nacional de Petróleo – Brazilian National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels). Therefore, Brazilian supply of 51 millions m³/day is possible thanks to the 48% increment provided by imports. Petrobras only imports natural gas from Bolivia, and so far in this year, the average volume imported is around 22.5 millions m³/day. In Petrobras Business Plan 2007-2011, there are no plans for natural gas imports from Bolivia in addition to its capacity currently contracted of 30 millions m³/day.


Between 1980 and 2004, Brazilian natural gas industry increased 1,790%, and currently responds for 9.3% of Brazilian energy matrix. Petrobras believes in such growth and estimates that natural gas participation will reach 11% of Brazilian energy matrix in 2010. According to Petrobras projections, in 2011, the availability of natural gas produced in Brazil will reach 71 million m³/day, when one takes into account the discovery of associated and non-associated gas, especially in Espírito Santo and Santos Basins. In 2011, average natural gas volume consumed in 2005 of 45.5 million m³/day shall be of 121 millions m³/day. During Rio Oil & Gas Expo and Conference 2006, the President of Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, said that in 2015 natural gas supply shall amount 152 millions m³/day in volume for an expected demand of 128 millions m³/day. As Tolmasquim explained: ‘Natural gas distribution concessionaires are expected to consume 60 millions m³/ day, thermoelectric power plants, 47 millions m³/day and industrial consumption shall reach 21 million m³/day’.

millions m³/day from import through gas pipelines. Other 20 millions m³/day will be aggregated to the volume supplied thanks to the use of Liquefied Natural Gas (LNG), with a projected volume of 152 million m³/day of gas supplies in 10 years. According to Petrobras’ Technical Support Manager, Kazuioshi Minami, the advantages of LNG include: flexible, guaranteed supply for thermoelectric power plants; reduced implementation time in relation to other import alternatives (offshore terminal); more efficient, and more cost-effective than diesel oil in thermoelectric power plants; failure mitigation in gas supply due to production abnormalities or delays in new developments and more diversified sources of imported gas.

For 2015, EPE’s projections on supply expects receiving 61 millions m³/day from fields already discovered, 36 millions m³/day from new fields discovered and 35

In order to serve areas without any distribution gas pipelines, natural gas will be traded through a mobile system of wagons/vessels system especially designed to transport Compressed

LNG Projects Under Development: Pecém (State of Ceará) Offshore Terminal, in order to regasify six million cubic meters on a daily basis. In addition, Petrobras is analyzing the feasibility of other terminals, amongst which at Baía da Guanabara (Guanabara Bay), with a regasification capacity of 14 millions m³/day.

Natural Gas (CNG) or Liquefied Natural Gas (LNG). This system will enable to develop the market at the said regions, until there is enough consumption to pay off the construction of a gas pipeline network. To start trading liquefied natural gas to customers from upstate São Paulo, north region of the state of Paraná, the south region of the state of Minas Gerais, in the states of Goiás and Distrito Federal, Petrobras and White Martins have constituted a joint-venture, Gás Local, that is to start operating in 2006. Such venture includes liquefaction plant with a processing capacity of 380,000 m3 of natural gas located in Paulínia (SP), next to refinery plant Replan, which belongs to Petrobras. The latter also transports gas supplies from Fortaleza to Teresina and from Urucu to Manaus using vessels carrying compressed gas containers.

Investments

Business Plan 2007-2011 suggests that from the expected amount of US$ 87.1 billions, US$ 7.5 billions will be invested over the next five years only in business area Gás e Energia (Gas and Energy), which is equivalent to 9% do total. This amount implies a 60% increase in relation to the previous Plan, whose resources amounted US$ 4.7 billions.

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To develop the natural gas chain until 2011, US$ 22.1 billions will be invested with a view to serve Brazilian market. Petrobras will invest US$ 17.6 billions from Areas such as Gás e Energia (Gas and Energy), Exploração e Pr o d u ç ã o e A b a s t e c i m e n t o (Exploration, Production and Supply), whereas partners will invest US$ 4.5 billions, a amount 71% higher than the one invested in Plan 2006-2010. The Company will canalize US$ 6.5 billions to implement a gas pipeline network, to build Liquefied Natural Gas (LNG) regasification terminals and to enable the technological development in Gas & Energy areas. This amount implies an increase of US$ 2 billions in relation to the previous Plan. The rest of the said amount will be invested in Energy (to build and convert new thermoelectric power plants) and energetic development (Biodiesel, Wind Energy and other alternative energy sources).

An already designed Plan

Main projects

Gas Pipelines - Until 2011, Business Plan is to include an amount of US$ 6.5 billions only for enlargement works at gas pipeline networks. In order to assure the transport system reliability, around US$ 380 millions will be invested in maintenance. The Company currently holds around 5,570 km of gas pipelines under operation. The construction of another gas pipeline, Urucu-Coari-Manaus, is expected

to be completed. The natural gas produced in Urucu, in the state of Amazonas, will be used to supply the capital-city market, in addition to many other cities in upstate Amazonas. Works are to begin in February 2008. Gasene, which will interlink Brazilian Southeast region to Northeast region, shall be completed until 2011, according to the Business Plan. This gas pipeline shall be comprised by stretches from Cabiúnas (RJ) to Vitória (ES), from Vitória to Cacimbas (ES) and from Cacimbas to the city of Catu (BA), totaling 1,215 km. Project Anticipation - Petrobras will promptly develop projects at Bacia de Santos (Santos Basin) (SP), Espírito Santo and Campos Basins (RJ), enabling thus an increase in natural gas supply. In order to transport this additional input volume, the Business Plan provides also for the enlargement of Southeast region gas pipelines. The following completion works are to be performed at Rio-Belo Horizonte gas pipeline (Gasbel), enlargement of Gasbol south stretch, in order to furnish Brazilian south region with gas from Southeast, Gasduc III construction (Cabiúnas-Reduc stretch, a logistic expansion that will enable a reliable supply integration from Espírito Santo to Southeast network) and expansion works of Northeast network.

Antonio Batalha

Petrobras plans to increase natural gas supply in Brazilian South-east region, from current 15.8 millions m³/day to 40 millions m³/ day until late 2008. Therefore, the company plans to develop two new oil and natural gas fields located in the state of Espírito Santo, 1-ESS-

164 and 1-ESS-130; in additions, it plans to increase gas supply in the field of Marlim, at Bacia de Campos (Campos Basin), and also to enlarge the production around Merluza field, in Santos Basin. The estimated potential production for all three basins is around 55 million m3/day in 2010. ‘The Steering Plan for Bacia de Campos (Santos Basin), with a priority to anticipate natural gas production includes US$ 18 billions in investments. We strongly believe in the local production of nonassociated gas within this region, at complexes BS-500, Mexilhão and Merluza, that are expected to produce 22 millions m³/day, 8 to 10 millions m³/day and even 10 millions m³/day, respectively’, said Gás e Energia (Gas and Energy) Officer, Ildo Sauer, during his lecture at Rio Oil & Gas.

Norte Fluminense Thermoelectric Power Plant located in the city of Macaé 26

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Thermoelectric Power Plants Petrobras will supplement the supply provided by thermoelectric power plants, ensuring thus safer conditions on power supply in Brazil. Therefore, between 2001 and 2004, Petrobras invested US$ 740.82 millions in the construction of thermoelectric power plants. Another US$ 658.58 millions were invested in the acquisition of thermoelectric power plants. Besides, Petrobras works in the modernization and expansion of its thermoelectric power plants: it currently invests in cycle closing projects to enhance energy efficiency, do not change fuel consumption nor cause any environmental damages, enabling thus an increase in energy supply of about 200 MW. In December 2005, Petrobras promoted its first energy auction, in which it sold 1.4 GW, that is, about 42% of its estimated installed capacity. The energy supply traded will be delivered as of 2008 and will be provided by plants Governador Leonel Brizola, Cubatão and Três Lagoas, in addition to the recently-purchased plants Barbosa Lima Sobrinho and TermoCeará. For the auction, Petrobras received R$ 5 billions (current amounts), that will be received within 15 years. Petrobras has also created a subsidiary, Petrobras Comercializadora de Energia Ltda., that will enable it to sell electric power blocks contracted by the company, which now will act in all in all chain links: gas supply, thermoelectric power generation and marketing.

Thermoelectric power plants are critical to this process

Bi-Fuel Program - Plants Canoas and TermoCeará have already acquired an environmental permit, whereas thermoelectric power plants Governador Leonel Brizola, Nova Piratininga, Ibirité, Barbosa Lima Sobrinho and Cubatão still await to acquire a permit to use the Bi-fuel Program, which includes conversion operations on thermoelectric power plants to use diesel oil besides natural gas.

Forecast alcohol consumption for a gas turbine in full load is of 18,000 liters/ per hour. Since the test period scheduled comprises 1,000 hours, alcohol supply for the test shall be performed by means of 15 30,000-liters-wagons/day. As for alcohol supply at thermoelectric power plant, during the test, 45,000-liter-capacity- tank wagons were assembled, with a view to assess the performance of gas turbine, water consumption, emission levels and especially the consequences of using alcohol on gas turbines and ancillary systems thereof, taking into account the effects on equipment useful life.

Alcohol in Thermoelectric Power Plants Conversion - Petrobras also plans to convert thermoelectric power plants to enable them to use alternative fuels such as alcohol. Thermoelectric Power Plant Barbosa Lima Sobrinho (RJ) is the first plant to perform tests on alcohol operations in addition to natural gas. This test includes the conversion of power generating plant no. 3 to use liquid fuels (until November 2006). Test conversion includes a changed gas turbogenerator together with ancillary systems associated power island in order to allow the use of alcohol as an alternative fuel to natural gas.

LPG (Flexgas) Usage in the Conversion of Thermoelectric Power Plants - Flexgas is a fuel that can be used as an alternative to natural gas and is composed of a blend of LPG (Liquefied Petroleum Gas) and air (57% LPG + 43% air). As its burning features are similar to those o natural gas, using this input does not require investments on thermoelectric power plants and has no impact on equipment. Flexgas will soon be tested. In order to meet with daily LPG demands of a turbine, 280 and 800 tons will be needed from each thermoelectric power plant. Logistics is a basic element to LPG operations.

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Claudia Barreto

O Plano de Negócios da Petrobras movimentará todo o mercado e aumentará o número de fornecedores

Cadastro Petrobras Como se tornar fornecedor?

A

Marjorie Carmona

pergunta do título é um ícone do site da Petrobras (www.petrobras.com.br) no link Canal Fornecedor. A companhia é base para todas as operações da indústria de petróleo e gás. Isso mesmo. Todas as empresas instaladas na Bacia de Campos realizam negócios com a estatal de forma direta ou indireta. Mas o fato é que todas preferem não ter intermediários. E isso só acontece se a empresa fizer parte do Cadastro da Petrobras. Atualmente fazem parte do Certificado de Registro e Classificação Cadastral, o CRCC (disposto em nível nacional), 4.500 fornecedores, sendo 2.800 em serviços e 1.700 em materiais. Mas os números não param por aí. A gerência de cadastro acredita que em breve o montante vai aumentar. Tudo devido a diversos fatores, tais como maior utilização do cadastro na companhia, inclusão de requisitos de segurança, meio ambiente e saúde (SMS), integração com “vendor list” em EPC (compras por montadoras) e o alto nível de investimentos da Petrobras, o que provoca maior interesse do mercado. Entretanto, para compreender melhor este trâmite, é necessário conhecer, em primeiro lugar, os tipos de cadastros para que você, empresário, não se confunda na hora de iniciar o processo de cadastro ou mesmo tenha conhecimento que tipo de serviços ou bens pode oferecer, afinal, quanto mais serviços e produtos tiver, melhor. Há três tipos de cadastros: Certificado de Registro e Classificação Cadastral (CRCC), CRISTAL e Banco de Dados Local – os dois últimos terão como referência a Bacia de Campos. No caso de serviços a empresa deve se cadastrar no CRCC, CRISTAL e Banco Local. Já no caso de bens, apenas no CRCC e Banco Local.

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Na Bacia de Campos existe um convênio entre o Sebrae e a Petrobras, que entre diversas ações em parceria com a estatal, criou um escritório de apoio ao cadastramento. Ele funciona da seguinte maneira: as pequenas e médias empresas marcam um horário com os consultores do Sebrae, que identificam qual o interesse da empresa, isto é, qual o tipo de produto e serviço que pretende oferecer. Em seguida é apresentado a este empresário o site da Petrobras e no “Canal do Fornecedor” é mostrado o caminho que deve ser seguido para aquele determinado bem ou serviço. A este empresário também é dado o auxílio quanto ao processo documental. “O importante é que ele saia daqui sem dúvidas e o mínimo (ou nenhum) documento errado. Nossa intenção é evitar o retrabalho tanto do empresário quanto da Petrobras”, afirma a consultora do Sebrae-Macaé, Gabriela Freitas Levone. “Nós não damos entrada no processo, apenas orientamos este empresário”, frisa. O gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) Petróleo, Gás e Energia da Bacia de Campos, Glauco Nader, também consultor do Sebrae, ressalta que os trabalhos não terminam aí. “Oferecemos ações como programa de preparação para certificação ISO 9000, treinamentos, consultoria e uma série de ações ligadas à melhoria e gestão da empresa para que se torne competitiva”, avisa.


O escritório do Sebrae fica na Rua Télio Barreto, nº 318 – loja 2, Macaé. Para marcar uma reunião com os consultores do Sebrae basta ligar para (22) 2762-9894 (Macaé) ou (22) 2723-2429 (Campos) e marcar uma visita. Os atendimentos só acontecem se forem agendados antecipadamente e duram cerca de uma hora.

Certificado de Registro e Classificação Cadastral (CRCC)

A empresa cadastrada e que deseja acrescentar um item quer seja de serviços ou bens em sua linha de fornecimento, não se faz necessário reiniciar o processo de cadastramento. A empresa deve contatar o cadastro e formalizar tal solicitação indicando o novo item e comprovando os requisitos técnicos do mesmo. Depois de analisado e aprovado, o item é incluso no cadastro.

O CRCC é um documento fornecido pelos órgãos da Petrobras responsáveis pelo cadastramento corporativo àquela empresa que atendeu a todos os critérios de cadastramento, conforme está previsto no artigo 4.5.1 do Decreto-Lei 2745.

Quanto aos prazos, de acordo com o gerente, a Petrobras não passa qualquer data ao fornecedor para analisar a documentação. Mas Turazzi informou que, em média, leva-se um mês para o setor fazer a análise documental.

No CRCC a empresa pode cadastrar Bens ou Serviços ou mesmo nos dois se tiver condições. Um fator importante, no caso dos bens, é a necessidade de averiguar se o material a ser fornecido Requer Qualificação Técnica (RQT), pois esses materiais somente poderão ser cadastrados pelo Órgão Corporativo de Materiais (informações no site) se atender a este requisito.

“A nova sistemática de cadastro, via internet, coloca nas mãos do fornecedor o prazo para cadastramento, uma vez que é ele quem fornece as informações e disponibiliza para o cadastro analisar”, explica. Quando as informações estão incorretas ou incompletas há um retorno ao futuro fornecedor para correção destes dados. “A deficiência de informações da empresa causa atrasos no processo”, alerta. O cadastro da empresa tem validade de no máximo um ano, conforme está determinado no Decreto-Lei 2745.

O cadastro corporativo realiza avaliações de habilitação jurídica e de regularidade fiscal, qualificação econômico-financeira, capacidade técnica e, recentemente, são averiguados quesitos de segurança, meio ambiente, saúde ocupacional, além da responsabilidade social. Também classifica e qualifica os fornecimentos e serviços que a empresa pretende fornecer à Petrobras. As informações adquiridas são disponibilizadas para toda a companhia através do sistema corporativo. “O CRCC é um cadastro nacional. Sendo assim, qualquer base da Petrobras pode requerer um serviço ou bem, desde que esteja no cadastro corporativo, que pode ser acessado através do sistema corporativo”, afirma o gerente de cadastro de materiais Ernani Turazzi. O mesmo acontece com as empresas estrangeiras que se cadastram no sistema.

Passo a passo para se cadastrar no CRCC

Acessar 1º Site da Petrobras www.petrobras.com.br 2º Canal Fornecedor (lado esquerdo da tela) 3º Como se Tornar um Fornecedor 4º Escolher entre Bens ou Serviços Obs: A partir daí cada empresa seguirá um caminho. Tudo depende do que quer oferecer. O interessado que tiver dúvida, além de ir ao escritório do Sebrae, pode ligar para 0800 282 1556 e obter mais informações.

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CRISTAL – Contratação Informatizada de Serviços de Terceiros até o limite de dispensa de licitação por valor As empresas que pretendem oferecer serviços com valor menor a R$ 160 mil na Bacia de Campos devem se cadastrar no CRISTAL. Sendo assim, quando há a necessidade de se contratar serviços abaixo deste valor não é preciso buscá-los no Certificado de Registro e Classificação Cadastral (CRCC), mas através do cadastro do CRISTAL na Bacia de Campos. Há outras bases da Petrobras que têm instalado este cadastro. Cada uma deve instituir o seu banco de forne-

cedores. Eles são locais e não nacionais, como é o caso do CRCC. Para este cadastramento também é obrigatório que as empresas atendam algumas exigências jurídico-fiscal, tais como: Certidão da Dívida Ativa da União e recolhimento do FGTS, por exemplo. Os dados são avaliados por uma empresa de consultoria externa. Embora o valor dos ‘pequenos serviços’ não ultrapasse os R$ 160 mil, o que dispensa licitação de acordo com o Decreto-Lei 2745/98, a unidade manteve o sistema de licitação para

Passo a passo para iniciar processo de cadastramento do CRISTAL

- Acessar: •1º Site da Petrobras www.petrobras.com.br •2º Canal Fornecedor (lado esquerdo da tela) •3º Como se Tornar um Fornecedor •4º Contratação de Pequenos Serviços Bacia de Campos •5º Manual de Elaboração da Pasta de Documentos (que orientará o fornecedor quanto aos documentos necessários para início do processo). Após análise documental haverá uma visita técnica à empresa. Obs: Os documentos deverão ser encaminhados para: Hotel Imbetiba - Av.Elias Agostinho, 605- Sl. 5 -Imbetiba - Macaé/RJ - CEP 27913-350 Dúvidas? É só escrever para unbccadastro@petrobras.com.br

Cadastro local de fornecedores de bens

Os Cadastros Locais ou Lista de Referência destinam-se a aquisições de bens de pouca relevância, isto é, contratos de bens de pequeno valor. Portanto, não é necessário o CRCC. Este cadastro é gerenciado pela Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UN-BC), entretanto, o mesmo atende a Unidade de Negócios do Rio de Janeiro (UN-Rio) e a Unidade de Exploração e Serviços (E&P-Serv). O cadastro local para bens é específico para atendimento a material que Não Requer Qualificação Técnica (NRQT). Para fazer parte do Cadastro Local a empresa não precisa, obrigatoriamente, estar instalada na Bacia de Campos. Ela pode ser de outro estado e fornecer nesta unidade. Atualmente, de acordo com a gerência do Cadastro Local, o número de fornecedores está em torno de três mil. Vale lembrar que, como o CRCC e o CRISTAL, o Cadastro Local é válido por 12 meses podendo ser renovado. 30

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dar oportunidade ao mercado. Então, todas as empresas de um mesmo segmento participam da concorrência de uma única vez? Não. De acordo com a coordenadora da Nova Política de Contratação da UN-BC, Eliete Rosado, é feito um rodízio. “Um grupo participa de uma licitação e na outra rodada as próximas da lista”, afirma ao lembrar que a empresa que se mantém excelente em suas ações é sempre convidada a participar das rodadas. O rodízio é feito de forma automática através de um sistema informatizado. Quanto ao prazo que a Petrobras leva para analisar os documentos do futuro fornecedor que pretende fazer parte do CRISTAL, um dos criadores, Ricardo Motta, que também é atual administrador do sistema na UN-BC, avisa que é de 15 dias úteis. “Mas claro que a data vai depender do volume de processos a ser averiguado”, acrescenta. Motta diz ainda que se alguma informação estiver incorreta a empresa é avisada e tem 90 dias para se regularizar. Depois deste prazo o processo deve ser reiniciado. Como no CRCC, o CRISTAL também tem validade de um ano. Vencido o prazo a empresa deve se recadastrar.

Passo a passo para fazer parte do Cadastro Local

- Acesse •1° Site da Petrobras (www.petrobras.com.br) •2° Canal Fornecedor •3° Como se Tornar um Fornecedor •4° Bens •5° Cadastro de Fornecedores da Bacia de Campos A partir daí é só seguir o caminho de acordo com o que deseja fornecer. Obs: Os documentos deverão ser encaminhados para: Petrobras – Posto Avançado Petrobras – Banco Local de Fornecedores/Bacia de Campos Av. Conselheiro Almeida Pereira, s/n° - Guarita da Praia Campista - Macaé/RJ - CEP 27923-510 •A planilha preenchida deverá ser encaminhada para fornecedoresunbc@petrobras.com.br •Mais informações pelo telefone 0800 885 5050


Claudia Barreto

Petrobras Business Plan to increase business in the market

Petrobras Registration

T

How to become a supplier?

he question in the title is an icon at Petrobras site (www.petrobras.com.br) in the link Supplier Channel. The company is a basis for all the operations in the oil and gas industry. That’s it. All the companies settled in Campos Basin do business with the state-owned company in a direct or indirect way. But the fact is that they all prefer not to work with middlemen. And this only happens if the company has a Registration at Petrobras. Nowadays, 4,500 suppliers are part of the Registration Certificate and Classification List, the CRCC (arranged nationwide), of which 2,800 are in services and 1,700 are in materials. But the numbers do not stop here. Registration management representatives believe that soon this figure will increase. All of this due to several factors, such as a greater use of the registration in the company, inclusion of health, safety and environment requirements (HSE), integration with the ‘vendor list’ in EPC (purchases by assemblers) and Petrobras’ high level of investments, which arouses a bigger interest in the market. However, in order to better understand this means, it is necessary, first, to know the types of registration so that you, businessmen, do not get confused when starting the registration process, or even have some knowledge on the type of services and goods you can offer; after all, the more services and products you offer, the better.

Marjorie Carmona

There are three types of registration: Registration Certificate and Classification List (CRCC), CRISTAL and Local Databank – the two latter ones will have Campos Basin as a reference. In the case of services, the company should register at CRCC, CRISTAL and Local Databank. For materials, only at CRCC and Local Databank. In Campos Basin there is an agreement between Sebrae and Petrobras, which, among the several actions in partnership with Petrobras, has created a registration support office. This is how it works: Small and medium-sized companies set an appointment with Sebrae’s consultants, who identify what the company interest is, that is, the type of product and service it intends to offer. After that, Petrobras site is presented to this businessperson and in the ‘Supplier Channel’ the path to be followed for that particular good or service. This businessperson is also offered a helping hand with the documents submission process. ‘The important thing is that this person leaves this place with no questions and a minimum quantity of (or none) wrong documents. Our intention is to avoid rework both for the businessperson and for Petrobras’, says Sebrae-Macaé consultant Gabriela Freitas Levone. ‘We do not start the process, we simply guide this businessperson’, she emphasizes. The manager of Campos Basin Oil, Gas and Energy Local Productive Settlement (LPS), Glauco Nader, also a MACAÉ OFFSHORE

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Divulgação

Sebrae consultant, highlights that the services do not stop here. ‘We offer actions like the program of preparation for ISO 9000 certification, training, consulting and a number of actions connected to improvement and management of the company so as it becomes more competitive’, he says. Sebrae Office is located on Rua Télio Barreto, nº 318 – loja 2, Macaé. To set an appointment with a Sebrae consultant, just call (22) 2762-9894 (Macaé) or (22) 27232429 (Campos) and schedule your visit. Customer’s services only take place by prior scheduling, and they take about one hour.

Ricardo Motta and Eliete Rosado are in charge of CRISTAL registration at Campos Basin

Registration Certificate and Classification List (CRCC)

CRCC is a document supplied by Petrobras bodies responsible for corporate registration to companies that met all the requirement criteria, under the provisions of item 4.5.1, Decree 2745. In CRCC, the company can register Materials or Services or even both, if it is the case. An important factor, in relation to materials, is the need to check if the material to be supplied requires Technical Qualification (RQT), as these material can only be registered by the Materials Corporate Body (check the website for information) if they meet this requirement. Corporate registration is done through evidence of legal capacity good tax standing, economic-financial qualification, technical qualification and, more recently, the requirements of safety, environment, occupational health, besides social responsibility are being evaluated. It also categorizes and qualifies the provisions and services that the company intends to supply to Petrobras. The information obtained is made available to all the company through the corporate system. ‘CRCC is a national registration. Therefore, any Petrobras unit can require a service or material, as long as it is in the corporate registration, which can be accessed through the corporate system’, says Materials Registration Manager Ernani Turazzi. The same happens to foreign companies that register in the system. The registered company that wishes to add an item either of services or materials in its supply line does not need to restart the registration process. The company must contact the registration office and formalize this request pointing out the new item and proving its technical requirements. After it is analyzed and

Step by Step to register at CRCC

- Access •1st Petrobras website www.petrobras.com.br •2nd Supplier Channel (left side of the screen) •3rd How to Become a Supplier •4th Choose Materials or Services Note: From this point, each company will follow a different path. It all depends on what it has to offer. If you are interested, but still has questions, besides going to Sebrae office, you may can 0800 282 1556 in order to obtain further information.

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approved, the item is then included in the registration. In relation to time, according to the manager, Petrobras does not inform the supplier of any date for analyzing the documentation. But Turazzi has informed that, in average, it takes about a month for the sector to make the documental analysis. ‘The new registration systematic, via internet, leaves to the suppliers’ responsibility the period of time for registration, as they are the ones who provide information and make the registration available for analysis’, he explains. When the information is incorrect or incomplete, it is returned to the future supplier for correction of this data. ‘The lack of information in the company delays the process’, he says. The company registration is valid for no more than one year, under provisions of Decree 2745.

CRISTAL – Computer-Based Hiring of Third Party Services up to the Limit of Exemption of Bidding per Value

Companies intending to provide services with values below R$ 160 thousand in Campos Basin should register at CRISTAL. Therefore, when one needs to contract services below this value, it is not necessary to look for them at the Registration Certificate and Classification List (CRCC), but through the registration at CRISTAL in Campos Basin.


There are other Petrobras units that have this registration installed. Each one should establish its own suppliers’ databank. They are local, not national, as in the case of CRCC. For this registration, it is also mandatory that the companies meet some legal-tax requirements such as: Certificate on Central Government Active Debt and FGTS payment (Brazilian Severance Indemnity

Fund for Employees), for instance. Data are assessed by an external consulting company. Although the value for ‘small services’ is not greater than R$ 160 mil, what dismisses the bidding in conformity with Decree 2745/98, the unit kept the bidding system to give opportunity to the market. Nowadays, there are 1,200

Step by Step to Start the Registration Process at CRISTAL - Access: •1st Petrobras website www.petrobras.com.br •2nd Supplier Channel (left side of the screen) •3rd How to Become a Supplier •4th Hiring of Small Services – Campos Basin •5th Elaboration Manual for Documentation (which will guide the supplier through the necessary documents to start the registration process). After the analysis of documentation, there will be a technical visit to the company. Note: Documents should be forwarded to:

Hotel Imbetiba Elias Agostinho Avenue, 605 - Sl.5 -Imbetiba - Macaé/RJ - Zip Code 27913-350 Questions? Please send an e-mail to unbccadastro@petrobras.com.br

Suppliers

Local Registrations or Reference List aim at the acquisition of materials that have little relevance, that is, contracts of goods of small value. Therefore, the CRCC is not necessary. This registration is managed by Campos Basin Business Unit (UN-BC); however, it also serves Rio de Janeiro Business Unit (UNRio) and the Exploration and Services Unit (E&P-Serv). Local registration for materials is specific to the materials which do not Require Technical Qualification (NRQT). To be part of the Local Registration, the company does not necessarily need to be settled in Campos Basin. It can be from another state and supply for this unit. Nowadays, according to the Local registration management, the number of suppliers is around three thousand. It is worth remembering that just like CRCC and CRISTAL, the Local Registration is valid for 12 months, with the possibility of renewal.

companies in this registration. So, do all the companies of the same segment take part in the bidding at once? No. According to UN-BC coordinator of New Hiring Policy, Eliete Rosado, a rotation is done in this case. ‘One group participates of a bidding and in the other round, the next ones on the list take part’, she says, remarking that a service provider with excellent performance in all its actions is always invited to take part in the rounds. This rotation is done automatically through a computerbased system. In relation to the time Petrobras takes to analyze the documents of the future supplier that intends to be part of CRISTAL, one of the authors, Ricardo Motta, who is also the current administrator of the system at UN-BC, warns that it is of 15 weekdays. ‘But, of course the date will depend on the volume of process to be verified’, he adds. Motta also says that if some information found to be wrong, the company is warned and it has 90 days to correct it. After this period, the process should be restarted. Just like at the CRCC, the CRISTAL also has a valid period of one year. After the expiration date, the company should submit documentation for renewal purposes.

Local registration of materials Step by Step to be part of the Local Registration

- Access •1st Petrobras website www.petrobras.com.br •2nd Supplier Channel •3rd How to Become a Supplier •4th Materials •5th Campos Basin Suppliers Registration.

From that point, all you have to do is to follow the path according to what you wish to supply Note: Documents should be forwarded to:

Petrobras – Advanced Station

Local Vendors Database / Campos Basin Conselheiro Almeida Pereira Avenue - Praia Campista police booth - Macaé – RJ - Zip Code 27923-510 •The spreadsheet should be filled in and forwarded to fornecedoresunbc@petrobras.com.br •Further information can be obtained by the telephone 0800 885 5050

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O segredo da contaminação ultrabaixa: um método de amostragem concentrada Divulgação

Schlumberger desenvolve técnica que reduz a contaminação de filtrados de lama Esta abordagem voltada para a obtenção de uma contaminação ultrabaixa do fluido proporcionou uma diferença de qualidade favorável com amostras mais puras coletadas em um campo desafiador no sul da Ásia, onde o tempo necessário para amostragem era menor do que a metade do tempo gasto utilizando métodos convencionais. Estudos para desenvolvimento de campo, com base em dados PVT que anteriormente só eram possíveis após um teste de poço, reduzem o risco em estimativas de reservas, projeto de instalações e garantia de vazão.

O desafio de poços abertos

O

Sonda Quicksilver que foi desenvolvida pela Schlumberger

reconhecimento do fenômeno físico da gravidade e da permeabilidade do escoamento de filtrados de lama na amostragem de fluidos de reservatório em poços possibilitou o projeto de uma nova tecnologia que está obtendo amostras de fluidos com contaminação quase zero – um resultado anteriormente não alcançado através da utilização de técnicas de amostragem convencionais. Adotando uma abordagem diferente ao problema histórico da amostragem de fluido de formação de poços abertos, a Schlumberger desenvolveu a técnica de amostragem concentrada Quicksilver Probe com o objetivo de reduzir substancialmente a incerteza da contaminação de filtrados de lama de perfuração e reduzir o tempo de paralisação e os custos relacionados como resultado. O fluido contaminado é isolado em direção ao perímetro da sonda e bombeado em uma linha de escoamento diferente do fluido puro de reservatório que é coletado e bombeado em uma linha de escoamento de amostragem separada no centro.

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Durante a perfuração, a contaminação de filtrados de lama de perfuração miscíveis ocorre durante operações de amostragem de óleo por cabo de aço em poços de lama à base de óleo (OBM – Oil Base Mud), apresentando o maior risco de obter amostras de reservatório de alta qualidade. Durante a coleta da amostra, o filtrado de OBM é coletado junto com o fluido de reservatório, resultando em um filtrado de lama significantemente contaminado. A qualidade drasticamente reduzida da amostra produz uma análise de laboratório PVT (Pressure Volume Temperature) não confiável e muitas vezes incorreta. Aplicações de campo de técnicas de amostragem convencionais estabeleceram anteriormente que a contaminação zero em amostras de fluido era teoricamente impossível de ser alcançada. Com o uso de técnicas de amostragem convencionais, o fluido retirado de


reservatórios vizinhos continuamente teve sua contaminação diminuída com o tempo à medida que o filtrado invade a zona de amostragem, entretanto, os níveis de contaminação menores que 10% foram raramente alcançados. O resultado produzido consistiu nos altos níveis de incerteza na análise dos fluidos realizada em fundos de poços ou no laboratório. Os efeitos eram difíceis de ser alcançados, tendo impacto direto na estimativa de reservas, projeção de taxas de produção, diagnóstico de compartamentalização, avaliação da conectividade do reservatório, garantia de vazão, projeto de completações, e projeto de instalações.

Nova perspectiva, resultados diferentes

Adotando-se uma abordagem diferente, a técnica de amostragem concentrada divide o fluxo do fluido em dois caminhos, com a área de amostragem central isolada de uma área de proteção em volta do perímetro. Essas áreas centrais e de perímetro na ferramenta de fundo de poço são essencialmente sondas concêntricas que são conectadas a bombas independentes e linhas de escoamento de proteção e de amostra separadas, discretas. Cada linha de escoamento possui plenas capacidades de análise de fluido de fundo de poço para monitorar a contaminação em tempo real durante o bombeamento do fluido no reservatório. As bombas criam velocidades de admissão mais altas na área de proteção adjacente, traçando um caminho mais fácil para o fluido contaminado e direcionando-o ao fluxo no sentido do perímetro. O fluido de formação, por outro lado, é levado à área de amostragem central. Cria-se um cone, com filtrado de lama movendo-se ao longo do poço e inserido na sonda. Fluidos de formação fluem diretamente para dentro da sonda de amostra, resultando em uma amostra

de reservatório menos contaminada, mais representativa. As amostras quase puras são utilizadas já no ciclo de exploração e desenvolvimento para fornecer informações essenciais sobre as propriedades dos fluidos de hidrocarboneto, tal como pressão de saturação, densidade, viscosidade e razão gás/óleo. Já, durante a fase de desenvolvimento, a determinação de um operador das propriedades reais do reservatório é essencial para a otimização da completação dos poços e dos projetos de instalações de produção.

Estudo de caso

A técnica de amostragem concentrada foi aplicada em um grande campo conhecido por seus desafios de teste e amostragem. As amostras dos reservatórios tinham características de formação variadas e produzem um óleo altamente viscoso. O alto teor de cera também dificultou a amostragem com testadores de formação tradicionais e amostradores DST (Drill Steam Test). Um motivo foi que a perfuração OBM foi utilizada para evitar queda de cascalho no corte do reservatório. Até agora, apenas dados PVT simulados a partir de amostras matematicamente corrigidas poderiam ser usados neste campo.

todas elas não foram representativas. Elas estavam muito contaminadas para produzir propriedades PVT precisas, confiáveis durante a análise em laboratório. A nova abordagem de coleta de amostras concentrada foi utilizada em dois poços com resultados excelentes. No Poço 1, a sonda captou fluidos que registraram 0% de contaminação OBM no detector Live Fluid Analyzer (LFA) em apenas 27 minutos de tempo de bombeamento. A contaminação de 0% foi confirmada posteriormente através de análise laboratorial independente PVT. No Poço 2, após 52 minutos de bombeamento, a combinação da técnica concentrada com o LFA obteve um fluido de contaminação média de 2.2%. Entretanto, uma análise laboratorial subseqüente determinou um nível de concentração de 0%. Das 18 amostras coletadas dos dois poços, 15 foram de qualidade PVT e seis amostras demonstraram contaminação zero posteriormente confirmada em um laboratório. O tempo necessário para coletar amostras do fluido do reservatório foi menor do que metade do tempo necessário com a utilização de técnicas convencionais, produzindo amostras não confiáveis e contaminadas.

Ao tentar coletar amostras com técnicas de amostragem em poços abertos convencionais, longos períodos de bombeamento não alcançaram amostras boas, representativas. De mais de 20 amostras adquiridas, pela Schlumberger e uma outra empresa de prestação de serviços com a utilização de testadores de formação tradicionais, determinou-se que MACAÉ OFFSHORE

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Secret to ultralow contamination: a focused sampling method

Schlumberger develops technique to reduce contamination levels of mud filtrates

samples. During sample collection, OBM filtrate is collected along with the reservoir fluid, resulting in significant mud filtrate contamination. The drastically reduced sample quality renders PVT laborator y analysis unreliable and often incorrect. Field applications of conventional sampling techniques had previously established that zero contamination in obtained fluid samples was theoretically impossible to achieve. With the use of conventional sampling techniques, fluid withdrawn from the surrounding reservoir exhibits continuously diminished contamination over time as the filtrate invades the sampling zone, however, contamination levels less than 10% were rarely achieved.

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ecognition of the physical phenomena of gravity and permea bility of flowing mud filtrate while sampling reservoir fluids down hole prompted the design of new technology that is delivering fluid samples with near-zero contamination – a result previou sly not achieved using conventional sampling techniques. Embarking on a different approach to the historical problem of openhole formation fluid sampling, Schlumberger developed the Quicksilver Probe focused sampling technique with the objective of substantially reducing the uncertainty of drilling-mud filtrate contamination and reducing station times and related costs as a result. Contaminated fluid is isolated toward the probe’s perimeter and pumped into a flowline distinct from the pure reservoir fluid that is collected and pumped into a separate sampling flowline in the center. This approach to achieving ultralow fluid contamination made a favorable quality difference with purer samples being collected in a challenging field in South Asia, where the time required for sampling was less than half the time spent using conventional methods. Studies for field development, based on PVT (Pressure Volume Temperature) data that was only previously possible after a well test, reduce the risk in reserves estimation, facilities design and flow assurance.

Openhole challenge

During drilling, contamination from miscible drilling mud filtrate occurs during wireline oil sampling operations in Oil Based Mud (OBM) wells, presenting the biggest risk in obtaining high quality reservoir 36

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The result was high levels of uncertainty in fluid analysis performed either downhole or in the laboratory. The effects were far reaching, having a direct impact on reserve estimation, production rate forecasting, compartmentalization diagnostics, reser voir connectivity evaluation, flow assurance, completions design, and facilities engineering.

Fresh perspective, different results

Taking a different approach, the focused sampling technique splits the fluid flow into two paths, with the central sampling area isolated from a surrounding guard area around the perimeter. These central and perimeter areas in the downhole tool are essentially concentric probes that are connected to independent pumps and separate, discrete sample and guard flowlines. Each flow line has full downhole fluid analysis capabilities to monitor contamination in real time while pumping fluid from the reservoir. The pumps create higher intake velocities at the surrounding guard area, making an easier path for the contaminated fluid and directing it to flow toward the perimeter. The formation fluid, on the other hand, is drawn into the central sampling area. A cone is created, with mud filtrate moving along the wellbore


and taken in at the guard probe. Formation fluids flow directly into the sample probe, resulting in a less contaminated, more representative reservoir sample. The nearly pure samples are used early in the exploration and development cycle to provide essential information about the properties of hydrocarbon fluids, such as saturation pressure, density, viscosity and gas/oil ratio. During the early development phase, an operator’s determination of actual reservoir fluid properties is critical for optimization of its well completions and production facility designs.

Case study

The focused sampling technique was applied in a large field known for its testing and sampling challenges. The reservoir exhibits widely varied formation characteristics and yields

highly viscous oil. The high wax content also made sampling difficult with both traditional formation testers and DST (Drill Steam Test) samplers. One reason was that OBM drilling was used to avoid shale collapse in the reservoir section. Until now, only simulated PVT data from mathematically corrected samples could be used in this field. When attempting to sample with conventional openhole sampling techniques, long pumping times did not achieve good, representative samples. Of the more than 20 samples acquired, by Schlumberger and another service company using traditional formation testers, all were determined to be non-representative. They were too contaminated to yield accurate, reliable PVT properties during laboratory analysis. The new focused sampling approach was used in two wells with excellent results. In Well 1, the probe

drew in fluid that registered 0% OBM contamination on the Live Fluid Analyzer (LFA) detector in only 27 minutes pumping time. The 0% contamination was confirmed later through independent PVT laboratory analysis. In Well 2, after 52 minutes of pumping, the focused technique-LFA combination obtained fluid that averaged 2.2% contamination. However, subsequent laboratory analysis determined a 0% contamination level. Of the 18 samples collected from the two wells, 15 were of PVT quality and 6 samples showed zero contamination later confirmed in a laboratory. The time required to sample the reservoir fluid was less than half the time that had been required when conventional techniques had been used, yielding unreliable and contaminated samples.

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Fotos: Divulgação

Com este sistema é possível testar equipamentos de até cinco megawatts de potência com o máximo de precisão exigida no mercado petrolífero

Precisão nos resultados em operações petrolíferas KSB do Brasil inaugura Banco de Provas considerado o mais completo e moderno da América Latina

Marjorie Carmona

O

ferecer tecnologia de modo a evitar deficiências nas atividades do mercado de petróleo e gás é, de fato, a busca contínua das em presas que atuam nesta indústria – sobre tudo porque uma falha pode levar a danos econômicos e, pior, humanos, por vezes irreversíveis. Testes em equipamentos, por exemplo, são cada vez mais uma exigência do setor e, quanto mais os ensaios mostrarem a realidade de resultados, melhor. O mercado de bombas, por exemplo, agora conta com um Banco de Provas que tem capacidade para testar motobomba de grande porte numa potência de até cinco megawatts, o que até então não era possível já que os testes eram efetuados com velocidade reduzida ou nos locais de instalação. O sistema, que foi desenvolvido pela empresa KSB do Brasil localizada na cidade de Várzea Paulista (SP), consiste em oito bancadas de testes destinadas a tipos

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diferenciados de equipamentos, inclusive uma, para teste de conjunto motobomba acionada por motor a diesel com equipamentos específicos para medições elétricas, mecânicas, hidráulicas; com redução de ruídos e coleta de gases, características pertinentes a este tipo de produto. O trabalho inicia com a sucção de fluido (água, petróleo ou gás), que passa através da bomba e, por sua vez, transfere energia para este fluido. As medições verificam a performance da bomba através da vazão e a pressão. O teste é feito sem sobrecarga do equipamento, isto é, elevação de sua temperatura. Isso é possível porque o Banco de Provas está equipado com trocador de calor, caso contrário haveria risco de distorção nos resultados. Há algum tempo, o ensaio de bombas de grande porte era feito em rotação reduzida, ou seja, os testes na fábrica eram realizados numa rotação menor e todas as verificações das grandezas hidráulicas, elétricas e mecânicas eram extrapoladas para condição de rotação nominal.


“Existem tratados físicos e hidráulicos que permitem fazer esta conversão dos dados de uma menor para uma maior. Porém a parte mecânica de performance do equipamento deixava a desejar, já que era subutilizado no nosso Banco de Provas. No setor de petróleo este novo sistema é fundamental”, esclarece o diretor industrial Roque Zanata. Conforme o presidente da KSB no Brasil, o engenheiro Carmelo Fernandez Moldes, a precisão no resultado final é uma questão de segurança ao cliente, sobretudo, porque agora há condições de testar materiais até de grande porte a um nível elevado de potência – com demonstração da realidade de campo – para atender, por exemplo, as plataformas e refinarias.

e social. “Foi uma das grandes preocupações durante a composição do projeto”, destacou. Investimentos – De acordo com o presidente da KSB, o investimento feito pela empresa neste projeto chegou na ordem dos dois milhões de dólares que incluiu obras civis, equipamentos de medição e precisão, além de sistemas elétricos. Tudo automatizado. Quanto aos equipamentos elétricos, parte foi adquirida no país através da Siemens do Brasil e outros componentes foram importados. A operação das máquinas é comandada por um técnico com experiência na realização de ensaios, com conhecimento em hidráulica, elétrica e mecânica.

“Nós produzimos as bombas, instalamos e simulamos a situação de campo. Medimos os resultados para que sejam comparados com a especificação do cliente, onde é comprovado se os resultados atendem aos requisitos da necessidade de instalação final. Caso contrário, os ajustes são feitos e testados novamente até chegar ao resultado esperado. Sendo assim, com a inauguração desse Banco de Provas colocamos à disposição dos nossos clientes tanto no mercado nacional quanto internacional, instalações de alta capacidade. Desta forma procuramos atender o volume crescente, principalmente, na indústria petrolífera com tecnologia”, define.

O Banco de Provas foi desenvolvido numa parceria entre KSB do Brasil e da Alemanha

“A decisão de criar um Banco de Provas de grande porte surgiu anos atrás já com intento de suprir as indústrias de forma geral, mas com foco na área de petróleo e gás. Vale ressaltar que o relatório final pode ser emitido em diversas línguas, o que é muito importante quando este equipamento vai até para o exterior, como Estados Unidos e Europa e, assim pode ser verificado por qualquer pessoa”, reforça. O Banco de Provas foi construído de acordo com especificações técnicas de testes das normas Hidraulic Institute, American Petroleum Institute 610 (API), American Society of Mechanical Engineers (ASME) e da Associação Brasileila de Normas Técnicas (ABNT) numa parceria entre técnicos da KSB Brasil e Alemanha – país base da empresa – e ainda contou com o apoio de uma universidade alemã, que também certificou o Banco de Provas. Zanatta explica ainda que quando se trata do mercado de petróleo (bastante severa em termos de fiscalização), a norma API exige tempo de ensaio mínimo de quatro horas – para outro fluido, como a água, o tempo varia entre 40 minutos e uma hora. Também, segundo o diretor industrial, o Banco de Provas foi projetado visando a responsabilidade ambiental MACAÉ OFFSHORE

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Precision in the results of oil operations

KSB do Brasil opens a Test Bench considered as the most complete and modern in Latin America Divulgação

Marjorie Carmona

temperature increase. This is possible because the Test Bench is equipped with a heat exchanger, otherwise there would be risk of distortion in the results. For some time, the testing of high capacity pumps was performed in a reduced rotation, that is, tests carried out in the plants were performed at a lower rotation and all the hydraulic, electrical and mechanical reference checks were extrapolated to the condition of nominal rotation. “There are physical and hydraulic conventions that permit data conversion from smaller to bigger. However, the equipment mechanical performance left much to be desired since it was underused in our Test Bench. In the oil sector, this new system is fundamental”, clarifies industrial director Roque Zanata.

The Test Proof Base was developed thanks to a joint project between KSB Brazil and KSB Germany

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ffering technology aiming at avoiding weaknes ses in the activities of the oil and gas market is, in fact, a continuous quest of companies operating in this industry – specially because a failure can often lead to irreversible economic damages, or even worse, human ones. Equipment testing, for example, is becoming one of the demands of this sector and the more tests demonstrate the reality of results, the better. The pump market, for example, now has a Test Bench able to perform tests in large sized motor pumps with a horsepower of up to five megawatts, which until then was not possible since the tests were performed with reduced speed or in the places where they were installed. The system, developed by KSB do Brasil, located in the city of Várzea Paulista (São Paulo State), is made up of eight test bench designed for different types of equipment, one of which for performing tests on a diesel powered motor pump sets with specific equipment for electrical, mechanical and hydraulic measuring; with noise reduction and gas collection, appropriate characteristics in this type of product. The test begins with the suction of fluids (water, oil or gas), which pass through the pump, which in its turn, transfers energy to this fluid. The measurements check the performance of the pump through its output and pressure. The test is made without equipment overcharge, that is,

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According to Engineer Carmelo Fernandez Moldes, President of KSB in Brazil, the precision of the final result is a matter of assurance to the client; mainly because now there are means to test large sized material with a high level of horsepower – demonstrating a reality equivalent to the field – and supply platforms and refineries, for example. ‘The decision to create a heavy duty Bench Test was taken years ago, with the objective of supplying industries in general, but focusing on the oil and gas sector. It is worth highlighting that the final report can be issued in many languages, which is very important when exporting, as to the United States and Europe; therefore anybody can verify it”, he reinforces. The Test Bench was built in accordance with the technical specifications of tests from Hydraulic Institute, American Petroleum Institute 610 (API), American Society of Mechanical Engineers (ASME) standards and from the Brazilian Association of Technical Standards (Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT), in a joint effort from the technicians from KSB Brasil and KSB Germany – the company’s country of origin – with the support of a German university which also certified the Test Bench. Zanatta also explains that when it comes to the oil market (very strict in terms of inspection), the API standard requires a minimum test time of four hours – for some other fluids, such as water, the time varies between forty minutes to an hour. According to the industrial director, the design of the Test Bench focused on environmental and social responsibilities. “It was one of the big concerns during the development of the project” he emphasized.


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