Bacia de Campos - 30 Anos de Produção

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Carta ao leitor

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o início, exploramos o terreno. Havia óleo, gás e uma corrida planejada para a auto-suficiência. O mercado focado na Bacia de Campos pulsava, com a chegada de operadoras e prestadoras de ser viço; tudo para dar suporte e viabilizar o processo de exploração e produção.

Mergulhamos para águas mais profundas, extraindo de técnicos, acadêmicos, especialistas em petróleo e gás, instituições e poder público a informação precisa, capaz de orientar e esclarecer investidores e profissionais, onshore e offshore, sobre as tendências do setor. Prospectamos e direcionamos a Macaé Offshore para o escoamento da notícia, do editor ao leitor, numa logística perfeita. Nos 30 anos de produção da Bacia de Campos, a gente se sente parte integrante dessa odisséia, marcada pelo esforço das milhares de mãos que formam a força de trabalho, na Bacia de Campos e região. Nesta edição especial, embarcamos na saga dos pioneiros - alguns dos profissionais que ajudaram a implantar os alicerces da nova indústria - para contar um pouco da história da exploração e da produção de petróleo no Brasil. Numa entrevista exclusiva, o gerente geral da UN-BC, Carlos Eugenio Melro da Resurreição, fala das metas para o futuro da Bacia de Campos. Tem tecnologia de ponta, nascida dentro do Cenpes, para implementar projetos arrojados. Você vai saber ainda como as instituições ligadas à cadeia do petróleo: IBP, Onip e o Programa Prominp, por exemplo, estão adequando fornecedores e formando mão-de-obra a fim de atender às demandas da Bacia. Fique por dentro também do posicionamento dinâmico das empresas nacionais e estrangeiras - as que chegam, quais ampliam suas estruturas, os produtos e serviços disponíveis na região. E bons negócios nesta 4ª edição da Brasil Offshore. Enquanto você descobre as melhores oportunidades, nós ancoramos nossa base no Centro de Convenções, para melhor cumprir o compromisso, nestes seis anos de atividades: divulgar, trazer à tona índices, perspectivas, projetos, metas e conquistas do ramo do petróleo e gás. Parabéns Bacia de Campos; o mar não é o seu limite! O navio-sonda Petrobras II perfurou o poço que deu origem ao campo de Garoupa

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Letter to the reader

n the beginning, we explored the land. There was oil, gas and a planned run towards self-sufficien cy. There was a boom in the market focused on Campos Basin, with the arrival of operators and service providers; everything was made to provide support and enable the process of exploration and production.

We have dived into deeper waters, extracting from technicians, scholars, oil and gas experts, institutions and public authorities accurate information, able to guide and clarify investors and professionals, onshore and offshore, on the sector trends. We have prospected and guided Macaé Offshore to convey news, from the editor to the reader, in a perfect logistic. Throughout the 30 years of production in Campos Basin, we feel that we are an integral part of this odyssey, marked by the effort of thousands of hands that form the workforce, in Campos Basin and the region surrounding it. In this special edition, we join the saga of pioneers - some of the professionals who helped to build the foundations of the new industry - to tell a little bit of the history of exploration and production of oil in Brazil. In a unique interview, the General Manager of UN-BC, Carlos Eugenio Melro Resurreição, talks about the goals for the future of Campos Basin. It has cutting edge technology, born from Cenpes, to implement state-of-the-art projects. You will also learn how the institutions connected to the oil chain such as IBP, Onip and Prominp Program for instance are adjusting suppliers and training manpower so as to meet Basin demands. Get acquainted with the dynamic positioning of national and foreign companies - the new ones, which enlarge their structures, the products and services available in the region. And good businesses in this 4th edition of Brasil Offshore. While you discover the best opportunities, we have anchored our base at the Conventions Center, so as to better comply with the commitment in six years developing activities, to disclose, bring new rates, perspectives, projects, goals and conquests from the oil and gas sector. Congratulations Campos Basin; the sea is not your limit!

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The Rig Petrobras II, which drilled the well that gave rise to Garoupa field





Índice/Contents Foco Social / Social Focus ............................................................................ 10 Empresas e Negócios

....................................................................................................12

Companies and Business ..................................................................................................16

Uma questão de seguro /A matter of insurance..............................................20 Articulando / News and Views

Os Próximos Trinta Anos da Bacia de Campos ............................................................... 22 The next thirty years of Campos Basin .............................................................................23

Entrevista / Interview

Carlos Eugenio Resurreição, “Na Bacia de Campos, existem

oportunidades que eram desconhecidas”.......................................... 24

Carlos Eugenio Resurreição, “In Campos Basin, there are opportunities that were unknown”.....................................................................................28

Especial Bacia de Campos / Campos Basin Special

30 anos de competência e criatividade ...........................................................................32 30 years of competence and creativity ............................................................................44 Um futuro de certezas ..........................................................................................................56 A future of certainties ..........................................................................................................59 Cenpes, a vanguarda do petróleo .....................................................................................62 Cenpes, the vanguard of oil ................................................................................................65

Projetos de Marketing / Marketing Projects

V & M ............................................................................................................... 68 Falck Nutec ....................................................................................................... 70 Cameron .......................................................................................................... 72 Krest ................................................................................................................. 74 CapRock ............................................................................................................ 76

Terminal de Cabiúnas / Cabiúnas Terminal

25 anos com muito gás! ......................................................................................................78 25 years with plenty of gas! ................................................................................................82

Fomento para a indústria (ONIP, IBP e PROMINP)...........................................86 Incentive to the industry (ONIP, IBP e PROMINP).............................................89 BC: 30 anos de história e um grande futuro pela frente (ANP)

.................. 92

CB: 30 years of history and a great future ahead (ANP) ............................................... 94

A ZEN de Rio das Ostras responde às expectativas ........................................ 96

Special Business Zone meets expectations ..................................................................... 98 Modal aéreo, mais conforto para o aeroporto de Macaé ........................................ 100 Air mode, greater comfort for the airport of Macaé.................................................. 102

Espaço Livre / Free Space

Petróleo, equilíbrio e desenvolvimento......................................................................... 104 Oil, balance and development ..........................................................................106 8

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Capa: Plataformas em operação na Bacia de Campos Cover: Rigs operating at Campos Basin A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngüe (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807- Cajueiros Macaé/ RJ - CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé/ RJ - CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site:

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Direção Executiva: / Executive Directors: Alexandre Calomeni / Bruno Bancovsky Gianini Coelho adm@macaeoffshore.com.br Publicidade: / Advertising: Alexandre Calomeni adm@macaeoffshore.com.br Edição e Redação: / Editing and writing: Sônia Vasconcelos - MTB 13.677 redacao@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: Ana Ferreira Diagramação: / Diagramming: Alexandre A. D. de Albuquerque arte@macaeoffshore.com.br Tradução em inglês: / English version: Primacy Translation Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies Assinatura: Subscriptions: (55) 22 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br

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APOLO TUBOS

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Foco Social

Social Focus

Um novo entendimento

A new understanding

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e 24 a 26 de abril aconteceu o 2º Congresso Íbero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável. Realizado pelo CEBDS - Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, o Congresso abordou temas como: Cenários dos Ecossistemas Globais, Mudanças de Clima e Conservação, Agricultura Sustentável e Energias Renováveis, todos ligados à Sustentabilidade. Dentre os significados da palavra Sustentar, encontramos: fornecer ou garantir o necessário para a sobrevivência; proteger, favorecer, auxiliar, amparar, animar. Sob esta ótica, o papel das organizações seria sustentar, ou alimentar, todos os públicos de interesse, pertencentes à sua rede de relações, onde, se uma parte adoece, as outras ficam comprometidas. Mas como manter a rede saudável? Que insumos garantem a sustentação? As palavras proteção, amparo e ânimo, surgem como alimentos necessários para a sustentação das relações. Segundo Fernando de Almeida, presidente do CEBDS, “Fenômenos como o aquecimento global, a perda da biodiversidade, a escassez de água e o agravamento de conflitos sociais nos alertam para a necessidade urgente de uma redefinição do modelo de desenvolvimento”. “Torna-se urgente ampliar a consciência da sociedade, formando massa crítica para capacitar lideranças. Este é o maior legado para presente e futuro”, acrescenta. No cenário atual, assombrado pelo medo, ninguém se sente seguro. As malhas que sustentam o tecido social estão frágeis, precisando de reparos imediatos para sustentar o mundo e suas manifestações. Para o sociólogo Luis C. Fridman, “precariedade, vulnerabilidade, instabilidade e incerteza cercam a condição humana neste estágio de modernidade avançada. A insegurança é um ar que se respira com freqüência cada vez maior em virtude do encolhimento do mundo”. Não podemos pensar em Desenvolvimento Sustentável até tomarmos consciência da nossa missão: somos responsáveis pelo futuro do planeta, mas não estamos sozinhos nesta tarefa, conosco, estão todas as outras formas de vida. E, acima de tudo, elas merecem o nosso cuidado, porque, segundo Leonardo Boff em seu livro Saber Cuidar, “Tudo o que existe e vive precisa de cuidado para continuar a existir e a viver. Uma planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra. A ótica do cuidado funda uma nova ética, compreensível e capaz de inspirar valores e atitudes fundamentais para a fase planetária da humanidade”. Não estamos em fase terminal, existe um sopro de cura que pode reverter a situação atual e trazer um outro significado para a Vida. Cabe a todos buscar este novo entendimento.

Telma Oliveira do Prado

Serviços Compartilhados / Gerência de Relacionamento com Clientes e Comunicação / Coordenação de Responsabilidade Social MACAÉ OFFSHORE

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he 2º Congresso Íbero-Americano (2nd Iberian-American Congress) on Sustainable Development held by CEBDS – Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Brazilian Business Center for Sustainable Development), took place from April 24 to 26. The Congress dealt with topics such as Global Ecosystem Scenarios, Preservation and Climate Changes, Sustainable Agriculture and Renewable Energies, all of which connected to Sustainability. Among the meanings of the word “sustain”, we can find the following: provide for or assure the necessary means for survival; protect, favor, help, support, stimulate. Under this light, the organizations’ role would be to sustain, or nurture, all stakeholders related to their relationship network, where if a section is not well, all the others get impaired. But how can we keep the network healthy? Which inputs ensure sustainability? The words care, support and stimulation come to our minds as necessary food for sustaining relationships. According Fernando de Almeida, president of CEBDS, “Phenomena such as the global heating, loss of biodiversity, water shortage and social conflicts aggravation calls our attention to the urgent need of redefining the development model.” He also adds that “it is imperative to broaden society’s consciousness, thus forming a mass of contesting individuals who will become tomorrow’s leaders. This is our great legacy for the present and the future.” In the current scenario, haunted by fear, nobody feels safe. The threads that sew the social grid together are fragile, in need of immediate repair to sustain the world and its demonstrations. For sociologist Luis C. Fridman, “precariousness, vulnerability, instability and uncertainty surround the human condition on this stage of advanced modernity. Insecurity is a breath we inhale more and more each day due to the world’s shrinking.” There is no way of thinking of Sustainable Development until we are aware of our mission: we are responsible for the planet’s future, but we are not alone on this task; all other living creatures are with us. And, above all, they deserve our care because, according to Leonardo Boff in his Saber cuidar, “All that exists and lives needs care to keep on existing and living. A plant, an animal, a child, an elderly person, planet Earth. The view of caring forms a new ethics that is understandable and capable of inspiring values and attitudes which are essential for humanity’s planetarium phase.” We are not on terminal stage; there is a spark of cure that can reverse the current situation and bring a new meaning to Life. It is up to all of us to look for this new understanding.

Telma Oliveira do Prado

Shared Services / Communication and Relationship with Clients Management / Coordination and Social Responsibility


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Empresas e Negócios Gianini Coelho

e tabelas, com dados sobre ligas de alumínio e segurança na soldagem nesse tipo de aplicação. O conteúdo está subdividido em tópicos: Alumínio e suas ligas; Soldagem GMAW e GTAW de ligas de alumínio; Metais de adição; Controle de qualidade na soldagem; Efeitos metalúrgicos na soldagem; Segurança na Soldagem. O material está sendo disponibilizado pela empresa e pelo portal www.infosolda.com.br

O Crea-RJ marca presença na Brasil Offshore

O engenheiro Tudor Jones (à esquerda) , responsável pelo Centro de Treinamento da Converteam , em Macaé, e o gerente de serviços Marcelo Monteiro

Converteam, agora, com novas instalações, em Macaé O novo escritório da Converteam Brasil está funcionando desde abril, na Praia dos Cavaleiros, com um Centro de Treinamento montado para orientar os clientes, na operação dos equipamentos e softwares desenvolvidos pela empresa. E chegou na hora certa: “Antes, tudo vinha do exterior (navios, máquinas, softwares etc). O que vemos hoje é o ressurgimento dos estaleiros nacionais e, com isso, a regionalização dos setores paralelos”, avalia Jeremy Dawson, diretor de vendas do setor de óleo e gás. A estratégia do Grupo Converteam, líder mundial em engenharia de conversão de energia, é atuar próximo ao cliente. Além do escritório de Macaé e da sede em Belo Horizonte, a Converteam também possui unidades no Rio e em Vitória. No Centro de Treinamento, sob responsabilidade do engenheiro Tudor Jones, os operadores vão aprender a lidar com os sistemas fornecidos pela empresa em simuladores com softwares de última geração. O Centro é certificado pelo Nautical Institute, especialista em certificação para a indústria offshore - para preparação em posicionamento dinâmico, carro-chefe da Converteam no setor.

Soldagem do alumínio e suas ligas O metal, que se destaca pelo conjunto de suas propriedades (tem apelo estético, apresenta baixa densidade, possui alta resistência à corrosão, alta condutibilidade térmica e elétrica, boa tenacidade, alta resistência a baixas temperaturas e excelente conformabilidade), ganhou atenção especial da White Martins - a maior empresa de gases industriais da América do Sul. Ela criou uma apostila sobre a soldagem do alumínio e suas ligas, com 32 páginas de informações técnicas 12

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O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Crea-RJ, que reúne grande parte dos profissionais da área tecnológica, prestigia a Feira Brasil Offshore, oferecendo palestras gratuitas que atendem ao interesse do mercado de óleo e gás. São temas como emissão atmosférica de gases de efeito estufa na indústria do petróleo, polímeros para recuperação e reforço nas estruturas, segurança em instalações elétricas em alta tensão, gerenciamento de projetos, gerenciamento de risco em empreendimentos offshore, entre outros. “A prospecção, refino e demais ramos ligados à exploração petrolífera são responsáveis pela geração de grandes oportunidades de empregos e têm estimulado o crescimento e desenvolvimento de diversos municípios fluminenses”, afirma Reynaldo Barros, presidente do Crea-RJ. As inscrições estão sendo feitas no estande do Conselho, localizado na Rua Q, nº 8, antes do início das palestras e mediante a disponibilidade de vagas. As palestras serão abertas a todos os presentes e mais informações podem ser obtidas através do e-mail inscricaoprogredir@crea-rj.org.br ou por telefone - (21) 2179-2087.

Auto-atendimento CEDISA abastece a demanda da região A distribuição e processamento de produtos siderúrgicos, em Macaé, ganham mais rapidez com a abertura da filial CEDISA - Central de Aços. Com uma logística diferenciada e um suporte da matriz, em Serra no ES, a empresa oferece pronto-atendimento sem igual na região, com mais agilidade para atender a demanda da Bacia de Campos. Chapa fina fria, chapa fina quente, chapa galvanizada, chapa xadrez, chapa grossa, chapa lambril, vergalhões, viga I, U e H, tubos de aço galvanizados e industriais são apenas alguns dos seus produtos especiais, classificados por certificadoras internacionais. Em modernas instalações, a CEDISA conta com equipamentos para desbobinamento, aplainamento, industrialização de vigas soldadas e corte de chapas (oxicorte e plasma), nas dimensões exigidas pela demanda do setor de petróleo e gás. Com um Sistema de Gestão de Qualidade, certificado pelas normas ISO 9001: 2000, a empresa supera as necessidades de seus clientes.


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Gianini Coelho

Companies and Business

Welding of aluminum alloys; Addition metals; Quality control in welding; Metallurgical effects in welding, Safety in Welding. The company and Infosolda are providing the material.

Crea-RJ takes part in Brasil Off Shore

New branch of Cedisa, in the district of Lagomar, in Macaé

Converteam, now, with new facilities, in Macaé Converteam Brazil’s new office has been in operation since April, at Cavaleiros Beach, with a Training Center set up to guide clients in the operation of equipment and software developed by the company. And the timing is perfect: “Before, everything came from abroad (vessels, machines, software, etc). What we see today is the resurgence of national shipyards, and as a consequence, the segmentation of parallel sectors into regions,” Jeremy Dawson, sales director for the oil and gas sector, explains. The strategy of Group Converteam, a world leader in energy conversion engineering, is to work close to its clients. Besides the branch office in Macaé and the main office in Belo Horizonte, Converteam also has units in Rio and Vitória. In the Training Center, under the responsibility of engineer Tudor Jones, operators will learn how to work with systems provided by the company on simulators with state-of-the-art software. The Center is certified by the Nautical Institute, specialized in certification for the offshore industry - for preparation in dynamic positioning, Converteam’s main business in the sector.

All about aluminum welding The metal, which stands out due its set of properties (aesthetic appeal, low density, high corrosion resistance, high thermal and electrical conductivity, good tenacity, high resistance to low temperatures and excellence conformability), has drawn the attention of White Martins - the largest industrial gas company in South America. The firm has created a booklet on aluminum welding and its alloys, with 32 pages of technical information and tables, with data about aluminum alloys and safety during welding work of this type of application. The content is subdivided into topics: Aluminum and its alloys; GMAW and GTAW 16

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The Regional Council of Engineering, Architecture and Agronomy, Crea-RJ, which assembles great part of professionals in the technological field, participates in Brasil Offshore fair, by offering free lectures that meet interests of the oil and gas market. The themes include the emission of greenhouse gases to the atmosphere in the petroleum industry, polymers for structure recovery and support, safety in high voltage electrical facilities, project management, risk management in offshore projects, among others. “The exploration, refining and other sectors connected with oil exploration have been responsible for the generation of great job opportunities and have stimulated the growth and development of several cities in Rio de Janeiro,” according to Reynaldo Barros, president of Crea-RJ. Registration is occurring at the Council’s booth, located at Rua (Street) Q, number 8, before the beginning of lectures and dependent upon the availability of vacancies. Lectures will be open to all people present and further information may be obtained through the e-mail inscricaoprogredir@crea-rj.org.br or by phone - (21) 2179.2087

Self-Service CEDISA meets region’s demand Iron and steel product distribution and processing, in Macaé, gain agility with the opening of branch CEDISA - Steel Center. With unique logistics and support from the main office, in Serra in ES State, the company offers matchless self-service in the region, with more agility in order to meet Campos Basin’s demand. Cold thin plate, hot thin plate, galvanized plate, checkered plate, thick plate, wainscot plate, bars, I, U and H beams, industrial and galvanized steel tubes are only some of its special products, classified by international certification companies. In modern facilities, CEDISA has equipment for uncoiling, planning, industrialization of welded beams and cutting of plates (oxicut and plasma), in dimensions required by the oil and gas sector’s demand. With a Quality Management System, certified in accordance with ISO 9001: 2000 standards, the company exceeds its clients’ expectations.



Informe Publicitário

Qualidade, fator primordial para o sucesso

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ndependente do segmento de uma empresa e dos recursos por ela utilizados, o equilíbrio e a sustentabilidade de vem ser fatores determinantes para a sua permanência no mercado. Porém um aspecto imprescindível para se alcançar o sucesso é a qualidade, plenamente alcançada quando a empresa consegue organizar seus recursos e setores, adequando-os às necessidades exatas de seus clientes, atingindo assim a excelência nos serviços prestados. Investimentos em bons dicionários, treinamentos periódicos e programas de garantia da qualidade como atividades de rotina, têm feito do Grupo Primacy Translations uma empresa de sucesso no setor de traduções, tornando-a um referencial na arte de se comunicar em vários idiomas. O grupo dispõe de uma equipe de tradutores internos, o que garante a confidencialidade e a segurança das informações. Há também uma divisão de Editoração Eletrônica e Produção Gráfica, operada por diagramadores e designers, o que proporciona ao cliente praticidade e conforto.

Quality, a critical factor for success

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egardless of the segment a company operates and the resources it uses, balance and sustainability must be critical factors for its survival in the marketpla ce. However, a paramount aspect to reach success is quality, fully reached when the company manages to organize its resources and sectors, tailoring them to the very needs of its clients, reaching thus, the excellence in services provided. Investments in good dictionaries, regular training and quality assurance programs as routine activities have turned Grupo Primacy Translations into a successful company in the translations sector, making it outstand in the art of conveying information in various languages. The company provides a team of inhouse translators, which assures the confidentiality and the security of information. There is also a division of Electronic Editing and Graphic Production, operated by electronic editors and designers, which provides to clients convenience and comfort.

Todo esse empenho levou o Grupo Primacy Translations ao reconhecimento por organizações nacionais e internacionais que avaliam o desempenho das empresas diante da qualidade dos serviços prestados. A empresa foi consecutivamente reconhecida pela ABIQUA com o Premio “Callidad Sudamerica 2006” e “Top of Top 2007”, e pela International Quality Service, com o Prêmio Qualidade Brasil 2006 e contemplada pela O.N.I.P. com o Qualified Supplier to the Petroleum Industry.

All such efforts have led Grupo Primacy Translations to be recognized by national and international organizations, which assess the performance of companies in view of the quality in services provided. The company has been consecutively awarded by ABIQUA with the Award “Callidad Sudamerica 2006” and “Top of Top 2007”, by International Quality Service, with the Award Qualidade Brasil 2006 and also awarded by O.N.I.P. with Qualified Supplier to the Petroleum Industry.

Esses são alguns dos motivos de orgulho do Grupo Primacy Translations, que sabe que tão importante quanto os prêmios conquistados é o reconhecimento dos clientes que confiaram no Grupo e contribuíram diretamente para o seu sucesso. Como resultado de sua credibilidade no mercado destacam-se os contratos de exclusividade com a Petrobras, com o Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos/Rio 2007, com a empresa Elektro Eletricidade e parcerias com empresas como Macaé Offshore Editora LTDA, Queiroz Galvão, Rhodia do Brasil, Construtora Norberto Odebrecht, Shell Brasil LTDA, Embratel, Chevron Texaco, dentre outras.

These are some of the reasons why Grupo Primacy Translations is proud, knowing that as much as important as the awards conquered is the recognition of clients that have trusted in the Company and have directly contributed to its success. As a result of the reliability the company enjoys in the marketplace, it is worth highlighting exclusiveness contracts with Petrobras, with the Organizing Committee of the Pan American Games Rio 2007, with the company Elektro Eletricidade and partnerships with Macaé Offshore Editora LTDA, Queiroz Galvão, Rhodia do Brasil, Construtora Norberto Odebrecht, Shell Brasil LTDA, Embratel, Chevron Texaco, among others.

O Grupo Primacy Translations tem a sua matriz no centro do Rio de Janeiro, onde possui uma ótima estrutura física, com equipamentos e softwares de última geração e uma excelente equipe de atendimento.

Grupo Primacy Translations is headquartered in Rio de Janeiro downtown, where it has an excellent physical structure, with state-of-the-art equipment and software and an excellent customer service staff.

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Uma questão de seguro A matter of insurance Sustentabilidade dos negócios por meio da gestão de riscos

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risco é o elemento comum de todos os siste mas de gestão implementados em uma or ganização. Uma empresa pode ser conside rada efetiva enquanto gerar valores às par tes interessadas e mantiver uma relação forte de confiança com estes, permanecendo sempre em vantagem competitiva. Ser sustentável é garantir clientes (manutenção dos existentes, reposicionamento no mercado e/ou inclusão de novas camadas sociais), boa reputação e credibilidade.

Sustainability of businesses through risk management

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isk is common to all management systems implemented across an organization. A com pany may be considered effective while it generates values to stakeholders and keeps a strong trust relationship with them, always keeping a competitive edge. Being sustainable means guaranteeing customers (retaining the existing ones, repositioning in the market and/or inclusion of new social layers), good reputation and reliability.

Como as partes interessadas são As the stakeholders are naturalmente flexíveis, se faz necessánaturally flexible, a conrio um contínuo processo de dialogar tinuous process involving com aqueles que são ou estão sobre dialogue with those holding a influência das decisões e resultados decision-making or result-drida empresa. Qualquer evento interno Alexandre Botelho, diretor de análise de riscos Brasil ving powers is required. Any ou externo à empresa que impacte os objetivos de negócios é considerado um risco, sendo que event, internal or external to the company, affecting the esses eventos podem representar potenciais oportunidades business objectives is considered a risk. Such events may represent potential opportunities or potential threats. ou potenciais ameaças. A sustentabilidade nasce da criação, implementação e manutenção de um planejamento estratégico baseado em simulação de cenários futuros, prevendo e gerindo ameaças e oportunidades na relação do grupo com suas partes interessadas. Gerir ameaças e oportunidades significa gerir riscos ou o potencial de ocorrência de eventos que impactam, negativamente ou positivamente, os objetivos (financeiros, ambientais, ocupacionais, operacionais, de segurança do trabalho e de imagem) da empresa em relação ao atendimento às necessidades de partes interessadas.

Sustainability is born from creation, implementation and maintenance of a strategic planning based on the simulation of future scenarios, forecasting and managing threats and opportunities in the relationship of the group with its stakeholders. Managing threats and opportunities means managing risks or the likelihood of occurring events impacting, negatively or positively, the objectives (financial, environmental, occupational, operational, labor and image safety) of the company as regards meeting the needs of the stakeholders.

Com estes conceitos institucionalizados na corporação os tomadores de decisão poderão visualizar os gastos com gerenciamento de vulnerabilidades como sendo investimentos para maximizar as oportunidades e minimizar o efeito da exposição às ameaças, ou seja, “transformar ameaças em oportunidades mediante fortalecimentos das fraquezas”.

With these concepts institutionalized across the company, the decision-makers will be able to view expenses with vulnerability management as investments to maximize opportunities and minimize the effect of exposure to threats, that is, “transform threats into opportunities by strengthening weaknesses”.

Leia na próxima edição: As ameaças do dia-a-dia que se tornaram oportunidades para quem soube gerenciar as vulnerabilidades.

Read in the next issue: The threats of our daily lives that have become opportunities for those who new how to manage vulnerabilities.

Por Alexandre Botelho Diretor de Análise de Riscos Brasil, da AON

By Alexandre Botelho Director of Brazil-Risk Analysis, AON

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Articulando Os próximos trinta anos da Bacia de Campos

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ra uma bela manhã de sol do dia 25 de maio de 2036 quando cheguei ao prédio principal do Centro Integrado de Controle das Operações da Produção (Cicop). O que chamava a atenção era a enorme quantidade de antenas que do alto dos edifícios perscrutavam sinais vindos do mar, provavelmente, através de satélite. Logo na chegada, fui recebido por uma engenheira que nos levou até uma sala de reunião cheia de mapas. “A produção iria começar a cair a partir de 2015 se somente tivéssemos os campos descobertos entre 1974 e o início desse século”, disse. “Eram muitos, alguns até gigantes, que exigiram a operação de quase 50 plataformas, a maioria hoje desativada. Mas a partir de 2010 começamos a descobrir os novos campos nos reservatórios abaixo da camada de sal. Isso significava perfurar poços difíceis, muito dispendiosos e com objetivos exploratórios nem sempre bem delineados nos dados geofísicos. Acabou dando certo e descobrimos praticamente outra Bacia de Campos, debaixo da primeira, agora constituída por grandes campos gigantes, portadores de óleo leve e gás natural”. Depois iniciou a projeção de um filme sobre o Cicop. Apesar de ter sido construído pela Petrobras, o Cicop era hoje integrado por várias companhias que trabalhavam trocando experiências e compartilhando tecnologia. Os campos profundos, com gradiente de pressão mais elevado, portadores de gás e óleo leve, conseguiam produzir sem plataforma, jogando diretamente os hidrocarbonetos dos poços completados no fundo do mar para alguns pontos de coleta e tratamento dos fluidos, na região de água rasa, frente a Cabiúnas. Todos os campos - todos completados segundo técnicas de campos “espertos” - eram monitorados 24 horas. Uma frota de navios de serviços também podia ser mobilizada, quando solicitada.

Depois de prender um chip na roupa de cada um, fomos autorizados a entrar na área mais nevrálgica do Cicop, onde em vastas salas de controle equipes uniformizadas operavam os comandos das estações de trabalho, dotadas de enormes monitores com imagem, em alguns casos, tridimensionais. Um dos controladores mostrou como poderia monitorar, nos menores detalhes, qualquer poço em operação. Os dados coletados eram imediatamente comparados aos modelos derivados da engenharia de reservatório. Mais adiante um geólogo explicou: “Todo o petróleo da Bacia de Campos foi gerado em profundidade, dentro da Formação Lagoa Feia, abaixo do sal. Parte desse petróleo migrou para os reservatórios mais rasos e acabou se degradando transformando-se em petróleo pesado. Outra boa parte se alojou aí mesmo em profundidade, preservando suas boas características. São esses campos portadores de petróleo leve e gás que se encontram hoje em produção”. Um engenheiro de reservatório explicou: “O gradiente de pressão abaixo do sal é muito maior e foi isso que nos permitiu 22

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eliminar as plataformas. Em alguns casos, tivemos também oportunidade de aumentar o fator de recuperação das velhas jazidas mais rasas, colocando poços profundos em contato com os reservatórios mais rasos. Assim funcionava uma injeção natural de água ou de gás, repressurizando os velhos reservatórios”. Durante o almoço com a equipe de gerentes do Cicop, falou-se muito da redução das equipes de pessoal embarcado e da redução de custos. “Tivemos que trabalhar muito para reduzir os gastos de perfuração, especialmente, quando profunda”. Depois do almoço, deixei o Cicop satisfeito com a visita e meditando sobre as fantásticas potencialidades da Bacia de Campos, que já há 60 anos vem abastecendo o nosso país.

Giuseppe Bacoccoli é geólogo de petróleo e, atualmente, pesquisador visitante da COPPE/UFRJ (ANP - PRH 02). Trabalhou muito tempo na Petrobras, inclusive com a Bacia de Campos, e como consultor.


News & Views The next thirty years of Campos Basin

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t was a nice sunny morning of May 25, 2036 when I arrived at the main building of Centro Integrado de Controle das Operações da Produção (Cicop). Something that caught my attention was the great number of antennas that, from the top of the buildings, scanned signals coming from the sea, probably via satellite. Just upon my arrival, an engineer, who took us to a meeting room full of maps, received me. “The production would start to drop from 2015 if we had only discovered the fields between 1974 and the beginning of this century”, she stated. “They were many, and some were enormous, which demanded the operation of almost 50 platforms, most of which are not currently in operation. But from 2010 we began to discover the new fields in the reservoirs below the salt layer. That meant drilling difficult wells, very costly and using exploratory objectives not always well outlined in the geophysical data. It ended up working and we basically f o u n d o u t another

Campos Basin underneath the first one, now composed by giant fields, with light oil and natural gas.” After that, a film about Cicop was presented. Although it had been built by Petrobras, Cicop was integrated by several companies that worked exchanging experiences and sharing technology. The deep wells, with higher pressure gradient, which produced gas and light oil, managed to produce without platform by throwing hydrocarbons from the completed wells on sea bottom to some fluid collection and treatment points, in the shallow water region, as compared to Cabiúnas. All the fields – all of which completed according to “smart” field techniques – were monitored on a 24 hour basis. A service ship fleet could also become available when requested. After attaching a chip to the clothes of each of us, we were authorized to enter Cicop’s most critical area, in which teams wearing uniforms operated command work stations in wide control rooms equipped with large monitors with threedimensional images, in some cases. One of the controllers showed how to monitor, in details, any operating well. Collected data were immediately compared to the models originating from the reservoir engineering. Further on, a geologist explained: “All the oil from Campos Basin was generated in depth, inside Lagoa Feia Formation, underneath the salt layer. Part of this oil migrated to shallower reservoirs and degraded, converting into heavy oil. Another great part has settled in depth, preserving its good characteristics. These are the light oil and gas fields that are in production nowadays.” A reservoir engineer explained: “The pressure gradient underneath the salt layer is much higher and that allowed us to remove the platforms. In some cases, we also had the opportunity to increase the recovery factor of older shallower layers, putting deep wells in contact with shallower reservoirs. That is how water or gas natural injection worked, repressurizing old reservoirs.” During a lunch with Cicop’s manager team, we talked a lot about onboard teams and cost reduction. “We had to work hard to reduce drilling expenses, specially when it was deep drilling.” After the lunch, I left Cicop pleased with the visit and thinking about the fantastic potential of Campos Basin, which has been fueling our country for 60 years now.

Giuseppe Bacoccoli is oil geologist and, currently, Visiting Researcher at COPPE/UFRJ (ANP - PRH 02). He worked for a long time at Petrobras, also at Campos Basin, and as a consultant. MACAÉ OFFSHORE

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Entrevista Carlos Eugenio Resurreição

“Na Bacia de Campos, existem oportunidades que eram desconhecidas”

No dia 13 de agosto, a Bacia de Campos completa 30 anos de produção. Desde 1977, sua história vem sendo marcada por desafios e conquistas. Mas, o que será da Bacia de Campos nos próximos anos? Nesta entrevis-ta exclusiva, o gerente geral da Unidade de Negócio da Bacia de Campos (UN-BC), Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição, fala dos projetos da estatal para alavancar ainda mais a produção Marjorie Carmona

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ngenheiro civil por formação, Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição entrou na Petrobras em 1979. Cursou engenharia de petróleo e fez mestrado em Engenharia de Petróleo e MBA em Gestão Empresarial. Antes de assumir a UN-BC, em 2005, este alagoano, de 51 anos, exerceu o cargo de gerente geral de Tecnologia de Processos de Produção do E&P Engenharia de Produção, na sede no Rio de Janeiro. Na Bahia, foi gerente setorial de Reservatórios, de Engenharia e do Ativo de Produção Bahia (Manati) da Unidade de Negócio da Bahia. Atuou também no Rio Grande do Norte e Ceará (URNCE), como gerente setorial de Reserva e Reservatório e de Suporte Técnico. Para o futuro da BC ele vislumbra muito trabalho: “Que tal a gente sonhar em produzir um milhão de barris por dia?”.

Carlos Eugenio: “A exploração em águas ultraprofundas já identificou algumas ótimas oportunidades de produção e o potencial exploratório é imenso”

Macaé Offshore: Depois de insistir muito, o geólogo Carlos Walter Marinho Campos encontrou óleo na Bacia de Campos, há pouco mais de 30 anos. Quais os grandes desafios que este campo enfrenta atualmente? Carlos Eugenio: O maior deles é o rejuvenescimento dos campos maduros, já que parte dos projetos depende de muito conhecimento e tecnologia, para que o trabalho seja viável economicamente. E não menos importantes são a implantação dos novos projetos de produção do óleo, ainda não desenvolvidos, e a descoberta de novos campos. MO: Qual a previsão de exploração e produção de petróleo (e gás associado) na Bacia de Campos? CE: A Bacia de Campos passa por um momento ímpar da sua história, por conta dos projetos de que acabamos de falar. Eles sinalizam que a


BC esteja, por muitas e muitas décadas, na posição de maior província produtora de óleo e gás do Brasil. Vale lembrar que quando os trabalhos começaram, lá trás, havia uma expectativa de desenvolvimento de 15 ou 20 anos com a realidade daquela época. Hoje, existem oportunidades que eram desconhecidas. Além disso, dispomos de novas tecnologias de perfuração, produção, recuperação e injeção de água, entre outras. Então, vemos um futuro bastante promissor para a Bacia de Campos. MO: Sobre os projetos da Petrobras para descobrir novos poços e revitalizar campos maduros, qual a estratégia de atuação da companhia nestes setores, a fim de alcançar resultados significativos? CE: Para o trabalho de rejuvenescimento de campos maduros, o E&P criou o Programa de Revitalização de Campos com Alto Grau de Explotação (Recage). A fim de viabilizar a produção dos grandes campos de óleo, que estão sendo descobertos em águas ultraprofundas, foi criado o Procap-3000. Paralelamente a estas iniciativas, a Petrobras tem investido na busca por novos campos próximo às estruturas de produção já instaladas. A intenção é aproveitar a capacidade ociosa de algumas de nossas unidades e, obviamente, investir em grandes descobertas através de concessões de exploração, adquiridas nos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP). MO: Qual o plano de ação que será utilizado na Bacia de Campos para

que o Brasil continue auto-suficiente em petróleo? CE: Para alcançar resultados positivos contamos com o Gerenciamento Digital Integrado de Campos de Petróleo e Gás, que a Petrobras chama de GeDig. É um sistema que centraliza todas as informações de determinado campo, de modo integrado. Desta forma, é possível, por exemplo, garantir a maior recuperação de um campo de petróleo na melhor performance. Uma outra tecnologia, chamada RWI - Raw Water Injection, faz captação do oceano e re-injeta esta água em vez de pegar água do navio, evitando esta movimentação na unidade de produção. E ainda há a separação submarina de óleo e água, fundamental neste processo, em que você descarta a água e a re-injeta no poço; eleva apenas o óleo para o navio. Essas tecnologias, aliadas ao uso intensivo da sísmica 4D, podem acompanhar como está a movimentação de óleo e água na jazida e identificar, por exemplo; onde será necessário abrir mais um poço, ou fechar, áreas para re-injetar água etc. Com isso, aqueles 20 anos poderão passar para 50 ou 60 anos e destes passarem para outras décadas. MO: Ainda na questão da auto-suficiência, além da P-50, uma série de outros projetos contribuirá para manter esta meta alcançada. Quais são eles? CE: A previsão é de que, neste ano, entrem em operação: P-52, P-54 e FPSO Cidade de Vitória (Golfinho Módulo 2). Em 2008: FPSO Cidade de Rio das Ostras (piloto Siri), ESS-

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130 (FPSO) e P-51. Para 2009, projetamos: Frade e P-53; 2010, P-57 e, em 2011, Parque de Conchas e P-55. MO: O que se pode dizer quanto à exploração em águas ultraprofundas, na Bacia de Campos? Já se utiliza tecnologia na faixa dos três mil metros (Procap-3000) de profundidade? A concorrência já detém desta tecnologia? CE: A exploração em águas ultraprofundas já identificou algumas ótimas oportunidades de produção e o potencial exploratório é imenso. A tecnologia de produção em 3.000 metros de lâmina de água está sendo desenvolvida pelo Procap-3000. Nenhuma companhia do mundo possui esta tecnologia ainda, sendo muito provável que a Petrobras seja a primeira a obtê-la, como foi o caso da tecnologia para produção em 1.000 e 2.000 metros. MO: Parte do óleo extraído no Brasil é exportada para outros países. Como estão mapeadas estas exportações? CE: Exportamos o petróleo de Marlim, Bijupirá-Salema (UN-BC) e Albacora Leste e Roncador (UN-Rio), para países como Portugal, Inglaterra, França e Holanda (Europa), China, Índia, Coréia do Sul (Ásia), Estados Unidos (Costa Oeste e Golfo), Caribe, Trindad Tobago, Aruba, Chile e Peru (América do Sul). Isso representa, aproximadamente, 20% do petróleo nacional, ou seja, 350 mil barris/dia. A exportação média de 2006 foi de 337 mil barris de petróleo por dia.

Carlos Eugenio: “Qualquer fornecedor pode candidatar-se à inscrição no Cristal (Cadastro de Fornecedores para a Prestação de Serviços de Menor Valor)”

e, em 2011, o número possa chegar a 70 milhões m³/dia.

MO: Como é definido este processo? CE: O volume a ser exportado é definido em função da economicidade, isto é, deve agregar valor para a Petrobras. Levamos em conta a capacidade de refino em processar petróleo nacional, que em grande parte é um petróleo pesado. Portanto, precisamos de petróleo leve, por exemplo, o nigeriano e o árabe, de modo a compor o elenco das refinarias, para a produção adequada de derivados necessários para atender o mercado. Mas, a exportação de petróleo é definida corporativamente pela companhia. Em virtude da maior produção e de seus óleos pesados, atualmente toda a exportação sai da Bacia de Campos, cerca de 82% da UN-BC e 18% da UN-Rio. Conforme o Planejamento Estratégico da Petrobras 2015 (Plano de Negócios 2007-2011), a exportação deve atingir por volta de 580 mil barris/dia, em 2011, que corresponde ao excedente de petróleo nacional.

MO: O preço internacional do barril de petróleo tem interferido nos planos da estatal, com relação a projetos como o Procap 3000, reparos navais, entre outros? CE: O preço do petróleo é um dos principais insumos por definição de desenvolvimentos de projetos de uma empresa petrolífera. A Petrobras não toma decisão com visão de preço de petróleo em curto prazo e sim num cenário futuro. Por exemplo, o preço do gás em função da negociação no mercado internacional faz a empresa reativar ou acelerar o desenvolvimento de algum projeto.

MO: O gás associado poderá contribuir para uma possível auto-suficiência em gás? CE: A maior parte do gás produzido no país e, conseqüentemente, na Bacia de Campos é associada. No entanto, a maior fatia será originária da Bacia de Santos e, posteriormente, do Nordeste, sobretudo, da Bahia. Com a crise do gás, nós identificamos várias possibilidades de gás não associado, na Bacia de Campos, e já temos alguns projetos que contribuirão para este crescimento. A previsão é que, em 2008, a produção seja de 49 milhões de m³ por dia

de longa duração. Isso propicia às empresas contratadas a

MO: Qual tem sido a política da Petrobras quanto aos “contratões”, que têm dificultado a negociação direta de empresas menores com a estatal? CE: A política de contratação de serviços, adotada pelo segmento de exploração e produção da Petrobras, incentiva a celebração de contratos com escopo mais abrangente e apresentação de uma melhor performance na execução dos serviços, principalmente, em SMS. O critério de avaliação das candidatas permite que as empresas possam se consorciar para que, no somatório de suas capacitações técnicas e econômico-financeiras, atinjam o estabelecido nos quesitos constantes do critério. De toda forma, qualquer fornecedor pode candidatar-se à inscrição no Cristal (Cadastro de Fornecedores para a Prestação de Serviços de Menor Valor) que norteia uma demanda de serviços bastante expressiva.

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MO: O início das operações de empresas como a Devon, por exemplo, interfere de maneira positiva ou negativa nas ações da Petrobras? CE: É bom que tenham outras empresas em atuação. Algumas são parceiras da Petrobras e outras não. Mas, é fundamental que a Petrobras seja a maior produtora. MO: Desde que se estabeleceu na Bacia de Campos, sobretudo com a UN-BC, a Petrobras mudou o cenário de diversas cidades; Macaé é um grande exemplo. Quais os projetos focados em áreas como Responsabilidade Social, SMS, qualificação, cultura e esporte, na região? CE: Na área social, temos: Programa Mosaico, com pescadores; Programa Jovem Aprendiz, de capacitação e emprego para jovens carentes entre 14 e 19 anos e Programa Criança, que atende a 400 crianças (200, em Macaé; e 200, em Campos). Nossa estratégia é alcançar os 13 municípios de abrangência da Petrobras na região. No setor da cultura, promovemos o Coral, Camerata e Caravana. E em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) temos o Eco Lagoas, feito em conjunto com o Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé (Nupem) e Recifes Artificiais. Estamos em processo de aprovação e negociação do Cine Clube de Macaé e do Museu do Petróleo, respectivamente. A Petrobras também criou o Sentrinho, que trata crianças especiais; aliás, estamos construindo uma nova sede para melhor atendê-los, além do Programa de Leitura, nossa biblioteca ambulante.

MO: E quanto ao esporte, há alguma iniciativa? CE: Realmente, há uma reivindicação nesse sentido. Mas, para termos uma parceria com um time, por exemplo, precisamos de uma decisão corporativa e não independente. Existe uma negociação para reformar quadras, que estejam ligadas a escolas; porém, não está nada definido ainda. MO: O que se pode esperar da Petrobras, na Bacia de Campos, para os próximos 30 anos? Como as empresas se envolverão com as novas estratégias da companhia? CE: Em muitos projetos. Nós vamos aplicar na Bacia, até 2011, cerca de US$ 40 milhões de dólares em investimentos. Além disso, a força de trabalho contribui de forma significativa para o crescimento da cidade. E neste ponto é fundamental a capacitação das pessoas, aliás, isso é mais uma contribuição que a Petrobras pode oferecer à região, através do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). Outra vertente é trabalhar nos arranjos produtivos periféricos por meio da agricultura ou no artesanato, por exemplo. E mais: nossas parcerias com a Organização Nacional do Petróleo (Onip), o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Sebrae, a Rede Petro-BC, as associações de classe, as prefeituras, as Câmaras de Vereadores fazem com que possamos, de maneira conjunta, alavancar o desenvolvimento, pelos próximos 30 anos!


Interview Carlos Eugenio Resurreição

“In Campos Basin, there are opportunities that were unknown” On August 13, Campos Basin celebrates its 30th anniversary in production. Since 1977, its history has been marked by challenges and achievements.. But, what are the possibilities for Campos Basin in the next few years? In this exclusive interview, the general manager of the Business Unit in Campos Basin (UN-BC), Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição, talks about projects of the state-owned/ company to increase production even more Marjorie Carmona

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Carlos Eugenio: “Exploration in ultradeep waters has identified some nice opportunities of production and exploratory potential is huge”

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Macaé Offshore: After insisting for a long time, the geologist Carlos Walter Marinho Campos found oil in Campos Basin, around 30 years ago. What are the greatest challenges this field faces nowadays? Carlos Eugenio: The greatest of them all is the renewal of mature fields, as part of the projects depends on a great deal of knowledge and technology, so that the work is economically feasible. And not less important are the implementation of new projects in oil production, still not developed, and the discovery of new fields. Arquivo Petrobras

ith a degree in Civil Engineering, Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição started working at Petrobras in 1979. He graduated in oil engineering and has an M.A. in Oil Engineering and an MBA in Business Management. Before taking on the UN-BC, in 2005, this 51-year-old man, who was born in the state Alagoas, held the position of Production Processes Technology general manager of the E&P Production Engineering, in the headquarters in Rio de Janeiro. In Bahia, he was a sector manager for the Reservoir, Engineering and Production Assets Bahia (Manati) at Bahia’s Business Unit. He also worked in Rio Grande do Norte and Ceará (URNCE), as a sector manager for the Reserve and Reservoir and Technical Support. He foresees a lot of work in CB’s future: “How about dreaming of producing one million barrels a day?”.


MO: What is the forecast for oil (and related gas) exploration and production in Campos Basin? CE: Campos Basin has been going through a unique moment in its history due to the projects we have just mentioned. They signalize that CB has, for many decades to come, the status of being the largest oil and gas production province in Brazil. It is worth remembering that when works started, way back in the past, there was a development expectation of 15 or 20 years with the reality of that time. Nowadays, there are opportunities that were unknown, then. Besides that, we have new technologies in drilling, production, recovery and injection of water, among others. Therefore, we forecast a very promising future for Campos Basin. MO: In relation to Petrobras’s projects to discover new wells and renew mature fields, what is the company’s strategy in these sectors in order to achieve significant results? CE: For the renewal of mature fields, E&P has devised the Revitalization Program for Fields with a High Degree of Exploration (Recage). In order to make production in large oil fields which are being encountered in ultra deep waters feasible, the Program Procap-3000 was conceived. Together with these initiatives, Petrobras has invested in the quest for new fields near the production structures already installed. The intention is to benefit from the idle capacity of some of our units and, obviously invest in new discoveries through concessions of exploration, gained in auctions at the Brazilian Petroleum Agency (ANP).

MO: What action plan will be used in Campos Basin so that Brazil continues being self-sufficient in oil? CE: In order to achieve positive results we have the Integral Oil and Gas Fields Digital Management (Gerenciamento Digital Integrado de Campos de Petróleo e Gas), which Petrobras calls GeDig. It is a system that centralizes all information from a specific field, in a structured manner. Therefore, it is possible, for instance to ensure an improved recovery of an oil field for a maximum performance. Another technology named RWI - Raw Water Injection, collects water from the sea and re-injects it instead of getting water from the vessel, avoiding this handling operation in the production unit. Besides that, there is also the subsea separation of oil and water, an operation of key importance in this process, in which water is discarded and re-injected into the well; it only takes the oil to the vessel. This technology, together with the intensive use of 4D seismic, may be used as a follow-up to the oil and water handling operation in the reservoir and identify, for instance where it may be necessary to open or close another well, areas to re-inject water etc. With all these procedures, that 20-year life cycle may be extended to 50 or 60 years and yet to many more decades. MO: Still talking about self-sufficiency, besides P-50, a number of other projects will contribute to keep this goal. Which are they? CE: It is estimated that the following units start operation this year: P-52, P-54 and FPSO City of Vitória (Golfinho Módulo 2). In 2008: FPSO City of Rio das Ostras (piloto Siri), ESS-130 (FPSO) and P-51. For 2009, we plan to

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Interview

MO: How is this process outlined? CE: The volume to be exported is established based on economic purposes, that is, it must add value to Petrobras. We take into account the refining capacity in processing the Brazilian oil, which, as a whole is heavy oil. Therefore, we need light oil, for instance, the Nigerian and the Arabian in such a way as to compose the list of products in refineries for a suitable production of the necessary by-products to meet the demands of the market. However, oil exportation is established, on a corporate basis, by the company. Nowadays, due to a larger production and its heavy oils, all the products to be exported are originated from Campos Basin, around 82% from UN-BC and 18% from UN-Rio. According to Petrobras 2015 Strategic Planning (20072011 Business Plan), exportation may reach around 580 thousand barrels/day, in 2011, what corresponds to the Brazilian oil surplus.

have: Frade and P-53; 2010, P-57 and in 2011, Parque de Conchas and P-55. MO: What can be said in relation to ultra deepwater exploration in Campos Basin? Is the technology of the three-thousand range (Procap-3000) of depth already being used? Do competitors have this technology? CE: Ultra deepwater exploration has already spotted great production opportunities and the exploratory potential is huge. The production technology in 3,000 meters waterbed is being developed by Procap-3000. So far, no other company in the world has this technology, and it is very likely that Petrobras is the first one to obtain that, the way it happened in the production technology in 1,000 and 2,000 meters. MO: Part of the oil extracted in Brazil is exported to other countries. How are these exports mapped? CE: We export oil from Marlim, Bijupirá-Salema (UN-BC) and Albacora Leste and Roncador (UN-Rio) to countries such as Portugal, England, France and the Netherlands (Europe), China, India, South Korea (Asia), the United States (West Coast and the Gulf), the Caribbean Islands, Trinidad and Tobago, Aruba, Chile and Peru (South America). This represents approximately 20% of the Brazilian oil that is 350 thousand barrels/day. The average exportation in 2006 was of 337 thousand barrels a day. Arquivo Petrobras

Carlos Eugenio: “Any supplier may apply for registration in Cristal (Registration of Suppliers for Provision of Minor Services)”

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MO: May associated gas contribute for a potential self-sufficiency in gas? CE: Most part of gas produced in the country, and, as a consequence in Campos Basin, is of the associated type. However, the largest share will come from Santos Basin, and later on, from the Northeast, especially from Bahia. With the gas crisis, we have identified several possibilities of non-associated gas in Campos Basin, and we already have some projects in mind that will contribute to this growth. It is estimated that in 2008 the production will be of 49 million m³ a day and in 2011, this number may reach 70 million m³/day. MO: Has the international price of the oil barrel been interfering in the state-owned company regarding projects such as Procap 3000, vessel repairs, among others? CE: Oil price is one of the main inputs as projects development definition in an oil company. Petrobras does not take any decision having in mind the oil price in a short term; otherwise it views an upcoming scenario. For instance, the gas price in a negotiation in international market motivates the company to revive or speed up the development of a project. MO: What is Petrobras’s policy in relation to “big contracts”, which have been making direct transaction of smaller companies with the state-owned company more difficult? CE: The policy for ser vices contracting adopted by Petrobras’s exploration and production segment prompts the execution of contracts with a more comprehensive and long-lasting scope. This enables contractors to deliver a better performance in services provisions, especially in the HSE area. The evaluation criteria for applicants enables that company may enter in consortiums so as that, with all their technical and economic-financial capacities, they may reach the items set forth in the requirements included in the criteria. Any supplier may apply to enroll in the registration at Cristal (Supplier’s Registration for Small Value Services Provision) which points to an expressive demand to services.


MO: Does the beginning of operations of companies such as Devon, for instance, interfere in a positive or negative manner in Petrobras’s actions? CE: It is always good to have other companies in the market. Some of them are Petrobras’s partners; others are not. But, it is crucial that Petrobras is the largest producer. MO: Since its establishment in Campos Basin, especially with UN-BC, Petrobras has changed the scenario in several cities; Macaé is a great example of that. What are the projects focused on areas such as Social Responsibility, HSE, qualification, culture and sports in the region? CE: In the social area, we have: Programa Mosaico (Mosaic Program), with fishermen; Programa Jovem Aprendiz (Young Apprentice Program), of qualification and job opportunities for youngsters between 14 and 19 years old and Programa Criança (Children Program), which serves 400 children (200 in Macaé; and 200 in Campos). Our strategy is to reach the 13 cities in Petrobras’s scope in the region. In the culture sector, we encourage Coral, Camerata e Caravana. And in Health, Safety and Environment (HSE) we have the program Eco Lagoas, done together with Macaé’s Ecological Research Center (Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé - Nupem) and Recifes Artificiais (Artificial Reefs). We are in the middle of the approval and negotiation processes for the Macaé Movie Theater (Cine Clube de Macaé) and the Oil Museum, respectively. Petrobras has also developed the Sentrinho, which deals with children with special necessities; by the way, we are

building a new headquarter to best serve them, besides the Reading Program, our traveling library. MO: What about sports? Is there any project? CE: In fact, there is a demand for this aspect. However, in order to have a partnership with a team, for instance, we need to have a corporate and not an independent decision. There is a negotiation taking place in order to remodel sport courts related to schools; however nothing is defined yet. MO: What can be expected from Petrobras, in Campos Basin, for the next 30 years? How will companies get involved in the corporation’s new strategies? CE: In many projects. We will be investing around US$ 40 million in the Basin until 2011. Also, the workforce contributes in a significant way for the development of the city. And, in this aspect, it is crucial to offer qualification to people; this is another contribution Petrobras may offer to the region, through the National Oil and Gas Industry Mobilization Program (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural - Prominp). Another aspect is to work with side-line productive arrangements through agriculture or handicraft, for instance. And also our partnerships with the Brazilian Petroleum Organization (Onip), the Brazilian Oil and Gas Institute (IBP), Sebrae, the Petro-BC Network, workers’s associations, the City Halls, the City Council enables that we can push forward the development we expect to see in the next 30 years to come!

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anos de competência e criatividade

A natureza foi generosa com a Bacia de Campos, tudo bem. Mas, para ser responsável por quase 85% da produção nacional de petróleo, a BC contou, especialmente, com a garra, a determinação e a capacidade de gerar soluções dos profissionais pioneiros, que desbravaram uma indústria totalmente nova para o mercado brasileiro. O idealismo dos precursores, somado aos investimentos maciços em tecnologia e especialização de mão-de-obra, formaram o tripé de sustentação para o sucesso da superbacia. Este manancial de ouro negro contribuiu decisivamente para a auto-suficiência do país. Trinta anos depois do início da produção em suas águas, a expectativa dos especialistas é de que a Bacia de Campos continue a gerar muita receita, pelos próximos 30 anos...

Foto fundo: Jacira Campos

Sônia Vasconcelos

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Navio-sonda Petrobras II Arquivo Petrobras

Construção da Base da Petrobras, em Macaé

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Arquivo Petrobras

Montagem da plataforma fixa de Garoupa na Bacia de Campos - 1981

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curso da história poderia ter sido bem outro, não fosse a determinação do geólogo Carlos Walter Marinho Campos. Em 74, quando era chefe da Divisão de Exploração da Petrobras, insistiu para que o navio-sonda Petrobras II, depois de se deparar com sete poços secos, continuasse na Bacia de Campos. Na perfuração do poço 1-RJS-9A, veio à tona o que seria batizado de campo de Garoupa, com uma coluna de óleo de mais de 100 metros de espessura e reservas em torno de 100 milhões de barris. “Meu pai costumava dizer que a gente tem de trabalhar com o método de múltiplas hipóteses. Naquela época, não havia sistemas precisos. Ficar fechado numa idéia fixa era mortal para um exploracionista”, revela o engenheiro Marcelo Godoy Campos, filho de Carlos Walter, já falecido. Carlos Walter se dizia um privilegiado por trabalhar na Petrobras e defendia a excelência nos projetos exploratórios brasileiros. “Ele tornou regra a especialização de todo o quadro de geólogos, que integravam sua equipe. Pelo menos, um curso em nível de mestrado, no exterior, já que se tratava de um trabalho de pesquisa”, conta Marcelo que, na época da

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descoberta de Garoupa, tinha 15 anos. E, não raro, era convocado pelo pai, no meio da noite, a ajudá-lo em questões matemáticas. Nenhum problema, para quem, como Carlos Walter, era movido a desafios. Na verdade, a missão dos pioneiros tinha dois alvos prementes: encontrar óleo na Plataforma Continental e dar ao Brasil uma alternativa, já que era dispendioso para o país manter os níveis de crescimento e comprar petróleo caro lá fora. Em 73, a ordem do dia era o segundo choque do petróleo. Precisávamos sair da marca dos 250 mil barris/dia. A busca por novos horizontes gerou um investimento maciço na Bacia de Campos, o que motivou a companhia a montar uma Base de Operações, em Macaé, com seu porto histórico, da época do império. Foi em 78 que o engenheiro José Walmir Moreira Dias - um apaixonado pela Petrobras - veio para a Bacia de Campos. No mar, seu trabalho era avaliar e completar poços. Passava os dados coletados nos campos para os colegas de terra, no Rio ou em Vitória. Com as limitações do momento, era tudo na base do - câmbio! “Eu fazia a leitura de uma carta de avaliação, via rádio, passava a minha interpretação e, na outra ponta, eles validavam ou não. Tínhamos um isolamento quase que


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total do resto do mundo. Era comum a gente falar uma coisa e o colega entender outra. Algumas operações tiveram até de ser repetidas por conta desses ruídos de comunicação”, lembra José Walmir, atual gerente do Ativo da Produção Norte. Petrobras

José Walmir, gerente do Ativo da Produção Norte

Se a tecnologia não oferecia facilidades, a mão-de-obra especializada também era difícil. Tanto que, no final da década de 70, a Petrobras começou a fazer convênios com instituições, como o Cefet, para fomentar a adequação de profissionais às necessidades das operações. Quem relembra é o geólogo Giuseppe Bacoccoli, que é pesquisador da Coppe/UFRJ. “O jeito era chamar pessoal estrangeiro, porque aqui não tinha técnicos em manuseio de âncoras de submersíveis, por exemplo. A turma aprendia, executando o serviço. Na área de exploração, os cursos eram levados muito a sério. Havia uma ficha de avaliação e ninguém queria ficar mal”, diz Bacoccoli. A pressão se justificava, porque nela se concentravam todos os esforços. E as novas descobertas saltavam no mar da BC - Namorado, Anchova, Pampo, Badejo, Linguado, Bicudo e Corvina... Haja explotação!

QUEM NÃO TEM CONDIÇÕES IDEAIS, MANDA FAZER

A aventura exploratória na BC revelou a criatividade e a disposição em encontrar soluções da engenharia nacional. Pelos idos de 77, a produção de petróleo na36

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cional experimentava um franco declínio; desceu de 250 mil barris/dia para 160 mil. E, como se não bastasse, a entrega de três plataformas fixas, encomendadas na França e na Inglaterra, estava dois anos atrasada. A solução precisava ser rápida, no ato e no efeito! Entram em cena os engenheiros Salim Armando (na época, chefe da Divisão de Óleo) e Zephyrino Lavenère Machado Filho e o seu Sistema de Produção Antecipada. “Trouxemos a sonda Sedco 135D (FS 6), que estava no Mar do Norte. Enquanto ela chegava à Bacia de Campos ia sendo adaptada para o processamento do óleo. Não podíamos perder tempo. O sistema flutuante chegou em junho. Em julho, já estava em cima do poço. Num tempo record começamos a produzir”, orgulha-se Salim que, até nos imprevistos, contava com o parceiro Zephyrino. “Durante os testes do equipamento, houve o colapso de uma bóia de controle de nível do separador gás-óleo - uma esfera de aço para resistir à pressão de 300 psi. Não teve jeito, para substituí-la, torneamos um bloco de madeira, o que garantiu a entrada em produção e a sua continuidade pelos meses seguintes”, revela Zhephyrino, que dedicou 47 anos de trabalho à Petrobras e, ainda na ativa, fiscaliza Embarcações de Lançamento de Linhas Submarinas. Salim Armando costuma dizer que a primeira gota de óleo da Bacia de Campos caiu nas mãos dele. Exagero? Não para quem cuidou de todos os detalhes para que nada se atravessasse na escalada da operação. Nem mesmo o rebocador que cruzou o mar entre a semi-submersível Sedco e o navio-tanque, usado para estocagem do óleo, arrebentando a mangueira de coleta. “A saída foi fretar dois aviões-cargueiros e trazer a segunda mangueira do Japão”, conta o capitão do sistema de produção que chegou a bater 20 recordes mundiais de produção e, hoje, coordena as análises de campos, na ANP. Chamamos a atenção do mundo! Quem não levou fé na inventividade brasileira, acabou se curvando. “Os americanos, por exemplo, acostumados a maremotos, não acreditaram de início. Diziam que tudo voaria, que seria uma tragédia. Tempos depois copiaram”,


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conta Giuseppe Bacoccoli. Esta foi a primeira grande sacada, porque era capaz de antecipar a produção e, ao mesmo tempo, fornecer dados detalhados sobre o reservatório. As informações permitiam que os EPSs fossem reutilizados em outra área. E ainda traziam a vantagem do uso de risers flexíveis, permitindo a acomodação das unidades flutuantes e a facilidade de sua instalação. Cada poço tem a sua peculiaridade. Alguns são associados às rochas porosas com arenito, que segregam areia. Havia necessidade de conter essa areia. Em 78, isso não era comum, num poço operado por flutuantes. As ferramentas, acessórios e equipamentos existentes eram indicados para poços em terra. As primeiras tentativas de trazê-los para o fundo do mar resultaram numa pescaria - jargão usado para informar que o material teve de ser deixado no fundo do mar. Do equívoco veio a luz; e as empresas fornecedoras da Petrobras

UM MAR DE CIDADES PRODUTIVAS

fizeram as devidas adaptações em seus produtos, ou alterações na forma de operá-los. Tudo na nossa jovem indústria do petróleo caminhava muito rápido. Veio logo um novo sistema, o projeto de completação submarina com árvores de natal secas ou encapsuladas. “Chegamos a ter nove poços completados com a célula envoltória em cima da cabeça do poço. Os técnicos desciam através de cápsulas especiais, com suprimento de ar mandado e pressão atmosférica, para fazer a manutenção nas válvulas, a 180 metros de profundidade. Era um time especializadíssimo. As cápsulas estavam associadas a um grupo de coletores submarinos e de lá para o navio P Moraes (atual P-34), constituindo o trabalho de produção dos campos de Garoupa e Namorado que tinham poços vinculados ao sistema”, conta José Walmir.

Ele e seus colegas acompanharam a primeira geração de plataformas (Garoupa, Namorado, Cherne, Enchova). Os projetos eram comprados no exterior, com base no conhecimento que se tinha do Mar do Norte. Mas, as jaquetas de fixação e as plantas, onde eram instaladas as unidades, em sua maioria foram construídas no Brasil. “Nesse momento o país (Paraná, Bahia, Rio) virou um grande parque fabril. Eram sete plataformas sendo construídas de uma só vez. Ninguém no mundo tinha uma demanda daquele porte. E elas entram em operação quase que simultaneamente: as duas Namorado, as duas Cherne, Garoupa, Pampa e Enchova”, conta José Walmir.

Arquivo Petrobras

Em meados da década de 80, mais uma leva de plataformas pontuavam a Bacia de Campos. Só que o sistema de produção anterior saía de cena, depois de um incidente: a torre se soltou das amarras, levando com ela o navio à deriva. Entram em operação as primeiras plataformas fixas. Fomos aumentando o portfólio de unidades em operação e avançando mar adentro. À medida que as explorações desciam para águas mais profundas, o sistema de jaquetas era inviabilizado. A idéia então era investir fortemente nos flutuantes, por conta da facilidade de a unidade operar num local e ser transferida para outro campo, ganhando tempo de execução do serviço e portabilidade. A dúvida a essa altura era: como ancorar essas unidades? Numa indústria marcada pelo pioneirismo, foram desenvolvidos sistemas especiais de ancoragem. Nas embarcações de apoio, surge um novo marco: o posicionamento dinâmico.

Montagem da jaqueta da plataforma fixa de Garoupa - 1980 38

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O sistema de ancoragem ideal consiste no funcionamento de vá-


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Luiz Bispo

- a robustez dos projetos e a ousadia de colocar 100 mil barris num navio e processar no mesmo barco trouxe o respeito do mundo e visibilidade à Petrobras. A conseqüência foi o primeiro prêmio da OTC Award, nos EUA, em 1992, resultado do grande montante de sistemas em produção e do salto de sair da lâminas d’água de 300 para 2.000 metros. Numa indústria marcada pelo pioneirismo, coube à companhia, junto com parceiros, induzir o mercado a se ajustar ao modelo de gestão pela qualidade. É dessa época, por exemplo, a criação de normas técnicas, para avaliar a capacitação de soldadores, por exemplo, arregimentadas por órgãos legisladores. Também foram formados os primeiros Centros de Qualificação para a área tecnológica. A partir daí, a mão-de-obra se especializa e encontra uma tecnologia sofisticada, que garante ao trabalho de exploração da Petrobras um alto índice de acerto. Para cada três poços exploratórios, a gente acerta um.

O aumento da produção é um desafio constante, na Bacia de Campos

rios motores de propulsão combinados entre si, fazendo com que a unidade estacione num determinado ponto, como um beija-flor marinho. Trabalhando em posições opostas, os motores mantêm a unidade estacionada. Outro projeto que agregou visibilidade para a indústria do petróleo foi o Pólo Nordeste, totalmente brasileiro, nascido no Cempes - Centro de Pesquisas da Petrobras. Das plantas de processo às jaquetas, tudo era nacional. De novo, tinha gente montando em Paranaguá, no Rio, no país todo, em 84, quando foi gerado. A novidade, que entrou em operação no dezembro de 1988, ainda emociona o experiente José Walmir. “Pela primeira vez uma plataforma entrava em funcionamento já pronta para bombear. No Pólo Nordeste e em Garoupa, nós furamos os poços, a partir de guias direcionais no fundo do mar, enquanto construíamos as instalações. Depois de furados, os poços eram tamponados, quando chegavam as jaquetas e a plataforma interligávamos os poços à superfície. Foi o melhor Natal”!

RESPEITO É BOM E FEZ DE NÓS UMA POTÊNCIA

A profusão de campos explorados, a diversidade de sistemas - convencional de plataforma fixa ou flutuante 40

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Fonte esgotável de energia, o petróleo na Bacia de Campos tem vida longa. Tanto que mesmo passados 30 anos, o grande mote hoje é agregar mais produção, aumentar os fatores de recuperação de poços dos campos maduros. “Nos últimos dois anos e meio, aumentamos em torno de 4,5% o fator de recuperação dos campos. Saímos da ordem dos 29,5% que era a nossa média, para sinalizar uma média de 30 a 35% de recuperação dos poços. A relação custo/receita, a partir do momento que aumenta o preço do barril, nós também recuperamos mais volume. Aumentamos nesses últimos três anos, o equivalente a um campo gigante. É como se tivéssemos achado um novo Marlim”, compara José Walmir. À grandeza da BC soma-se o desenvolvimento tecnológico. Nos últimos 10 anos, a automação foi a estrela maior que norteou o mar de oportunidades na Bacia de Campos. “De dentro da Base da Imbetiba, em Macaé, podemos resolver problemas que possam trazer algum descontrole ou prejuízo ao negócio. Em tempo real, um grupo de especialistas vai assessorar o time de bordo, através de um espelho da plataforma. É como se estivéssemos na sala de controle da plataforma”, conta José Walmir. Com sua curva de produção ascendente, a Bacia de Campos só corre um risco: à semelhança do carvão, o aparecimento de outra matriz energética, mais econômica do que o petróleo. Mas isso, nem de longe contamina o ânimo e a dedicação dos petroleiros de ontem e de hoje. “Éramos motivados por um grau de idealismo muito grande e juntava-se a isso o desafio de construir algo novo. A turma hoje já chega com um nível de conhecimento alto, mas a emoção de constatar o primeiro óleo do poço é a mesma do passado”. A afirmação do engenheiro José Walmir reflete o sentimento de toda uma geração de profissionais que, como ele, chegaram à BC quando nela só havia um poço produzindo - Enchova 1 - e vibravam a cada nova plataforma que entrava em operação. “É muito bom”!


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OS NÚMEROS DA BACIA DE CAMPOS

ÁREA: 100 mil Km²

MONOBÓIAS: 2

ÁRVORES DE NATAL MOLHADAS: 621

PLATAFORMAS FIXAS: 15

BENS ADQUIRIDOS: R$ 376.035.000,00 (em Macaé) e R$ 1.226.298.000,00 (em outros municípios) / 2006

PLATAFORMAS FLUTUANTES: 13

CAMPOS EXCLUSIVOS DA PETROBRAS: 45

PRODUÇÃO: 1,5 milhão de barris de óleo/dia e 22 milhões de m³/dia de gás natural

CAMPOS EM PRODUÇÃO: 45 (operados pela Petrobras), 3 (operados pela Petrobras em parceria com terceiros) e 7 (operados por terceiros) FPSO: 14 FSO: 1 FUNCIONÁRIOS: 52 mil (10 mil concursados e 42 mil contratados) LIMITES: Vitória, ES (ao norte) e Arraial do Cabo, RJ (ao sul) LINHAS E UMBILICAIS SUBMARINOS: 5.714 km MANIFOLDS: 66

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POÇOS PERFURADOS: 2.350

PROJETOS SOCIOCOMUNITÁRIOS: R$ 7,5 milhões (2006) RESERVAS: 11,18 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE) até dezembro/2006 ROYALTIES PAGOS AOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, PELA ANP, EM 2006: R$1.821.494,11 SERVIÇOS CONTRATADOS: R$ 3.915.519.000,00 (em Macaé) e R$ 4.652.745.000,00 (outros municípios) / 2006 SONDAS DE PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO: 27 TRANSPORTE PARA PLATAFORMAS: Aeronaves: 49 (sendo uma ambulância)


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Fixed platform of Garoupa 1, in Campos Basin

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Fot Fundo: Arquivo Petrobras

CAMPOS BASIN

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years of competence and creativity

Nature has been generous with the Campos Basin, that’s right. But, in order to be responsible for nearly 85% of the petroleum national production, the Campos Basin has relied particularly on the guts, determination and capacity of generating solutions of the pioneer professionals, who have first explored anindustry that was totally new forthe Brazilian market. The idealism of the precursors, added to the massive investment in technology and workforce expertise, have formed the supporting tripod for the success of the super basin. This source of black gold has definitely contributed to the self-sufficiency of the country. Thirty years after the beginning of the production in its waters, the expectations of the experts is that the Campos Basin will continue to generate a Sônia Vasconcelos great income, for the next 30 years to come... The construction of the Harbor, at Petrobras Base, in Macaé

Jacira Campos

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T

he course of history could be qui te different, was it not for the de termination of the geologist Car los Walter Marinho Campos. In 74, when he was the chief of the Exploration Sector of Petrobras, he insisted on keeping the pump-ship Petrobras II, after facing seven dry wells, in the Campos Basin. Upon drilling the well 1-RJS-9A, it was found what would be called Garoupa field, with an oil column of over 100 meters of thickness and reserves of about 100 million barrels. “My father used to say that we have to work with the method of multiple cases. At that time, there were no accurate systems. Being stuck to a fixed idea was mortal for any explorer”, reveals the engineer Marcelo Godoy Campos, the son of Carlos Walter, already deceased. Carlos Walter considered himself privileged for working at Petrobras, and defended the excellence in the Brazilian exploration projects. “He transformed into a rule the expertise development of all staff of geologists integrating his team. At least a Master’s degree level course abroad, since it was a research work”, says Marcelo, who, at the time of the Discovery of Garoupa, was 15 years old. And it was not

rare to be called by his father, in the middle of the night, to help him in math problems. No problems for someone who, just like Carlos Walter, was moved by challenges. Actually, the mission of the pioneers had two main targets: finding oil in the Continental Platform and provide Brazil with an alternative, since it was expensive for the country to keep up the growth levels and buying constly petroleum abroad. In 73, the agenda was secong chock of petroleum. We needed to leave the landmark of 250,000 barrels/day. The search for new horizons generated a massive investment in the Campos Basin, which caused the company to settle an Operation Base in Macaé, with its historic port of the time of the empire. It was in 78 that the engineer José Walmir Moreira Dias - a Petrobras passionate - came to the Campos Basin. At the sea, his work was to assess and fill up the wells. He passed the data collected in the fields to his colleagues in land, in Rio or Vitória. With the limitations of the moment, everything was made on the base of - over! “I made the reading of an assessment letter, through the radio, passed along my interpretation and, on the other end, they validated

Arquivo Petrobras

Fixed platform of Garoupa 1, in Campos Basin and the construction of the Harbor, at Petrobras Base, in Macaé 46

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barrels/day to 160,000. And as if this was not enough, the delivery of three fixed platforms, ordered in France and England, had a two-year delay. The solutions needed to be fast, both in the action and in the effect! Then the engineers Salim Armando (at the time the chief of the Oil Sector) and Zephyrino Lavenère Machado Filho and his Anticipated Production System come into the stage.

José Walmir, manager of North Production Asset

it or not. We had a nearly complete isolation from the rest of the world. It was common for us to speak something and the collegue getting another thing. Some operations had even to be repeated on the account of such communication obstacles”, remembers José Walmir, current manager of the North Production Asset. While the technology did not offer any facility, the specialized workforce was difficult as well. It was such that, at the end of the 70’s, Petrobras started to execute conventions with institutions, such as Cefet, to foster the fitting of professionals to the needs of the operations. The geologist Giuseppe Bacoccoli, a researcher from Coppe/UFRJ remembers that. “The solution was to call foreign personnel, because here there were no technicians to handle submersible anchors, for example. The staff learned by performing the service. In the exploration area, the courses were taken very seriously. There was an assessment card and no one wanted to fail”, says Bacoccoli. The pressure was justified, because it concentrated all the efforts. And the new discoveries hopped from the sea of the Campos Basin - Namorado, Bluefish (“Anchova”), Pampo, Comb Grouper (“Badejo”), Sole Fish (“Linguado”), and Corvina... What an exploitation!

WHEN YOU DON’T HAVE IDEAL CONDITIONS, YOU ORDER THEM

The exploratory adventure at the Campos Basin revealed the creativity and the willingness to find national engineering solutions. In 77, the national petroleum production was going through a clear decay; it dropped from 250,000 48

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“We brough the pump Sedco 135D (FS 6), which was in the North Sea. While it arrived at the Campos Basin, it was being adapted to the oil processing. We could not waste time. The floating system arrived in June. In July, it was already on the well. In a record time, we started to produce”, boasts Salim, who, even in the unforeseenable situations, relied on his partner Zephyrino. “During the equipment tests, a level control buoy of the gas-oil separator - a steel sphere made to stand the pressure of 300 psi - collapsed. There was no other way, in order to replace it, we molded a wood block, which guaranteed the start up of the production and its continuation for the following months”, reveals Zhephyrino, who dedicated 47 years of work to Petrobras and, still working there, inspects Vessels for Launching of Submarine Lines. Salim Armando usually says that the frist drop of oil of the Campos Basin fell on his hands. Too much? Not for the person who took care of all the details so that nothing would nothing would be on the way of the operation process. Not even the tug that crossed the sea between the semi-submersible Sedco and the tank-ship, used to store the oil, breaking the collecting hose. “The alternative was to freight two cargo-planes and bring the second hose from Japan”, tells the captain of the production system, who managed to break 20 world production records and currently coordinates the field assessments, at ANP. We caught the attention of the world! The ones who did not believe in the Brazilian creativity ended up admitting it. “The Americans, for example, accostumed to sea quakes, did not believe at first. They say that everything would fly through the air, that it would be a tragedy. Some time later, they copied us”, tells Giuseppe Bacoccoli. This was the first great insight, because it was able to anticipate the production, and


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completed wells with the wrapping cell on the head of the well. The technicians went down through special capsules, with ordered air supply and atmospheric pressure, to perform the maintenance of the valves, at 180 meters of depth. It was a highly specialized team. The capsules were associated to a grupo of submarine collectors, and from there to the P Moraes ship (currently P-34), constituting the production work of the Garoupa and Namorado fields, which had wells connected to the system”, says José Walmir.

A SEA OF PRODUCTIVE CITIES

He and his colleagues followed the first generation of platforms (Garoupa, Namorado, Cherne, Enchova). The projects were bought abroad, based on the knowledge they had on the North Sea. But the fixation jackets and the plants, where the units were installed, were mostly constructed in Brazil. “In this moment, the country (Paraná, Bahia, Rio) became a big manufacturing center. Seven platforms were being constructed at once. No one in the world had a demand that big. And they started to operate almost simultaneously: the two Namorado, the two Cherne, Garoupa, Pampa and Enchova”, tells José Walmir.

The conquest of Campos Basin is the result of the relentlessness and stamina of offshore workers

at the same time, provide detailed data on the reservoir. The information allowed the EPSs to be reused in other areas. And also had the advantage of the use of flexible riders, permitting the accomodation of the floating units and the facility of installation. Each well has its uniqueness. Some are associated to porous rocks with sandstone, which segregate sand. It was necessary to hold this sand. In 78, this was not common in a well operated by floating devices. The existing tools, accessories and equipment were indica50

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ted for wells in land. The first attempts to bring them to the bottom of the sea resulted in a fishery - a jargon used to inform that the material had to be left at the bottom of the sea. From the mistake there was light; and the suppliers of Petrobras made the due adjustments in their products, or alterations, so as to operate them. Everything in our new petroleum industry was walking very fast. Soon a new system came, the project of submarine completion with dry or encapsulated Christmas trees. “We got to have nine

In the middle of the 80’s, one more series of platforms appeared in the Campos Basin. But the previous production system left the scene, after an incident: the tower let loose from the cords, and took with it the ship adrift. The first fixed platforms started to operate. We were increasing the portfolio of operating units and going straight ahead. As the explorations went down to deeper waters, the jacket system became unfeasible. The idea was then the strongly invest in the floating ones, on the account of the facility of having the unit operating at a site and being transferred to another field, gaining time for the performance of the service and portability. The question at this point was: how would we anchor therse units? In an industry marked by the pionerism, special anchorage systems had been developed. On the supporting vessels, a new landmark appears: the dynamic positioning.


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The ideal anchorage system consists of the working of various propulsion motors matched with each other, making the unit to park in a certain point, just like a sea hummingbird. Working in opposite positions, the motors keep the unit still. Another project that aggregated visibility to the petroleum industry was the Northeast Center, totally Brazilian, born at Cempes - Centro de Pesquisas of Petrobras. From the process plants to the jackets, everything was national. Again, there were people assemblying in Paranaguá, in Rio, throughout the country, in 84, when it was generated. The novelty, which came into operation on December 1988, still touches the experienced José Walmir. “For the first time, a platform was working ready to pump already. In the Northeast Center and in Garoupa, we drilled the wells out of direction guidelines at the bottom of the sea, while constructing the installations. After drilled, the wells were capped, when the jackets and the platform arrived we interconnected the wells to the surface. It was the best Christmas ever!”

RESPECT IS GOOD AND MAKES US A POTENCY

The bid amount of explored fields, the diversity of systems - conventional of fixe dor floating platform - the size of the projects and the boldness of putting 100,000 barrels on a ship and processing on the same boat brought the world’s respect and visibility to Petrobras. The consequence was the first place of OTC Award, in the USA, in 1992, resulting from the grat amount of production systems and from the leap of going from water portions of 300 to 2,000 meters.

Petrobras heavily invests in labor qualification

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In an industry marked by the pionerism, the company was responsible, together with partners, to lead the market to fit the management model by quality. At this time, for example, the technical rules were created to assess the capacity of the welders, for example, issed by the lawmaker entities. Also, the first Qualification Centers were formed for the technological area. From then on, the workforce becomes specialized and finds a sophisticated technology, which assures the exploration work of Petrobras with a high rate of success. For each three exploratory wells, we get one right. Exhaustable source of energy, the petroleum at the Campos Basin is long-wearing. The proof of that is that, even after 30 years, the great tendency today is to aggregate more production, increasing the recovery factors of wells in the ready fields. “In the last two years and a half, we have increased in around 4.5% the recovery factors of the fields. We came from our average of 29.5% to an average of 30 to 35% of recovery of fields. The cost / income proportion, as of the moment that the price of the barrel raises, we also recover more volume. In these last three years, we have increased the equivalent to a giant field. It is as though we had found a new Marlim”, compares José Walmir. To the greatness of the Campos Basin we add up the technological development. In the last 10 years, the automation has been the greatest star that led the sea of opportunities at the Campos Basin. “Within the Imbetiba Basin, in Macaé, we can solve problems that may bring some lack of control or damage to the business. In real time, a group of experts will monitor the team onboard, through a mirror of the platform. It is as if we were in the control room of the platform”, says José Walmir. With its growing production curve, the Campos Basin has only une risk: just like the coal, the appearance of other energetic matrix, more economic than petroleum. But this is far from contaminating the excitement and dedication of the petroleum men of yesterday and today. “We were motivated by a very high level of idealism, together with the challenge of building something new. The people today already have a high level of knowdge, but the thrill of finding the first oil in the well is the same as in the past”. The assertion of engineer José Walmir reflects the feelings of an entire generation of professionals who, just like him, got to the Campos Basin when it had only one well producing - Enchova 1 - and celebrated each time a new platform got into operation. “It is very good!”


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THE FIGURES OF CAMPOS BASIN

AREA: 100 thousand Km²

MONOBUOYS: 2

WET CHRISTMAS TREES: 621

FIXED PLATFORMS: 15

ASSETS ACQUIRED: R$ 376,035,000.00 (in Macaé) and R$ 1,226,298,000.00 (in other cities) / 2006

FLOATING PLATFORMS: 13

FIELDS EXCLUSIVELY OWNED BY PETROBRAS: 45

PRODUCTION: 1,5 million barrels of oil/day and 22 million m³/day of natural gas

PRODUCING FIELDS: 45 (operated by Petrobras), 3 (operated by Petrobras in partnership with third parties) and 7 (operated by third parties) FPSO: 14 FSO: 1 EMPLOYEES: 52 thousand (10 thousand employees hired under a public examination system and 42 thousand employees hired on a contracting system) LIMITS: Vitória, ES (to the north) and Arraial do Cabo, RJ (to the south) SUBSEA LINES AND UMBILICALS: 5.714 km MANIFOLDS: 66

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WELLS DRILLED: 2.350

SOCIAL AND COMMUNITY PROJECTS: R$ 7,5 million (2006) RESERVES: 11,18 billion barrels of oil equivalent (BOE) until December/2006 ROYALTIES PAID TO THE CITIES OF RIO DE JANEIRO STATE, BY ANP, IN 2006: R$ 1,821,494.11 SERVICES CONTRACTED: R$ 3,915,519,000.00 (in Macaé) and R$ 4,652,745,000.00 (other cities) / 2006 DRILLING AND COMPLETION RIGS: 27 TRANSPORT TO PLATFORMS: Aircrafts: 49 (including one ambulance)


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Aumento na Produção de Óleo

UM FUTURO DE CERTEZAS Manter a auto-suficiência em petróleo, ampliar a produção de gás, aumentar os investimentos de exploração e produção para US$ 8,5 bilhões, até 2011, recuperar os campos maduros e implantar novas tecnologias que possibilitem a execução das metas previstas. Estes são os desafios da Bacia de Campos para os próximos anos Sônia Vasconcelos

S

ão 1,5 milhão de barris/dia de petróleo e 22 milhões de m³ de gás/dia, produzidos pelo maior território petrolífero do país. Números que só tendem a aumentar, graças à tecnologia que avança em profundidade, sinalizando o que não se enxergava há 30 anos. Hoje, são boas as perspectivas de novas descobertas na Bacia de Campos. E inúmeros os projetos, em estudo ou andamento, para a manutenção sustentável da produção superior à

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demanda do país. Além do desenvolvimento do campo de Albacora Leste (P-50), com capacidade de produção de 180 mil barris/ dia, há também o desenvolvimento dos campos: Barracuda e Caratinga (P-43 e P-48), com 360 mil barris/dia; Marlim Sul (P-51) e Marlim Leste (P-53), ambas com capacidade de cerca de 150 mil barris/dia, que deverão iniciar produção em 2008; Jubarte (P-34), com 60 mil barris/dia. O campo mais jovem, o Papa-Terra, descoberto em 2005, é um dos maiores em

termos de volume recuperável e tem início de produção previsto para 2011. Os campos considerados maduros, responsáveis pela maior parte da produção da Bacia de Campos, estão sendo revitalizados pela Petrobras. Com os campos antigos otimizados e os mais jovens produzindo em condições adequadas, além das expectativas de novas descobertas, a Petrobras pode afirmar que a auto-suficiência do petróleo no país está garantida. Para atingir as metas programadas, a estatal destina


recursos aos campos antigos, da ordem de US$ 1,2 bilhão, desde ano passado.

Sistemas efetivos de recuperação fazem emergir o aumento da produção

O desafio agora é fazer com que a produção dos campos maduros passe de 850 mil barris/dia (46% da produção nacional de 1,8 milhão de barris) para 1 milhão de barris/dia em 2010, quando a produção total da Petrobras atingirá os 2,3 milhões de barris, acima do consumo estimado pela estatal. O programa Recage - Revitalização de Campos com Alto Grau de Explotação, direcionado a aumentar a sobrevida dos campos antigos - e a experiência acumulada pela companhia com esse tipo de trabalho no Nordeste, onde a produção atual é de 250 mil barris diários, foram fundamentais para a reversão do declínio de produção dos campos maduros da Bacia de Campos. O foco está nos mais produtivos do país, como Marlim - um dos maiores descoberto há 15 anos, e que produz 450 mil barris/dia de óleo (metade da produção dos campos maduros). A

contribuição de Marlim, que chegou a produzir 600 mil barris diários, é um exemplo do resultado do trabalho de revitalização. Durante o trabalho, se houver uma nova descoberta, ele poderá voltar ao seu pico de produção. E, ainda que isso não ocorra, a produção continuará em torno dos 450 mil barris/dia por longo prazo. Na sua segunda fase de produção está Roncador, um campo com boas perspectivas: capacidade para processar 360 mil barris diários de óleo.

Um arsenal tecnológico para explorar águas ultraprofundas

É a ultra-sonografia do solo marinho a responsável pelas novas descobertas. São os resultados da Sísmica 4D que levam a Petrobras a avançar cada vez mais para águas profundas e a recuperar campos antigos, representando uma melhoria significativa da produção de campos maduros da Bacia de Campos. Além da Sísmica 4D, outras técnicas estão sendo utilizadas com esse objetivo: poços multilaterais, melhoria de injeção de água nos reservatórios, separação de água no fundo do oceano e capta-

ção submarina de água para injeção. O uso de novas tecnologias e a otimização dos custos permitem que o chamado fator de recuperação médio, que hoje se situa em torno de 30%, aumente, de forma que o volume de óleo a ser retirado chegue a 45% de recuperação. No futuro, esse fator poderá chegar a 60%, com a aplicação das tecnologias em desenvolvimento. Entre os maiores desafios da Petrobras está a exploração e produção de campos muitos profundos, entre dois e três mil metros de lâmina d’água. O desenvolvimento tecnológico, que passou pela instalação de sistemas flutuantes e de grandes plataformas fixas, foi respaldado pelo Procap - Programa de Capacitação Tecnológica para Águas Profundas, além de parcerias com universidades, institutos de pesquisa e empresas. Hoje, o Procap 2000 trabalha o campo gigante de Albacora, Roncador e Barracuda, que se situam entre mil e dois mil metros de lâmina d’água. O mais novo, o Procap 3000, representa o atual desafio da compa-

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nhia em sua busca de tecnologias de produção em campos com profundidades entre dois e três mil metros de lâmina d’água. E as perspectivas da Petrobras não param por aí. Até 2010, a Petrobras estima que serão gastos R$ 81 bilhões em exploração e produção. Os projetos envolvem bacias de todo o Brasil. Mas, sem dúvida, a grande maioria deles se destina à Bacia de Campos. O desenvolvimento de Marlim Leste é um bom exemplo. Está prevista a instalação do navio-plataforma FPSO (P-53), com capacidade de produção de 180 mil barris/dia e o início das operações no primeiro trimestre de 2008. Para Marlim Sul, a expectativa é que entre em operação a plataforma semi-submersível P-51, a primeira do tipo construída totalmente no Brasil, com previsão de entrada em operação também no início de 2008. Roncador engrossa a lista, a entrada em operação da P-52 também construída no Brasil, no Módulo 1, que tem capacidade de produção de 180 mil barris/dia. No Módulo 2, é a entrada em operação

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da P-54, com capacidade para 180 mil barris/dia, que movimenta as operações na Bacia de Campos. A meta da companhia é duplicar a produção de petróleo até 2015 e atender a demanda por gás no país. Para isso ela tenta antecipar projetos que demorariam muito para entrar em produção. Aqui no Brasil as plataformas P-56 e P-57 vão consumir elevado conteúdo nacional. A próxima será a P-55. Estas unidades estão contabilizadas em estudo da consultoria britânica Douglas Westwood, que mostra que a Petrobras lidera a demanda no aquecido mercado de compra de plataformas de petróleo. O levantamento, divulgado pela Offshore Technology Conference, identifica que até 2011 serão construídos 120 equipamentos desse tipo. A Petrobras é a primeira na lista de compradores, seguida das gigantes mundiais Total (França), Chevron (EUA), Shell (anglo-holandesa) e BP (Inglaterra). O volume de recursos apontado pela

consultoria é também conservador: US$ 38 bilhões até 2011, sendo que ao Brasil caberiam US$ 9 bilhões, quase a mesma cifra de instalação de equipamentos das mais diversas empresas em todo o território africano, uma das áreas mais promissoras na exploração de petróleo da atualidade. Na tentativa de reduzir os preços das unidades, a Petrobras também está adotando estratégias diferenciadas. Simplificou, por exemplo, o processo de licitação das plataformas P-55 e P-57, que tiveram propostas com preços muito elevados num primeiro momento. Isso porque é mais complicado para um estaleiro construir uma unidade com inovações tecnológicas do que um projeto já existente. Portanto, a estatal adota a estratégia de simplificar ao máximo os projetos e ganhar tempo. Outra alternativa usada para reduzir custos tem sido estudada pela estatal. Trata-se da encomenda de plataformas do tipo Tension Leg (TLPs), que dispensam linhas flexíveis para conectar-se ao poço de petróleo. Elas possuem uma sonda de perfuração acoplada.


Rise in Gas Production

A FUTURE OF CERTAINTIES Keeping self-sufficiency in oil, enlarging production of gas, increasing exploration and production investments to US$ 8,5 billion, until 2011, recover mature fields and implement new technologies to enable reaching the targets outlined. These are challenges of Campos Basin for the next years Sônia Vasconcelos

T

he largest Brazilian oil territory produce 1,5 million barrels/day of oil and 22 million m³ of gas/day. These numbers tend to increase, thanks to the ever-improving technologies, signaling things never seen 30 before. Today, there are good perspectives of new discoveries at Campos Basin. And a number of projects, being studied

or in progress, for the sustainable maintenance of production higher than the Brazilian demand. Besides the development of Albacora Leste field (P-50), with production capacity of 180 thousand barrels/day, the following fields are bring developed: Barracuda and Caratinga (P-43 and P-48), with 360 thousand barrels/ day; Marlim Sul (P-51) and Marlim

Leste (P-53), both with capacity of approximately 150 thousand barrels/ day, which shall start production in 2008; Jubarte (P-34), with 60 thousand barrels/day. The youngest field, Papa-Terra, discovered in 2005, is one of the biggest ones in terms of recoverable volume and will start producing in 2011. Mature fields, responsible for the greatest part of the production of MACAÉ OFFSHORE

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production). The contribution of Marlim, which reached production of 600 thousand barrels a day, is an example of the result of the revitalization work. During the work, if a new discovery is made, it may return to its production peak. And even if that does not occur, production will remain around 450 thousand barrels/day for a long term. Roncador field is in the second production phase and it has good perspectives: capacity to process 360 thousand oil barrels a day.

A technological apparatus To explore ultradeep waters

The ultrasound of marine soil is responsible for the new discoveries. The results of 4D Seismic lead Petrobras to advance even more into deep waters and recover old fields, representing a significant improvement in the production of mature fields at Campos Basin. Besides the 4D Seismic, other techniques are being used with this objective: multilateral wells, improvement of water injection into the reservoirs, subsea water separation and subsea water impounding for injection.

E&P actvities require research of materials and equipment able to assure workers’ safety

Campos Basin, are being revitalized by Petrobras. With the optimization of old fields and newer ones producing under proper conditions, beyond the expectations of new discoveries, Petrobras may state that self-sufficiency of oil in the country is guaranteed. In order to reach the targets outlined, the government-owned company has been allocating resources to old fields, which account for US$ 1,2 billion, since last year.

Effective recovery systems Foster production increase

The challenge is to make production of mature fields to grow from 850 thousand barrels/day (46% of national production to 1,8 million barrels) to 1 60

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million barrels/day in 2010, when the total production of Petrobras will reach 2,3 million barrels, above the consumption estimated by the government-owned company. The program Recage - Revitalization of Fields with High Level of Exploration, intended to increase the life of old fields - and the experience earned by the company with this type of work in the Northeast, where the current production is 250 thousand barrels a day, have been critical for the reversal of the decrease in the production of mature fields at Campos Basin. The most productive fields are on the spotlight, such as Marlim - one of the largest ones - discovered 15 years ago, which produces 450 thousand barrels/day of oil (half of mature fields

The use of new technologies and the optimization of costs allow the so-called average recovery factor, which is currently around 30%, increases, such that the volume of oil to be removed may reach 45% of recovery. In the future, this factor may reach 60%, with the application of the technologies being developed. Among the greatest challenges of Petrobras we can mention the exploration and production of very deep fields, with two and three meters of water depth. Technological development, which comprised the installation of floating systems and large fixed platforms, has been supported by Procap - Deep Water Technological Qualification, besides partnerships with universities, research institutes and companies. Today, Procap 2000 works on the giant field of Albacora, Roncador and Barracuda, which are located at one thousand and tow thousand meters of water depth. The newest one, Procap 3000, represents the current challenge of the company in the search for production technologies in two and three thousand


meter water depth fields. And Petrobras perspectives are not only these. Until 2010, Petrobras estimates expenditures of R$ 81 billion in exploration and production. The projects comprise basins from all over the world. However, most of them will be focused on Campos Basin. The development of Marlim Leste is a good example. The FPSO (P-53), with production capacity of 180 thousand barrels/day must be installed, which must start operations in the first quarter of 2008. For Marlim Sul, the semi-submersible rig P-51, the first one to be fully built in Brazil, is expected to start operations also in the beginning of 2008. Roncador is also part of the list, where P-52, located in such field and also constructed in Brazil, will start operations, in Module 1, which has production capacity of 180 thousand barrels/day. In Module 2, P-54 startup will take place, with capacity for 180 thousand barrels/ day, which handles the operations of Campos Basin.

The goal of the company is to two-fold oil production until 2015 and meet the gas demand in Brazil. For that, it tries to anticipate projects that would take long to start producing. Here in Brazil, the rigs P-56 and P-57 will consume a high level of national content. The next one will be P-55. Such units are accounted in a study of the British consulting company Douglas Westwood, which shows that Petrobras leads the demand in the dynamic market of oilrig purchases. The survey, disclosed by Offshore Technology Conference, states that up to 2011, 120 equipment of this type will be constructed. Petrobras is the first one in the list of purchasers, followed by the world giants Total (France), Chevron (USA), Shell (English and Dutch) and BP (England). The volume of resources pointed out by the consulting is also conservative: US$ 38 billions up to 2011, considering that in Brazil, US$ 9 billion would be assigned, almost the

same number for the installation of equipment from several companies from the whole African territory, one of the most promising areas in the exploration of oil nowadays. In an attempt to reduce units’ prices, Petrobras is also adopting different strategies. It has simplified, for instance, the bidding process of rigs P-55 and P-57, which had very high price proposals in the beginning. This is because it is more complicated for a shipyard to build a new unit with technological innovations than an existing project. Therefore, the government-owned company adopts the strategy to simplify the most the projects and save time. Another alternative used to reduce costs has been studied by the government-owned company. It is the order placed for the purchase of Tension Leg rigs (TLPs), which do not require flexible lines to connect to the oil well. They have a drilling rig connected.

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Cenpes, a vanguarda do petróleo Para produzir óleos pesados na Bacia de Campos, as equipes do Centro de Pesquisas da Petrobras, lideradas pelo engenheiro Carlos Tadeu da Costa Fraga, saem na frente com tecnologia inédita no mundo. E fazem dos campos de Jubarte e Marlim verdadeiros laboratórios para as inovações Adriana Enne (reportagem) e Sônia Vasconcelos (edição)

admissão, que pode ou não ter um separador de gás, um motor elétrico e seu respectivo protetor, todos imersos nos fluidos produzidos por um poço de petróleo. Ele integra um sistema de BCSS (Bombeio Centrífugo Submerso Submarino), que além de possuir um conjunto de BCS instalado no fundo do poço, envolve também uma árvore de natal submarina específica, umbilicais para transmitir energia, comandos hidráulicos e linhas de injeção de fluidos especiais nas linhas de produção.

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Sistema de Bombeamento Multifásico Submarino

um cenário de águas profundas e ultraprofundas, os reservatórios de Jubarte e Marlim começarão a experimentar duas novas tecnologias desenvolvidas pioneiramente pela Petrobras: o BCSS (Bombeamento Centrífugo Submerso em poços Submarinos), no poço Jubarte-06 e o SBMS-500 (Sistema de Bombeamento Multifásico Submarino), cujo protótipo será instalado no poço Marlim-10. “O SBMS 500, que tem previsão de instalação em setembro, foi desenvolvido para uma vazão da ordem de 500 m³ por hora e diferencial de pressão de 60 bar. Já o BCSS com uma potência de 1.200 HP - a maior já instalada em poços submarinos no mundo - já está operando no poço Jubarte-6. Os dois casos são soluções originais”, ressalta Carlos Tadeu, gerente executivo do Cenpes. O Bombeio Centrífugo Submerso (BCSS) de Alta Potência é capaz de aumentar consideravelmente a produção de óleo, de maneira bem mais eficiente do que outros métodos existentes. Essa diferença fica ainda mais relevante para o caso de óleos pesados e viscosos, principalmente em águas profundas, onde a combinação de alta potência e altas vazões de bombeio é fundamental. De acordo com o coordenador do projeto, no Cenpes, Marcos Pellegrini, um conjunto de BCS tradicional é um equipamento composto por uma bomba centrífuga, uma

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“Na Petrobras, estamos nos esforçando para obter um sistema de BCSS que tenha a capacidade de bombear óleos pesados a altas vazões (maiores do que 2.000 m³/dia), com maior presença de gás livre (até 50%), a uma distância de até 30 quilômetros da Unidade de Produção . Para isso, é necessário um motor de alta potência (maior do que 1.000 HP) e um equipamento de alta confiabilidade operacional, pois os custos envolvidos em intervenção de poços satélites submarinos são altos. Vale a pena lembrar que o sistema de BCSS pioneiro instalado no poço RJS-477, que operou de forma bem sucedida nesse poço durante três anos e meio, possuía um motor de 270 HP e uma capacidade de bombeio de 600 m³/dia”, explica Pellegrini. Tamanha capacidade se justifica: em função da presença de água é possível que, ao final de quatro anos, a viscosidade do fluido produzido aumente mais de três vezes, o que exigirá maior potência do motor. Ou seja, no início de sua operação, o motor elétrico do conjunto irá trabalhar com folga de potência. Vale salientar a versatilidade dos sistemas em se adequarem também aos campos maduros, ajudando a prolongar a vida econômica desses campos. E não poderia ser diferente, porque na fase inicial tanto o SBMS quanto o BCSS adicionam energia ao fluxo natural dos poços. Com o passar do tempo, campos sem recuperação secundária tendem a ter a pressão no reservatório reduzida e os sistemas SBMS e BCSS podem ajudar na manutenção da produção. Já os campos onde é feita recuperação secundária, normalmente através de injeção de água, tendem a reduzir sua capacidade de produção quando a água atinge os poços produtores pela combinação de três fatores: aumento do peso do líquido produzido, aumento de sua viscosidade, e redução da razão gás-liquido de produção. Os sistemas SBMS e BCSS, também nesse caso, podem ser usados para manter a produção elevada. Esses sistemas têm nichos de aplicação bem determinados: o SBMS é indicado


para onde haja maior fração de gás, já o BCSS é ideal para baixas frações de gás. Um exemplo de eficácia é o poço Jubarte 6, que produzia 10 mil barris/ dia quando operando por surgência e, com o BCSS, sua produção aumentou para 22 mil barris/dia, como afirmou Carlos Tadeu.

A Bacia de Campos impõe desafios e pioneirismo ao Centro de Pesquisas

O diâmetro do conjunto de BCS se situa em torno de 7 polegadas e seu comprimento passa dos 40 metros. Para obter maior durabilidade de operação, todos os componentes possuem mancais especiais com carbureto de tungstênio e revestimento interno de teflon especial para evitar incrustações. Tanto a bomba como todas as demais partes do conjunto de BCS foram fabricadas na planta industrial da Centrilift, de Claremore, em Oklahoma/EUA. Uma das diferenças entre as espe-

cificidades do BCSS de alta potência instalado em Jubarte, em relação aos tradicionais, é a possibilidade de receber uma injeção de química de antiincrustante a montante da admissão da bomba. Mas as inovações do sistema não param por aí. A Árvore de Natal Molhada Horizontal (ANMH), que foi desenvolvida pela FMC para o poço JUB-6, possui uma treecap manuseada por ROV (Remote Operated Vehicle), isto é, ela pode sofrer intervenções através de um braço robô de um ROV. “A ANMH sempre é recomendada quando utilizamos no poço o BCSS, porque ela facilita o acesso ao interior do poço e a conexão da bomba ao sistema de alimentação elétrica. A partir daí, conseguimos um tempo menor nas intervenções para manutenção e, conseqüentemente, menor custo”, acrescenta o engenheiro Carlos Tadeu. Há novidades também no tubing hanger da ANMH, com o maior diâmetro já utilizado no país (18 polegadas, permitindo uma passagem para injetar fluidos através de um capilar acoplado ao cabo elétrico que alimenta o motor).

O umbilical também foi desenvolvido especialmente para o poço JUB-6. Normalmente, um sistema de BCSS possui cabo elétrico separado dos controles hidráulicos. Nesse protótipo, ambos foram incorporados a um único umbilical, de controle e potência, desenvolvido em parceria com a Pirelli. A nova tecnologia propiciará as funções normais de um umbilical de ANMH (até 15 funções) como também enviará a potência elétrica para acionamento do motor . Por ser integrado, o cabo propiciará a redução do custo de seu lançamento. Esses dois sistemas vêm se juntar ao Sistema de Separação Submarina Gás-Líquido (VASPS), que se encontra em operação há três anos no campo de Marimbá, na Bacia de Campos, como opções atrativas ao método tradicional de Elevação Artificial por Gas Lift, amplamente usado nos campos offshore, de grande confiabilidade mas de menor eficiência para poços com óleos pesados ou muito distantes da Unidade de Produção. Mais três projetos atendem especifi-

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Cenpes

P-57: Projetada para produzir óleos pesados

A P-57 foi especialmente projetada, pelo Cenpes, e possui grande capacidade de armazenamento e processamento de líquido

camente a Bacia de Campos, somando-se aos sistemas SBMS e ao BCSS. O primeiro é o RHAS - Riser Híbrido Auto-Sustentável, usado na P-52. Trata-se de uma nova conexão das linhas submarinas de produção com as plataformas flutuantes. “Este riser vem atender à demanda em águas profundas e ultraprofundas, já que reduz o efeito dos movimentos das plataformas. É como se as linhas ficassem ‘boiando’, isoladas de qualquer tipo de esforço”, esclarece o engenheiro. Com relação à injeção de água, a novidade é o RWI - Raw Water Injection. Ele capta e injeta água nos próprios poços injetores, sem precisar trazê-la para a plataforma. O gerente executivo do Cenpes acredita que em breve será aplicado no campo de Albacora. Já o SSAO - Separação Submarina Água Óleo é o sistema de processamento da água e do óleo a ser instalado no fundo

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do mar. “O objetivo é reduzir a carga de equipamentos nas plataformas, que estão congestionadas, aumentando, portanto, o potencial de produção dos campos”, anuncia Carlos Tadeu. O Cenpes se prepara para abrigar novos laboratórios e ambientes especiais com tecnologia de visualização, entre eles o Centro de Realidade Virtual. É mais ou menos como em The Matrix. Em vez de assistir a um vídeo, os pesquisadores vão fazer parte do ambiente estudado, em 4 D. O término das obras de expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras está previsto para o primeiro semestre de 2008. Mas até lá os esforços para dominar a tecnologia de produzir a três mil metros de lâmina d’água continuam. Alguém duvida que as equipes vão dar mais um salto tecnológico?

A P-57 já é chamada de FPSO BR, e foi especialmente projetada pelo Cenpes, de acordo com as características dos reservatórios brasileiros de óleo pesado. A unidade tem grande capacidade de armazenamento e processamento de líquido, visto que a exploração de óleos viscosos traz associada grande quantidade de água: poderá processar 180 mil barris de óleo por dia e 300 mil bpd de líquido, e terá capacidade para injetar 59 mil m³/dia de água e comprimir até 3 milhões m³/dia de gás. Este será o primeiro FPSO da Petrobras com casco novo, especificamente projetado para esta função, com duplo costado e movimentos reduzidos. Este projeto será pioneiro no mundo no processamento de óleo pesado em lâmina d’água de 1.243 metros, reinjetando toda a água produzida ou tratando-a com hidrociclones nos tanques do casco. E, no caso de descarte no mar, utilizará dois trens de 150 mil bpd com separador de água livre, tratamento e estabilização do óleo direto no tratador eletrostático.


Cenpes

Anúncio Cenpes, the vanguard of oil P-57 has been specially designed by Cenpes, and has a large liquid storage and processing capacity

For production of heavy oil in Campos Basin, the teams of Petrobras Research Center, under the leadership of Engineer Carlos Tadeu da Costa Fraga, are launching an unprecedented brand new technology, and transforming Jubarte and Marlim fields into laboratories for the innovations

Adriana Enne (article) and Sônia Vasconcelos (editing)

Surrounded by a scenery of deep and ultradeep waters, the Jubarte and Marlim reservoirs will be the stage for the experience of two new pioneer technologies developed by Petrobras: the BCSS (Underwater Centrifugal Pumping for Subsea Wells) at Jubarte-06 well and the SBMS-500 (Underwater Multiphase Pumping System), whose prototype will be installed at Marlim-10 well. “The SBMS 500, expected to be installed in September, was designed to have a 500m³ flow per hour and a differential pressure of around 60 bar. The BCSS, on the other hand, with 1,200 HP power – the largest one ever installed in submerged wells worldwide – is already in operation at Jubarte-6 well. The two cases represent original solutions”, highlights Carlos Tadeu, Cenpes Executive Manager.

heavy and viscous oils, especially when in deep waters, where the combination of high power and high pumping flow are fundamental. According to Cenpes Project Coordinator, Marcos Pellegrini, the traditional BCS set is an equipment including a centrifugal pump, an inlet bearing, which may or not be provided with a gas separator and an electric engine and its respective casing, all immersed in the fluids produced by an oil well. It is part of a bigger BCSS system (Submarine Subsea Centrifugal Pumping), which besides having a BCS set installed at the bottom of the well, is also equipped with a specific subsea christmas tree, control umbilicals for energy transmission, hydraulic commands, and injection lines feeding special fluids into the production lines.

The High Power Underwater Centrifugal Pumping (BCSS) is capable of considerably raising the oil production more efficiently than other existing methods. The difference becomes quite more relevant in the case of

“The best efforts are being made at Petrobras so as to obtain a BCSS system capable of pumping heavy oils at high flows (higher than 2,000 m³/day), with a greater share of free gas (up to 50%), at a 30 kilometer distance from MACAÉ OFFSHORE

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scaling. The pump as well as other parts of the complex were manufactured in the Centrilift industrial plant in Claremore, Oklahoma/USA.

Subsea Multiphase Pumping System

the Production Unit. For that, a high power engine (higher than 1,000 HP) and an equipment of high operational reliability will be necessary due to the high costs involved in interventions of subsea satellite wells. It is worthwhile reminding that the pioneer BCSS system installed in well RJS-477, which successfully operated for three and a half years, worked with a 270 HP engine and a pumping capacity of 600 m³/day”, explains Pellegrini. Such capacity is justifiable inasmuch as in the presence of water, it is possible that after four years, viscosity from the fluid produced may rise three times demanding extra power from the engine, which means that, upon the startup stage, the electrical engine will be working halfway to the maximum power. Attention must also be called to the versatility of the systems in also getting adjusted to mature fields and helping prolong their economical life. As a confirmation, in the initial phase of both SBMS and BCSS, they have added energy to the natural flow of the wells. Over time, fields with no secondary recovery have a tendency to present a lower pressure in the reservoirs, and so, the SBMS and BCSS systems can help maintain the

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production. The situation in the fields where there is secondary recovery, usually performed by means of water injection, the tendency is the reduction of capacity when water reaches the production wells due to the combination of three factors: production of a heavier liquid, rise of viscosity and reduction in the production gas-liquid flow rate. The SBMS and BCSS systems may also contribute to keep a high production. These systems can be applied to distinct niches: SBMS is indicated for places where there is a high fraction of gas whereas BCSS is indicated for the low ones. Jubarte 6 well is a good example of efficacy after having turned from 10 thousand barrels/day when operated by surge to 22 barrels/day with the aid of BCSS, as confirmed by Carlos Tadeu.

Campos Basin fosters challenges and pioneer spirits in the Research Center

The BCS complex diameter is around 7 inches and the length surpasses 40 meters. For greater operational durability, all components are equipped with special tungsten carbide bearings and a teflon internal coating to prevent

One advantage in specificity of the high power BCSS pump installed in Jubarte towards the traditional ones is the possibility of acceptance of an anti-scaling chemical injection upstream the pump admission. There are more innovations though; the Horizontal Wet Christmas Tree (HWCT), developed by FMC for JUB-6 well, bears a treecap operated by ROV (Remote Operated Vehicle), which can be manipulated by a ROV robot arm. “A HWCT is always recommended when using the BCSS for facilitating access to the well interior and the connection between the pump and the electrical system supply, thus, fomenting less time for maintenance interventions and, consequently, lower costs”, adds Engineer Carlos Tadeu. The new diameter of the tubing hanger of HWCT was never used in the country before. (18 inches, allowing passage for the injection of fluids through a capillary tube coupled to the electric cable, which supplies the engine). The umbilical was also especially developed for the JUB-6 well. The BCSS system is usually equipped with separate wires and hydraulic controls. In this prototype, they are incorporated in one umbilical for control and power, designed in partnership with Pirelli. The new technology provides the normal functions of a HWCT umbilical (up to 15) with an extra electrical power to start the engine. The integrated cable will reduce launching costs. The two systems will join the Vertical Annular Separation Pumping System, with three years in operation at Marimba field, in Campos Basin, suggesting attractive options for the traditional methods of artificial elevation by Gas Lift, quite used in the offshore fields, reliable but less efficient than for wells which produce heavy oils or are too distant from the Production Unit. Three other projects serve Campos Basin particularly, helping SBMS


and BCSS systems. The first one is the RHAS – Sustainable Hybrid Riser installed in the P-52. It is a new connection of submarine production lines with floating platforms. “The new riser fulfills the demand for deep and ultradeep waters since it is capable of smoothing the platforms movements. It is like the lines were ‘floating’ effortlessly, isolated and free”, states the engineer. As for water injection, the novelty is the RWI – Raw Water Injection, able to collect and inject water in the injection well themselves with no

need to bring it up to the platform. The Cenpes Executive Manger believes it will beat Albacora Basin very soon. The other system, SSAO – Oil Water Subsea Separation is a system of separation of water from oil to be installed in the bottom of the sea. “We need to unload the crowded platforms from equipment and stimulate the potential for production in the fields” announced Carlos Tadeu. Cenpes expects to hold new laboratories and special environments

with visualization technology, among them the Centro de Realidade Virtual (Virtual Reality Center), more or less reminding The Matrix. Instead of watching a video, the researchers will be part of the scenery in study, in 4D. The expansion works are expected to be finished by the first semester of 2008. But until 2008, efforts for the technological challenge of producing under three thousand meters of water depth will continue. Is it a question that the teams are once more preparing a technological advance?

P-57: Projected for the Production of Heavy Oils A P-57 is already called FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) and was especially projected by Cenpes in keeping with Brazilian characteristics for heavy oil reservoirs. The unit bears great liquid storage and processing capacity for liquids because viscous oils are as-

sociated with a great quantity of water: it may process 180 thousand barrels a day and 300 thousand barrels a day of liquid, with water injection capacity of 59 thousand m³/day and compression capacity of up to 3 million m³/day of gas. This is the first Petrobras FPSO with a new hull specifically projected this function, with double sides and reduction of movements.

It is a pioneer project in heavy oil processing in water depths of 1,243 meters, with re-injection of the whole produced water or treatment with hydrocyclones in the tanker hulls. And, in the case of discharge in the sea, two stands of 150 thousand barrels a day with water free separator, treatment and stabilization of the oil directly in the electrostatic treater.

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Projeto de Marketing

V&M do Brasil, liderança de mercado e responsabilidade com a natureza

Sônia Vasconcelos

Divulgação

uma conseqüente redução dos estoques para o cliente e propiciando a redução nos custos totais na cadeia de suprimento”, explica Walter Isaac, gerente do Contrato. Em sua Base Logística de Operações e Serviços, em Rio das Ostras, RJ, a empresa atende à demanda da Bacia de Campos fornecendo tubos petrolíferos fabricados pela VMB. Entre os serviços prestados pela VMB destacam-se o VAM® Field Service (VFS) que é a assistência às conexões premium VAM®. O VFS busca trabalhar pró-ativamente para uma aplicação adequada e segura do produto VAM®, nos poços petrolíferos. Sua importância tem crescido à medida que se intensifica o uso dessas conexões premium (elas já respondem por 30% das conexões vendidas pela VMB), nas plataformas de petróleo.

Walter Isaac, gerente do Contrato de Parceria para Fornecimento de Tubos e Serviços Associados da V&M

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resente em praticamente toda a Bacia de Campos, a V&M do Brasil é a parceira da Petrobras que prima pela prática de uma política ambiental correta. Só no ano de 2006, fez com que a estatal contribuísse para a retirada de 143.105 toneladas de gás carbônico da atmosfera do planeta, ao fornecer 71.553 toneladas de tubos de aço sem costura da VMB, o “Tubo Verde”. A história da V&M do Brasil se confunde com o início das atividades petrolíferas no país, pois foi criada em 1952, para suprir as necessidades da Petrobras no item tubos de aço sem costura. Pioneira no negócio, a empresa (ex-Mannesmann) trouxe, já em 1954, o primeiro equipamento utilizado para produção dos tubos, a Prensa de Extrusão, iniciando a produção própria de aço, dois anos mais tarde. Sempre preparada para atender às demandas da Petrobras, seja em tecnologia, com desenvolvimento na área de aços especiais e roscas Premium, ou apresentando soluções logísticas, a VMB assinou, em 2002, o Contrato de Parceria para Fornecimento de Tubos e Serviços Associados. A partir daí, está presente em cinco Bases Logísticas para gerenciamento dos estoques de tubos da estatal - RJ, ES, BA, SE e RN, com atendimento just-in-time. “Essa interação nos permitiu aperfeiçoar o nosso planejamento e aproveitamento logístico, com

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Outras estrelas VMB são o CLEANWELL® e os tubos expansíveis. O primeiro é um tipo de cera, aplicada na fábrica, como recobrimento da rosca, o que elimina o uso das graxas tradicionais (de estocagem e de aperto), daí a expressão dopefree, ou sem graxa. A vantagem para o meio ambiente é total, já que não há resíduos da operação de lavagem de graxa. Nos 30 anos de produção da Bacia de Campos, a VMB tem grandes conquistas a comemorar. A começar pelo fornecimento de dutos rígidos sem costura para linhas submarinas lançadas por meio de carretel. Sem falar no desenvolvimento no mercado nacional de graus de aço especial (13Cr, Super 13 Cr, graus sour service e high collapse etc.) e conexões premium de alta performance (VAM® TOP FE, VAM® TOP HT, VAM® TOP HP etc.), sempre ao lado da Petrobras na exploração de importantes campos, como Barracuda, Caratinga, Marlim, Golfinho, entre outros. O reconhecimento por seu pioneirismo e a utilização de tecnologia de ponta conferem ao trabalho da VMB as mais disputadas certificações do mercado: ISO 9001, API, TS 16949, ISO 14001 e OHSAS 18001. Confirmando que o processo industrial da VMB é um exemplo bem sucedido da aplicação de energia renovável (carvão vegetal) em produção de larga escala, uma vez que a VMB é a única empresa siderúrgica do mundo a utilizar carvão vegetal energia 100% renovável - para a produção de tubos de aço sem costura. Numa relação que possibilita total sinergia com seus clientes, a VMB orgulha-se de fazer parte de uma história de sucesso e de ter contribuído decisivamente para o desenvolvimento do país.


Marketing Project

V&M do Brasil, leadership in the market and commitment with nature

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resent in practically all Campos Basin, V&M do Brasil is a Petrobras partner which dis tinguishes for the practice of a correct en vironmental policy. Only in the year 2006, the state-owned company contributed with the removal of 143,105 tons of carbon dioxide from the planet’s atmosphere, by supplying 71,553 tons of VMB’s seamless steel pipes, the “Green Pipe”.

and running), hence the expression dopefree, or without dope. This represents full advantage for the environment, as there are no wastes left in the dope washing operation. Throughout the 30 years of production in Campos Basin, VMB has great achievement to be proud of. Starting with the supply of rigid seamless ducts for submarine lines released by means of a spool. Not to mention the development in the Brazilian market of special steel degrees (13Cr, Super 13 Cr, graus sour service and high collapse etc.) and high performance premium connections (VAM® TOP FE, VAM® TOP HP etc.), always together with Petrobras in the exploration, of important fields such as Barracuda, Caratinga, Marlim, Golfinho, among others.

V&M do Brasil’s history mix up with the beginning of oil activities in the country, as it was founded in 1952, with the purpose of supplying Petrobras’s needs for seamless steel pipes. A groundbreaker in the business, the company (former Mannesmann) brought, in 1954, the first equipment used for pipe production, the Extrusion Press, starting its own steel production, two years later.

The acknowledgment for being a groundbreaker and the use of state-of-the-art technology grants VMB work the most accredited certifications in the market: ISO 9001, API, TS 16949, ISO 14001 and OHSAS 18001. Confirming that the VMB’s industrial process is well-succeeded example of application of renewable energy (vegetable coal) in large scale production, as VMB is the only steel company in the world to use vegetable coal - a 100% renewable energy - for the production of seamless steel pipes. In a relationship that enables full synergy with its clients, VMB is proud to be part of a history of success and to have resolutely contributed for the development of the country.

Always prepared to meet Petrobras’s demand, whether in technology, with the development of special steels areas and Premium nuts, or presenting logistic solutions, VMB celebrated, in 2002, the Partnership Agreement for the Supply of Pipes and Related Services. From that point on, it is present in five Logistics Basis for pipes inventory management in the states of RJ, ES, BA, SE and RN with just-in-time service. “This interaction has enabled us to improve our logistic planning and utilization, resulting in a reduction of inventories for the client, and providing a reduction in total costs in the purchasing chain”, explains Walter Isaac, Agreement manager.

Logistic Base of Operations and Services, of V&M, in Rio das Ostras, RJ

Divulgação

Other significant VMB products are CLEANWELL® and the expandable pipes. The first is a type of wax, applied in the plant, to coat nuts, what dismisses the use of conventional dopes (storage

Jorge Ronald

In its Operation and Services Logistic Basis, in Rio das Ostras, RJ, the company meets the demand of Campos Basin by supplying oil pipes manufactured by VMB. Among the services provided by VMB, VAM® Field Service (VFS), which is the assistance to VAM® premium connections, is worth highlighting. VFS seeks to work in a proactive manner, for the suitable and safe application of the product VAM® in oil wells. Its importance has been growing as it intensifies the use of these premium connections (they are already responsible for 30% of the connections sold by VMB) in oil platforms.

MACAÉ OFFSHORE

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Projeto de Marketing

Falck Nutec, líder na construção e verificação de competência

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ota de fuga, embarcações, piscina com 2000 m² de área, equipada com máquina de onda e simuladores de vento e de chuva. É neste cenário, que remete à realidade do trabalho em plataforma, nas instalações da Base da Falck Nutec, que a grande maioria dos trabalhadores offshore, da Bacia de Campos, revela suas aptidões ao aprender a lidar com situações de emergência. Líder mundial em serviços de emergência, a empresa prima pelo treinamento capaz de condicionar o profissional, aumentando o poder de armazenamento das informações em situações extremas.

Sônia Vasconcelos

quais módulos do BST –sobrevivência no mar, combate a incêndio, relacionamento interpessoal e primeiros socorros seus funcionários estão com deficiência. “Nosso objetivo é ‘atacar’ a técnica deficitária, especificamente, propondo ações que já estão estruturadas dentro do nosso planejamento, para que a empresa tenha a certeza de que esse “gap” será preenchido”, explica Marcello Reis, diretor comercial. Com a autoridade de quem treina mais de 100 mil pessoas por ano, em suas bases espalhadas por todo o mundo, a Falck Nutec é responsável pela maioria do treinamento dos profissionais que trabalham embarcados na Bacia de Campos, seja em unidades offshore, FPSOs ou FSOs. “O potencial da região é crescente. O mercado já tem já muitas unidades contratadas. Lá fora existem outras tantas em montagem, nas diversas áreas: exploração, perfuração, sísmica. Isso vai demandar novas contratações, novos postos de trabalho, conseqüentemente, mais treinamento e a construção de competência para o pessoal que chega”, avalia Alexandre Reis, diretor de operações da Falck Nutec.

Para atender a demanda do maior parque petrolífero do país, a Falck Nutec investe na construção de novas salas de aula e em tecnologia, com a aquisição, por exemplo, de novos simuladores. E lança mais uma ferramenta indispensável ao trabalho offshore: o Sistema de Verificação de Competência, capaz de aferir através de um teste on-line o conhecimento que o profissional reteve em treinamento, o que vai sinalizar o nível de risco em que se encontra. Dessa forma, as empresas vão saber Gianini Coelho

O treinamento BST, tecnicamente chamado de salvatagem, por norma é obrigatório para no mar, portanto, o mais requisitado. Mas o leque de opções de cursos da Falck cresce junto com o mercado. Por exemplo, hoje, a maioria das empresas internacionais solicita o BST com módulo de Huet – Escape de Aeronave Submersa – incluso. E, em breve, entra para a lista de treinamentos o H2S. Fornecemos um treinamento mais realístico para as pessoas que estão sob esse risco”, adianta Marcello Reis. Além da capacitação de profissionais nos cursos já existentes – Huet, BST (Salvatagem), Combate a Incêndio, HLO, Espaço Confinado, Coxswain e Combate a Incêndio Avançado, a Falck Nutec pode inserir ou adaptar módulos, de acordo com a necessidade das operações. Outra possibilidade que a empresa oferece é o treinamento periódico a bordo das unidades, a fim de acentuar o condicionamento do trabalhador embarcado.

Marcelo Reis, diretor comercial da Falck Nutec

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A experiência no mercado, as instalações das Bases de Treinamento, a capacidade de investimento, a qualidade técnica de instrutores treinados nos centros da empresa, na Europa, as certificações internacionais – Ilhas Marshall, STCW, Libéria, NFPA Member, BVQI - e nacionais conferem à Falck Nutec a excelência em segurança.


Marketing Project

Falck Nutec, leadership in building and checking competence Gianini Coelho

Swimming pool with wave simulator, at Falck Nutec base, in Macaé

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scape route, vessels, 2000 m² pool with wave machine and wind and rain simulation. It is in this scenario, which reminds the working rea lity on the platforms in the Falck Nutec Base facilities, that most Campos Basin offshore workers reveal their skills when learning how to cope with emergency situations. World leader in emergency services, the company is distinguished by its training, which is able to qualify the employee, increasing the capacity of storing information under extreme situations. In order to meet the request of the largest oil complex in Brazil, Falck Nutec invests on the building of new classrooms and technology, acquiring, for instance, new simulators. It is also launching a very important tool to the offshore work: the Competence Checking System, which is able to measure the knowledge the employee has held in training, which will sign the risk level under which she/he can be placed, through an online test. This way, companies will get to know which BST modules –survival on the sea, fire fighting, interpersonal relationship and first aid – their employees have a low performance on. “Our goal is to specifically “attack” poorly applied techniques, taking actions that are already structured in our plan, so that the company is sure this gap will be filled”, said Marcello Reis, business director.

Being a prominent company that provides training to over 100 thousand people per year in its bases all around the world, Falck Nutec is responsible for most of the onboard trained personnel working at Campos Basin,

be it in FSOs, FPSOs or offshore units. “The potential of the area grows every day. The market already has a lot of hired units. There are a number of them being assembled abroad in several fields: exploration, drilling, seismic. This will require new hiring, new jobs, and, as a consequence, more training and competence building for those who are entering the company”, stated Alexandre Reis, Flack’s operations director. The BST training, technically called salvage, is mandatory for the sea, therefore, the most requested one. But the variety of Falck’s program options increases with the market. For example, nowadays, most international companies request BST with Huet module – Under Water Craft Escape – included. Soon, H2S will join the training list. We provide a more realistic training for people who are under this risk”, said Marcello Reis. In addition to qualifying personnel in the existing programs – Huet, BST (salvage), Fire Fighting, HLO, Confined Space, Coxswain and Advanced Fire Fighting – Falck can include or adapt modules according to the operating needs. Another possibility offered by the company is the periodical training on the units with the purpose of enhancing onboard workers conditioning. The market experience, the Training Base facilities, the investment capacity, the technical quality of instructors trained at the company’s centers in Europe and the international – Marshall Islands, STCW, Liberia, NFPA Member, BVQI – and national certifications grant Falck Nutec safety excellence. MACAÉ OFFSHORE

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Projeto de Marketing

Cameron, parceria sólida com o Brasil

Bianca Gomes

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Em 2001, a planta de Macaé foi elevada a um grande centro de atendimento, no qual hoje a empresa oferece, 24 horas por dia e sete dias por semana, um amplo escopo de serviços de manutenção, reparos e recondicionamento de equipamentos como BOPs Submarinos e de Superfície, Risers, Choke Manifolds, Pipe Line End Terminators (PLETs), Pipeline End Manifold (PLEMs), Árvores de Natal Molhada (ANM) e equipamentos associados. As atividades de Aftermarket, bem como novos projetos e controle de revisões de procedimentos e produtos, são conduzidos pelo sistema SAP R3, que interliga a planta de Macaé à rede mundial da Cameron. Localizada em Imboassica, a área física da empresa, que compreende um espaço de 45000m² , é capaz de receber equipamentos provenientes das plataformas requerendo qualquer tipo de manutenção. A Cameron conta hoje com máquinas e equipamentosde ultima geração, como o CUTMAX 3PT, o HASS-SL40, e ainda o exclusivo CNC Programable Continuous Hot Tig Unit, utilizados em vários processos de manutenção, como: Blocos de Válvulas de Equipamentos Subsea. A reputação da qualidade dos produtos e serviços Cameron é endossada pela obtenção de certificações. Em março de 2004, obteve dupla certificação ISO/ API e em maio de 2007 foi recertificada para a API 16A, API 6A, API Q1 e ISO/TS 29001. O padrão de excelência internacional em SMS é mantido com treinamentos contínuos e programas de conscientização da sua força de trabalho. Combinando tecnologia de ponta, qualidade e mão de obra qualificada a Cameron cumpre com seu papel na Bacia de Campos, que é contribuir para o aumento do desempenho das operações, apresentando soluções no seguimento de Petróleo e Gás. A experiência acumulada ao longo de seus 87 anos de existência, possibilitou à empresa inovar tecnologias na área de Subsea, trazendo ao mercado local equipamentos mais eficazes dos pontos de vista operacional e de segurança, como o VASPS 72

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Gianini Coelho

Cameron inaugurou sua planta em Macaé em1999, consolidando logo sua participação no mercado brasileiro de energia através da parceria com a Petrobras. Principal fornecedora de equipamentos de fluxo, válvulas e de uma grande variedade de serviços para a indústria de óleo e gás, a empresa tem presença global no mercado de fabricação, vendas e serviços de equipamentos offshore. Mundialmente, a Cameron atua como facilitadora junto às principais operadoras e empresas de perfuração; no Brasil mantém duas unidades de negócio: a planta de Taubaté (SP), onde ocorrem os processos de fabricação e montagem, e a planta de Macaé, onde atua especificamente no mercado de Aftermarket.

Ted Broadhead, gerente de Aftermarket da Cameron

- Vertical Annular Separation Pumping System, Sistema de Bombeio Submerso, desenvolvido para a Petrobras que realiza a separação submarina de óleo e gás, e o ESG - Environmental Safety Guard, uma versão de BOP que oferece maior controle ambiental e segurança em operações com alta pressão. Este último utilizado pela Shell na operação do poço mais profundo já prospectado no Brasil, a 2.900 metros de profundidade. Na vanguarda de tecnologias voltadas ao incremento da atividade em uma nova fronteira de exploração, a Cameron desenvolve ferramentas específicas para melhorar a recuperação de óleo e gás, transpondo desafios próprios das operações em águas profundas, como a presença de H2S (corrosivo) e diferentes tipos de fluídos produzidos. “Nossa empresa tem realizado significantes investimentos em Macaé, o que reflete nosso comprometimento com o mercado de óleo e gás brasileiro. Esses investimentos, que vão desde a ampliação das instalações até a compra de máquinas, ferramentas e recursos para todos os tipos de aplicação, estão sendo feitos com vistas a oferecer suporte às operações dos nossos clientes pelos próximos 30 anos. Assim, nos coloca em posição de vantagem para atender às necessidades da indústria no que diz respeito à manutenção do ciclo de vida dos nossos produtos e equipamentos”, informou Ted Broadhead, Gerente de Aftermarket. E o comprometimento com o nosso país, pelo que pôde ser visto, vão além da esfera corporativa e atinge também as comunidades carentes assistidas pelos projetos sócio-educativos que a empresa apóia na região.


Marketing Project

Cameron, solid partnership with Brazil

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ameron set up its plant in Macaé in 1999, con solidating its participation in the Brazilian ener gy market through the partnership with Petro bras. As the main supplier of flow equipment, valves and a wide range of services for the industry of oil and gas, the company is present all around the world in the market of manufacturing, sales and services of offshore equipment. Cameron operates, all over the world as a facilitator with the main operators and drilling companies; in Brazil, it has two business units: the plant of Taubaté (SP), where manufacturing and assembly processes take place, and the plant of Macaé, where it specifically operates in the aftermarket. In 2001, the plant of Macaé has been upgraded to a service center, where the company offers, 24 hours a day, seven days a week, a wide scope of equipment maintenance, repairs and overhauling services, such as: subsea and surface BOPs, risers, choke manifolds, pipe line end terminators (PLETs), pipeline end manifold (PLEMs), drilling and production controls, wet Christmas trees and related equipment. Aftermarket activities, as well as new projects and control of revisions of procedures and products, are conducted by SAP R3 system, which interconnects the plant of Macaé to Cameron’s worldwide network. Located in Imboassica, the company’s physical area, which comprises a space of 45.000 square meters, for receiving used equipment that are unloaded from rigs requiring maintenance and last generation instruments, used for several types of applications, such as CUTMAX 3PT and HASS-SL40, and also the exclusive CNC Programable Continuous Hot Tig Unit, used to repair valve blocks and subsea equipment. Cameron’s products and services quality is maintened through certifications. In March 2004, it obtained double ISO/API certification and in May 2007, it was recertified to API 16A, API 6A, API Q1 and ISO/TS 29001. The HSE excellence standard is kept with continuous training and awareness raising programs directed to its personnel. Combining cutting edge technology, quality and qualified manpower, Cameron plays its role in Campos Basin, which is to contribute for the increase of operations performance, providing solutions in the area of flow and drilling systems control. The experience earned throughout its 87 years of existence has enabled the company to inno-

vate subsea technologies, bringing to the local market more effective equipment in terms of operation and safety, such as VASPS - Vertical Annular Separation Pumping System, a pumping system developed for Petrobras, which performs subsea oil-water separation, and ESG - Environmental Safety Guard, a type of BOP that provides greater environmental control in high pressure operations. The latter is employed by Shell in the operation of the deepest well ever prospected in Brazil, at 2.900 meters. Ahead in terms of technologies focused to the increment of the activity in a new exploration frontier, Cameron develops specific tools to improve recovery of oil and gas, overcoming challenges of deep-water operations, such as the presence of H²S (corrosive) and different types of fluids produced. “Our company has been making significant investments in Macaé, which represents our commitment with the Brazilian oil and gas market. Such investments, which comprise the enlargement of facilities and the purchase of machines, tools and resources for all types of application, which are being made aiming at offering support to the operations of our clients for the next 30 years and puts us in an advantageous position to meet the needs of the industry in terms of maintenance of the life cycle of our products and equipment”, Ted Broadhead said, Aftermarket Manager.

Interior view of Cameron’s Macaé Plant

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Projeto de Marketing

Krest, abastecendo as operações offshore da Bacia de Campos HW525. Em toda a Bacia de Campos a estatal só utiliza o fluido Oceanic HW525, fornecido com padrão de limpeza de, no mínimo, NAS classe 6. Ele conta com um pacote de aditivos anticorrosão, biocida, lubricidade, entre outros. E está em conformidade com os mais restritos requisitos ambientais. Tanto que não existe nenhum registro de falha, ocorrida desde o início da utilização do produto.

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Humberto Perlingeiro Neto, diretor da Krest

esde 1994, a Krest International importa e for nece à Petrobras o fluido hidráulico, base água, Oceanic HW525, para controle da produção submarina. Com a demanda crescente de flui dos hidráulicos, base água, conseqüência do aumento da produção de petróleo, especialmente na Bacia de Campos, a Krest construiu um armazém e ampliou sua capacidade de estocagem. Para isso, instalou tanques que acondicionam o produto a granel, reduzindo custos e priorizando a segurança do suprimento. Desta forma, a empresa mantém estoque adequado à demanda e está sempre pronta para atender aos pedidos da Petrobras Distribuidora, em questão de horas.

Este é o compromisso da Krest desde que selou a parceria de sucesso com a MacDermid Offshore Solutions, na época W. Canning. Uma história que nasceu a partir de um desafio. No início dos anos 90, a Petrobras enfrentava diversos problemas operacionais, relacionados à compatibilidade entre os diferentes fluidos que eram utilizados: a logística, o crescimento de bactérias, a corrosão nos equipamentos, a obstrução nos umbilicais e o bloqueio de válvulas. Estes problemas ocasionavam freqüentes intervenções submarinas e paralisação nos sistemas, resultando custos elevadíssimos para a estatal. Após a realização de rigorosos testes de qualificação, com a participação do Cenpes, da W. Canning e do Ibama, a Petrobras decidiu qualificar o Oceanic 74

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Para suprir as demandas futuras da Bacia de Campos, a Krest aumentou a sua capacidade de estocagem de fluidos para 400.000 litros, em tambores, e mais 100.000 litros a granel. Além do Oceanic HW525, a Petrobras utiliza o Oceanic HW443, para estocagem de equipamentos e outros fluidos em atividades de perfuração. Quando as operações exigem tecnologia especial, a Krest conta com os novos produtos desenvolvidos pela MacDermid, que atendem às necessidades de seus clientes, quer sejam com relação ao meio ambiente ou às condições mais severas de operação, como altas temperaturas. A Krest é a patrocinadora majoritária da Equipe Bruschetta Sailing Team, bicampeã mundial na classe J/24 e representante do Brasil nos Jogos Pan-Americanos do Rio. A empresa também participa da Stock Car, a mais importante categoria do automobilismo brasileiro, apoiando a equipe NASCAR. Mas a Krest vai além do patrocínio aos esportes. Visando chamar a atenção para os problemas da Baía de Guanabara, palco das competições de vela, durante os jogos do Pan-Americano 2007, a empresa viabilizou um mutirão de limpeza na Baía da Guanabara. A ação envolveu atletas, biólogos e jovens estudantes do Projeto Grael, que juntos, durante um final de semana, recolheram o lixo superficial da Baía, utilizando catamarãs e rede de pesca. Com seu compromisso sócio-ambiental, a Krest patrocinou o Projeto Planeta Água, que após ser realizado em diversos países do mundo, chegou a Macaé no ano de 2006, oferecendo a 700 crianças da rede pública de ensino, a oportunidade de aprender sobre a importância da preservação da água para o Planeta Terra. É por isso que a empresa tem orgulho de fazer parte da trajetória de exploração e produção da Bacia de Campos. E está preparada para apresentar os melhores resultados em pioneirismo tecnológico, nos próximos anos de atividade da Bacia.


Marketing Project

Krest supplies offshore operations in Campos Basin

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ince 1994, Krest International imports and suppli es Petrobras with the water-based hydraulic fluid, Oceanic HW 525, for subsea production control. Due to the growing demand for water-based hydraulic fluids, a consequence of the increase in oil production, especially in Campos Basin, Krest built a warehouse to raise its storage capacity. For that purpose, the company installed tanks to store the product in bulk, reducing costs and prioritizing supply security. Thus, the company keeps stocks adequate for the demand and ready to fulfill orders coming from Petrobras Distribuidora, within hours. This has been Krest’s commitment since the beginning of a successful partnership with MacDermid Offshore Solutions, W. Canning at the time. At the beginning of the 90s, Petrobras faced many operational problems concerning the compatibility between the different fluids used: problems with logistics, bacterial growth, equipment corrosion, umbilical clogging and valve blockage. Such problems very often caused subsea interventions and systems shutdowns with very high costs for the state company. After strict qualification testing with the participation of Cenpes, W. Canning and Ibama, Petrobras has decided to qualify Oceanic HW525. In all of Campos Basin, the state company only uses fluid Oceanic HW525, which is supplied in compliance with the cleanliness standards, a minimum Krest’s base, in Macaé

of NAS class 6. It is supplied with anti-corrosion additives, biocide and for lubricity, among others, besides being in conformity with the most strict environment requisites. Since the beginning of its use no failures have been recorded. To meet future demands at Campos Basin, Krest increased the storage capacity of fluids to 400,000 liters in drums and 100,000 liters more, in bulk. Besides Oceanic HW525, Petrobras also uses Oceanic HW443 for equipment storage and other fluids for drilling activities. If special technologies are needed, Krest counts on the new products developed by MacDermid, which meet with client’s necessities, whether they are related to the environment or to more severe operation conditions such as high temperature. Krest is the major sponsor for the Bruschetta Sailing Team, two-time world champion in class J/24 to be representing Brazil in the Pan American Games in Rio. The company also participates in the Stock Car, the most important Brazilian racecar category giving support to the NASCAR team. But Krest has a lot more to offer besides sports sponsoring…attracting attention to the Guanabara Bay problems, future stage for the sailing competitions during the Pan-American Games 2007, the company promoted a communitarian environment cleaning day in the Bay waters, which involved athletes, biologists and Project Grael’s young students who, together, on a weekend, collected the garbage on the water surface with the aid of catamarans and fishing nets. Committed to social and environmental causes, Krest sponsored Planeta Água (Water Planet) Project, which reached Macaé in 2006, after having been presented in many countries around the world, and offered, to 700 children in public schools, an opportunity of learning about the importance of water preservation to Earth. All in all, the company is proud of being part of the journey for exploration and production of Campos Basin, and it is prepared to present the best results in technological novelties in the activities developed at the Basin within years to come. MACAÉ OFFSHORE

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Projeto de Marketing

CapRock, comunicação confiável para pontos remotos

Sônia Vasconcelos

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om tecnologia de ponta, a CapRock derruba barreiras quando o assunto é comunicação à distância. Daí, o sucesso de sua parceria com a Petrobras e outras empresas ligadas à ca deia de E&P do setor de petróleo e gás. Hoje, como representante das antenas estabilizadas Seatel, a CapRock fornece soluções de comunicação via satélite para embarcações operando em todas as bacias exploratórias localizadas em águas territoriais brasileiras, principalmente nos campos situados nas bacias de Campos, Vitória e Santos. Tais soluções incluem o fornecimento de redes corporativas para comunicação de voz, dados, Internet e video. A empresa também proporciona soluções de integração de sistemas de comunicação de bordo, para embarcações do tipo FPSO, FSO, semi-submersíveis e jack-ups, e também barcos de apoio do tipo AHTS, CSV e PSV. Também são disponibilizadas para essas embarcações sistemas estabilizados para recepção de TV a bordo, mercado no qual a CapRock vem aumentando significativamente sua participação. De acordo com a demanda, a CapRock viabiliza os meios de telecomunicação adequados para suporte a operações offshore. Os equipamentos e sistemas de última geração são projetados para operar em ambientes severos. Tudo é previamente testado e configurado no teleporto que a empresa mantém em Macaé, onde está a sua base operacional no Brasil. Nesse local, a CapRock integra e testa os novos serviços, gerencia uma

Doug Tutt, gerente geral da América do Sul da CapRock

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base de manutenção para seus clientes offshore e mantém seu Centro de Operações de Rede, prestando total suporte para a resolução de problemas e reparos. Hoje, a CapRock é responsável pelo fornecimento dos sistemas de comunicação via satélite a bordo de cinco das embarcações da Petrobras de maior capacidade - FPSO Capixaba, FPSO P-34, FPSO Rio de Janeiro, FPSO Vitória e FSO Macaé – a CapRock é referência no mercado de comunicação via satélite para localidades remotas. Presente nesse mercado há mais de 25 anos, a CapRock investe extensivamente no treinamento e na certificação de sua mão-de-obra técnica. O resultado transparece no desempenho operacional e na assistência técnica provida a seus clientes, prestada durante todo o prazo de validade dos produtos e serviços solicitados. A CapRock também faz significativos investimentos na manutenção dos níveis adequados de estoque de equipamentos no país, a fim de garantir que sempre estará preparada para atender os interesses e solicitações feitas pelo mercado. O setor de Óleo e Gás, porém, não é o único mercado de atuação da CapRock. No ramo da comunicação via satélite, a empresa oferece serviços de conexão de dados e voz que cobrem, além do mercado Marítimo, os setores de Energia, Engenharia e Construção e serviços especiais para governos. Para garantir um atendimento com padrão de qualidade, a empresa conta com uma estrutura de trabalho composta de técnicos de campo especializados, engenheiros de rede, helpdesk e NOCs, a qual oferece cobertura em todo o mundo. A experiência da CapRock faz com que ela enxergue à frente o potencial das bacias petrolíferas brasileiras e vislumbre a necessidade crescente de comunicação a bordo de embarcações de apoio. Atualmente, realiza operações nas áreas dos campos de Golfinho, Espadarte Sul, Jubarte, Mexilhão, Marlim Leste, Bijupirá-Salema, Polvo, Guaricema, SPS-Carioca, ESS (Vitória) e Espadarte. Desde já, a CapRock está pronta para os desafios que virão nos próximos anos, fornecendo soluções em comunicação de alta confiabilidade.


Marketing Projects

CapRock, reliable communications for remote locations

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ith cutting edge techno logy, CapRock overco mes drawbacks when it comes to remote com munications. Hence, its success in partnerships with Petrobras and other companies related to the E&P chain of the oil and gas sector. Today, as a representative of Seatel stabilized antennas, CapRock provides satellite communication solutions for vessels operating in all exploration basins located in Brazilian territorial waters, and includes fields located in the Campos, Vitória and Santos Basins. Such solutions include the supply of corporate networks for voice, data, Internet and video communications. The company also provides systems integration solutions for FPSO, FSO, semi-submersible, jack-up vessels, AHTS, CSV and PSV supporting vessels. Such vessels are also furnished with stabilized systems for onboard TV reception, a market in which Caprock has been significantly increasing its share. According to the demand, CapRock provides proper telecommunication means to support the offshore operations. State-of-the-art equipment and systems are designed to operate in severe conditions. All of them are previously tested and configured in the teleport the company maintains in Macaé, where its operational base is located in Brazil. At its base of operations, CapRock integrates and tests the new services, manages a maintenance base for its offshore clients and maintains its Network Operations Center, which provides full support for troubleshooting and repairs. Today, CapRock is responsible for the provision of satellite communication systems onboard the five Petrobras vessels with greater capacity - FPSO Capixaba, FPSO P-34, FPSO Rio de Janeiro, FPSO Vitória and FSO Macaé – and serves as a reference in the market for satellite communication to remote locations. Present in this market for more than 25 years, CapRock has strongly invested in training and certification of its technical labor. The result is shown in the operational performance and in the technical assistance provided to its clients, provided throughout the expiration term of products and services requested. CapRock has also made sizeable investments in the proper levels of equipment inventory in Brazil, so as

CapRock’s Macaé Plant

to assure it will always be prepared to meet the interests and requests made by the market. The Oil and Gas industry, however, is not the only market that CapRock pursues. In the field of satellite communication, the company offers data and voice connection services that cover, besides the Marine market, the Power, Engineering and Construction industries and special services to governments. In order to assure a high quality standard in its services, the company has a work structure that consists of specialized field technicians, network engineers, helpdesk and NOCs, which offers worldwide coverage. CapRock’s experience allows it to see first hand the potential of the Brazilian oil basins and see the increasing need for communication onboard supporting vessels. It currently executes operations in the areas of Golfinho, Espadarte Sul, Jubarte, Mexilhão, Marlim Leste, Bijupirá-Salema, Polvo, Guaricema, SPS-Carioca, ESS (Vitória) and Espadarte fields. CapRock is ready for the challenges that will come in the forthcoming years, and will continue to deliver communication solutions that are highly reliable. MACAÉ OFFSHORE

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Luiz Bispo

Terminal de Cabiúnas: 25 anos com muito gás!

O Tecab - Terminal de Cabiúnas, da Transpetro – base coletora da produção da Bacia de Campos – tem muito o que comemorar nos seus 25 anos de operação. As obras de expansão, praticamente, são contínuas desde a sua criação. E neste ano o Terminal aumenta sua capacidade de processamento e escoamento Sônia Vasconcelos

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le é responsável pelo transporte do gás natural proveniente da Bacia de Campos até os centr os consumidores e distribuição ao Rio de Janeiro. Além disso, fornece gás especificado à CEG-Rio para atendimento aos municípios de Campos, Cabo Frio e Arraial do Cabo. Entre as suas muitas funções também está o processamento de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha, e abastecimento à Região dos Lagos, parte da Região Serrana, incluindo Friburgo, todo norte e noroeste do estado do Rio de Janeiro, até o sul do Espírito Santo. E ainda o fornecimento de GNV (Gás Natural Veicular) para boa parte da Região Sudeste. Agora, o Terminal de Cabiúnas (Tecab) vai aumentar sua capacidade de processamento e escoamento do gás natural produzido no Espírito Santo e na Bacia de Campos. Tudo para atender o Plano de Produção Antecipada de Gás Natural (Plangas) da Petrobras, que prevê aumento

da disponibilização do produto dos atuais 14 milhões de m³/dia para 40 milhões de m³/dia na Região Sudeste, já a partir de 2009. Esta não é a única boa nova para o Tecab. Na área de transporte, serão instalados mais seis turbocompressores e construído um duto de 38 polegadas entre Cabiúnas e a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), com capacidade de escoamento de 40 milhões de m³/dia de gás natural. “Os equipamentos são importados e têm tecnologia consagrada e testada em vários países. São reconhecidos como de melhor desempenho neste seguimento. A engenharia da Petrobras se pauta por uma evolução constante nas técnicas de construção e montagem de dutos o que, somado à tecnologia importada, permite um diferencial competitivo. Há uma preocupação na Companhia com o up do date permanente no desenvolvimento desta área”, conta Jorge de Brito Batista, gerente de processamento de Gás Natural, do Tecab.

Gianini Coelho

Jorge de Brito Batista, gerente de Processamento de Gás Natural, do TECAB

MACAÉ OFFSHORE

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O Tecab - Terminal de Cabiúnas, da Transpetro – base coletora da produção da Bacia de Campos – tem muito o que comemorar nos seus 25 anos de operação. As obras de expansão, praticamente, são contínuas desde a sua criação. E neste ano o Terminal aumenta a sua capacidade para o processamento de gás natural, já existe o projeto de uma nova Unidade de Recuperação de Líquidos (URL), elevando a capacidade de Cabiúnas dos atuais 14 milhões de m³/dia para 20 milhões de m³/dia. Uma demanda que exige do Terminal investimento em sua mão-de-obra. “Desde 2002, o Tecab tem recebido novos empregados e seguido uma política de desenvolvimento dos seus recursos humanos por meio de cursos de formação específica. Outro fator fundamental é o incentivo à passagem de experiência dos mais antigos funcionários aos mais novos. São

sementes plantadas que rapidamente geram frutos. Todo este intercâmbio acontece com foco permanente nas questões relacionadas à segurança industrial e também ao meio ambiente”, informa Brito. Também será construída uma nova Unidade de Processamento de Condensado de Gás Natural (UPCGN) para ampliar a capacidade de processamento de condensado de gás natural dos atuais 3 mil m³/dia para 4,5 mil m³/dia. Para isso, a área ocupada pelo Terminal poderá ser expandida, como explica o gerente. “Tanto as unidades operacionais quanto os prédios administrativos serão redimensionados. Como exemplos desta realidade podemos citar a ampliação, já em curso, do suprimento de água potável e também o de água industrial do Tecab, além do aumento da demanda interna de energia

elétrica que, também, já está sendo equacionado”. Hoje, o Tecab ocupa uma área de 1.370.000 metros quadrados, com 4.500 metros de perímetro, na altura do Km 188 da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), no município de Macaé, no estado do Rio de Janeiro. O Terminal de Cabiúnas (Tecab) é a sede da Gerência de Processamento de Gás Natural (Geproc) da Transpetro. E possui um Sistema de Gestão Integrada – SGI baseado nas normas ISO 14.001, ISO 9.001 e OHSAS 18.001, certificado e auditado periodicamente por organismos certificadores. O SGI promove a melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços, da segurança e da saúde para seus trabalhadores, além das instalações e da preservação do meio ambiente. Tecab

Terminal de Cabiúnas: 25 anos de operação, em Macaé

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MACAÉ OFFSHORE


MACAÉ OFFSHORE

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Cabiúnas Terminal: 25 years with plenty of gas! Tecab – Transpetro’s Cabiúnas Terminal – Campos Basin production collecting base – has a lot to celebrate in its 25 operating years. Expansion works have been almost constant since its creation. This year, the terminal increases its p r o cessin g an d ou t f low ca pa city

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MACAÉ MACAÉOFFSHORE OFFSHORE

Sônia Vasconcelos


T

he terminal is responsible for the trans portation of natural gas from Campos Basin to consuming centers and distri bution to Rio de Janeiro. In addition to that, it provides specified gas to CEG-Rio to distribute it to Campos, Cabo Frio and Arraial do Cabo. Among its many functions is the processing of LPG (Liquefied Petroleum gas), gas used for cooking, and supply to Região dos Lagos (Lake Region), part of Região Serrana (Mountain Region), including Friburgo, the north and north west of the state of Rio de Janeiro, down to the south of Espírito Santo. It also provides CNG (Compressed Natural Gas) to most of Região Sudeste (Southeast Region). Now, Cabiúnas Terminal (Tecab) will increase its processing and outflow capacity of natural gas produced in Espírito Santo and Campos Basin. This will happen to meet Petrobras’s Natural Gas Advanced Production Plan (Plangas), which forecasts a growth from the current 14 million m³/day to 40 million m³/day in the Southeast area, beginning in 2009. This is not the only good news for Tecab. In the transportation field, six additional turbo compressors will be installed and a 38-inch pipe will be built between Cabiúnas and Reduc (Duque de

Jorge de Brito Batista, Tecab Natural Gas Processing Manager

Caxias Refinery) with natural gas outflow capacity of 40 million m³/day. “Equipment are imported and their technology has been tested and recognized in several countries. They are seen as having the best performance in this segment. Petrobras’s engineering is guided by a constant evolution on building techni-

MACAÉ OFFSHORE

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of specific educational programs. Another essential factor is the encouragement given to the oldest employees to pass their experience to the new ones. These are seeds that soon turn into flowers. All this interchange has a permanent focus on issues related to industrial safety and the environment”, says Brito.

The increasing demand for natural gas has required investments from Transpetro

ques and pipe assembly, which, added to the imported technology, allows a competitive plus. The company is concerned with the permanent updating in the development of this area”, says Jorge de Brito Batista, Tecab natural gas processing mananger. For processing natural gas, the project of a new Liquid Recovery Unit (URL) is in place, which will increase Cabiúnas capacity from the current 14 million m³/day to 20 million m³/day. This demand requires that the Terminal invest in its manpower. “Since 2002, Tecab has received new employees and followed a development policy for its human resources by means

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MACAÉ OFFSHORE

A new Natural Gas Condensate Processing Unit (UPCGN) will be built to increase natural gas condensate processing capacity from the current 3 thousand m³/day to 4.5 thousand m³/day. In order to do that, the area occupied by the Terminal can be expanded, according to Jorge de Brito: “Both operational units and administrative buildings will be streamlined. As examples of this reality we can mention the enlargement, already in progress, of potable water supply and Tecab’s drilling water, as well as a raise in the internal electric energy demand, which is also already being made”. Nowadays, Tecap is located in a 1,370,000 m² area, with a 4,500 m perimeter, near Km 188 of Highway Amaral Peixoto (RJ-106), in Macaé, state of Rio de Janeiro. Cabiúnas Terminal (Tecab) is the head office of Transpetro’s Natural Gas Processing Management (Geproc). It also has an Integrated Management System (SGI) based on ISO 14001, ISO 9001 and OHSAS 18001 standards, periodically certified and audited by certifying authorities. SGI promotes permanent improvement of the quality of its services and products, safety and health for its employees and facilities and environment preservation.


MACAÉ OFFSHORE

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Luiz Bispo

Qualificação profissional: exigência de um mercado em franca expansão

Fomento para a indústria

Muito do sucesso da indústria do petróleo se deve às ações de instituições privadas, sem fins lucrativos, e a programas de incentivo. Especificamente, no caso da Bacia de Campos já existem metas e planos destinados a fomentar a competitividade e as oportunidades de negócios do setor. Nós conversamos com representantes das entidades mais significativas para a cadeia produtiva do petróleo, o que só reforçou as boas perspectivas para a superbacia Sônia Vasconcelos

A

proximar o fornecedor local das empresas que detêm os grandes contratos, dentre eles os de construção e montagem. Este é o projeto que faz parte do Planejamento Estratégico da Uni dade de Negócios da Bacia de Campos da Petrobras. Trata-se de uma ação conjunta entre a estatal, a Onip e o Sebrae. A idéia, iniciada no ano passado, tem foco, agora, nas demandas críticas da UN-BC. Um sinal de novas oportunidades para fornecedores, que operam em Macaé e no seu entorno, terem acesso às demandas de consumo de bens e serviços para a Petrobras, que virão nos próximos anos. “Nós vamos buscar empresas cadastradas que podem ampliar seus negócios e as que ainda não são 86

MACAÉ OFFSHORE

cadastradas na estatal. O principal dessa ação é apontar a demanda futura e fortalecer o fornecimento local”, explica Alfredo Renault, superintendente regional da Onip e IBP. Ainda este ano, haverá um mapeamento das empresas, a fim de identificar o potencial tecnológico local, para que elas possam atender aos itens que hoje precisam ser contratados fora da região ou no exterior. “Em 2008, faremos as ações concretas na busca de crédito e parcerias com centros de pesquisa e universidades, com o objetivo de agregar mais tecnologia às empresas que estão fornecendo para a Bacia de Campos”, conclui Alfredo Renault. Ele ressalta também que cabe à UN-BC o mérito de apoiar os incentivos das


Petrobras

instituições junto ao empresariado. “Isso, porque, independentemente dos royalties, a Bacia de Campos tem um papel fundamental na economia da região, contribuindo para o desenvolvimento do mercado que gira em torno do apoio à produção”.

Novos projetos visam oportunidade para os moradores da comunidade

Todo esse trabalho está ligado ao projeto APL – Arranjo Produtivo Local – que é um dos projetos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, o Prominp, do governo federal. A vantagem de Eliete Rosado, coordenadora da Nova Política de Contratação, da Petrobras UN-BC e coordenadora do Prominp um movimento integrado é preencher o cadastro da Petrobras nas áreas em que há falta ou poucas oportunidade de renovação, recrutando novos profissionais. opções de fornecedores. E, nas rodadas de negócios, como a Fizemos um convênio com o Senai Macaé e elaboramos que acontece na Feira Brasil Offshore, a estatal terá uma oferta treinamentos focados nestas áreas”, conta Eliete Rosado da maior de fornecedores em potencial. O PNQP – Plano Nacio- Silva Xavier, coordenadora da Nova Política de Contratanal de Qualificação Profissional é outro projeto do Prominp, ção, da Petrobras UN-BC e coordenadora do Prominp, na que tem como meta qualificar profissionais para o mercado região. Quem for aprovado no processo público do PNQP de óleo e gás. Através dele serão ofertados treinamentos aos e estiver desempregado, vai ganhar bolsa integral para os moradores da comunidade para que tenham oportunidade de treinamentos. Aqui na cidade, o processo só acontece para nível médio e técnico. O aluno aprovado vai receber o curso serem absorvidos pela indústria, neste segmento. mais a ajuda de custo, que varia de R$ 300 a R$ 600. Os “O quadro de profissionais vai envelhecendo, as pessoas treinamentos têm a finalidade de qualificar profissionais se aposentam e algumas áreas ficam críticas. Temos que dar que aprenderam a executar um determinado trabalho no

MACAÉ OFFSHORE

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Arquivo IBP

Álvaro Teixeira, secretário executivo do IBP

dia-a-dia, já que não existiam até aqui cursos para capacitar o trabalhador, especificamente, na área de petróleo. O curso de Simulador de Guindastes é um bom exemplo disso, pois é o primeiro curso da América Latina. Como tem dimensão nacional, o Prominp vai criar um banco de oportunidades, informando quais são as carreiras e profissionais disponíveis. “As empresas vão poder acessar esse banco e recrutar o trabalhador, através das associações de classe, associações empresariais. Então, parte do processo é qualificar quem já está no mercado e a outra parte é inserir novos profissionais no setor”, esclarece Eliete Rosado. Mas isso não é tudo, a coordenadora chama a atenção

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para a necessidade de flexibilização nos contratos da Petrobras. “Os novos profissionais não vão poder cumprir a exigência de 2, 5, 10 anos de experiência. Obviamente, não podemos ter 100% de mão-de-obra inexperiente, seria um risco de acidentes nas plataformas. Estamos definindo qual o percentual que pode ocupar as vagas sem comprometimento da segurança das pessoas e das instalações”.

devido à falta de recursos, que apesar de previstos na própria Lei do Petróleo, são contingenciados pelo governo. A saída é dar continuidade ao diálogo estabelecido pelo IBP com o MMA e o Ibama no início do ano, visando desenvolver uma agenda de colaboração técnica com a indústria, inclusive de treinamento, que infelizmente foi interrompido”, observa Álvaro Teixeira, secretário executivo do IBP.

O IBP soma esforços para agilizar os processos de licenciamento ambiental

A indústria do petróleo também aguarda com expectativa a aprovação dos blocos para a 9ª Rodada de Licitações, que poderá ocorrer entre outubro e novembro deste ano. O CNPE – Conselho Nacional de Política Energética já aprovou as bacias (entre outras, Campos, Santos e Espírito Santo), mas é preciso que o processo ande e aconteça, como previne o engenheiro Álvaro Teixeira: “O impacto desse atraso nos investimentos vai ser sentido lá na frente, daqui a cinco anos, porque com isso a indústria acaba se retraindo. Não há nada mais negativo no negócio do petróleo do que a falta de previsibilidade”. Um outro caminho para acelerar as licitações, sugere o secretário, é buscar o apoio dos governadores dos estados envolvidos na articulação de pressão sobre o CNPE e o Executivo. Afinal, o sucesso na exploração das jazidas em suas águas territoriais vai gerar investimentos e futuras receitas, para o desenvolvimento estadual.

Se por um lado, a oferta de mão-de-obra tende a crescer, em outra ponta, a questão do licenciamento ambiental tem se tornado cada vez mais difícil nas operações offshore, sobretudo em águas rasas. O IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis vem somando esforços ao setor produtivo, no sentido de agilizar os processos de licenciamento junto ao Ibama e ao próprio Ministério de Meio Ambiente. “Hoje, especialmente, no licenciamento das operações petrolíferas em águas rasas, o que tem prevalecido é o princípio da ‘precaução’, isto é, na dúvida sobre a sensibilidade ambiental de uma determinada área a ser licenciada para operações exploratórias ou de desenvolvimento da produção, adia-se ou nega-se a licença. Qualquer que seja a decisão, deveria estar apoiada em dados concretos, derivados de estudos e projetos, que infelizmente os órgãos ambientais deixam de realizar


Luiz Bispo

Professional qualification: requirements from a market in expansion

Incentive to the industry Much of the success of the oil industry is due to actions taken by non-for-profit private institutions, and to incentive programs. Specifically, in the case of Campos Basin there are goals and plans intended to encourage the competitiveness and the business opportunities in the sector. We have talked to representatives of the most significant entities for the oil production chain, Sônia Vasconcelos which has reinforced the good perspectives for the superbasin

I

ntegrating local suppliers of companies holding large contracts, among which the construction and assem bly ones. This is the project that is part of the Strategic Planning Petrobras Campos Basin Business Unit. It is a joint action between the government-controlled company, Onip and Sebrae. The idea, conceived in the past, is now focused on the UN-BC critical demands. A sign of new opportunities for suppliers, who operate in Macaé and around it, to have access to the demands of consumption of goods and services for Petrobras, which are to come in the forthcoming years. “We will seek companies registered able to expand their businesses and the ones that have not registered in Petrobras suppliers’ registry. This action aims at pointing out future demands and strengthening local supply”, explains Alfredo Renault, Regional Superintendent of Onip and IBP.

Also in this year, the companies will be mapped, so as to identify the local technological potential, so that they may comply with the items that need to be contracted out of the region or abroad. “In 2008, we will take concrete actions to seek credits and partnerships with research centers and universities, aiming at adding more technology to the companies that are providing services and goods to Campos Basin”, Alfredo Renault says. He also points out that the UN-BC must be praised for the initiative of supporting incentives from institutions towards the business community. “This is true because, regardless of royalties, Campos Basin plays a critical role in the economy of the region, contributing for the development of the market around support to production”. MACAÉ OFFSHORE

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Luiz Bispo

The market tends to absorb most of the local content

New projects seek opportunity for the inhabitants of the community

This work is associated to the project APL – Local Productive Arrangement – which is one of the projects of the Program for the Mobilization of the National Industry of Oil and Natural Gas, Prominp, promoted by the federal government. The advantage of an integrated movement is filling up the registration of Petrobras in the areas lacking or provided with few options of suppliers. Additionally, in business rounds, as the one held in the Exhibition Brasil Offshore, the government-controlled company will have a greater offer of potential suppliers. PNQP – National Plan of Professional Qualification is another project developed by Prominp, which aims at qualifying professionals for the market

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MACAÉ OFFSHORE

of oil and gas. Through this project, the community inhabitants will be offered training so that they can be absorbed by the industry, in this segment. “The staff ages, people retire and some areas get critical. We must give the opportunity of refreshing, recruiting new professionals. We entered into an agreement with Senai Macaé and developed training focused on such areas”, Eliete Rosado da Silva Xavier says, coordinator of the New Contracting Policy, of Petrobras UN-BC and coordinator of Prominp, in the region. Those approved in the public selection process of PNQP and is unemployed, will be provided with an integral scholarship for training. Here in the city, the selection process is only held for people holding a high school or technical degree. Approved trainees will receive the course plus an allowance, ranging from R$ 300 to R$ 600. Training sessions are aimed at qualifying professionals who have learned to execute a particular work in their daily activities, as courses focused on professional qualification have never been offered so far, specifically in the oil segment. The course on Crane Simulator is a good example for that, as it is the first course of Latin America. As it is offered on a country-wide basis, Prominp will cretae a bank of opportunities, informing the careers and professionals available. “Companies will be able to access this bank and recruit workers, through labor unions, trade unions. Then, part of the process consists of qualifying who is in the market and the other part consists of inserting new professionals in the sector”, Eliete Rosado says. But that is not all. The coordinator calls the attention to the need of bringing greater flexibility


to contracts with Petrobras. “The new professionals will not be able to meet the requirement of 2, 5, 10 years of experience. Obviously, we cannot have 100% of inexperienced labor, as it would lead to risks of accidents on the platforms. We are defining the percentage that can fill up positions without jeopardizing people’s and facilities’ safety”.

IBP joins efforts to speed up environmental licensing processes

On one hand labor offer tends to grow, but on the other hand the issue of environmental licensing have become increasingly difficult in offshore operations, chiefly in shallow waters. IBP – Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels has been contributing with its efforts to the productive sector, in order to speed up licensing processes field in Ibama and the Ministry of Environment. “Today, especially, in the licensing of oil operations in shallow waters, the principle of ‘precaution’ has prevailed, that is, if there are doubts related to the environment sensitiveness of a given area to be licensed for exploration or production development operations, license is postponed or denied. Whatever is the decision, it must be grounded

in concrete data, coming from studies and projects, which unfortunately the environmental agencies fail to carry out due to lack of funds, which in spite of being included in the Oil Act, are cut down by the government. The way out consists of continuing the conversations established by IBP with MMA and Ibama in the beginning of the year, aiming developing a schedule of technical collaboration with the industry, including training, which unfortunately has been interrupted”, says Álvaro Teixeira, IBP Executive Secretary. The oil industry also expects the approval of the blocks for the 9th Round of Bids, which may be held between October and November of this year. CNPE – National Council of Energy Policy has already approved the basins (including, but not limited to Campos, Santos and Espírito Santo), but the process must be developed and must take place, as the engineer Álvaro Teixeira says: “The impact of such delay in investments will be felt in the future, five years from now, because the industry

will end up giving a step back. There is not anything more negative in the oil business than lack of predictability”. Another way to speed up bids, the secretary says, is seeking the support of governors of the states involved in the movement of pressing CNPE and the Executive. All and all, the success in the exploration of reserves in its territorial waters will generate investments and future revenues, for the state development.

Alfredo Renault, regional superintendent of BC - ONIP and IBP

MACAÉ OFFSHORE

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Claudia Barreto

Novos campos com início de produção previsto ainda para este ano

Bacia de Campos: 30 anos de história e um grande futuro pela frente

Newton Monteiro Diretor da ANP

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alar sobre a Bacia de Campos é contar uma história de 30 anos de sucesso, com um futuro brilhante pela frente. Tudo começou nos anos 70, época do chamado “milagre brasileiro”, com a descoberta de grandes campos produtores, e ainda está muito longe de terminar. Todas as etapas dessa trajetória foram marcadas por grandes conquistas. A principal é auto-suficiência brasileira na produção de petróleo, atingida no ano passado, fruto dos resultados obtidos na principal província petrolífera brasileira, que abriga cerca de 90% das reservas nacionais de petróleo e gás natural. O primeiro passo em direção ao offshore brasileiro foi motivado pelos conflitos nos países árabes e os choques do petróleo de 1973 e 1979. A necessidade de garantir o abastecimento interno diante da elevação dos preços pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) levou o país a procurar reduzir a de-

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pendência externa em petróleo. O local escolhido para a realização dessa tarefa foram os 154 mil quilômetros quadrados da Bacia de Campos compreendidos entre o litoral do Espírito Santo e o do Rio de Janeiro. A primeira grande descoberta foi o campo de Garoupa, em 1974, e a reboque vieram outros, ainda da década de 70. Pode-se dizer, sem exagero, que a história da indústria brasileira do petróleo está dividida em duas fases: antes e depois da Bacia de Campos. O trabalho foi consolidado ano após ano. Na década de 90, a Petrobras tornou-se a maior produtora do mundo em águas profundas, com 65% da área de seus blocos exploratórios localizados no mar e o início das atividades em profundidades superiores a 400 metros. Em 2003, a produção chegou a 1,54 milhão de barris/dia. Em 2006, veio a tão sonhada


logias avançadas, que estão sendo importadas por outros países, e a formação de um quadro de técnicos especializados em offshore.

Newton Monteiro, diretor da ANP

auto-suficiência, com o início das operações da plataforma P-50 no campo de Albacora Leste, ao norte da Bacia de Campos. A Bacia de Campos atingiu seu auge. Abriga as nossas maiores áreas produtoras, como o campo de Roncador, com fôlego para produzir por, no mínimo, 70 anos, a exemplo de campos existentes no exterior, em atividade há cerca de 100 anos. Os desafios enfrentados pela Petrobras na produção em profundidades cada vez maiores possibilitaram o desenvolvimento de tecno-

Histórico de Produção Ano Petróleo (bbl/d) Gás (Mm³/d)

A presença de companhias de origem estrangeira em Campos demonstra o acerto do modelo adotado no Brasil no final dos anos 90. Os novos players confirmam o potencial do subsolo brasileiro e, ao mesmo tempo, a competição permite à Petrobras assegurar sua liderança na nova realidade do mercado.

1997

597.148

10.618

1998

717.271

12.444

1999

846.074

15.145

2000

979.882

15.627

2001

1.042.855

16.359

2002

1.203.214

18.894

2003

1.240.533

18.413

Atingir a auto-suficiência demandou esforço e competência. A experiência será útil para nova etapa que se inicia: tornar essa auto-suficiência sustentável. A Bacia de Campos tem muito a contribuir nesse sentido. A expertise adquirida nos últimos 30 anos já está sendo utilizada nas áreas arrematadas nas rodadas de licitação realizadas anualmente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desde 1999.

2004

1.222.432

18.621

2005

1.390.084

21.937

2006

1.451.786

22.502

Novas promessas estão surgindo. O campo de Polvo, operado pelo grupo Devon Energy, tem início de produção previsto para este ano. O mesmo deverá ocorrer em 2008 com o campo de Frade, da Chevron Corporation. Decorridos 30 anos, pode-se dizer que muitos capítulos ainda serão acrescentados à história da Bacia de Campos.

Fonte: ANP/SDP.

Produção em Março/2007 Petróleo (bbl/d) Gás (Mm³/d)

1.494.185 22.681

Fonte: ANP/SDP.

Situação dos Campos Em Desenvolvimento

19

Em Produção

39

TOTAL

58

Fonte: ANP/SDP.

MACAÉ OFFSHORE

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Luiz Bispo

Campos Basin: 30 years of history and a great future ahead New fields located at the Basin are expected to start production this year

T

alking about Campos Basin is to tell a history of 30 years of success with a bright future ahead. It all started in the 70s, a time when the so-called “Brazilian miracle” was taking place, with the dis covery of great production fields; a time which is far from coming to an end. All the steps in this journey were singled out by great achievements. The biggest of them all is the Brazilian self-sufficiency in oil production, reached last year, an outcome of results obtained in the main Brazilian oil province, which comprises around 90% of national oil and natural gas reserves.

in two phases: before and after Campos Basin.

The first step towards the Brazilian offshore was stimulated by the conflicts in Arabian countries and the oil shocks in 1973 and 1979. The need to ensure domestic fueling before the price increase by the Organization of the Petroleum Exporting Countries (Opec) made the country go after a solution to reduce dependence on oil from foreign countries. The place chosen to carry out this task was the 154 thousand square kilometers of the Campos Basin between Espírito Santo and Rio de Janeiro coast.

Campos Basin has reached its peak. It comprises our largest producing areas, such as Roncador field, with the capacity to produce yet another 70 years, at a minimum, similar to existing fields abroad, in activity for around 100 years.

The first great Discovery was the Garoupa field, in 1974, and right after that, other fields came up, still in the 70s. It can be said that the oil history in Brazil is divided 94

Newton Monteiro ANP Officer

MACAÉ OFFSHORE

The work was strengthened year after year. In the 90s, Petrobras became the world largest producer in deep waters, with 65% of the area of its exploration blocks located at the sea and the beginning of the activities in depths bigger than 400 meters. In 2003, the production reached 1.54 million barrels/day. In 2006, the longed for self-sufficiency happened with the beginning of operations in the platform P-50 at Albacora Leste field, Northern of Campos Basin.

The challenges faced by Petrobras in the production in depths even bigger have enabled the development of advanced technologies which are being imported by other countries, and the training of a staff of technicians with offshore specialization. The presence of foreign origin companies in Campos


shows the adjustment of the model adopted in late 90s. The new players confirm the potential of Brazilian underground and, at the same time, the competition enables Petrobras to ensure its leadership position in the new market reality. Reaching the self-sufficiency has demanded effort and competence. The experience will be useful at the new step which is ahead: to turn this self-sufficiency, sustainable. Campos Basin has a lot to contribute in this aspect. The expertise acquired in the last 30 years is already being used in areas bought in bid rounds which have been held annually by the Brazilian National Petroleum, Natural Gas and Biofuels Agency (ANP) since 1999. New promises are arising. The Polvo field, operated by Devon Energy group, has its production start estimated for this year. The same shall happen in 2008 with Frade field, from Chevron Corporation. After 30 years, it can be said that many chapters are yet to be added to Campos Basin’s history.

Production History of Campos Basin

Status of Fields in Campos Basin

Year Oil (bbl/d) Gas (Mm³/d) 1997 597.148 10.618 1998 717.271 12.444 1999 846.074 15.145 2000 979.882 15.627 2001 1.042.855 16.359 2002 1.203.214 18.894 2003 1.240.533 18.413 2004 1.222.432 18.621 2005 1.390.084 21.937 2006 1.451.786 22.502 Source: ANP/SDP.

Under Development In Pr oduction TOTAL Source: ANP/SDP.

19 39 58

Production of Campos Basin in March/2007 Oil (bbl/d) Gas (Mm³/d) Source: ANP/SDP.

1.494.185 22.681

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Jorge Ronald

Sônia Vasconcelos

Rio das Ostras ZEN responde às expectativas Com obras de infra-estrutura, incentivo fiscal e concessão de direito de uso do solo, a Zona Especial de Negócios, em Rio das Ostras, alavanca investimentos em todas as áreas e atrai empresas dos vários segmentos

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o mínimo, duas empresas se mostram inte ressadas em se estabelecer na ZEN, diaria mente. A corrida para garantir um espaço no empreendimento tem respaldo nos investi mentos que a Prefeitura fez no local e nas facilidades oferecidas. “O município investiu mais de R$ 15 milhões em toda a área e agora pode disponibilizar redes de água e esgoto, pavimentação, eletrificação e uma estação de tratamento de esgoto, feita em parceria com a Petrobras e o governo do Estado”, enumera Roger Vilela, presidente da Comissão Consultiva da ZEN e subsecretário de Turismo Indústria e Comércio. Implantar sua empresa na ZEN é duplamente atraente para o investidor. A começar pela alíquota de ISS de 2% uma das mais baixas do estado. O outro estímulo fica por

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MACAÉ OFFSHORE

conta da concessão de direito real de uso do solo, por 15 anos, podendo ser renovado por mais 15. O custo de uma área de 2 mil m², por exemplo, sai para a empresa por R$ 1 mil reais ao ano. A localização de Rio das Ostras também é um item benéfico para os negócios. E pesou na decisão da V & M do Brasil. A empresa instalou a sua Base Logística de Operações e Serviços, na Zona Especial de Negócios, em junho de 2006. Ela foi criada para fornecer serviços relacionados a tubos petrolíferos fabricados pela VMB, vendidos para a Petrobras e outras empresas. “Estar presente nessa região possibilita o aumento dos serviços prestados, bem como o atendimento a novos clientes como, por exemplo, a Shell. Os incentivos oferecidos pela Prefeitura de Rio das Ostras também foram outro fator importante para


setor petróleo, o comércio e serviços em geral, como no caso da primeira fábrica de risers do país, trazida pela Aker Kaever, e outros negócios, como a concessionária Volkswagen de caminhões, a Honda e o Hospital de Unimed, por exemplo.

Carlos Augusto Balthazar, prefeito de Rio das Ostras

a escolha da cidade”, analisa Luiz Mário Moliterno, coordenador da base. Bom negócio para o investidor, excelente retorno para o município.

Hoje, com seis empresas em funcionamento e outras 30 em fase de obras, a ZEN é responsável por uma arrecadação de R$ 300 mil reais para os cofres públicos. Quando estiver completamente ocupado, o empreendimento vai abrigar 80 empresas, gerando 4 mil empregos diretos e 8 mil indiretos, distribuídos entre a cadeia produtiva do

A verdade é que a Zona de Negócios vem fomentando investimentos em várias frentes de trabalho da Prefeitura. E, no seu entorno, o interesse da iniciativa privada começa a despontar, com a instalação de um condomínio de luxo. O Grupo Sonda - uma grande rede de supermercados em São Paulo - também já comprou uma área nas proximidades e quer investir no ramo imobiliário, em Rio das Ostras. Todo esse movimento faz com que as verbas públicas tomem o rumo que o contribuinte espera: prover a qualidade de vida. “Com a constru-

Ao destinar os royalties do petróleo à infra-estrutura e à tentativa de criar alternativas de desenvolvimento, a cidade mostra que é diferente. Não é à toa que ganha as páginas da grande mídia, quando emplaca mais uma edição do seu Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Atraindo um público que chega de vários pontos do Estado e do país, o evento leva aos palcos ao ar livre, portanto, gratuitos, atrações internacionais, consagradas do gênero. Entre os solos de sax, o pôr do sol e o mar como companhia, a cidade caminha a passos largos para atender a expectativa dos empresários que decidem por instalar seus negócios em Rio das Ostras. Maurício Bittencourt

Na medida em que a Prefeitura ordena e controla a chegada de empresas em seu território, sejam elas comerciais ou industriais, ela estabelece um desenvolvimento de mão dupla: benéfico para quem mora e para quem visita a cidade. Ao se instalar na ZEN, a empresa se compromete com as diretrizes do Plano de Gestão Ambiental do município. O objetivo é preservar a saúde do meio ambiente e manter o crescimento da vocação turística da cidade. “Haverá um monitoramento diário dos descartes industriais - sólidos ou líquidos - da água, do solo e da qualidade do ar. Através de análises, poderemos detectar qualquer dano ao meio ambiente. Por isso, as empresas só começam a funcionar quando estão devidamente licenciadas por órgãos ambientais”, informa Roger Vilela.

Para garantir oportunidade de trabalho ao morador local, a Prefeitura criou o Programa de Qualificação Profissional. A proposta prevê a realização de 42 cursos gratuitos nas áreas de turismo, serviços e petróleo. Apenas neste primeiro semestre de 2007 estão sendo oferecidas 1.500 vagas. “Qualificar a mão-de-obra da população de Rio das Ostras é prioridade da administração municipal a fim de que possamos atender de forma adequada a demanda das empresas locais”, diz o prefeito Carlos Augusto Balthazar.

ção do emissário, nosso sistema de tratamento de esgoto ficou completo, capaz de garantir os atributos das praias. Temos 85% da população atendida com água encanada. Na área da segurança, contamos com 400 guardas municipais. A saúde está bem equipada: já dispomos de tomógrafo e equipamento para videolaparoscopia. Revitalizamos a Rodovia Amaral Peixoto, com ligação do Centro à Estrada do Contorno. Enfim, são ações para que fique mais agradável ainda viver em Rio das Ostras”, conclui Carlos Augusto.

Investimentos em infra-estrutura são a prioridade da prefeitura de Rio das Ostras

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ZEN of Rio das Ostras meets expectations

CWith infrastructure works, tax incentives, and the concession for the right to use the land, the Special Business Zone, in Rio das Ostras City, leverages investment in all areas and attracts companies from distinct segments

Sônia Vasconcelos

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cond one is the concession for the real right to explore the soil for 15 years, renewable for more fifteen. The costs incurred in a two (2) thousand m² area, for example, is no more than R$ 1 thousand reais a year for the company. The location of Rio das Ostras City is also a complementary benefit for the business and has influenced the decision of V & M do Brazil.

Implementing a business at ZEN is attractive for the investor for two strong reasons. To begin with, the 2% ISS (Municipal Service Tax) rate is one of the lowest in the State, and the se-

The company Logistics Base for Operations and Services was installed at the Special Business Zone on June 2006. It was created to supply services related to oil pipes manufactured by VMB and sold to Petrobras and other companies. “To be present in this region means the possibility of an increase in service provision as well as serving new clients like Shell, for example. Incentives from the part of the City Government of

Jorge Ronald

t least two companies a day show interest in opening a business at ZEN. The race-like effort to obtain a space in the project is a result of investments made by the City Government in the area and in the faci lities. “The county has invested more than R$ 15 million in the area for the provision of services such as water and sewage, paving, electrification, and a water treatment station resulting from the partnership with Petrobras and the State Government,” according to Roger Vilela, President of the ZEN Consulting Board and Tourism, Industry and Commerce Subsecretary.

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Jorge Ronald

Jorge Ronald

Investments in infrastructure are given priority in Rio das Ostras city hall

Rio das Ostras also helped in selecting the city,” says Luiz Mário Moliterno, the base coordinator. Good business for the investor, excellent return on investment for the City Government. As the City Government organizes and controls the occupation of the territory by both commercial and industrial companies, a two-way flow of development is established: good for the citizens and for the tourists. Upon installation at ZEN, the company is aligned with the guidelines of the City Environment Management Plan. The target is preservation of the environment along with enhancement of the tourist features. “Monitoring of industrial discharges shall be done on a daily basis – solid or liquid – for water, solids and air quality. The analysis will detect potential damages to the environment and companies will start their performances only after duly accreditation by environmental organs,” Roger Vilela explains. With six companies currently working and 30 more in the construction phase, ZEN is responsible for the collection of de R$ 300 thousand reais for the public treasure. When fully occupied, the project will have 80 companies, generating 4 thousand direct jobs and another 8 thousand indirect ones, shared among the productive chain of the oil sector, commerce and general services, as seen in the first risers plant in the country, brought here by Aker Kaever, and other businesses

as the Volkswagen truck dealer, Honda and the Unimed Hospital, for example. To guarantee job opportunities for the citizens, the City Government has created the Professional Qualification Program with the objective of promoting 42 free courses on tourism, services and oil. Only in the first half of 2007, there are 1,500 vacancies available. “The municipal administration is prioritizing the qualification of Rio das Ostras manpower so that they will become ready for the local demand of companies,” Mayor Carlos Augusto Balthazar says.

“After the conclusion of the sub sea sewerage system, the treatment is now complete enabling current use of the beaches. A percentage of 85% of the population is served with water pipe systems. In the security area, we have a group of 400 city guards. The health system is also well equipped with tomograph and videolaparoscopy equipment. We have revitalized the Amaral Peixoto Highway, which connects downtown to the Contorno Road. With these actions, we expect Rio das Ostras to become a even nicer place to live,” Carlos Augusto explains. By directing oil royalties towards the use in infrastructure and in the attempt to create alternatives for development, the city gains distinction. No wonder it appeared in the media after deciding for another edition of the Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Attracting a great public from all over the state and the country, the open air event brings onto the stage, for free, international artists, famous in their musical genre. Among sax solos framed by the sunset and the sea, the city strides along in long steps towards the fulfillment of entrepreneurs’ expectations, when they decide to set up their businesses at Rio das Ostras.

The truth is that the Business Zone is attracting interest in investments from different working segments of the City Government. And in the business outskirts, the private sector’s interest starts emerging with the installation of a large and luxurious condominium. Grupo Sonda – a big supermarket chain in São Paulo – has also bought a nearby area for the real state business in Rio das Ostras. All this movement drives the public treasure towards the taxpayers expectations’: Roger Vilela, president of the Advisory Commission of ZEN and deputy add to quality of life.

secretary of Tourism, Industry and Commerce

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Modal aéreo, mais conforto para o aeroporto de Macaé

Saiu do papel o projeto do novo saguão de embarque e desembarque do aeroporto de Macaé. A obra segue o modelo waiting de construção, desenvolvido pela Poli Engenharia, que une funcionalidade, baixo custo e rapidez. Já tem até data para começar a funcionar

Sônia Vasconcelos

T

udo indica que no dia três de outubro, aniversá rio da Petrobras, o presidente Lula esteja na ci dade, inaugurando as novas instalações do ter minal de passageiros do aeroporto. Com seus 457 m² e pé direito de 4,60 m, o saguão vai abrigar balcão de atendimento e apoio; lojas de conveniência, com instalações para lanches rápidos, no sistema self service; nove pontos de acesso a internet; maleiro; telefones públicos; serviço de som por fones de ouvido descartáveis, plugados junto às poltronas – elas possuem porta-bagagem; sistema de transmissão permanente de vídeo, com informação sobre embarque e desembarque; além de sanitários com adaptações para portadores de necessidades especiais e sala para autoridades, entre outras comodidades. Muito conforto, em pouquíssimo tempo de obra. Isso só é possível, porque a estrutura será erguida no modelo construtivo waiting. Uma tecnologia desenvolvida pela Poli Engenharia, que usa placas feitas com polímeros de alta densidade em vez da alvenaria convencional. E ela tem vantagens extras: o ambiente é climatizado por um

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Estrutura Waiting do saguão do aeroporto de Macaé

sistema de ar-condicionado pressurizado, na forma de um armário para facilitar a limpeza. Esse ar recebe tratamento de filtragem e lavagem, evitando o ressecamento das vias nasais, e principalmente, a contaminação virótica. O piso é de granito, colocado sobre uma manta e fundido numa borracha de silicone, o que elimina o ruído de saltos de sapato. E é por dentro dessa estrutura inteligente, que corre uma malha de voz e dados, além dos serviços de água e luz. Para solucionar algum contratempo, um técnico pode remover uma das placas do piso, com a ajuda de um estilete. A novidade chega em boa hora, entende o prefeito de Macaé, Riverton Mussi: “Esse novo sistema arquitetônico vai atender com maior eficiência os 1,5 mil passageiros, que movimentam nosso aeroporto, diariamente, entre pousos e decolagens”. Segundo a Infraero, as operações no aeroporto de Macaé deverão atingir, até 2008, a marca de 600.000 passageiros/ ano. Por isso, já existe um projeto para a sua ampliação. “A Prefeitura fez todas as desapropriações necessárias para


a obra, restando somente detalhes legais que estão sendo tratados pela Procuradoria do Município. Quanto ao aumento das operações de vôos comerciais, vai depender de uma política de aviação regional, que hoje é necessária em todo o País, e um maior interesse das próprias operadoras do setor”, avalia Pedro Azambuja, Superintendente Regional do Leste da Infraero. Se depender das ações municipais, as operadoras terão motivo para aumentar seus investimentos em Macaé, como sinaliza o prefeito Riverton: “O local está à disposição da Infraero, que fez um projeto para aumentar a pista para 1800 metros. O projeto prevê que a pista poderá receber aeronaves de grande porte de vôos regionais, mas tudo – inclusive as obras - depende da Infraero, já que o aeroporto é federal. A única pendência diz respeito a localização do hangar”.

A qualidade que faz a diferença

A tecnologia construtiva para produção e montagem onshore e offshore de módulos de acomodação levou a Poli Engenharia a vencer mais uma vez o processo de licitação da Petrobras. A estatal anunciou em seu edital, que o novo terminal de passageiros deveria trazer a essência do modelo waiting de edificação - leveza e inoxibilidade. Características testadas e aprovadas

pela Petrobras, em outras instalações: no Hospital do Parque de Tubos, no prédio que abriga os bancos da sede da estatal e nas acomodações das plataformas P-19, P-47, PNA- 1, P-9 e P-40, todos desenvolvidos no modelo Waiting. O sucesso desse tipo de construção tem retorno a olhos vistos. Quem não se recorda do vendaval que revirou até aeronaves no aeroporto? Os prédios Waiting se mantiveram inabaláveis, porque são estruturas absolutamente apropriadas para momentos de sísmica, certificadas pelo IPT. Mas as vantagens dessa construção vão além da sua integridade. Se o terreno do aeroporto fosse receber uma obra convencional, seria preciso estaquear no ponto menor 48 m e 318 m de profundidade no mais longo. A lógica é que o m² no wating pesa 14 kg e o m² da alvenaria, 296 kg, sem revestimento. É de Fernando Caldas, o superintendente da Poli Engenharia, a melhor tradução para a tecnologia Waiting: “Não é um prédio, é uma energia. A gente não trabalha com paredes, e sim com o som que passa por elas. Pensando no toque pessoal de quem vai conviver ali. A estrutura não pode parecer uma geladeira, só porque é um painel. A pintura, por exemplo, é uma tinta especial da Dupont, que deixa um aspecto aconchegante, mais doméstico”.

O desafio de fazer o melhor pelo menor custo

Pedro Azambuja, Superintendente Regionaldo Leste da Infraero e Fernando Caldas, superintendente da Poli Engenharia

Parceira da Alcoa – a maior empresa em alumínio do mundo - , a Poli tem conquistado espaço no mercado com soluções criativas. Para o projeto do saguão do aeroporto, a empresa buscou o menor preço, a fim de tornar o seu Waiting comercialmente mais atrativo. Para

Riverton Mussi, prefeito de Macaé

isso, foi atrás de outros parceiros. “O Banco Real permitiu que a gente depreciasse o bem até onde fosse necessário para ganharmos a concorrência, ou seja, em cinco anos. Temos o aluguel da estrutura por dois anos, e o banco assume o risco conosco nos outros três. Como administrar isso? Fizemos um seguro intrabanco e resolvemos a questão. Existem muitas formas de fazer a mesma coisa”, assegura. No fim das contas, a Poli vai receber pelo aluguel do saguão, R$ 83 mil ao mês. E a obra custará à Petrobras R$ 3 milhões e 200 mil reais. Com o mesmo empenho em realizar empreendimentos tecnicamente e comercialmente corretos, a Poli Engenharia já começa a levar sua tecnologia Waiting para a construção residencial. E, olha: não falta nada que tenha numa residência tradicional, com a diferença que vai interferir positivamente na economia doméstica, avisa Fernando Caldas: “Vale lembrar que as escamas do alumínio potencializam luz e calor, permitindo o aquecimento da água. O acabamento é ao gosto do freguês: amadeirado, por exemplo. É possível escanear e dar ao alumínio a textura desejada, tudo pré-industrializado”. O futuro chegou! MACAÉ OFFSHORE

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Air mode, greater comfort for Macaé airport

The design of the new boarding and unboarding lounge of Macaé airport has been put in practice. Construction works follow waiting model of construction, developed by Poli Engenharia, which gathers functionality, low cost and quickSônia Vasconcelos ness. It already has a scheduled to start operating to solve any pitfalls, a technician may remove one of the plates of the floor, with a bodkin. The novelty arrives at a good moment, says the mayor of Macaé, Riverton Mussi: “This new architecture system will serve more efficiently 1.5 thousand passengers, who move around our airport, on a daily basis, between landings and take-offs”.

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According to Infraero, operations in the airport of Macaé must reach, up to 2008, the number of 600,000 passengers/year. Because of that, the airport will probably be expanded. “The city hall made all expropriations required to the work. Outstanding legal details being treated by the City Attorney Geneal’s Office. As to the increase of commercial flight operations, it will depend on a regional aviation policy, which is required throughout the country, and a greater interest of the airlines operating in the sector”, says Pedro Azambuja, Infraero’s East regional superintendent. Airport lobby with the Waiting concept: comfort and functionality

hances are that on October 3, anniversary of Petro bras, the President Lula visits the city, to open the new facilities of the passenger terminal of the new airport. With its 960 square meters and height of 4,60 meters, the lounge will shelter a held desk; pay phones; passenger service room; briefing room and toilets specially designed for disabled people and room for authorities, and other conveniences. Much comfort, within a short period of construction works. This is only possible because the structure will be erected in the waiting constructive model. A technology developed by Poli Engenharia, which uses plates made of high-density polymers instead of conventional masonry. It also has extra advantages: the environment is acclimatized through a pressurized conditioning system, in the shape of a cabinet to make cleaning easier. Such air is filtered and washed, avoiding thus drying of nasal ways, and mainly, virus contamination. The floor is made in granite, placed in a membrane and cast in a silicone rubber, which eliminates noise from shoe heels. Within this intelligent structure, a network of voice and data is run, in addition to water and lighting services. In order

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If everything depends on city actions, the airlines will have a reason to increase their investments in Macaé, as the mayor Riverton says: “The site is at Infraero’s disposal, which developed a project to increase the track to 1,800 meters. According to the design, the track will be able to receive large-sized aircrafts of regional flights, but everything – including the works – depends on Infraero, as the airport is federal. The only outstanding matter is the location of the hangar”.

The quality that makes the difference

The constructive technology for onshore and offshore production and assembly of lodging modules has led Poli Engenharia to win another bidding process held by Petrobras. The government-controlled company announced in the call for bid, that the new passenger terminal should bring the fundamentals of the waiting model for erections – lightness and stainlessness. Characteristics tested and approved by Petrobras, in other facilities: in the Hospital of the Pipe Center, in the building that shelters the banks of Petrobras headquarters and in the accommodations of platforms P-19, P-47, PNA- 1 e P-40, which have been developed according to the waiting model.


The success of this type of construction provides returns before our very eyes. Who remembers the windstorm that turned aircrafts around in the airport? The waiting buildings kept intact, as their structure is absolutely appropriate for seismic moments. But the advantages of this type of construction go beyond integrity. If the land of the airport was to receive a conventional work, 48 meters of piles would have to be driven at the shortest point and 318 meters of piles would have to be driven at the longest point. The logic is that the square meter in waiting weighs 14 kilos and the square meter in masonry, 296 kilos, without lining. Fernando Caldas, the superintendent of Poli Engenharia, provides the best translation for the waiting technology: “It is not a building, it is energy. We do not work with walls, but rather with the sound that goes through them. Thinking in the personal touch of people who will live there. Only because it is a panel, the structure cannot look like a refrigerator. Painting, for instance, is a special paint of Dupont, which provides a cozy, more domestic-like aspect”.

The challenge of doing the best for the lowest cost

Partnership with Alcoa – the greatest aluminum company in the world – , Poli have conquered space in the marketplace with creative solutions. For the airport lounge design, the company sought for the best price, so as to turn its waiting more commercially attractive. For that, it sought for other partners. “Banco Real allowed us to depreciate the Pedro Azambuja, Infraero’s Regional East Superintendent and asset to the extent required for us general manager of the Business Unit in Campos Basin (UN-BC), Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição to win the bid, that is, in five years. We will rent the structure for two years, jects, a Poli Engenharia starts to take its and the bank undertakes the risk with us waiting technology to house construction. in the other three. How to manage that? And it provides everything a traditional We contracted an interbank insurance residence requires, with the difference and solved the matter. There are many of not interfering positively in domestic ways of doing the same thing”, he says. economy, says Fernando Caldas: “It is All and all, Poli will be paid for the rental worth reminding that the aluminum scaof the lounge, R$ 83 thousand per month. les potentialize light and heat, allowing And the work will cost to Petrobras R$ 3 water heating. Finishing is tailor-made: million and 200 thousand Brazilian reais. wooden, for instance. It is possible to ream and give aluminum the desired With the same effort in developing texture, everything pre-industrialized”. technically and commercially correct pro- Future has come!

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Foto: arquivo pessoal

Espaço livre Petróleo, equilíbrio e desenvolvimento

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nossa querida Macaé, carinhosamente chamada de “Princesinha do Atlântico”, atinge o status de “Capital Nacional do Petróleo”. A Macaé em que cresci e corri pelas ruas de pés descalços ganha ares cos mopolitas às margens desta indústria. São 30 anos de produção da Bacia de Campos e a chegada da Petrobras aconteceu em uma Macaé até então pequena e sem muitos planos para o futuro. Mas o futuro chegou e hoje, três décadas depois, mudanças profundas podem ser percebidas na sociedade macaense e em toda a região. São 52 mil pessoas trabalhando na Bacia de Campos diretamente envolvidas no segmento do petróleo. Este número representa um salto de quase 15 mil desde o ano 2000 e, de acordo com o último Censo, 10% da população de Macaé corresponde a pessoas vindas de outros países. Soma-se aos números o anúncio de que a Petrobras pretende chegar a 2011 com 15 mil novos postos de trabalho o que, sem dúvida, alimenta ainda mais os sonhos de quem busca nesta cidade a saída para todos os seus problemas. Muitos chegam à procura de um emprego, mas não se enquadram em um pré-requisito fundamental, a qualificação. É esta qualificação que tanto defendo na presidência da Comissão de Minas e Energia da Alerj - Assembléia Legislativa do estado do Rio de Janeiro. A presença das plataformas não são as únicas mudanças produzidas pela Petrobras na porção norte do estado do Rio, mas a profissionalização tem de ser a palavra-chave desta mudança. A região do petróleo ficou mais forte depois da composição das Comissões Permanentes na Assembléia Legislativa do estado do Rio de Janeiro e na Câmara dos Deputados Federais. A Bacia de Campos, responsável por mais de 83% da produção nacional de petróleo, também está representada na Comissão de Brasília com o deputado federal e meu pai, Silvio Lopes, como membro efetivo e, quando o assunto são os projetos nas Comissões uma coisa já está definida: que muitos deles serão desenvolvidos em conjunto! Não é possível que jovens do estado que mais produz petróleo no país ainda sofram com a perspectiva do emprego que não se concretiza, esta também será uma das ações já definidas pelas Comissões de Minas e Energia: cobrar isso das autoridades. A Macaé que hoje sedia a quarta edição da Feira Brasil Offshore é a mesma que atualmente possui cerca de 6.000 empresas instaladas, mais da metade delas ligadas direta104

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mente à indústria do petróleo. Esta Macaé de sucesso e que é notícia em todo o mundo, é, no fundo, aquela mesma Macaé que guardo nos melhores momentos da minha infância. Esta percepção associada à oportunidade de crescer e acompanhar ao longo destes mais de 30 anos a evolução do setor e seu impacto econômico na região, me permite a clareza necessária para apresentar e discutir propostas e projetos que venham de interesse ao desenvolvimento de todo o nosso estado. Como deputado estadual pela segunda vez consecutiva, empenho-me na missão de buscar os melhores caminhos legislativos para estimular o crescimento e proporcionar ao estado do Rio de Janeiro como um todo, a continuidade deste processo. O equilíbrio a ser alcançado é justamente equalizar os anseios das populações municipais como emprego, saúde, educação com os negócios, taxas e compensações praticadas pela indústria do petróleo, sempre respeitando o meio ambiente, o verde e também o cultural. Como presidente da Comissão de Minas e Energia, também me preocupo com o desenvolvimento sustentável. Quando falo em desenvolvimento sustentável vou além da garantia harmônica entre sociedade e meio ambiente, e toco no cerne da questão que é criar oportunidades para o surgimento de outras economias que garantam ou, no mínimo, mantenham o desenvolvimento econômico impulsionado pela atividade petrolífera. O “Estado Maravilhoso” como costumo dizer, é este que estamos construindo juntos, com perspectivas reais e com uma visão de futuro que permita aos nossos jovens sonhar e realizar. Glauco Lopes Deputado Estadual Pres. Comissão de Minas e Energia da Alerj


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Foto: arquivo pessoal

Free Space Oil, balance and development

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ur so esteemed Macaé, lovely called the “Little Princess of the Atlantic Ocean”, reaches the sta tus of “Brazilian Capital of Oil”. The city of Ma caé, where I grew up and ran through the stre ets bare foot is now cosmopolitan-like on the margins of this industry. Campos Basin has producing for 30 years now and Petrobras arrived in Macaé, which was still small and with few plans for the future. But the future has come and today, three decades after, deep changes can be perceived in the society of Macaé and the region around it. There are 52 thousand people working at Campos Basin, who are directly involved in the oil segment. This number represents a jump of almost 15 thousand since the year of 2000 and, according to the last Censo, 10% of the population of Macaé corresponds to people coming from other countries. These numbers must be added to the announcement that Petrobras intends to reach 2011 with 15 thousand new job positions, which, undoubtedly, feeds even more the dreams of people who seeks in this city a way out to all their problems. Many people seek for a job, however they do not meet a fundamental requirement, qualification. This is the qualification I have defended so much as a president in the Commission of Mines and Energy of Alerj — House of Representatives of Rio de Janeiro state. The presence of the platforms are not the only changes produced by Petrobras in the north part of Rio, however professional qualification must be the key word of this change. The oil region got stronger after the formation of the Permanent Commissions in the House of Representatives of Rio de Janeiro state and the Federal House of Representatives. Campos basin, responsible for more than 83% of the national production of oil, is also represented in the Commission of Brasília with the federal representative and my father, Silvio Lopes, as effective member and, when it comes to the projects in the Commissions, one thing is defined: most of them will be developed in a jointly basis!

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the oil industry. This successful Macaé, which is reported on news all around the world is, essentially, the same city of Macaé I keep in my best memories of childhood. This perception, associated to the opportunity of growing and follow, throughout more than 30 years the development of the industry and its economic impact in the region, allows me the clearness required to present and discuss proposals and projects that are interesting to the development of our state. As state representative for the second time in a row, I am making efforts in the mission to seek for the best legislative ways to encourage the growth and provide to the state of Rio de Janeiro as a whole, the continuity of this process. The balance to be reached is to equalize the desires of the city population such as job, health, education with businesses, fees and compensations practiced by the oil industry, always respecting the environment, nature and culture. As president of the Commission of Mines and Energy, I am also concerned with sustainable development. When I say sustainable development, I go beyond the harmonic assurance between society and the environment, instead I am concerned with the core of the issue, which is creating opportunities for the appearance of other economies that are able to guarantee or, at least, keep the economic development driven by the oil activity.

It is not possible that young people from the state that most produces oil in the country still suffer with the perspective of the job that never comes up. This will also be one of the actions defined by the Commissions of Mines and Energy: we have to demand this from authorities.

The “Wonderful State” as I am used to say, is this one we have been building together, with actual perspectives and with a future vision that allows our young people to dream and have their dreams fulfilled.)

Macaé, which currently holds the fourth edition of the Exhibit Brasil Offshore also has around 6,000 companies installed, more than half of which are directly connected to

State Representative Pres. of the Commission of Mines and Energy of the House of Representatives of Rio de Janeiro State (Alerj)

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Glauco Lopes


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