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Carta ao Leitor
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ão são somente os números de expositores e de visitantes, que determinam a magnitude de um evento como a Brasil Offshore, realizada em junho. Esta observação toma como base a qualidade do que foi apresentado durante a nossa cobertura. Das modernas estruturas dos stands às novidades em equipamentos e serviços, tudo impressionou na Feira, que se mostrou positiva para quem esteve de um lado ou de outro do balcão. Neste número da Macaé Offshore, nós destacamos alguns exemplos de empresas que participaram do evento e agora contabilizam seu sucesso. Mas a Feira não é somente uma vitrine para “titãs”. Ela também privilegia os pequenos, através da Rodada de Negócios promovida pela Onip e pelo IBP. Numa oportunidade ímpar de negociar com grandes contratantes, microempresas vendem seu peixe. Para um mercado ávido por tecnologia, que favoreça especialmente a área de E&P, a Conferência promovida pelo IBP, contou com a parceria inédita da Society of Petroleum Engineers, possibilitando a troca de informação com a indústria mundial. E, no deadline do fechamento da Revista, a ANP pôde, finalmente, bater o martelo e divulgar os acertos para o próximo leilão de blocos exploratórios. A gente se despede certos de que, com data estipulada e a definição dos blocos, aumenta a credibilidade brasileira no mercado externo. Até a próxima!
Letter to the reader
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ot only the number of exhibitors and visitors defines the magnitude of an event such as Brasil Offshore, held in July. This observation is based on the quality that was shown during our coverage. From modern structures of the stands to novelties in relation to equipment and services, everything was impressive at the Trade Show, providing positive results for all participants. In this issue of Macaé Offshore, we highlight some examples of companies that took part in the event and now assess their success. But the Show is not only a place where “titans” can show their products and services. It also grants privileges to little companies, through the Business Round organized by Onip and IBP. In a unique opportunity to deal with great contracting companies, micro-companies sell their products. In a market avid for technology, which favors specially the E&P area, the Conference organized by IBP, included, for the first time, the partnership with the Society of Petroleum Engineers, providing the exchange of information with the world industry. And, on the deadline to wrap up the Magazine, ANP (Brazilian Petroleum Agency) could finally reach a decision and announce the arrangements for the next auction of exploratory blocks. We say goodbye, being sure that, with the date established and the definition of blocks, the Brazilian credibility in the market increases. Until next time!
Empresas e Negócios .............................. 08 Companies and Business ......................... 10 Uma questão de seguro........................... 12 A matter of insurance.............................. 12 Articulando / News & Views A lei do Gás pode evitar crise?................... 14 Can the Gas Law prevent the crisis?........... 15 Entrevista / Interview Ruben Maciel da Costa Val ........................... 16 Ruben Maciel da Costa Val .......................... 18 Brasil Offshore / Brasil Offshore O epicentro dos negócios do petróleo .............. 20 4 MACAÉ OFFSHORE MACAÉ OFFSHORE
A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngüe (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807- Cajueiros Macaé/ RJ - CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé/ RJ - CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br
Direção Executiva: / Executive Directors: Alexandre Calomeni / Bruno Bancovsky Gianini Coelho adm@macaeoffshore.com.br Publicidade: / Advertising: Alexandre Calomeni comercial@macaeoffshore.com.br Edição e Redação: / Editing and writing: Sônia Vasconcelos - MTB 13.677 redacao@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: Aurea Balocco Diagramação: / Diagramming: Alexandre A. D. de Albuquerque arte@macaeoffshore.com.br Tradução em inglês: / English version: Primacy Translation Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies
Índice/Contents Foco Social ............................................. 06 Social Focus ............................................ 06
Capa: Brasil Offshore 2007 Cover: Brasil Offshore 2007
The epicenter of the oil business ..................... 28 Rodada de negócios / Business round As pequenas vendem seu peixe ................. 36 Opportunity for the small fish .................... 38 Conferência / Conference Gerenciamento de campos maduros: o tema central da Conferência ............................. 40 Mature field management: the main theme of the Conference ........................................ 42 MacDermid / MacDermid Tecnologia de ponta e respeito ao meio ambiente ...................................................... 44 Cuttingedge technology and respect for the environment ............................................. 47
Assinatura: Subscriptions: (55) 22 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br
A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties
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Foco Social
Social Focus
O que vale é a transparência
Transparency is what really matters
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mundo globalizado impõe uma nova maneira de gestão. A gestão pela transparência. Para serem vistas e reconhecidas as empresas precisam adotar uma política de transparência nos negócios. Há muito não vivemos mais em aldeias, isolados, reconhecidos somente através das nossas atitudes individuais. Hoje, apesar das longas distâncias entre as nações, o compartilhamento de informações e as diversas formas de atuação são vistas por todo o planeta, e o coletivo se sobrepõe ao individual. Portanto, uma postura ética é cobrada de todas as Instituições que almejam uma colocação neste novo mercado de responsabilidades sociais e ambientais. A reputação de uma empresa fica seriamente comprometida quando seu discurso não condiz com as suas práticas; e o cenário mundial, amparado por premissas como as do Pacto Global, das Metas do Milênio, ou ainda, da Carta da Terra, descarta todas as formas de governança que não incorporem tais premissas. Falar em sustentabilidade sem considerar a ética e a transparência nos negócios, torna o discurso vazio; e a retórica se perde nos inúmeros seminários, workshops, cursos e demais encontros sobre o assunto. Sustentabilidade, ética e transparência é o “estar-no-mundo”, por isso esses temas não podem ser departamentalizados e interpretados de acordo com a percepção de cada um.
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he globalized world imposes a new management approach. The management through transparency. In order to be seen and recognized, companies need to adopt a transparency policy in business. We no longer live in tribal villages, in isolation, known only for our individual actions. Today, despite long distances between nations, it is to possible share information and the entire planet can see different work methods. Collective issues are considered more valuable than the individual ones. Therefore, an ethical attitude is required from Institutions that seek a position in this new market of social and environmental responsibilities. A company ’s reputation can be seriously damaged when its speech does not match its practice. The world scene, supported by principles such as the ones in the Global Compact, the Millennium Goals, or even the Earth Charter, rejects all forms of governance that do not include such principles. Speaking about sustainability, without considering ethics and transparency in business, renders the speech empty. And the rhetoric includes countless seminars, workshops, courses and other meetings on the topic. Sustainability, ethics and transparency mean “to be in the world.” Therefore, one should not analyze these themes separately and interpret them according to his or her own perception.
Ética é atitude, é o modo com o qual nos relacionamos com o mundo, e é através dessa relação que recebemos a resposta do mundo, da sociedade na qual vivemos. E a questão primeira que ora se apresenta é o bem comum. Somente a partir da resposta afirmativa à pergunta “É bom para todos?” podemos continuar a falar em ética, transparência e todas as palavras que daí derivam, como justiça social, inclusão e cidadania. Segundo Aristóteles: “O sumo bem não se realiza na vida individual humana, porém, no organismo superindividual do Estado”. O bem comum: este é o desafio ético que hoje se apresenta, mas há muito tempo demandado frente às seqüelas da sociedade fragilizada na qual vivemos.
Ethics is attitude. It is the way we interact with the world. It is through this relationship that we receive the response from the world and the society where we live. The first issue that now arises is the action for the common good. Only after an affirmative answer to the question “Is it good for ever yone?” it is possible to keep on talking about ethics, transparency and all the words that derive from these issues, such as social injustice, inclusion and citizenship. According to Aristotle: “The highest good does not take place in the individual human life, but in the super-individual body of State.” The common good is the ethical challenge that appears today, but which has been long sought due to troubles of the fragile society we live in.
Telma Oliveira do Prado
Telma Oliveira do Prado
Serviços Compartilhados/Gerência de Relacionamento com Clientes e Comunicação/ Coordenação de Responsabilidade Social 6 6MACAÉ OFFSHORE MACAÉ OFFSHORE
Shared Services /Customer Relationship and Communications Manager / Social Responsibility Coordination
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Empresas e Negócios ISA SHOW ESPÍRITO SANTO 2007 VI Seminário e Exposição de Instrumentação e Automação O tradicional evento da Seção da ISA (The Instrumentation, Systems, and Automation Society), no Espírito Santo, chega a sua sexta edição! Consolidado e crescendo mais a cada ano, o ISA SHOW ES 2007 reunirá as novidades do setor em um só espaço, promovendo bons negócios e contatos entre usuários e fornecedores de soluções de instrumentação e sistemas de automação. O ISA SHOW ES 2007 oferece aos fornecedores de equipamentos e soluções nas áreas elétrica, instrumentação, controle e automação industrial oportunidades de desenvolver intercâmbio técnico e comercial com os profissionais que atuam nas empresas do setor de mineração, siderurgia, celulose e papel, petróleo e gás, alimentação, energia, saneamento, mármore, logística, prestação de ser viços e entidades de ensino do estado do Espírito Santo. São mais de 30 empresas presentes na Exposição, totalizando uma área de 529 m². Serão apresentados os avanços tecnológicos das empresas no que diz respeito aos lançamentos no mercado, novas soluções, tendências da área e oportunidade de manutenção e construção de relacionamentos. Este ano, para a programação do Seminário, além dos já conceituados minicursos e palestras, a ISA-ES abriu espaço para os profissionais e acadêmicos das várias áreas apresentarem cases e trabalhos técnicos. O número de resumos recebidos superou as expectativas e a qualidade dos trabalhos apresentados surpreenderá os participantes. Já estão confirmadas as palestras da Petrobras e da Sun Coke, entre outras, além da presença do Senador da República, Renato Casagrande, na cerimônia de abertura. O evento conta com patrocínios importantes como CVRD, Petrobras, Converteam, Estel, Tecplan, Wika, Sun Coke Energy, Degussa, UCL Ensino Superior, Insaut, Honeywell, Lógica Automação, Loop e Nassan Engenharia, apoio da Abende, Abiquim, ABTCP, CDMEC, CREA-ES, Findes, UFES, Revista Controle e Instrumentação. E o Órgão Oficial de Divulgação é a Revista Intech. O calendário anual de eventos e mais informações sobre o ISA SHOW ES 2007 você encontra no site www.isa-es.org.br. Anote na agenda: a ISA Seção Espírito Santo vai se realizar nos dias 28 e 29 de agosto, no Centro de Convenções de Vitória, Rua Constante Sodré, 157, Santa Lúcia, Vitória, ES. 8
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A NONA RODADA JÁ TEM DATA E VAI OFERECER 313 BLOCOS Agora é pra valer! Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai realizar nos dias 27 e 28 de novembro de 2007, no Rio de Janeiro, a Nona Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios. Ao todo serão oferecidos 313 blocos exploratórios, em nove bacias sedimentares: Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo e Rio do Peixe, totalizando aproximadamente 98.000 km² em áreas para exploração de petróleo e gás natural. O leilão vai manter o modelo adotado em outras rodadas, com a oferta de blocos em setores de elevado potencial, de novas fronteiras e em bacias maduras. As áreas para exploração de petróleo e gás natural em oferta nesta rodada têm o objetivo de ampliar as nossas reservas, minimizando a dependência energética externa do gás natural e buscando a manutenção da auto-suficiência na produção de petróleo.
Tubos Oliveira está de cara nova Atuando há mais de 20 anos no mercado e especializada em tubos de aço para diversos segmentos, a Tubos Oliveira apresenta sua nova imagem, para cada vez mais consolidar seu posicionamento. A apresentação oficial de sua nova marca foi em Sertãozinho, SP, durante a ForInd - Feira de Fornecedores Industriais do Interior de São Paulo. Sempre reconhecida por seu atendimento diferenciado, estoque diversificado, pontualidade e suporte em sua distribuição, a empresa está investindo em marketing e comunicação para valorizar uma de suas principais capacidades: criar relacionamentos diretos e eficientes com seus clientes. Dentre as novidades, a Tubos Oliveira também colocou no ar o novo site, com visual mais atrativo e conteúdo elaborado. Conheça mais acessando: www.tubosoliveira.com.br.
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Companies and Business ISA SHOW ESPÍRITO SANTO 2007 VI Seminar and Exhibit of Instrumentation and Automation The traditional event of the Section of ISA (The Instrumentation, Systems, and Automation Society), in Espírito Santo, presents its sixth edition! Consolidated and growing year by year, ISA SHOW ES 2007 will gather the news of the sector in one single space, promoting good businesses and contacts among users and suppliers of instrumentation solutions and automation systems. The ISA SHOW ES 2007 provides to suppliers of equipment and solutions on electric, instrumentation, and control and industrial automation areas opportunities to develop technical and commercial interchange with the professionals working in the companies of the sector of mining, steelworking, pulp and paper, oil and gas, food, energy, sanitation, marble, logistics, provision of ser vices and education entities of the state of Espírito Santo. There are more than 30 companies present in the Exhibit, totaling an area of 529 m². The technological advancements of companies regarding the novelties of the market, new solutions, trends of the area and opportunities to maintain and construct relationships will be presented. This year, for the schedule of the Seminar, in addition to the well-known minicourses and lectures, ISAES opened space for professionals and professors of several areas to present cases and technical works. The number of summaries received overcame the expectations and the quality of the works presented will surprise participants. Lectures of Petrobras and Sun Coke, among others, are confirmed, as well as the presence of the Senator of the Republic, Renato Casagrande, in the opening ceremony. The event is sponsored by CVRD, Petrobras, Converteam, Estel, Tecplan, Wika, Sun Coke Energy, Degussa, UCL Ensino Superior, Insaut, Honeywell, Lógica Automação, Loop e Nassan Engenharia, apoio da Abende, Abiquim, ABTCP, CDMEC, CREAES, Findes, UFES, Revista Controle e Instrumentação. And the Official Advertising Agency is the Magazine Intech. The annual calendar of events and further information on the ISA SHOW ES 2007 you can find at www.isa-es.org.br. Take notes on your diar y: ISA Espírito Santo Section will be held on August 28 and 29, at Centro de Convenções de Vitória, Rua Constante Sodré, 157, Santa Lúcia, Vitória, ES. 10
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The ninth round of exploratory blocks, in November, will offer areas of seven Basins
THE NINTH ROUND HAS ALREADY BEEN SCHEDULED AND IT WILL OFFER 313 BLOCKS Now it is for real! The Brazilian Petroleum, Natural Gas and Bio-fuel Agency (ANP) is going to carry out, on November 27 and 28, in Rio de Janeiro, the Ninth Round of Bids for Exploratory Blocks. As a whole, 313 exploratory blocks will be offered, in nine sedimentary basins: Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo and Rio do Peixe, totaling approximately 98,000 km² in areas for exploration of oil and natural gas. The auction will keep the model adopted in other rounds, with the offer of blocks in sectors with high potential, of new frontiers and in mature basins. The objective of the areas for exploration of petroleum and natural gas offered in this round is to increase our reserves, minimizing the external power dependence on natural gas and seeking the maintenance of self-sufficiency in petroleum production.
The new look of Tubos Oliveira Tubos Oliveira, operating for over 20 years in the market and with expertise in steel tubes for several segments, Tubos Oliveira presents its new image, in order to consolidate even more its position. The official presentation of its new brand took place in Sertãozinho, SP, during ForInd – Exhibit of Industrial Suppliers of the Countryside of São Paulo. Always recognized by its distinct customer service, diversified stock, punctuality and support on distribution, the company is investing in marketing and communication to value one of its main capacities: building direct and efficient relationships with customers. Among the novelties, Tubos Oliveira also launched the new site, with more attractive look and elaborate content. Learn more at: www. tubosoliveira.com.br.
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Uma questão de seguro A matter of insurance As ameaças do dia-a-dia podem se tornar oportunidades
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risco surgiu como conceito incorporado à cultura da humanidade, como uma forma de racionalizar os eventos do dia-adia, não a ponto de modelar as relações caóticas que regem a vida, mas como uma forma de direcionar a busca pela redução das incertezas. Depois, a abordagem de risco foi ganhando espaço sobre a abordagem do acaso, chegando onde o mundo empresarial se encontra, a gerência de negócios como uma gestão dos riscos. Exemplos de empresas que usaram ameaças como oportunidades de crescimento são aquelas que acreditaram nas medidas de governança da Sarbox ou mesmo no recente Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE). Elas souberam aproveitar o contexto para apresentar a efetividade dos seus controles internos e compromisso sócioambiental, por meio de auditorias e declaração de indicadores. Assistimos atualmente uma estabilidade maior das
Daily threats may turn into opportunities
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isk appeared as a concept incorporated to humankind culture, as a way to rationalize daily events, not to the extent of modeling chaotic relations that govern our lives, but as a way to direct the search for the reduction of uncertainties. After that, the risk approach has gained space on the fortune approach, arriving where the business world lies, business management as a risk management. Examples of companies that used threats as growth opportunities are those that believed in Sarbox governance measures even in the recent Bovespa Business Sustainability Index (ISE). They knew how to use the context to present the effectiveness of internal controls and social and environmental commitments, by means of audits and statement of indicators. We currently see greater sta-
Alexandre Yokote: “Maior confiança do mercado pela disponibilidade de informações”
ações e maior confiança do mercado pela disponibilidade de informações, conseqüentemente, maior valorização do capital intangível das empresas. A concorrência é ainda a principal ameaça que movimenta o desenvolvimento tecnológico e a prospecção para o mercado marginal, hoje constituído por mais de 6 bilhões de potenciais consumidores.
bility of actions and greater trust in the market through the availability of information, and as a consequence, greater value to companies intangible capital. Competition is even the main threat moving technological development and the prospecting for the marginal market, which currently consists of over 6 billion of potential consumers.
Rejeitos industriais se transformando em produtos, aumento de produtividade decorrente de melhorias ergonômicas, maior exposição na mídia devido a projetos de ação social e casos de sobrevivência de empresas após uma crise. Todos são exemplos do dia-a-dia em que ameaças tornaram-se oportunidades ao gerenciar as vulnerabilidades.
Industrial waste turning into products, productivity increase resulting from ergonomic improvements, greater media exposure due to social action projects and cases of company sur vival after a crisis. These are all examples of the threats that have turned into opportunities by managing vulnerabilities.
Por Alexandre Yoshikazu Yokote Diretoria de Análise de Riscos, da Aon
By Alexandre Yoshikazu Yokote Brazil Risk Assessment Board, from Aon
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Articulando
A Lei do Gás pode evitar crise?
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Deputado João Maia apresentou na Comissão Especial da Lei do Gás o seu substitutivo ao Projeto de Lei 6673, do Poder Executivo. Desta forma mantém os principais defeitos do texto original, a saber: o sistema misto de concessão e autorização para o transporte dutoviário; a exclusividade para carregadores iniciais, com risco de perenização de posições dominantes; a descaracterização da figura e do papel do transportador; e a dificuldade do acesso de terceiros às instalações de transporte. Quatro pontos deveriam ser aperfeiçoados no projeto proposto a atrair investidores privados. O primeiro deles são as definições apresentadas em diferentes artigos da minuta que conduzem a uma série de ambigüidades que serão nocivas ao desenvolvimento do mercado brasileiro de gás natural. Além de respeitarem os preceitos legais, as definições devem ser precisas, não dando margem à dupla interpretação. A segunda questão é que o projeto proposto aumenta a interferência política na regulação setorial ao dar ao Ministério de Minas e Energia funções de execução, como a de propor novos gasodutos. O risco de escolhas arbitrárias e a falta de previsibilidade, associados a esta mudança, podem afastar novos investimentos privados do país. O Ministério deve ser encarregado do planejamento e elaboração de políticas, deixando para a ANP os procedimentos regulatórios. Há também a manutenção dos regimes de autorização e concessão, conforme proposto no projeto, conduz a imprecisões jurídicas e eleva a incerteza regulatória, dado a pouca clareza dos critérios de enquadramento, e com isto não dá garantia jurídica necessária para atrair novos investidores.
E, por último, as disposições propostas no artigo 30 do projeto reduzem consideravelmente a possibilidade de competição com o agente hegemônico do setor e implicam em uso ineficiente da rede, com repercussões negativas para os investimentos em produção e exploração. O artigo consolida a posição monopolista da Petrobras e representa um retrocesso institucional, quando comparado com a atual legislação (Lei 9478/97 e Resoluções da ANP).
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Com certeza, o Deputado João Maia que tem conduzido as discussões com total transparência e de forma totalmente democrática estará atento a todas as sugestões que deverão chegar as suas mãos e construirá um texto final que traga avanços que permitam a atração de novos investidores na indústria do gás natural no Brasil, afastando de uma vez por todas futuras crises de oferta de gás natural.
Adriano Pires
é diretor do CBIE – Centro Brasileiro de Infra-estrutura economista M.Sc. em Planejamento Energético na COPPE/UFR e doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII. Sua última experiência no governo foi na ANP onde atuou nos cargos de Assessor do Diretor-Geral (2001). Anteriormente ocupou os cargos de Superintendente de Importação e Exportação de petróleo, seus derivados e gás natural (abr/1998 nov/1998), Superintendente de Abastecimento (dez/1998 a ago/1999). Hoje dirige o CBIE – Centro Brasileiro de Infra-estrutu- ra.
News & Views
Can the Gas Law prevent the crisis?
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ongressman João Maia has introduced, in the Special Commission on the Gas Law, his substitution proposal to Bill 6673, from the Executive. This way, he keeps the main flaws of the original text, such as: the mixed concession and authorization system for pipeline transport; the exclusivity for initial shippers, at the risk of rendering dominant positions perennial; the absence of the typical features of the shipper’s role and position; and the difficulty of third parties to access transport facilities. Four aspects should be improved in the proposed project in order to attract private investors. The first one consists of definitions introduced in different articles of the draft that lead to a series of ambiguities, which will be harmful to the development of the Brazilian natural gas market. The definitions must comply with legal requirements, and they must be accurate, giving
no room for double interpretation. The second issue is that the proposed bill increases the political interference in the sector’s regulation, by giving to the Ministry of Energy and Mining execution duties, as the one of proposing new gas pipelines. The risk of arbitrary choices and the impossibility to forecast the future, connected with this change, may keep new private investments off the country. The Ministry must be in charge of planning and preparing policies, leaving ANP (National Petroleum Agency) in charge of regulatory procedures. There is also the maintenance of authorization and concession systems. As it is proposed in the Bill, there is room for legal inaccuracy and it leads to regulatory uncertainty, offering little clarity in relation to classification criteria, and this fact does not provide the necessary legal guarantee to attract new investors. In addition, the last issue, the provisions proposed in article 30 reduce considerably the possibility of competing with the sector’s hegemonic agent and result in inefficient use of the network, with negative consequences for investments in production and exploration. The article consolidates Petrobras’s monopolistic position and represents an institutional regression, when compare with the current legislation (Law 9478/97 and ANP Resolutions). Undoubtedly, Congressman João Maia, who has conducted the discussions with complete transparency, and in a completely democratic way, will take into consideration all suggestions that he will receive. There is no doubt that he will prepare a final text that will bring advances and allow attracting new investors to Brazil’s natural gas industry, keeping off, once and for all, future crisis in the natural gas offer.
Adriano Pires
is an Officer at CBIE – (Brazilian Infrastructure Center). He has a M.Sc. in Energy Planning by COPPE/UFR and a doctor ’s degree in Industrial Economy by Paris XIII University. His last experience in the government was at ANP (Brazilian National Petroleum Agency) where he acted in the capacity of Assistant to the Chief executive officer (2001). Before that, he was an Import and Export Superintendent to oil, its by-products and natural gas (Apr/1998 - Nov/1998), Supply Superintendent (Dec/1998 to Aug/1999). He currently runs the CBIE – Centro Brasileiro de Infra-estrutura (Brazilian Infrastructure Center).
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Entrevista
Ruben Maciel da Costa Val O diretor da Área de Negócios de Manutenção da Mendes Júnior Trading e Engenharia fala do posicionamento da empresa no mercado – ela é a única do segmento de construção e montagem, na Bacia de Campos, a possuir um laboratório de calibração interna de instrumentos e equipamentos de medição, por exemplo. Pontua os atuais contratos da empresa, suas ações de responsabilidade social e os investimentos na qualificação do quadro de profissionais Macaé Offshore: Quem é a Mendes Júnior na Bacia de Campos? Ruben Maciel: A Mendes Júnior é uma empresa com mais de 50 anos de atuação no mercado de construção pesada no Brasil e com expressiva tradição no segmento de petróleo e gás, participando da construção de dutos, plataformas offshore, refinarias, estações de compressão de gás e manutenção e upgrades das unidades. Atuando na Bacia de Campos desde 1988, e tendo como principal cliente a Petrobras, a empresa constituiu um histórico de realização de inúmeros contratos, englobando as atividades de projeto, instalação de melhorias, de construção e manutenção industrial. MO: Em quais plataformas a construtora se faz presente e o que oferece ao mercado na Base de Macaé? RM: Ao longo desses anos, a Mendes Júnior executou serviços em diversas plataformas, entre elas: PCH-I, PCH-II, PNA-I, PNA-II, P-07, P-09, PGP-1, P-32 e também nas unidades da Petrobras em Cabiúnas e em Macaé (Imbetiba e Parque de Tubos). A partir de sua unidade em Macaé, reconhecida como uma das melhores instalações locais, a Mendes Júnior Trading e Engenharia SA disponibiliza na Bacia de Campos sua experiência na execução de soluções integradas e na gestão de engenharia multidisciplinar. 16
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MO: Quais são os investimentos previstos, a médio e longo prazos, para atender às necessidades do mercado? RM: A Mendes Júnior tem mantido uma política de constante investimento em sua unidade de Macaé, que se traduziu no aumento da área construída e no incremento de equipamentos, aumentando sua capacidade instalada para as atividades industriais, de projeto de engenharia e de treinamento de pessoal. Desta forma, a política de investimento da empresa está adequada à demanda atual e futura do mercado e da capacidade de retorno oferecido por ele. MO: Quais os contratos atuais com a Petrobras na Bacia de Campos e de que forma a empresa atua nesses contratos? RM: A empresa executa atualmente para a Petrobras, na Bacia de Campos, um dos grandes contratos de manutenção industrial e de melhorias nas unidades marítimas. Trata-se de um contrato de longo prazo, multidisciplinar, no qual se busca a excelência empresarial e onde
a atuação da empresa contratada engloba toda uma cadeia de serviços, incluindo o projeto de engenharia, a preparação para instalação e a instalação em alto-mar, atendendo aos mais rígidos critérios de QSMS – Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde. O contrato contempla as plataformas do Ativo Norte: PCH-I, PCH-II, PNA-I, PNA-II e P-09. MO: Qual o diferencial dos seus produtos e serviços neste mercado tão competitivo? RM: Na sua missão de buscar soluções de excelência em negócios de engenharia, a Mendes Júnior oferece, no setor de óleo e gás, a sua grande experiência na execução de soluções integradas, que passam pelo uso contínuo de tecnologia de última geração na gestão de engenharia multidisciplinar e na aplicação das melhores técnicas de construção e montagem eletromecânica. MO: A Construtora desenvolve alguma tecnologia própria utilizada na Bacia de Campos? RM: A Mendes Júnior é a única empresa da Bacia de Campos, no segmento de construção e montagem, a possuir um laboratório de calibração interna de instrumentos e equipamentos de medição e também a fazer a execução de ensaios mecânicos, que são fundamentais na efetivação de suas obras. O laboratório permite a realização de calibração e ensaios mecânicos de diversos instrumentos, em tempo bastante reduzido em relação aos laboratórios da região, e atende plenamente às demandas solicitadas pelos clientes internos. Agregado ao laboratório, existe uma área específica, onde são desenvolvidos os testes hidrostáticos em tubulações, válvulas, vasos de pressão, dentre outros, atendendo com presteza a velocidade de resposta, pontos relevantes que darão agilidade ao nosso processo. MO: Qual a expectativa da empresa com relação ao mercado capixaba (onshore e offshore)? RM: O Estado do Espírito Santo faz parte de um eixo estratégico da política energética nacional, apresentando-se como uma região de grande potencial no segmento de óleo e gás. A Mendes Júnior acredita na atratividade deste mercado e já o posicionou como um
dos seus pontos de priorização, tanto para serviços onshore como offshore. MO: Como a empresa enfrenta a falta de mão-deobra especializada na região? RM: Como é de conhecimento geral, o aquecimento pelo qual passa a indústria nacional, sobretudo no segmento de óleo e gás, vem provocando um enorme aumento na demanda de mão-deobra especializada e com sinalizações de incapacidade do mercado de suprir os empreendimentos que estão por vir, num futuro próximo. A região da Bacia de Campos, que já enfrentava o desafio de pouca oferta de mão-de-obra especializada, hoje percebe a evasão de contingentes mais qualificados para outros centros industriais. MO: A Mendes Júnior enfrenta este cenário investindo na qualificação de seus profissionais. Existem programas de treinamento interno ou parcerias com as instituições de ensino? RM: A empresa mantém em sua base de Macaé um centro de treinamento composto de duas salas para aulas teóricas, uma ferramentaria e três laboratórios (elétrica, mecânica e caldeiraria). Também apóia e incentiva os funcionários que querem investir na sua qualificação, através da busca de convênios com diversas entidades de ensino, tais como a Universidade Gama Filho, para a realização de um curso de pós-graduação lato sensu em Engenharia Operacional de Plataformas. Nós também apoiamos o programa Jovem Aprendiz do Ministério do Trabalho, com o objetivo de aumentar o número de jovens contratados com vínculo formal. Estes jovens têm a oportunidade de aprender uma profissão e podem ser aproveitados no quadro de funcionários da empresa. MO: A empresa executa programas de SMSQ junto a sua força de trabalho? RM: A Mendes Júnior foi a primeira empresa do ramo da construção pesada a ter o seu Sistema de Gestão Integrada certificado nas Normas NBR ISO 9001 – Qualidade, NBR ISO 14001 – Meio Ambiente, OHSAS 18001 – Segurança e Saúde Ocupacional e SA 8000 – Responsabilidade Social. Esta gestão abrange todos os processos da empresa e garante o atendimento aos requisitos legais, sejam eles
federais, estaduais ou municipais. Neste Sistema estão estabelecidas as diretrizes para a comunicação interna e externa dos objetivos da sua Política Integrada de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social, bem como os mecanismos de controle utilizados pela empresa para assegurar o pleno cumprimento desta política por todos os funcionários. MO: A Mendes Júnior investe em projetos de responsabilidade social? RM: Desde a sua fundação, a Mendes Júnior promove projetos e ações voltadas para o desenvolvimento social, seja dos seus colaboradores ou da comunidade em que está inserida. Com o objetivo de formalizar suas ações de responsabilidade social e voluntariado empresarial nas localidades onde atua, em 2001 foi institucionalizado o Projeto Solidariamendes. As atividades do projeto incluem patrocínios, campanhas de conscientização ambiental e de saúde. Além disso, a empresa incentiva o envolvimento dos seus colaboradores em ações voluntárias. MO: De que forma isso acontece? RM: Várias ações já foram implementadas em todas as unidades da empresa. Uma delas é a atividade de voluntariado e de apoio desenvolvida pela Administração Central da Mendes Junior, em Belo Horizonte, MG, junto à Associação Mineira de Reabilitação – AMR, uma entidade filantrópica sem fins lucrativos. A AMR atende aproximadamente 400 crianças de zero a doze anos, portadoras de deficiência física e mental. Temos também uma parceria com a Asmare – Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável, que transforma o que é recolhido nas ruas de Belo Horizonte em renda, cidadania e dignidade. Além de outras ações de apoio, repassamos à entidade todo o material reciclável gerado pela Mendes Júnior. Podemos citar ainda o Projeto Morobá, que é uma das iniciativas apoiadas na região de Macaé. Seu objetivo é desenvolver programas voltados para a educação, saúde, melhoria alimentar, relação familiar e comunitária das 40 crianças da comunidade assistida pelo projeto. MACAÉ OFFSHORE
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Interview
Ruben Maciel da Costa Val The director of the Maintenance Business Area from Mendes Júnior Trading e Engenharia talks about the company’s approach to the market – it is the only one in the construction and assembly segment, in Campos Basin, that has an internal calibration laboratory for gauging equipment and i nstruments, for example. He details the company’s current contracts, its social responsibility actions and investment in qualification of personnel Macaé Offshore: What is Mendes Júnior’s role in Campos Basin? Ruben Maciel: Mendes Júnior is a company that has over 50 years of experience in Brazil’s heavy construction market, with significant tradition in the oil and gas segment. It has taken part in the construction of pipelines, offshore platforms, refineries, gas compression stations and maintenance and upgrades in the units. The company, working in Campos Basin since 1988, and whose main client is Petrobras, has a history of performing countless contracts, including the activities of project, installation of improvements, construction and industrial maintenance. MO: On which platforms is the construction company present, and what does it offer to the market at Macaé Base? RM: Throughout these years, Mendes Júnior has executed services on several platforms, including: PCH-I, PCH-II, PNA-I, PNA-II, P-07, P-09, PGP-1, P-32 and also at Petrobras’s units in Cabiúnas and in Macaé (Imbetiba and Parque de Tubos). From its unit in Macaé, recognized as one of the best local facilities, Mendes Júnior Trading e Engenharia SA offers, in Campos Basin, its experience in the execution of integrated solutions and in multidisciplinary engineering management. 18
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MO: What are the medium and long-term investments forecasted to meet the market’s needs? RM: Mendes Júnior has kept a policy of continuous investment in its Macaé unit, increasing its built-up area and enhancing its equipment, improving its installed capacity for industrial, engineering project and personnel training activities. Therefore, the company’s investment policy is adequate for the current and future demand of the market and the return capacity that it offers. MO: What are the current contracts with Petrobras at Campos Basin and how does the company work in these contracts? RM: The company is currently performing for Petrobras, in Campos Basin, one of the greatest contracts for industrial maintenance and improvements on the offshore units. It is a longterm and multidisciplinary contract, which aims at achieving business excellence, and in which
the contractor’s work covers a chain of services, including engineering project, preparation for installation and offshore installation, meeting the strictest QHSE (Quality, Health, Safety and Environment) criteria. The contract considers the platforms of the North Well (Ativo Norte): PCH-I, PCH-II, PNA-I, PNA-II and P-09. MO: What is the unique feature of your products and services in such competitive market? RM: With the view to seeking excellence solutions in engineering business, Mendes Júnior offers, in the oil and gas sector, its great experience in the execution of integrated solutions, which include the continuous use of state-of-the-art technology in multidisciplinary engineering and the application of the best construction and electromechanical assembly techniques. MO: Does the Construction Company develop any kind of own technology used in Campos Basin? RM: Mendes Júnior is the only company in Campos Basin, in the construction and assembly segment, which has an internal calibration laboratory for gauging instruments and equipment. It also performs mechanical trials, which are essential for completing its works. The laboratory allows conducting gauging and mechanical trials of various instruments, within a shorter amount of time in relation to the region’s laboratories, and it fully meets the demands of internal clients. Connected to the laboratory, there is a specific area, where hydrostatic tests are conducted in lines, valves, and pressure vessels, among others, responding quickly to requests. These are significant aspects that provide swiftness to our process. MO: What is the company’s expectation in relation to Espírito Santo’s market (onshore and offshore)? RM: The State of Espírito Santo belongs to a strategic axis of the national power policy, presenting a region with great potential in the oil and gas segment. Mendes Júnior believes in this market’s attractiveness, and the company has already classified it as one of its priorities, both for onshore and offshore services.
MO: How does the company deal with the lack of specialized labor in the region? RM: As we all know, the current bustle in the national industry, specially in the oil and gas segment, has caused great increase in the demand for specialized manpower, and with signs that the market is incapable of supplying the coming undertakings, in a near future. Campos Basin’s region, which already faced the challenge of little offer of specialized labor, today notices the exodus of more qualified workers to other industrial centers. MO :Mendes Júnior deals with this problem by investing in the qualification of its professionals. Are there internal training programs or partnerships with educational institutions? RM: The company keeps in its Macaé base a training center that has two rooms for theoretical classes, a tool room and three laboratories (electrical, mechanical and boiler shop). It also supports and encourages employees who wish to invest in their qualification, by means of agreements with various educational entities, such as Universidade Gama Filho, with the purpose of conducting a graduate course (latu sensu) in Operating Engineering on Platforms. We also support the program Young Apprentice (Jovem Aprendiz) from the Ministry of Labor, with a view to increasing our number of young people hired with formal employment bond. These young people can learn a profession and they may become employees of the company. MO: Does the company carry out QHSE programs with its workforce? RM: Mendes Júnior was the first company in the heavy construction sector to have its Integrated Management System certified in accordance with Standards NBR ISO 9001 – Quality, NBR ISO 14001 – Environment, OHSAS 18001 – Occupational Health and Safety and AS 8000 – Social Responsibility. This management covers all company’s processes and ensures compliance with legal requirements, whether they are federal, state or city requirements. This System contains the guide-
lines for internal and external communication of the objectives of its Integrated Policy of Quality, Occupational Health, Safety and Environment and Social Responsibility, as well as control mechanisms used by the company to guarantee that all employees comply with this policy. MO: Does Mendes Júnior invest in social responsibility projects? RM: Since its foundation, Mendes Junior promotes projects and actions aimed at social development, both for its employees and the community inserted in its processes. With the purpose of formalizing its actions related to social responsibility and business volunteer work in the locations where it works, in 2001, the Project Solidariamendes was established. The activities of the project include sponsorship, environmental and health awareness campaigns. In addition, the company encourages the involvement of its employees in volunteer work. MO: How does it work? RM: Several actions have been implemented in all units of the company. One of them is the volunteer and support activity developed by Mendes Junior’s Central Administration, in Belo Horizonte, MG, with AMR (Associação Mineira de Reabilitação or Minas Gerais’s Rehabilitation Association) a nonprofit philanthropic entity. AMR takes care of about 400 children aged zero to 12 years old, with physical or mental disabilities. We also have a partnership with Asmare (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável or Association of Collectors of Paper, Cardboard and Recyclable Material), which transforms what is picked up on Belo Horizonte’s streets into income, citizenship and dignity. In addition to other support actions, we give to the entity all recyclable material generated by Mendes Júnior. We can also mention Project Morobá, which is one of the initiatives supported in Macaé’s region. Its objective is to develop programs aimed at education, health, food improvement, family and community relationship for the 40 children of the community assisted by the project. MACAÉ OFFSHORE
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Fotos: Macaé Offshore
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Com mais um dia de exposição, a Feira atraiu o interesse de expositores e visitantes de várias partes do mundo, que lotaram os mais de 27 mil metros quadrados de área
BRASIL OFFSHORE O epicentro dos negócios do petróleo Ainda no seu terceiro dia de exposição, a Feira Brasil Offshore já estava com 40% de sua lotação para a edição 2009 reservados, tamanho o sucesso do evento que reuniu 538 expositores representando mais de 1.100 marcas de 35 países - e 43.000 visitantes nacionais e estrangeiros. O terceiro maior evento do setor de óleo e gás do mundo transformou, por quatro dias, a cidade de Macaé no epicentro do negócio Por Sônia Vasconcelos 20
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Brasil Offshore se tornou mais que um grande mercado, onde gigantes do petróleo ancoram suas marcas ao lado de prestadores de serviço. A Feira é um reflexo da vitalidade do setor de energia. Tanto, que a edição 2009 “já fechou reservas para mais de 230 empresas até agora”, adianta Eric Henderson, presidente da Media Group, organizadora do evento. Para atender a demanda cada vez maior, o “circo” do petróleo será ampliado: “O prefeito Riverton Mussi, aceitou fazer uma série de reformas no Macaé Centro, que vai permitir mais 5000 m² de tendas”, conta Eric. Este ano, a Feira ganhou mais um dia de exposição e teve uma resposta superpositiva do interesse internacional: “Tivemos visitantes do mundo inteiro: Índia, Cingapura, Indonésia, Emirados Árabes, Coréia do Sul, África do Sul, Angola, Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra, China, Noruega, Alemanha, fazendo da Bacia de Campos uma vitrine de aplicação de tecnologias inovadoras para o planeta”, contabiliza o presidente da Media Group. Para os expositores que, mais do que nos outros anos, se empenharam e investiram pesado em sofisticados estandes, todos os esforços foram válidos. Afinal, estava em jogo a visibilidade e o fortalecimento da marca. Nós conversamos com algumas empresas que alcançaram suas metas, conquistando os melhores resultados na Feira. Veja como foi:
Cameron: mais informação sobre seus produtos e serviços Para a empresa – uma das mais atuantes no mundo em fabricação, venda e serviços para equipamentos offshore – a Brasil Offshore foi uma oportunidade de mostrar tudo o que ela tem condição de fazer na fábrica de Taubaté e na planta de Macaé. “Muita gente não sabia, por exemplo, que fazemos reparo em haste de tensionador aqui na cidade. E não é só isso: em nossas instalações podemos reformar qualquer equipamento fabricado pela Cameron, nas várias partes do mundo”, adianta Márcio Martins, gerente de operações aftermarket. Oferecendo ao mercado máquinas e equipamentos de última geração, destinados à área de perfuração, a Cameron está ao lado das grandes operadoras, no Brasil e no exterior. E, por ser comprometida com o mercado de óleo e gás do Brasil, a empresa atua junto à Petrobras no desenvolvimento do Plangas (Plano de Antecipação da Produção de Gás), instalando seus equipamentos (BOPs Submarinos e de Superfície, Risers, Choke Manifolds, Pipe Line End Terminators (PLETs), Pipeline End Manifold (PLEMs), Árvores de Natal Molhada (ANM) e associados, nas plataformas (no fundo do mar). Marcio Martins, gerente de operações da Cameron, com parte de uma haste de tensionador, equipamento que chamou a atenção no stand da empresa
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A UTC enxerga o aporte estrangeiro como possibilidade de bons negócios Ao longo de sua existência, a UTC Engenharia vem concentrando suas atividades na elaboração de projetos, suprimento, construção e montagem,
Ricardo Ribeiro Pessôa, diretor superintendente da UTC
comissionamento, condicionamento, assistência à partida, pré-operação, operação assistida e partida, além de manutenção especializada, preventiva e corretiva. Nesta edição da Feira, a empresa identificou oportunidades: “O fato de a Agência Reguladora da Colômbia estar na Feira é um sinal de que há bons negócios. Além do mais, houve um aporte de missões estrangeiras muito grande, o que faz com que os relacionamentos se estreitem. Isso para nós, que estamos há 20 anos no mercado, é superpositivo”, diz Ricardo Ribeiro Pessôa, diretor superintendente da UTC. A oportunidade da Feira, para a UTC, não se limita à Bacia de Campos. A empresa também investe no mercado capixaba. Por entender que o Espírito Santo já é uma realidade, ela montou uma base de trabalho onde cumpre seus contratos para a região. A UTC Engenharia possui outras duas Bases de Operações Offshore – uma em Niterói e outra em Macaé – prontas para serem requisitadas: “A nossa expectativa é que a Petrobras use os contratos em execução. A demanda está peque22
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na para a capacidade instalada da UTC”, informa Ricardo Ribeiro.
A CapRock derruba barreiras, com mais um novo serviço Fazer contatos importantes e tornar a marca ainda mais conhecida não foram os únicos objetivos da empresa, que instalou sua Base em Macaé há três anos. Os quatro dias de exposição serviram também para a CapRock lançar um novo produto, o SeaAccess, com tecnologia TDMA: “Trata-se de um serviço de voz, dados e internet, que funcionará o ano todo, 24 horas por dia. Ele atende ao mercado de cargueiros e de cruzeiros marítimos também. São embarcações que precisam de um serviço via satélite em situação menos crítica do que a de uma plataforma, por exemplo, explica Maurício Rubinsztajn, gerente de operações para a América do Sul. O SeaAccess é uma solução de comunicação, via satélite, para localidades remotas, com preços competitivos, adequado às embarcações menores. “A diferença significativa deste serviço é a infra-estrutura”, informa Maurício. Com mais de 20 anos de experiência, a CapRock tem oferecido ao exigente mercado do petróleo, a comunicação em tempo real e conec-
Fernando Gonsalves, Maurício Rubinsztajn e Douglas Tuff
tividade nas localidades mais difíceis e remotas.
Novidade no setor: a Krest envasa o fluido HW 525P aqui no Brasil A nova maneira de recebimento do fluido MacDermid pela Krest (representante exclusiva do fabricante) chamou a atenção dos clientes, que puderam ver in loco o processo no depósito da empresa. “Com o Flexitank, uma embalagem flexível como um ‘travesseiro’, podemos trazer mais quantidade de fluido, a granel, no contêiner que comporta apenas 80 tambores. No Flexitank dá para acondicionar o volume de 94 tambores”, explica o diretor Humberto Perlingeiro Neto.
A sensação no stand da Krest foi o novo jeito de envasar o fluido base água da MacDermid, no Flexitank
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A outra vantagem do novo método é que barateia o produto, já que ficam de fora os custos com os tambores importados. O Flexitank é um produto argentino, representado com exclusividade pela Krest, indicado para o transporte da maioria de substâncias líquidas, incluindo as comestíveis, como a água de coco, por exemplo. Parceira da Petrobras, a Krest abasteceu seus estoques com 100 mil litros de fluido base água, a granel, para suprir a necessidade da estatal com a entrada de novas plataformas em operação.
José Mauro Ferreira, diretor comercial da FMC
FMC Technologies: focada em desenvolver novas soluções para campos maduros A empresa geradora de tecnologia reconhece na Feira uma oportunidade de encontrar clientes e fornecedores potenciais. Pioneira no desenvolvimento do SBS (Sistema de Bombeamento Submarino), a FMC foca seus esforços no aumento da produção de óleo. “Se antes havia uma corrida para águas profundas, hoje, a corrida tem o objetivo de melhorar o processo de aumento da produção. Nossa tecnologia está no campo de Jubarte (óleo pesado) e, em breve, no campo de Golfinho (óleo menos pesado)”, conta José Mauro Ferreira, diretor comercial.
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A FMC já está envolvida com um novo desafio, junto com a empresa Framo, informa José Mauro: “Ela vai fornecer as bombas, que serão acomodadas em nosso sistema de injeção de água do mar, no campo de Albacora, a Raw Water Injection (RWI). Esta tecnologia vai aumentar a produção de óleo”. E já deve entrar em operação em 2008.
Luminárias à prova de explosão foram a sensação na Nutsteel Um cliente em busca de informação técnica. Esta foi a percepção no stand da Nutsteel. A vedete que suscitou tantas explicações foi a lanterna IL80, de mão. “Ela é à prova de explosão, tem duas intensidades de luz, é recarregável e serve para zonas 21 e 22 e grupos de gases IIA, IIC e IIB. Além disso, possui vida útil de 50 mil horas: ligada direto, a autonomia é de 50 horas na luz baixa e 25, na alta”, descreve Luciano Landa, do departamento de marketing. O modelo ML800, com autonomia de oito horas e durabilidade de 70 mil horas, com prendedor para roupas, também chamou a atenção. Ele serve para zonas 1 e 2 e grupos de gases IIA, IIB e IIC. A Nutsteel trouxe ainda a única luminária capaz de receber troca de bateria em atmosfera explosiva e adaptável a qualquer tipo de capacete, a HL800ATEX. As três opções de lanternas possuem carregador inteligente com bateria recarregável. Outro diferencial dos produtos Nutsteel é que mesmo
No stand da V&M, a novidade do tubo Super Treze Cromo
os equipamentos portáteis, como as lanternas, possuem certificação.
A V&M é parceira tanto na fabricação de tubos especiais quanto na prestação de serviços A empresa soube efetivar a sua área de prestação de serviços, durante a Feira: “Agora, com a nossa Base em Macaé, podemos fazer no local o que antes só era possível em Belo Horizonte. A proximidade com a Bacia de Campos faz com que a gente possa oferecer melhores serviços associados ao cliente”, justifica Walter José Cotta Isaac, gerente de vendas.
Parceira da Petrobras nas novas metas da estatal, a V&M se prepara para fabricar no Brasil o tubo especial Super Treze Cromo, indicado para águas profundas, a fim de aumentar a produção de gás em áreas mais difíceis. “A meta é importar a matéria-prima e fazer a cadeia toda aqui no país”, adianta o gerente de vendas Luiz Antônio Guimarães Cardoso. Na Nutsteel, as luminárias para atmosfera explosiva, foram a principal atração
Um produto específico para pessoa física foi a grande sacada da Falck Nutec Pacote especial de treinamento em salvatagem, com pagamento facilitado em 10 prestações e, ainda por cima, com módulo Huet grátis (para quem fez o negócio na Feira). Com este produto oferecido apenas para pessoa física, a Falck Nutec obteve sucesso absoluto, já que a procura superou as expectativas. “Nem todos já chegam qualificados, mas querem fazer o treinamento porque entendem que ele pode ser primeiro passo para ingressar numa carreira promissora do mercado offshore”, constata o diretor comercial Marcello Reis. Com seu trabalho diferenciado, a Falck Nutec alcançou seus objetivos na Brasil Offshore, estreitando parcerias e realizando novos contratos. A promoção para pessoa física continua. E não é para menos: “Há um grande atrativo nos treinamentos, além do próprio curso,
Quem sonha com uma vaga no mercado offshorre, não deixou de visitar o stand da Falck Nutec
que são os relacionamentos que o aluno faz. Muitos já saem de lá em-
pregados”, adianta Alexandre Reis, diretor de operações.
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A Usimac, que está no mercado há 14 anos fornecendo ferramentas para os navios-sonda das grandes multinacionais que operam os FPSOs, sabe exatamente como conquistar seus clientes: “O sucesso do nosso negócio tem base na confiança, já que o cliente procura segurança para suas operações”, finaliza José Jorge Azevedo, diretor da Usimac.
Parte do time da Oil States, a frente do stand: Flavio Berriel, Sandra Costa, Artur Castilho e John Leblanc
O marketing da empresa norteou a participação da Oil States na Feira Com sua experiência de 65 anos no mercado, a empresa percebeu um grande interesse, por parte dos visitantes, na informação sobre a sua grande gama de equipamentos e serviços nas áreas de elementos flexíveis, estruturas submarinas, projetos de engenharia, fabricação, manutenção, reparo e construção, instalações em plataformas, sistemas avançados de conexão, guindastes, guinchos e sistemas de ancoragem. Aqui no Brasil, no seu endereço de Novo Cavaleiros, a Oil States executa os serviços de reparos em risers e flutuadores, soldagem especializada e inspeção além de oferecer fabricação personalizada em manta de concreto, nas instalações de sua oficina.
Ferramentas de poços e peças de reposição são as estrelas da Usimac A empresa nacionalizou vários itens de ferramentas de poços e peças de reposição. Mas, o que mais chamou a atenção é que muitos deles estão sendo certificados, agregando valor aos equipamentos da empresa especializada em usinagem leve e pesada, mecânica industrial, caldeiraria, reparo de equipamentos de alta pressão, chiksan e válvula-torc. 26
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A Petrobras priorizou o setor de E&P e os 30 anos de produção da Bacia de Campos
especialmente, pelos desafios que já alcançamos”, diz o gerente de Informação e Segurança Lincoln Weinhardt. A forte presença estrangeira, nos quatro dias de evento, é um sinalizador muito positivo não só para a Petrobras, mas para a região Norte Fluminense. “O forte ainda são os ser viços para a indústria do petróleo. Mas a região está mostrando que pode acolher fábricas, geradoras de insumos”. Lincoln disse também que a Feira é um marco para Macaé. “A cida-
Para o maior stand da Feira, a estatal levou material expositivo sobre como funciona uma sonda de per furação, como são feitas suas ações sociais, culturais e tecnológicas, além de painéis históricos dos 30 anos da Bacia de Campos. A participação da Petrobras na Brasil Offshore é abrangente. A Companhia é uma das âncoras na Rodada de Negócios, Um dos mais visitados da Brasil Ofsshore, o stand da Petrobras exicompõe o ciclo Conferên- bia painéis demostrativos das ações sociais, culturais e tecnológicas cias com o IBP e foca nos relacionamentos: “A Petrobras de não é apenas o lugar onde a se apresenta como uma empre- Petrobras está instalada, mas um sa internacional, aberta para o local em que há tecnologia, com mundo. E o visitante estrangeiro pesada estrutura industrial”. enxerga isso como uma possibiO que empresários, fornecedolidade de negócios e parcerias, res e clientes podem esperar para a edição 2009 da Brasil Offshore? O idealizador do evento é bastante otimista: “Os 50% de espaço renovado é que demonstram o alto grau de satisfação do mercado em relação às perspectivas e/ou negócios realizados durante esta última edição”, diz Eric Hendersen. Uma coisa é certa: independentemente de qual lado do balcão você vai estar, todos esperam encontrar uma cidade cada vez mais pronta para hospedar melhor o universo do Evento, favorecendo o crescimento da economia local, regional e nacional e geração de empregos na Bacia de José Azevedo, diretor da Usimac Campos!
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Photos: Macaé Offshore
With more than one day of exhibition, the Trade Show draw the attention of investors and visitors, from all over the world, which packed into an area larger than 27,000 square meters
BRASIL OFFSHORE The epicenter of the oil business Still on its third day of exhibition, Brasil Offshore Trade Show had 40% of its capacity for the 2009 edition already reserved, due to the great success that brought together 538 exhibitors – representing over 1,100 trademarks from 35 countries – and 43,000 Brazilian and foreign visitors. The third largest event in the oil and gas sector in the world transformed, for four days, the city of Macaé into the business epicenter Por Sônia Vasconcelos 28
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rasil Offshore has become more than a large market, where oil giants anchor their trademarks next to service providers. The trade show reflects the energy sector’s vitality. So much so that “over 230 companies have already made reservations for the 2009 edition up until now,” says Eric Henderson, president of Media Group, organizer of the event. To meet the increasing demand, the oil “circus” will be enlarged: “Mayor Riverton Mussi, has agreed to remodel Macaé Center, providing over 5000 m2 of stands,” says Eric. This year, the Show had another day of exhibition and the response from the international attendees was ver y positive: “We had visitors from all over the world: India, Singapore, Indonesia, United Arab Emirates, South Korea, South Africa, Angola, United States, Canada, France, England, Chi-
na, Nor way, Germany, turning Campos Basin into a window for innovative technologies for the planet,” explains Media Group’s president. For exhibitors who, more than in previous years, strove diligently and invested heavily in sophisticated stands, all efforts were worth it. After all, the trademark visibility and strengthening were at stake. We have talked to some companies that have reached their goals, achieving the best results in the Show. See how it was:
Cameron’s stand received more visitors than it was expected
Cameron: more information about its products and services For the company – one of the most active companies in the world in relation to manufacturing, sales and services for offshore equipment – Brasil Offshore was an opportunity to show ever ything the company is capable of doing at Taubaté’s
factor y and Macaé’s plant. “Many people did not know, for instance, that we repair tensioner shafts here in the city. And more: in our facilities, we can refurbish any piece of equipment manufactured by Cameron, in different parts of the world,” says Márcio Martins, aftermarket operations manager. By offering to the market stateof-the-art machines and equipment intended to the drilling sector, Ca-
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meron stays close to large operators, in Brazil and abroad. In addition, since it is committed to Brazil’s oil and gas market, the company works with Petrobras in the development of Plangas (Plano de Antecipação da Produção de Gás or Gas Production Advance Plan), installing its equipment (Submarine and Surface BOPs, Risers, Choke Manifolds, Pipe Line End Terminators (PLETs), Pipeline End Manifold (PLEMs), Wet Christmas Tree (ANM) and associated products, on platforms (on sea floor).
commissioning, assistance to startup, pre-operation, assisted operation and startup, in addition to specialized, preventive and corrective maintenance. In this edition of the Show, the company identified opportunities: “The fact that Colombia’s Regulating Agency was in the Show is a sign that there are good businesses. In addition, many foreign missions took part in the event, rendering ties stronger. For us, who have been in the market for 20 years, this is quite positive,” says Ricardo Ribeiro Pessoa, UTC’s executive director.
The opportunity of the Trade Show, for UTC, is not limited to Campos Basin. The company also invests in Espírito Santos’s market. As it understands that Espírito Santos is already a reality, the company has established an operation During the exhibition, UTC received visitors from all over the world base where it executes its contracts for the region. UTC sees the foreign UTC Engenharia has other two participationas a possibility Offshore Operation Bases – one in Niterói and another one in Macaé for good businesses – ready to be requested: “Our exThroughout its existence, UTC pectation is that Petrobras will use Engenharia (UTC Engineering) has the contracts that are under execoncentrated its activities in project cution. The demand is small for design, procurement, construction UTC’s installed capacity,” explains and assembly, commissioning, pre- Ricardo Ribeiro.
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Maurício Rubinsztajn, CapRock Operations Manager
CapRock removes obstacles, with a new service Building up important contacts and making the brand even more known were not the only objectives of the company, which installed its Base in Macaé three years ago. The four exhibition days also helped CapRock launch a new product, SeaAccess, with TDMA technology: “It is a voice, data and internet service, which will operate all year long, 24 hours a day. It also serves the freight ship and sea cruise ships. These are vessels that need a satellite service in a situation that is less critical than a platform, for example, explains Maurício Rubinsztajn, operation manager for South America. SeaAccess is a communication solution, via satellite, for remote lo-
cations, with competitive prices, adequate for smaller vessels. “The significant difference of this service is the infrastructure,” explains Maurício. With over 20 years of experience, CapRock has provided the demanding oil market with real time communication and connectivity in the most difficult and remote locations.
Novelty in the sector: Krest bottles fluid HW 525P here in Brazil
The new way of receiving fluid MacDermid by Krest (the manufacturer’s exclusive representative) drew the attention of clients, who could see the company’s process on the spot. “With Flexitank, a package that is as flexible as a “pillow”, we can bring a larger amount of fluid, in bulk, in the container that holds only 80 barrels. In the Flexitank it is possible to store up to 94 barrels,” director Humberto Perlingeiro Neto explains.
Humberto Perlingeiro (the second one from the left to the right) and Cidi Vassimon (the second one from the right to the left) leaded Krest’s team
Another advantage of the new method is that it makes the product cheaper, since the cost with imported barrels are left out. Flexitank is an Argentine product, represented with exclusivity by Krest, indicated for transporting most liquid substances, including
FMC received clients and suppliers that were searching for new opportunities and businesses
the edible ones, such as coconut water, for instance. Petrobras’s partner, Krest has supplied its stocks with 100 thousand liters of water-based fluid, in bulk, to meet the state company’ needs, with new platforms in operation.
FMC Technologies: focused on developing new solutions for mature fields The energy-generating company sees in the Show an opportunity to meet potential clients and
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suppliers. Pioneer in the development of the SBS (Sistema de Bombeamento Submarino or Submarine Pumping System), FMC concentrates its resources on increasing oil production. “If in the past there was a race towards deep waters, today, the race aims at improving the production increase process. Our technology is in Jubarte’s field (heavy oil) and, soon, in Golfinho field (less heavy oil),” says José Mauro Ferreira, commercial director. FMC is already involved with a new challenge, with company Framo, says José Mauro: “It is going to supply pumps, which will be placed in our seawater injection system, in the Albacora field, the Raw Water Injection (RWI). This technology will increase oil production.” It must be in operation in 2008.
Explosion-proof light fixtures cause a sensation at Nutsteel A client in search of technical information. That was the perception at Nutstell’s stand. The novelty that caused so much explanation was
Model ML800, with maximum operating time of eight hours and working life of 70 thousand hours, with a clothespin, also drew the attention. It may be used for zones 1 and 2 and IIA, IIB and IIC gas groups. Nutsteel also brought the only light fixture in which it is possible to change the battery in an explosive atmosphere, and it may be adapted
Falck Nutec, with its differentiated work, achieved its goals at Brazil Offshore, narrowing partnerships and signing new contracts. The promotion for natural persons continues. No wonder: “There is a great appeal in the training courses, besides the course’s subjects, which is the networking formed during the classes. Many students leave the course employed,” says Alexandre Reis, Operating Director.
V&M is a partner both in the manufacturing process of special pipes and in service provision The company was able to render its service provision area effective, during the Show: “Now, Luiz Antônio Guimarães Cardoso, Sales Manager, and Walter José with our Macaé base, Cotta Isaac, Contract Manager (Petrobras partnership), from V&M we can do on the site to any kind of hardhat, HL800ATEX. what before was only possible in The three flashlight options have an Belo Horizonte. The proximity with intelligent charger with rechargeable Campos Basin enables us to offer battery. Another unique feature of better services associated to cusNutsteel’s products is that even its portable devices, such as flashlights, are certified.
A product specifically developed for natural persons was the great idea of Falck Nutec
Anacleto Vieira, Nutsteel Technical Manager, in Macaé
handheld flashlight IL80. “It is explosion-proof, and it has two types of light intensity, it is rechargeable and it can be used in zones 21 and 22 of IIA, IIC and IIB gas groups. In addition, its working life is of 50 thousand hours: continuously on, the maximum operating time is 50 hours with low beam and 25, with high beam,” explains Luciano Landa, from the marketing department. 32
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Special training package in salvage, which payment can be smoothly divided in 10 installments, including a free Huet module (for those who closed the deal at the Trade Show). As this product is provided only to natural persons, Falck Nutec achieved absolute success because its demand exceeded the expectations. “Not all of them, who came here, are qualified, but they want to attend the training course because they know that this is the first step for a well-successful career in the offshore market”, says Marcelo Reis, Commercial Director.
Falck Nutec Team: Furtado, the Instructor, Alexandre and Marcello Reis, the Directors, and Edson Sá, the Commercial Supervisor
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tomer”, justifies Walter José Cotta Isaac, sales manager. V&M, Petrobras’ partner for new state-controlled company’s goals, is getting ready to manufacture in Brazil a special pipe Super Treze Cromo, to be used in deep waters, with the purpose of increase gas production in difficult areas. “Our goal is to import the raw material and the entire manufacturing chain here in Brazil”, says Luiz Antônio Guimarães Cardoso, Sales Manager.
Well tools and replacement parts are Usimac stars The company manufactures in Brazil many items for wells and replacement parts. However, what drew people’s attention was that many of them are certified, which adds value to the equipment of the company that is specialized in light and heavy machining, industrial mechanics, boilers, high pressure equipment repair, chiksan e torque valve. Usimac, which has been 14 years in the market in the supply
of tools for drillships of large multinationals operating FPSOs, knows exactly how to entice its clients: “Success in our business is based on trust, since clients look for security in their operations”, concludes José Jorge Azevedo, Director of Usimac.
Company’s marketing drove the attendance of Oil States at the Trade Show Accounting more than 65 years in experience, the company realized that the visitors had a great interest in obtaining information regarding company’s wide range of equipment and services in areas of flexible elements, undersea frames, engineering designs, manufacturing, maintenance, repair and construction, platform facilities, connection advanced systems, cranes, winch, and mooring systems. Here in Brazil, in Novo Cavaleiros, Oil States performs repair services on risers and pontoons, specialized welding, and inspection, besides providing customized manufacturing of concrete blanket at its workshop facilities.
Petrobras prioritized the sector of E&P and the 30 years of production of Campos Basin For the largest stand in the Trade Show, the state-controlled company took presentation material on how a drilling rig works, how their social, cultural and technological actions are performed and historical panels about the 30th anniversar y of Campos Basin.
José Azevedo, Usimac Director
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The participation of Petrobras in Brasil Offshore is extensive. The Company is one of the anchors of the Business Round, is paired to IBP in the Conference cycle and is focused on relationships: “Petrobras comes into evidence to the world as an international company. Hence foreign visitors sees it as a
Lincoln Weinhardt, Manager of Communication and Information Security, from UN-BC
possibility for business or partnership, especially because of the challenges we have surpassed”, says Information and Security Manager Lincoln Weinhardt. The marked foreign presence during the four days of the event is a positive sign not only for Petrobras but also for all the North region of Rio de Janeiro state. “Most part of their production consists in services for the oil industr y. But the region is showing that plants, generators of inputs, will be welcomed ”. Lincoln also declared that the Trade Show is a milestone for Macaé. “The city is not just the place where Petrobras is located, but a place with technology and heavy industrial structure”. What may businessmen, suppliers and clients expect from the Brasil Offshore 2009 edition? The idealizer of the event is quite optimist: “The 50% of renovated space is a demonstration of the high degree of market satisfaction related to the perspective and/or businesses done during the last edition”, says Eric Hendersen. No question: no matter which side of the counter you are, ever ybody expect a city ready to host the whole of the Event, enhancing local, regional and national economy and generating jobs in Campos Basin!
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Rodada de negócios: as pequenas vendem seu peixe João Marcos
O objetivo dos encontros foi possibilitar aos pequenos e médios empresários uma oportunidade de apresentarem seus produtos e serviços às companhias contratantes
Em dois dias de trabalho, a Rodada de Negócios - parceria entre Sebrae e ONIP - recebeu 160 empresas, a maioria estabelecida em Macaé. São firmas que fazem parte da Rede Petro e do Cadastro de Fornecedores da Organização Nacional da Indústria do Petróleo que sentaram à mesa Por Sônia Vasconcelos para negociar com 15 âncoras
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aseleção das pequenas se baseou na demanda das âncoras em bens, componentes, máquinas e serviços. “Este é o caminho mais curto para a empresa que almeja fazer um negócio com as grandes contratantes. Do contrário, o processo entre os primeiros contatos e a efetivação de uma licitação pode levar de dois a três anos”, explica José Carlos Barros, do Sebrae, responsável pela Rodada. A vantagem de participar da Rodada está nos dois lados do balcão: “Para os pequenos, as reuniões (ao todo 700) são uma oportunidade ímpar de estar em contato com os compradores. No caso das grandes companhias, é a chance de conhecer potenciais fornecedores, aumentando a competitividade em seus processos de compras”, avalia Gabriela Levone, 36
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coordenadora do escritório regional da BC, da ONIP/IBP. Motivação para os microempresários, surpresa para peixe graúdo. Representando a Maersk, Rodrigo Wandalsen Falham, disse que o ponto alto do encontro foi que este ano as empresas apresentaram itens novos. “A oferta é grande: de parafusos de aço inox a tubos de aço, passando por motores elétricos. O fato de encontrarmos itens que antes tinham de ser importados desperta maior interesse na Rodada”. Isso vem provar que o bom negócio pode estar aqui no Brasil, desde que o produto seja capaz de competir com os lá de fora, em preço e qualidade. Leandro Rangel e Roseane Pereira, representando a Macaé Náutica, fornecedora de equipamentos para sal-
vatagem, também têm experiência nas Rodadas de Negócios e souberam aproveitar a oportunidade. Hoje, colhem os resultados: “Na Feira a gente fez um trabalho de marketing a fim de conhecer novos clientes. E surtiu efeito: já temos agendas com a Mauá Jurong e a QB, o que vai nos levar a participar de suas licitações”, espera Roseane. A Rodada também serve para identificar as lacunas do mercado nacional. “Eu senti falta de derivados de aço (chapas, cabos), que possam concorrer internacionalmente. Sendo o Brasil um dos maiores produtores de minério de ferro, não se entende porque o cabo de aço comprado na Europa ainda é 30% mais barato do que o produzido aqui”, ressalta Rodrigo Wandalsen. Num setor altamente globalizado, é comum que alguns itens não tenham competitividade no país. Na análise do coordenador do Projeto Petróleo e Gás do Sebrae/RJ, Antonio Batista, o panorama do mercado nacional é otimista: “Há países que possuem parques industriais totalmente voltados para o
setor de petróleo, já há algum tempo. Ou seja, sua curva de experiência em muitos itens é maior que a dos produtos fabricados no Brasil. Mas o gap já foi maior. Hoje, há empresas nacionais consideradas benchmarking mundial”. Passada a euforia da Feira, cabe aos organizadores ficarem de olhos bem abertos ao “mercadão”, aferindo se os resultados efetivamente foram positivos. “Seis meses depois do evento, voltaremos a fazer contato com as fornecedoras que participaram da Rodada. A experiência em outras edições mostra um alto grau de acerto entre a previsão e a confirmação dos negócios”, diz o coordenador. Os planos para 2009 já estão sendo traçados. A ONIP pretende aprimorar as informações entre demanda e oferta: “O objetivo é fazer com que o fornecedor ofereça os produtos e serviços que realmente estejam sendo solicitados pelas âncoras”, explica Alfredo Renault, superintendente regional na Bacia de Campos. Já o Sebrae quer que os fornecedores cheguem tecno-
logicamente mais bem equipados: “A idéia é colocar em cada mesa de negociação um notebook plugado à internet. A empresa será orientada a levar uma apresentação digital, com fotos e informações que melhor definam o que é a empresa, seu produto, clientes etc”, adianta Antonio Batista. Diz a experiência que quanto melhor uma fornecedora se divulga para uma compradora, mais aumentam as chances de geração de negócios.
Na rodada, aumentam as possibilidades de aproveitamento do conteúdo local, a partir da criação de novas parcerias
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Business round: opportunity for the small fish
The objective was to provide an opportunity for small and medium businessman to show their products and services to contractors
In two days of work, during the Brazil Offshore, the Business Round – a partnership between Sebrae and ONIP – received 160 companies from every corner of the country, (ES, BA, MG, RS, RN, SP e RJ), most of which are established in Macaé. The companies are part of each state Petro Net and of the National Petroleum Industry Organization Supplier Register (Cadastro de Fornecedores da Organização Nacional da Indústria do Petróleo) who sat down to do business with the so-called anchor companies Por Sônia Vasconcelos
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he selection of small companies was based on anchor companies assets, components, machinery and services. “This is the shortest way for companies wishing to do business with the big contracting c o m p a - nies. Otherwise, the process between first contacts and the accomplishment of a bidding may take from two to three years”, explains José Carlos Barros, from Sebrae, in charge of the Round. The great advantage of participating in the Round lies on both sides of the counter: “For the small companies, the meetings (700 in the whole) are a unique opportunity of being face to face with purchasers. As for the big ones, it is a great chance of meeting potential suppliers, stimulating the competitivity in
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purchasing processes”, says Gabriela Levone, BC Regional Office Coordinator, from ONIP/IBP. Motivation for small businesses, surprise for the big fish. Representing Maersk, Rodrigo Wandalsen Falham, said the meeting summit was that this year companies presented new items. “The offer is large: from stainless steel screws to steel tubes, including electrical engines. The fact that we now may find items that were necessarily imported before, makes the Round much more interesting”. It comes to prove Brazil is offering good business opportunities as long as the product is capable of competition with foreign products in prices and quality. Leandro Rangel and Roseane Pereira, representing Macaé Náutica, suppliers of salvage equipment, have expe-
rience in the Business Rounds also, and grasped the opportunity. Today, they celebrate the outcomes: “At the Fair we worked on the marketing aspect in an attempt to meet new clients. And the results were effective: we already have scheduled meetings with Mauá Jurong and QB, what will guarantee our participation in their bidding processes”, expects Roseane. The Round is also suitable for the identification of gaps in the national market. “I missed the steel and its byproducts (plates, cables), which are internationally competitive. Since Brazil is one of the biggest iron ore manufacturers, it is difficult to understand why the wire rope bought in Europe is 30% cheaper than the one produced here”, highlights Rodrigo Wandalsen. In a highly globalized segment it is common that certain items cannot match competition in the country. According to the analysis of Sebrae/RJ Petroleum and Gas Project Coordinator, Antonio Batista, the overview for the market national is optimistic: “There
are countries that already have industrial complexes totally dedicated to the oil sector. Meaning that their curve of experience in many items is bigger than the curve of products manufactured in Brazil. But the gap has narrowed. Today, some national companies are considered world benchmarking”. After the enthusiasm of the Fair, it is organizers’ duty to be attentive to the “open marketplace”, assessing the real positive effects of results. “Six months after the event, we intend to get in touch with the suppliers who have taken part in the Round. Experience in prior editions shows highly positive odds in the hit between anticipation and confirmation of businesses”, declares the coordinator. Plans for 2009 are already being outlined. It is the ONIP’s intention to refine the information on supply and demand: “The goal is that the supplier offer products and services that are really being requested by the anchors”, explains Alfredo Renault, Regional Superintendent at Campos Basin. Sebrae, conversely,
Some dience
companies with new
surprised items
the aufor market
wants suppliers to present themselves technologically well equipped: “The idea is to place a notebook plugged on the Internet on every business roundtable. Each company will be oriented to bring a digital presentation, with pictures and information that best define what the company and respective product, clients etc, are”, previews Antonio Batista. It is the word of experience that the better a supplier advertises itself for a purchaser, the best their chances for generating business are.
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Gerenciamento de campos maduros: o tema central da Conferência Uma programação intensa de palestras preencheu o mercado do petróleo, com informações focadas na revitalização de campos maduros. Nós convidamos o chairman do workshop, para fazer um breve relato de tudo o que foi mostrado nos três dias de conferência, Fernando Antonio Machado dentro da Feira Brasil Offshore
O gerenciamento dos campos maduros foi o tema central nos três dias da Conferência, que lotou os auditórios do Macaé Centro
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xiste o consenso na indústria petrolífera que o chamado “óleo fácil” já foi descoberto e que podemos esperar um decréscimo do pico de produção mundial nas próximas décadas. Estimativas mostram que em 20 anos cerca de 10% da produção mundial de hidrocarbonetos será proveniente de novas reservas. Os outros 90% serão oriundos de campos maduros ou reservas não convencionais como xisto, areia betuminosa e óleos pesados, que demandarão novas tecnologias e elevados custos para sua prospecção. Em um cenário de crescente demanda por hidrocarbonetos, é imperativo que a indústria petrolífera empenhe todos os esforços para aprimorar o gerenciamento dos reservatórios e aumentar o fator de recuperação das reservas que já estão sendo produzidas. Esta foi a motivação para o evento técnico Offshore Mature Fields Management Workshop, que aconteceu em paralelo à feira Brasil Offshore 2007. O evento foi organizado em uma parceria da SPE – Society of Petroleum Engineers - Seções Macaé e Brasil, em conjunto com o IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. Este tema interessa não só à Petrobras, que já tem campos maduros na Bacia de Campos, mas também às operadoras do porte da Shell, Chevron, Statoil e Norsk Hydro, que participaram ativamente do evento. O workshop abordou a questão focando em três disciplinas chaves: Well Construction, Reservoir Management & EOR e Topside Facilities. Cerca de 305 participantes, representando operadoras, universidades e companhias de serviços, puderam partilhar conhecimentos, experiências e novas idéias.
Baker, que permitirá perfurar o poço, o trecho horizontal no reservatório e a instalação do sistema de contenção de areia, sem a necessidade de substituições adicionais de fluidos. O sistema já foi testado com sucesso na Bacia de Campos e permitirá a redução do tempo de perfuração e, conseqüentemente, o custo da construção dos poços. Além disso, possibilitará o adensamento da malha de drenagem através da perfuração de poços horizontais, a partir de poços antigos, viabilizando a construção de poços adicionais de menor custo e que propiciarão o aumento do fator de recuperação. Algumas tecnologias ainda precisam ser desenvolvidas. É o caso do sistema para conter a produção de água no poço, reduzindo a solicitação das plantas de processo das plataformas de produção. Também se fazem necessários os sistemas de completação inteligente em conjunto com sistemas de contenção de areia que permitam o gerenciamento de vários intervalos portadores de hidrocarbonetos, em um único poço. Outra tecnologia que deve ser implementada é a do gerenciamento digital, que agrega valor ao fornecer dados em tempo real que permitem a rápida tomada de decisão, de modo a otimizar a produção dos poços e o gerenciamento dos reservatórios e
Fernando Antonio Machado, presidente da Society of Petroleum Engineers / Seção Macaé e Brasil
plantas de produção offshore. Em uma avaliação de resultados, os participantes consideraram que o workshop foi efetivo e com uma grade de trabalhos bem balanceada, por ter contado com a presença da academia e da indústria. Do balanço final do evento, ficou a proposta de voltarmos ao tema, em nova conferência, na feira Brasil Offshore de 2009. Só então será possível avaliar o desempenho de algumas tecnologias que já terão sido implementadas. Até lá, os profissionais do setor de petróleo e gás terão muito trabalho pela frente.
Plataforma semi-submersível SS-06 no campo de Enchova na Bacia de Campos
Foram apresentadas diversas inovações tecnológicas, notadamente na área de Well Construction. Novos fluidos de perfuração foram apresentados, tendo como objetivo a perfuração de poços em cenários de maior complexidade, como formações naturalmente fraturadas e folhelhos altamente reativos. Além disso, foi apresentado um novo fluido não aquoso desenvolvido pela Petrobras em parceria com a MACAÉ OFFSHORE
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The management of mature fields was the most discussed subject on a three day Conference, which crowded Macaé Centro’s auditorium
Mature field management: the main theme of the Conference An intense schedule including lectures filled up the oil market, with information focused on the revitalization of mature fields. We have invited the Chairman of the workshop, to make a brief report of everything shown in the three days of conference, within the Fernando Antonio Machado Brasil Offshore Exhibit
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here is a consensus in the oil industry that the so-called “easy oil” was discovered and we can expect a decrease in the world production peak in the next decades. Estimates show that in 20 years, 10% of the world production of hydrocarbons will come from reserves. The other 90% will come from mature fields or non-conventional reserves such as schist, bituminous sand and heavy oils, which will demand new technologies and high costs for prospection. In a scenario of growing demand for hydrocarbons, it is imperative that the oil industry makes all efforts to improve management of reservoirs and increase recovery of reserves that are already being produced. That was the main encouragement for the technical event Offshore Mature Fields Management Workshop, which
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happened in parallel to the exhibit Brasil Offshore 2007. The event has been organized in a partnership of SPE - Society of Petroleum Engineers - Macaé and Brasil Sections, together with IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels). This theme is interesting not only to Petrobras, which has mature fields in Campos Basin, but also companies such as Shell, Chevron, Statoil and Norsk Hydro, which have actively participated in the event. The workshop addressed the issue focusing on three key disciplines: Well Construction, Reservoir Management & EOR and Topside Facilities. Around 305 participants, representing companies, universities and service companies, could share knowledge, experiences and new ideas. Several technological innovations were presented, chiefly in the area
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mations and highly reactive shales. In addition, a new non-aqueous fluid, developed by Petrobras, in partnership with Baker, was presented. This new fluid will allow drilling of well, the horizontal section in the reservoir and the installation of the new sand containment system, without the need to make further replacements of fluids. The system has already been successfully tested in Campos Basin and will allow the reduction of drilling time and, consequently, the cost of well construction. In addition, it will enable thickening of draining mesh by drilling horizontal wells, from old wells, enabling the construction of additional wells of low cost, which will provide the increase of the recovery factor.
of Well Construction. New drilling fluids were presented, intended to drill wells in more complex scenarios, such as naturally fractured for-
Some technologies still need to be developed. This is the case of the system intended to contain well water build-up, reducing the need to install process plants in the production platforms. Intelligent com-
pletion systems combined with sand containment systems are also required, which allow management of several hydrocarbon intervals, in a single well. Another technology that must be implemented is the digital management, which adds value by providing data on a real time basis, allowing quick decision-making, so as to optimize production of wells and management of reservoirs and offshore production plants. In a result assessment, participants considered that the workshop was effective and provided a wellbalanced papers schedule, as it had the presence of the academy and the industry. From the final balance of the event, we were proposed to hold further discussions on the theme, in a new conference, at the exhibit Brasil Offshore of 2009. Only then it will be possible to evaluate the performance of some technologies that have already been implemented. Until then, the oil and gas professionals will have so much work to do.
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MacDermid: tecnologia de ponta e respeito ao meio ambiente Não basta fabricar os melhores fluidos para controle hidráulico, base água. A responsabilidade da MacDermid vai mais além: seus produtos são elaborados com matéria-prima que não agride a natureza. Todos certificados, oferecendo segurança aos equipamentos Por Bianca Gomes Fotos Macaé Offshore
no mercado atendendo mais especificamente a operadoras, desenvolvendo fluidos para controle hidráulico que combinam duas vertentes: tecnologia avançada e conformidade com os requisitos ambientais. A certificação pelas normas ISO 9001 e ISO 14001 reflete o padrão de excelência e a preocupação da companhia em quesitos como gestão da qualidade e responsabilidade ambiental. Desde a sua fundação, em 1922, pelo escocês Archie J. Mac Dermid, a empresa desenvolve o que há de mais moderno para aprimorar o atendimento a seus clientes. Atualmente, seu espírito vanguardista é representado pelo fluido para controle hidráulico, base água, Oceanic HW525, fabricado no início dos anos 90 pela MacDermid, na época W. Caning, para atender a uma necessidade da Petrobras, que sofria recorNa Base da Krest, em Macaé, o envasamento do fluído base água da MacDermid, agora, com nova tecnologia rentes inter venções submarinas e paralisações de seus sistemas, specializada na fabricação de produtos quídevido, principalmente, a incompatibilidade entre micos e na prestação de serviços para dia composição dos diferentes fluidos disponíveis no versos setores da indústria, sobretudo o de mercado. energia, a MacDermid debutou no mercado brasileiro em 1994, através da Krest InterApós rigorosos testes de campo e comprovação da national, que detém exclusividade da marca MacDermid eficácia do produto, o Oceanic HW525 foi qualificado Offshore Solutions no Brasil e no Mercosul. Dividida pela Petrobras e é fornecido com padrão de limpeza em cinco segmentos - Offshore Solutions, Industrial de, no mínimo, NAS 1638 Classe 6, sendo utilizado Solutions, Printing Solutions, Electronics Solutions em larga escala no Golfo do México e no Brasil, onde e Autotype -, a MacDermid Offshore Solutions atua as temperaturas raramente marcam abaixo de -10ºC.
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para BOP (blow out preventer) para uso específico em sistemas de plataformas de perfuração. Entre os mais utilizados no Brasil estão o Erifon HD 856 e o Erifon HD 603HP. Já consagrado, o Erifon HD 856 é um dos principais fluidos hidráulicos para BOP. Totalmente sintético e extremamente econômico, foi formulado para uso diluído em água limpa, a 100:1. Mais moderno nesse âmbito e ambientalmente correto, o Erifon HD 603HP foi especialmente formulado para prevenir o emperramento de válvulas deixadas estáticas por longos períodos de tempo e para aumentar a vida do sistema de movimento lento e em aplicações de cargas pesadas. Fluido hidráulico concentrado, formulado para uso em concentrações tão baixas quanto 1% (dependendo da aplicação), em água doce ou potável. Todos os produtos da linha Erifon reúnem características como excelente estabilidade, propriedades anti-desgaste e anti-corrosão e alta resistência ao ataque microbiológico que fazem desses produtos um meio hidráulico de operação ideal para equipamentos projetados para fluidos base água.
Eric Handley, diretor técnico da MacDermid
O Oceanic HW525 foi formulado para uso específico nos mais modernos sistemas de controle nas plataformas de produção de petróleo em águas profundas, destacando-se em toda indústria pela capacidade de reduzir problemas considerados críticos como corrosão nos equipamentos, crescimento de bactérias, obstrução de umbilicais e bloqueio de válvulas, entre outros. “Suas baixas viscosidades, consideradas extremamente baixas quando comparadas a fluidos à base de óleo mineral ou do tipo hidrocarbonetos sintéticos, oferecem ótima resposta dos sistemas, enquanto um sofisticado pacote de aditivos proporciona alto grau de proteção contra desgaste, corrosão e degradação microbiológica. Este fluido, assim como outros produtos similares da linha Oceanic, proporciona máxima segurança e confiabilidade dos equipamentos e sistemas de produção”, informou Eric Handley, diretor técnico da empresa. Ele chama a atenção para o fato de todos os fluidos fabricados pela MacDermid serem ambientalmente corretos, ou seja, elaborados com matérias-primas que não agridem o meio ambiente (biodegradáveis), podendo ser descartados em diversos ambientes marinhos. Outro carro-chefe da MacDermid é a linha Erifon HD – fluidos de controle hidráulico 48
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Indicada para uso em sistemas de compensadores de movimento, sendo utilizado em sistemas de per furação, a linha Erifon 818 é composta por fluidos base água com baixa relação compressão/ignição, capazes de atingir um alto grau de resistência ao fogo e à explosão nas altas pressões dos sistemas de compensadores, característica esta de particular importância em sistemas que operam com alta pressão onde o fluido está em contato direto com o ar comprimido a altas pressões. Por esta razão, o Erifon 818 é considerado o tipo de fluido ideal para sistemas compensadores de movimento.
Mac Dermid: cutting edge technology and respect for the environment Photos Macaé Offshore
Tanking
of
MacDermid
fluid,
in
Flexitank
that
occupies
the
whole
container
It is not enough manufacturing the best water-based fluids for hydraulic control. Mac Dermid responsibility goes beyond: its products are prepared with environmentfriendly raw materials. Every product is certified, in your equipment’s safety By Bianca Gomes
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acDermid Incorporated, which is specialized in producing chemical products and in providing services to many industry sectors, mainly the energy sector, had its premiere in the Brazilian market in 1994, through Krest International, that exclusively holds MacDermid Offshore Solutions trademark in Brazil and in Mercosul. Divided into five industrial segments (Offshore Solutions, Industrial Solutions, Printing Solutions, Electronics Solutions and Autotype), MacDermid Offshore Solutions acts in the offshore market, specifically serving operators, developing fluids for hydraulic monitoring, combining two areas: high technology and environmental requirements compliance. Certification under ISO 9001 and ISO 14001 standards reflects the company’s excellence standard and the company’s concern regarding issues such as quality management and environmental responsibility. Since MacDermid foundation, in 1922, by the Scottish Archie J. MacDermid, the company uses the most modern techniques to improve the service it provides. Currently, the vanguard spirit of MacDermid is represented by the hydraulic control fluid, water based, Oceanic HW525, manufactured in the beginning of the 90’s by MacDermid, at that time W. Caning, to meet Petrobras’ needs that was experiencing many underwater intervention and system stoppage mainly due the incompatibility of the chemical composition of many different fluids available in the market. After strict field tests and product effectiveness evidencing, Oceanic HW525 was approved by Petrobras and is now MACAÉ OFFSHORE
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supplied with a cleaning standard of, at least, NAS 1638 Class 6, which is widely used in Gulf of Mexico and in Brazil, where temperatures rarely are lower than -10ºC. Oceanic HW525 was developed to be specifically used by the most modern monitoring systems for deep water oil production platforms, outstanding in the industry due to its capacity of reducing critical problems such as equipment corrosion, bacteria build up, umbilical obstructions, valve locks and so on. “Its low viscosity, considered extremely low when compared to mineral oil or other type of synthetic hydrocarbon fluids, provide optimal system response whereas a sophisticated set of additives offer a high level protection against wear, corrosion and microbiological degradation. This fluid, as well as other similar products of Oceanic product line, provides maximum safety and reliability for production Flexitank optimizes the available space in the container, adding an extra volume of 94 drums systems and equipment,” said Eric Handley, Technical Director of MacDermid, highlighting control fluids for BOP. This fluid, which has a totally the fact that all fluids manufactured by MacDermid are economic and synthetic formula, was formulated to be environmentally safe, in other words, the fluids are pro- diluted in clean water, in a proportion of 100:1. Erifon duced with raw materials that do not damage the en- HD 603HP, which is considered the most modern fluid vironment (biodegradable), which can be disposed in in this area and environmentally safe, was specially formany marine environments. mulated to prevent long time inoperative valve from jamming, and to increase slow movement system life Another main product manufactured by MacDermid is and in heavy loads application. This is a concentrated Erifon HD product line – hydraulic control fluids for BOP hydraulic fluid that has been formulated for concen(blow out preventer) to be specifically used in drilling trations as low as 1% (depending on the application) platform systems. Erifon HD 856 and Erifon HD 603HP in fresh or potable water. Other Erifon products gather are two of the most used fluids in Brazil. The already characteristics such as excellent stability, antiwear and well-known Erifon HD 856 is one of the main hydraulic anticorrosive properties and high resistance to microbiological attacks that makes these products a hydraulic medium to provide optimal operation to equipment designed to be used with water-based fluids. Erifon 818 line has been designed for use in motion compensator systems for drilling systems. This fluid is water-based with low compression/ignition ratios to provide excellent fire and explosion resistant properties at the high pressures experienced in compensator systems. This characteristic is of particular importance for systems that operate at high pressure where the fluid is in direct contact with compressed air at high pressure. For that purpose, Erifon 818 is considered the ideal type of fluid for motion compensator systems. From an environmental point of view, the fluid can also be considered safer, as it can be quickly removed from contaminated areas with water washing, eliminating the need for special cleaning materials. 50
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