Do aço aos portos

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Índice / Contents

A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngue (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé - RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Direção Executiva: / Executive Directors: Alexandre Calomeni / Bruno Bancovsky Gianini Coelho Edição Final: / Final Editing: Bruno Bancovsky Publicidade: / Advertising: Fernando Albuquerque publicidade@macaeoffshore.com.br Jornalista: / Journalist: Érica Nascimento / MTB-29639/RJ redacao@macaeoffshore.com.br Diagramação: / Diagramming: Paulo Mosa Filho arte@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: José Tarcísio Barbosa Tradução em inglês: / English version: Grupo Primacy Translations Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies 54ª Edição 54th Edition Tiragem: / Copies: 5.000 exemplares/copies Assinatura: / Subscriptions: (22) 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties

Notas 6 / Notes 8 Articulando / News & Views

Matéria de capa / Report of Cover

Adeus à estagnação 20 No more stagnation 26

Brasil é a bola da vez! 10 Brazil is the next big thing! 11

Índice / Contents

Capa / Cover: Navio Celso Furtado Foto / Photo: Agência Petrobras

Conhecimento / Knowledge Soluções para controle da corrosão 16 Corrosion control solution 18

Desenvolvimento / Development Indústria naval ressurge 38 Shipping industry reemerges 46

Indústria / Industry Brasil na queda de braço com a China 50 Brazil arm wrestles China 53

Plataforma Espírito Santo Entrevista com Cláudio Araújo 12 /

Espírito Santo Platform Interview with Cláudio Araújo 14

Plataforma Santos Baixada santista tem sede de investimentos 30 /

Santos Platform Baixada Santista is thirsty for investment 35

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Carta ao Leitor / Letter to the Reader

Carta ao Leitor / Letter to the Reader

Carência de políticas eficazes

Lack of effective policies

O Brasil comemora seu período de ascensão com as

Brazil celebrates its rising period with naval

indústrias naval e offshore, o que favorece diversos setores,

and offshore industries. This fact is favorable to

como o de siderurgia e a cadeia de suprimentos e serviços. As expectativas do mercado giram em torno das demandas previstas para os próximos anos, como as grandes en-

many sectors, such as ironworks and supply and services chain. The expectations of the market revolve around the demands predicted to the next years, such as the large orders of Transpetro, sub-

comendas da Transpetro, subsidiária da Petrobras, que irá

sidiary of Petrobras, which will build 49 ships, 20

construir 49 navios, 20 empurradores e 80 barcaças para

pusher tugs and 80 barges to comply with the

cumprir o Programa de Modernização e Expansão da Frota

Program of Modernization and Expansion of the

(Promef). O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que o conteúdo nacional desses 49 navios gira em torno dos 70% e que até 2014 a Companhia irá dobrar sua frota atual de 52 petroleiros que atendem exclusivamente à Pe-

Fleet (Promef). Sérgio Machado, president of Transpetro, said that the national content of such 49 ships is around 70% and that until 2014 the Company will double its current fleet of 52 oil tankers that exclusively serve Petrobras. To that end, it will

trobras. Para isso, até lá, necessitará de uma média de 150

need an average of 150 thousand tons of steel

mil toneladas de aço por ano.

each year until then.

E para atender ao processo de construção dessas em-

To complete the process of building up these

barcações, o País tem como inimigos o relógio e as condi-

vessels, Brazil has to fight against time and pre-

ções fiscais e tributárias precárias. É imprescindível que os

carious fiscal and tax conditions in order to get

estados e as empresas nacionais consigam preparar a tempo seus berços com infraestrutura, mão de obra e condições competitivas para usufruir dessa indústria e contribuir para o fortalecimento da economia do Brasil.

both states and national companies to timely prepare their berths with infrastructure, workforce and competitive conditions to make the best of this industry and contribute to strengthen the Brazilian economy.

Enquanto as reformas fiscal e tributária não acontecem,

While both fiscal and tax reforms do not take

os diversos setores da economia brasileira ficam sob pena

place, many sectors of the Brazilian economy are

de perda do “timing” mundial. A China, por exemplo, já

in danger of losing the world timing. China, for in-

ocupou seu espaço vencendo a concorrência lançada pela

stance, has already filled in its space, by winning

Transpetro para o fornecimento de 18,3 mil toneladas de aço. Empresas oriundas dos Estados Unidos, Europa e Ásia, que pertencem à cadeia de suprimentos do setor de construção naval e de atividade offshore, dominam o mercado,

Transpetro’s bid to supply 18.3 tons of steel. Companies from the United States, Europe and Asia that belong to the supply chain of shipbuilding and offshore activity sector control the market, as they offer products of high added value.

pois oferecem produtos de alto valor agregado. In this issue, state and local governments

Nesta edição, governos estaduais e municipais apre-

present their actions and impacts they suffered in

sentam as ações e impactos que sofreram nesse período,

this period, racing against time to overcome the

correndo contra o tempo para suprir os gargalos dessa in-

bottlenecks of this industry and attract new invest-

dústria e atrair novos investimentos. E temos, ainda, especialistas e representantes de instituições ligadas ao setor, que analisam as práticas e sugerem ações mais eficazes

ments. There are also specialists and representatives of institutions connected to the sector, who analyze the practices and suggest more efficient actions so that Brazil may adjust to this market

para que o Brasil se enquadre neste mercado e alcance

and achieve the status of a great world competi-

o status de grande competidor mundial. Eles deixam claro

tor. They clearly say that at the institutional level,

que, no plano institucional, são inadiáveis as reformas polí-

political, labor and fiscal reforms cannot be post-

tica, trabalhista e fiscal. Boa leitura!

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poned. Have a nice reading!


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Portal de Notícias

Portal de Notícias FMC investirá R$ 200 milhões no Brasil A empresa norte-americana FMC Technologies, maior fornecedora de equipamentos para produção de petróleo do mundo, anunciou investimentos da ordem de R$ 200 milhões no Brasil. O anúncio foi feito no início de julho pelo vice-presidente de Tecnologia da FMC Brasil, Paulo Couto, durante a assinatura do termo para construção do seu Centro de Tecnologia no Parque Tecnológico, na Cidade Universitária do Rio, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo Couto, os investimentos fazem parte do plano de expansão e ampliação da empresa no País. “Conseguimos com a nossa matriz em Houston a liberação desse investimento, sendo que um terço dele será destinado somente para a construção desse Centro de Tecnologia. Os 2/3 restantes serão para a expansão da nossa capacidade fabril nas nossas duas unidades situadas no Rio de Janeiro e em Macaé”, detalha o vice-presidente. O Centro de Tecnologia ocupará uma área de 7 mil m² que incorporará um ambiente com centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), laboratórios de testes e qualificações e unidade de testes de integração e protótipos em escala real. A estimativa é de empregar cerca de 300 engenheiros, uma parte deles composta de novos contratados. “Queremos criar um ‘hub’ de tecnologia de petróleo e gás, ou seja, o maior

Érica Nascimento

Paulo Couto, vice-presidente de tecnologia da FMC Brasil Vice President of Technology of FMC Brasil, Paulo Couto

centro de inteligência mundial voltado para esta área”, disse Couto. De acordo com ele, Macaé pegará uma parcela significativa desse investimento. Na unidade será aumentada a capacidade fabril, além de um grande investimento em capacitação de pessoal. “Temos um plano bastante agressivo de contratação, treinamento e capacitação de pessoal para nossa equipe de serviços em Macaé”, ressaltou Paulo Couto.

UFRJ desenvolve técnica para limpar petróleo no mar O Brasil descobriu uma maneira simples e eficiente de retirar petróleo do mar após acidentes como o ocorrido com a BP, no Golfo do México. Desenvolvido no Instituto de Macromoléculas da UFRJ, num estudo liderado pelo professor do Fernando Gomes de Souza Júnior, 35 anos, a técnica possibilita a retirada de quase todo o petróleo derramado no mar e ainda aproveitá-lo novamente. O método ainda aproveita a glicerina gerada pela crescente produção de biodiesel no País. O método, testado com sucesso em laboratório e em processo de registro de patente, consiste em transformar a glicerina do biodiesel em pó, que é jogado sobre o petróleo derramado. A substância nessas condições se transforma em uma espécie de massa plástica flutuante. “Acontece um fenômeno natural entre o petróleo e esse plástico - a absorção -, porque os dois são igualmente hidrofóbicos e se afastam juntos da água”, ex6 MACAÉ MACAÉOFFSHORE OFFSHORE

plicou Souza Júnior. Cada tonelada de glicerina retira 23 toneladas de petróleo. O petróleo, retirado junto à glicerina, recebe uma carga de querosene para ser filtrado. “Na filtragem vai sair uma mistura de petróleo e querosene, que isso pode ir para uma torre de destilação, ser fracionado, e seguir os processos petroquímicos convencionais”, informou. A previsão é de que em 2013 sejam produzidas 250 mil toneladas de glicerina. “Por isso, consideramos esse produto viável comercialmente, porque a quantidade de glicerina que vai ser produzida é absurda e precisa de um destino para isso”, afirmou. Financiada em parte pela UFRJ, os direitos da tecnologia foram transferidos para a universidade, que poderá se encarregar da pela eventual comercialização do sistema. Uma fábrica para produção da glicerina usada no sistema pode ficar pronta em seis meses a partir do interesse de algum grupo em explorar a técnica.


Incentivo às soluções tecnológicas

A Osborne Costa Construtora Ltda., empresa que atua no gerenciamento e execução de obras industriais, comerciais e residenciais, participou da entrega da Licença Municipal de Operação (LMO) de nº 100, dada pela Prefeitura de Macaé à Brasdril Sociedade de Perfuração Ltda. A cerimônia de entrega aconteceu no dia 23 de julho. Através da LMO, o município concede à empresa a aprovação da localização, a concepção e a viabilidade ambiental de operação para atividade de depósito para armazenagem de máquinas e equipamentos utilizados na indústria do petróleo. A construtora entregou as instalações da Brasdril no Parque de Tubos, em Macaé, baseado nos projetos Taylor Made, desenvolvi-

dos pela própria Osborne. O evento contou com a presença do prefeito Riverton Mussi, do secretário do Meio Ambiente, Maxwell Vaz, do Gerente de Operações da Brasdril, Mike Jackson, do gerente de SMS da Brasdril, Carlos Junior e dos representantes da Osborne, Antônio Olavo e Christiane Velozo. “Este evento comemora a decisão do governador Sergio Cabral de descentralizar o poder da Feema, transferindo o poder de emissão das licenças ambientais para os governos municipais. Graças ao trabalho da equipe da prefeitura, está sendo possível atender as demandas, o que mostra a capacidade do município de receber empresas e licenciá-las”, disse Antônio Olavo. Divulgação / Osborne

Representantes da Brasdril e Osborne durante a entrega da LMO Representatives of Brasdril and Osborne in the granting of LMO

IBM terá centro de pesquisa no Brasil O Brasil venceu uma queda de braço com Abu Dhabi e a Austrália, tendo conseguido a instalação de um centro de pesquisas da IBM, que ficará sediado em São Paulo e terá pesquisadores, também, no Rio de Janeiro. A empresa deve fazer investimentos de quase US$ 250 milhões e prevê a contratação de mais de 100 cientistas que trabalharão no setor de petróleo e gás. A vinda do centro para o Brasil foi negociada em menos de um mês e envolveu os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o de Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico

e Social - BNDES. A escolha do Rio para a atuação dos pesquisadores do novo centro se deve ao foco das pesquisas em petróleo e gás, já que o estado concentra grande parte da exploração desses recursos no Brasil. As megarreservas de petróleo do pré-sal também são um dos motivos da escolha. Está prevista a integração do núcleo da IBM com setores de desenvolvimento da Petrobras. Em todo o mundo, a IBM mantém oito centros como o que será instalado no Brasil, com mais de três mil cientistas e investimentos em pesquisa que, em 2009, chegaram a US$ 5,8 bilhões.

Portal de Notícias

O Finep vai incentivar soluções tecnológicas para a indústria de fornecedores do setor de petróleo e gás e a ideia é atender a toda a cadeia produtiva, inclusive à indústria naval. A Financiadora de Estudos e Projetos lançou no início de julho dois editais, um deles destinando R$ 100 milhões para o desenvolvimento de projetos em sistema de cooperação entre empresas do setor e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) que ofereçam soluções para os desafios tecnológicos gerados ou ampliados a partir das descobertas de reservas na camada do pré-sal. A primeira chamada vai priorizar seis segmentos: Válvulas, Conexões/Flanges, Umbilicais Submarinos, Caldeiraria, Construção Naval e Instrumentação/Automação, seguindo indicação do estudo que o Prominp elaborou com a participação da Petrobras. A segunda chamada prevê investimentos de R$ 30 milhões para apoiar a criação, adequação e capacitação de laboratórios de Instituições de Ciência e Tecnologia, para atender às demandas dos fornecedores da cadeia de P&G. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), de natureza não reembolsável. O formulário para envio das propostas já está no portal da Finep desde 23 julho. O envio das propostas se estende até o dia 8 de setembro. O resultado será divulgado no dia 9 de setembro e os detalhes das chamadas públicas estarão disponíveis no site da Finep (www.finep.gov.br) e nos portais da Petrobras (www.petrobras.com.br) e do Prominp (www.prominp.com.br).

Osborne comemora entrega de Licença Municipal de Operação

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Gateway News

Gateway News

FMC to invest BRL 200 million in Brazil

The FMC Technologies, a U.S. company which is the world’s biggest supplier of oil production equipment, announced investments amounting to nearly BRL 200 million in Brazil. The announcement was made in early July by the Vice President of Technology of FMC Brasil, Paulo Couto, during the signature of agreement to build the Technology Center of the company in the Technology Pool, located in the University City in Rio de Janeiro, in partnership with UFRJ (Federal University of Rio de Janeiro). According to Couto, investments are part of the company’s expansion and enlargement plan in Brazil. “Our head office in Houston disbursed this investment, which is one third earmarked for the construction of this Technology Center. The remaining two thirds will be used to expand our manufacturing capacity in our two units located in Rio de Janeiro and Macaé,” asserts the Vice President. The square footage of the Technology Center will be 7,000 square meters, including an area for a Research and Development (R&D) Center; testing and qualification laboratories, as well as an integration testing unit and full scale prototypes. Expectations are to employ around 300 engineers, part of them composed of new hires. “We intend to create an oil & gas technology hub, that is, the world’s largest intelligence center for the oil & gas industry,” said Couto. According to Couto, Macaé will receive a significant part of this investment. The manufacturing capacity of the unit will be increased, and a major investment in the qualification of the personnel will be made. “We have a rather aggressive plan to hire, train and qualify personnel to be part of our service staff in Macaé,” asserted Paulo Couto.

IBM to have a research center in Brazil Brazil has won a dispute with Abu Dhabi and Australia concerning the establishment of a research center of IBM, which will be headquartered in São Paulo. In addition to this, there will also be researchers in Rio de Janeiro. The company must make investments amounting to around USD 250 million and estimates the hiring of more 100 scientists, whose field of operation is the oil & gas industry. The establishment of the center in Brazil was negotiated in less than one month and involved the Ministry of Development, Industry and Foreign Trade and the Ministry of Science and Technology, in addition to the BNDES, the Brazilian Development Bank. The reason why Rio de Janeiro was selected to stage the activities of researchers of the new center lies in the focus on the oil & gas industry, as the state concentrates a significant share of the exploration activities of these resources in Brazil. The huge reserves of pre-salt oil are also one of the reasons for the selection. Estimates are that the IBM center will be integrated to Petrobras’ development departments. IBM has eight centers around the world like this one to be established in Brazil. They amass over 3,000 researchers and research investments which reached USD 5.8 billion in 2009.

Osborne celebrates the granting of a Municipal Operating License Osborne Costa Construtora Ltda, a company acting in the management and execution of industrial, commercial and residential works, participated in the granting of the 100th Municipal Operating License (LMO) by the Local Government of Macaé to Brasdril Sociedade de Perfuração Ltda. The granting ceremony was held on July 23. By issuing the LMO, the city grants to the company the approval to the location, conception and environmental feasibility of the operation for the warehousing activity to store machines and equipment used in the oil industry. Osborne developed and delivered the Brasdril facilities at Parque de Tubos, in Macaé, which were based on the Taylor Made designs. The event was attended by Mayor Riverton Mussi, the Head of the City Environment Department, Maxwell Vaz, the Brasdril Operations Manager, Mike Jackson, the Brasdril HSE Manager, Carlos Junior and the Osborne representatives, Antônio Olavo and Christiane Velozo. “This is the celebration to the decision of the Governor Sergio Cabral to spread Feema’s power, transferring the power of issuing environmental licenses to the local governments. Thanks to the work of the local government staff, we are able to meet the demands, which shows the city’s capacity to receive companies and licensing them”, said Antônio Olavo. 8 MACAÉ MACAÉOFFSHORE OFFSHORE

UFRJ develops a technique to clean oil in the sea Brazil has found out a simple and efficient way to remove oil of the sea after accidents, such as the one occurred with BP, in the Gulf of Mexico. The technique was developed in the Institute of Macromolecules of the UFRJ (Federal University of Rio de Janeiro) in a study conducted by Professor Fernando Gomes de Souza Júnior, 35 years old. This technique not only facilitates the removal of almost all oil spilt onto the sea, but also its reuse. The method also uses glycerin generated by the growing output of biodiesel in Brazil. The method was successfully tested in laboratory and is under a patent registration process. It consists in the processing of glycerin into powder, which is then thrown over the spilt oil. After this operation, the substance becomes a sort of floating plastic mass. “A natural phenomenon between the oil and this plastic takes place: the absorption, as they are both equally hydrophobic and move away from water at the same time,” asserted Souza Júnior. Each ton of glycerin removes 23 tons of oil. The oil, removed together with the glycerin, receives a kerosene load to be filtered. “The filtering will output a blend of oil and kerosene and this blend may be transferred to a distillation tower, be fractionated and be subject to the usual petrochemical processes,” asserted Souza Júnior. Estimates are that 250,000 tons of glycerin will be produced in 2013. “On account of that, we consider this product to be commercially feasible, as there will be a huge amount of glycerin being produced and it requires a specific use,” stated Souza Júnior. The technology rights were partially funded by UFRJ and were transferred to the university, which may undertake to trade the system. A glycerin production plant used in the system may be built in six months if any group is interested in exploring the technique.

Incentive to technological solutions FINEP, the Brazilian Innovation Agency, will incentive technological solutions for the oil & gas supply industry, aiming to meet the demands of the entire supply chain, including the shipbuilding industry. The Brazilian Innovation Agency published two Call for Tenders early July, one of them investing BRL 100 million in the development of projects performed by companies of the oil & gas supply industry and scientific and technological institutions under a cooperation system. These projects, moreover, should come up with solutions for the technological challenges posed or worsened with the finding of pre-salt reserves. The first Call will prioritize six segments: Valves, Connections/Flanges, Submarine Umbilicals, Coppersmith Shop, Shipbuilding and Instrumentation/Automation, following the guidelines of a study conducted by Prominp (Program for Mobilization of the Brazilian Oil & Natural Gas Industry) in concert with Petrobras. The second call forecasts investments amounting to BRL 30 million to support the creation, adequacy and qualification of laboratories of Science and Technology Institutions to meet the demands of suppliers of the oil & gas chain. The non-reimbursable resources will be provided by the Brazilian Fund of Scientific and Technological Development (FNDCT). The form for submission of tenders may already be accessed on the website of Finep since July 23. Tenders may be submitted up to September 8. The result will be disclosed on September 9 and the details of Call for Tenders will be available on the website of Finep (www.finep.gov.br), and on the portals of Petrobras (www.petrobras.com.br) and Prominp (www.prominp.com.br).


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Articulando

Articulando

O Brasil é a

O

bola da vez!

Brasil ainda se encontra num estágio vulnerável e as fragilidades precisam ser rapidamente superadas. A base tecnológica industrial e de pesquisas aplicadas deve ser acionada para enfrentar com sucesso a escalada e o vigor da aceleração impostos pelos desafios, sendo necessárias tempestivas e ousadas medidas de apoio, incentivo, fomento e de investimentos, principalmente da parte do governo, potencializando a interação empresa/universidade e a interação das competências e encomendas objetivas. No enfrentamento dos desafios urge implementar o “Projeto de País” com ampla participação da sociedade, empenho na educação e cultura, dentro do paradigma da sociedade da informação e do conhecimento. Na primeira etapa, será praticada a conscientização da necessidade do crescimento, do desenvolvimento e do progresso mais harmonioso do país, com garantia de programas de encomendas governamentais de sustentabilidade de médio e longo prazos. Em síntese, o País pede urgência e um substantivo Programa de Modernização Acelerada (PMA), da redução da taxa de juros e da asfixiante burocracia. Os cidadãos conscientes exigem a reforma do Estado, tributária e fiscal, e a imediata reforma política, indispensáveis para a melhoria da gestão e da governança pública, com transparência e objetividade. O projeto detalhará planos, metas, programas, projetos e ações de Estado, fontes de recursos e prazos de execução, que serão acompanhados publicamente.

nas fábricas, laboratórios, no campo e nas atividades afins, sabendo utilizar com destreza as ferramentas de TI e as relações em redes para sinergia no domínio das qualificações. Este plano requer o aprimoramento cultural e humanístico para que se tornem líderes e promovam o respeito às diferenças e o processo de ajustes às condições de mundo em transformação. Devem ser preparados para serem líderes, protagonistas dos avanços da ciência e da tecnologia. Estão ocorrendo mudanças na geopolítica planetária e nas consequentes relações entre nações, instituições, empresas, ao tempo em que ocorrem grandes mudanças no comportamento das pessoas e nas feições do planeta, marcadas pelo maciço uso de disputadas fontes de energia. As forças militares devem estar incondicionalmente preparadas e capacitadas para a defesa da soberania, do território, da Amazônia Verde e Azul, suas riquezas e biodiversidade, do espaço exterior, das massas d´água territoriais e da plataforma continental, prontas para dissuadir e se necessário combater a ousadia de qualquer tentativa de intervenção e cobiça, previamente assistidas pela diplomacia. Finalmente, entramos na era da obsolescência programada de escala planetária, impulsionada pela força da economia globalizada. As vitrines do mundo expõem e a arte da

O projeto consolidará uma sociedade plural e democrática, um governo sem as amarras atávicas que subjugam populações, cativas do regime colonialista. As forças sociais unidas podem deflagrar a construção de uma nação moderna, consciente de sua grandeza e riquezas, organizada e governada com a visão estratégica dos futuros ciclos de inovações.

propaganda se vale das mídias

Constata-se que os concorrentes se utilizam dos novos conhecimentos, empacotam o que produzem na forma de insumos, bens, produtos e serviços, que são distribuídos em escala planetária, impulsionados pela força da economia globalizada, que dificulta a presença e a competitividade igualitária, gargalo que deve ser enfrentado com absoluta urgência.

O tempo encurtou e

Mais que R$ 1 trilhão serão aplicados de 2010 a 2015, o que alavancará o projeto para o sucesso. Todavia, esta rota exigirá intensamente da engenharia do País, vai requerer um exército de técnicos, de profissionais e de trabalhadores qualificados, para solucionar o gargalo da falta de RHs. Nesta rota, serão implementadas a educação e a capacitação dos jovens para o trabalho 10 MACAÉ MACAÉOFFSHORE OFFSHORE

de tempo real e sem fronteiras para estimular ávidos mercados e riquezas para os aplicadores, detentores dos conhecimentos. os retardatários pagarão o alto preço das suas incapacidades. A escravidão pelo conhecimento é muito mais severa do que a dos ciclos econômicos.

Paulo Bancovsky é presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE) e Marcos Túlio de Melo é presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Ambas as instituições mantêm convênio de cooperação.


Brazil is the next Brazil is still vulnerable and its fragilities need to be overcome as soon as possible. The industry and applied researches technological base must be actuated and prompt and bold support, incentive, fostering and investment measures, mainly by the government, are necessary to face and defeat the increase and acceleration the challenges impose, strengthening the interactions company/university and between the skills and objective demands. Facing the challenges requires implementing the “Country Project” with broad participation of the society, dedication to education and culture, within the information and knowledge society scope. The first phase includes the awareness-raising of the country’s need to grow, develop and progress more harmoniously, ensuring programs for medium and long-term sustainability governmental demands. In other words, the Country urges for a significant Accelerated Modernization Program (PMA), the reduction of the interest rate and of the disgusting bureaucracy. Aware citizens demand the tax and fiscal reform of the State, and the immediate political reform, which are indispensable for the improvement in the management and public governance, in a transparent and objective fashion. The project will detail plans, targets, programs, projects and efforts of the State, source of resources and terms of performance which shall be publicly monitored.

big thing! The Project will facilitate the of existence of a plural and democratic society, a government without regressive strings attached which subdue the citizens, captive of the colonialist regime. The united social forces may unfold the construction of a modern nation, aware of its splendor and wealth, organized and governed with a strategic vision of the future cycles of innovations. It may be pointed that the competitors use the new knowledge, process them into inputs, goods, products and services, distributed in worldwide scale, triggered by the force of the global economy, which renders the presence of an egalitarian competitiveness difficult, a bottleneck which must be faced with utmost urgency. More than BRL 1 trillion shall be applied from 2010 to 2015, which shall leverage the project into success. However, this path will demand heavily on the engineering of the country, requiring a ”legion” of technicians, qualified professional and workers, to resolve the bottleneck of the lack of human resources. In this path, it will implement the education and qualification of youngsters for the work at plants, laboratories, in the field and related activities, knowing how to keenly use the IT tools and the network relationships for the synergy of the domain of qualifications. This plan requires the cultural and human improvement, so that youngsters can turn into leaders and foster the respect to differences and the process of adjustments to the conditions of a world under a transformation process. They must be prepared to be leaders, the main players ahead the developments of the Science & Technology.

News & Views

News & Views

The Brazilian pool needs to tune in and acquire dimension, quality, scale and competitive capacity of international level; and the government must do its part as described above, or excel it. In society, the group of technology and engineering professionals must work in concert and endeavor their joint efforts to participate of a National Project, bringing to the table solutions for issues related to infrastructures, services etc. Changes in the global geopolitics and in the consequent relationships among nations, institutions and companies are taking place. Still, the timing of major changes in the behavior of people and in the features of the world are also being altered, the latter being marked by the massive use of much-desired power sources. Military forces must be unconditionally prepared and qualified for defending sovereignty, the territory, Green and Blue Amazon, its wealth and biodiversity, the external space, the territorial and continental shelf waters, being ready to deter and, if necessary, combat against outrageous greedy attempts of intervention, given previously assisted by the diplomacy. Lastly, we stepped into the era of worldwide programmed obsolescence, triggered by the force of the global economy. The world’s shop windows display the art of advertisement, taking advantage of real time media, which does not need to regard any borders, eager to foster markets and wealth for the applicators and holders of knowledge. The time has been shortened and the runner-ups will pay a high price for their incapacity. The slavery through knowledge is much more cruse than the one through economic cycles.

Paulo Bancovsky is the president of the Engineering National Academy (ANE) and Marcos Túlio de Melo is the president of the Federal Council of Engineering, Architecture and Agronomy (CONFEA). Both institutions are under cooperation convention. MACAÉ OFFSHORE 1111


Entrevista

Entrevista

Cláudio Araújo

A

tuando há mais de 20 anos nas áreas de orçamentos, planejamento, controladoria, financeira e auditoria, Cláudio Araújo, formado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis e com BA em Finanças pela PUC/RJ, trabalha há 12 anos em nível de coordenação/gerenciamento com experiência adquirida em empresas multinacionais como a Shell Brasil, Price Waterhouse Auditores Independentes e Gestetner do Brasil. Atualmente é diretor-executivo da Anadarko Brasil e fala dos investimentos da empresa no País.

Macaé Offshore – A Anadarko Brasil apresentou recentemente o seu plano de investimentos para o Espírito Santo. Como a empresa avalia o mercado de Petróleo e Gás neste Estado?

obra. A Anadarko possui a maior parte das suas atuais concessões no litoral daquele Estado, principalmente a descoberta feita no prospecto Wahoo.

Cláudio Araújo – A indústria de óleo e gás no Espírito Santo está crescendo rapidamente como resultado das descobertas ocorridas nos últimos tempos. O Estado também está trabalhando na capitalização dessas descobertas e garantindo que estes recursos sejam produzidos de uma maneira que beneficiem a população brasileira, através do desenvolvimento de infraestrutura para atendimento das demandas das empresas que operam no Estado, além da implementação de programas de qualificação da mão de

MO – Qual o plano de desenvolvimento previsto para o Espírito Santo? Quanto a empresa já investiu e quanto estima investir no País nos próximos anos ou até 2011?

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CA – A Anadarko investiu em suas atividades no Brasil mais de US$ 500 milhões, sendo boa parte deste montante nos seus projetos no ES. Com a descoberta feita no Wahoo (BM-C-30), o objetivo é continuarmos investindo no Estado, através do potencial desenvolvimento de novas atividades nesse bloco, bem como nas outras concessões que temos no litoral do Espírito Santo.

MO – A Anadarko anunciou que a jazida de présal descoberta em 2008, no campo Wahoo, bloco exploratório BM-C-30, no Parque das Baleias, tem uma reserva estimada de mais de 300 milhões de barris de petróleo. Quais as características deste reservatório e em que fase de teste se encontra? CA – Já foram perfurados três poços naquele bloco, sendo dois no horizonte pré-sal, onde ocorreu a descoberta. Já executamos uma bem sucedida perfuração no poço Wahoo #1, cujos resultados indicaram que o poço tem capacidade de produção de mais de 15 mil barris por dia. Nós esperamos começar outro teste no poço Wahoo #2, e a perfuração de um novo poço exploratório ainda em 2010.


MO – E quanto ao bloco BM-C-32 perfurado no final do ano passado, já foi realizado algum teste? CA – Foi feita uma descoberta no bloco através de um poço perfurado no prospecto Itaipu. Existe a possibilidade de perfuração de um novo poço no bloco ainda este ano.

MO – Qual o número de blocos existentes e poços perfurados e a perfurar em cada bloco? CA – A Anadarko participa em quatro concessões no litoral do ES, quais sejam: BM-C-30 (três poços perfurados), BM-C-32 (um poço perfurado), BM-ES-24 (dois poços perfurados) e BM-ES-25 (um poço perfurado). Além dessas concessões, participamos do bloco BM-C-29, no litoral do Rio de Janeiro, em parceria com a Ecopetrol. A Anadarko é a operadora, e a empresa espera perfurar o primeiro poço no bloco no início do segundo semestre deste ano.

MO – Qual a participação da Anadarko nesses blocos? CA – No BM-C-29 (Anadarko* - 50% e Ecopetrol – 50%); BM-C-30 (Anadarko* – 30%, Devon – 25%, IBV – 25% e SK – 20%); BM-C-32 (Devon* – 40%, Anadarko – 33% e SK – 27%); BM-ES-24 (Petrobras* – 40%, Anadarko – 30% e IBV – 30%); e no BM-ES-25 (Petrobras* – 80% e Anadarko – 20%). *Operadora

MO – Tendo em vista as perspectivas de investimentos da empresa no Espírito Santo, isso trará oportunidades de emprego? Qual a média de empregos previstos para este ano e 2011?

MO – Um dos pontos críticos das grandes petroleiras que investem no País é encontrar mão de obra qualificada para atender à demanda do mercado. Como a Anadarko lida com isso? O que a empresa faz para incentivar a formação e contratação de profissionais locais?

chave para o grupo Anadarko e estamos

buscando aumentar o nosso portfólio no País

CA – Encontrar mão de obra qualificada é um desafio para toda a indústria. Patrocinamos, quando operadores do Campo de Peregrino, um projeto na área de educação visando à qualificação da mão de obra local, em um esforço para nos ajudar a atender as nossas próprias necessidades, e estamos avaliando a possibilidade de parcerias com o governo do Espírito Santo para o desenvolvimento de projetos com o mesmo objetivo.

MO – Como a empresa avalia os investimentos que estão sendo feitos tanto no Estado, quanto no País, para atender as necessidades de empresas como a Anadarko, entre outras que investem principalmente no pré-sal? CA – Estamos vendo um aumento da demanda por bens e serviços como resultado do sucesso que as empresas em geral vêm obtendo nas suas atividades exploratórias. Ao mesmo tempo, estamos vendo várias empresas investindo na expansão da sua capacidade de fornecimento de bens e serviços e novas empresas se estabelecendo no país, o que irá aumentar a geração de riquezas e empregos para os brasileiros.

MO – Quais as perspectivas da empresa com relação ao futuro no Brasil? CA – O Brasil é uma área chave para o grupo Anadarko e, por conta disso, estamos buscando ampliar o nosso portfólio no País, pela participação em concessões já existentes ou aquisição de novos blocos nas futuras rodadas de licitação. 

Entrevista

CA – A descoberta do Wahoo tem potencial para se tornar mais um mega projeto para a Anadarko e para trazer um desenvolvimento significativo da área. Nós continuamos a avançar com o projeto com novas perfurações e avaliações e é seguro afirmar que vamos precisar de mão de obra adicional à medida que este projeto se desenvolver. No entanto, seria prematuro especular, neste momento, quantos empregos serão criados por este projeto.

O Brasil é uma área

MACAÉ OFFSHORE 13


Interview

Interview

W

Cláudio Araújo

orking for over 20 years in the areas of budgeting, planning, controllership, finance and audit, Cláudio Araújo, who has a degree in Business Administration and Accounting Sciences and BA in Finance from PUC/RJ, has worked for 12 years at coordination/management level with experience in multinational companies like Shell Brasil, Price Waterhouse Auditores Independentes and Gestetner do Brasil. He is currently CEO of Anadarko Brasil and speaks of the company’s investment in Brazil. Macaé Offshore – Anadarko Brasil recently presented its investment plan for Espírito Santo. How does the company evaluate the Oil & Gas market in the state? Cláudio Araújo – The oil and gas industry in Espírito Santo is

growing quickly as a result of the last discoveries. The state is also working to capitalize on these discoveries and ensure that these resources are produced in ways that benefit the population, by developing infrastructure to meet the demands of companies operating in the state, in addition to the implementation of training programs of workforce qualification. Anadarko owns most of its existing concessions on the coast of that state, especially the discovery made in the Wahoo prospect.

MO – What is the development plan expected for Espírito Santo? How much has the company invested and how much does it plan to invest in the country in the next years or until 2011? CA – Anadarko invested in its activities in Brazil over US$ 500 million, much of this amount in its projects in ES. With the discovery made in Wahoo (BM-C-30), the goal is to continue investing in the state through the potential development of new activities in that block, as well as the other concessions we have on the coast of Espírito Santo.

in the second half of this year.

MO – What is the share of Anadarko in these blocks? CA – In BM-C-29 (Anadarko* - 50% and Ecopetrol – 50%); BMC-30 (Anadarko* – 30%, Devon – 25%, IBV – 25% e SK – 20%); BM-C-32 (Devon* – 40%, Anadarko – 33% and SK – 27%); BMES-24 (Petrobras* – 40%, Anadarko – 30% and IBV – 30%) and in BM-ES-25 (Petrobras* – 80% and Anadarko – 20%). *Operator

MO – The company’s prospects of investment in Espírito Santo will create employment opportunities. What is the average number of jobs expected for this year and 2011? CA – The discovery of Wahoo has the potential to become another

huge project for Anadarko and bring significant development to the area. We keep moving forward with the project with additional drilling and evaluation, and it is safe to say that we will need additional workforce as this project develops. However, it would be premature to speculate at this stage, how many jobs will be created by this project.

Brazil is a key area for the Anadarko group and we are seeking to expand our portfolio in the country

MO – Anadarko announced that the discovery of the pre-salt deposit in 2008 in the Wahoo field - in exploratory block BM-C-30 at Parque das Baleias - has an estimated reserve of over 300 million barrels of oil. What are the characteristics of this reservoir and at what stage is the testing? CA – Three wells have already been drilled at that block, two in

pre-salt horizon, where the discovery occurred. We already succeeded in the Wahoo well # 1, where results indicated that the well has a production capacity of over 15 barrels a day. We hope to start another test in Wahoo well # 2 and the drilling of a new exploratory well in 2010.

MO – What about the block BM-C-32 drilled at the end of last year, has any test been performed? CA – A discovery was made in the block through the well drilled in the Itaipú prospect. There is the possibility of drilling a new well in the block later this year.

MO – What is the number of existing blocks and existing and future wells in each block? CA – Anadarko participates in four concessions in the coast of

ES, which are: BM-C-30 (three wells), BM-C-32 (one well), BMES-24 (two wells) and BM-ES -25 (one well). Besides these concessions, we participate in block BM-C-29, on the coast of Rio de Janeiro, in association with Ecopetrol. Anadarko is the operator and the company expects to drill the first well in the block early

14 MACAÉ MACAÉOFFSHORE OFFSHORE

MO – One of the critical points found by the major oil companies that invest in the country is finding qualified workers to meet market demand. How does Anadarko deal with it? What is the company doing to encourage training and hiring of local professionals? CA – Finding skilled workforce is a challenge for the entire industry.

We sponsored, when operating the Peregrino Field, a project in the area of education aiming at training the local workforce in an effort to help us meet our own needs, and we are evaluating the possibility of partnerships with the government of Espírito Santo to develop projects with the same goal.

MO – How does the company evaluate the investments being made, both in the state and in Brazil, to meet the needs of companies such as Anadarko, among others, that invest primarily in the pre-salt? CA – We see an increased demand for goods and services because of the success that companies in general are getting in their exploration activities. At the same time, we see many companies investing in expanding its capacity to supply goods and services and new businesses being established in the country, which will increase the generation of wealth and jobs for the Brazilians.

MO – What is the company’s outlook for the future in Brazil? CA – Brazil is a key area for the Anadarko group, for that reason,

we are seeking to expand our portfolio in the country, through participation in existing concessions or through the acquisition of new blocks in future bidding rounds. 


Interview

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Conhecimento

Conhecimento Macaé Offshore

Presidente da Nace International, Chris Flowler e o presidente da Surplus, Leonardo Uller President of NACE International, Chris Flowler and the president of Surplus, Leonardo Uller

Soluções para controle da

corrosão

N

o momento em que os olhos se voltam para o Brasil por conta do Pré-sal, nos bastidores, especialistas, engenheiros e técnicos pesquisam e procuram desenvolver soluções tecnológicas para vencer os desafios da exploração e produção de petróleo e gás em águas ultraprofundas. E nesse meio, um dos assuntos em grande discussão são a corrosão e o desgaste de materiais, presentes nessa indústria, gerando prejuízos para as empresas e danos irreparáveis ao meio ambiente. Diante desta realidade, a Surplus, um bureau de especialistas criado para prestar serviços de consultoria na análise e solução de problemas de corrosão e a Nace International, associação reconhecida em todo o mundo como a principal autoridade de soluções para controle da corrosão, estão presentes no Brasil desde 1994 e agora estabeleceram uma parceria para ministrar cursos, palestras e workshops nesta área. Para isso, as instituições organizaram uma programação de cursos com padrão internacional e pioneiros no País. As aulas acontecem no novo Centro de Treinamento, no Rio de Janeiro, estrategicamente localizado próximo ao aeroporto Santos Dumont e às principais vias de acesso à zona sul da cidade. Os cursos são voltados não somente para a indústria de petróleo e gás, uma vez que a corrosão também está presente em ambientes de outras indústrias. O centro oferece os cursos Fundamentos e discussão sobre a aplicação da Nor16 MACAÉ OFFSHORE

Instituições parceiras trazem cursos com padrão internacional e pioneiros no País

ma NACE-MR 175/ISO 15156-1; Inspetor de Revestimentos (Nível 1 e 2 ); O-CAT - Offshore Corrosion Assessment; REFINING - Corrosion Control in the Refining Insdustry; ICP - Internal Corrosion of Pipelines; e Proteção Catódica. A duração é variável, e são oferecidos de acordo com a necessidade e disponibilidade dos alunos. Segundo Leonardo Uller, presidente da Surplus, o objetivo das instituições é promover a discussão de temas que estão na ponta do desenvolvimento tecnológico. E para esses cursos, irão trazer os melhores especialistas do mundo. O Centro de Treinamento é dedicado não somente à discussão de alto nível técnico, mas também à formação e certificação do pessoal na área de revestimentos anticorrosivos, desde o pipeline até a plataforma, além de dutos de outras indústrias. Uller, que já foi presidente da Associação Brasileira de Corrosão (Abraco), saindo no final da década de 80, disse que sempre acompanhou a origem e padronizações das normas, especialmente na área de corrosão. De acordo com ele, este é o momento em que se discutem tecnologias de ponta, como as que virão atender o Pré-sal, por exemplo. “Hoje, esse pacote de conhecimentos está contido em algumas instituições, e o papel da Nace junto à Surplus é fazer brotar esse conhecimento, fazer com que ele salte, promovendo reuniões para discutir alguns temas, trazendo soluções não somente para a área de petróleo e gás, mas para a indústria de papel e celulose, construção, açúcar e energia, etc.”, ressalta.


Um diferencial dos treinamentos oferecidos pela Nace e Surplus é o reconhecimento que o profissional terá no mercado. No Inspetor de Revestimentos, por exemplo, o profissional recebe um número que ficará exposto no site da Nace, em Houston (EUA), possibilitando que ele atue com essa carteira em qualquer lugar do mundo. “Esse curso é reconhecido em 110 países e estamos na oitava turma, e os técnicos aprendem como analisar as falhas dos diversos tipos de revestimento na área industrial, seja ela petróleo ou não. Também vamos promover um curso especificamente voltado para a corrosão em estrutura offshore, o Offshore Corrosion Assessment (O-CAT), pioneiro no Brasil”, revela o presidente. Os cursos e a sua programação estão divulgados no site da Surplus, www.surplusbr.com, onde os interessados também poderão fazer as suas inscrições.

Nace e Surplus A Surplus é uma empresa composta por uma equipe de consultores de alto padrão técnico, certificados pela Nace International e com vasto histórico profissional. A instituição dedica-se ao controle da corrosão interior e à proteção catódica, dominando tecnologias referentes ao Controle da corrosão microbiológica e atmosférica; à Corrosão ocasionada por cloretos, H2S e CO2; à Análise de riscos e ao impacto ambiental; a Pinturas e recobrimentos; a Estruturas de concreto e aos processos de erosão e desgaste; e ao Ataque de hidrogênio e à fratura. Já a Nace International, uma organização sem fins lucrativos, foi originalmente conhecida como “A Associação Nacional de Engenheiros de Corrosão”, quando foi estabelecida em 1943 por onze engenheiros de corrosão na indústria petrolífera. E com mais de 60 anos de experiência, tornou-se a maior

organização do mundo dedicada ao estudo da corrosão. “O que faz a Nace ser diferente é o fato de ser internacional, ou seja, ter 40% dos seus membros fora dos EUA, se preocupando em educar desde o profissional mais simples ao mais especializado. Seus novos objetivos são se envolver cada vez com as normas da ISO e fazer com que as normas usadas nos EUA estejam em conformidade com as de fora”, disse o presidente da Nace International, Chris Flowler. São 25 anos de parceria entre a Nace e Surplus, que tem como premissa básica a valorização e a disseminação do conhecimento. “Essa é a oportunidade para os especialistas brasileiros acessarem os conhecimentos da área internacional e o que a gente tem de mais moderno em termos de tecnologia”, conclui Leonardo Uller. 

Conhecimento

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Knowledge

Knowledge

Corrosion control solutions

T

he moment our eyes turn to Brazil because of the Presalt, behind the scenes, experts, engineers and technical research and seek to develop technological solutions to meet the challenges of exploring and producing oil and gas in deep waters. And in this environment, widely discussed issues are the corrosion and wear of materials, which are present in this industry, causing losses to companies and irreparable damage to the environment. Given this reality, Surplus, a bureau of experts established to provide consultancy services in the analysis and solution of corrosion problems and NACE International, an association recognized worldwide as the leading authority for corrosion control solutions, operate in Brazil since 1994 and has now sealed a partnership to deliver courses, lectures and workshops in this area. To this end, the institutions organized a schedule of courses with international standard and pioneers in the country. Classes are held at the new Training Center in Rio de Janeiro, strategically located near Santos Dumont airport and major roads of access to the south of the city. The courses are intended not only for oil and gas industry, since corrosion is also present in environments of other industries. The center offers courses such as: Fundamentals and discussion on the implementation of Standard NACE-MR-175/ ISO 15156-1; Coating Inspector (Level 1 and 2), O-CAT - Offshore Corrosion Assessment; REFINING - Corrosion Control In The Refining Industry; ICP - Internal Corrosion of Pipelines, and Cathodic Protection. The duration and place are according to need and availability of students. According to Leonardo Uller, president of Surplus, the goal of the institutions is to promote discussion of issues that are on the edge of technological development. And in order to offer

Partner institutions bring courses with international standard and pioneers in Brazil such courses, they will bring the best experts in the world. The Training Center is dedicated not only to discussions of high technical level, but also training and certification of personnel in the area of anticorrosive coatings, from the pipeline to the platform, as well as ducts from other industries. Uller, formerly president of the Brazilian Association of Corrosion (Abraco), leaving in the late 80s, said he has always accompanied the creation and setting of standards, especially in the area of corrosion. In his opinion, this moment when state-ofthe-art technologies are being discussed, as, for instance, those that will serve the Pre-salt. “Today, the package of knowledge is contained in some institutions, and the role of Nace and Surplus is to bring out this knowledge, make it come to life, promoting meetings to discuss some themes, providing solutions not only for the oil and gas but for the pulp and paper industry, construction, sugar and energy etc.“, he says. A distinguishing feature of training programs offered by Nace and Surplus is the how the professional will be acknowledged on the market. In the training for Coating inspector, for example, the professional receives a number that will be displayed on the site of Nace, in Houston (U.S.), enabling him to work with this portfolio from anywhere in the world. “This course is acknowledged in 110 countries and we are in the eighth class, where technicians learn how to analyze the failures of various types of coatings in the industrial area, be it in the oil industry or not. We will also promote a course specifically focused on corrosion in offshore structure, the Offshore Corrosion Assessment (O-CAT), pioneer in Brazil,” says the president. The courses and schedule are included on the site of Surplus, www.surplusbr.com, where those interested may also fill in their applications.

Nace and Surplus Surplus is a company composed of a consulting team of high technical standard, certified by Nace International and with broad professional background. The institution is dedicated to interior corrosion control and cathodic protection, mastering technologies related to control of microbiological and atmospheric corrosion; Corrosion caused by chlorides, H2S and CO2; Risk analysis and environmental impact; Paints and coatings; Concrete structures and erosion and ware processes; and Attack of hydrogen and fracture.

largest organization dedicated to the study of corrosion.

On the other hand, Nace International is a nonprofit organization, which was originally known as “The National Association of Corrosion Engineers” when it was established in 1943 by eleven corrosion engineers in the oil industry. Now with over 60 years of experience, it became the world’s

It has been 25 years of partnership between Nace and Surplus, and their basic premise is to value and disseminate knowledge. “This is an opportunity for Brazilian experts to access the knowledge of the international area and the most modern regarding technology,” Leonardo Uller finishes. 

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“What makes Nace different is the fact that it is international, i.e., it has 40% of its members outside the U.S., and is concerned about training from the smallest to the most experienced professional. Its new goals are increasingly becoming involved with the ISO standards and make the standards used in the U.S. conform to the foreign standards,” said the president of NACE International, Chris Flowler.


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Matéria de Capa

Matéria de Capa

Adeus à

estagnação Indústria naval brasileira reaquece o mercado, gera emprego e exige fornecedores com sistema integrado de produtos e serviços

O

retrato do Brasil na década de 70 era de um País considerado um dos maiores produtores de navios do mundo, mas na década de 90, o cenário se reverteu, levando o sistema portuário brasileiro a passar por uma grave crise durante dez anos. Ou seja, com o aumento do preço do petróleo, que mudou as relações do comércio mundial, e as crises cambial e fiscal do País, a partir de 1984 os estaleiros deixaram de ter encomendas e se dedicaram à atividade de reparos. Mas o aumento da exploração de petróleo offshore no litoral brasileiro e a forte demanda mundial por plataformas de exploração de petróleo em alto-mar e embarcações de apoio deram uma guinada nessa indústria. Os estaleiros brasileiros foram reativados com a demanda da Petrobras, líder na exploração de petróleo em águas profundas, principalmente agora, com a “Era Pré-sal”, quando o País parte em busca da competição internacional, conforme afirma Augusto Mendonça, vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). “A política industrial para recuperação e consolidação da indústria de construção naval brasileira é um grande sucesso. O segmento registra intensa competição internacional. Em todos os países a construção naval é fortemente apoiada pelo estado e pela sociedade, em razão dos resultados positivos que promove na geração de emprego e renda, na formação de recursos humanos, na inovação e internação de tecnologias”, disse Mendonça. De acordo com o Sinaval, atualmente, os 37 estaleiros nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul têm uma carteira de encomendas de 229 navios, entre petroleiros, gaseiros, graneleiros, porta-contêineres, navios sondas e FPSOs. Os estaleiros brasileiros também estão construindo quatro plataformas de petróleo, rebocadores portuários e comboios fluviais. Para Mendonça, essa expansão ocorreu de forma planejada, com formação de recursos humanos nas unidades de treinamento dos estaleiros e através do Plano Nacional de Qualificação Profissional do Prominp que formou até agora 43 mil pessoas. “O Sinaval criou o programa “Trabalho Decente” de segurança e condições de trabalho nos estaleiros, desenvolvido com a participação da Confederação e Sindicato dos Metalúrgicos e do Ministério do Trabalho”, informou o vice-presidente do sindicato. 20 MACAÉ OFFSHORE

Ainda há muitos entraves para que as empresas possam atender a toda a demanda prevista para a indústria naval There are still many obstacles which stand in the companies way to meet all the expected demand to the shipping industry


Agência Petrobras

Porém, conforme analisa Assis, ainda há muitos entraves para que as empresas possam atender a toda a demanda prevista. “Existe uma demanda consistente para a indústria naval brasileira que, aliada a uma base industrial razoável e à disponibilidade potencial de recursos humanos, representa uma grande oportunidade para o setor. Mas posso dizer que os gargalos

estão na infraestrutura que precisa ser instalada, nos recursos humanos que precisão ser formados, na defasagem tecnológica e na estruturação da cadeia produtiva”, destaca. Como a revitalização dessa indústria, conforme analisa o diretor, precisa de uma cadeia produtiva estruturada, fica a pergunta: O Brasil tem capacidade para atender à demanda local e promover a competitividade? Segundo Assis, no setor de embarcações de apoio, outras embarcações especiais e plataformas, o Brasil pode sim vir a se posicionar como um dos produtores principais. Porém, na produção de navios de grande porte, o mercado é amplamente dominado pelos países asiáticos - China, Coreia e Japão. “Nesse segmento, o Brasil pode se posicionar como um polo alternativo, competindo com os produtores secundários”, opina.

Matéria de Capa

A Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) também vê o atual ciclo de expansão da indústria naval como uma grande oportunidade para o mercado. O diretor técnico da sociedade, professor Luiz Felipe Assis, diz que o Programa de Modernização da Frota da Transpetro (Promef) de fato deu um grande impulso à construção naval nacional, representando uma retomada da construção – em grande escala – de navios de grande porte.

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Matéria de Capa

Matéria de Capa Para Sobena, não basta nacionalização Para o diretor da Sobena, pode-se dizer que o crescimento da indústria brasileira de materiais, máquinas e equipamentos marítimos, com a consequente ampliação do índice de nacionalização dos navios, e, possivelmente, com exportação de componentes, somente será possível quando houver a consolidação da indústria brasileira de construção naval. Isso porque devem ser levadas em consideração as condições concretas dos mercados internacionais de construção naval e de componentes marítimos. No setor da construção naval, a maior parte dos produtos da cadeia de suprimentos do navio é oriunda da Europa e da Ásia. No setor das atividades offshore, a maioria é proveniente dos Estados Unidos, Europa e Ásia, que oferecem produtos de alto valor agregado. “Há grande potencial nos fornecedores nacionais, entretanto, deve-se observar que existem setores em que, por problemas de escala, de tecnologia, ou de concentração do mercado internacional, apresentam dificuldades estruturais para implantação ou ampliação”, ressalta. No Brasil, nos anos 70 e 80, fabricava-se de tudo. Entretanto, há uma dúvida se de fato a crise da indústria naval levou o setor de navipeças, por exemplo, a se desarticular. Isso porque, alguns itens como caldeiras, válvulas, motores elétricos, tubos, bombas, guinchos, entre outros, nunca deixaram de ser produzidos localmente. Já outros equipamentos mais com-

22 MACAÉ OFFSHORE

plexos, como máquinas, motores principais e turbinas, não foram mais fabricados devido à falta de planos de longo prazo que garantissem investimentos para a produção em larga escala. O diretor da Sobena explica que quando houve a reativação da construção naval, praticamente não havia fornecedores nacionais de navipeças. De acordo com ele, mantendo-se a indústria ativa, com demandas consistentes, existem segmentos que poderão fornecer insumos para essa indústria e que já estão fazendo isso. “Todavia, existem segmentos em que dificilmente haverá espaço para a produção nacional. Também existem segmentos que necessitam de uma articulação entre os produtores nacionais para que possam ser elaborados ‘pacotes nacionais’, pois a demanda da indústria não é de um item isolado, mas sim de sistemas integrados”, esclarece. Eis o x da questão. Os fornecedores estrangeiros já trabalham assim, o que lhes favorece na concorrência. Portanto, uma solução apresentada pelo diretor Assis é que sejam adotadas políticas setoriais para que os fornecedores sejam estimulados na montagem desses pacotes. Além disso, vale lembrar que os custos e prazos de entrega menores também são essenciais. Estes são os entraves que o País precisa derrubar para avançar no mercado mundial. E mais: a competitividade e eficiência também só virão com a redução da carga tributária.


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Matéria de Capa

Matéria de Capa Mão de obra especializada

O relatório de emprego Cenário 2010 apresentado pelo Sinaval mostra que do ano 2000 para 2009, o número de empregos diretos gerados na área saltou de 1,9 mil para 46,5 mil. Diante das oportunidades que estão surgindo, até 2014, a previsão é de que este número chegue a 60 mil. E considerando os empregos indiretos na indústria fornecedora e de serviços (4 empregos para cada emprego em estaleiro), serão 240 mil empregos em 2014, conforme diz o relatório. A oportunidade vai além do favorecimento às empresas fornecedoras de bens e serviços. Com este novo cenário, que pede aumento da capacidade produtiva e demanda por tecnologias, vem a necessidade de mão de obra especializada, muitas vezes desconhecida por aqueles que querem acompanhar e se beneficiar deste mercado tão promissor.

Evolução do emprego na indústria naval Ano

Nº de empregos

2000

1,910

2001

3,976

2002

6,493

2003

7,465

2004

12,651

2005

14,442

2006

19,600

2007

39,000

2008

40,277

2009

46,500

Fonte: Sinaval

O diretor técnico da Sobena, que também é chefe do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da UFRJ, professor Luiz Assis, diz que a retomada da atividade de construção naval envolve o trabalho de projetistas, classificadoras e estaleiros para a construção de navios e plataformas. De acordo com ele, também são muito importantes as atividades de exploração e produção de petróleo, que demandam engenheiros e técnicos especializados.

Nesse contexto, ele destaca as seguintes áreas: construção e reparo naval; projetos e serviços de engenharia; aspectos navais de exploração e produção offshore; e construção e conversão de plataformas e outras embarcações offshore. Além dessas áreas, ele alerta que devem ser observadas outras áreas que também vêm crescendo. Um exemplo é a de Proteção do Meio Ambiente Marítimo. Existem dois cursos de formação de engenheiros navais em duas das principais e mais tradicionais universidades do País, UFRJ (RJ) e USP (SP), que se encontram plenamente consolidados. “Ambas as universidades mantêm importantes centros de pesquisa e cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia Naval, que abrangem também o transporte aquaviário e sistemas oceânicos”, disse ele, informando que, recentemente, criou-se um novo curso de formação em Engenharia Naval na UFPA (PA), que está formando sua primeira turma este ano. Também existem escolas para formação de tecnólogos nas áreas de transporte aquaviário e construção naval, como a Faculdade de Tecnologia de Jahu (SP), com cursos de graduação em Operação e Administração de Sistemas de Navegação Fluvial e Construção e Manutenção de Sistemas de Navegação Fluvial; a Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo/RJ), com curso de graduação em Tecnologia e Gestão de Construção Naval e Offshore; a Universidade do Vale do Itajaí (Univali/ SC), com curso de graduação em construção naval; e o Centro Universitário Luterano de Manaus (Ulbra/AM), com curso de graduação em construção naval. “As escolas brasileiras para formação de tecnólogos da área naval têm origem recente, mas abrem perspectivas para formação mais qualificada de recursos humanos para atuação nas áreas operacionais, tanto no transporte aquaviário – ligado à gestão de frotas e sistemas aquaviários – quanto na construção naval”, informou Assis. A respeito do ensino técnico, apesar das várias instituições espalhadas pelo País, sejam elas públicas ou privadas, nenhuma é especializada em construção naval, exceto a Escola Técnica Henrique Lage, da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec/RJ).

Distribuição estimada de trabalhadores por atividade para os estaleiros brasileiros Atividade

Porcentagem

B

Operários: corte, solda, esmeriladores, pintura, montador de andaime, eletricista, caldeireiro, maçariqueiro Mestres, contramestres, encarregados, chefes de equipes

10%

C

Técnicos, especialistas e engenheiros

10%

D

Administração, compras, apoio

5%

A

Fonte: Sinaval 24 MACAÉ OFFSHORE

75%


O Sinaval informou que a expansão atual da indústria de construção naval brasileira foi acompanhada por um diagnóstico sobre os recursos críticos necessários, coordenado pelo Prominp, do qual participaram diversos órgãos de classe, incluindo o próprio Sinaval. Entre os apontados estavam engenheiros navais, engenheiros de produção, engenheiros elétricos, engenheiros mecânicos, mestres e chefes de montagem, soldadores qualificados e trabalhadores metalúrgicos em geral. “A demanda por engenheiros navais levou os jovens a buscar

novamente essa especialidade, sendo a cada ano formados mais de 500 novos engenheiros navais, quadro absorvido pela Petrobras em sua maioria”, afirma Augusto Mendonça. Segundo ele, o desafio permanece. Novos estaleiros anunciam sua expansão ou a implantação de novas plantas industriais. “Pelo quadro anunciado de novos investimentos, a demanda por Recursos Humanos deve se expandir no Nordeste (Bahia, Pernambuco e Ceará), no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, principalmente”, conclui o vice-presidente do Sinaval.

Principais áreas com encomendas O Sinaval pontuou as sete principais áreas de encomenda da indústria de construção naval brasileira, que tem seu principal mercado na logística do petróleo. Todo estímulo, segundo Mendonça, vem das encomendas da Petrobras, que promove o maior programa de investimentos e exploração e produção offshore do mundo. “Para cada segmento, a indústria de construção naval superou desafios e conquistou excelência”, afirma ele, destacando as sete áreas: 1) Navios de apoio marítimo – programa em andamento com encomendas de 146 unidades de diversos tipos. São os navios que operam no suprimento e apoio às operações de exploração e produção de petróleo em alto-mar. 2) Apoio portuário – construção e rebocadores para manobras de atracamento de navios nos portos e terminais privados. 3) Promef – programa de renovação da frota de petroleiros da Transpetro, em andamento, com 49 navios, na sua maior parte, já contratados. 4) EBN – programa Empresa Brasileira de Navegação, em andamento, com a licitação pela Petrobras dos armadores, que irão construir 39 navios petroleiros para afretamento –

os armadores selecionados contratarão os estaleiros. 5) Plataformas e sondas – programa em andamento, estando em construção 4 plataformas de produção petróleo, 8 cascos de navios plataformas (FPSO) e 28 sondas de perfuração. 6) Navios para transporte de cabotagem – o operador de transporte marítimo Log In, empresa brasileira que tem a Vale como principal acionista, está construindo três navios porta-contêineres e dois navios graneleiros. 7) Navegação fluvial e interior – 27 comboios e navios de transporte de passageiros em rios, lagoas e baías já foram entregues. Outros 63 empreendimentos estão em construção, principalmente em estaleiros da região norte do País. 

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stagnation

I

n the 70ies, Brazil was portrayed as one of the main shipbuilders in the world. Nevertheless, in the 90ies, the scenario was quite the opposite, as the Brazilian port system underwent a ten-year long crisis. Put differently, the increase of the oil price changed the international trade relations, the exchange and tax crisis in Brazil, which began in 1984, had shipyards bereft of orders, and so they started to repair ships as core business. However, the increase in the exploration of oil offshore Brazil and the strong international demand for offshore oil exploration platforms and supply vessels posted a drastic change to this industry. Brazilian shipyards were reactivated upon demand of Petrobras, leader company in deep water oil exploration, particularly nowadays, since we are in the “Pre Salt Era,” and Brazil targets at the international market, as asserts Augusto Mendonça, Offshore Vice President of the Brazilian Union of Shipbuilding and Offshore Repair Industries (Sinaval). “The industrial policy for recovering and establishing the Brazilian shipbuilding industry is a great success. The segment has attained an intense international competition. In all countries, shipbuilding industry is strongly supported by the state and by society as a whole due to the positive results it brings concerning the generation of jobs and income, training of human resources, innovation and internalization of technologies,” stated Mendonça. According to Sinaval, currently the 37 shipyards in Northern, Northeastern, Southeastern and Southern regions in Brazil have a portfolio of orders of 229 ships (tankers, gas tankers, bulk carriers, container carriers, drill ships and FPSO’s). Brazilian shipyards are also building four oil platforms, harbor tugs and barge trains. In Mendonça’s opinion, this expansion occurred in a planned fashion, with qualification of human resources, within the training units of shipyards and through the Brazilian Plan of Professional Qualification of Prominp (Program for Mobilization of the Brazilian Oil & Natural Gas Industry), which qualified 43,000 people up to now. “Sinaval created the program “Decent Work” about safety and working conditions in the shipyards. This program was developed with the participation of the Confederation and Union of Metal Workers and the Ministry of Labor,” stated Mendonça. The Brazilian Society of Naval Architects and Naval Engineering (Sobena) also believes the current cycle of expansion in the shipbuilding industry is a great opportunity for the market. Professor Luiz Felipe Assis, Technical Officer of Sobena, advocates that the Program for Streamlining of Transpetro’s Fleet (Promef) has actually spurred on Brazilian shipbuilding industry, which stood as the return of the building activities to its former status, as it has demanded many large new build ships. However, according to Assis, there are still many obstacles which stand in the companies’ way to meet all the expected demand. “There is a consistent demand for the Brazilian shipbuilding industry, which, together with

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Brazilian shipbuilding industry heats up the market, generates jobs and demands suppliers working with integrated systems of products and services a reasonable industrial base and potential availability of human resources, stands as a great opportunity for the industry. But I can say that the bottlenecks are in the infrastructure, which has to be installed; in human resources, which will have to be trained; in the technological difference; and in the organization of the supply chain,” asserts Assis. According to Assis, the revival of this industry requires a structured supply chain. The question is: is Brazil able to meet the domestic demand meanwhile fostering competitiveness? According to Assis, Brazil may become one of the main builders of the supply vessel industry, as well as other special vessels and platforms. However, when it comes to building big ships, the market is largely dominated by Asian countries (China, Korea and Japan). “In this industry, Brazil may become an alternative country, competing with the secondary builders,” states Assis.

According to Sobena, nationalization is not enough For the officer of Sobena, the growth of Brazilian industry of shipbuilding materials, machinery and equipment, with the consequent increase of the rate of nationalization of ships, and, possibly, with the export of parts, may be seen as possible only if the Brazilian shipbuilding industry reaches an established status. The reason for this fact lies in the consideration of the actual conditions of the international shipbuilding industry, as well as their markets of shipbuilding parts. In the shipbuilding industry, most products of the ship supply chain come from Europe and Asia. In the offshore activity industry, most products come from the United States, Europe and Asia and have products of high added value. “There is a great potential in Brazilian suppliers. However, it must be observed that there are industries in which, due to scale, technology or concentration issues of the international market, there are structural difficulties for the implementation or extension,” asserts Assis.


In the 70ies and 80ies, everything was manufactured in Brazil. Nevertheless, there are doubts on whether the crisis in the shipbuilding industry has actually led the industry of shipbuilding parts to collapse. Such assumption may be grounded on the fact that some items like boilers, valves, electric engines, pipes, pumps, winches, among others, have always been locally manufactured. On the other hand, more complex equipment, like machines, main engines and turbines were not manufactured anymore due to the lack of long-term plans which could make sure investments for large-scale production.

Skilled manpower

Assis explains that when shipbuilding was reactivated, there was scarcely any Brazilian supplier of parts for ships. According to Assis, if the industry keeps on being active and continues to have consistent demands, there are segments which may offer inputs for this industry (and they are already doing this). “However, there are segments with barely any space for the Brazilian output. There are also segments which require the concerted work of Brazilian producers, so that “national packages” may be prepared, as the industry demand is not for an isolated item, but for integrated systems,” asserts Assis.

Year

Number of jobs

2000

1,910

2001

3,976

2002

6,493

2003

7,465

2004

12,651

2005

14,442

2006

19,600

2007

39,000

2008

40,277

2009

46,500

That is the crux of the issue. Foreign suppliers already work this way and that gives them a head start. Therefore, a solution presented by Assis is that the segment policies are adopted so that suppliers are encouraged to build these packages. Moreover, it must be stressed that lower costs and delivery terms are also capital factors. These are the obstacles that Brazil has to overcome to go ahead in the international market. Moreover: competitiveness and efficiency will only be a reality with tax relief.

The 2010 Job Vacancy Report (Cenário 2010) submitted by Sinaval demonstrates that, from 2000 to 2009, the number of direct jobs generated in the area increased from 1,900 to 46,500. In view of the upcoming opportunities, estimates are that this number will amount to 60,000 in 2014. Taking into consideration the indirect jobs in supply and service industry (4 jobs for each job in a shipyard), according to the report, there will be 240,000 jobs in 2014.

Evolution of jobs in the shipbuilding industry

Source: Sinaval

Report of Cover

MACAÉ OFFSHORE 27


Report of Cover

Report of Cover The opportunity goes beyond favoring the companies which supply good and services. Within this new scenario, which requires an increase in the output capacity and demands for new technologies, the requirement is for skilled labor, given there may also be demands unknown by those which intend to keep up and benefit from the promising market. The technical officer of Sobena, who is also head of the Department of Naval and Oceanic Engineering of UFRJ, Professor Luiz Assis, affirms that the revival of the shipbuilding activity involves the work of designers, classification societies and shipyards for the construction of both ships and platforms. According to Assis, oil exploration and exploitation activities are also very important, and they require skilled engineers and technicians. In view of this scenario, Assis points to the following areas: shipbuilding and repair; engineering projects and services; naval aspects of offshore exploration and exploitation; building and conversion of platforms and other offshore vessels. In addition to these areas, Assis warns that one may pay attention to the growth of other areas. For instance, the Protection to the Marine Environment. There are two training courses of naval engineers in two of the main and most traditional universities of Brazil: UFRJ (State of Rio de Janeiro) and USP (State of São Paulo) and that are fully established. “Both universities keep important research centers and undergraduate and graduate programs in Naval Engineering, which also include waterway transport and oceanic systems,” stated Assis, informing that a new training course in Naval Engineering in UFPA (Federal University of Pará) was recently created, with its first class beginning this year. There are also training schools for technologists in the areas of waterway transport and shipbuilding, like Faculdade de Tecnologia de Jahu (State of São Paulo), with undergraduate programs in Operation and Administration of Inland Navigation Systems and Construction and Maintenance

of Inland Navigation Systems; Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO/State of Rio de Janeiro), with an undergraduate program in Shipbuilding and Offshore Technology and Management and Centro Universitário Luterano de Manaus (ULBRA/ State of Amazonas), with an undergraduate program in shipbuilding. “Brazilian schools which train naval technologists are recent, but they have come up with the estimate of training more skilled human resources to work in the operational areas, both in waterway transport, connected to the fleet and waterway systems, and in shipbuilding industry,” said Assis. With regard to technical education, even though there are many educational institutions throughout Brazil, either public or private ones, none of them is specialized in shipbuilding, except for Henrique Lage Technical School of the Foundation of Support to Technical Schools (Faetec/State of Rio de Janeiro).

Main areas with orders Sinaval has listed the seven main areas with orders of the Brazilian shipbuilding industry, whose core business is oil logistics market. According to Mendonça the entire incentive comes from Petrobras’ orders, since this company has the largest program of investments and offshore exploration and exploitation in the world. “In each segment, the shipbuilding industry overcame challenges and achieved excellence,” states Mendonça, pointing out the seven areas: 1) Supply vessels - ongoing program with orders of 146 units of several types. These vessels operate in the supply and support for operations of exploration and exploitation of oil offshore. 2) Port support - construction and tugs for mooring trips of vessels at private ports and terminals;

Sinaval informed that the current expansion of Brazilian shipbuilding industry was followed by a diagnostic on the required critical resources, coordinated by Prominp, in which many professional entities took part, including Sinaval. Naval engineers, industrial engineers, electrical engineers, mechanical engineers, assembly masters and chiefs, skilled welders and metal workers in general were some of the professionals pointed.

3) Promef – active program for streamlining of Transpetro’s fleet of tankers, with 49 ships, most of them already hired;

“The demand for naval engineers led youths to pursue this specialty again. Around 500 new naval engineers graduate each year and most of them end up working for Petrobras,” states Augusto Mendonça, from Sinaval.

5) Platforms and rigs – ongoing program to build 4 oil production platforms, 8 hulls of FPSO and 28 drilling rigs;

According to Mendonça, the challenge remains. New shipyards announce their expansion or the implementation of new plants. “Considering the new investments announced, the demand for human resources must expand in Northeastern Region in Brazil (States of Bahia, Pernambuco and Ceará), in Rio Grande do Sul and specially in Rio de Janeiro,” asserts the Vice President of Sinaval.

4) EBN – active program of Brazilian Navigation Company, given Petrobras published a bidding process for shipowners which will build 39 tankers for charter — shipowners selected will hire the shipyards;

6) Coaster ships - the offshore transport operator Log In, which is a Brazilian company with the CVRD as its main shareholder, is building three container carriers and two bulk carriers; 7) Inland and interior navigation - 27 convoys and ships to carry passengers in rivers, lakes and bays were already delivered. Other 63 projects are under construction, specially in shipyards of Northern Brazil. 

Estimated distribution of workers per activity for Brazilian shipyards Activity

Percentage

B

Operators: cut, welding, grinders, painting, scaffold assembler, electrician, boilermaker, blowtorch operator Master, boatswains, foremen, team leaders

C

Technicians, experts and engineers

10%

D

Administration, procurement, support

5%

A

Source: Sinaval 28 MACAÉ OFFSHORE

75% 10%


MACAÉ OFFSHORE 29


Plataforma Santos

Plataforma Santos

Baixada Santista tem sede de

investimentos

Enquanto a Petrobras não apresenta projetos definitivos, municípios se unem na promoção de ações integradas

O

litoral paulista está tomado pelas perspectivas extremamente promissoras para a região. A exploração de petróleo e gás nas áreas do pré-sal, a ampliação do porto e a criação de um parque tecnológico vêm mudando o cenário de cidades que compõe a região da Baixada Santista, principalmente Santos, desde que a Petrobras decidiu que ela será base da sua Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos. Mas ainda há uma indefinição por parte da Petrobras sobre o local onde ela irá construir e como serão suas bases de apoio offshore. Mas apesar disso, as expectativas são grandes tanto para cidades, quanto para os empresários que aguardam essa decisão para aplicar seus investimentos. A própria Companhia, em outras ocasiões, apontou a Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe, como cidades potenciais, mas ainda não revelou posicionamento definitivo.

Em contato com a Petrobras a fim de buscar uma resposta a respeito do assunto, a Companhia informou à Revista Macaé Offshore que “se encontra em período de silêncio, ficando impossibilitada de prestar esclarecimentos ou discutir com o mercado e demais públicos de interesse qualquer tipo de informação relacionada à proposta de oferta pública de ações”, disse, repetindo o comunicado publicado no dia 03 de junho. Numa análise sobre o assunto, o diretor do titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - Ciesp Regional de Santos, Ronaldo de Souza Forte, que também é diretor do Depar-Fiesp de Santos e presidente do Conselho Consultivo do Sesi/Senai de Santos, disse que essa indefinição faz parte do momento que a região atravessa. “Estamos passando por uma fase de análise e ajustes, em que deverão ser escolhidas as melhores alternativas possíveis, pois um erro nesse momento traria problemas sérios no futuro”, justifica. Codesp

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Divulgação / Ciesp

De acordo com ele, a grandiosidade dos investimentos gera enorme expectativa, e a condição “imediatista” do brasileiro contribui para que as frustrações apareçam. “Entendemos que são necessárias agilidade e velocidade das ações, mas temos que entender que os planejamentos devem ser bem feitos. No início das mudanças devemos considerar que a velocidade é menos importante do que o sentido e a direção para onde vamos”, explica ele. Para o Ciesp, assim como o Brasil, que precisa desenvolver outras regiões além do Sudeste e Sul, entende-se que os municípios periféricos a Santos e Cubatão, que lideram as ações de desenvolvimento, devem se preparar, a fim de que se tornem polos econômicos importantes. E o diretor enfatiza que a Região Metropolitana da Baixada Santista, formada por nove municípios – Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe – ainda padece de políticas “metropolitanas”. Porém, Ronaldo cita a criação da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) como um avanço importante para a adoção de tais políticas. “Mas é necessário que intensifiquemos os esforços no sentido de desenvolver os nove municípios da região, gerando qualidade de vida para a população e diversificando a cadeia produtiva regional. E entendemos que municípios – com destaque para o Guarujá – Peruíbe e Mongaguá, possuem grandes potenciais e devem se organizar a fim de torná-los realidade”, mencionou, dizendo ainda que o Estado e a Federação devem reconhecer tais potenciais e colaborar para que suas políticas e estratégias sejam consolidadas com sucesso.

Diretor do Ciesp, Ronaldo de Souza Forte Ciesp director, Ronaldo de Souza Forte

Plataforma Santos

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Plataforma Santos

Plataforma Santos Estratégias acontecem por meio de ações integradas A região, por meio de suas lideranças do setor público e privado, tem se organizado no sentido de inserir as empresas da região na cadeia de petróleo e gás, demandando investimentos importantes e indispensáveis em infraestrutura, por parte do setor público, e em qualidade de gestão e produção, por parte do setor privado, conforme informou o diretor do Ciesp Regional de Santos. “As descobertas do pré-sal abriram um novo vetor de desenvolvimento de petróleo e gás na Região Metropolitana da Baixada Santista, que até então tinha como vetores principais a cadeia logística/portuária e o turismo. No entanto, ainda é cedo para dizer os impactos econômicos que a exploração de petróleo e gás terá na vida dos municípios, uma vez que os números apresentados pela Petrobras e Organização da Indústria do Petróleo(Onip) projetam 20 anos à frente”, relatou Ronaldo Forte. Ele revela que a cadeia produtiva da região e do Estado de São Paulo, que possui pouca experiência nesse setor, tem discutido formas para vencer os desafios decorrentes da cadeia de petróleo e gás e, consequentemente, aproveitar as oportunidades que estão surgindo. Nesse caso, dentro das estratégias, as cidades da Baixada Santista contam com uma ação do governo do Estado, tida como fundamental para discutir os desafios, principalmente para o setor de petróleo e gás e naval. Trata-se do Planejamento Ambiental Estratégico das Atividades Portuárias, Industriais, Navais e Offshore (Pino) que tem como objetivo promover a sustentabilidade socioambiental da região litorânea de São Paulo, subsidiando a política de desenvolvimento do governo. A iniciativa foi destacada pelo vice-prefeito e secretário de Metropolização do município de Praia Grande, Arnaldo Alberto Amaral. “É uma iniciativa em que o Governo do Estado se junta aos municípios e à Petrobras para discutir e desenvolver um planejamento ambiental e estratégico, análise da viabilidade econômica e articulação de ações entre o poder público em curto, médio e longos prazos, para que possamos conhecer e atender as necessidades dos investidores”, explica o vice-prefeito, informando que o Pino, desenvolvido há mais de um ano, tem previsão de ficar pronto em dois meses. São diversos os projetos públicos e privados para o litoral paulista. São iniciativas relacionadas ao petróleo (estaleiros, supply bases, aeroportos e heliportos); à indústria (empresas e retroáreas portuárias); e aos portos de Santos e São Sebastião (expansão portuária). Portanto, conforme Arnaldo explica, é importante que as cidades se preparem, principalmente na questão dos ajustes da legislação e na formação de mão de obra. Praia Grande, por exemplo, já conta com uma faculdade de tecnologia e escolas técnicas que irão direcionar seus cursos para estes segmentos e também estuda formas de incentivos 32 MACAÉ OFFSHORE

para atender as empresas. “Somos uma cidade que vem se estruturando, com uma população de 260 mil habitantes que cresce 6% ao ano. Alcançamos um perfil que vem atraindo interesse de empresas, como três de médio porte que nos procuraram: uma do setor metalúrgico e outras duas voltadas para manutenção elétrica e válvulas”, disse Arnaldo, sem mencionar o nome das interessadas. Segundo ele, o grande desafio será não gerar conflito entre uma cidade veraneio e uma futura cidade industrial. Portanto, o governo vem estudando estratégias para criar zonas especiais de negócios, ou seja, determinando extensões de terras do município para implantação de empresas. Praia Grande, devido à sua infraestrutura, pode vir a sediar uma base de prestação de serviços na área portuária. O que o vice-prefeito ressalta é que, independentemente de onde se localizem os investimentos da Petrobras, toda a região será beneficiada. Portanto, na sua concepção, essas ações, por serem integradas, visam ao desenvolvimento sustentável regional e não somente de uma cidade em particular. No caso do município de Itanhaém, que já atende a Petrobras com apoio logístico aéreo, quer potencializar em todas as esferas públicas administrativas o seu aeroporto regional. A intenção do governo foi divulgada durante o evento ocorrido no dia 8 de junho, em Cubatão, no Mega Polo Industrial, que teve como enfoque investimentos na instalação de infraestrutura ao atendimento da demanda portuária na Baixada Santista. “O entendimento da municipalidade é o crescimento sustentável e organizado que este equipamento logístico pode proporcionar à região”, disse o vice-prefeito de Itanhaém, Ruy Santos. Em 2009, a Petrobras manifestou interesse em implantar uma nova base logística em Guarujá, em parte do terreno da Base Aérea de Santos. O município também quer investir em área de apoio à atividade portuária, porto e retroporto, além de ampliar o aeroporto para receber helicópteros e voos executivos.

Vice-prefeito de Praia Grande, Arnaldo Alberto Amaral Deputy mayor of Praia Grande, Arnaldo Alberto Amaral


MACAÉ OFFSHORE 33


Plataforma Santos

Plataforma Santos Indústria de P&G já se reflete no setor imobiliário

Negócios Apesar dessas expectativas, o diretor Ciesp Regional de Santos, Ronaldo Forte, afirma que é cedo para falar, em números, sobre a quantidade de empresas que surgiram ou mesmo do crescimento das existentes e da atração de novos investimentos. Isso porque a região passa por um período de ajustes, a fim de inserir as empresas da região no processo de implantação da cadeia de petróleo e gás. Iniciativas como a criação de Rede -BS (Rede da Bacia de Santos), a implantação do Parque Tecnológico de Santos, da Comissão Especial de Petróleo e Gás (Cespeg), entre outras, têm atraído empresas de todo o País, e até de fora. No caso da Rede-BS, por exemplo, possui empresas de todo o Brasil, tendo em vis ta que a Bacia de Santos abrange quatro Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina). O Prominp, conforme destaca o diretor, também tem tido papel de destaque, desde a sua implantação na região (meados de 2006), quando foram criados 11 grupos de trabalho, envolvendo entidades como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Comercial de Santos, Agem, Prefeitura de Santos, Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Sebrae, Senai e Centro Paula Souza, para trabalhar aspectos diferentes ligados à questão do petróleo e gás. Segundo ele, já naquela oportunidade, eram discutidas questões como aeroportos, inserção de empresas locais no cadastro da Petrobras, qualificação profissional, entre outras, a fim de que os assuntos fossem amplamente debatidos entre os diversos setores da sociedade, buscando a melhor operacionalização possível para as atividades de P&G.

34 MACAÉ OFFSHORE

As perspectivas de investimentos no setor de petróleo e gás vêm atraindo investidores do setor imobiliário nos municípios que compõem a Baixada Santista. O advento do pré-sal e as obras de ampliação do Porto de Santos ocasionaram o aumento da população, com uma corrente de migração tanto de pessoas que buscam uma oportunidade de emprego, cuja oferta pode chegar a 60 mil, quanto de empresários que estudam áreas para estabelecer seus empreendimentos da cadeia de suprimentos e serviços. Este cenário foi retratado pelo presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. Segundo ele, Santos, que sofria com a estagnação do setor, por exemplo, é a cidade que vem sendo mais impactada com a valorização dos imóveis, além do número de obras com construções de novos condomínios e prédios com mais de dez andares, que são o dobro em relação aos últimos dez anos. Para ele, este é apenas o começo, tendo em vista o crescimento esperado para toda a baixada, que vai atrair aquelas construtoras que já estão de olho nos negócios previstos para a região. “Os empresários estão analisando o perfil da futura população, principalmente em Santos. Esse perfil engloba tanto aqueles que se aposentarão e pretendem se estabelecer na cidade, quanto os futuros trabalhadores que migrarão para cá, atendendo à demanda”, comenta o presidente. Apesar dos aspectos positivos, o presidente também alerta para as necessidades de se investir pensando no desenvolvimento sustentável. Para isso, de acordo com ele, o ideal seria que os novos empreendimentos, tanto de habitação popular, quanto comercial e empresarial, estejam alinhados em ações conjuntas com o Poder Público, entidades e iniciativa privada. Outro ponto citado por ele são os riscos iminentes para os empresários do setor imobiliário. Ele considera que ainda faltam transparência e divulgação dos planejamentos voltados para a região. “Desconheço que haja um planejamento concreto. Se houvesse mais abrangência, ela daria mais segurança e tranquilidade ao empresariado que quer investir aqui”, alertou Crestana.  Reprodução

Santos é a cidade mais impactada com a valorização dos imóveis Santos is the city that have been most impacted with the valuation of properties


Baixada Santista is thirsty for

investment

While Petrobras does not disclose final projects, municipalities unite to promote integrated actions

T

he Brazilian coast has plenty of extremely promising prospects for the region. The oil and gas exploration in the pre-salt areas, expansion of the port and creating a technology park has been changing the landscape of cities included in the region of the Baixada Santista, especially Santos, since Petrobras decided that it will be the base of its Business Unit for Exploration and Production in the Santos Basin. However, Petrobras has not decided about where it will build and how its offshore supply bases are going to operate. But in despite of this, the expectations are high both for cities and for entrepreneurs who are awaiting for that decision to investment. The Company, on other occasions, pointed Praia Grande, Itanhaém and Peruíbe as potential cities, but have not yet revealed its final positioning. In contact with Petrobras to seek an answer regarding the matter, the Company declared to the Macaé Offshore Magazine that “is in a period of silence, being unable to provide clarification or to discuss with the market and other interested public any information related to the proposed IPO”, it said, repeating the statement published on June 3. Analyzing the subject, the director of the holder of the Centre of Industries of São Paulo - Ciesp Regional of Santos, Ronaldo de Souza Forte, who is also director of the DEPAR-Fiesp Santos and President of the Consultative Council Sesi/Senai of Santos said that this lack of definition is part of the moment the region is experiencing. “We are going through a phase of analysis and adjustments, where the best possible alternatives should be chosen, therefore, a

mistake in the present would bring serious problems in the future”, he said. According to him, a great amount of investment generates huge expectations, and the “urgent” condition of Brazil, contributes to consequent frustrations that may arise. “We understand that it requires agility and speed of action, but we understand that the plans should be well prepared. At the beginning of the changes, we should consider that the speed is less important than the way and direction we are heading”, he explains.

Santos Platform

Santos Platform

For Ciesp, like Brazil, which needs to develop regions other than the Southeast and South, feels that the municipalities around Santos and Cubatao, which lead the development actions, should prepare in order to become major economic centers. And the director emphasizes that the Santos Metropolitan Region, comprised of nine cities (Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga Cubatão Itanhaém, Mongaguá, and Peruíbe) still need “metropolitan” policies. However, he mentions the creation of the Metropolitan Agency of Baixada Santista (Agem) as an important advance towards the adoption of such policies. “But we must intensify efforts to develop the nine municipalities of the region, creating quality of life for the population and diversifying the regional production chain. And we understand that municipalities - especially Guarujá -, Peruíbe and Mongaguá have great potential and should be organized in order to put them into practice,” he noted, also saying that the State and the Federation should recognize such potential and contribute so that their policies and strategies are successfully consolidated.

Strategies happen by means of integrated actions The region, through their leadership of public and private sectors, has been organizing in order to insert the region’s companies in the oil and gas chain, requiring major and important investment in infrastructure from the public sector, and in quality and production management from the private sector, as said the director of the Regional Ciesp of Santos. “The pre-salt discoveries opened a new area for development (oil and gas) in the Metropolitan Region of the Baixada Santista, which had until then had chain logistics/port chain and tourism as the main area. However, it is still early to talk about the economic impacts that oil and gas exploration will have on the lives of the municipalities, since the figures presented by Petrobras and Onip project 20 years ahead, “ Ronaldo Forte says. It reveals that the production chain of the region and the state of São Paulo, which has little experience in this sector, has been discussing ways to overcome the challenges of the oil and gas chain, and make good use of the emerging opportunities.

In this case, within the strategies, the cities of the Baixada Santista count on the support of the state government, which is seen as fundamental to discuss the challenges, especially for oil and gas and naval sector. This is the Strategic Environmental Planning of Port, Industrial, Naval and Offshore Activities (Pino) that aims to promote environmental sustainability of the coastal region of São Paulo, supporting the development policy of the state government. The initiative was highlighted by the deputy mayor and secretary of the Metropolization of the municipality of Praia Grande, Alberto Arnaldo Amaral. “It is an initiative in which the state government joins the municipalities and Petrobras to discuss and develop a strategic and environmental planning, economic viability analysis and coordination of actions among the public authorities in the short, medium and long term, so that we may know and meet the needs of investors”, says the deputy mayor, stating that the Pino, in development for over a year, is expected to be ready in two months. MACAÉ OFFSHORE 35


Santos Platform

Santos Platform There are several public and private projects for the coast of São Paulo. These initiatives are related to oil (shipyards, supply bases, airports and heliports); to the industry (companies and container yards) and the ports of Santos and São Sebastião (port expansion). Therefore, as Arnold explains, it is important for cities to prepare, primarily regarding adjustments of legislation and training of manpower. Praia Grande, for example, already has a technology college and technical schools that will direct their courses to these segments and is also studying ways to motivate the companies. “We are a city that is being structured with a population of 260,000 inhabitants which grows 6% per annum. We reached a profile that is attracting interest from companies, like three midsized companies that came to us: a metalwork company and other two focused on electrical maintenance and valves”, said Arnaldo, without mentioning the name of those. He said the big challenge will be not to create conflict in a city that is more visited in summer holydays, with the future city with industrial investment. Therefore, the government is studying strategies to create special business areas, i.e., determining tracts of land in the municipality for the implementation of companies. Praia Grande, due to its infrastructure, may come to host a service base in the port area. What the deputy mayor emphasized, is that regardless of where Petrobras invests, the entire region will benefit. Therefore, in their opinion, for being integrated, these actions are directed to the sustainable development of the region and not just of one city in particular. In the case of the municipality of Itanhaém, which already serves Petrobras with air logistics support, wants to expand operations of its regional airport in all public administration levels. The government’s intention was made public during the event occurred on June 8 in Cubatão, in the Mega Industrial Pole, which was focused on investments in the installation of infrastructure to meet the demand at Baixada Santista. “Understanding the municipality is the organized and sustainable growth that can provide logistical equipment to the region,” said Deputy Mayor of Itanhaém, Ruy Santos. In 2009, Petrobras has expressed interest to establish a new logistics base in Guarujá, in part of the Santos Air Base land. The municipality also wants to invest in areas to support port activities (port and container yards), in addition to expanding the airport to receive helicopters and executive flights.

O&G industry already influences the real estate sector The prospects for investment in oil and gas have attracted real estate investors of the municipalities comprised in the Baixada Santista. The coming of the pre-salt and the extension works of the Santos Port increased the population, with a stream of migration of both people seeking a job opportunity, of which the offer can reach 60,000, and the entrepreneurs who study areas to establish their projects in the chain and service supply. This scenario was portrayed by the Chairman of Housing Union of São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. According to him, Santos, which suffered with the stagnation of the sector, for example, is the city that have been most impacted with the valuation of properties, in addition to the number of works for construction of new buildings and condominiums with over ten floors, which have doubled in relation to the past ten years. For him, this is just the beginning, given the expected growth for the entire area, which will attract those builders who already have their sights set on business expected for the region. “Entrepreneurs are analyzing the profile of future population, especially in Santos. This profile includes both those who wish to retire and settle in the city, the future workers who will migrate here to meet the demand“, said the president. Despite the positive aspects, the president is also aware of the need to invest thinking about sustainable development. To that end, according to him, the ideal would be that the new projects, both of public housing, and commercial and business are aligned in joint actions with the public authorities, organizations and private entities. Another point mentioned by him is the risks for entrepreneurs in the real estate sector. He also believes that there is lack of transparency and disclosure of plans aimed at the region. “I am not aware of a concrete plan. If there was more coverage, it would provide more security and tranquility to entrepreneurs who want to invest here”, warned Crestana. 

Business Despite these expectations, the Regional Director of the Ciesp of Santos, Ronaldo Forte, says it is too early to talk in figures, the number of companies that have emerged or even the growth of existing companies and the attraction of new investments. This is because the region is going through a period of adjustments in order to insert the region’s companies in the process to establish the oil and gas chain. Initiatives such as the creation of Rede-BS (Santos Basin Network), the establishment of the Technology Park of Santos, the Special Committee on Oil and Gas (Cespeg), among others, have attracted companies from around the country, and even from abroad. The Rede-BS, for example, comprises companies from all over Brazil, considering that the Santos Basin covers four states (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná and Santa Catarina).

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Prominp, as pointed out the director, has also played an important part, since it was established in the region (mid 2006), when 11 working groups were created, involving organizations such as the Federation of Industries of São Paulo (Fiesp), Trade Association of Santos, Agem, Local Government of Santos, Union of the Entities Maintainers of Higher Education Institutions in the State of São Paulo (Semesp), Sebrae, Senai and the Paula Souza Center, to work different aspects connected to the issue oil and gas. According to him, in that opportunity the discussed issues were airports, insertion of local companies in the register of Petrobras, professional qualifications, among others, so that the issues could be widely debated among the various sectors of society, seeking the best possible operation for the O&G activities.


Santos Platform

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Desenvolvimento

Desenvolvimento Reprodução

O Espírito Santo deu uma guinada com o crescimento da cadeia produtiva do petróleo e gás, favorecendo os investimentos que estavam desacelerados Espírito Santo took a turn with the growth of the productive chain of oil and gas, encouraging investment that were reduced

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Indústria naval

e norte a sul comemora-se a verdadeira revolução vivida pelo Brasil na indústria naval. O maior construtor de navios da década de 70, que se viu falido nas décadas seguintes, agora é palco de grandes investimentos no setor, impulsionado pela indústria petrolífera, tendo como carro chefe as descobertas do pré-sal. Período que traz grandes perspectivas para os estados que agora investem na expansão das bases de apoio logístico portuário, e municípios que mudaram sua realidade com a atração de grandes empreendimentos.

Investimentos direcionados ao setor geram grandes expectativas para a economia de estados de norte a sul do Brasil

Dentro das projeções da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) e de especialistas do setor, foi apontada uma necessidade de US$ 30 bilhões, cerca de R$ 54 bilhões, em investimentos em portos e terminais nos próximos cinco anos. E o Governo Federal estima uma carteira de projetos da iniciativa privada de US$ 18 bilhões para o setor. Outros US$ 4 bilhões devem partir do governo via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

ressurge

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A Secretaria Especial de Portos assumiu o compromisso de tornar o sistema portuário mais ágil e mais competitivo, buscando recuperar o tempo perdido e investindo por meio do PAC em obras de infraestrutura, com a meta de ficar entre os 20 maiores sistemas portuários do mundo nos próximos dez anos. Os primeiros passos foram dados, e os governos estaduais e municipais entram com suas participações, acompanhando o desenvolvimento do setor.


Competir internacionalmente é uma das metas do Rio No Estado do Rio de Janeiro, a participação do Governo Estadual é mais institucional, de articulação com outras esferas de governo e a iniciativa privada para viabilizar os empreendimentos, conforme explicou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno. Segundo ele, a indústria naval offshore no Rio de Janeiro estava sendo retomada e agora, vive a fase da consolidação. O governo vem adotando medidas importantes para fortalecer a indústria naval offshore fluminense. O secretário cita como exemplo, o Programa de Sustentabilidade da Indústria Naval, lançado em 2008, visando a oferecer um ambiente de negócios favorável à competitividade internacional e à perenidade ao setor. A primeira medida foi a criação do decreto de isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já em 2009, o governador Sérgio Cabral assinou decreto que reduz de 25% para 7% o ICMS para a indústria náutica do estado e permite o diferimento do tributo na aquisição de insumos e de máquinas destinados a integrar o ativo fixo dessas empresas. Bueno declara metas ambiciosas. Segundo ele, o surgimento de novos players neste mercado ratifica a importância de o estado ganhar escala e qualidade para competir internacionalmente. Este pode ser um dos grandes desafios. “Sabemos que, ainda hoje, o setor é extremamente dependente das encomendas da Petrobras, o que não garante sua perenidade”, pontua o secretário.

Portos e estaleiros no Estado do Rio e suas localizações Portos: Porto de Itaguaí (Cia. Docas - governo federal) Porto do Rio de Janeiro (Cia. Docas - governo federal) Porto de Angra (Cia. Docas - governo federal) Porto de Niterói (offshore) – Cia. Docas – governo federal Porto do Forno – Arraial do Cabo (gestão municipal) Porto do Açu – São João da Barra (gestão privada)

Terminais: Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (Petrobras). Terminal Aquaviário de Ilha d`Água – Baía de Guanabara – interligado à Reduc (Transpetro). Terminal Aquaviário da Ilha Redonda – interligado à Reduc (Transpetro). Terminal Ilha Guaíba (Vale) Terminal TKCSA (ThyssenKrupp CSA) Terminal Compartilhado de Itaguaí (Petrobras, Gerdau, CSN) Terminal Porto do Sudeste – Baía de Sepetiba (LLX)

Canteiros: UTC, Superpesa, Caximbau e Mac Laren Estaleiros: Eisa, Brasfels, Rio Nave, Enavi-Renave, Mauá, STX Brasil, Aliança, SRD, Cassinu, São Miguel e Sermetal

O Rio possui grandes projetos em andamento, que deverão gerar, nos próximos dois anos, pelo menos 11 mil vagas de empregos. De acordo com o documento Decisão Rio 2010-2012, produzido pela Firjan, o setor naval offshore receberá 18,1% dos R$ 20,3 bilhões previstos para a indústria de transformação do estado no período.

Divulgação

Acreditamos que alguns fatores asseguram a perenidade do setor no Rio de Janeiro, como a tradição em grandes empreendimentos navais e offshore; a proximidade do mercado consumidor, dos estados fornecedores de matérias-primas e dos centros de pesquisa e tanque oceânico; e a forte cadeia de pequenos, médios e grandes estaleiros e a mão de obra qualificada.

Estaleiro Mauá Mauá Shipyard

Desenvolvimento

Segundo o secretário, os investimentos previstos na indústria naval, pulverizados por diversas regiões do estado, vão desde Itaguaí, na Região Metropolitana, com a instalação do estaleiro da Marinha e o estaleiro Green Field, em Itaguaí, passando pela Zona Portuária do Rio, com a reativação do Estaleiro Inhaúma (ex-Ishibras); por Niterói, outra base tradicional da indústria naval fluminense; por Maricá, com a eventual viabilização do Complexo de Jaconé; e pelo Norte Fluminense, no Complexo de Barra do Furado e no Complexo do Açu, em São João da Barra.

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Desenvolvimento

Desenvolvimento Secom São João da Barra

Projeto do Superporto do Açu em São João da Barra Project Açu Superport in São João da Barra

São João da Barra e Quissamã ampliam seus horizontes De pacatos a empreendedores da indústria naval, os dois municípios situados na Região Norte Fluminense atraem olhares do mercado. São João da Barra, cidade de veraneio, procurada pela sua tranquilidade e hospitalidade, já vive outra realidade com os investimentos da LLX, empresa do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, com o Superporto do Açu, e Quissamã, com o Complexo Logístico e Industrial Farol - Barra do Furado, um empreendimento em parceria com o Governo Federal, Governo Estadual e a prefeituras de Quissamã e Campos dos Goytacazes.

cientes”, relatou a prefeita.

Em São João da Barra, o Superporto do Açu, que ocupa uma área de nove mil hectares, tem investimentos na ordem R$ 4,3 bilhões. O complexo, que prevê a movimentação de produtos siderúrgicos, petróleo, carvão, granito, minério de ferro, granéis líquidos e carga geral, traz perspectivas de crescimento para a cidade, como a oferta de empregos. Segundo a prefeita Carla Machado, essa foi a mola propulsora de uma série de iniciativas recentes, como a qualificação da população local, visando à ocupação das vagas geradas.

“Este momento semelhante cria uma expectativa e ao mesmo tempo aumenta nossas responsabilidades em relação ao futuro. Sabemos que não há possibilidade de erro na condução do processo. Então estamos atentos a tudo o que é preciso fazer para que São João da Barra seja um modelo de boas práticas e desenvolvimento econômico sustentável com justiça social”, disse Carla Machado.

“Mais à frente, isso vai representar a mudança do perfil econômico do município, com uma planta industrial que certamente trará impactos positivos e negativos. Dentre os positivos, destacamos a arrecadação própria, que já vem crescendo, o que nos tornará economicamente autossufi40 MACAÉ OFFSHORE

Ela conta que o ciclo da navegação foi fundamental em determinado momento da história de São João da Barra, considerado especial para sua economia e que representou um grande crescimento da cidade, cuja atividade econômica era pungente. Ela explica que era um segundo porto em movimentação de cargas da antiga Província e que movia toda a economia local, sendo fundamental para as regiões Norte e Noroeste do Estado.

Com relação aos investimentos por parte do governo municipal, somente em obras públicas, no momento, tem licitado, ou em execução, mais de R$ 100 milhões. São obras como a ampliação da rede de esgoto sanitário, calçamento de ruas, construção de unidades escolares, como a Escola Técnica Municipal, construção de um novo complexo administrativo da Prefeitura e outras obras.


A parceria com os governos do Estado e Federal é citada por ela como fundamental, principalmente no que se refere às obras de infraestrutura que darão total suporte à logística, como a recuperação parcial da RJ-240, recapeamento da BR-356, sob responsabilidade do governo federal, bem como os investimentos realizados pelo empreendedor. “Acreditamos que entre obras públicas e investimentos privados estejamos próximo de R$ 2 bilhões. Isso é mais que o orçamento dos últimos 50 anos”, ressalta Carla. Com relação à instalação de empresas na cidade, as que estão confirmadas até o momento são aquelas relacionadas especificamente à atividade portuária. Dentre os investimentos privados, a prefeita cita a possibilidade de instalação do estaleiro, também do grupo EBX, que anunciou ter mais de 60 protocolos de intenção assinados, e de outras empresas que já manifestaram interesse, como as siderúrgicas Wisco e Techint. “Outro setor que começa a crescer, também em função do porto, é o de serviços e isso vem despertando o interesse de empresas de menor porte, mas nem por isso, de menor importância. Temos recebido diversas missões de empresários. Além dos italianos, argentinos e chineses, recebemos recentemente uma comitiva do Espírito Santo”, comentou a prefeita. No caso do município de Quissamã, as expectativas em tor-

no do Complexo Logístico também são grandes. O município vê nesse empreendimento a grande oportunidade de fortalecer a sua economia e garantir o desenvolvimento sustentável, gerando emprego e renda para a população. Apesar de o projeto ainda estar no papel, o governo já deu passos largos, com investimentos que preparam a cidade para atender as demandas que irão surgir com a atividade do complexo. A mão de obra é a principal delas. Hoje, a cidade conta com o Instituto Federal Fluminense (IFF) – prédio construído com verba municipal – que oferece cursos técnicos para formação de novos profissionais. E o Plano Diretor, específico para a região de Barra do Furado, já está sendo elaborado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que prevê a ocupação ordenada do solo, delimitando a área de expansão industrial e residencial. “A prefeitura vai atuar de forma consistente para minimizar os impactos sociais, garantindo a qualidade de vida da população local. Ou seja, investir cada vez mais em infraestrutura urbana, rede de saúde, habitação e unidades escolares, além de proporcionar ao cidadão de Quissamã capacitação para que ele seja capaz de se inserir neste projeto”, disse o prefeito Armando Carneiro, informando que nesta primeira fase irá investir cerca de R$ 20 milhões.

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Desenvolvimento

Desenvolvimento

Quanto à importância do projeto, Armando diz que o Complexo de Barra do Furado é estratégico não só para Quissamã e Campos, mas também para todo o estado e para o País, já que o crescimento da indústria naval é uma política de desenvolvimento para o Brasil. “No futuro, o empreendimento de Farol - Barra do Furado e o Porto do Açu serão uma força de grande influência, com uma área comum de negócios em toda a sua cadeia produtiva”, ressalta. No início de julho, o prefeito de Quissamã participou de uma reunião em Campos dos Goytacazes para reafirmar o compromisso entre os dois municípios de concretizar o Complexo Logístico. Entre as medidas a serem tomadas em conjunto, ficou a decisão de se criar uma Sociedade Propósito Específico (SPE). Trata-se de uma empresa para gerir o empreendimento. Foi acordado ainda a conclusão do processo licitatório para a contratação de empresas pelos dois municípios para a realização da obra de construção do complexo.

Genilson Pessanha / Secom Quissamã

O complexo inclui a construção de um estaleiro, na parte quissamaense, e uma base de apoio offshore, em Campos, e deverá ser concluído com recursos do Governo Federal e do Governo do Estado, além da participação financeira das duas cidades. A expectativa é gerar 600 empregos na fase das obras e 1.450 para o estaleiro e a base offshore. No caminho do desenvolvimento, deverão ser gerados cerca de cinco mil empregos diretos e uma média de dez mil indiretos.

Prefeito de Quissamã, Armando Carneiro Mayor of Quissamã, Armando Carneiro

Estado capixaba com polo industrial marítimo descentralizado Apesar de ter um histórico e uma experiência positiva no que se refere à indústria naval, devido aos diversos setores, como siderúrgico, minério e o de celulose, que mantém ativa a atividade no estado, o Espírito Santo deu uma guinada com o crescimento da cadeia produtiva do petróleo e gás, favorecendo os investimentos que estavam desacelerados. Novos investimentos do setor naval estão surgindo como o Estaleiro da Jurong, o projeto da Ferrous Resources do Brasil, a base de apoio logístico do grupo norte-americano Edson Chouest Offshore, entre outros. Diante da retomada da indústria naval, o Governo do Estado vem proporcionando um ambiente econômico estável, propício ao desenvolvimento dos projetos e à realização de negócios. “O número de empresas vem batendo recordes, sendo mais de R$ 65 bilhões de investimentos em diversos setores. Estimamos uma oferta de 50 mil empregos até 2014”, avalia o secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix. Apesar dos incentivos dados às empresas de todos os segmentos para investirem no estado, adotando políticas sociais e ambientais que favoreçam o desenvolvimento sustentável, o governo ainda encontra desafios, que é estudar as propostas, identificar locais adequados para instalação dos novos empreendimentos, capacitar a mão de obra e desenvolver e aplicar novas tecnologias que favoreçam essa indústria e demais setores. No caso da indústria naval, para o governo não basta a própria experiência. Portanto, está sempre presente em eventos do setor que acontecem não somente no Brasil. No final de maio, por exemplo, o secretário Márcio Félix e o presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Baptista, foram membros da Missão do Setor Portuário, comandada pelo ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, que foi à Alemanha participar do Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA). A missão tinha como um dos objetivos conhecer a logística dos portos alemães, estreitar relações com o país germânico, que tem grande tradição no setor portuário, e criar conexões com os diversos setores da economia. A Alemanha está entre as maiores potências econômicas e tecnológicas da Europa, o que o governo capixaba vê como exemplo a ser aplicado no estado. O resultado do encontro foi positivo. O banco alemão Deutsch Bank demonstrou grande interesse no Brasil, incluindo a possibilidade de desenvolvimento de uma retroárea para transferir cargas de ferrovias e rodovias para portos, ou seja, um mega-hub inteligente. E um dos estados de interesse para essa construção é o Espírito Santo. As relações com a Alemanha já haviam sido estreitadas em 2009, quando este mesmo evento aconteceu no Espírito Santo. O Brasil é o principal parceiro comercial do país na América Latina. Um exemplo disso foram os US$ 2,5 bilhões que aplicaram aqui.

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Portos e projetos em andamento no Espírito Santo Porto de Vitória - Administrado pela (Codesa), movimenta contêineres e carga geral. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 242 milhões nas obras dedragagem e derrocagem da Baía de Vitória e na recuperação do cais comercial do Porto. As obras proporcionarão a ampliação de 30% da capacidade de movimentação de cargas. Porto de Tubarão - Administrado pela Vale, é o maior exportador de minério e pelotas de ferro do mundo. Porto de Praia Mole - Constituído pelo Terminal de Produtos Siderúrgicos (TPS), operado pelo consórcio ArcelorMittal Tubarão, Usiminas e Açominas. É responsável por 50% das exportações brasileiras de produtos siderúrgicos. Porto de Ubu - Localizado em Anchieta, Sul do Estado, é um terminal operado pela Samarco Mineração. Foi construído para escoar a produção de pelotas de minério de ferro e movimenta cargas diversas para consumo da empresa e de terceiros. Portocel - Localizado em Aracruz, atende às unidades da Aracruz Celulose, Veracel, Bahia Sul/Suzano e Cenibra. Maior porto brasileiro especializado no embarque de celulose.

Companhia Portuária Vila Velha (CPVV) - Controlada e operada pelo Grupo Coimex, atende às operações offshore de exploração e produção de petróleo no Espírito Santo. Está localizada em Vila Velha, junto ao maior complexo portuário do Estado, e tem registrado significativo volume de atracações e de serviços prestados a grandes corporações do setor de exploraçãod e petróleo, entre elas a Petrobras, sua principal cliente. Porto de Águas Profundas - Projeto em desenvolvimento pela Secretaria Especial de Portos, do Governo Federal, com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Vitória. O objetivo é a implantação de um novo terminal de contêineres e carga geral, para operação com calado de até 23 metros, visando a atender ao crescimento do comércio exterior.

Ferrous - Projeto da Ferrous Resources do Brasil, previsto para o município de Presidente Kennedy, no litoral Sul capixaba, caracteriza-se pela construção de um terminal portuário para atender, numa primeira fase, ao escoamento de minério de ferro. A empresa também irá construir um mineroduto com 420 quilômetros de extensão, para atender às jazidas localizadas em Minas Gerais. O local prevê ainda a disponibilidade de áreas para implantação de outros empreendimentos. Investimento previsto é de R$ 1,6 bilhão, com geração de cinco mil empregos na construção e 1,2 mil na operação. Encontra-se em fase de conclusão do EIA/RIMA. O início da operação está previsto para 2013. Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, em Aracruz - Projeto da Petrobras, com o objetivo de armazenar e transportar 3 mil m³/dia de C5+ e 1 mil toneladas de GLP produzidos no Estado. Investimento na ordem de R$ 500 milhões. As obras estão em andamento, com previsão de conclusão no final deste ano. Estaleiro - A Jurong do Brasil prepara a implantação de um estaleiro em Aracruz, destinado à construção de sondas de perfuração, reparo naval e, ainda, para plataformas de exploração e produção de petróleo e gás. Investimento na ordem de R$ 800 milhões, com geração de 2,5 mil empregos na construção e 3,5 mil na operação. Encontra-se em em fase de licenciamento ambiental. Terminal de apoio às atividades de E&P Offshore da Petrobras - Visa a dar suporte às plataformas e às atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural offshore. Prevê retroárea operacional da Petrobras em Anchieta, Sul do Estado, e área para implantação de empresas fornecedoras. Investimento na ordem de R$ 800 milhões. Base de Apoio Logístico Metalmecânico Marítimo - Implantação de base de apoio logístico e metalmecânico às atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Empreendimento da União Engenharia e a Nitshore Participações Ltda., do grupo norte-americano Edson Chouest Offshore na Glória, em Vila Velha. Investimento da ordem de R$ 300 milhões, com geração de aproximadamente 1,2 mil empregos diretos.

Desenvolvimento

Terminal de Vila Velha (TVV) - Único terminal especializado em contêineres no Espírito Santo, é operado pela Vale, através da Log-In Internacional e Logística. É uma excelente alternativa para operações de importação e exportação de contêineres e carga geral.

Portocel II - Projeto de ampliação do terminal de Portocel. Prevê a construção de quatro novos berços, sendo dois para o embarque de celulose e dois para cargas gerais.

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Desenvolvimento

Desenvolvimento

O vento sopra a favor do nordeste

Secom Bahia

Os Investimentos da indústria naval estão migrando para a região nordeste do Brasil. Dos 17 novos estaleiros previstos, nove estarão nessa região. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), dos R$ 7,6 bilhões de recursos destinados ao setor naval até 2013, R$ 6,1 bilhões serão destinados ao nordeste. Entre os estados beneficiados está a Bahia, que já se intitula “Terra dos bons negócios”. Não é para menos. O polo de negócios da indústria naval baiana desponta no cenário econômico brasileiro. Um dos passos do governo foi criar em 2009 a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária (Seinp), com foco na agilidade e dinamismo das ações e estratégicas voltadas para o desenvolvimento sustentável. Outra iniciativa importante do Governo do Estado foi a criação do Programa Estadual de Incentivos à Indústria da Construção Naval (Pronaval) em 2008, cujo objetivo é promover o desenvolvimento do setor e incentivar a implantação de infraestrutura desse segmento e a montagem, fabricação, construção, modernização, conversão e reparo de embarcações e plataformas, módulos e sistema destinados à E&P, armazenamento e transporte de petróleo, gás natural e derivados. Por meio do Pronaval, o governo oferece incentivos como a desoneração do imposto estadual (ICMS) na aquisição de bens destinados a ativo fixo na hipótese de operações de importação

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Secretário extraordiário da Indústria Naval e Portuária da Bahia Roberto Benjamin Deputy secretary of Naval and Port Industry of Bahia, Robert Benjamin

do exterior, nas operações internas relativas às aquisições de bens produzidos na Bahia e nas aquisições de bens em outro estado, relativamente ao diferencial de alíquotas, por exemplo. Para o secretário extraordinário da Indústria Naval e Portuária, Roberto Benjamin, a nova era dessa indústria no País representa um novo ciclo de desenvolvimento sustentável na área naval e offshore da Bahia. “Sempre estivemos presente neste cenário e o Pré-sal é a oportunidade do momento. Nosso governo está fazendo o seu dever de casa, apoiando o empresariado, seja nacional ou estrangeiro, que queira se instalar aqui. Para isso também estamos investindo na qualificação da mão de obra e oferecendo incentivos para atrair novos empreendimentos”, disse.


Secom Bahia

Projeto do Estaleiro Enseada do Paraguaçu para construção naval offshore na Bahia Project Shipyard Enseada do Paraguaçu for shipbuilding offshore Bahia

O que a Bahia tem

Secom Bahia

Porto do Sul – O complexo integrado de logística e produção está em fase de implantação. Ele será composto por um moderno porto offshore, um aeroporto internacional, polo industrial e uma Zona de Processamento de Exportações, todos interligados pela Ferrovia Oeste-Leste e por novas estradas aos principais centros produtores de grãos, minérios, gás, insumos e produtos industrializados. Polo Náutico – Para o desenvolvimento deste setor, o governo vai implantar esse polo na Baía de Aratu, com localização estratégica, acesso ao mar e infraestrutura pronta para a integração das indústrias, distribuidores e prestadores de serviços.

Que venham os anos 20 As projeções do País preveem a consolidação dessa indústria para atender principalmente as demandas da cadeia produtiva de petróleo e gás e, até 2020, o Brasil espera está colhendo excelentes frutos oriundos dos investimentos que serão aplicados até lá. O relatos positivos dos três estados mencionados acima mostram que a visão e decisão estratégica do governo federal em beneficiar todas as regiões com a indústria naval vem dando certo, mas que muito ainda há de ser feito. A estratégia abriu novas portas de empregos, ampliação do sistema de ensino técnico e especializado e a capacidade de as indústrias do setor naval atraírem outras, ampliando os nichos de mercado. Dessa vez o Brasil espera que o polo naval seja duradouro não sendo uma política imediatista, repetindo o retrocesso da década de 80. 

Desenvolvimento

Construção Naval Offshore – Em função da demanda do Pré-sal, além do canteiro de São Roque, com duas plataformas de petróleo em construção, o Estado apoia a implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, para a construção naval de grande porte, canteiros de módulos offshore, estaleiros de médio porte para construção e reparos navais e a implantação de indústrias do setor de navipeças.

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Development

Development

Shipping industry

reemerges F

rom North to South it is celebrated a real revolution lived by the Brazilian shipping industry. The main shipbuilder in the 70ies bankrupted on the following decades and now has had lots of investments in the sector, stimulated by the oil industry, having as mainspring the pre salt discoveries. A period that brings lots of perspectives to the states that currently invest in the enlargement of basis of support of port logistics and cities that changed their reality due to the attraction of big undertakings. Within the projections of the Brazilian Association of Port Terminals (ABTP) and of specialists in the field, it was appointed a necessity of US$ 30 billion (around R$ 54 billion) in investments in ports and terminals in the next 5 years. And the Federal Governmental estimates a project portfolio of private enterprise of US$ 18 billion to the sector. Other US$ 4 billion must come from the government through the Growth Acceleration Program (PAC). The Special Secretariat of Ports undertook to make the port system become faster and more competitive, aiming at recovering the wasted time and investing in infrastructure words through PAC, with the purpose of being between the 20 biggest port systems in the world within the next ten years. The first steps were taken and the state and local governments are taking part and following up the development of the sector.

Investments on the sectors generate great expectations to the economy of Brazilian states from North to South

International competition is one of Rio’s goals In the State of Rio de Janeiro, the participation of the State Government is more institutional, articulating with other fields of the government and with the private enterprise to make the ventures feasible, according to explanation of state secretary of Economic Development, Energy, Industry and Services, Julio Bueno. He stated that the offshore shipping industry in Rio de Janeiro was being revived and that it has been consolidated nowadays. The government has taken important steps to strengthen the offshore shipping industry in Rio de Janeiro. The secretary quotes the Sustainability Program of Shipping Industry, launched in 2008, aiming at offering a business environment favorable to international competitiveness and to the continuity of the sector. The first step was creating a decree to exempt from the Value Added Tax on Sales and Services (ICMS). In 2009 the governor Sérgio Cabral executed the decree that reduces the ICMS from 25% to 7% to the shipping industry of the state of Rio de Janeiro and enables defer the tax on the purchase of inputs and machines intended to be part of the fixed assets of those companies. Bueno states ambitious goals. He stated that the appearance of new players in this market confirms the importance of the state obtaining skills and quality for international competition. This may be one of the main challenges. “We are aware that, even nowadays, the sector is extremely dependent on Petrobras’ orders and it does not ensure the continuity of the sector”, he claimed. Rio has great projects in progress and they shall generate at least 11 thousand new jobs in the next two years. According to Decisão Rio 2010-2012 document, prepared by Firjan, the offshore shipping sector shall receive at least 18,1% of the R$ 20,3 billion forecasted to the transformation industry of the state in the period. According to the secretary, the investments forecasted in the shipping industry are spread throughout many regions of the state, like Itaguaí, at the Metropolitan Area, with the installation of the Navy’s shipyard and Geen Field shipyard, in Itaguaí, at Port Zone of Rio, with the reactivation of Inhaúma Shipyard (former Ishibras); in Niterói, another traditional headquarter of the shipping industry in Rio de Janeiro; in Maricá, with the eventual improvement of Jaconé Complex, and in Northern Rio de Janeiro state, at Barra do Furado Complex and in Açu Complex at São João da Barra. We believe that some factors ensure the continuity of the sector in Rio de Janeiro, like the tradition in big shipping ventures; closeness to the consumer market, to the states that provide raw materials, to the research centers and ocean tank. In addition to those factors, we must also mention the strong network of small, medium and big shipyards and closeness to skilled labor.

Ports and Shipyards in the State of Rio de Janeiro and their locations Ports: Itaguaí Port (Cia. Docas – federal government), Rio de Janeiro Port (Cia. Docas – federal government), Angra Port (Cia. Docas – federal government), Niterói Port (offshore) – Cia. Docas – federal government), Forno Port– Arraial do Cabo (local management), Açú Port – São João da Barra (private management) Terminals: Marine Terminal of Angra dos Reis (Petrobras), Marine Terminal of Ilha d`Água – Baía de Guanabara – connected to Reduc (Transpetro), Marine Terminal of Ilha Redonda – connected to Reduc (Transpetro), Ilha Guaíba Terminal (Vale), TKCSA Terminal (ThyssenKrupp CSA), Shared Terminal of Itaguaí (Petrobras, Gerdau, CSN), Porto do Sudeste Terminal – Sepetiba Bay (LLX) The shipyards: Eisa, Brasfels, Rio Nave, Enavi-Renave, Mauá, STX Brasil, Aliança, SRD, Cassinú, São Miguel and Sermetal The sites: UTC, Superpesa, Caximbau and Mac Laren

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São João da Barra and Quissamã broaden their horizons They used to be peaceful cities and nowadays are entrepreneurs of the shipping industry. Both cities located at Northern Rio de Janeiro state attract the market. São João da Barra, a summer resort, known for its calmness and hospitality, already has another reality, with LLX’s investments, a company of EBX Group, of businessman Eike Batista, with the Açu and Quissamã’s Superport, with Farol Barra do Furado Logistic and Industrial Complex, a venture in partnership with the Federal Government, State Government and Quissamã and Campos dos Goytacazes city halls. In São João da Barra, Açu Port, which occupies an area of nine thousand hectares, has investments of around R$ 4,3 billion. The project predicts moving metallurgy products, oil, coal, granite, iron ore, liquid bulks and cargo in general, and it also brings perspectives of growth to the city, like job vacancies. According to the mayor Carla Machado, it fostered a range of recent initiatives, like qualification of local people, with the purpose of occupying the generated vacancies. “That will represent a modification in the economic profile of the city, with a plant that will surely bring both positive and negative impacts. One of the positive impacts that must be highlighted is our growing tax levy and that will make us economically independent”, she stated. The tells that the shipping cycle was crucial in a specific moment in São João da Barra’s history. Such period was considered special to the city’s economy and it represented a big growth to the city, and its economic activity was dynamic back then. She explains that it was in the 2nd place when it came to port that moved cargo in the former Province and the port was fundamental to the local economy and also to Northern and Northwestern regions of the state of Rio de Janeiro. “This is a similar moment and it raises expectations and at the same time increases our responsibilities on the future. We know that there is no room to make mistakes to conduct the process. Thus, we are paying attention to whatever needs to be done to make São João da Barra become a model of good practices and sustainable economic development with social justice”, said Carla Machado. With regard to investments from the local government, only in public works, at the moment, the government has invited to bid or made investments of over R$ 100 million. Some of the works are, for

instance: enlargement of sanitary sewage, paving streets, building of schools, like Local Technical School, building of a new administrative complex of the City Hall and other works. She regards the partnership with State and Federal governments as crucial, specially when it comes to infrastructure works, which will give total support to logistics, like partial recovery of RJ-240 highway; repaving the BR-356 highway, works under responsibility of the Federal Government, as well as investments made by the entrepreneur. “We believe that we are close to R$ 2 billion, among public works and investments. This is more than the budget of the last 50 years”, emphasizes Carla. With regard to the arrival of companies at the city, the ones confirmed up to the present moment are the companies specifically related to port activity. Among private investments, the mayor mentions the possibility of installation of a shipyard, which also belongs to EBX Group. EBX Group announced having over 60 signed intention protocols and there is also the possibility of arrival of other companies that already showed interest, like Wisco and Techint syderurgies. “Another sector that starts growing due to the port is the services sector and it has attracted the interest of smaller companies. However, it does not mean such companies are not as important as all the others. We have been visited by many businessmen. In addition to Italians, Argentineans and Chinese businessmen, we have also recently had a group from Espírito Santo”, celebrated the mayor. In case of Quissamã city, there are also great expectations on the Logistic Complex. The city regards this venture as a great opportunity to strengthen its economy and ensure sustainable development, generating jobs and income to the population. Although the project has not been put into practice yet, the government had already taken important steps, with investments that prepare the city to meet the requirements that will arise with the activity of the complex. Labor is the main one. Nowadays the city has Fluminense Federal Institute (IFF) – the building was built with city funds. The institute offers professional qualification courses to train new professionals. The Master Plan, specific to Barra do Furado region, has been made by Universidade Federal Fluminense (UFF), and it deals with the ordered occupation of soil, defining the area of industrial and residential expansion.

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Development

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“The city hall will act in a consistent way in order to minimize the social impacts, protecting the quality of life of local population. In other words, it will invest more and more in urban infrastructure, health, housing and schools in addition to provide qualification to Quissamã’s dwellers so that they are able to take part in the project”, stated mayor Armando Carneiro, informing that in this first phase it will be invest around R$ 20 million. When it comes to the importance of the project, Armando says that Barra do Furado Complex is strategic not only to Quissamã and Campos, but also to the whole state and to Brazil, as the growth of shipping industry is a development policy to Brazil. “In the future, Farol - Barra do Furado venture and Açu Port will have a great influence, with a common business area in all their supply chain”, he emphasizes. In the beginning of July, Quissamã’s mayor attended a meeting in Campos dos Goytacazes to restate the commitment between both cities to make the Logistic Complex. Among the steps to be taken in corporation, is the decision to crease a Special Purpose Entity (SPE). It is a company to manage Farol - Barra do Furado complex. It was also agreed upon the conclusion of the invitation to bid for both cities contract companies to build up the complex. The venture also includes building a shipyard in Quissamã and an offshore support base in Campos and it must be finished with funds from the Federal Government and from the State Government, in addition to the financial participation of both cities. There is an expectation of generating 600 jobs in the works and 1.450 jobs in the shipyard and in the offshore base. On the way to development, it must be generated around 5 thousand direct jobs and an average of 10 thousand indirect jobs.

Espírito Santo with an industrial decentralized naval hub Despite having a history and a positive experience with regard to the naval industry due to many industries such as steel, iron ore and pulp, which maintains the industry active in the state, Espírito Santo took a turn with the growth of the productive chain of oil and gas, encouraging investment that were reduced. New investments in the naval industry are emerging, such as the Jurong Shipyard, the project of Ferrous Ressources do Brasil, the base of logistical support from the U.S. group Edson Chouest Offshore, among others. Before the revival of the naval industry, the state’s government is providing a stable economic environment, friendly to the development of projects and conduction of business. “The number of companies is setting records, with more than R$ 65 billion of investments in various industries. We estimate a offer of 50,000 jobs by 2014”, says the state secretary of Development, Márcio Felix. Despite the incentives given to companies from all sectors to invest in the state, embracing social and environmental policies that promote sustainable development, the government still faces challenges, which is studying the proposals, identifying suitable locations for installation of new projects, training the workforce, and developing and implementing new technologies to support this industry and other sectors. In the case of the naval industry, the experience itself is not enough for the government. Therefore, it is always present at industry events that happen not only in Brazil. In late May, for example, the Secretary Márcio Felix and the president of Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Angelo Baptista, were members of the Port Sector Mission, led by Minister Pedro Brito, of the Special Secretariat for Ports, which went to Germany to participate in the Brazil-Germany Economic Meeting (EEBA). One of the objectives of the mission was to know the logistics and the German ports, to strengthen relations with Germany, which has a great tradition in the port sector, and create connections with different sectors of the economy. Germany is among the largest economic and technological powers of Europe, what the government of Espírito Santo sees as an example to be applied in the state. The outcome of the meeting was positive. The German bank Deutsche Bank shown great interest in Brazil, including the possibility of developing a backyard to transfer loads of railways and roads to ports, or a smart mega-hub. And one of the states of interest for this building is Espírito Santo. Relations with Germany had been narrowed in 2009, when this same event happened in Espírito Santo. Brazil is Germany’s main trading partner in Latin America. One example was the US$ 2.5 billion they invested here.

Ports and projects in progress in Espírito Santo Vitória Port - Managed by (Codesa), handles containers and general cargo. Investments of US$ 242 million in the construction works of drainage and demolishing of the Vitória’s Bay and the recovery of the commercial wharf of the Port. The works will provide a expansion of 30% on cargo capacity. Tubarão Port - Managed by Vale, is the largest exporter of iron ore and pellets in the world. Praia Mole Port - Comprises the Terminal of Steel Products (TPS) operated by the consortium ArcelorMittal Tubarão, Usiminas and Açominas. It accounts for 50% of Brazilian exports of steel products. Ubu Port - Located in Anchieta, in Southern of the state, it is a terminal operated by Samarco. It was built for outflow of iron ore pellets production and handles various cargoes for their company and third parties. Portocel – Located in Aracruz, serves units of Aracruz Celulose, Veracel, Bahia Sul/Suzano and Cenibra. Largest port in Brazil spe48 MACAÉ OFFSHORE

cialized in the shipment of pulp. Terminal of Vila Velha (TVV) – The only container specialized terminal in the Espírito Santo, it is operated by Vale through Log-In Internacional e Logística. It is an excellent alternative for operations import and export of containers and general cargo. Companhia Portuária Vila Velha (CPVV) - Controlled and operated by Grupo Coimex, serves offshore of oil exploration and production in Espirito Santo. It is located in Vila Velha, near the largest port complex in the state, and has recorded a significant volume of dockings and services provided to large corporations in the oil exploration sector, including to Petrobras, its main client. Deepwaters Port - The project is being developed by the Special Secretariat for Ports, of the Federal Government, with support from the State Government and the Local Government of Victoria. The goal is to establish a new terminal for containers and general cargo, for operation with draft of up to 23 meters, to meet the growth in foreign trade.


Portocel II - Project to expand the terminal of Portocel. It plans to build four new berths, two for the shipment of pulp and two for general cargo. Ferrous – Project of Ferrous Ressources do Brazil, planned for the city of Presidente Kennedy, on the south coast of Espirito Santo, is characterized by the construction of a port terminal to serve as a the first step to the outflow of iron ore. The company will also build a iron ore pipeline with 420 kilometers in length, to serve the reservoirs located in Minas Gerais. The location also plans to provide areas for implementation of other projects. The expected investment is R$ 1.6 billion, generating 5000 jobs in the construction and 1200 in operation. It is currently completing the EIA/RIMA. The startup is expected for the first half of 2013. Marine Terminal of Barra do Riacho, in Aracruz – It is a project of Petrobras, aiming to store and carry 3,000 m³/day of C5+ and 1,000 tons of LPG produced in the state. The investment will be approximately R$ 500 million. The works are in progress, with completion expected later this year.

Shipyard - Jurong do Brasil is preparing the deployment of a shipyard in Aracruz, for the construction of drilling rigs, ship repair, and also for drilling platforms for exploration and production of oil and gas. The investment will be approximately R$ 800 million, generating 2500 jobs in the construction and 3500 in operation. It is currently under environmental licensing. Terminal to support the E&P Offshore activities of Petrobras – Aims to support the platforms and activities of offshore exploration and production of oil and natural gas. Petrobras provides an operational backyard in Anchieta, at the south of the state, and an area for settling of suppliers. The investment will be approximately R$ 800 million. Base of Maritime Metalwork Logistics Support - Deployment of a base of metalwork and logistics support to exploration and production of oil and gas. Project of União Engenharia e a Nitshore Participações Ltda. – of the North American group Edson Chouest Offshore at Glória in Vila Velha. The investment will be approximately R$ 300 million, generating about 1200 direct jobs.

Why Bahia? The wind blows in favor of the state Investments in the naval industry are moving to the northeast of Brazil. Nine of the seventeen new shipyards expected are in this region. According to the National Trade Association for Shipbuilding and Repair and Offshore Industries (Sinaval), of its R$ 7.6 billion for the naval sector until 2013, R$ 6.1 billion will be allocated to the northeast. Bahia is one of the favored states, and it is already entitled as “Land of good deals”. And it is deserved. The business hub of the naval industry of Bahia is emerging in the Brazilian economic scenario. One of the steps of the government was creating in 2009 the Special Secretariat for Ports and Naval Industry (Seinpar), focusing on agility and dynamism of the actions and strategies intended for the sustainable development.

Through Pronaval, the government offers incentives such as state tax (ICMS) exemption in purchasing goods for fixed assets in the event of import operations from abroad, internal operations on purchasing goods produced in Bahia, and purchasing goods in another state, in relation to the different rates, for example. For the deputy secretary of Naval and Port Industry, Robert Benjamin, the new era of this industry in the country represents a new cycle of sustainable development in the naval and offshore area of Bahia. “We have always been present in this scenario and the Pre-salt is the opportunity of the hour. Our government is doing its homework, supporting the businesspeople, whether domestic or foreign, who wants to settle here. For this we are also investing in training the workforce and offering incentives to attract new businesses,” he said.

South Port - The integrated complex of logistics and production is under implementation. It will consist of a modern offshore port, an international airport, an industrial hub and Export Processing Zone, all interconnected by the East-West Railway and new roads to the main producing centers of grains, minerals, gas, raw materials and manufactured products. Maritime Hub – To develop this sector, the government will implement this hub in the Bay of Aratu, with strategic location, access to the sea and infrastructure ready for the integration of industries, distributors and service providers.

Let the 20s come

Development

Another important initiative of the State Government was creating the State Program of Incentive to the Naval Industry (Pronaval) in 2008, of which the goal is to promote the development of the sector and encourage the implantation of infrastructure in this segment and assembly, manufacturing, construction, modernization, conversion and repair of vessels and platforms, modules and systems for E&P, storage and transportation of oil, natural gas and byproducts.

Offshore Shipbuilding - Depending on the demand of the Pre-salt, besides the site of São Roque, with two oil rigs under construction, the state supports the deployment of Shipyard Enseada do Paraguaçu for major shipbuilding, sites of offshore modules, medium-sized shipyards size for ship repair and construction and deployment of industries in the sector of ship parts.

The projections of the country provide for the consolidation of the industry to meet the demands of the production chain of oil and gas by 2020, Brazil is reaping excellent results expected from the investments to be made until then. The positive reports from the three states mentioned above show that the vision and strategic decision by the federal government to benefit all areas with the naval industry has been working, but there is still much to be done. The strategy brought new job opportunities, expansion of technical and specialized education and capacity of the naval sector industries to attract other industries, broadening market niches. This time, Brazil expects the naval hub to be lasting and not an immediacy policy, repeating the step back of the 80s. 

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Indústria

Indústria Leonardo Horta / Divulgação

Brasil

na queda de braço com a

China

Siderúrgicas nacionais expandem seus negócios, mas o aço chinês desbanca no preço

A

Transpetro, subsidiária da Petrobras, já anunciou que construirá navios no Brasil com aço importado da China. Isso vai na contramão do objetivo da própria Companhia e em especial o Governo Federal que fortalecem seus discursos dizendo que a nacionalização da contratação de bens e serviços é a prioridade. O aço dos chineses tem preço mais baixo, e as siderúrgicas brasileiras acabam perdendo nessa competição por conta da valorização da moeda nacional e, principalmente, em razão de tributos e custos elevados de mão de obra. 50 MACAÉ OFFSHORE

A realidade contraria as siderúrgicas que não deixam de expandir seus negócios no País. Elas estão de olho no total de toneladas de aço que a Transpetro pretende comprar: 710 mil. Desse montante, 150 mil já foi comprado, sendo apenas 1/3 oriundo de siderúrgicas nacionais. Até o final deste ano, a previsão é de que a Transpetro adquira mais 50 toneladas e criam-se expectativas, mas a oferta nacional continua escassa e, para atender o mercado, são necessárias mais siderúrgicas e agilidade nas linhas de fabricação de chapas grossas, principal produto utilizado na construção dos navios.


Siderúrgicas buscam seu lugar ao sol Apesar disso, as siderúrgicas brasileiras acreditam que, trabalhando junto ao governo, a produção brasileira tende a se potencializar. Essa é a visão, inclusive, do presidente da Usiminas, Wilson Brumer, que, em junho, durante o Fórum Estadão Regiões – Sudeste, realizado em São Paulo, destacou sua visão, apresentando as perspectivas do setor siderúrgico brasileiro. A Usiminas, atuante no mercado de aços planos, venceu licitação internacional para fornecimento de aproximadamente oito mil toneladas para o Estaleiro Mauá Petro Um (RJ). Segundo Brumer, a siderúrgica tem plenas condições de contribuir com o desenvolvimento da indústria naval brasileira, tendo em vista a sua capacidade tecnológica. Para isso, conforme garante o executivo, oferece produtos e serviços de alto valor agregado por meio da diversificação de negócios e da verticalização de seus processos industriais. A Companhia consolidou o agrupamento de suas áreas de atuação em quatro Unidades de Negócios: Mineração e Logística, Siderurgia, Transformação do Aço e Bens de Capital. Seus investimentos no primeiro trimestre de 2010 (1T10) somaram R$ 757 milhões, 225% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado: R$ 233 milhões. E até o final deste ano, prevê investir R$ 3,2 bilhões.

Na evolução histórica dos seus investimentos, conforme divulgado pela companhia em maio, está a produção de chapas grossas, que será ampliada em 450 mil toneladas/ano, na usina de Ipatinga, onde também está sendo instalada a tecnologia de resfriamento acelerado (CLC), que possibilitará a produção de chapas de alta resistência. A nova tecnologia abre um importante nicho de fornecimento para o pré-sal e permitirá o atendimento das demandas dos setores naval, de tubos de grande diâmetro e de bens de capital por chapas mais resistentes. A produção das usinas de Ipatinga (MG) e Cubatão (SP) alcançou 1,8 milhão de toneladas de aço bruto e laminados no 1T10, o que representa um acréscimo de 77% em relação ao mesmo período de 2009. A expectativa do Instituto Aço Brasil (IABr) é de que a produção nacional de aço em 2010 seja 25% superior à registrada em 2009. Seguindo metas de expansão, a Gerdau, atuante na produção de aços longos, está ampliando seus investimentos em Ouro Branco (MG), marcando o início da produção de aços planos no Brasil a partir de 2012. São investimentos de R$ 2,4 bilhões na expansão da sua usina siderúrgica mineira, aumentando para 4,5 milhões de toneladas/ano a capacidade instalada de aço bruto.

Indústria

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Indústria

Indústria Divulgação / ThyssenKrupp

ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico - baía de Sepetiba, Rio de Janeiro ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico - Sepetiba bay, Rio de Janeiro

Com o apoio do Governo de Minas Gerais, serão implantados dois novos laminadores de aços planos, um voltado para a produção de chapas grossas – que já havia sido comunicado – e outro para a fabricação de bobinas a quente. Do total de investimentos de R$ 2,4 bilhões, cerca de 70% será gasto com fornecedores nacionais e 30% com fornecedores estrangeiros. “Estamos investindo para atender o mercado brasileiro e global, frente à expectativa de crescimento da demanda por aço nos próximos anos”, afirma o diretor-presidente (CEO) da Gerdau, André Gerdau Johannpeter. Ainda em Minas, a Companhia está destinando R$ 352 milhões para a ampliação da produção própria de minério de ferro, que deverá alcançar um ritmo de 6,6 milhões de toneladas por ano em 2012, se somadas às atividades das minas de Várzea do Lopes e Miguel Burnier. Segundo a Companhia, essas ações fazem parte do seu plano de investimentos que gira em torno de R$ 9,5 bilhões, para o período de 2010-2014. Oitenta por cento desse valor será dedicado às operações no Brasil. Além dos investimentos em Minas Gerais e São Paulo, o Rio de Janeiro também caminha para se tornar um dos principais

polos siderúrgicos do País nos próximos anos. Um exemplo são os investimentos da alemã ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, maior investimento privado já realizado no Brasil nos últimos 15 anos. O complexo siderúrgico está localizado na baía de Sepetiba, com acesso direto ao Oceano Atlântico, no Rio de Janeiro, e recebeu investimentos de 5,2 bilhões de euros (cerca de 8,2 bilhões de dólares). O empreendimento é fruto da parceria da ThyssenKrupp Steel, maior produtor de aço da Alemanha e principal acionista (73,13%) e da Vale, produtora de minério de ferro, que participa da TKCSA com 26,87%. O projeto é elemento chave no desenvolvimento da estratégia de crescimento da ThyssenKrupp na Europa e América do Norte no segmento de aços planos de alta qualidade. Quando estiver em pleno funcionamento, a usina siderúrgica produzirá 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano com altos padrões de qualidade e custos competitivos. O complexo siderúrgico está dividido em duas linhas de produção, cada uma com um alto forno e um conversor. A primeira linha, que está em operação, tem capacidade máxima de 2,5 milhões de toneladas de aço. O início das operações do segundo alto- forno está planejado para o período entre o início e meados de 2011.

Caminho para a competitividade Fomentar o crescimento da produção siderúrgica no Brasil, gerando riqueza e desenvolvimento sustentável, pode ser visto como consequência da política de nacionalização. Porém, a reforma fiscal e tributária, aguardada por diversos setores da economia brasileira, como o de siderurgia, demanda urgência para se apresentar de forma mais competitiva no mercado nacional e internacional.

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O País carece de ações concretas que estimulem a capacidade de produção de aço, que atualmente é de 40 milhões toneladas/ano. Na China, esta produção atinge 600 milhões. Enquanto o Brasil continua exportando seu minério de ferro ao invés de produtos siderúrgicos, o gigante asiático faz o seu negócio importando, processando o minério de ferro e exportando o produto final para cá. 


arm Brazil wrestles China Brazilian steel companies expand their businesses, but Chinese steel offers the best price

T

he state-owned company Transpetro, a subsidiary of Petrobras, has announced it will build ships in Brazil with imported steel from China. This goes to the opposite goal of the Company, and particularly of the Federal Government that reinforces its speeches saying that the nationalization of purchase of goods and services is a priority. The Chinese steel has lower price and Brazilian steel companies end up losing the competition due to the appreciation of national currency and, mainly, because of taxes and high costs of labor.

Industry

Industry

The reality goes against the steel companies that do not cease to expand their businesses in the country. They are looking at the total tons of steel Transpetro wants to buy, which is 710,000. 150,000 of this amount has already been purchased and only one third comes from domestic steel companies. By the end of this year, the forecast is that Transpetro will purchase more 50 tons and it creates expectations, but the domestic supply is still low and to serve the market, it takes more steel companies and agility in manufacturing lines of heavy plates, main product used in the construction of ships.

Steel companies seek their place in the sun Nonetheless, the Brazilian steel companies believe that working with the government, Brazil’s production tends increase. This is also the vision of the president of Usiminas, Wilson Brumer, who in June, during the Forum Estadão Regiões - South East, held in São Paulo, emphasized his vision, presenting the perspectives of the Brazilian steel industry. Usiminas, operating in the flat steel market, has won an international bid to supply about eight tons to the shipyard Mauá Petro Um (State of Rio de Janeiro). According to Brumer, the steel company is fully capable of contributing to the development of the Brazilian shipbuilding industry, in view of its technological capacity. To do so, as the executive guarantees, his company offers products and services of high added value through business diversification and vertical integration of its industrial processes. The company has consolidated the grouping of its operation areas into four Business Units: Mining & Logistics, Steelworks, Steel Transformation and Capital Goods. The company’s investments in the first quarter of 2010 (1Q10) amounted to R$ 757 million, 225% higher than the R$ 233 million of same period last year. And later this year, it plans to invest R$ 3.2 billion. In the historical evolution of their investments, as disclosed by the company in May, is the production of heavy plates, which will be expanded by 450,000 tons/year, at the plant in Ipatinga, which is also receiving the technology of accelerated cooling (AC), which will enable the production of high-resistance plates. The new technology

opens an important supply niche for the pre-salt and will allow meeting the demands of shipbuilding industries, large-diameter tubing and capital goods for more resistant plates. The production of the Ipatinga (State of Minas Gerais) and Cubatão (State of São Paulo) plants reached 1.8 million tons of crude steel and rolled steel in the 1Q10, which represents an increase of 77% over the same period of 2009. The expectation of Brazil Steel Institute (IABr) is that the national steel production in 2010 is 25% higher than in 2009. Following its expansion goals, Gerdau, operating in the production of long steel, is expanding its investments in Ouro Branco (State of Minas Gerais), marking the start of the flat steel production in Brazil from 2012. The investments are R$ 2.4 billion for expanding its steel mill in the State of Minas Gerais, increasing to 4.5 million tons/ year the installed capacity of crude steel. With the support of the Government of Minas Gerais, two new flat steel mills will be deployed, one focused on production of heavy plates - which had already been reported - and another for the manufacture of hot rolled coils. About 70% of the total investment of R$ 2.4 billion will be spent with local suppliers and 30% with foreign suppliers. “We are investing to meet the Brazilian and global markets, in response to the expected growth of the steel demand in the coming years,” says the CEO of Gerdau, Andre Gerdau Johannpeter.

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Industry Also in Minas, the company is allocating R$ 352 million for the expansion of own-produced iron ore, which should reach a rate of 6.6 million tons per year in 2012, if summed to the activities of the Várzea do Lopes and Miguel Burnier mines. According to the company, these actions are part of its investment plan that revolves around R$ 9.5 billion for the period 2010-2014. Eighty percent of this amount will be dedicated to operations in Brazil. In addition to investments in Minas Gerais and São Paulo, Rio de Janeiro also is in its way to becoming one of the main steel centers in the country in the next years. One example is the investments of the German ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, largest private investment that have been undertaken in Brazil in the last 15 years. The steel complex is located in the Sepetiba Bay, with direct access to the Atlantic Ocean, Rio de Janeiro, and received investment of 5.2 billion euros (8.2 billion dollars). The project is the result of partnership of ThyssenKrupp Steel, the largest steel producer in Germany and major shareholder (73.13%), and Vale, an iron ore producer, which is a shareholder in TKCSA with 26.87%. The project is a key element in developing the growth strategy of ThyssenKrupp in Europe and North America in the segment of high-quality flat steel. When in full operation, the steel mill will produce 5 million tons of steel plates a year with high-quality standards and competitive costs. The steel complex is divided into two production lines, each with a blast furnace and a converter. The first line, which is in operation, has a maximum capacity of 2.5 million tons of steel. The start of operations of the second blast furnace is planned for the period between early and mid 2011.

Foster the growth of steel production in Brazil, generating wealth and sustainable development can be seen as a consequence of the nationalization policy. However, the tax and fiscal reform, awaited by several sectors of Brazilian economy, such as steel, require urgency to be more competitive in the domestic and international markets. The country lacks concrete actions to stimulate the steel capacity production, which currently is 40 million tons/year. In China, this production reaches 600 million. While Brazil continues to export its iron ore instead of steel products, the Asian giant does business importing, processing the iron ore and exporting the final product to Brazil. 

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The path to competitiveness


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