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ÍNDICE / CONTENTS
Matéria de capa | Report of Cover
A oportunidade que faltava The missing opportunity
20 26 Arte: Paulo Mosa Filho
Plataforma Santos
Santos Platform Joannis Mihail Moudatsos
Portal de Notícias .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Gateway News . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Articulando | News & Views
8 Public Policies for the Production Chain Development. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Políticas públicas de desenvolvimento da cadeia produtiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Baixada Santista se prepara para o pré-sal Santos Region prepares itself for the pre-salt
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Entrevista | Interview
14 Maurício Diniz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Maurício Diniz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Plataforma Espírito Santo | Espírito Santo Platform
36 Espírito Santo strengthens its suppliers chain. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Espírito Santo fortalece sua cadeia de fornecedores. . . . . . . . . . . . . . . .
Colunistas | Columnists
Gestão de Negócios Business Management Alexandre Andrade
Por dentro do mercado Inside the market Celso Vianna Cardoso
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Gestão de pessoas e projetos People and projects management Como o petróleo influencia as demais commodities? How does oil affects other commodities?
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Mais informações: www.macaeoffshore.com.br
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CARTA AO LEITOR / LETTER TO THE READER
Por uma indústria fortalecida O segmento de petróleo sempre inicia um novo ciclo. O momento agora é da cadeia de fornecedores que, amparada pela política de conteúdo local, começa a estruturar suas bases, formando parcerias para aumentar seu poder de competitividade e alavancar os negócios. Especialistas são unânimes ao afirmar que este novo cenário deverá exigir das empresas uma postura mais focada na inovação tecnológica, em processos e em práticas de gestão mais qualificadas. Surge uma nova postura nas concorrências que irá fortalecer a indústria brasileira. Os entraves fazem parte de todo processo de desenvolvimento, como mostra a matéria de capa da nossa Revista. Nossos entrevistados apontaram problemas, soluções e traçaram o caminho que deverá ser seguido pelas empresas. São ações que vão convergir num futuro promissor para todo o País.
Porém, cabe ao governo fortalecer sua política nacional de desenvolvimento e incentivo à inovação e rever sua carga tributária, possibilitando às empresas investir no país. O chamado Custo Brasil é considerado um entrave ao desenvolvimento de toda a cadeia de fornecedores. Transformar problemas em vetores de desenvolvimento é a perspectiva de todas as empresas inseridas, direta ou indiretamente, neste processo. O crescimento da indústria de petróleo e gás tem que ser feito com celeridade e muito compromisso do governo, empresas e instituições. A Macaé Offshore traz ainda uma entrevista com o gerente geral da Unidade de Serviços Submarinos da Petrobras, Mauricio Diniz, que fala das perspectivas de crescimento no mercado nacional. Boa leitura!
For a strengthened industry The oil industry always starts a new cycle. The current moment is focused on the supply chain which supported by the local content politics, starts to structure their bases, forming partnerships to increase their competitive power and to leverage the business. Experts unanimously agree that this new scenario shall require from the companies a posture more focused in technological innovation, in procedures and management practices more qualified. A new approach in competition arises and will strengthen the Brazilian industry. The barriers are part of the entire development process, as shown in the cover story of our Journal. Our interviewees mentioned problems, solutions and outlined the path that shall be followed by the companies. This path comprises actions that will converge into a promising future to our country. However, the government should strengthen its national development politics
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and encourage innovation. The government shall also review its tax burden in order to allow companies to invest in the country. The so called Brazil-Cost, considered an obstacle to the development of the entire supply chain. Transform problems into development vectors is the perspective of all companies directly or indirectly involved in this process. The growth of the oil and gas industry has to be done quickly and with commitment from the government, companies and institutions. Macaé Offshore also features a interview with the general manager of Submarine Services Unit from Petrobras, Mauricio Diniz, who says the perspectives of growth in the national market. We wish you all a good reading.
Capa / Cover: Paulo Mosa Filho Foto / Photo: Reprodução A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngue (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Centro Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Centro Macaé - RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Direção Executiva: / Executive Director: Bruno Bancovsky Edição Final: / Final Editing: Bruno Bancovsky Publicidade: / Advertising: Fernando Albuquerque publicidade@macaeoffshore.com.br Jornalistas: / Journalists: Ludmila Azevedo / MTB-699/ES Verônica Côrtes / MTB-31357/RJ redacao@macaeoffshore.com.br Diagramação: / Diagramming: Paulo Mosa Filho arte@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: José Tarcísio Barbosa Tradução em inglês: / English version: Start Consultoria em Traduções Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies 61ª Edição - Novembro/Dezembro 61th Edition - November/December Tiragem: / Copies: 5.000 exemplares/copies Assinatura: / Subscriptions: (22) 2770-6605 assinatura@macaeoffshore.com.br A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties
PORTAL DE NOTÍCIAS
Senai Niterói: dois mil profissionais para indústria Naval e Offshore serão capacitados Antonio Batalha
Inaugurada em novembro, a Unidade Operacional do Senai Niterói, localizada no Barreto, irá atender à demanda de mão de obra da indústria Naval e Offshore do Rio de Janeiro. O investimento na ampliação da unidade foi de R$ 8 milhões. A nova instalação do Senai tem capacidade de atender a dois mil alunos em 2012, suprindo demandas tanto do Prominp e Pronatec, quanto da comunidade. De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, a qualificação para o setor naval e offshore é muito mais que uma tendência, mas uma necessidade para a indústria da região. “Fizemos uma ampliação da unidade do Senai e incluímos 12 cursos especializados na indústria naval. Certamente a maioria esmagadora dos alunos estará empregada ao se formar”, afirmou. Fazem parte do portfólio os cursos de aperfeiçoamento em caldeireira, caldeiraria de fabricação e montagem industrial, instalação e montagem de tubulação industrial, interpretação de desenho de tubulação, soldador de tubulação, soldador de estrutura, caldeireiro, eletricista força e controle, eletricista montador, montador de andaime, maçariqueiro e formação de riggers. O objetivo do polo é ser reconhecido como um centro de treinamento naval e offshore para as indústrias do segmento. “O Leste Fluminense está recebendo investimentos pesados no setor. Diante disso, o Senai está criando um centro específico nessa área que irá revolucionar o nível de qualificação dos profissionais e aumentar a empregabilidade em toda a região”, afirmou gerente executivo do Senai Niterói, Jorge Rezende .
Doze cursos especializados na indústria naval foram incluídos na unidade Twelve specialized courses in the marine industry were included in the unit
As novas instalações do Senai Niterói já estão em funcionamento. A partir do início de 2012, os editais dos cursos esta-
rão disponíveis. Informações sobre vagas podem ser obtidas pelo número 0800 0231 231 ou pelo site www.firjan.org.br.
Accelerate Oil & Gas movimenta a indústria petrolífera em 2012 Com grandes expectativas de negócios, o Accelerate Oil & Gás, Fórum e Expo Nacional de Desenvolvimento e Investimento em Óleo e Gás, será realizado nos dias 15 e 16 de maio de 2012, no Sofitel Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento contará com representantes da Petrobras, petrolíferas internacionais, EPCistas e outros integrantes da indústria, que participarão de encontros com fornecedores e prestadores de serviços para explorar oportunidades de projetos, soluções tecnológicas, veículos de financiamento e outros temas relevantes à formação e implantação de projetos de óleo e gás.
O Accelerate Oil & Gas tem tudo para ser um dos eventos mais importantes de 2012 envolvendo a indústria petrolífera. O encontro visa a maximizar as oportunidades de negócios. A expectativa é de que seja assinado um número significativo de Protocolos de Entendimento. Antes do fórum, os participantes terão acesso à plataforma de software ‘Meeting Manager’, com um sofisticado sistema de busca e agendamento de reuniões com potenciais parceiros, como órgãos governamentais, instituições financeiras, EPCistas e fornecedores.
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PORTAL DE NOTÍCIAS
Divulgação
Análises laboratoriais que previnem danos à vida marinha para o setor de petróleo e gás Fotos: Mauro Pimentel
Luís Antônio Gomes Araújo é o novo presidente da Aker Solutions no Brasil Luis Antônio Gomes Araujo is the new president of Aker Solutions in Brasil
Aker Solutions no Brasil tem novo presidente A missão do novo executivo é dirigir estrategicamente os grandes projetos da Aker no Brasil, além de reposicionar a empresa na região, provendo suporte a todas as unidades de negócios estabelecidas e estreitar ainda mais o relacionamento com todos os clientes locais. Luís Araújo tem mais de 28 anos de experiência no mercado. Já foi presidente da Wellstream, gerente geral na ABB e gerente de projetos e de vendas de empresas como Coflexip, Vetco e a FMC Technologies no Brasil e no exterior. Araújo é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Gama Filho e tem MBA pela Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. “Estou ansioso para assumir este novo desafio. A Aker Solutions possui fortes valores, seus negócios estão bem posicionados e tem claros objetivos para o Brasil”, diz o novo presidente.
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Fundado em 2002, o Laboratório de Análises Ambientais, Labtox, desenvolve estudos ecotoxicológicos para reduzir os impactos do uso de produtos químicos em ambiente aquático. Os ensaios ecotoxicológicos estão entre as exigências da atual legislação ambiental em processos de licenciamento, registro de produtos químicos e aprovação do uso e descarte de fluidos de perfuração. Revelam-se, portanto, uma importante ferramenta para o monitoramento da qualidade dos efluentes industriais e a avaliação da eficácia dos processos de tratamento. Este é um tipo de avaliação obrigatória para o setor petrolífero. O laboratório presta serviços para companhias do setor de óleo e gás, como Petrobras, Shell e Statoil. Além dos estudos em ecotoxicologia e poluição aquática, o Labtox desenvolve novas técnicas de
avaliações ambientais aplicadas a diversos segmentos. Aprovados os exames ecotoxicológicos, as organizações obtêm licença para atuar.
Os ensaios ecotoxicológicos estão entre as exigências da atual legislação ambiental The ecotoxicological tests are among the requirements of the current environmental Law
GATEWAY NEWS
SENAI Niterói: two thousand professionals for Naval and Offshore industry will be trained Opened in November, the Senai Niterói’s Operational Unit, located in Barreto, will meet the demand for labor in Naval and Offshore industry in Rio de Janeiro. The investment to expand the unit was R$ 8 million. The new SENAI facility has capacity to serve two thousand students in 2012, supplying demands from Prominp and Pronatec, with regards to the community. According to FIRJAN’s president, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, qualification for the naval and offshore industry is much more than a trend, but a necessity for the industry of the region. “We made an expansion in SENAI’s unit and we included 12 courses specialized in the marine industry. Certainly the overwhelming majority of the students will be employed at graduation”, he said. The portfolio includes improvements courses in boilermaking and industrial assembly, installation and assembly of industrial piping, interpretation of piping design, pipe welder, structure welder, boiler, power and control electrician, assembler electrician, scaffold assembler, torch operator and riggers training. The objective of the pole is to be recognized as a naval and offshore training center for the segment industries. “The east side of the State of Rio de Janeiro is receiving heavy investments in the sector. Thus, SENAI is creating a center specialized in this area, which will revolutionize the qualification level of professionals and increase employability in the entire region”, said the executive manager of SENAI Niterói, Jorge Rezende . The new facilities of SENAI Niterói are already in operation. From the beginning of 2012, the public notes of the courses will be available. Information about vacancies can be obtained in 0800 0231 231 or website: www.firjan. org.br.
Accelerate Oil & Gas moves the oil industry in 2012 With great expectations of business, Accelerate Oil & Gas (National Expo Forum of Development and Investment in Oil and Gas) will be held in May 15th and 16th 2012, at Sofitel Copacabana, in Rio de Janeiro. The event will include representatives from Petrobras, international oil companies, and other members of the industry, who will attend meetings with suppliers and service providers to explore the opportunities for projects, technological solutions, financing vehicles and other topics relevant to the formation and implementation of oil and gas projects.
Accelerate Oil & Gas has everything to be one of the most important events in 2012 involving the oil industry. The event intends to maximize the business opportunities. The expectation is that a significant number of Memoranda of Understanding are signed. Before the forum, the participants will have access to the software platform ‘Meeting Manager’, with a sophisticated system for search and scheduling with potential partners, such as government agencies, financial institutions, EPCs and suppliers.
Aker Solutions in Brasil has a new president The mission of the new executive is to strategically manage the main projects of Aker in Brasil, in addition to reposition the company in the region providing support to all established business units and straighten the relationship with all local clients. Luis Araujo has over 28 years of experience in the market. He was president in Wellstream, gene-
ral manager in ABB and project and sales manager for companies as Coflexip, Vetco and FMC Technologies in Brazil and abroad. Araújo has a degree in Mechanical Engineering from Gama Filho University and MBA from Edinburgh University, in United Kingdom. “I am eager to this new challenge. Aker Solutions has strong values, its business is well positioned and it has clear goals for Brazil”, says the new president.
Laboratory tests that prevent damages to marine life of the oil and gas industry Founded in 2002, the Environmental Analysis Laboratory (Labtox) develops ecotoxicological studies to reduce the impacts of the use of chemicals in aquatic environments. The ecotoxicological tests are among the requirements of the current environmental Law in licensing processes, registration of chemicals and approval of use and disposal of drilling fluids. It is, therefore, an important tool for monitoring the quality of industrial effluents and to assess the
effectiveness of the treatment process. This type of assessment is mandatory for the oil industry. The laboratory provides services for oil and gas industries, such as Petrobras, Shell and Statoil. In addition to the ecotoxicology and marine pollution, Latex develops new techniques for environmental assessment applied to many segments. Once the ecotoxicological tests are approved, the entities get license to operate.
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ARTICULANDO
Políticas públicas de desenvolvimento da
cadeia produtiva
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esde as descobertas colossais na área do pré-sal, o tópico mais reincidente nas conversas e palanques é o alvorecer de uma nova Era para a indústria petrolífera. Em face desse cenário tão promissor e eufórico, resta-nos apenas uma questão: como podemos aproveitar ao máximo tais riquezas? A complexidade dessa resposta é tão desafiante quanto a tecnologia para a exploração do pré-sal. Não obstante, precisamos recordar que descobertas dessa magnitude significaram tanto uma bênção para algumas nações, como também uma maldição. Sob essa agourenta ótica, contemplamos principalmente dois problemas ocorridos na indústria de determinados países: “Doença Holandesa” e “Oil Curse”. Com o objetivo de combater a “Doença Holandesa”, que ocorre pela valorização excessiva da moeda e, consequentemente, pelo enfraquecimento do parque industrial, o governo brasileiro já instituiu mecanismos no Fundo Social do Petróleo para diversificação de investimentos e mitigação do risco de valorização excessiva. Para impedir que o parque industrial permaneça focado apenas na indústria petrolífera nacional (“Oil Curse”), o governo brasileiro busca mecanismos e políticas públicas visando a desenvolver a cadeia produtiva e elevar a competitividade da indústria brasileira aos níveis internacionais. Destas políticas de incentivo ao parque industrial de Petróleo e Gás, podemos destacar: (i) Conteúdo Local; (ii) 8 MACAÉ OFFSHORE
Programas do Prominp ; (iii) REPETRO; e (iv) Pesquisa e Desenvolvimento. No entanto, para aprimorarmos nossas políticas públicas, devemos buscar exemplos de sucesso em países como a Coréia do Sul e Noruega, que conseguiram desenvolver a competitividade global da sua cadeia produtiva. O modelo norueguês de política desenvolvimentista foi escalonado, incrementando-se ao longo do tempo para que não impactasse abruptamente na exploração das grandes descobertas do Mar do Norte. Entre as medidas que enrijeceram ao longo do tempo, está uma figura análoga ao nosso Conteúdo Local, que era uma preferência obrigatória pela contratação de empresas norueguesas prestadoras de serviços e fornecedoras de bens na exploração e produção de petróleo. Ademais, para consolidar o avanço tecnológico necessário para a exploração do Mar do Norte, a Noruega também investiu, com recursos governamentais, em pesquisa e desenvolvimento e capacitação da mão de obra local. Tais investimentos levaram a indústria norueguesa ao patamar de importância que hoje ocupa. Por sua vez, o início do crescimento da indústria naval sul-coreana é marcado pela implantação da estratégia do suchul ipguk, ou seja, “uma nação construída através das exportações”. Para tal, a Coréia do Sul criou políticas protecionistas ao setor naval, assim como oferta de empréstimos com condições benéficas e pleno apoio ao desenvolvimento dos recursos huma-
nos do setor. Com essas ações, o governo sul-coreano fortaleceu as Chaebols (os megaconglomerados privados industriais) aumentando a participação delas na Coréia do Sul, consolidando-as no mercado internacional. Em suma, percebemos que as políticas públicas de desenvolvimento da cadeia produtiva, vistas como mecanismo único, são ineficazes, posto que, para a consolidação de um parque industrial em nível internacional, faz-se necessária a utilização de políticas públicas interligadas. Isso sem desprezar a participação do próprio mercado nacional, caso das diretrizes de aquisição de bens feitas por empresas como a Petrobras.
Marcos Macedo e Daniele Castanho são especialistas no setor de petróleo e gás do escritório de advocacia Heller Redo Barroso & Associados.
NEWS & VIEWS
Public Policies for the
Production Chain Development S ince the great discoveries in the area of the Pre-Salt, the most frequent topic in conversations and stages is the dawn of a new era for the oil industry. Faced with this promising and euphoric scenario, we have only one question: how can we take full advantage of such riches? The complexity of the answer is as challenging as the technology for the exploration of the Pre-Salt layer.
Nevertheless, we must remember that discoveries of such magnitude meant both a blessing to some nations, and also a curse. Under this scary vision, we have two main problems that ocurred in the industry in certain countries: “Dutch Disease” and “Oil Curse”. With the objective of fighting against the “Dutch Disease”, which occurs through the excessive appreciation of the currency and, consequently, the weakening of the industrial park, the Brazilian government has already established mechanisms in the Oil Social Fund to diversify investments and mitigate the risk of excessive appreciation. To prevent that the industrial park remains focused only on
national oil industry (“Oil Curse”), the Brazilian government look for mechanisms and public policies aiming to develop the production chain and increase the competitiveness of the Brazilian industry to international levels. From these policies to encourage the industrial park of oil and gas, we can highlight: (i) Local Content; (ii) Programs of PROMINP; (iii) REPETRO; and (iv) Research and Development. However to improve our public politics, we must look for successful examples in countries such as South Korea and Norway, which have succeeded in developing the global competitiveness of their production chain. The Norwegian model of developmental policy was staggered, increasing over time not to abruptly impact the operation of the great discoveries in the Northern Sea. Among the measures that became tougher over time was a figure similar to our Local Content, which was a mandatory preference for hiring norwegian companies that provided services and goods for the exploration and production of oil. Furthermore, in order to consolidate the progress of technology necessary for the exploration of the Northern Sea, Norway has also
invested, with governmental resources, in research and development, and training of local labor. Such investments allocated to the norwegian industry at the level of importance it holds today. In its turn, the beginning of the growth of the south koren navy industry is marked by the implementation of the strategy of the suchul ipguk, i.e. “a nation built through exports”. To this end, South Korea created protectionist policies in the naval sector, and offered loans with good conditions and full support to the development of human resources of the sector. With these actions, the South Korean government strengthened the Chaebols (the great private industrial conglomerates) by increasing the participation of them in South Korea and consolidating them in the international market. Summarizing, we notice that the public policies for the development of the production chain, seen as one mechanism, are ineffective. For the consolidation of an industrial park at international level, the use of linked public policies is necessary. All of this, without neglecting the participation of the national market, as is the case of the guidelines for the acquisition of goods made by companies such as Petrobras.
Marcos Macedo and Daniele Castanho are specialists at the oil and gas sector from Heller Redo Barroso & Associates. MACAÉ OFFSHORE 9
Gestão de negócios
Gestão de pessoas e projetos *Por Alexandre Andrade, PMP Como fatores críticos de sucesso na gestão de projeto, destacam-se a formação, gerenciamento da equipe e os recursos humanos ali envolvidos. E para falar sobre pessoas faz-se necessário considerar múltiplos aspectos que são inerentes a situações grupais: competências, relações interpessoais, conflitos, comprometimento, motivações e tantos outros. O PMI (Project Management Institute) relaciona três processos principais que interagem entre si para o gerenciamento de pessoas dentro da gestão de projetos, são eles: · Planejamento Organizacional: necessidade de identificar, documentar e designar os papéis, as responsabilidades e os relacionamentos de reporte dentro do projeto. · Montagem da Equipe: fazer com que as pessoas necessárias sejam designadas e trabalhem no projeto. · Desenvolvimento da Equipe: desenvolvimento das competências individuais e de grupo para elevar o desempenho do projeto. E esses processos devem ocorrer considerando as características peculiares da gestão de projetos, que pode ser de caráter temporário, único e de elaboração progressiva, e deve atrair e reter pessoas competentes, comprometidas, motivadas, eficazes e todos os demais adjetivos essenciais para o sucesso de qualquer negócio, bem como qualquer projeto, principalmente tendo ele a característica de ser específico e temporário. Diante dessa situação, muitas são as dificuldades para se formar uma equipe. 10 MACAÉ OFFSHORE
A qualidade do relacionamento dentro de uma equipe só consegue atingir níveis máximos quando cada um sente que é de sua responsabilidade também participar ativamente para atingir as metas estabelecidas e contratadas. Vale a pena pensar sobre dois pontos cruciais em relação à equipe na Gestão de Projetos: Como manter o controle em equipes matriciais com participantes de diferentes áreas/especializações, perfis, competências e experiências? Como fomentar a participação de colaboradores em uma situação de desenvolvimento de um projeto específico em que todos são participantes temporários do empreendimento, onde existe um alto nível de competitividade interna? Em relação à primeira questão, destacam-se o desenvolvimento da equipe, as competências individuais e o estilo de liderança. Desenvolver a equipe é atuar na formação dos grupos e nas relações grupais, de modo a tornar o trabalho mais eficaz. Precisa-se conseguir atitude de máxima cooperação e ausência de competição predatória, otimizando a qualidade do relacionamento e a força do grupo. É saber lidar com processos de mudanças, pessoas e relações. Ponto crucial é a definição clara das atribuições de papéis e responsabilidades, além de trabalhar a melhoria da comunicação interpessoal. Em relação às competências individuais, primeiramente compreender seu conceito. Pode ser definida como um conjunto de atributos que estão diretamente
associados à performance – comum ou distintiva. Tem a ver com os recursos imediatamente disponíveis pela pessoa e que estarão indicando sua orientação para obter resultados em determinados contextos de trabalho – comercial, técnico, gerencial, administrativo, etc. E o estilo de liderança? O segredo reside na competência para lidar consigo mesmo e com os seus relacionamentos, o que constitui um enorme desafio. Líderes emocionalmente inteligentes sabem que alinhamento não decorre apenas de dizer à equipe aonde ir e o que fazer. Esse alinhamento inclui identificar o quanto estão se importando umas com as outras e o quanto estão comprometidas com as metas. São necessárias comunicação clara, muita negociação, instrução/orientação e, principalmente, saber lidar com os conflitos. Quanto à segunda questão, dois pontos são essenciais e precisam estar presentes na gestão de projetos: autonomia e participação. Tanto o conceito de autonomia dos participantes de uma equipe de projeto quanto o de participação das pessoas nos processos de decisão na empresa estão implícitos no cotidiano dos gerentes ao redor do mundo nos dias de hoje. Participação e autonomia aparecem em diversas técnicas administrativas de uso recente. Nessas técnicas, a autonomia do empregado de nível operacional ou gerente se refere ao âmbito de seu espaço de tomada de decisão. Já a participação é tomada no sentido de engajamento nas atividades. Autonomia é entendida como liberdade de ação, como possibilidade de escolha responsável no processo de decisão no trabalho de cada um. Ou seja, envolvimento
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das pessoas no planejamento e execução das tarefas, sua liberdade de expressar opiniões e discordâncias naquilo sobre o que é responsável ou está envolvida.
Diante do que foi apresentado, podese perceber que muitas são as variáveis que precisam ser consideradas na gestão de pessoas, não só dentro da gestão
de um projeto, mas em qualquer situação em que se faz necessária a formação de uma equipe para alcançar um objetivo comum.
* Alexandre Andrade é graduado em Administração pelo Isecensa Campos/RJ, certificado pelo PMI (PMI® - Project Management Institute) como PMP® (Project Management Professional) desde 2008. Possui MBA em Engenharia de Petróleo pela Funcefet Macaé, trabalha na área de Óleo e Gás há 11 anos em Macaé e há sete anos atua como Gerente de Projetos nos segmentos de Tecnologia da Informação e Óleo e Gás na Petrobras.
People and projects management * By Alexandre Andrade, PMP As critical factors of success in the project management, the formation, management of the team and the human resources therein involved are highlighted. And to talk about people, it becomes necessary to consider multiples aspects that are inherent to the group situations: skills, interpersonal relationships, conflicts, commitment, motivation and many others. PMI (Project Management Institute) relates three main processes that interact between themselves for the management of people inside the management of projects, these are the following: · Organizational Planning: necessity to identify, document and assign the roles, responsibilities and reporting relationships within the project. · Assembly of the Team: to make that the necessary people are assigned and work in the project. · Team Development: development of individual and group abilities to enhance project performance. And these processes must occur considering the peculiar characteristics of projects management, which may be temporary, unique and progressive development, and must attract and retain competent, committed, motivated, effective people and all other adjectives essential to the success of any business, as well as any project, especially when specificity and temporariness are its characteristics. Given this situation, there are many difficulties to form a team. The quality of the relationship within a team can only achieve maximum levels when each one feels that it is also his/her responsibility to actively participate in achieving the set and contracted goals.
It’s worth thinking about two major issues in relation to the Projects Management team: How to maintain control in matric teams with participants from different areas /specializations, profiles, abilities and experiences? How to foment the participation of employees in a situation to develop a specific project, wherein all are temporary participants of the venture, where there is a high level of internal competitiveness? In the first issue, the development of the team, individual abilities and leadership style are highlighted. To develop the team is to act in the formation of groups and group relations in order to make work more effective. It takes maximum cooperation attitude and absence of predatory competition, optimizing the quality of the relationship and the strength of the group. It is to be able to handle the change processes, people and relationships. Crucial point is the clear definition of roles and assignments, in addition to working for the interpersonal communication improvement. In relation to the individual abilities, first thing to understand is its concept. It can be defined as a set of attributes that are directly associated to the performance - common or distinctive. It is related to the resources immediately made available by the person and that will be indicating its orientation to get results in certain contexts of work - commercial, technical, managerial, administrative, etc. And what about the style of leadership? The secret lies on the competence to deal with yourself and your relationships, which is a huge challenge. Emotionally intel-
ligent leaders know that alignment does not arise from just telling the team where to go and what to do. This alignment includes identifying how much they are caring with each other and how much they are committed to the goals. It takes clear communication, a lot of negotiation, instruction / guidance and, especially, being able to deal with conflicts. Concerning the second issue, two points are essential and must be present in project management: autonomy and participation. Both the concept of autonomy of the participants in a project team and the participation of people in decision-making processes in the company are implicit in managers´ everyday around the world nowadays. Participation and autonomy appear in various administrative techniques of modern usage. In these techniques, the autonomy of the employee at operational level or manager refers to the scope of his/ her space for decision-making. The participation is taken in the sense of engagement in activities. Autonomy is understood as action freedom, as a possibility of responsible choice at the decision-making process in the work of each one. That is, people’s involvement in the planning and execution of tasks, their freedom to express their opinions and disagreements on what they are responsible or involved to. Given what was presented, one can see that there are many variables that must be considered in people management, not only in the management of a project, but in any situation where it is necessary to form a team to achieve a common goal.
*Alexandre Andrade holds a Bachelor’s Degree in Business Administration from Isecensa Campos/RJ, a PMI® certificate as a PMP® (Project Management Professional) since 2008, and holds an MBA in Petroleum Engineering from Funcefet Macaé; he has been in the Oil Gas segment in Macaé for 11 years, and has been working for Petrobras as a project manager for seven years in the sectors of Information Technology and Oil and Gas.
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Por dentro do mercado
Como o petróleo influencia as demais commodities? *Por Celso Vianna Cardoso Estamos vivendo um momento de grande volatilidade no mercado de renda variável devido às incertezas no cenário mundial. A crise na Europa vai se arrastando sem solução no curto prazo. Grécia, Espanha e Portugal tiveram seus títulos da dívida pública rebaixados juntamente, seguindo os EUA que sofreram pela primeira vez na história uma queda do “rating” da dívida. O preço do barril de petróleo caiu, seguindo o cenário pessimista. A falta de crescimento reduziu a demanda do petróleo, forçando os preços para baixo. Em abril desse ano, o barril WTI fez topo nos US$115,00 e no fechamento desta edição, em meados de outubro/2011, o preço de fechamento encontrava-se na faixa dos US$85,00. Essa queda acentuada no preço do barril de petróleo pode comprometer os planos de investimento da Petrobras para exploração da camada pré-sal. Queda nos preços com
aumento nos investimentos traz incertezas acerca da viabilidade econômica do projeto, ao mesmo tempo em que o dólar se valoriza ante ao real, podendo trazer algum impacto negativo na dívida da estatal em moeda estrangeira. Além dos projetos da Petrobras, o preço do petróleo também influencia toda uma cadeia de commodities agrícolas que começa com aquelas relacionadas com a geração de energia alternativa. A gasolina utilizada como combustível automotivo pode ser substituída pelo etanol que no Brasil é obtido da cana de açúcar, enquanto os Estados Unidos processam o milho, que é largamente utilizado como insumo para a pecuária. Uma alta no preço do barril de petróleo abre espaço para o aumento de margem de lucro dos produtores de etanol, que precisam da matéria-prima – cana de açúcar ou milho – exercendo pressão compradora,
aumentando o preço dos insumos citados. Os pecuaristas, vendo o preço dos insumos subindo, irão procurar substitutos para o milho, como o sorgo, trigo, cevada, centeio, mandioca, batata-doce, beterraba, entre outros, todos utilizados também na alimentação humana. Agora a pressão feita pelos pecuaristas irá fazer subir o preço desses insumos. Do trigo se faz o pão, da mandioca temos a farinha, da cevada, a cerveja, da cana, o açúcar, todos sofrendo impactos diretos pela flutuação do preço do petróleo. A correlação de preço das commodities é válida também para quando o preço do petróleo estiver em queda. O gráfico mostra que a queda no preço do petróleo puxou para baixo os contratos de soja, açúcar, milho, trigo e do boi gordo, aliviando um pouco a pressão inflacionária mundial. Para o fim do ano, poderemos ter
0%
WTI
Soja
Açúcar
Milho
Trigo
Boi Gordo - 5%
-5,48%
-5,80%
-10%
-9,78%
-15%
-15,94% -20%
-21,60%
-20,29% -25%
Queda percentual dos preços do petróleo, soja, açúcar, milho, trigo e boi gordo no período compreendido entre 5 de abril e 12 de outubro de 2011 Percentage drops in prices for oil, soy, sugar, corn, wheat and cattle in the period between April 5th and October 12th 2011
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inside the market
pressão compradora no WTI por causa do início do inverno no hemisfério norte. A procura pelo combustível para aquecer os lares geralmente
aumenta nessa época do ano, pressionando os preços. Até o final do ano, podemos ter o barril WTI cotado entre US$ 93,00 e US$ 95,00,
segundo estimativas do mercado. Essa alta, se confirmada, poderá gerar pressão nas commodities e alta na taxa de inflação.
Celso Vianna Cardoso é analista de sistemas formado pela PUC-RJ e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Seu trabalho de pós-graduação foi desenvolvido com foco na melhoria da performance de trades através de ajustes de parâmetros dos indicadores. É coautor do livro “Análise Técnica Clássica”, lançado pela Editora Saraiva em 2010, e Diretor de Novos Negócios da Inove Investimentos.
How does oil affects other commodities? * By Celso Vianna Cardoso We are living a time of great volatility in the equities market due to uncertainty on the world stage. The crisis in Europe is crawling with no solution in the short term. Greece, Spain and Portugal had their public debt downgraded together following the U.S. who have suffered, for the first time in history, a fall on the “rating” of the debt. The price of the barrel of oil dropped following the pessimistic scenario. The lack of growth has reduced the oil demand forcing the prices to go down. In April of that year, a WTI barrel reached U.S.$ 115.00 and on the date of this edition, in mid October, 2011, the closing price was in the range of $ 85.00. This sharp drop in the price of the barrel of oil may compromise the investment plans of Petrobras to exploit the pre-salt layer. The prices are left with an increase in investment after uncertainties about the economic viability of the project at a time when the dollar gains value against the real and may have a
negative impact on state debt in foreign currencies. In addition to the projects of Petrobras, the oil price also influences a whole range of agricultural commodities, beginning with those related to alternative energy generation. Gasoline used as an automotive fuel can be replaced by ethanol, which in Brazil is derived from sugar cane, while the United States process corn that is widely used as a feedstock for cattle. The high price of a barrel of oil opens up for the increase in profits from ethanol producers who need the raw material - sugar cane or corn - exerting buying pressure by increasing the price of the inputs given. Farmers, seeing the rising price of inputs, will seek substitutes for corn, such as sorghum, wheat, barley, rye, cassava, sweet potatoes, beets, among others, all of them also used as human food. Now the pressure from the farmers will raise the price of these inputs. Bread is made from wheat, flour from cassava, beer
from barley, sugar from cane, and all of them suffer direct impacts from the changes in oil prices. The correlation of commodity prices is also valid when the price of oil is falling. The chart below shows that the fall in oil prices pulled down contracts for soybeans, sugar, corn, wheat and cattle, relieving some inflationary pressure worldwide. By the end of the year we can have buying pressure on WTI due to the beginning of winter in the northern hemisphere. The demand for fuel to heat homes usually increases the pressuring prices during this time of year. By the end of the year we can have a WTI barrel priced between U.S.$ 93.00 and U.S.$ 95.00, according to estimating graphics. This increase, if confirmed, could lead to pressure on commodities and high inflation rate.
* Celso Vianna Cardoso is a systems analyst trained by PUC-RJ and has an MBA in Business Management by IBMEC. His post graduate work was developed with a focus on improving the performance of trades by adjusting the parameters of indicators. He is co-author of “Análise Técnica Clássica” released by Editora Saraiva in 2010 and is Director of New Business of Innovate Investments.
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ENTREVISTA
Maurício Diniz Em entrevista à Revista Macaé Offshore, o Gerente Geral da Unidade de Serviços Submarinos da Petrobras (US-SUB), Maurício Antônio Costa Diniz, fala dos projetos, desafios e das ações para desenvolvimento de tecnologias que atendam à complexidade do setor. Para Diniz, a área submarina está sempre no limiar tecnológico, necessitando de constantes investimentos em tecnologia, treinamento e pessoas. Durante a entrevista, o gerente geral da Unidade fala ainda sobre conteúdo local e perspectivas de crescimento para a construção de embarcações no mercado nacional.
Por Verônica Côrtes
Macaé Offshore – Várias operações estão sendo realizadas nas Bacias de Campos e Santos. Na Bacia de Campos, por exemplo, a Petrobras desenvolve uma nova tecnologia de separadores submarinos. Como funciona esse equipamento? Maurício Diniz – Com o tempo, a produção de água aumenta e as plataformas chegam à sua capacidade máxima. A idéia então é testar os separadores submarinos no fundo do mar. Nosso primeiro projeto de grande porte é o sistema SSAO (Separador Submarino Água e Óleo), que receberá a produção de um poço produtor da P-37, no campo de Marlin. O óleo produzido pelo poço passará por um processo de separação in-line percorrendo um extenso tubo (12” de diâmetro) com um vaso na saída, onde ocorre uma separação gravitacional da água e do óleo. O gás e o óleo são enviados para a plataforma e a água é injetada no reservatório por meio de repressurização 14 MACAÉ OFFSHORE
com uma bomba submarina. Antes da injeção, a água sofre um processo de “polimento” para adequar sua composição aos requisitos exigidos pela engenharia de reservatório, redução na quantidade de areia/finos e redução no teor de óleo na água. Macaé Offshore – Segundo a Petrobras, esse protótipo começaria a operar em outubro no Campo de Marlim. Como está o andamento dessa operação? Diniz – O protótipo ainda não iniciou sua operação. O separador começou a ser instalado em outubro e começa a operar em dezembro. Este é o primeiro separador de grande porte. Algumas adaptações estão sendo feitas na plataforma, mas ainda não temos resultado porque estamos no meio da instalação. Macaé Offshore – No Brasil, há demanda de linhas subsea adequadas para conseguir produzir? Como a companhia busca a gestão de informações para controlar, monitorar e otimizar a infraestrutura na área submarina?
entrevista
Diniz – No caso das linhas flexíveis, a tubulação que nós usamos aqui, para ser utilizada, tem que ser qualificada. A qualificação são testes que precisam ser feitos na linha para suportar a profundidade, a pressão e os contaminantes. Com o advento do pré-sal, elas precisam ser novamente qualificadas. Estamos no meio de um processo de qualificação. Enquanto elas não são qualificadas, estamos estudando outra metodologia, que é o Boião, em fase de projeto, devendo ser instalado nos campos de Guará e Lula Nordeste, na Bacia de Santos, em janeiro ou fevereiro de 2013. Quando as linhas estiverem qualificadas, vamos ter a opção de utilizar a linha flexível, o boião ou outra tecnologia. Macaé Offshore – Quanto à capacidade e recursos, como trabalham para atender ao crescimento mundial na complexidade dos projetos? Diniz – Na área submarina, temos hoje, no mundo, um número restrito de fornecedores de equipamentos submarinos, como árvores de natal, manifolds e linhas flexíveis. A forma que a Petrobras encontrou para contratar é através de contratos globais de longo prazo. Com isso, conseguimos garantir fornecimento para Petrobras e oferecemos uma segurança maior para os fornecedores. Dessa forma, eles conseguem planejar adequadamente seus investimentos e ampliar sua capacidade fabril. Macaé Offshore – Existe uma padronização de equipamentos junto aos fornecedores do setor? Como isso se dá e qual a importância nos processos de desenvolvimento da produção? Diniz – Ao longo do tempo, a Petrobras foi conseguindo padro-
nizar. Já avançamos um pouco mais na parte de árvores de natal e manifolds e estamos avançando no segmento de linha flexível. Em relação às árvores de natal, hoje temos quase cinco tipos de árvores para todos os tipos de projetos da Petrobras. Em linhas flexíveis, havia entre 200 e 300 tipos e conseguimos baixar para
Na área submarina, temos hoje, no mundo, um número restrito de fornecedores de equipamentos submarinos 80. Com isso, estamos caminhando também na padronização. Quanto mais padronizado o equipamento, mais rápido a Companhia consegue adquiri-lo. Conseguimos comprar grandes volumes que servem para qualquer projeto. Isso é fundamental porque temos praticamente
todos os projetos da Petrobras no Brasil e podemos ampliar o nosso portfólio. Assim, flexibilizamos o uso dos equipamentos entre projetos e isso possibilita maior retorno para a Petrobras. Essa é uma das grandes vantagens da padronização. Macaé Offshore – Para um sistema de controle submarino, pode-se dizer que o conteúdo local ainda é um grande desafio? Diniz – A questão de conteúdo local avançou significativamente. Tanto para árvore de natal quanto para linha flexível, o conteúdo local já é bem grande. Apenas no caso de alguns equipamentos especiais, como controles eletrônicos, ainda temos um índice maior de fabricação fora do país, mas algumas empresas já estão desenvolvendo esta tecnologia no Brasil. A expectativa é de que nos próximos anos o índice de nacionalização esteja próximo de 100%, pois a exigência da Petrobras sobre conteúdo local é elevada. É uma diretriz do Governo Federal e uma exigência da Agência Nacional do Petróleo (ANP), além de uma política da diretoria da Companhia. Dessa forma, as exigências de conteúdo local são cada vez maiores nas licitações. Macaé Offshore – Parte das operações vem acontecendo no Porto do Rio de Janeiro? Diniz – Temos operações no porto do Rio de Janeiro, além do Espírito Santo e de Macaé. Em Macaé, o Terminal Alfandegado de Imbetiba opera próximo ao limite de sua capacidade. A Petrobras está estudando outros locais para instalação de novos terminais portuários. O ideal é que sejam instalados o mais próximo possível dos campos de produção. MACAÉ OFFSHORE 15
ENTREVISTA
Macaé Offshore - Quais os investimentos em plataformas e embarcações especiais? Diniz – Em termos de embarcações especiais, as de lançamento de linha e as equipadas com ROV (Remotely Operated Vehicle) eram construídas no exterior. Entretanto, já temos unidades produzidas no Brasil, entre elas, duas embarcações de lançamento de linhas. Atualmente, operamos com aproximadamente 30 embarcações especiais, entre elas, os RSVs (embarcações com ROV), os PLSVs (para lançamento de linhas) e os DSVs (para operações de mergulho profundo), que em alguns processos de contratação recentes seguem exigências de construção no Brasil. Nestes casos, a Companhia também vem aumentando o conteúdo local. Há um gargalo atual, neste contexto, que são os estaleiros para a construção, mas as empresas vêm trabalhando para aumentar a capacidade de produção. Macaé Offshore – Em relação aos investimentos em pesquisa, quais as
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vantagens da ação conjunta de empresas e instituições em busca de inovações tecnológicas na área submarina? Diniz – A sistemática para o desenvolvimento de tecnologias na Petrobras envolve trabalhos do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), das universidades e das empresas fornecedoras. São acordos de cooperação para desenvolver equipamentos. Essas empresas possuem equipes de engenharia para o dia a dia operacional e equipes específicas alocadas no desenvolvimento de novos produtos e processos. A atuação conjunta em pesquisas e desenvolvimento é fundamental para viabilizarmos novos projetos na área submarina. Macaé Offshore – Há grande potencial para novas oportunidades de negócios no mercado brasileiro? Quais são as perspectivas para a área submarina? Diniz – Há grande potencial e crescimento futuro. Como o conteúdo local também aumentará, existem
oportunidades para as empresas trabalharem e se expandirem. Elas têm procurado a Petrobras em busca de embasamento para decisões de investimento na área submarina, tanto no desenvolvimento de equipamentos até no de linhas flexíveis. A empresa começa fornecendo umbilical e pode chegar a fornecer linhas flexíveis. O potencial é grande, pois temos forte crescimento e, sem dúvida, vão surgir boas oportunidades de negócios. Nesse contexto, vale ressaltar que a área submarina também enfrenta dificuldades de mão de obra especializada no Brasil. Essa necessidade vem sendo suprida pela Petrobras e pelo Governo Federal por meio do Prominp, o Pro-grama de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural. A Companhia tem investido em parcerias com as universidades e com escolas técnicas para capacitar esses profissionais e até mesmo em convênios na área submarina, por exemplo, na parte de embarcação, feitos com a própria Marinha do Brasil.
INTERVIEW
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INTERVIEW
Maurício Diniz In an interview with the Macaé Offshore Magazine, the General Manager of the Offshore Services Unit of Petrobras (US-SUB), Maurício Antônio Costa Diniz talks about the projects, challenges and actions for the development of technologies that comply with the complexity of the sector. For him, the offshore area is always in the technological limit, needing constant investments in technology, training and people. During the interview, the general manager of the Unit also talks about local content and the perspectives of growth for the construction of vessels in the national market.
By Verônica Côrtes
Macaé Offshore – Several options are being performed in the Campos and Santos Basins. In Campos Basin, for instance, Petrobras is developing a new technology of offshore separators. How does this equipment work? Maurício Diniz – With time, the water production increases and the platforms reach their maximum capacity. The idea then is to test the offshore separators on the seabed. Our first big sized project is the SSAO system (Water and Oil Offshore Separator), which will receive the production of a P-37producer well, in Marlin Field. The oil produced by the well shall pass through an inline separation process, going through a big tube (12” of diameter), with a vessel on its end, where there will happen a gravitational separation of the water from the oil. The gas and the oil will be sent to the platform, and the water is injected in the reservoir, through re-pressurization, with a submarine pump. Before the injection, the water goes through a “polishing” process, to adequate its composition to the requirements demanded by the reservoir’s engineering, reduction in the quantity of sand/fines and reduction in the oil content in the water.
Macaé Offshore – According to Petrobras, this prototype would begin to operate in October in Marlin Field. How is this operation going through? 18 MACAÉ OFFSHORE
Diniz – The prototype has not yet begun its operation. The separator started to be installed in October,
In the offshore area, we have nowadays in the world, in restrict number of suppliers of offshore equipment
and it will begin operations in December. This is the first big sized separator. Some adaptations are being made on the platform, but we
still don’t have results, because we are in the middle of the installation.
Macaé Offshore – In Brazil, is there a demand for adequate subsea lines to achieve production? How does the company looks for the management to control, monitor and optimize the infrastructure in the offshore area? Diniz –In the case of the flexible lines, the tubes we use here, to be used, it has to be qualified. The qualification is made by means of tests that have to be done on the line, in order it can stand deep waters, pressures and these contaminants. With the appearance of the pre-salt, they again need to be qualified. We are in the middle of a qualification process. While they are not qualified, we are studying another methodology, which is the Boião, which is in phase of project, and it shall be installed in the Guará and Lula Nordeste Fields, Santos Basin in January or February, 2013. When the lines are qualified, we will have the option to use the flexible line, the Boião or other technology.
Macaé Offshore – As for the capacity and resources, how do you work to comply with the global growth in the complexity of the projects? Diniz – In the offshore area, we have nowadays in the world, in restrict
INTERVIEW
number of suppliers of offshore equipment, such as Christmas trees, manifolds and flexible lines. The form with which Petrobras found to contract is through long term global contracts. With this, we can guarantee the provision to Petrobras, e we offer more safety to the suppliers. This way, they can adequately plan their investments and widen their manufacturing capacities.
Macaé Offshore – Is there a standardization of equipment with the suppliers in the sector? How does this happen, and what is the importance in the processes of development of the production? Diniz – Throughout the time, Petrobras was able to standardize. We already advanced a little bit more in relation to the Christmas trees and manifolds, and we as advancing in flexible lines. In relation to the Christmas trees, we have, today, five types of trees for all types of projects of Petrobras. In relation to flexible lines, there were between 200 and 300 types, and we could lower them to 80. With this, we are also going in the direction of standardization. The more standardized the equipment is, the faster the Company can acquire it. We could buy big volumes, which can be used to any project. This is vital, because we practically have all Petrobras’ projects in Brazil, and we can widen our portfolio. This way, we adjusted the use of the equipment between projects, and this enables more return to Petrobras. This is one of the biggest advantages of the standardization.
Macaé Offshore – For a submarine control system, can we say that the local content is still a big challenge? Diniz – The local content part advanced significantly. Both for the Christmas tree as well as for the flexible line, the local content is already very large. Just in the case for some special equipment, such as electronic controls, we still have a higher manufacturing index abroad, but some companies are already
developing this technology in Brazil. The expectancy is that in the next years, the nationalization index will be close to 100%, once Petrobras demands over local content are very high. It is a directive from the Federal Government and a demand from the National Petroleum Agency (ANP – Agência Nacional do Petróleo), and also a Company’s director board policy. Thus, the demands for local content are gradually increasing in public biddings.
Macaé Offshore – Is part of the operations happening in the Port of Rio de Janeiro? Diniz – We have operations in the port of Rio de Janeiro, besides the ports of Espírito Santo and Macaé. In Macaé, the Customs Terminal of Imbetiba operates close to its capacity. Petrobras is analyzing other places for the installation of new port terminals. The ideal is that they are as close as possible from the production fields.
Macaé Offshore – What are the investments in platforms and special vessels?
Diniz – In relation to special vessel, the ones of line release and the ones equipped with ROV (Remotely Operated Vehicle) were built abroad. However, we already have unities produced in Brazil, among them, two line release vessels. Currently, we operate with approximately, 30 special vessels, among which the RSVs (vessels with ROV), the PLSVs (for release of lines) and the DSVs (for deep diving operations), which, in some processes of recent contractions, they follow requirements of construction in Brazil. In these cases, the Company is also increasing the local content. There is a current bottleneck, in this context, which is the shipyards for the construction, but the company is working to increase the production capacity.
Macaé Offshore – In relation to the investment in research, what are the advantages of the joint relation of companies and institutions in the search of technolo-
gical innovations, in detriment of the subsea activities? Diniz – The system for the development of technologies in Petrobras involve works from Cenpes (Petrobras’ Research Center), from the universities and from the supplier companies. There are cooperation agreements to develop equipment/ These companies have engineering teams for the operational daily life and specific teams allocated in the development of new products and processes. The joint performance in research and development is fundamental to enable new projects in the offshore area.
Macaé Offshore – Is there a big potential for new business opportunities in the Brazilian market? What are the perspectives for the offshore area? Diniz – There is a big potential and future growth. As the local content will also increase, there are opportunities for the companies to work and to expand. They are looking for Petrobras, looking for a basis for investment decisions in the offshore area, both in the development of equipment and in the flexible lines one. The company starts to provide umbilical, and it may even provide flexible lines. There is a big potential, as we have a strong growth and, for sure, good business opportunities will arise. In this context, it is important to emphasize that the offshore area is also facing difficulties with specialized labor in Brazil. This need is being supplied by Petrobras and by the Federal Government by means of the Prominp, the mobilization program of the National Oil and Natural Gas Industry. The Company has been investing in partnerships with the universities, with technical schools to qualify these professionals and even in partnerships in the offshore area, for instance, in the part of vessels, made with the Brazilian Navy. MACAÉ OFFSHORE 19
Arte: Paulo Mosa Filho
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oportunidade
A que faltava
PrĂŠ-sal oferece novos caminhos de desenvolvimento para a cadeia de fornecedores brasileira
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Por Ludmila Azevedo
G
randes desafios e oportunidades começam a ser impostos à cadeia de fornecedores brasileira com a campanha do pré-sal. As novas fronteiras exploratórias vão exigir à cadeia de fornecedores a busca por mais técnicas, produtos e serviços com muita celeridade para consolidar a indústria para os próximos 20 anos. Movida pelas projeções da Petrobras, a cadeia de fornecedores tem firmado parcerias com universidade, centros de pesquisa e prestadores de serviços à altura do desafio de conseguir atender às necessidades tecnológicas e a toda demanda dentro do prazo. O momento abre um importante mercado para o Parque Industrial brasileiro, onde haverá entraves e oportunidades. As perspectivas são muito boas, sobretudo devido aos novos desafios referentes à produção econômica da camada pré-sal, diz o gerente de Desenvolvimento do Sebrae/RJ, Renato Regazzi. Sendo o principal indutor do crescimento da cadeia produtiva brasileira, o pré-sal começa a desenhar um novo perfil do mercado de petróleo e gás. “Empresas serão criadas e as existentes desenvolverão novos produtos e serviços que garantirão a dinâmica exigida para a exploração do pré-sal”, avalia Regazzi.
de destaque no mercado internacional”, afirma o superintendente da Onip, Luís Fernando Mendonça, lembrando que é preciso cuidado para que as empresas nacionais não sejam expostas a riscos de negócios desnecessários que podem ser conflitantes com os objetivos da política de conteúdo local. Os recursos renováveis e não renováveis podem abrir espaços para o País ocupar um lugar de destaque entre os maiores produtores de energia do mundo, alerta o presidente da ABDI, Mauro Borges Lemos, no estudo “Contribuições para a Política de Desenvolvimento Industrial, de Inovação e de Comércio Exterior. Segundo ele, para o País interessa contar não somente com uma poderosa companhia petroleira, mas também uma robusta indústria parapetroleira, cujos desenvolvimento e internacionalização poderão promover um processo de upgrading tecnológico, de consolidação corporativa e ampliação do mercado Divulgação
Lemos diz ainda que os desafios desta diretriz podem ser desdobrados pela cadeia de suprimento de petróleo e gás com metas direcionadas para o adensamento da cadeia nacional de fornecedores, por meio de empresas âncora. As oportunidades são inúmeras, assim como os entraves que são apontados pelo superintendente da Onip como lacunas que precisam ser preenchidas e muitas oportunidades que são suficientemente atrativas para investir na solução destes problemas. “Dentro da Agenda Competitiva, estudo feito pela Onip, são propostas algumas ações concretas como a recuperação da engenharia básica, aplicação do conceito de curva de aprendizado nas primeiras entregas de equipamentos e serviços, aplicação dos recursos financeiros de pesquisa, desenvolvimento e inovação diretamente nas empresas”, enumera. Ocuparão este espaço as empresas que identificarem estas oportunidades e investirem em tecnologia e na capacitação das pessoas e se diferenciarem pelo aumento da produtividade, afirma o diretor presidente do Centro para Inovação e Competitividade (CIC), Laerte Santos Galhardo.
Para ele, as empresas precisarão fazer parcerias de complementaridade com empresas estrangeiras, principalmente, no que diz respeito às exigências tecnológicas inerentes à exploração em águas ultraprofundas. A associação a grupos estrangeiros é o caminho para aumentar o nível de conhecimento de tecnologia e gestão e alavancar a indústria brasileira. “É uma grande oportunidade para as empresas nacionais alcançarem uma posição
para as empresas brasileiras para além do mercado doméstico, em função do crescimento.
Diretor presidente do Centro para Inovação e Competitividade (CIC), Laerte Santos Galhardo Chief executive officer of the Center of Innovation and Competiveness (CIC), Laerte Santos Galhardo
Para ele, a importação de tecnologia ou a instalação de empresas estrangeiras no Brasil, seja individualmente ou através de parcerias, é uma importante alternativa para atender à urgente demanda por equipamentos e serviços, produzidos pelas mãos e logo pelas cabeças brasileiras. “Na China foi assim, e continua sendo vista como uma boa anfitriã para o capital estrangeiro, além de ter possibilitado a formação de engenheiros e empreendedores”. MACAÉ OFFSHORE 21
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De acordo com Galhardo, há sim oportunidades de implementar uma política industrial que ataque os problemas pela raiz até a superação, com o aumento da escala que viabiliza os investimentos em RH, em novos materiais, em novos produtos e no aumento da produção. Para o presidente do CIC, os entraves que a cadeia de fornecedores vai enfrentar já são conhecidos do mercado. “É a falta de recursos humanos na quantidade e capacitação requeridas, juros elevados, câmbio favorável à importação, investimentos em P&D que efetivamente transformem o objeto da pesquisa em valor para o mercado, o que passa pelo acesso direto das empresas a linhas de crédito de P&D e dificuldades de novos entrantes no “vendor list” das empresas contratantes”, aponta Galhardo. A escala (desenvolvimento de ativos) é outro problema que a indústria de fornecedores vai enfrentar. Diante do que vem sendo projetado para a indústria de petróleo e gás, as empresas não teriam escala para atender, afirma o coordenador de Projetos/Energia da ABDI, Jorge Boeira. Outro ponto levantado por Boeira está relacionado à gestão, à
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Divulgação
Chefe do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), D.Sc. José Rodrigues de Farias Filho Dr. Sc. José Rodrigues de Farias Filho, chief of the Department of Production Engineering of Universidade Federal Fluminense (UFF)
capacidade das empresas de atender os prazos com custo competitivo. Segundo ele, o governo vai tentar minimizar os riscos, uma vez que a cadeia de fornecedores de petróleo e gás tem uma interface com as cadeias dos
demais segmentos. Ainda de acordo com ele, a política industrial vem sendo organizada por setores, como acontece nas reuniões do Comitê Executivo Competitivo de Petróleo e Gás, em que governo e a iniciativa privada discutem formas de organizar o setor e como se posicionar no mercado para aumentar a competitividade e sua participação. Boeira diz que o que vai definir o grau de participação da indústria brasileira no mercado será o ritmo de exploração dos blocos. “Este ritmo tem que ser calculado pelas empresas”. Mas todos estes entraves podem transformar a cadeia em um amplo complexo industrial de serviços especializados. “Se fizermos o dever de casa, poderemos nos tornar um grande fornecedor mundial de equipamentos e prestação de serviços especializados para vários setores industriais”, afirma chefe do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), D.Sc. José Rodrigues de Farias Filho. “Para tanto, devemos desarmar esses entraves e estabelecer um projeto de desenvolvimento nacional que leve em consideração a inovação como o principal vetor”.
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Ferramentas para a consolidação da cadeia A consolidação da cadeia produtiva necessitará de várias ferramentas, que vão desde os aspectos técnicos à questão política. “Muito já foi feito em relação a isto, mas faltam instrumentos, sobretudo, para a inclusão dos fornecedores de terceira e quarta camada” diz o gerente de Desenvolvimento do Sebrae/RJ, Renato Regazzi. Ele lembra que é preciso que todos os elos da cadeia produtiva sejam contemplados, com destaque para as pequenas empresas que são o carro chefe da geração de emprego, renda e equidade social. A rede de fornecedores ainda busca uma estruturação mais sólida, mas os especialistas são unânimes em afirmar que gestão, qualificação de pessoal e inovação tecnológica precisam de um ajuste maior. O professor D.Sc. José Rodrigues de Farias Filho enfatiza algumas qualidades do brasileiro que podem fazer o setor deslanchar, como a criatividade e a vocação ao crescimento e desenvolvimento. “Somos uma economia forte, e os nossos indicadores ainda são tímidos, quando comparados a outros países desenvolvidos”. Ele reforça a importância em “desarmar” os problemas provocados pelo custo Brasil e pela crônica falta de infraestrutura nacional. “Outra questão é estabelecer um plano de incentivo para que os melhores profissionais se interessem em trabalhar no setor de bens e serviços que fornecem
Divulgação
Superintendente da Onip, Luís Fernando Mendonça Superintendent of ONIP, Luiz Fernando Mendonça
para a indústria de óleo e gás”, diz. O momento é de fazer escolhas que levem a uma condição de equilíbrio do mercado, alerta o superintendente da Onip. “Sob o ponto de vista prático, não podemos ser bons em tudo, mas temos que ser os melhores naquilo que definirmos como alvo”. Ele usa novamente o estudo da Onip para exemplificar sua posição. “A Agenda propõe conceitos de seletividade para fazer essas escolhas com base no esforço a ser despendido para que um determinado bem ou serviço seja feito no Brasil e os ganhos auferidos a partir dessa iniciativa”. Segundo Mendonça, somente na construção naval, há cerca
de 6.000 itens possíveis de serem fabricados no Brasil. Mas vale a pena?, questiona ele. “Temos conduzido projetos, à luz da Agenda, que nos informam que não é bem assim. No nosso processo, em projeto coordenado pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e executado pela Onip com participação do Sinaval, juntamos fornecedores, compradores, institutos de tecnologia, universidades, órgãos de fomento à inovação e outros atores fundamentais para definir em que áreas de interesse pode haver resultado eficiente para trazer a fabricação de um novo equipamento ou serviço para o Brasil”. De acordo com ele, há 55 projetos de desenvolvimento potenciais, 35 em andamento, que irão contribuir com o aumento do Conteúdo Local nas próximas embarcações a serem construídas no Brasil. Dentro de todo este contexto, há as necessidades específicas, como aumento da produtividade, automação de processos industriais e inovação tecnológica de processo e produto, relata. Neste caso, diz Mendonça, o processo para capturar as oportunidades para cada segmento industrial ou de serviços deve ser direcionado a cada sistema e subsistema que compõe as unidades complexas que vêm sendo anunciadas no plano de negócios das operadoras.
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Celeridade André Telles
Este novo cenário deverá exigir da cadeia de fornecedores foco na inovação de produtos e processo e prática de gestão mais qualificada. A celeridade nos prazos de entrega também será outro fator determinante no desenvolvimento deste setor. Segundo o gerente de Desenvolvimento do Sebrae/RJ, Renato Regazzi, é importante desenvolver programas de integração da cadeia produtiva através de todos os seus elos dinâmicos e desenvolver ações de cooperação entre empresas para atender às novas necessidades. Neste processo, diz Regazzi, é preciso olhar os desafios exigidos pela exploração da camada de pré-sal como grande oportunidade de desenvolvimento. De acordo com ele, o convênio que o Sebrae tem com a Petrobras, desde 2004, vem contribuindo significativamente para isto. Por meio deste convênio, mais de 6 mil empresas foram capacitadas e tiveram acesso a informações sobre o setor, participaram de rodadas de negócios, e algumas tiveram acesso a novas tecnologias. O diretor presidente do Centro para Inovação e Competitividade, Laerte Santo Galhardo acredita que a manutenção e o cumprimento da agenda de investimento da Petrobras e do país contribuirão para dar mais velocidade ao desenvolvimento da cadeia. “Os empresários são velozes quando o escopo do projeto é bem definido e as regras são claras”, diz.
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O gerente de Desenvolvimento do Sebrae/RJ, Renato Regazzi Manager for Development of SEBRAE/RJ, Renato Regazzi
Ações governamentais têm estimulado a indústria também. De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Petrobras, Ernani Turazzi, o Governo brasileiro, as entidades de classe, as empresas brasileiras e a Petrobras estão investindo pesado em ações que proporcionam desenvolvimento da cadeia de fornecedores. “A capacitação de pessoal, os projetos do
Prominp e os programas de financiamento às empresas do segmento de óleo e gás têm contribuído para o fortalecimento do setor ”, diz. Entretanto, diz ele, há um grande desafio a vencer por estas empresas no que se refere à adequação e crescimento de seus quadros funcionais, devido à rápida evolução e à disputa acirrada por profissionais no mercado.
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Conteúdo local x internacional A política de conteúdo local é um forte promotor do desenvolvimento de soluções e de tecnologia brasileira para as necessidades da indústria de óleo e gás. De acordo com Turazzi, isto certamente implicará maior capacidade fabril, melhor qualidade na produção, maior produtividade e melhor capacitação de mão de obra nacional. “Refletirá também em outros segmentos, tendo como consequência melhores padrões de trabalho de forma geral”, analisa. O gerente de Desenvolvimento de Mercado da Petrobras, Ernani Turazzi, lembra que a política de conteúdo local favorece a evolução da tecnologia praticada pelas empresas instaladas no Brasil. “Por um lado, as empresas aqui instaladas precisam desenvolver tecnologia própria para se manterem no mercado e contribuir com o atendimento dos requisitos de conteúdo local, e este desenvolvimento pode ocorrer por meio de condições próprias ou por aquisição de tecnologia estrangeira”, analisa. Turazzi destaca também que as empresas estrangeiras que quiserem participar deste mercado necessitam trazer para o Brasil sua produção, consequentemente, suas tecnologias, seja através de implantação de uma nova instalação no Brasil, seja através de associação com empresas brasileiras. O gerente de Desenvolvimento de Mercado da Petrobras chama a atenção para o que para ele é o grande desafio que as empresas precisam vencer. “Estas
Divulgação Petrobras / Rgazeta
construção de Joint Ventures, novas empresas e uma base de conhecimento nacional/internacional que dê sustentabilidade à nossa indústria para atender à demanda que virá da exploração dos campos do pré-sal e do pós-sal, destaca o superintendente da Onip, Luís Fernando. Ciente de que o país não dispõe de todas as tecnologias e especializações exigidas, o gerente de Desenvolvimento do Sebrae/RJ diz que o momento é de utilizar o poder de compra da cadeia produtiva de óleo e gás como indutora para melhoria das empresas e da mão de obra, além dos centros tecnológicos e escolas técnicas.
Gerente de Desenvolvimento de Mercado da Petrobras, Ernani Turazzi Manager for the Market Development of Petrobrás, Ernani Turazzi
empresas têm que se adequar e aumentar seus quadros funcionais, devido à rápida evolução e à disputa acirrada por profissionais no mercado”. As maiores oportunidades para a cadeia de fornecedores são a possibilidade de evolução tecnológica, fazendo com que as empresas nacionais se tornem mais competitivas em nível mundial, com crescimento da produção face ao aumento do mercado interno, diz o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Petrobras. Os impactos da aplicação do conteúdo local irão criar uma indústria nacional forte através do aproveitamento inteligente do regulamento de conteúdo local para convergir em ações que fomentem a
- Neste sentido, é possível estimular a venda de serviços e produtos estrangeiros através de transferências de tecnologia ou de aprendizado. Estimular a instalação de novas unidades fabris no Brasil, estimular parcerias entre empresas nacionais, escolas técnicas e centros tecnológicos com seus parceiros no exterior também será importante. De acordo com Regazzi, a consequência disto é uma política de ganha-ganha. “Ganha a empresa nacional, participando da cadeia produtiva, gerando emprego e renda, ganha a empresa estrangeira, que passa a acessar o mercado brasileiro dentro de determinadas condições de desenvolvimento econômico, tecnológico e social”. E, por fim, ganha a sociedade, que passa a usufruir diretamente dos grandes investimentos, que geram mais empregos e, consequentemente, aumento do poder de compra e melhor formação.
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The missing
opportunity The pre-salt provides new ways to develop the Brazilian supply chain
By Ludmila Azevedo
G
reat challenges and opportunities begin to be imposed to the Brazilian supply chain due to the pre-salt layer campaign. The new exploratory boundaries will force the supply chain to search for more techniques, products and services with increased celerity in order to consolidate the industry in the next 20 years. Driven by projections from Petrobras, the supply chain has entered into partnerships with universities, research centers and service providers to the challenge of being able to meet the technological needs and the whole demand on time. Such moment makes available an important market to the Brazilian Industrial Park, being subject to obstacles and opportunities. The prospects are very good, especially concerning the new challenges related to the economic production of the pre-salt layer, Renato Regazzi says, the Development Manager for SEBRAE in Rio de Janeiro. Since it is the main growth inductor of the Brazilian productive chain, the pre-salt has been designing a 26 MACAÉ OFFSHORE
new profile of the oil and gas market. “Companies will be created and the existing ones will develop new products and services that will guarantee the dynamics required to the pre-salt exploration”, Regazzi evaluates. According to him, the companies will need to enter into complementary partnerships with foreign companies, especially regarding the technological requirements inherent to the operation in ultra-deep waters. The association with foreign groups is the way to enhance the level of knowledge on technology and management and to improve the Brazilian industry. “It’s a great opportunity for the national companies to reach a prominent position in the international market”, superintendent of ONIP, Luiz Fernando Mendonça says, pointing out that the Brazilian companies should take care of not being exposed to unnecessary business risks conflicting with the goals of the local content policy. The renewable and non-renewable resources may open space for the country to occupy a prominent position among the largest
energy producers of the world, president of ABD, Mauro Borges Lemos warns, in the study on “Contributions to the Industrial, Innovative and Foreign Trade Policy” (Contribuições para a Política de Desenvolvimento Industrial, de Inovação e de Comércio Exterior). According to him, it is interesting for the country to count on not only with a powerful oil company, but also on a strong para-oil company, whose development and internationalization may promote technological upgrading process, corporative consolidation and expansion of the market for Brazilian companies beyond the domestic market, due to its growth. Lemos also says that the challenges of such guideline can be deployed by the oil and gas supply chain, aiming at the densification of the supply national chain, by means of anchor companies. There are many opportunities, as well as the problems pointed out by the superintendent of ONIP, such as gaps that need to be fulfilled and many opportunities which are quite attractive to be used to solve
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these problems. “In the Competitive Agenda, which is a study carried out by ONIP, some concrete measures are proposed, such as the recovery of the basic engineering, application of the concept of learning curve in the first deliveries of utilities and services, application of research financial resources, development and innovation within the companies”, he lists. The companies that will occupy such field are those that identify these opportunities and invest in technology and personal training, thus making the difference by the increase of productivity, the chief executive officer of the Center of Innovation and Competiveness (CIC), Laerte Santos Galhardo states.
the root up to their overcoming, increasing the scale that makes possible investments in HR, new materials, new products and production increase. To the president of CIC, the problems that the supply chain is going to face are already known by the market. “It is the lack of human resources in the number and training required, high interests, favorable exchange to import, investments in P&D, which effectively turn into the object of research with a value to the market, which comes by the direct access of the companies to P&D credit lines and difficulties of new companies in the vendor list of the contracting companies”, Galhardo points out.
To him, the import of technology or the settlement of foreign companies in Brazil, either individually or through partnerships, is an important alternative to meet the growing demand for utilities and services produced by Brazilian hands and minds. “In China was like this, and it is still considered as a good host for the foreign capital, besides enabling training of engineers and entrepreneurs.”
The scale (assets development) is another problem that the supply industry is going to face. According to what has been projected for the oil and gas industry, the companies would not have a scale to meet such development, Jorge Boeira, the coordinator of Projects/Energy of ABDI says. Another issue raised by Boeira is related to management, ability for companies to meet deadlines with competitive prices.
According to Galhardo, there are opportunities to implement an industrial policy to address the problem in
According to him, the government is going to try to minimize the risks, once that oil and gas
supply chain has an interface with the chains of other sectors. He continues saying that the industrial policy has been organized by sectors, such as what happens in the meetings of the Oil and Gas Competitive Executive Committee, where the government and the private sector discuss ways to organize the sector and how to position themselves in the market to increase the competitiveness and their participation. Boeira says that what is going to define the level of participation of the Brazilian industry in the market will be rhythm of exploration of the blocks. “This rhythm needs to be calculated by the companies.” However, all these problems may turn the supply chain into a vast industrial complex for specialized services. “If we do the homework, we may become a large world supplier of utilities and specialized services to several industrial sectors”, Dr. Sc. José Rodrigues de Farias Filho says, chief of the Department of Production Engineering of Universidade Federal Fluminense (UFF). To this end, we should solve these problems and set a project for the national development, taking into consideration the innovation as the main vector.”
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Tools for strengthening the chain The strengthening of the productive chain will need several tools, ranging from technical aspects to the political field. “Much has been already done regarding this issue, but there is a lack of instruments, especially for the inclusion of third and fourth layers”, the manager for Development of SEBRAE/RJ says, Renato Regazzi. He reminds that all the links of the productive chain are covered, especially for small companies that are driving force in generating jobs, income and social equity. The supply chain still aims at reaching a more solid organization, but specialists are unanimous in stating that management, personnel qualification and technological innovation need to be more adjusted. Professor and D. Sc. José Rodrigues de Farias Filho emphasizes some qualities in Brazilians that can make the sector kick off, such as creativity and vocation to growth and development. “We are a strong economy and our indicators are still shy when compared to other developed countries.”
He reinforces the importance of “solving” the problems generated by the cost Brazil and by the chronicle lack of national infrastructure. “Another issue is to establish a stimulus plan so that the best professionals get interested in working in the sector of goods and services that provide to the oil and gas industry’, he says. This moment is appropriate to make choices that take to a condition of balance of the market, the superintendent of ONIP warns. “From the practical point of view, we cannot be good at everything, but we have to be the best at what we define as a target.” He uses again the study from ONIP to exemplify his position.” The Agenda proposes selectivity concepts for these choices based on the effort spent so that a certain good or service is made in Brazil and the earnings from such initiative.” According to Mendonça, only in the shipbuilding, there are about 6,000 items that could be manufactured in Brazil. But, is it worth?, he wonders. “We have conducted projects, in the light of the Agenda, which tell us
it is not exactly like this. In our process, under a project developed by ABDI ( the Brazilian agency for the Industrial Development) and performed by ONIP, with the participation of SINAVAL, we have gathered suppliers, buyers, technology institutes, universities, agencies for innovation promotion and other main characters to define which areas of interest may have an efficient result to the manufacturing of a new utility, or service, in Brazil. According to him, there are 55 potential development projects, where 35 of them are ongoing and will help for the increase of the Local Content in further vessels to be built in Brazil. In this entire context, there are specific needs, such as the increase of the production, automation of the industrial processes and process and product technological innovation, he reports. In this case, Mendonça says, the process to capture the opportunities for each industrial or service sector should be directed to each system and subsystem comprising the complex unities which have been announced in the business plan of the operators.
Celerity This new scenario should demand from the supply chain focus on the innovation of products and process and practice of a more qualified management. The celerity in the delivery deadlines will also be another determining factor for the development of this sector. According to the manager for Development of SEBRAE/RJ, Renato Regazzi, it is important to develop integration programs of the productive chain through all their dynamic links and develop cooperative measures among companies to meet the new needs. In this process, Regazzi says, it is necessary to face the challenges required by the exploration of the 28 MACAÉ OFFSHORE
pre-salt layer as a great opportunity for development. According to him, the agreement between SEBRAE and Petrobras, since 2004, has contributed significantly to this. By means of such agreement, more than 6 thousand companies have been trained and had access to the information on this sector, participated of business roundtables and some of them had access to new technologies. The managing director of the Center for Innovation and Competitiveness, Laerte Santos Galhardo believes that the maintenance and performance of the investment agenda of Petrobras and of the country will contribute to provide more speed for the development of the chain. “Entrepreneurs are fast when the scope of the project is
well defined and the rules are clear”, he says. Government actions have been also stimulating the industry. Ac-cording to the manager for the Market Development of Petrobras, Ernani Turazzi, the Brazilian government, class entities, Brazilian companies and Petrobras are investing heavily in actions that promote development of the supply chain. “Personal training, PROMINP projects and funding programs to companies of the oil and gas sector”, he lists. However, he says, there is a big challenge for these companies to overcome regarding the adaptation and growth of their headcount, due to the fast evolution and heated dispute for professionals in the market.
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Local x International content The local content policy is a strong promoter of development of solutions and Brazilian technology to the needs of the oil and gas industry. According to Turazzi, that certainly will imply in a higher manufacturing capacity, better manufacturing quality, larger productivity and better capacitation of the national manpower. “That will also reflect on another sectors, resulting in better working patterns in general”, he analyzes. The manager for the Market Development of Petrobras, Ernani Turazzi points out that the local content policy provides the evolution of the technology practiced by the companies settled in Brazil. “On the one hand, the companies settled in Brazil need to develop their own technology to remain in the market and help with the attendance of the requirements of local content, and this development can occur through specific conditions or by means of acquisition of foreign technology”, he analyzes. Turazzi also points also that foreign companies aiming at participating of this market need to bring to Brazil their production and, consequently, their technologies, both by the implementation of a new facility in Brazil or by the association with Brazilian companies. The manager for the Market Development of Petrobras points out for what he thinks to be the big challenge for companies to win. “These companies have to adapt and increase their headcounts, due to the fast evolution and strong dispute for professionals in the market.” The biggest opportunities for the supply chain are the possible technological evolution, enabling national companies to become more competitive at world level, and the production growth, due to the increase in the domestic market,
says the manager for the Market Development of Petrobras. The impacts resulting from the application of the local content will create a strong national industry by means of an intelligent use of the local content regulation to converge actions that improve the construction of Joint Ventures, new companies and a national/international knowledge base providing sustainability to our industry in order to meet the demand that will come from the exploration of the PreSal and Post-Salt layers, the superintendent of ONIP, Luís Fernando points out. Being aware that Brazil does not have all the technologies and specializations required, the manager for Development of SEBRAE/RJ, Renato Regazzi says that this moment is to use the purchase power of the oil and gas productive chain as an inductor for the improvement of the companies and manpower, in addition to technological centers and technical schools. In this sense, it is possible to encourage the sale of foreign services and products by the transference of technology or learning. Encourage the installation of new manufacturing unities in Brazil, encourage partnerships among national companies, technical school and technological centers with their partnerships abroad will also be important. According to Regazzi, the consequence resulting from this is a win-win policy. “The national company wins, participating of the productive chain and creating jobs and income; the foreign company wins, by having access to the Brazilian market in certain conditions of economic, technological and social development”. And, finally, the society wins, by having direct access of huge investments that create more jobs and, consequently, increase in the purchase power and a better formation. MACAÉ OFFSHORE 29
Joannis Mihail Moudatsos
Plataforma santoS
Cidades da região ganham mais investimentos e oportunidades com a exploração do pré-sal Cities in the regions gain more investments and opportunities with pre-salt exploration
Baixada Santista se prepara para o pré-sal
São R$ 176 bilhões em negócios a serem gerados em petróleo e gás no Estado até 2025
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Plataforma santoS
Por Ludmila Azevedo
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s descobertas do pré-sal na Bacia de Santos fizeram da Baixada Santista um novo centro de negócios da cadeia de petróleo e gás. O Estado de São Paulo prevê que R$ 176 bilhões de investimentos privados e públicos serão feitos no litoral até 2025, impulsionados pela exploração do pré-sal. De acordo com dados do programa Progredir, voltado para a cadeia de fornecedores da Petrobras, os financiamentos feitos já somam mais de 120, mas apenas 30% foram para empresas paulistas. De olho na próspera expansão
da Baixada Santista, os governos Estadual e municipais vêm se preparando para atender a esta nova demanda que surge, trazendo mais investimentos e oportunidades para alavancar a economia da região. O Governo do Estado reativou, em janeiro deste ano, a Secretaria de Energia, gestora de políticas públicas, e deslocou, aproximadamente, 200 pessoas para atuar no planejamento para chegada dos investimentos da Petrobras no litoral do Estado. O grupo foi dividido em seis comitês que compõem o Conselho de Petróleo e Gás de São Paulo
(CEPG), instituído no final de 2010 e efetivado em abril deste ano. O governo criou também o zoneamento ecológico. Segundo o coordenador do Gerenciamento Costeiro de São Paulo, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Luiz Roberto Numa de Oliveira, o zoneamento tem como principal objetivo estabelecer normas de uso e ocupação do solo e de manejo dos recursos naturais em zonas específicas, definidas pelas análises de suas características ecológicas e socio – econômicas.
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Plataforma santoS
Socioeconômicas O mapa estratégico de investimentos está focado, até o momento, nos municípios de Santos, Cubatão, Guarujá e São Vicente. E para suprir de forma eficiente as demandas, as cidades da Baixada Santista estão investindo pesado para ampliar seu perfil industrial. Cubatão - A cidade, através da Lei 776, de 1969, estabeleceu seu zoneamento e fixou uma Zona Industrial, que fica entre o Rio Cubatão e as encostas da Serra do Mar. A área ocupa 66,93 km2 dos 148 km2 da área municipal e concentra 25 indústrias de médio e grande portes, entre elas a Refinaria Bernardes e a Usiminas (antiga Companhia Siderúrgica Paulista-Cosipa).
Segundo a prefeita, a área tem licenciamento dos órgãos ambientais específicos para zonas industriais, com controle permanente da Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento AmbientalCetesb, órgão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. “Cubatão é a única cidade de São Paulo que possui três subestações medidoras de qualidade do ar, duas delas situadas na área industrial”, relata. Entre os procedimentos para instalação no município, recomenda-se que, antes do início do empreendimento, o interessado solicite à Secretaria Municipal de Obras, certidão de compatibilidade da atividade a ser exercida em consonância com a Lei de Uso e Ocupação do Solo. A prefeita diz que a expectativa é grande, com relação à campanha do pré-
sal, pelos aspectos positivos de geração de emprego e renda. “Estima-se que a população da região terá um crescimento de 25 a 30% nos próximos 20 anos”. A prefeitura tem desenvolvido diversos programas direcionados à área habitacional, à área educacional com qualificação da mão de obra voltada ao setor de petróleo e gás e à área de infraestrutura urbana com programas de recuperação da estrutura viária, já levando em conta a nova realidade que virá com o pré-sal. A prefeita lembra que a questão ambiental permeia todas as decisões do governo municipal. “A Cidade, por ser o maior complexo siderúrgico-petroquímico do País, possui uma rigorosa legislação ambiental, que será aperfeiçoada caso seja necessário, em razão dos impactos do présal”, frisa. Como incentivo às empresas que pretendem se instalar na cidade, a prefeitura oferece o IPTU do Bom Empreendedor, que concede até 10% de isenção do tributo àquelas empresas que, entre outras ações, contratem trabalhadores cubatenses, egressos do sistema penitenciário, residentes em Cubatão, e invistam em formação, capacitação e qualificação de mão de obra de trabalhadores cubatenses.
Agência Petrobras
O Polo Industrial de Cubatão, iniciado em 1955, com a instalação da Refinaria Presidente Bernardes, é considerado o maior parque siderúrgico-petroquímico da América Latina. O local dispõe de toda infraestrutura necessária para uma zona industrial, em especial para unidades de petróleo e gás, afirma a prefeita Marcia Rosa.
A Zona Industrial de Cubatão está localizada próxima às rodovias do Sis-tema Anchieta-Imigrantes (ligação com o planalto paulista) e à Cônego Domênico Rangoni (ligação com o porto de Santos) e a ferrovias que ligam o município ao porto de Santos.
A Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras, na Bacia de Santos, onde será instalado o Parque Tecnológico The Unity of Operations of Exploration and Production of Petrobras in the Santos Basin, where the Technological Park will be installed
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PLATAFORMA SANTOS
Anderson Bianchi
Santos - Em Santos, a prefeitura já delimitou algumas áreas para a implantação de empresas através de duas leis complementares aprovadas neste ano, explica o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos (Sedes), Márcio Antônio Rodrigues de Lara. “A área na parte insular de Santos disciplina o uso e ocupação do solo entre os bairros do Valongo, Vila Mathias e Vila Nova, área de abrangência do Parque Tecnológico de Santos, dotada de toda infraestrutura, onde estão as universidades. Há ainda o distrito industrial da Alemoa, completamente urbanizado e com toda a infraestrutura, localizado às margens da Via Anchieta, próximo ao Porto de Santos. O local conta com diversos terminais portuários e de contêineres que facilitam o escoamento de cargas para a capital e litoral norte e sul do estado. As empresas que necessitarem de uma área maior podem se instalar na segunda fase do Parque Tecnológico, na Área Continental. Segundo Lara, na área continental, por haver pontos de preservação ambiental, os cuidados com a infraestrutura serão maiores durante a ocupação pelas empresas. A vocação natural do local é para atividades retroportuárias, mas poderão ser construídos outros tipos de
São Vicente – A área continental é destinada a instalações de empresas num espaço de 120 km², onde está o distrito industrial, havendo uma área disponibilizada na parte insular. O local fica junto à Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, que dá acesso ao Porto de Santos, a São Paulo
Secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos (Sedes), Márcio Antônio Rodrigues de Lara Secretary of Development and Strategic Matters (Sedes), Márcio Antônio Rodrigues de Lara
empresas, desde que atendam à legislação municipal. O licenciamento ambiental está condicionado à atividade que será implantada. A prefeitura atende às empresas interessadas e orienta quanto à localização e às exigências. Ainda, segundo o secretário, um plano de marketing e atração de empresas e de ciência, tecnologia e inovação está sendo finalizado. “Pesquisadores da Universidade de São
Paulo vão identificar a natureza das empresas que poderão se instalar em Santos, o tipo de pesquisa aplicada que deverá ser desenvolvida no Parque e de que forma essas empresas e pesquisadores serão atraídos para o município”, explica o secretário, lembrando que também estão sendo definidos incentivos para as empresas que se instalarem no Parque Tecnológico. Para o secretário, a Baixada Santista tende a se consolidar cada vez mais estrategicamente para apoiar o desenvolvimento do país. “As empresas da cadeia de petróleo e gás são bem-vindas. Criamos a Câmara de Petróleo e Gás do Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista) e uma rede de atendimento nas prefeituras da região para atender às empresas sem provocar transtornos, oferecendo toda a infraestrutura necessária”. O incremento populacional é algo que atingirá todas as cidades da Baixada Santista. Lara diz que a cidade de Santos vem se preparando para isso, com infraestrutura que está priorizando o sistema integrado de transporte público do tipo VLT, Veículos Leves sobre Trilhos, o incentivo ao uso de transporte coletivo, bicicletas e modo a pé em substituição ao uso exclusivo de automóveis.
e ao sul do País.
trâmites burocráticos.
O licenciamento ambiental deve ser providenciado pela empresa de acordo com a atividade. E como incentivo às empresas que pretendem se instalar na cidade, há o Projeto Indústria, que fornece todos os dados e garante agilidade nos
Com todos esses investimentos, a expectativa do prefeito Tércio Garcia é que haja um crescimento no setor e automaticamente o desenvolvimento da cidade, melhorando a qualidade de vida da população. MACAÉ OFFSHORE 33
santoS Platform
Santos Region prepares itself for the pre-salt
There is R$ 176 billion in businesses to be generated in oil and gas in the State, until 2025
By Ludmila Azevedo
T
he discoveries of pre-salt in Santos Basin transformed the Santos Region in a new business center of the oil and gas chain. The State of São Paulo predicts that R$ 176 billion from public and private investments will be performed in the coast region until 2025, driven by the exploration of presalt. Pursuant to data from the Progredir program, related to Petrobras’ chain of vendors, the financings performed already sum more than 120, but only 30% went to São Paulo’s companies. With eyes on the prosperous expansion of Santos region, because of the pre-salt exploration, in Santos Basin, the State and Municipal Governments are preparing to comply with such demand that is arising, bringing more investments and opportunities to leverage the region’s economy. The State Government reactivated, last January, the Secretariat of Energy, manager of the public policies and it dislocated, approximately, 200 people, to perform in the planning, for the arrival of Petrobras’ investments in the State’s coastal region. The group was divided in six committees
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that comprise São Paulo’s Oil and Gas Counsel (Cepg, in the Portuguese acronym), organized in the end of 2010, and effective since last April. The Government also created the ecological zoning. According to the coordinator if the Coastal Management of São Paulo, of the State Secretariat of the Environment, Luiz Roberto Numa de Oliveira, the zoning has as main purpose to establish rules for the usage and occupation of the soil and for the handling of the natural resources in specific zones, defined as from the analyses of their ecological and social-economic characteristics.
66.93 km2, out of the 148 km2 of the municipal area, and it concentrates 25 medium and big sized companies, among which, Bernardes Refinery and Usiminas (former Companhia Siderúrgica Paulista-Cosipa). The Industrial Pole of Cubatão, started in 1955, with the installation of the Presidente Bernardes Refinery, is considered the biggest steelworks – petrochemical park of Latin America. The place has the whole infrastructure necessary for an industrial zone – specially for oil and gas unities, says the mayor, Marcia Rosa.
The strategic map of investments is focused, so far, in the municipalities of Santos, Cubatão, Guarujá and São Vicente. And, to efficiently supply the demands, the cities from Santos Region are investing a lot to widen their industrial profile.
The Cubatão Industrial Zone is located next to the highways from the Anchieta - Imigrantes System (connection with São Paulo) and Cônego Domênico Rangoni (connection with the port of Santos), and the railways that connect the municipality to the Port of Santos.
Cubatão – The city, by means of the Law 776, of 1969, established the zoning from Cubatão, and it fixed an Industrial Zone, which is located between Cubatão River and the hillsides of Serra do Mar. The area occupies
According to the mayor, the area has licenses from the specified environmental bodies for industrial zones, with permanent control of the State Company of Environmental Sanitation Technologies – Cetesb, a body from
SANTOS PLATFORM
the Environment Secretariat of the State. “Cubatão is the only city in São Paulo that has three substations that measure the quality of the air, and two of them are in the industrial area”, she says. Among the procedures for the installation, in the municipality, It is recommended that, before the start of the enterprise, the interested party requests a certification of compatibility of the activity to be performed with the Usage and Occupation of the Soil Act (in the Municipal Works Secretariat). The Mayor says that the expectation is big, in relation to the pre-salt campaign, for the positive aspects, generation of jobs and income. “It is estimated that the population from the region shall have a growth from 25 to 30% in the next 20 years”. The municipal government has been developing several programs, already taking into account the new reality that will come with Pre-Salt, as in the habitation area, educational area, with qualification of the labor for the oil and gas sector, as well as in the urban infrastructure area, with programs for the recovery of the road structure. The mayor also reminds that the environmental issue is considered in all decisions from the municipal government. “The City, as it is the biggest steelworks – petrochemical complex in the Country, has rigorous environmental laws, and they will be perfected if necessary, in view of the impacts of the Pre-Salt”, she emphasizes. As an incentive to the companies that want to come to the city, the municipal government offers the “IPTU do Bom Empreendedor” (Land Tax of the Good Entrepreneur), which grants up to 10% of exemption of the tax to those ones that, inter alias, hire workers from Cubatão, people from the penitentiary system, who reside in Cubatão, companies that invest in study, qualification and habilitation of the labor, comprised by workers form Cubatão. Santos – In Santos, the municipal government already limited some
areas for the implantation of companies, by means of two complementary laws approved this year, explains the Secretary of Development and Strategic Matters (Sedes), Márcio Antônio Rodrigues de Lara. “The area from the insular part of Santos establishes the usage and occupation of the soil, between the districts of Valongo, Vila Mathias and Vila Nova, area of reaching of the Santos Technological Park, with the whole infrastructure and where the universities are located. There is also the industrial district of Alemoa, totally urbanized and with the whole infrastructure, located on the margins of Anchieta Road, next to the Port of Santos. The place also counts with several port and containers terminals, which facilitates the flow of cargoes to the capital and north and south coastal areas of the State. The companies that need a bigger area may stay in the second phase of the Technological Part of the Continental Area. According to Lara, the continental area, as it has environmental preservation points, the cares with the infrastructure will be bigger during the occupation on the part of the companies. The natural vocation of the place is of retro-port activities, but other types of companies may be organized there, provided that they comply with the municipal laws. The environmental licensing is conditioned to the activity that will be implemented. The municipal government attends the interested companies, and guides them in relation to the location and to the requirements. Still according to the Secretary, a plan of marketing and attraction of companies and science, technology and innovation is being completed. “Researchers from the University of São Paulo (USP) will identify the nature of the companies that may be established in Santos, the type of research applied, which may be developed in the Park, and how these companies and researchers will be attracted to the city”, explains the Secretary,
also reminding that incentives to the companies that may be established in the Technological Park are being defined. To the Secretary, the Santos Region tends to even more consolidate itself as strategic to support the country’s development. “The companies from the oil and gas chain are welcome. We created the Chamber of Oil and Gas of Condesb (Counsel of Development of the Santos Region) and a network of services in the municipal governments of the region to attend the companies without any problems, offering the whole infrastructure. He population increase is something that will reach all cities from the Santos Region. Lara says that the city of Santos is preparing itself for this, with infrastructure that is prioritizing the integrated system of public transportation – VLT (Light Vehicles on Rails), the incentive to the use of collective transportation, bicycles and walks, in replacement to the exclusive use of cars. São Vicente – The continental area is destined to the establishment of companies, in a space of 120 km2, where the industrial district is located. And there is also an area made available in the insular part. The place is next to the Padre Manoel da Nóbrega Road, which provides access to the Port of Santos, to São Paulo and to the South Region of the Country. The environmental licensing shall be provided by the company, according to the activity. And, as incentive to the companies that intend to be established in the city, there is the Projeto Indústria (Industry Project), which provides all data and guarantees speediness in the clerical procedures. With all such incentives, the expectation of the mayor, Tercio Garcia, is that there is a growth in the sector and, automatically, the development of the city, bringing an improvement in the population’s quality of life. MACAÉ OFFSHORE 35
PlatAformA Espírito santo
Espírito Santo fortalece sua
cadeia de fornecedores Divulgação
O Estado já fornece, através de suas empresas, cerca de R$ 4 bilhões em bens e serviços para o segmento de Petróleo e Gás de todo o País
Espírito Santo ganha espaço na produção industrial, potencializando a participação de empresas locais no setor petrolífero Espírito Santo is gaining space in industrial production, increasing the participation of local companies in the oil industry
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PlatAformA Espírito santo
Por Ludmila Azevedo
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ntre as Unidades da Federação, o Espírito Santo foi o estado que conseguiu o maior crescimento na produção industrial no primeiro semestre deste ano, com expansão de 9,67%, segundo dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). De acordo com o IJSN, até 2015 os investimentos no Estado chegarão a R$ 98,8 bilhões, distribuídos em 1.129 projetos, metade deste valor destinado ao setor de petróleo e gás. O Estado, consolidado como a segunda maior província petrolífera do País, vem se estruturando para absorver a demanda tanto do pós-sal quanto do pré-sal. O Espírito Santo já fornece, através de suas empresas, cerca de R$ 4 bilhões em bens e serviços para o segmento de Petróleo e Gás de todo o País. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Félix, há uma união entre o governo do Estado junto com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), empresas
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operadoras como Petrobras, Shell, prefeituras e fornecedores para, numa ação integrada, potencializar a participação das empresas capixabas nos negócios da estatal. O Estado oferece ao empreendedor regras claras e estáveis para o mercado, diz o secretário, além de benefícios que permitem o crescimento das empresas. A Petrobras projeta no Estado aumentar a produção atual de 300 mil barris de petróleo para cerca de 500 mil até 2015, segundo o gerente de Contratação de Bens e Serviços da Petrobras (UO-ES), Cristiano Levone de Oliveira. E a produção de gás dos atuais 10 milhões de m³ por dia para 15 milhões no mesmo período. Para chegar a esta marca, a Companhia tem buscado fortalecer a cadeia de fornecedores da indústria de petróleo e gás através de reuniões periódicas. Com isso, a estatal tem conseguido atrair também empresas de outros segmentos da indústria. “O Estado é forte em outros setores como celulose, mineração e siderurgia. Nós temos conseguido atrair os fornecedores destas cadeias produtivas para o segmento de petróleo e gás, aumentando a competitividade e criando oportunidades de negócios, tanto para pequenos, quanto médios e grandes fornecedores locais, dentro do Estado e também em outros Estados”, ressalta Oliveira. Segundo ele, parte da produção atual e da projeção da Unidade de Operação do Espírito Santo depende do pré-sal. “A cadeia de bens e serviços do Estado está perfeitamente associada à realidade atual de produção no pré-sal e tem potencial de aumentar sua participação nos futuros projetos”, diz.
Secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Félix State secretary of Development, Márcio Félix
Divulgação
Para impulsionar a cadeia de petróleo e gás no Estado, a Petrobras fez parceria com as maiores empresas do Espírito Santo, através do Prodfor Programa Integrado de Desenvolvimento
Gerente de Contratação de Bens e Serviços da Petrobras (UO-ES), Cristiano Levone de Oliveira Manager of the Agreement for the contraction of Goods and Services from Petrobras (UO-ES), Cristiano Levone de Oliveira
e Qualificação de Fornecedores. Com isso, a empresa tem elaborado e implementado um modo integrado para desenvolvimento e qualificação de seus fornecedores. Este modelo, diz o gerente da Petrobras, visa assegurar a realização de um sistema de gestão devidamente organizado, com o propósito de desenvolver e qualificar fornecedores de bens e serviços para as grandes empresas compradoras atuantes no Estado. Ele lembra ainda que a Petrobras atua no desenvolvimento da cadeia de fornecedores em parceria com o Sebrae e em iniciativas próprias, como a participação em feiras de negócios e a estruturação de postos avançados de cadastramento. Para ele, o Estado tem grande potencial para ser a porta de entrada para novos investimentos. “A indústria de petróleo e gás contribuiu e continuará contribuindo para o crescimento da economia do Espírito Santo e para viabilizar maior dinamismo na criação de empregos e oportunidades empresariais”, afirma. MACAÉ OFFSHORE 37
Espírito santo Platform
Espírito Santo strengthens its
suppliers chain The local content rules will create a sustainable supply chain By Ludmila Azevedo
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mong the Federation Unities, Espírito Santo was the state that obtained more growth in the industrial production in the first semester of this year, with an expansion of 9.67%, according to information from the Jones dos Santos Neves Institute (IJSN) . Pursuant to the IJSN, until 2015, the investments in the State will reach R$98.8 billion, distributed in 1,129 projects, and half of this value is destined to the oil and gas sector. The State, consolidated as the second biggest oil power in the Country, is structuring itself to absorb the postsalt and the pre-salt demands. Espírito Santo already provides, through its companies, around R$ 4 billion in goods and services for the Oil and Gas sector all over the country. According to the State secretary of Development, Márcio Félix, there is an union between the State government, along with the Federation of the Industries from Espírito Santo (Findes), the operating companies, such as Petrobras, Shell, municipal government and suppliers for, in an integrated action, increase the participation of the companies from the region businesses of the company. The State offers the entrepreneur clear and stable rules for the market, says the secretary, besides the benefits
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that allow the growth of the companies. Petrobras is projecting in the State an increase in the current production, from 300 thousand oil barrels to around 500 thousand barrels until 2015, according to the manager of the Agreement for the contraction of Goods and Services from Petrobras (UO-ES), Cristiano Levone de Oliveira. And the production of gas, from the current of 10 million m³ of natural gas per day, for 15 million of m³ in the same period. To reach this mark, the Company is trying to strengthen the supply chain of the oil and gas industry, by means of periodic meetings. With this, the company is also being able to attract companies from other areas of the industry. “The State is strong in other sectors, such as cellulose, mining and metallurgy. We are being able to attract suppliers from these productive chains to the oil and gas sector, increasing the activity and creating opportunities of businesses, whether for short or for medium and big sized suppliers, in the State and also in other States”, says Oliveira. According to him, part of the current production and of the projection of the Operational Unit of Espírito Santo depends of pre-salt. “The chain
of goods and services of the State is perfectly related to the current reality, of production in the pre-salt and it has the potential to increase its participation in future projects”, says he. To give a hand to the oil and gas chain in the state, Petrobras joined the biggest companies from Espírito Santo, by means of the PRODFOR (Integrated Program of development and Qualification of) supplies “This model, says Petrobras manager, aims to ensure the performance of a duly organized management system, with the purpose of developing and qualify suppliers of goods and services for the big companies performing in the state. He also reminds that Petrobras acts in the development of the suppliers chain, through the partnership with Sebrae and in own initiatives, such as the participation in business fairs and organization of the advanced registration posts. For him, the State has a big potential to be the entrance door to new investments. “The oil and gas industry contributes and will keep contributing, in the future, for the growth of the economy of Espírito Santo and to enable more dynamism in the creation of jobs and corporate opportunities”, he says.
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