ATÉ A ÚLTIMA GOTA

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ÍNDICE / CONTENTS

Matéria de capa | Report of Cover

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Arte: Paulo Mosa Filho

Campos maduros: como elevar sua eficiência Mature fields: how to improve their efficiency

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Maré Alta | High Tide .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Gestão | Management

Articulando | Articulating Informações que valem ouro Good Information is worth its weight in golds

Royalties - ‘Soma das infelicidades’:

30

um atentado à federação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

40

an aggression against the Federation.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Royalties – ‘The amount of unhappiness’:

Entrevista I | Interview I Raul Sanson.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Raul Sanson. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Empresas & Negócios | Companies & Business

bem lá no fundo Digging deeper into opportunities

20 26

Entrevista II | Interview II André Pompeo Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Oportunidades

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55 60

André Pompeo Mendes.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

63 66

Plataforma Espírito Santo | Espírito Santo Platform Um novo Golfo do México à vista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A new Gulf of Mexico in sight . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

68 70

Plataforma Santos | Santos Platform Calibrando o mercado paulista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Boosting business in São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Colunas | Columns

Por dentro do mercado Inside the market Celso Vianna Cardoso

Rede Petro-BC Rede Petro-BC Ive Talyuli

Ascensão e queda de um império The rise and fall of an empire Rede Petro-BC na Brasil Offshore Rede Petro-BC at Brasil Offshore

12 13 16 18 Mais informações: www.macaeoffshore.com.br

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CARTA AO LEITOR / LETTER TO THE READER

Nova vida aos campos maduros Eles já foram responsáveis por volumes recordes de petróleo, comemorados com entusiasmo pela Petrobras e contribuíram enormemente para levar a estatal a conquistar a autossuficiência na produção. Porém, hoje são vistos quase que como ‘gigantes adormecidos’, que precisam de uma forte injeção de ânimo para voltar a produzir como outrora. Os chamados campos maduros, especialmente os da Bacia de Campos, são motivo de dor de cabeça para a empresa e representam, para os críticos, um ralo de dinheiro, mas tecnicamente, não há dúvidas de que é fundamental investir no aumento do fator de recuperação destas áreas para frear a queda sistemática de produção e viabilizar novos empreendimentos. Se aumentar a vida útil nestes campos tornou-se um desafio tecnológico para a Petrobras, monitorar as informações que circulam no mercado tornou-se necessidade vital para as empresas que operam nos mais diversos elos da cadeia produtiva de óleo e gás. Afinal, na sociedade do conhecimento em que se vive, ganha quem gerencia de

forma estratégica as informações e as transformam em vantagem competitiva. Prova disso é que, antes mesmo do anúncio do primeiro leilão do pré-sal, pelo novo modelo de partilha, que já agita o mercado, cidades paulistas vêm experimentando um forte crescimento em torno da Bacia de Santos, apoiadas pela InvesteSP. E novas oportunidades de negócios também parecem aportar na Bacia do Espírito Santo, após o recente interesse por suas novas reservas, demonstrado na 11ª Rodada de Licitações. Enquanto isso, Macaé segue como epicentro das atividades petrolíferas no país e vive seu novo boom de crescimento. Esta edição de Macaé Offshore, especial Brasil Offshore 2013, traz ainda entrevistas exclusivas com porta-vozes do BNDES e da Firjan e especialistas de diferentes áreas, com temas relevantes para o segmento. Inauguramos ainda uma seção exclusiva com a RedePetro-BC, confirmando o compromisso da revista com o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor. Uma produtiva leitura a todos.

A new life for mature fields They were responsible for record oil outputs, celebrated with enthusiasm by Petrobras. Also they greatly contributed to give Petrobras its self-sufficiency in oil production. Yet today they are seen as sleepy giants, which need a strong support to produce oil as it used to be in the earlier times. The so-called mature fields, located mainly in Campos Basin, represent problems and waste of money for the stateowned oil company, as their critics say. Yet there is no doubt that technically it is crucial to invest to improve the recovery factor of these areas to curb the systemic output decline and make new investments feasible. If increasing the useful life of those fields became a technology challenge for Petrobras, watching information that is within the market becomes vital for companies that work in the several links of the oil and gas industry. After all, in a knowledge society, the winners are those who manage

Capa / Cover: Paulo Mosa Filho Fotos / Photos: Divulgação A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngue (português / inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Centro Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Avenida 13 de Maio, 13 - Sl. 1.713 - Centro Rio de Janeiro/RJ - CEP 20.031-901 Tel: (21) 3174-1684 Site: www.macaeoffshore.com.br Direção Executiva: / Executive Director: Bruno Bancovsky Editora: / Editor: Rosayne Macedo / MTb. 18446 jornalismo@macaeoffshore.com.br Jornalistas colaboradores: / Collaborators reporters : Brunno Braga, Rodrigo Leitão e Flávia Domingues redacao@macaeoffshore.com.br reportagem@macaeoffshore.com.br Publicidade: / Advertising: Fernando Albuquerque publicidade@macaeoffshore.com.br Luiza Valente comercial.rio@macaeoffshore.com.br

information in a strategic way and turn it into a competitive advantage.

Diagramação: / Diagramming: Paulo Mosa Filho arte@macaeoffshore.com.br

For instance, cities of the state of São Paulo around the Santos basin have been experienced a strong economic growth, supported by InvesteSP, even before the announcement of the first pre-salt auction under the new sharing model. The new business opportunities for the cities of São Paulo seem to be going to the Espírito Santo basin. Meanwhile, the city of Macaé maintains itself as a spotlight for oil activities in the country and experiences its new economic boom. For this Macaé Offshore issue, a special issue for the Brazil Offshore 2013, we have interviewed members of the BNDES, Firjan and specialists of different areas with important matters for the industry. We also have created a new and exclusive section for RedePetro-BC, setting the magazine commitment to the improvement of the oil and gas industry.

Revisão: / Review: Silvia Bancovsky Tradução em inglês: / English version: Brunno Braga Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies 70ª Edição - Junho/Julho 70th Edition - June/July Tiragem: / Copies: 10.000 exemplares/copies Assinatura: / Subscriptions: (22) 2770-6605 assinatura@macaeoffshore.com.br A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties

Have a good read. MACAÉ OFFSHORE 5


MARÉ ALTA

Por Rosayne Macedo

Divulgação

Rio passa a tributar importações para o setor Até 31 de dezembro de 2016, as importações de bens ou mercadorias destinadas às atividades de pesquisa, exploração ou produção de petróleo e gás natural passarão a ser tributadas pelo Estado do Rio de Janeiro. O governou fluminense substituiu a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que vinha sendo aplicada desde 2008, no âmbito do convênio promulgado pelo Confaz, e passará a cobrar o imposto com alíquota de 1,5%. A mudança está na Resolução Sefaz nº 631, publicada em 16 de maio, com vigência imediata.

ta que pode ser considerada baixa diante das demais importações feitas pelo Rio de Janeiro, em que incide 19% de ICMS. Além disso, o Decreto nº 41.142, de 2008, que estipulava a isenção de ICMS, já previa a possibilidade de o governo fluminense cancelar o benefício. No entanto, para o advogado Julio Janolio, especialista em Direito Tributário e sócio do escritório Vinhas & Redenschi Advogados, é sintomática a promulgação dessa resolução logo após ao bem-sucedido leilão de novas concessões promovido pela ANP. “Além de ser contrária

Apesar de ter perdido o benefício, o importador pagará ICMS com uma alíquo-

to, inclusive pela sua eficácia imediata”, afirma Janolio.

a investimentos na fase de exploração, aquela medida surpreendeu o segmen-

Segundo ele, a medida vai de encontro com a percepção da maioria dos estados que contam com exploração de petróleo. Como o Estado de São Paulo, que mantinha desde 2008 a cobrança de 1,5% para a importação de quase todos os bens para a aplicação na fase de exploração (Decreto nº 53.574/08). “No ano passado, o governo paulista editou o Decreto nº 58.388/12 justamente na mão oposta, para consolidar a isenção, acabando, assim, com a incidência daquele 1,5% para a importação para equipamentos de exploração em SP”, conclui.

V & M em Rio das Ostras avança na produção de tubos sem costura A fábrica de acessórios da V & M do Brasil, instalada em Rio das Ostras (RJ), pretende se tornar um posto avançado de produção de elementos tubulares de maior complexidade como crossovers e pup joints. A unidade tem apostado suas fichas na expansão dos serviços de VAM Field Service (VFS) na Bacia de Campos, para garantir ao cliente o máximo de de6 MACAÉ OFFSHORE

sempenho nas operações com conexões Premium e API.

tubos em sondas”, explica João Perez, superintendente de Tubos Petrolíferos.

“O VFS mantém uma equipe de campo em Rio das Ostras que atende às demandas junto às bases de exploração, fornecendo técnicos para o acompanhamento e apoio aos serviços ligados à utilização de conexões VAM, incluindo a aplicação dos

Presente na Brasil Offshore 2013, a empresa do Grupo Vallourec, líder na produção de tubos de aço sem costura, é a única produtora de tubos de aço sem costura OCTG, que atende aos requisitos técnicos exigidos na exploração do pré-sal.


MARÉ ALTA

gente

Expro escala novo executivo para atender à Petrobras O fortalecimento das relações com a Petrobras é considerado estratégico por muitas companhias que querem ganhar competitividade no setor. De olho nisso, a Expro escalou o engenheiro Sergio Fonseca para assumir o cargo de gerente Global de Contas para a Petrobras. A ideia é ajudar a empresa, com sede no Reino Unido, a atingir a liderança em tecnologias e serviços especializados em fluxo de poço offshore, segmento que está

em ampla expansão no Brasil, onde a Expro pretende crescer 15% somente este ano. Com 30 anos de experiência no setor, Fonseca deixou a Halliburton, onde tinha o cargo de country manager de CPM (consulting project management). Graduado em Engenharia Elétrica e Engenharia de Petróleo, com MBA em Administração de Negócios e Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele também já trabalhou na Petrobras, Baker Hughes e Schlumberger.

AGENDA

Navalshore 2013 já é 25% maior que a edição anterior As principais empresas do setor naval e offshore do País, como Sotreq, GE, Cummin, Akzo Nobel, Alpha Laval, ZF e Ulstein Group, já têm lugar garantido na 10ª edição da Navalshore – Marintec South America. Também já estão confirmados seis pavilhões internacionais: China, Dinamarca, Argentina, Reino Unido, Noruega e Japão. Faltando seis meses para sua realização, o evento já tinha 82% da área de exposição reservados e

já era considerado 25% maior que a do ano anterior. A feira é promovida pela UBM Brazil nos dias 13 a 15 de agosto, no Centro de Convenções SulAmerica, no Rio de Janeiro. A edição de 2013 já conta com mais de 280 expositores de todos os segmentos para reparo e construção naval, nacionais e internacionais confirmados. Desses, 40 estão expondo

pela primeira vez, como as empresas WMB – importante representante dos EUA de mais de 10 marcas alemãs fabricantes de peças originais para motores, Demag Cranes – único fornecedor a oferecer uma linha completa de pontes rolantes, guindastes, acionamentos e tecnologia de manipulação para qualquer aplicação e Sherwin Willians, que produz tintas e anticorrosivos para embarcações e containers.

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HIGH TIDE

By Rosayne Macedo

Rio taxes oil companies By December 31st 2016, the imports of goods or products for the research activities, oil and gas drilling and production will be taxed by the state of Rio de Janeiro. The government of the state of Rio de Janeiro called off the exemptions of The Tax on Circulation of Goods and Services (ICMS). This tax exemption was given in 2008 under the rule of Confaz, and the tax aliquot rate to be levied is 1.5%. The change of the rule is in the Act Sefaz 631, published on May 16. Although the end of the tax exemption, the ICMS tax will be lower than other import taxes levied by the state of Rio de Janeiro, which is 19%. Also, the act 41142, 2008, that specified the ICMS exemption, allowed the government calls off the benefit. To Julio Antonio, a lawyer from Vinhas & Redenshci office and specialist in Tax Law, the act that has called off the tax exemption was due to the success of the last bidding round carried out by the ANP. “The act is against the investments in the drilling process and it surprised the industry, mainly because its immediate efficacy,” Janolio says. To him, the act is not followed by the majority of the oil producing states like the state of São Paulo where the tax levy is 1.5% for the import of almost all goods for the oil drilling process – Decree 53574/08. “Last year, the government of São Paulo issued the Decree 58.388/12 to consolidate the tax exemption for the import of equipment of oil drilling,” he concluded.

V & M increases its manufacture of steamless steel pipes in the city of Rio das Ostras V&M do Brasil wants to become an advanced center for manufacturing high complex pipe elements such as crossovers and pup joints. Its facility, established in the city of Rio das Ostras (RJ), has been working to expand the service of VAM Field Service (VFS), in the Campos Basin, in order to give its client a better performance in connection operations Premium and API. “The VFS has a staff in the city of Rio das Ostras who meet the demands in the drilling centers, providing technicians to watch and support services for VAM connections utilization, including the implement of pipes in drilling rigs,” says V&M Oil Tubes director João Perez. The company belongs to the Vallourec group and it is the World leader in premium tubular solutions and steamless steel pipes that meet the pre-salt requirements. The company will attend the Brazil Offshore 2013.

People

Expro hires new executive to work with Petrobras

Strengthening the relationship with Petrobras is considered a strategic practice by many companies who want to gain competitivity in the industry. For that, Expro hired the engineer Sergio Fonseca to held the position of Global Accounts manager for Petrobras.

The idea is to help the company, which has its headquarters in the United Kingdom, to reach the leadership in technology and specialized services in offshore wells flow, a segment that is under a great expansion

in Brazil, where Expro intends to grow 15% this year. With 30 years of experience in the sector, Fonseca left Halliburton, where he held the position of country manager of Consulting Project Management. Graduated in Electric Engineering and Oil Engineering and with MBA in Business Management and Project Management from Getulio Vargas Foundation, he also worked for Petrobras, Baker Hughes and Schlumberger.

CALENDAR

Navalshore 2013 is 25% greater than the former edition The main companies of the shipbuilding industry in the country, such as Sotreq, Cummin, Akzo Nobel, Alpha Laal, ZF and Ulstein Group, are going to attend the 10th Navalshore – Marintec South America event. It is also confirmed six international pavilion – China, Denmark, Argentine, United Kingdom, Norway and Japan. With less than six months left,

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the event had already 82%of the area booked and it is 25% greater than the former edition. The event is promoted by UBM Brazil and it will be held in Rio de Janeiro, August 13 – 15, 2013 Navalshore 2013 will be attended by over 280 exhibitors of all the segments of construction and repair from

all over the world. 40 of them will attend for the first time, such as WMB- an important US company that represents 10 German marks of engine manufacturing, Demag Cranes, the sole supplier of a complete set of cranes and Sherwin Willians, which produces inks and anti-corrosive for vessels and containers.


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ARTICULANDO

Royalties - ‘Soma das infelicidades’: um atentado à federação Por Ives Gandra da Silva Martins*

R

eza o artigo 20, parágrafo 1º, da Constituição Federal que: “É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração”. Duas foram as razões para a partilha dos royalties do petróleo entre União e Estados e Municípios. A primeira delas é que a exploração traz riscos e, algumas vezes, degradação ambiental, além de interferir no poder dessas pessoas políticas de livremente disporem de seus territórios, onde se extraia o petróleo e outros minérios. O custo de uma infraestrutura voltada para a exploração necessariamente justificaria tal partilha, que houve por bem o legislador maior atribuir apenas às mencionadas entidades federativas. O segundo motivo é de natureza tributária. Na esmagadora maioria das operações interestaduais, o sistema de divisão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é misto. Uma parte do tributo fica com o estado de origem e outra parte vai para o estado de destino. Hoje, as alíquotas são de 7% para os estados mais desenvolvidos e 12% para os menos, incidentes sobre a

maioria dos produtos, nestas operações interestaduais.

força de um desequilibrado sistema representativo.

Ora, no que concerne ao ICMS, os estados produtores de petróleo não ficam com rigorosamente nada. Todo o ICMS dos produtos “exportados” para outros estados é destinado a essas unidades da federação que não tiveram custo nenhum na exploração do petróleo. Tendo participado de audiência pública na Sub-Comissão de Tributos, durante os trabalhos constituintes, sempre entendi que a verdadeira razão da participação dos estados e municípios produtores na partilha dos resultados da exploração de petróleo era uma compensação pela perda do ICMS nas operações interestaduais.

Infelizmente, tal descompasso não tem condições de ser alterado, pois a minoria da população que tem a maioria do Congresso não abre mão de seus privilégios, que tornam os eleitores de estados menos populosos muito mais relevantes que aqueles dos estados mais populosos. Temos, de rigor, no Brasil, na representação popular, uma “ditadura da minoria”. E foram eles que criaram esta lei, em que os estados não produtores ficam com ICMS total sobre as operações com petróleo e derivados, além da partilha dos royalties, e aos estados que suportam o custo da operação, nenhum ICMS nas operações interestaduais e royalties reduzidos.

Ora, por esta perspectiva, a lei aprovada pelo Congresso Nacional, que cria uma “soma de infelicidades” para os estados produtores de petróleo, é de manifesta inconstitucionalidade, visto que fere o parágrafo 1º do artigo 20 da Constituição Federal, reduzindo os benefícios dos estados produtores, para pulverizá-los entre outros, sem outorgar àqueles o direito de cobrar ICMS nas operações interestaduais. Ou seja, os estados produtores suportam gastos superiores aos dos estados não produtores, perdem royalties e não recebem ICMS. Trata-se de verdadeiro atentado à federação, patrocinado pelo Congresso Nacional, em que a minoria da população tem a maioria das cadeiras representativas e a maioria da população, a minoria do Parlamento. É uma democracia em que a minoria comanda e a maioria se curva, por

No anteprojeto que a nossa Comissão de Especialistas, nomeada pelo presidente do Senado, apresentou à Casa da Federação, não reduzíamos os royalties dos estados produtores de petróleo, apenas admitindo uma participação dos demais estados, ao lado dos estados produtores, em futuras explorações. A meu ver, bem houve a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender a eficácia da lei, de manifesta inconstitucionalidade. Tenho esperanças que o plenário da Suprema Corte confirme esta decisão.

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito da Universidade Mackenzie, em cuja Faculdade de Direito foi titular de Direito Constitucional.

Veja o artigo na íntegra no portal www.macaeoffshore.com.br 10 MACAÉ OFFSHORE


ARTICULATING

Royalties – ‘The amount of unhappiness’: an aggression against the Federation By Ives Gandra da Silva Martins*

T

he first paragraph of article 20 of the Brazilian Constitution says: “It is granted, under the rule of law, to the States, Federal District and Municipalities as well as to institutions of direct administration of the Union, their share in the results of the drilling of oil or gas, water resources towards electric energy and other mineral resources of each respective territory, continental shelf, territorial sea or exclusive economic zone, or financial compensation for this exploration process. There were two reasons for the oil royalties division between the Union. the States and Municipalities. The first reason was that oil drilling brings risks and, sometimes, environmental damages, besides interfering in the will of these political people of using their land where the oil and other minerals are extracted. The cost of a infrastructure toward the drilling would necessarily explain this division, in which the lawmaker has only given it to the federated entities already mentioned. The second reason is its tax nature. In almost every interstate operations, the tax share system of ICMS (Tax on the Circulation of Goods, Interstate and Intercity Transportation and Communication Services) is mixed. One part of this tax belongs to the origin based-state and the other part goes to the destination-based state. Today, the tax rates are 7% for the developed states and for the developing states the tax rates are 12%.The ICMS is due on goods in these interstate operations.

Paulo Mosa Filho

Well, concerning to the ICMS, the oil producing states do not obtain anything at all. Every ICMS of exported goods to other states goes to the federated entities which have no cost in the oil drilling. As I have attended the public hearing at the sub-commission on Taxes during the constitution assembly activities, the division of the results of oil drilling was a compensation for the ICMS loss in the interstate operations for states and municipalities that produce oil, as I have always understood. Well, for this view, the act approved by the National Congress, creating an amount of unhappiness for the oil producing states is clearly

unconstitutional, once it harms the 1st paragraph of the 20th article of the Brazilian Constitution, cutting the benefits of the oil producing states and crushing them among other states without giving the oil producers the right to levy the ICMS in the interstate operations. In other words, the oil producing states spend more than the non-oil producing states and at the same time they lose oil royalties and do not receive the ICMS revenues. It is a matter of aggression against the Federation, sponsored by the National Congress, in which the minority has the majority of the representative seats and the majority of population is represented by the minority in the House of Representatives. It is sort of a democracy where the minority rules over the majority through an unbalanced representative system. Unfortunately, this sort of unbalance cannot be changed, once the minority of the population that has the majority in the House of Representative does not want to give up their privilege, making the voters of the less inhabited states much more important than the more inhabited states. We have, in fact, in Brazil the so-called ‘minority dictatorship’. And they created this act that non-oil producing states get the total amount of the ICMS over the oil and derivative operations also the division of royalties and for the states that spend their operational costs without any ICMS revenue in the interstate operations and royalties cuts. In the draft bill that our Specialist Committee, announced by the president of the Senate, has presented in the Senate, it was not predicted to cut the royalties of the oil producing states. We just want to share a slight share of oil royalties among the other non-oil producing states along with the oil producing states in future drillings. To me, Supreme Court Judge Cármen Lúcia was right to suspend the law, which is unconstitutional. I hope that Brazilian Supreme Court plenary confirms her decision.

Ives Gandra da Silva Martins is an emeritus professor of

the Law School of Mackenzie University

See the full article at www.macaeoffshore.com.br MACAÉ OFFSHORE 11


Por dentro do mercado

Ascensão e queda de um império Por Celso Vianna Cardoso* Todos os olhos do mercado estão voltados para Eike Batista e a queda assustadora do preço das ações de suas empresas, em especial as da OGX, que captou 4 bilhões de reais no seu IPO ocorrido em junho de 2008. No dia do lançamento, o preço de abertura dos papéis foi de R$ 1131, chegando a valer R$ 1385 na máxima do dia. Eike Batista afirmou que o preço excessivamente alto seria um filtro para atrair investidores de alto poder aquisitivo e com visão de longo prazo. Segundo ele, somente investidores com esse perfil poderiam ter o privilégio de serem sócios do seu império de sonhos. Um ano e meio após a abertura, o Conselho de Administração da OGX aprovou em assembleia o desdobramento de suas ações na razão de 1:100. No final de 2009 as ações que custavam R$ 1575 passaram a valer R$ 15,75. A estratégia parecia dar certo até outubro de 2010, quando a cotação atingiu seu topo histórico aos R$ 23,23, ou R$ 2.323 sem o desdobramento. Seguiu-se então a derrocada e, em maio de 2013, esse mesmo papel pode ser adquirido até em loja de R$ 1,99, tendo o investidor direito a troco, pois no dia 10 elas fecharam a R$ 1,63. A revista Exame fez uma matéria no melhor estilo raios X de todos os fatos que levaram o império e Eike Batista à quase ruína, mas o mercado tem uma máxima que explica essa ascensão e queda: compre no boato e venda no fato.

E quais são os fatos? O que salta mais aos olhos não é somente o prejuízo apresentado desde que a companhia abriu seu capital, mas a velocidade em que esse prejuízo cresce a cada ano. Em 2010 a companhia apresentou um prejuízo 42% superior a 2009; em 2011 o resultado negativo cresceu em 170% e no último balanço ficou 136% maior que no período anterior. No primeiro trimestre de 2013 a tendência não se alterou e os quase R$ 800 milhões de prejuíz o foram 500% superiores quando comparados ao primeiro trimestre de 2012. 2009

2010

2011

2012

2013

- 200.000

- 400.000

- 600.000

- 800.000

- 1.000.000

- 1.200.000

Mesmo diante desse quadro adverso, Eike Batista conseguiu captar US$ 850 milhões (R$ 1,7 bilhão),

correspondentes à venda de 40% da participação no campo de Tubarão Martelo na Bacia de Campos à empresa estatal malaia Petronas. Esse montante é suficiente para as necessidades de caixa da OGX para o ano de 2013 e pode ser a válvula de escape para evitar a paralisia da companhia devido à falta de dinheiro. Outra notícia que o mercado pode levar em conta é que, adicionalmente à venda da participação, a Petronas possui uma opção de compra de 5% do capital total da OGX diretamente do controlador, a um valor de R$ 6,30 por ação, válida até abril de 2015. Caso essa opção seja exercida e o negócio se concretize, Eike Batista receberia algo em torno de 1 bilhão de reais. Mais do que o dinheiro em si, o exercício das opções pode dar um ânimo aos investidores, uma vez que os R$ 6,30 a serem pagos representariam um ágio de 287% sobre a cotação atual da OGX e podem ajudar a resgatar junto ao mercado a credibilidade na empresa. Petrobras em alta - E para não dizer que não falei da Petrobras, as ações PETR4 subiram 20% nas últimas três semanas aproveitando a alta do barril de petróleo tipo WTI, que pulou de US$ 86 para US$ 95 (+10%) e do Brent, que voltou a ser negociado acima dos US$ 100, com elevação de 6% entre os dias 20 de abril e 10 de maio. 

*Celso Vianna Cardoso é analista de sistemas formado pela PUC-RJ e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC. É co-autor do livro “Análise Técnica Clássica”, lançado pela Editora Saraiva em 2010, e diretor de Novos Negócios da Inove Investimentos.

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inside the market

The rise and fall of an empire * By Celso Vianna Cardoso

All eyes are on Eike Batista and the dreadful fall of his companies’ stock prices, OGX in particular. OGX raised R$ 4 billion in IPO in June, 2008. The day when it was first launched, OGX’s stock was priced at R$ 1.131 a share and it rose R$ 1.385 in the same day. Eike Batista said that this extremely high stock price would be a filter to attract wealthier investors with a long term view. To him, only wealthier investors could boast the privilege to be its partner in his empire of dreams. One and a half years later, OGX’s Administration Council approved to split its stock prices in the ratio of 1:100. By the end of 2009, OGX’s stocks that were priced at R$ 1575 a share decreased R$ 15,75. The strategy seemed to work very well until October, 2010, when its share dropped to its historical low point, priced at R$ 23,23, or R$ 2.323 without splitting its stock price. Thus, the demise was seen and in May 2013, OGX’s shares could even be bought at R$ 1,99 stores, granting the investor a change, once the company’s stock was priced at R$ 1.63 a share on May 10th.

Exame Magazine has published an article with all the facts that explain how the empire and Eike Batista were close to collapse. Yet the market has a proverb that explains the rise and fall: if you hear a hoax, buy it; if you hear a fact, sell it. And what are those facts? What come to the fore is not only the loss showed by the company since its IPO, but how fast this loss increases every year. In 2010, the company loss was 42% higher than 2009. In 2011, the negative result jumped 170% and in its last balance sheet the loss was 136% higher than the former period of time. In the first quarter of 2013 the tendency has not changed and the loss of roughly R$ 800 million were 500% higher when compared to the first quarter of 2012. Even before this hostile scenario, Eike Batista was able to raise US$ 850 million (R$ 1.7 billion), when he sold 40% of its share in Tubarão Martelo field in the Campos Basin to the Malaysian state-owned oil company Petronas. This amount is enough to solve OGX’s cash flow problems in 2013 and it might prevent the

company from paralyzing its activities because of cash flow shortage. The market is aware that, along with the share purchase, Petronas has a call option to purchase 5% of OGX’s total capital stock at a price of R$ 6.30 by April, 2015. In case this option is carried out and the business is concluded, Eike Batista would receive roughly R$ 1 billion. More than the money itself, the use of these options might encourage the investors, once the share price at R$ 6.30 represents a premium of 287% over the current OGX’s stock price and it might help to regain the company’s credibility in the market. Petrobras on the rise - Not forgetting to mention Petrobras, PETR4 shares jumped 20% in the past three weeks because of the rise of the WTI crude oil price, which jumped from US$ 86 to US$ 95 and the Brent oil price rose 6% between April 20 and May 10. Now, its price is over US$ 100. 

* Celso Vianna Cardoso is a system analyst graduated by PUC-RJ and MBA in Business Administration Management by IBMEC. Co-author of the book “Análise Técnica Clássica”(Classic Technical Analysis), released by Editora Saraiva in 2010 and New Business Director of Inove Investimentos.

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Rede Petro-BC na Brasil Offshore Por Ive Talyuli Rede Petro

O terceiro maior evento do mundo do setor de petróleo e gás aterrissa em Macaé entre os dias 11 e 14 de julho. A 7ª edição da Brasil Offshore, realizada no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho (Macaé Centro), será uma grande oportunidade para o encontro de empresários do setor e também para a geração de negócios. Por este motivo, a Rede Petro-Bacia de Campos, com o objetivo de promover, articular e fomentar a geração de negócios entre os atores da cadeia produtiva de petróleo, gás e energia da região, não poderia deixar de participar, divulgando suas ações. O espaço da Rede Petro-BC contará com o lançamento do Catálogo Digital, divulgação das empresas associadas por intermédio de pen drives, tendo seu ponto alto com a assinatura do Acordo de Resultados do Projeto Fortalecimento do Arranjo Produtivo Local de Petróleo, Gás e Energia da Bacia de Campos/RJ. Visando à articulação de fornecedores e clientes do setor offshore e agentes de desenvolvimento e pesquisa da Bacia de Campos, em uma rede de relacionamentos para gerar oportunidades de negócios para seus associados, a Rede Petro-BC tem na Brasil Offshore o ambiente ideal para cumprir sua missão. “O evento é uma grande oportunidade para as empresas da Rede Petro-BC se apresentarem para o mercado, uma vez que, sendo a terceira maior feira de petróleo do país, atrai todas as grandes empresas do setor. A Rede Petro-BC torna-se, assim, um canal importante de divulgação das empresas a ela associadas”, ressaltou Alfredo Renault, superintendente da ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), uma das organizações instituidoras da Rede Petro-BC. 16 MACAÉ OFFSHORE

Segundo Renault, a Brasil Offshore será, ainda, uma grande chance para a Rede PetroBC divulgar seu trabalho. “A captação de novas empresas como associadas será facilitada com a participação no evento. A ONIP, como realizadora da Rodada de Negócios, procura contribuir com este processo, oferecendo oportunidade de participação para todas as empresas da Rede Petro-BC”, observou. Para Evandro Cunha, membro da Coordenação da Rede Petro-BC, é cada vez mais importante a participação em eventos do setor. “Precisamos divulgar ainda mais as ações da Rede e não podemos deixar de estar presentes em eventos desse porte, assim como também participamos da Rio Oil & Gas. A Brasil Offshore será uma grande vitrine para que possamos apresentar a Rede Petro-BC para Macaé e região”, destacou.

projetos em que a promoção de negócios aconteça através da competitividade, gerando para as empresas e instituições associadas oportunidades de negócios. Fundada em 2003, a Rede tem como meta principal estreitar o relacionamento de colaboração entre clientes e fornecedores da Bacia de Campos. Entretanto, o trabalho desenvolvido pela Rede Petro-BC só é possível graças a dedicação e participação do Comitê Gestor, das Organizações Instituidoras e das Empresas Parceiras. São elas: Petrobras, SEBRAE, Sistema FIRJAN, Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), ONIP e Prefeitura Municipal de Macaé. “Temos um objetivo ainda maior que é nos tornarmos referência nacional, deixando de atuar somente em Macaé para atender também toda a região, levando ainda mais desenvolvimento”, afirmou Evandro.

Com o desafio de atender as demandas da principal área de exploração e produção brasileira, a Rede Petro-BC investe constantemente em estudos para viabilização de

Para ser um associado da Rede PetroBC, basta entrar em contato pelo telefone (22) 2796-6122 ou acessar o site www.redepetro-bc.com.br. 


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Rede Petro-BC at Brasil Offshore By Ive Talyuli Rede Petro

The third biggest oil and gas event in the world arrives in Macaé between July 11 and 14. The 7th Brasil Offshore, held in the Convention Center Jornalista Roberto Marinho, will be a great opportunity for entrepreneurs do business. Therefore, Rede Petro-Bacia de Campos, with the goal to promote, articulate and foster business among stakeholders of the oil and gas chain in the Campos Basin, is going to attend the event to talk about its actions. In Rede PetroBC’s exhibition stand will be launched the Digital Register, which is a register book on companies. It is going to distributed in pen drives. Also, there will be the signature of the Project Results Agreement: The Strengthening of the Oil, Gas and Energy local production arrangement in the Campos Basin. Aiming the integration between suppliers, clients of the offshore segment and stakeholders for the development and research of the Campos Basin into a network for business opportunities for its members, Rede Petro-BC sees Brasil Offshore an important environment to accomplish its mission. “The event is a great opportunity for companies members of Rede Petro-BC to introduce themselves to the market, once Brasil Offshore is the third biggest oil event in the country and is going to attract oil major companies. Thus, Rede Petro-BC becomes an important communication channel for its members,” said Alfredo Renault, ONIP’s superintendent. ONIP is one of Rede Petro-BC’s institute members.

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To Evandro Cunha, Rede Petro-BC coordinator member, it is very important to attend the event. “We have to spread Rede Petro-BC’s actions and we cannot afford to be out of the events of the industry of this size. We have attended Rio Oil & Gas and Brasil Offshore will be a great opportunity for Rede Petro-BC to introduce itself to Macaé,” he highlighted.

investing in surveys to make business projects that promote business through competitiveness viable, fostering business opportunities for companies and institutes. Founding in 2003, Rede Petro’s goal is to strength the relationship between clients and supply companies from the Campos Basin. Yet the work of Rede Petro-BC is only possible due to the dedication and participation of the Management Committee, Institute Organizations and Companies. They are Petrobras, SEBRAE, FIRJAN, Macaé Trade and Industry Association, ONIP and the government of the city of Macaé. “Our even bigger goal is to become a national reference, working not only in Macaé but also in all the region, fostering its economic growth,” Cunha says.

With the challenge of meeting the demand of the main oil and gas region in the country, Rede Petro-BC has been

To become a Rede Petro-BC member, call 55 22 2796-6122 or go to the website – www.redepetro-bc.com.br 

To Alfredo Renault, Brasil Offshore will be a great opportunity for Rede Petro-BC to show its work. “Working to register new Rede Petro-BC members will be much easier with the event. ONIP, who is going to carry out the Business Roundtable, seeks to help this process, allowing all the Rede Petro-BC members take part on it,” he said.


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ENTREVISTA

Raul Sanson Vice-presidente do Sistema Firjan destaca os desafios do Rio de Janeiro para ampliar sua participação na cadeia produtiva de óleo e gás

Por Brunno Braga

Retomar o protagonismo do Rio de Janeiro na indústria de base para a área de óleo e gás é o mais recente desafio capitaneado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A alocação de polos industriais específicos é vista como estratégia crucial para o desenvolvimento dessa indústria, que tem uso intensivo de tecnologia e mão de obra qualificada. Atualmente, o Estado do Rio, responsável por mais de 80% da produção de petróleo no Brasil, está muito atrás de São Paulo em termos de representação da cadeia de suprimento, reconhece a federação. Mas, para o vice-

Macaé Offshore - O senhor poderia falar sobre as últimas ações da Firjan para o desenvolvimento do setor petrolífero no Estado do Rio de Janeiro? RAUL SANSON - A Firjan tem investido muito para o desenvolvimento do setor de óleo e gás no Estado do Rio de Janeiro. Investimos em dois Centros de Tecnologia (CT), em unidades do Senai nos bairros de Benfica e do Maracanã. 20 MACAÉ OFFSHORE

presidente do Sistema Firjan, Raul Sanson, a participação da cadeia fluminense tem potencial para crescer, desde que seja criado um plano de ação voltado para o seu desenvolvimento, sobretudo em função da retomada dos leilões, com grande destaque para o pré-sal. Sanson falou com a equipe da Macaé Offshore sobre esses desafios. Para ele, o Rio já se consolidou como um estado de grande atração para empreendimentos, mas o próximo passo é acertar a consolidação da cadeia. Para isso, ele defende maior integração entre a Firjan, a Petrobras e o Governo do Estado.

Os investimentos somados chegam a mais de R$ 100 milhões. M.O. - O senhor poderia dar mais detalhes a respeito destes CTs? R.S. - Em Benfica, assinamos um convênio com a Petrobras para produzir 14 novos simuladores de operações a serem utilizados para capacitação de profissionais da indústria de óleo e gás nos próximos cinco anos. Essa unidade do Senai

será o maior centro de treinamento operacional offshore da América Latina. O investimento de R$ 83,6 milhões é proveniente da aplicação de recursos associados aos investimentos obrigatórios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e em treinamento, num montante que representa 1% do faturamento dos campos que pagam participação especial. O centro já tem instalados outros três simuladores, por onde já passaram cerca de quatro mil


entrevista

empregados da Petrobras desde 2006: o Simulador de Lastro, o de Planta de Processamento Primário e o Centro de Treinamento em Atmosferas Explosivas. Já na unidade do Senai no bairro do Maracanã também temos um convênio com a Petrobras para a construção de um laboratório de soldagem de última geração para o desenvolvimento de tecnologia de solda, no qual estamos investindo cerca de R$ 12 milhões e será muito importante para que as demandas por solda da Petrobras sejam atendidas, como a tecnologia de solda a laser. Enfim, estamos nos antecipando no processo de formação de mão-de-obra, oferecendo estrutura de cursos que visam à modernização da mão-de-obra, com computadores de última geração, ensino à distância entre outras coisas. M.O. – E quais serão os próximos passos da Firjan para o setor? R.S. - Agora, junto com a Petrobras e a Sedeis (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços), estamos trabalhando para a criação de clusters. Na verdade são três: um polo subsea, um polo navipeças e um polo do Comperj. Então, formamos um triunvirato. A Petrobras, como grande compradora; a Firjan, como instituição que reúne as empresas vendedoras; e a Sedeis, como entidade governamental indutora dos investimentos. A ideia é criar uma nova filosofia de pensar o Rio, não somente como polo atrativo de grandes negócios, mas também como centro da indústria de base do setor de óleo e gás.

devido à sua importância para o incremento de tecnologia avançada exigida para o setor offshore (veja matéria nesta edição). O polo de navipeças também tem grande importância, pois é aqui no Rio que estão instalados os principais estaleiros. E a criação de um polo próximo ao Comperj deverá impulsionar a indústria petroquímica no estado, que ainda tem uma representatividade pequena. A importância disso tudo é muito grande. Como eu disse, o Rio está recebendo muitos empreendimentos. Mas, quando eles ficarem prontos, os milhares de empregos que foram gerados acabam e se não tivermos aqui uma indústria de base desenvolvida, teremos que importar maquinários e outros serviços de manutenção. Por isso, estamos pensando planos de ação para que isso não aconteça.

estado. Estamos fazendo estudos, detalhamento, planos de ação e cronograma para trabalharmos a partir da criação dos polos. M.O. - O Rio de Janeiro está se preparando para entrar nesse processo? R.S. - Sim. Temos empresas que já fabricam árvores de natal, manifolds e outros equipamentos. Assim, podemos fazer com que o Rio se torne uma estado com uma forte indústria de base. Mas tudo isso demanda aprendizado. Por isso, estamos programando para breve uma missão comercial à Noruega para ver como funciona o cluster de óleo gás de lá. Irão conosco representantes da Onip (Organização Nacional

M.O. - Como este processo poderá ser conduzido? R.S. - O polo automotivo é um bom exemplo de como isso pode dar certo. Na cidade de Resende, no Sul Fluminense, já se pode ver uma cadeia de fornecedores bastante ativa. Nosso objetivo é ir por este caminho. Temos que trabalhar num plano de ação para desenvolver a cadeia aqui no

O primeiro polo que estamos trabalhando é o de subsea, MACAÉ OFFSHORE 21


ENTREVISTA

da Indústria do Petróleo) e vamos tentar entender a experiência norueguesa e assim trabalhar para desenvolver os nossos polos aqui. M.O. - São Paulo responde por 60% da cadeia de suprimento para a indústria de O&G no Brasil. O senhor acha que com esses polos o Rio de Janeiro pode aumentar a sua representatividade na cadeia em âmbito nacional? R.S. - A Firjan está trabalhando neste sentido. Precisamos retomar o protagonismo da indústria de base offshore. Na década de 1970, o Rio de Janeiro era o segundo maior produtor de navios do mundo. Éramos os únicos no Brasil a fabricar motores de propulsão a diesel no antigo estaleiro Ishibras neste período. Mas, em função de governos que por aqui passaram, e que não deram muito atenção a isso, perdemos essa primazia. Então, queremos reverter isso, canalizando todo o nosso potencial industrial para aumentar a participação na cadeia produtiva fluminense, que hoje é dominada por São Paulo.

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M.O. - Com o leilão do pré-sal para o campo de Libra, que fica locali-

A ideia é pensar o Rio, não apenas como pólo atrativo de grandes negócios, mas também como centro da indústria de base de O&G zado na Bacia de Santos, o senhor acha que o Rio tem como ganhar em termos de investimentos?

R.S. - Sim. Ainda não sabemos onde a Petrobras irá instalar a sua base de apoio offshore, mas estamos torcendo para que seja em Angra dos Reis, no sul fluminense. Mas aí teremos que fazer planejamentos e estudos para que a região não tenha os mesmos problemas que hoje Macaé enfrenta. Isso significa criar uma infraestrutura capaz de atender à indústria de forma racional e sustentável. M.O. - E em relação ao conteúdo local, como a indústria fluminense pode se beneficiar com essa política? R.S. - A política de conteúdo local ainda é nova e gera muitas dúvidas. A política industrial é baseada na demanda local. Isso significa que é importante desenvolver a indústria no país. No entanto, é importante observar as vocações das empresas fornecedoras, a capacidade de crescer no Brasil e depois fazer com que elas se tornem competitivas em âmbito internacional. Mas essa política precisa ter prazo para terminar.


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Acomodações otimizadas, Acomodações otimizadas, ganho ganho em em produtividade produtividade Influência do ambiente no bem estar offshore Influência do ambiente no bem estar offshore Colaboradores Offshore lidam com diversos impactos em sua saúde, emcom funColaboradores Offshore lidam ção do ambiente de trabalho. O diversos impactosinusitado em sua saúde, em funruído sala de motores, o esção doexcessivo ambientena inusitado de trabalho. O tresse causado pelo manuseio de cargas, ruído excessivo na sala de motores, o esinúmeros dispositivos técnicosde e reparos tresse causado pelo manuseio cargas, ainúmeros bordo são alguns fatores quee caractedispositivos técnicos reparos rizam esse As acomodações a bordo sãoambiente. alguns fatores que caractede tripulação estão quase localirizam esse ambiente. As sempre acomodações zadas nas seções dos navios, de tripulação estãoinferiores quase sempre localionde exposição barulho dos é altanavios, e, eszadasanas seçõesao inferiores tudos quebarulho a exposição a ruíonde acomprovam exposição ao é alta e, esdos, a um nível pode trazer tudosmesmo comprovam que médio, a exposição a ruíconsequências psicológicas, e fídos, mesmo a um nível médio,sociais pode trazer sicas levando a psicológicas, perturbações de sono,efaconsequências sociais fídiga, desmotivação.de sono, fasicas estresse levando ae perturbações diga, estresse e desmotivação. Pesquisas mostram que a qualidade das Pesquisas acomodações, exposição a ruídos, mostram que a qualidade condições de iluminação e estética indas acomodações, exposição a ruídos, fluenciam de maneira relevante o estrescondições de iluminação e estética inse, a motivação e a saúde dos otrabalhafluenciam de maneira relevante estresdores Offshore. eMaior atenção a esses se, a motivação a saúde dos trabalhadores Offshore. Maior atenção a esses

fatores deve ser dada a bordo de navios efatores plataformas, pelo fatoade ali muitas pesdeve ser dada bordo de navios soas viverem pelo e trabalharem de maneira e plataformas, fato de ali muitas pesquase confinada. Trabalho ede lazer rarasoas viverem e trabalharem maneira mente espaços distintos quase acontecem confinada. em Trabalho e lazer rara-e constantemente as pessoas tem que lidare mente acontecem em espaços distintos com dificuldadesasde iluminação e situaconstantemente pessoas tem que lidar ções de ambientação restritiva. Bom placom dificuldades de iluminação e situanejamento e design podem melhorar ções de ambientação restritiva. Bomconplasideravelmente a qualidade da convivênnejamento e design podem melhorar concia no ambiente,aoqualidade que acarretará melhor sideravelmente da convivêndesempenho por oparte trabalhadores. cia no ambiente, quedos acarretará melhor desempenho por parte dos trabalhadores.

Acomodações sob medida para todos Acomodações medida A restrição de espaço asob bordo, que se para dá em todos virtude dos li-

mites estreitos do é oa entrave principal, utilização A restrição de navio espaço bordo, que se dámas em avirtude dos de licores escuras, do decoração nenhumamas discriminação mites estreitos navio é oescassa entraveeprincipal, a utilizaçãoende tre as áreas de trabalho e lazer, de novo, influenciam fortemente cores escuras, decoração escassa e nenhuma discriminação en-a atmosfera, o bem estar, o nível de satisfação e o comportamento. tre as áreas de trabalho e lazer, novo, influenciam fortemente a Planejamento e design ênfase em iluminação e acústica é esatmosfera, o bem estar,com o nível de satisfação e o comportamento. sencial. Através de variações de combinação de cores, os cômoPlanejamento e design com ênfase em iluminação e acústica é esdos podem ser divididos opticamente e o design das acomodasencial. Através de variações de combinação de cores, os cômoções de tripulação, as quais raramente eoferecem dedos podem ser divididos opticamente o designprivacidade, das acomodavem cores agradáveis e mobiliário de coresprivacidade, leves podendo çõesprever de tripulação, as quais raramente oferecem deassim ser personalizados. Uma atmosferadeagradável é pré-requivem prever cores agradáveis e mobiliário cores leves podendo sito para bem estar, prontidão e bom desempenho. assim sero personalizados. Uma operacional atmosfera agradável é pré-requisito para o bem estar, prontidão operacional e bom desempenho.

Luz para pessoas Luz brilhantes para pessoas brilhantes

Um assunto muito importante são Um as condições de iluminação assunto muito importantea bordo. precisam muita luz,a são as Uns condições de de iluminação outros preferem iluminação modebordo. Uns precisam de muita luz, rada. bem estariluminação é um sentimenoutrosOpreferem modeto muito individual, como a rada. O bem estar éassim um sentimenpercepção da luz. No que como concer-a to muito individual, assim ne a essa percepção iluminação, percepção da luz. Nodaque concermuitas possibilidades estune a essa percepção daforam iluminação, dadas torná-la maisforam individual. muitaspara possibilidades estuAnne arquiteta naval e gerendadasMeyer, para torná-la mais individual. te de Engenharia da divisão Anne Meyer, arquiteta naval eMarine geren& da KAEFER ISOBRASIL te Offshore de Engenharia da divisão Marine diz: “a partirdado princípio de que a & Offshore KAEFER ISOBRASIL sensibilidade à luz é muitodediversa, diz: “a partir do princípio que a podemos instalar com sensibilidade à luz élâmpadas muito diversa, “dimmer”, lâmpadascom que podemos configurar instalar lâmpadas reproduzam a luz dolâmpadas dia ou sim“dimmer”, configurar que plesmente máximo de reproduzamoferecer a luz doo dia ou simluz natural possível. o auxílio plesmente oferecer oCom máximo de da a separação de diferentes luz luz, natural possível. Com o auxílio seções mesmo compartimenda luz, num a separação de diferentes to pode num ser feita de modo a atingir seções mesmo compartimenmais privacidade a AMBIMAR to pode ser feita edecom modo a atingir KAEFER, oferecemos sistema mais privacidade e comum a AMBIMAR de iluminação que é instalado facilKAEFER, oferecemos um sistema mente e se destaca considerar de iluminação que é por instalado facilcondições pessoais de ajusmente e semuito destaca por considerar tes de iluminação”. condições muito pessoais de ajustes de iluminação”.

Pequenas mudanças com grandes efeitos Pequenas grandes efeitos Para estar emmudanças condições decom oferecer à tripulação uma at-

mosfera saudável é necessário perceber àesses problemas Para estar em condições de oferecer tripulação uma at-e transtornos. Pequenas mudançasperceber podem trazer mosfera saudável é necessário essesresultados problemasex-e traordinários sem seremmudanças dispendiosas ou trabalhosas. Em comtranstornos. Pequenas podem trazer resultados exparação aos investimentos dos anos anteriores em melhorias traordinários sem serem dispendiosas ou trabalhosas. Em comem exaustão emissões oudos esgoto outros equipamentos paração aos de investimentos anose em anteriores em melhorias técnicos a bordo, os custos para melhorias em equipamentos acomodações em exaustão de emissões ou esgoto e em outros de tripulação são os realmente baixos. Com efeito, tais medidas técnicos a bordo, custos para melhorias em acomodações podem aprimorar condições de saúde e motivação de tripulação sãoas realmente baixos. Com efeito, taislevando medidasa aumento de comprometimento uma prevenção de acidentes podem aprimorar as condições edea saúde e motivação levando a mais eficaz. O ciclo gerado por eessas mudanças traz aumento de comprometimento a umapequenas prevenção de acidentes grandes benefícios todas por as partes mais eficaz. O ciclo agerado essasenvolvidas. pequenas mudanças traz grandes benefícios a todas as partes envolvidas.

20.05.2013 2 www.kaeferisobrasil.com.br - Macaé/RJ - (22) 2773 55 86 / Niterói/RJ - (21) 3674 66 00 - Visite-nos na Brasil Offshore 2013 - Estande 43 20.05.2013 2 www.kaeferisobrasil.com.br - Macaé/RJ - (22) 2773 55 86 / Niterói/RJ - (21) 3674 66 00 - Visite-nos na Brasil Offshore 2013 - Estande 43

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ENTREVISTA

5 MINUTOS com Evandro Esteves Macaé vive novo boom do setor, diz representante da Firjan Por Rodrigo Leitão

O presidente da Comissão Municipal da Federação Firjan em Macaé, Evandro Esteves, fala sobre o boom que a cidade vai sofrer com os investimentos provenientes do pré-sal e das empresas de grande e pequeno porte que já estão se instalando na região.

1 - Com o anúncio do Plano de Negócios da Petrobras (2013-2017), como o senhor avalia os investimentos em Macaé? Tenho certeza que com o recente PNG, o volume de negócios na cidade de Macaé vai dobrar. Grande parte é destinada às áreas estratégicas da companhia, como Exploração e Produção (E&P) e construções de navios-sonda e novos FPSOs. Essas novas demandas ficarão prontas daqui a cinco, seis anos, mas o período de vida dessas embarcações é de 30 anos, ou seja, as empresas têm que enxergar que esses navios e plataformas vão precisar de manutenção e reparo. Não existe outra região no Brasil para atender esse volume de demanda. Também não podemos esquecer que companhias internacionais já estão se instalando em Macaé, de olho neste potencial de contratos futuros. Esta competitividade vai exigir do fornecedor nacional investir mais em sua empresa e capacitar ainda mais a 24 MACAÉ OFFSHORE

mão-de-obra para atender a esse crescimento. 2 – A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou que o sucesso da 11ª Rodada de Licitações se deve à descentralização dos investimentos nas bacias de Campos e Santos. Qual a sua avaliação, após esta rodada? A divisa das fronteiras do Brasil em relação à produção e exploração de petróleo vai desde o Uruguai até a Foz do Amazonas. E a 11ª Rodada mostrou exatamente esse reflexo: o petróleo não está só concentrado em uma região, mas disponível no Brasil inteiro, gerando inúmeras oportunidades para as empresas encontrarem outros caminhos. Os problemas que as operadoras enfrentam na margem equatorial são de ordem logística. As companhias precisam se adequar à navegação de cabotagem porque tudo é muito difícil nessas áreas remotas, mas com certeza será uma grande

oportunidade para o Brasil e, principalmente, para a indústria de fornecedores. Porém, esse novo mercado não vai desconcentrar as oportunidades de investimentos numa cidade como Macaé. A maior base logística da Petrobras está na cidade: o Parque dos Tubos, que é o “pulmão” do almoxarifado da Petrobras. Os produtos ainda vão continuar passando por Macaé. 3 – Em relação ao poder de atração de negócios, quais empresas já assinaram compromissos ou já fecharam contratos para montar ou expandir suas bases em Macaé? Atualmente a cidade está recebendo o maior volume de investimentos desde o começo do ciclo do petróleo. A Schlumberger, por exemplo, construiu a maior base que eles têm no mundo em Macaé. Podemos citar ainda a Odebrecht Óleo e Gás, que pretende ampliar sua base, a Halliburton e a National Oil Varco (NOV), que atua no segmento de


entrevista

inspeção tubular e fornecimento de equipamentos para perfuração e está com uma fábrica de risers com mais de 400 empregados. Com esse boom de investimentos em Macaé, o custo de vida ficou caro e já está perto ou igual às outras cidades de petrolíferas espalhadas mundo afora, porque a cidade atraiu muita gente e isso é normal. Mas Macaé não vai atrair 100% dos investimentos de todas as companhias que queiram se instalar na região. Muitas, por causa do custo, das desonerações fiscais, acabam optando por cidades nas redondezas, ou até mesmo pelo Rio de Janeiro. Vale lembrar que a Odfjell Drilling e a Ocean Rig – fabricantes de sondas –, escolheram o Rio para montar suas fábricas. O importante, neste caso, não é onde elas estão se instalando e sim ter o mercado em mãos. A logística nós é que temos que mudar. 4 – Como os novos portos que estão em funcionamento e os novos que serão construídos podem abrir este mercado, principalmente para a indústria de óleo e gás? Sem infraestrutura não há desenvolvimento. Temos que correr atrás do prejuízo, estamos 20 anos defasados em logística, seja nos portos, nas rodovias etc. Em Macaé, uma empresa privada, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, está construindo um terminal logístico (Terlom), no bairro do Barreto, para atender à demanda portuária voltada, principalmente, para a exploração e produção de petróleo na região. O Terlom tem potencial para assumir as demandas hoje não supridas pelo Porto da Imbetiba, única base naval disponível atualmente

em Macaé, para dar suporte logístico às operações na Bacia de Campos. Apesar de a Petrobras possuir terminal próprio na cidade, ela já mostrou interesse em utilizar o Terlom, caso fique pronto num prazo relativamente curto, porque o seu terminal já não consegue atender toda a demanda. Ou seja: há demanda para todos. 5 – Qual a importância da Comissão Municipal da Firjan para o desenvolvimento de Macaé?

A comissão possui 21 colaboradores diretamente envolvidos em repensar e rediscutir a cidade de forma ampla. Nossos esforços atingem as áreas de infraestrutura, educação básica e técnica, segurança, saneamento básico etc. Além da Comissão, foram criadas oito câmaras temáticas, com o objetivo de atender e entender os problemas de cada área mais rapidamente. Cada câmara tem um líder e, toda primeira quarta-feira do mês, há uma reunião entre todos os integrantes, quando novas diretrizes são dadas ou rediscutidas. 

Nosso objetivo é representar institucionalmente a Firjan, propiciando um ambiente competitivo de negócios na cidade. Hoje, contamos com representantes de instituições como a International Association of Drilling Constractors (IADC), a Society of Petroleum Engineers (SPE), o Sebrae, a Marinha do Brasil (por meio da Capitania dos Portos), a Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) e a RedePetro-BC, além da Petrobras, que tem assento cativo. Temos a ajuda e compreensão de 100% da força empresarial, seja de pequenos ou grandes empresários instalados na cidade.

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INTERVIEW

Raul Sanson Vice-president of Firjan highlights the challenges of Rio de Janeiro to increase its participation in the oil and gas industry base

By Brunno Braga

Resuming the protagonism of the state of Rio de Janeiro within the national oil and gas chain is the latest challenge to be faced by the Federation of Industries of the State of Rio de Janeiro (Firjan). The specific industrial clusters to be established is seen as a crucial strategy to the improvement of the industry, which has an intensive use of technology and skilled work force. Currently, the state of Rio de Janeiro, which is responsible for roughly 80% of oil output in Brazil, is far behind São Paulo in terms of supply chain representation. Yet Firjan vice-president

Macaé Offshore - Can you talk about Firjan’s latest actions for the improvement of the oil and gas industry in Rio de Janeiro? Raul Sanson - Firjan has been investing for the improvement of the oil and gas industry in the state of Rio de Janeiro. We have invested in two Technology Centers. The amount of these investment is worth R$ 100 million

M.O. - Can you give us more details about those Technology Centers? 26 MACAÉ OFFSHORE

Raul Sanson says that Rio de Janeiro’s supply chain has a potential to grow whether a plan toward its improvement is designed, mainly because of the resuming of the oil auctions, with the pre-salt in the spotlight. Sanson talked to Macaé Offshore about these challenges. To him, Rio de Janeiro has consolidated as an attractive state for big entrepreneurs. Yet the next step is to consolidate its supply chain. Therefore, he advocates a greater integration between Firjan, Petrobras and the government of the state of Rio.

R.S. - In Benfica neighborhood, we have signed a partnership with Petrobras to manufacture 14 new operating system simulators to be used to train workers of the oil and gas industry over the next five years. This Technology Center will be the greatest offshore training center in Latin America, with investment of R$ 83.6 million. This amount of investment is provided by the resources associated investments in Research and Development and in training. This represents 1% of the revenues

of the fields where the operators pay special participation. The technology center has three other operating system simulators – ballast control simulator, primary processing plant simulator and explosive atmosphere testing - where four thousand workers have been there for training since 2006. As for the Technology Center in the Maracanã neighborhood, we also have a partnership with Petrobras to build a high-tech welding laboratory. We are investing R$ 12 million in that and it is going to be very


INTERVIEW

important to meet Petrobras demands for welding. So, we are anticipating the development of the workforce, with cutting edge computing centers, distance education among other things.

M.O. – What are Firjan’s next steps? R.S. - Now we are working along with Petrobras and the Secretary of Economic Development, Energy, Industry and Services for the State of Rio de Janeiro to create clusters. In fact, we are talking about three clusters - a sub-sea cluster, a shipbuilding cluster and a petrochemical cluster. It is a Triumvirate. Petrobras, as a major buyer of equipment; Firjan, as an institute that gather winner companies; and the Sedeis, as a governmental entity that leads investment. The idea is to create a new way to think about Rio, not only as an attractive center for investments, but also as a hub for the oil and gas supply chain. The first cluster that we are working is the sub-sea, due to its importance for the development of advanced technology demanded by the offshore segment. The shipbuilding cluster also has a great importance, once the state of Rio de Janeiro hosts the main shipyards in Brazil. And the creation of a petrochemical cluster close to the Comperj must boost the petrochemical industry in the state, which has a small representation. This process is really important. As I said, Rio de Janeiro is receiving many investments. Yet when those entrepreneurs are concluded the thousand of jobs that were created will be over and if we don’t have a developed supply chain in the state, we will have to import equipment and other maintenance services. Therefore, we are thinking about plans to avoid this problem.

M.O. - How is this process going to be conducted? R.S. - The automotive cluster is a good example of how this can be

done right. In the city of Resende, in the south of Rio de Janeiro, it is already seen a very dynamic supply chain. Our goal is to follow this path. We have to design a plan to improve the supply chain in the state. We carrying out studies, plans and schedule to create the clusters.

M.O. - Is Rio de Janeiro prepared to get into this process? R.S. - Yes, it is. We already have companies that manufacture wet

The idea is to create a new way to think about Rio, not only as an attractive center for investments, but also as a hub for the oil and gas supply chain Christmas trees, manifolds and other equipment. Thus, Rio de Janeiro can become a strong state for the oil industry base. Yet this requires a learning process. Therefore, we are scheduling a trade mission to Norway to see how the Norwegian oil cluster works. We are going there with Onip members and we will try to understand the Norwegian experience and so to work to improve our clusters here.

M.O. - São Paulo is responsible for 60% of the supply chain for the oil and gas industry in Brazil. Do you think that Rio de Janeiro can improve its supply chain representation in the country with the creation of those clusters? R.S. - Firjan is working in that sense. We must resume the protagonism of the offshore industry base. In the 1970s, Rio de Janeiro was the second biggest shipbuilder in the world. Rio de Janeiro was the only state in Brazil to manufacture diesel propulsion engine in the former Ishibras shipyard. Yet due to the former governments who did not care about Rio’s offshore industry base, we lost our supremacy. So, we want to reverse that, channeling our potential to increase Rio’s industry base, which is largely mastered by São Paulo today.

M.O. - With the pre-salt auction to Libra prospect, in Santos Basin, do you think that Rio de Janeiro can take advantage of that? R.S. - Yes. We don’t know where Petrobras will establish its offshore hub yet. But, we wish that it will be established in the city of Angra dos Reis, in the south of Rio de Janeiro. Yet we have to carry out plans and studies to avoid the problems that the city of Macaé faces today. So, it means that we have to build an infrastructure that is able to assist the industry in a rational and sustainable way.

M.O. - Can the industry of Rio de Janeiro take advantage of the local content policy? R.S. - Local content policy is still new and there are many doubts. An industry policy is based on the local demand. It means that this is important to improve the industry in the country. Yet it is important to be aware of the suppliers capacity to grow in the oil industry and make them competitive in the international scenario. MACAÉ OFFSHORE 27


INTERVIEW

5 MINUTES with Evandro Esteves The city of Macaé experiences a new boom in the oil industry, says the director of Firjan By Rodrigo Leitão

The president of the Firjan City Commission of Macaé, Evandro Esteves, talks about the business boom that the city of Macaé will see with the pre-salt investments and investments of major and small companies that are established in the region.

1 – With the announcement of Petrobras’ 2013-2017 Business Plan, how do you evaluate the investments in Macaé?

I am sure that with the latest Petrobras Business Plan the investments in the city of Macaé will double. Most part of the investments will go towards strategic areas of the company, such as Oil and Gas Exploration and Production, and drilling rigs and FPSOs construction. These demands will be delivered six years from now, but the life duration of these ships and oil platforms is 30 years. In other words, companies must see that these ships and oil platforms will need maintenance and repair. None region in the country is able to meet this demand. Also, we cannot forget that foreign companies are going to the city of Macaé, aiming those future contracts potential. This bid will demand more investments of the national supplier in its company and its workforce to meet the growth demands.

2 – The director of the ANP, Magda Chambriard, said that the success of the 11th Bidding Rounds is because of the decentralization of investments in Campos and Santos basins. What is you view?

The oil producing frontier in Brazil goes from Uruguay to the mouth of Amazonas river. And the 11th Bidding Round reflected that oil is not concentrated in one region. It is found throughout Brazil so many opportunities are created for companies who want a new region to invest. The problems that the operators will face in the Equatorial Margin are in logistics. The companies must to get used to the coast sailing because everything is difficult in these remote areas. However, it is going to be a great opportunity for the supply chain in Brazil, indeed. Yet this new market 28 MACAÉ OFFSHORE

is going to decentralize the investment opportunities in a city like Macaé. The biggest Petrobras logistics hub is in the city of Macaé – Parque dos Tubos - , which is the heart of Petrobras warehouse. The products still going to pass through Macaé.

3 – As for the business attraction, which companies have committed themselves to expand its operating facilities in the city of Macaé?

Currently, the city is receiving the greatest amount of investments since the beginning of the oil cycle. Schlumberger, for example, has built in the city of Macaé its biggest facility in the world. We can also mention Odebrecht Oil and Gas that wants to expand its facility, Halliburton and National Oil Varco, a company that works in the supplying of drilling equipment and pipeline inspection and now has a factory to manufacture risers with more than 400 employees. With this investment boom in Macaé, the life cost increased and it is very similar to the other oil cities abroad because the city of Macaé has been attracted people. This is normal. Yet Macaé will not receive 100% of investments of the companies who want to be established in the region. Many companies will choose cities that offer tax exemptions. It is worth to mention that Odfjekk Drilling and Ocean Rig – drilling rigs builders - , have chosen Rio de Janeiro to establish their facilities. In this case, the importance is not where they are going to be established but how to rule the market. We have to change the logistics.

4 – How can the new ports that are under operation and those that are under construction open this market for the oil and gas industry?

No infrastructure, no gain. We have to overcome the problems because we are 20 years late in logistics – ports, roads etc. In Macaé, a private company, with a partnership with the Secretary of Economic Development of the city of Macaé, is building a logistics terminal (Terlom) in Barreto neighborhood, to meet port demands toward the oil and gas industry. Terlom has a potential to supply what Imbetiba port, the only current marine hub in Macaé for Campos Basin operations, cannot do. Although Petrobras has its own terminal in Macaé, the company has shown some interest to use Terlom if the port is concluded in short term, once its terminal cannot meet the demand. In other words - there is demand for everybody.

5 – What is the importance of the Firjan City Commission for the business improvement of Macaé?

Our goal is to represent Firjan, providing a competitive environment for business in the city. Currently, we have members of institutions such as the International Association of Drilling Contractors (IADC), a Society of Petroleum Engineers (SPE), Sebrae, Brazilian Navy, Macaé Industries and Trade Association and Redeposit-BC and Petrobras. We have the support of the entire entrepreneurs of the city of Macaé. The commission has 21 stakeholders involved to think and discuss the city. Our work reaches segments such as infrastructure, basic education, safety, basic sanitation etc. Besides the commission, eight thematic chambers were created to assist and watch the problems of every segment faster. Every chamber has a leader and there is a meeting every first Wednesday of the month when new tasks are given and debated. 


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GESTÃO

Paulo Mosa Filho

Informações que valem

ouro

Como a prática de inteligência competitiva tem trazido resultados concretos para a cadeia de petróleo e gás Por Flávia Domingues e Rosayne Macedo

N

unca os números foram tão promissores e aqueceram tanto as oportunidades para a cadeia produtiva de petróleo e gás no Brasil. Somente a produção de petróleo no pré-sal nos poços operados pela Petrobras deve superar a marca de 1 milhão de barris em 2017, de acordo com a estimativa da companhia divulgada em março, como parte de seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017.

(ANP). Embalada no sucesso da 11ª, realizada em maio, a expectativa agora gira em torno do primeiro leilão do pré-sal, inaugurando o modelo de partilha. Serão fatiados entre empresas do mundo todo 1,5 mil quilômetros quadrados do Campo de Libra, na Bacia de Santos, onde esperam-se reservas de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de óleo recuperáveis, mais da metade do total de reservas provadas no Brasil, que é de 14,5 bilhões.

Somado a este mar de oportunidades proporcionadas pela estatal, todos os olhos do mercado também estão voltados para a as novas rodadas de licitações organizadas pela Agência Nacional de Petróleo

Informações como estas valem como ouro e podem representar novas oportunidades de negócios, crescimento e competitividade para empresas fornecedoras de diversos segmentos atuantes

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na cadeia de Oil & Gas. Apesar das boas perspectivas, para enfrentar o desafio de fechar bons negócios sai na frente quem gerencia de forma estratégica as informações e as transformam em vantagens competitivas. Cada vez mais empresas do setor de petróleo e gás devem estar atentas ao modo como lidam com os diferentes tipos de informações que circulam no mercado. E a prática de inteligência competitiva apoia justamente as organizações para anteciparem suas decisões mercadológicas, analisando cenários e prevendo, inclusive, qual será o comportamento dos seus concorrentes.


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GESTÃO

Para Marcos Cavalcante, professor e coordenador da pós-graduação em Gestão do Conhecimento e Inteligência Empresarial, MBKM, do Crie/Coppe/ UFRJ, empreendedores do setor de óleo e gás devem prestar muita atenção aos movimentos do mercado, especialmente no Rio de Janeiro, onde a sociedade do conhecimento representa uma grande oportunidade. “A indústria do petróleo, por causa dos enormes desafios do pré-sal, passará por enormes transformações tecnológicas, processuais, de logísticas, de capacitação de mão-de-obra (que tipo de

profissionais serão necessários). Nossa economia é uma economia de serviços, onde o conhecimento é um diferencial ainda mais relevante. Nós somos um portal do Brasil para o mundo e o mundo quando pensa no Brasil, pensa no Rio”, alerta Cavalcante. Na prática, a inteligência competitiva é um processo contínuo de coletar, analisar e aplicar, de forma ética, informações estratégicas como oportunidades de negócios, vulnerabilidades e movimentos dos concorrentes, monitorar o ambiente competitivo em geral de forma estruturada.

Especialmente aplicadas ao setor de petróleo e gás, as técnicas de IC têm apoiado empresas no mapeamento e avaliação de oportunidades de contratos em bacias, campos e poços; na identificação de novos negócios e oportunidades em relação à exploração de outros nichos como alternativas de seus produtos; no monitoramento contínuo, em grande escala, de clientes, potenciais clientes dos principais concorrentes e potenciais entrantes no mercado e na validação de projeções de demanda de equipamentos específicos no Brasil para o pré-sal nos próximos 10 a 15 anos.

Por onde começar As empresas e organizações de todos os setores, especialmente de petróleo e gás, precisam estar sempre atentas aos movimentos do mercado, do consumo, das novas tecnologias e da economia. Com práticas de inteligência competitiva é possível acompanhar proativamente sinais fortes e fracos do ambiente externo à empresa, de forma sistêmica e estruturada, e analisar permanentemente informações estratégicas para identificar tendências, ameaças, oportunidades de novos negócios, comportamento da concorrência. “São práticas que devem ser incorporadas como essenciais para a atuação de qualquer organização realmente empenhada em competir e inovar”, afirma Beto do Valle, Diretor de Knowledge + Innovation da TerraForum by Globant, empresa de consultoria em gestão do conhecimento e inovação. Especialistas afirmam que, independentemente do grau de maturidade para assimilação da estruturação do processo informacional proposto pela aplicação da inteligência, qualquer empresa não só pode como devem inserir

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práticas de inteligência competitiva em suas operações diárias.

Divulgação

“Estas práticas não precisam ser muito robustas, com alto grau de investimento na estruturação de áreas ou contratação de tecnologias. Elas podem iniciar de forma reduzida, atendendo às necessidades muito específicas e pontuais de pequena parte da estrutura da empresa. É bastante comum utilizarmos métodos de faseamento de implantação de atividades de inteligência, permitindo assimilação e utilização graduais”, destaca Luciano Gonçalves, gerente do CIP O&G, parceria Plugar Informações Estratégicas e Dinamus Consultoria. Para Beto do Valle qualquer empresa está preparada investir em inteligência competitiva e para perceber o momento apropriado, desde que tenha olhado estrategicamente para dentro de si mesma. “Como será meu mercado? Como quero me posicionar nesse mercado? O que está acontecendo agora em um mercado adjacente que pode impactar o meu mercado? Como posso reagir rapidamente e me posicionar melhor diante dessas mudanças?

Para Beto do Valle, qualquer empresa está preparada investir em IC To Beto do Valle, any company is prepared to invest in Competitive Intelligence

Ao buscar as respostas, a empresa perceberá a necessidade de um exercício mais estruturado de inteligência. Às vezes o desafio é justamente acordar para essas questões”, afirma o especialista.


GESTÃO

Monitorar o ambiente de negócios é essencial Para Cavalcante, a visão estratégica da organização pode ser definida por meio de técnicas tradicionais de planejamento, mas a análise do posicionamento da organização no mercado, ou seja, o ambiente no qual está inserida deve ser feita por processos de Inteligência Competitiva. Este instrumento deve levar em consideração o conjunto de atores (players) presentes no ambiente de negócios. Definidos e explicitados estes atores relevantes e conhecendo a estratégia da organização, é possível estruturar um processo sistemático de coleta de informações, com base em quatro grandes variáveis: política e jurídica; social, econômica e tecnológica. No caso do setor de petróleo e gás em especial, a variável política e jurídica é fundamental, pois a mudança nas regras do jogo, como a recente mudança na redistribuição dos royalties do petróleo aprovada pelo Congresso, ou uma mudança de ordem política (um novo presidente, governador, prefeito) pode ter impactos importantes no ambiente de negócios. “As empresas que monitoram as leis e propostas que tramitam no Congresso não se surpreenderam com a mudança ocorrida e tiveram tempo de se preparar para ela. A definição de vários cenários possíveis é uma das técnicas que podem ser usadas para se fazer um monitoramento do ambiente de negócios”, ressalta Marcos Cavalcante. Como exemplo da importância da variável econômica, o professor cita o desconhecimento sobre as linhas de financiamento existentes no Brasil que podem beneficiar o setor. Ele lembra que a Finep, por exemplo, devolveu ao Tesouro Nacional cerca de R$ 300 milhões por absoluta falta de projetos inovadores para financiamento. Cavalcante acrescenta que a

ANP administra recursos vultosos para financiamento à inovação e poucas empresas conseguem apresentar projetos adequados para obter estes recursos. “Existe muita desinformação neste quesito tão fundamental para a sobrevivência das empresas. Um bom projeto de inteligência competitiva precisa levar em conta esta triste realidade”, destaca.

Outra variável fundamental para o setor é a tecnológica. “Esta é uma área que movimenta muitos recursos e qualquer ganho de eficiência, por menor que pareça, traz grandes impactos financeiros. Em todas as áreas do ramo de petróleo existem centenas de pesquisas sendo feitas, visando economias de escala ou projetos inovadores na área de energia. E existem Divulgação

Segundo Marcos Cavalcante, ferramenta pode dar um retorno rápido com baixo investimento To Marcos Cavalcante, Competitive Intelligence can give fast returns with low investment

muitos recursos não utilizados que poderiam financiar estas pesquisas”, lembra o professor. Segundo ele, a falta de um processo de monitoramento das mudanças tecnológicas – “as bases de patentes, por exemplo, dão excelentes indícios do que os concorrentes estão fazendo, quais tecnologias estão sendo mais utilizadas, de onde deve vir a inovação tecnológica” – faz com que as empresas se limitem a fazer o que sempre fizeram, sem estruturar processos de inovação. Por fim, a variável social também é importante, tendo em vista que uma mudança no perfil demográfico da população ou de sua distribuição nas diferentes

regiões, estados e municípios vai ter impacto na oferta de trabalhadores nas regiões produtoras de petróleo e ajudar as empresas a se organizarem e prepararem para fazer frente aos desafios de desenvolvimento de competências críticas para o negócio. “A indústria do petróleo é uma dos melhores negócios e deverá continuar sendo. Mas a grande maioria das empresas que aí trabalham ainda podem se tornar mais eficientes e rentáveis. Um dos maiores ganhos pode vir de uma melhor gestão do conhecimento necessário para se tocar o negócio. E a inteligência competitiva é uma das ferramentas que podem dar um retorno rápido com um (relativamente) baixo investimento”, enfatiza Cavalcante.

Leia no Portal Macaé Offshore artigo na íntegra do professor Marcos Cavalcante, do Crie/Coppe/UFRJ MACAÉ OFFSHORE 33


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Case G-Comex: mais competitividade em licitações Divulgação

Buscando maior competitividade nos processos licitatórios que participava junto à Petrobras, BR Distribuidora e Transpetro, o Grupo G-Comex, empresa nacional atuante em soluções de logística para o mercado brasileiro de petróleo, gás, energia e indústria naval, apostou na inteligência competitiva para enxergar novas oportunidades de negócios. No ano passado, partiu do CEO do grupo, Carlos Eduardo Paes Leme, a decisão de estruturar um setor na organização responsável por coletar, gerir, analisar e disseminar informações para subsidiar informações estratégicas para os clientes internos das diferentes empresas e unidades de negócios do grupo. O setor faz parte da área de marketing da companhia. “Começamos a estruturar este setor com a contratação de um profissional especializado em Inteligência Competitiva. Iniciamos a organização do processo e a realização de alguns estudos prospectivos sobre o mercado que atuamos, mas sentimos a necessidade de validar se estávamos no caminho certo”, conta Fernanda Vegas, gerente de Marketing do Grupo G-Comex.

CEO do grupo, Carlos Eduardo Paes Leme, decidiu estruturar setor para organizar informações CEO Carlos Eduardo Paes Leme decided to structure the sector to manage information

Ela menciona que contou com a consultoria especializada do Centro de Inteligência em Petróleo e Gás (CIP O&G), uma parceria entre as empresas

Plugar Informações Estratégicas e a Dinamus Consultoria, para realizar projeto com foco no suporte de informações que subsidiem as áreas comerciais do grupo.

Inteligência aplicada a novos negócios Um dos principais desafios do projeto emplacado em conjunto com a consultoria do CIP O&G e do setor de inteligência competitiva da G-Comex é como se valer de informações estratégicas mercadológicas continuamente que resultem em novas oportunidades comerciais, principalmente em licitações para a Petrobras, BR Distribuidora e Transpetro. 34 MACAÉ OFFSHORE

Luciano Gonçalves, gerente do CIP O&G, conta que o objetivo final com a adoção de práticas de inteligência competitiva do grupo G-Comex não se limitava somente em ampliar ou apurar sua visão de mercado. A ideia, afirma, era fazer isso de forma estruturada, antecipada, pró-ativa e, acima de tudo, que fizesse parte do cotidiano da organização atendendo a demandas,

principalmente das áreas comerciais que são como o coração da empresa. “A empresa poderia recorrer a ações pontuais e emergenciais de comercialização. Contudo, optou por encomendar um trabalho que proporcionasse uma visão integrada entre os cenários externo e interno, concorrencial e performance própria da G-Comex, a


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GESTÃO

atuação dos players de seu segmento,

Para a elaboração desse modelo foi

e seu universo comercial potencial den-

definido o escopo do universo de inte-

tro e fora do atual radar de negócio”,

resse comercial e realizada uma análi-

destaca Luciano Gonçalves. Ele afirma

se de série histórica dos contratos de

que o maior desafio não foi mapear o

materiais e serviços da Petrobras, BR

cenário externo, mas sim estruturar um

Distribuidora e Transpetro. Além des-

modelo interno de atuação que permi-

sas informações, acrescentam-se dados

tisse integração e comparação com o

como valores dos contratos, quantida-

cenário externo à companhia.

des, nomes das empresas ganhadoras,

Mais oportunidades na cadeia de óleo e gás Fábio Arrigoni, coordenador do setor de inteligência competitiva do Grupo G-Comex, destaca que alguns resultados já estão sendo percebidos pela companhia e que fortalece ainda mais a cultura e prática de inteligência na organização como um todo. “A partir do projeto conseguimos identificar novas modalidades que antes não estavam mapeadas e que passamos participar de novas licitações. Além disso, descobrimos também novas oportunidades de negócios, inclusive com fornecedores da Petrobras, por exemplo”, afirma. Fernanda Vegas conta que o desafio agora é continuar aplicando a metodologia e tornar cada vez mais o setor de inteligência competitiva estratégico com o olhar voltado para o mercado, suas tendências e manobras estratégicas para fornecer informações estratégicas, que antecipem decisões e ampliem os negócios do grupo G-Comex. A gerente afirma ainda que também serão realizadas campanhas de endomarketing como foco em entender sobre inteligência competitiva e como todos os colaboradores, unidades de negócios e empresas do grupo fazem parte deste importante processo competitivo.

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contratos vigentes e suas datas de término. “O trabalho envolveu a avaliação dos movimentos, resultados e margens de preço dos players concorrentes, entre outras atividades, até chegar ao mapeamento do universo comercial potencial para atividades aquém do radar de negócios corrente”, conta Luciano Gonçalves.

Modelo estruturado para empresas do setor por último, a certificação de Conteúdo Local.

Para empresas especificamente atuantes na cadeia produtiva de óleo e gás, a recomendação é que documentem ou desenvolvam um modelo estruturado de atuação no mercado para ganhar competitividade e acompanhar tendências. “A maior parte das empresas possui, mesmo que informalmente, informações importantes em função de seus interesses comerciais estratégicos”, afirma Glauco Nader, sócio-direto da Dinamus Consultoria.

“A partir daí é possível montar um radar de inteligência apurado à realidade daquela empresa, chegando à definição dos produtos de Inteligência mais adequados para facilitar a inserção no mercado de O&G e/ou aumentar o volume de vendas. O desenvolvimento da inteligência contínua e/ou pontual se dará caso a caso”, afirma Luciano Gonçalves.

As organizações que planejam investir em inteligência competitiva, principalmente com foco em novos negócios, precisam ficar atentas à forma de comercialização no setor que envolve diversas etapas, como o cadastramento nas grandes empresas, atendimento aos requisitos de fornecimento, identificação do momento do fornecimento em cada projeto, prazos cada vez mais curtos, exigências de SMS, preços acessíveis, desenvolvimento tecnológico e,

Outro ponto fundamental é acompanhar o movimento da concorrência. Algumas empresas do setor de óleo e gás vêm utilizando inteligência continuamente para agregar mais valor ao portifólio de produtos e serviços. Outras têm apostado em inteligência comercial, buscando maior visibilidade sobre oportunidades comerciais em curto, médio e longo prazo, o que permite melhor planejamento e foco comercial bem como a projeção de demandas.


GESTÃO

Terceirizar ou manter dentro de casa O modelo de implantação mais adequado para inteligência competitiva nas empresas vai depender de variáveis como mercado de atuação, porte, tamanho físico, grau de maturidade e sensibilidade para a prática de inteligência e a cultura de disseminação de informação dentro da organização.

terceirizadas, especializadas na prática, ou mesmo de profissionais especialistas em mercados de interesse. Em paralelo, ações de treinamento e capacitação, tanto técnica quanto de governança, vêm ganhando muita força, especialmente via metodologias do tipo “aprender fazendo”.

Segundo Luciano Gonçalves, hoje as empresas vêm adotando modelos híbridos, ou seja, a internalização de

Já Beto do Valle ressalta um ponto crucial para o sucesso do projeto.

uma estrutura mínima de inteligência em nível gerencial, mesmo que com uma única pessoa dedicada à função, para direcionar e gerir o apoio externo da inteligência por meio de empresas

“A empresa deve ser dona de sua estratégia e mesmo que busque ajuda especializada, alguns processos de análise e decisão devem ser desenvolvidos internamente, como uma capacidade ou competência da empresa”, afirma.

Mas para quem pensa que inteligência competitiva é ter uma tecnologia de ponta é bom rever os conceitos e não deixar de lado um fato fundamental no processo: as pessoas. “Ferramentas são importantes, mas não fazem nada sozinhas. São as pessoas, e mais ainda, as práticas de toda a organização que facilitam ou dificultam a produção de inteligência. Fomentar uma cultura de inteligência passa por envolver pessoas de várias áreas da organização na identificação desses sinais e movimentos e colocálos a serviço do negócio”, alerta Beto do Valle.

5 MINUTOS com Luciano Gonçalves A Inteligência Comercial (IC) tática a serviço da cadeia de petróleo e gás Gerente do Centro de Inteligência para Petróleo e Gás (CIP O&G) da Plugar, Luciano Gonçalves é mestre em Gestão de Marketing e International Business pelo American International College (EUA). Possui oito anos de

experiência profissional em projetos de Inteligência Competitiva, Gestão de Conhecimento e Construção de taxonomias nos segmentos de Energia e Óleo e Gás, Transporte, Infraestrutura, Logística, Varejo e Mídia. No portfólio,

acumula atendimentos a empresas do setor de energia, petróleo e naval offshore, como Wilson Sons, Tecon Rio Grande, V&M Tubes, Subsea7, FMC Technologies, G-Comex, entre outras.

1 - Quais são os grandes desafios nas

Petrobras quando se referem ao mercado O&G no Brasil. Por outro lado, não raramente, nos deparamos com questionamentos, desafios e relatos de “dores de negócio”, que recaem

sobre estes mesmos empresários e gestores, nos fazendo pensar em questões como: “Será que as empresas já conhecem a real dimensão de sua penetração no mercado

empresas do setor de óleo e gás? Muitos

empresários

e

gestores

do setor de petróleo e gás citam a

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Divulgação

Petrobras? Será que elas entendem a totalidade de suas oportunidades comerciais? Existe percepção sobre a amplitude de atuação da concorrência neste mercado? Elas sabem qual é a real dimensão das oportunidades potenciais nos universos Petrobras, BR Distribuidora e/ou Transpetro?” 2 – Como a Inteligência Competitiva pode auxiliar o processo de gestão nas empresas? A atividade de Inteligência Competitiva (IC) versa em sua essência sobre o uso adequado de informações, por meio de metodologias e técnicas de pesquisa, licitação, coleta e organização, troca e disseminação destas informações, servindo de base para estudos e análises que visam apoiar tomadores de decisão na mitigação de riscos e maximização as chances de sucesso. Com isso, é importante entender que empresas do setor O&G vêm buscando uma atividade de Inteligência que apoie a tomada de decisão no dia a dia, geralmente focada na atividade comercial fim, de cunho mais tático do que estratégico. 3 – Cite um exemplo prático de uma empresa do setor que recorreu com sucesso à IC Uma grande empresa nacional provedora de soluções logísticas para o mercado brasileiro de petróleo, gás, energia e indústria naval, com grande atuação comercial nos processos licitatórios da Petrobras, BR Distribuidora e Transpetro, acreditava não enxergar adequadamente a totalidade de suas oportunidades comerciais. Seu objetivo final era não só ampliar/refinar sua visão, mas fazê-lo de forma estruturada, antecipada e pró-ativa. Mas como possibilitar maior foco e assertividade em esforços desprendidos por 38 MACAÉ OFFSHORE

sua estrutura comercial, maximizando resultados em curto e médio prazo, sem grandes investimentos diretos em estrutura comercial? Como empresa especializada em IC, nos deparamos, constantemente, com dilemas de natureza comercial. Em geral, somos chamados com o objetivo de apoiar tomadores de decisão provendo informações, análises e/ou recomendações, buscando a redução do risco e a maximização dos resultados, sejam eles com foco mercadológico, concorrencial, comercial ou estratégico para a empresa. 4 – E como este case se desenvolveu? A empresa de soluções logísticas poderia recorrer a ações pontuais e emergenciais de comercialização. Contudo, optou por encomendar um trabalho que proporcionasse visão integrada entre os cenários externo e interno – concorrencial e performance própria, a atuação dos players de seu segmento, e seu (real) universo comercial potencial dentro e fora do atual radar de negócio. Nosso desafio maior não foi mapear o cenário externo, mas sim estruturar um modelo

interno de atuação que permitisse a integração/comparação com o cenário externo. Este trabalho envolveu a definição do universo de interesse comercial, a análise de série histórica dos contratos de materiais e serviços da Petrobras, BR Distribuidora e Transpetro (capturada e estruturada pelo CIP O&G desde 2009), incluindo dados como valores de contratos (R$), quantidades, nomes das empresas ganhadoras, contratos vigentes e suas datas de término, entre outros itens, envolveu a avaliação dos movimentos, resultados e margens de preço dos players concorrentes, entre outras atividades, até chegar ao mapeamento do universo comercial potencial para atividades aquém do radar de negócios corrente. 5 – Qual foi o resultado alcançado? O resultado final foi a real penetração da empresa no mercado de interesse e um mapa de oportunidades a serem desenvolvidas pelo cliente, com ganho em esforço e assertividade, e o desenvolvimento de um plano tático de ação comercial. 


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management

Good Information is worth its weight in

gold

Competitive intelligence practice spurs good results in the oil and gas industry

By Flávia Domingues and Rosayne Macedo

B

usiness expectations for the oil and gas industry are promising as never before, boosting business opportunities in the country. Petrobras’ pre-salt production may be over 1 million boe in 2017, according to the company’s plan in its 2013-2017 Management and Business Plan. This set of opportunities provided by the state-owned oil company makes the industry pay attention to the new auctions to be carried out by the ANP. With the success of the 11th Bidding Round, now the expectations are toward the firsti pre-salt auction under the share system contract, which is going to be implemented for the first time in Brazil. The prospect of Libra, which runs 1.5 thousand square metters in Santos Basin, will attract world oil companies. There, it is expected 8 billion to 12 billion of recoverable oil barrels, more than the half of the current proven oil reserves in Brazil – 14.5 billion. This information is worth its weight in gold and it may represent new business opportunities for the O&G industry. Also, information will enable economic growth and competitiveness for supply companies of several segments in 40 MACAÉ OFFSHORE

the oil and gas industry. Despite these good expectations, those who strategically manage information and turn it on competitive advantage lead the way after facing the challenge of doing business. Oil and Gas companies must be prepared to deal with different sort of information within the industry. Also, the practice of competitive intelligence make institutions anticipate their marketing decisions, analyze scenarios and even predict how their competitors will behave. To the professor and coordinator of the post-graduation in Master Business Knowlegement Management and Business Intelligence at CRIE-COPPE/ UFRJ Marcos Cavalcante, oil and gas CEOs must have an accurate view on the market movement. To him, the state of Rio de Janeiro has a special role in this process because the great presence of the oil and gas industry in the state so knowledge represents a great opportunity. “Due to the huge pre-salt challenges, oil industry will face great challenges to acquire technology, logistics

and skilled work force. Rio de Janeiro is the main entrance for the oil industry so when the world thinks about oil in Brazil, Rio de Janeiro comes to mind. The state of Rio has a service-based economy and knowledge is very important ,” Marco alerts. In fact, competitive intelligence is a process of gathering, analysis and implementation of strategic information for business opportunities. Also, competitive intelligence works to identify vulnerabilities and movements of the competitors and watch the competitive environment in a structured way. Competitive Intelligence practice has supported companies to better position themselves in the market. Also, they evaluate opportunities of contracts in basins, fields and wells, identifying new business and opportunities related to find other niches as alternative market for their products. Competitive intelligence also works to identify clients, potential clients of main competitors and potential newcomers in the market. Competitive intelligence works to validate the demand for specific equipment in Brazil for the pre-salt


management

Getting it started Companies and organizations from all sectors, mainly from the oil and gas industry, need to be prepared for the market. Competitive intelligence can identify strong and weak signals of a company in a structured way, analyzing strategic information in order to show threats, new business opportunities and the competitor behavior. “These practices must be seen as an important factor to make any organization bid and innovate,” Globant Knowledge and Innovation director Beto do Valle says.

Specialists say that every company must carry out practices of competitive intelligence in their daily operations, regardless its level of knowledge of the information process proposed by the intelligence sector. “These practices do not need to be robust, with a high level of investment in this segment. They can get it started with small resources, meeting specific and accurate demands of the company. It is very common to use methods of implementation based on intelligence activities,” CIP O&G Manager Luciano Gonçalves, says.

To Beto do Valle, any company is prepared to invest in competitive intelligence. Also, any company is able to realize the perfect moment to invest, since it works in a strategic way. “How is my product going to perform? How do I want to position myself in this market? What is happening now in a market next to me that might impact my market? How fast can I respond and position myself before those changes? On answering these questions, the company will see the necessity for a better structured intellingence exercise. Sometimes this challenge meet these questions,” the specialist says.

Watching the business environment is crucial To Cavalcante, the organization’s strategic view must be designed through a traditional business plan. Yet the analysis of the organization inside the market must be conducted through competitive intelligence process. This process must take into account the set of players in the business environment. Once these relevant players are found and identified, it is possible to structure a systematic process of information in four issues: politics, economics, law enforcement and social realm. As for the oil and gas industry, knowing the domestic policies process and law enforcement is essential because the change of rules, like the recent change of the law on oil royalties redistribution, or a change of the political order ( a new president, governor, mayor) may have an impact on the business environment. “Changes may not surprise companies that watch the lawmakers in Congress. Knowing very possible scenarios is one of the strategies that can be

used to have a nice business environment,” Marcos Cavalcante emphasizes.

funding that has not been used to finance these researches,” the professor recalls.

As an example of the importance of this economic variable, professor Cavalcante mentions the lack of knowledge about funding for the industry in Brazil. He says that Finep returned R$ 300 million to the National Treasure. The reason is the lack of innovative projects for funding. Cavalcante also says that the ANP manages a huge amount of resources to finance innovation and few companies can create good projects to have the funding “ Although Information is essential for companies, it is not widespread among them. A good competitive intelligence project must consider this sad reality”, he highlights.

To him, when a company does not watch the technology changes, it avoids a structuring innovation process. “Patents, for example, give an excellent idea about how your competitor is working, such as the most-used technologies and how to obtain that sort of technology innovation.”

Technology is another essential variable. “This is an area that moves many resources and improves efficiency, no matter how small the company is; Technology enables great financial impacts. Hundreds of researching projects have been carried out in the oil and gas industry. Also, there is

“The oil industry is one of the best business fields. Yet many companies that work in this segment can be more efficient and profitable. The competitive intelligence is one of the means that allows low investment with high reward,” Cavalcante emphasizes.

The social variable is also important, taking into account that demographic changes of the population or its distribution in different in different regions is going to impact the work force supply in the oil and gas producing regions. Also, the social variable can help companies to face the challenges of critical business aspects.

Read on Macaé Offshore site the full article of professor Marcos Cavalcante, from Crie/Coppe/UFRJ

G- Comex case: more competitiveness in auctions Aiming to be competitive in bidding process carried out by Petrobras, BR Distribuidora and Transpetro, the G-Comex Group, a Brazilian company specialized in logistics solution for the oil, gas, energy and shipbuilding industry, bet in competitive intelligence to find new business opportunities. Last year, G-Comex Group CEO Carlos Eduardo Paes Leme decided to structure a sector in the company to

gather, manage, analyze and spread information to subsidize strategic information for its clients from different companies and business units. This sector is part of the marketing area of the company. “We have started to structure this sector hiring a skilled Competitive Intelligence staff. We have begun to organize the process. We have also begun to carry out some studies about the

market where we work. However, we feel that we need to see if we are on the right way”, the G-Comex Marketing manager, Fernanda Vegas, says. She says that she hired a specialized Oil and Gas Intelligence Center consultancy , a partnership between Plugar Informações Estratégicas and Dinamus Consultoria, to create a project focusing on the information support that subsidizes commercial areas of the group. MACAÉ OFFSHORE 41


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Intelligence for new business One of the main challenges of the project approved by the CIP O&G consultancy and the G-Comex competitive intelligence sector is how to take advantage from the strategic marketing information that result in new business opportunities within Petrobras, BR Distribuidora and Transpetro bids. CIP O&G manager Luciano Gonçalves says that G-Comex main goal in adopting the competitive intelligence practices is not limited to expand the market view. To him, the idea is to create a structured and pro-actively goal. Also, the company intends to make this objective as part of its daily process and meeting the demands in commercial areas where the core of the company is found. “The company can choose specific and urgent actions of marketing actions. Yet the company can choose to

order a work that enables an integrated view between internal and external scenarios. The performance of the players of the oil segment and its potential realm inside and outside the current business radar may be improved,” Luciano Gonçalves emphasizes. He says that the greatest challenge of the company was to structure an internal model that allows integration with the external scenario of the company. This work involved a definition of the commercial realm interest, the analysis of historical time of contracts on material and services of Petrobras, BR Distribuidora and Transpetro (manaaged by CIP O&G since 2009). It includes contract values and their expiration date, company names, among other aspects that involve evaluation, outcomes and price margins of competitors.” Luciano Gonçalves says.

More opportunities for the oil and gas industry G-Comex Group Competitive Intelligence coordinator Fábio Arrigoni highlights that some results have been realized by the company, Also, the practice of intelligence in the organization as a whole has increased. “We could identify new arrangements of a project. The arrangements were not identified before and now we use them to bid in the new auctions. Besides that, we have also found new business opportunities, with Petrobras suppliers included,” he says.

Now, Fernanda Vegas says that the challenge is to keep the methodology and spur the competitive intelligence, aiming the market, its tendencies and strategies to provide information that anticipates decisions and expands the business of G-Comex group. The manager says that endo-marketing campaign will be carry out to understand competitive intelligence and how the stakeholders, business units and companies of the group take part in this important competitive process.

A structured model for the O&G companies For companies that work specifically in the oil and gas industry, it is recommended to register or draw a structured action model in the market to gain competitiveness. “Most of people have, even informally, important information related to their strategic commercial interests”, Dinamus Consultancy partner Glauco Nader says. Organizations that plan to invest in competitive intelligence, mainly those who want to focus on new business, must be alert to the market trends that involve many phases such as great companies registration, supply demands, identification of the moment in which each project was supplied, shorter time limits, EHS requirements, good prices, technological development and Local Content certification. “From that on, it is possible to link accurate intelligence radar to company’s reality, finding the definition of intelligence products that are more appropriate to be in the O&G market or increase the sales. The ongoing intelligence development will be evaluated case by case,” Luciano Gonçalves says. Knowing other companies is another essential point. Some O&G companies use intelligence to aggregate value to their good and service portfolio. Other companies choose marketing intelligence to increase their visibility towards their commercial products in the short, medium and long term with better planning and marketing focus.

Outsourcing or keep it at home The more appropriate model for competitive intelligence in companies will depend on variables such as the performance in the market, size, maturity level, sensibility to the practice of intelligence and the dissemination of cultural information inside the organization. To Luciano Gonçalves, companies are adopting flexible models nowadays. In other words, the intelligence structure helps both outsourcing companies and specialist professionals to work in target markets. Technicians and policy

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makers take advantage from that process through methodologies like “learning-by-doing” style. Beto do Valle, for his turn, emphasizes an essential point for a successful project. “The company must draw its own strategy and even though it seeks specialized support, some analysis and decision process must be made by itself,” he says. Yet for those who think that competitive intelligence is to have a cutting

edge technology, it is important to change this idea, once it is important to emphasize another essential part in the process, the employees. “Technology alone doesn’t work, although it’s important. People and, more importantly, the organization practice are those who make intelligence production either easier or more difficult. Fostering intelligence is a task that involves people from many organization sectors which identify these signals and movements and put them to work in business,” Beto do Valle alerts.


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5 MINUTES with Luciano Gonçalves Tactical Commercial Intelligence (CI) serving the Oil and Gas industry Plugar Intelligence Center for Oil and Gas manage, Luciano Gonçalves holds a Mater degree in Marketing Management and International Business by the American International College (USA). He has

eight years of professional experience in Competitive Intelligence, Knowledge Management and Taxonomy Constructions in Oil and Gas, Energy, Transportation, Infrastructure, Retails and Media segments.

He has also worked for many oil, energy and offshore shipbuilding companies such as Wilson Sons, Tecon Rio Grande, V&M Tubes, Subsea7, FMC Technologies, G-Comex among others.

1 – What are the greatest challenges for the Oil and Gas companies?

intelligence activities that support day-to-day decision-making process, focusing on marketing activity.

4 – And how did this case work?

Many O&G entrepreneurs and managers mention Petrobras when they talk about the O&G industry in Brazil. On the other hand, we face doubts, challenges and ‘hard business’ which make entrepreneurs and managers ask: “Are the companies aware of how to get into Petrobras market? Are the companies understanding the marketing opportunities? Is there a perception on the size of the competition environment in this market? Do they know the real size of potential opportunities of Petrobras, BR Distribuidora and Transpetro?”

2 – How can Competitive Intelligence help the management process in companies? Competitive Intelligence activity means the right use of information through methodology and research of organization, information exchange. Competitive intelligence helps decision makers in reducing risks and maximizing success. With that, it is important to understand that O&G companies seek

3 – Can you give us an example of a company that has succeeded using Competitive Intelligence?

A major national company that supplies logistics solutions for oil, gas, energy and shipbuilding industry and with a great marketing performance in Petrobras, BR Distribuidora and Transpetro bidding process did not see its marketing opportunities properly. The company’s goal not only widens its view, but also makes it in a structured and pro-actively way. Yet how can it be possible to give more focus and assertiveness on efforts made through the company’s marketing structure? How can it be possible to maximize outcomes in short and medium term without direct investments in marketing structure? As a Competitive Intelligence company, we come across with marketing dilemma very often. Overall, we are requested to support decision-makers to provide information, do analysis and recommendations, identify risk cut and maximize outcomes with focus on marketing, commerce or strategy.

The logistics solution company can choose specific actions of marketing. Yet when a company chooses to order a work that enables an integrated view between internal and external scenarios, the performance of the players of its segment may improve. Our biggest challenge is to find external scenario and also structure an internal performance model that integrates internal and external scenarios. This work involves a definition of the target market and the analysis of historical time of contracts on material and services of Petrobras, BR Distribuidora and Transpetro (manaaged by CIP O&G since 2009). It includes contract values and their expiration date, company names, among other aspects that involve evaluation, outcomes and price margins of competitors.

5 – What was achieved from that?

The result was the real insertion of the company in the target market. Also, it was seen a set of opportunities to be developed by the client through strategic plan of marketing action. 

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Campos

maduros: Paulo Mosa Filho

como elevar sua eficiência

Altos investimentos associados a novas tecnologias é a fórmula da Petrobras para recuperar eficiência operacional da Bacia de Campos Por Rodrigo Leitão

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esde que assumiu o comando da Petrobras, em fevereiro de 2012, eficiência tem sido um dos temas mais propagados por Maria das Graças Foster. Recente estudo divulgado pela Bradesco Corretora mostra que a taxa de declínio da produção de petróleo no país, onde a Petrobras opera 91% da produção, foi de 40% entre agosto de 2011 e agosto de 2012. Em volume, a queda representou uma perda de 679 mil barris de petróleo por dia. A Petrobras passou os últimos anos apoiando novas descobertas e o aumento da produção de petróleo no país. Mas, com toda a “expertise” de quem já está lá há 32 anos e não pode deixar a “casa cair”, Foster percebeu a importância daquelas injeções rejuvenescedoras – e agora está, literalmente, injetando energia 46 MACAÉ OFFSHORE

para aumentar a vida útil de campos que já ultrapassaram o pico de produção, os chamados “campos maduros”. Com reservas provadas de 15,3 bilhões de barris no país, a Petrobras vem incrementando seus esforços exploratórios não apenas na região do pré-sal e em novas áreas de alto potencial, como também em seus gigantescos campos maduros, que já vinham apresentando declínio em sua produtividade depois de mais de duas décadas de exploração. De lá para cá, a empresa já lançou dois programas para aumentar a eficiência operacional das unidades de operação da Bacia de Campos (UO-BC) e Rio de Janeiro (UO-Rio). A Petrobras vai investir US$ 5,6 bilhões até 2016 para elevar a eficiência operacional na Bacia de Campos – até fevereiro já haviam sido investidos R$ 1 bilhão no programa.

O objetivo é elevar o índice de eficiência operacional da produção para 90% em 2011, esse índice ficou em 71%, um dos mais baixos da história. Até março de 2012, havia fechado em 74%. A meta para este ano é de 76%, com elevação gradativa até chegar a 90% em 2016. A expectativa de ganhos com o Proef UO-Rio para 2013 é de 26 mpbd. Ao todo, o Proef será aplicado em 31 campos, que produzem 450 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a aproximadamente um quarto da produção total da companhia no Brasil. Entre os campos contemplados no programa, estão os gigantes Marlim e Albacora, os primeiros do ranking entre os maiores produtores brasileiros considerados maduros, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).


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Proef já elevou eficiência em 6% na Bacia de Campos Em nota enviada à Macaé Offshore, a Petrobras reafirma que o Programa de Eficiência Operacional (Proef), lançado em junho de 2012, vem cumprindo com a sua meta e conseguiu também trazer benefícios que estavam programados. A companhia tem um ganho confirmado de 14 mil barris de petróleo por dia nos ativos gerenciados pela Unidade Operacional Bacia de Campos, que são os ativos mais antigos acrescidos dos campos de Marlim e de Albacora.

“Temos hoje em torno de 6% a mais de eficiência operacional, o que mostra o quanto é importante esse programa para que a companhia tenha uma operação dentro dos padrões de qualidade internacional. Dentro da expectativa para 2013, o ganho previsto pelo Proef é de 36 mil barris de petróleo por dia na UOBC”, informou a companhia. Fonte do mercado afirma que é perfeitamente viável aumentar os índices de eficiência dos campos para 90%, desde que seja

verificada uma série de procedimentos de segurança. É preciso que os equipamentos de superfície estejam operando dentro da especificação, haja manutenção preditiva e preventiva e existam sobressalentes para os momentos de falha operacional. A água e o óleo produzidos também não devem obstruir as tubulações devido aos problemas de garantia de escoamento e a pressão do reservatório seja mantida elevada a fim de não gerar produção de gás livre.

Tecnologias aumentam produtividade dos campos Arquivo Macaé Offshore

Em entrevista à Macaé Offshore, o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em Petróleo e Gás, Oswaldo Queiroga, afirma que as tecnologias atualmente são essenciais para devolver aos campos maduros, principalmente Albacora e Marlim, toda a energia própria que cada reservatório possui. De acordo com o professor, as operadoras, principalmente a Petrobras, fazem o que chama de “cavalo de pau” – que é nada mais que a injeção de água dentro dos poços para aumentar a pressão. Com a finalidade de proporcionar longevidade à Bacia de Campos e aumentar o fator de recuperação da produção de petróleo, em áreas onde as plataformas não apresentem mais viabilidade econômica, Queiroga explica que já existem vários tipos de tecnologias que podem aumentar a energia desses poços. Um exemplo bastante utilizado e pioneiro no Brasil, segundo o professor, é o chamado SSAO (Sistema de Separação Submarina Água-óleo).

produção”, explica. A Petrobras vem utilizando esta tecnologia no Campo de Marlim, na Bacia de Campos.

Oswaldo Queiroga, da FGV: injeção de água para aumentar a pressão dos poços é técnica mais comum Oswaldo Queiroga, FGV – water injection to increase oil well pressure is the most commonly used technique

Outro sistema já desenvolvido e utilizado pela Petrobras e outras operadoras é a instalação da chamada bomba multifásica submarina, que utiliza energia elétrica enviada pela plataforma para aumentar a pressão, o que possibilitou o aumento de produção do poço BR-73, no Campo de Barracuda, na Bacia de Campos, de 15 mil para 23 mil barris por dia. “Esse sistema possibilita a interligação dos poços a uma distância de 22 quilômetros de uma plataforma fixa”, conclui Queiroga.

“O SSAO separa a água do óleo direto do fundo do mar, reduzindo assim o tamanho dos equipamentos submarinos. Este sistema recebe a produção bruta proveniente de um ou mais poços, proporcionando meios para efetuar a separação entre gás, óleo e água. A água separada será reinjetada no reservatório e o óleo será enviado juntamente com o gás para a plataforma de

Na opinião da professora de Petróleo e Gás e Energia da Faculdade Integrada Simonsen, Claudia Oliveira, os campos maduros não são muito atraentes para as principais companhias e operadoras, pois a indústria sabe que eles entrarão em declínio. Para a especialista, o ideal é as empresas perfurarem outros poços na mesma área para recuperar esses campos economicamente. MACAÉ OFFSHORE 47


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ANP exigirá aumento de produção em campos com queda As exigências da ANP para aprovar o novo plano de desenvolvimento da produção do Campo de Roncador, um dos maiores produtores do país, deverão se repetir em outros da estatal que estão apresentando queda drástica da produção nos últimos dois anos. Em janeiro, a ANP fez uma série de exigências à Petrobras para aprovar o novo plano de Roncador, um gigante descoberto em 1996 e que começou a produzir em 1999. Além de Roncador, a ANP também está insatisfeita com a queda drástica da produção dos campos de Marlim, Marlim Sul, Caratinga, Albacora, Albacora Leste, Barracuda, Peregrino e Espadarte, só para citar alguns na Bacia de Campos.

Em entrevista à Macaé Offshore, o coordenador de Projetos da Petrobras, Ricardo Toneto de Melo afirma que a aumentar a eficiência desses campos maduros é essencial para manter a integridade dos reservatórios. Segundo Tonetto, as intervenções para aumentar a eficiência nesses campos passam por três áreas distintas, mas que são fundamentais: nos poços, submarinas e nas plataformas. “Essas intervenções passam por troca de equipamentos seja em qualquer desses setores”, afirma. Na visão de Toneto, uma companhia perde menos com uma plataforma parada (intervenções programadas) do que correr o risco de acontecer um acidente, seja material ou humano. Agência Petrobras

Tecnologia é fundamental para a segurança dos poços Em entrevista à Macaé Offshore, o professor técnico de Segurança do Trabalho, Eduardo Basto, afirma que os campos maduros de petróleo podem ser entendidos como locais com redução de produção, com baixa rentabilidade econômica, orientando, assim, o uso de novas tecnologias e de mais injeção de investimentos para aumentar a sua produção e, consequentemente, a sua lucratividade. Segundo Basto, o desafio para explorar um campo maduro é ter a certeza de que a prospecção será feita dentro das melhores condições de segurança e de meio ambiente. Para manter a integridade desses campos, o professor diz que os poços deverão ser observados por meio de equipamentos já utilizados, somados à tecnologia submarina que, através de dutos e robôs movidos a longas distâncias, proporcionarão maior segurança ao trabalho de prospecção do petróleo. “As ações de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) em um campo maduro deverão ter maior rigor e empenho para manter maior respeito às normas e resoluções da ANP, como a de nº 43, de 6/12/2007, e às Normas Regulamentadoras respaldadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que hoje somam 36”, enumera.

ANP fez exigências à Petrobras para aprovar o novo plano de Roncador em janeiro deste ano In January 2013, ANP demanded Petrobras to approve the Roncador new plan

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No meio ambiente, ele também destaca um emaranhado de tratados, convenções e cartas documentos diplomáticos que oferecem zelo ambiental de caráter universal. “Temos ainda as ISOs e Ohsas para priorizar o SMS. No foco nacional, temos o respeito pelo Sisnama, resoluções Conama, Ibama e demais legislações ambientais que zelam pelo meio ambiente nacional e fronteiriço”, ressalta o especialista.


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O drama nas Bacias do Nordeste

Agência Petrobras

A preocupação com a curva de produção da Petrobras não é de hoje. “Essa preocupação vem de muito tempo, quando eu ainda era diretora de Gás e Energia. Todos nós temos compromissos enormes. Todo o óleo produzido é um retorno aos nossos acionistas, aos investidores e a nossos controladores. Mas é, acima de tudo, um compromisso com o Brasil”, destacou Graça Foster ao apresentar o Proef a gerentes das 35 plataformas da Bacia de Campos e de outras unidades da Petrobras. Depois de queda em 2002 e recuperação em 2003, os volumes foram se reduzindo ano após ano a partir de 2004, chegando, em 2012, a 2,4 milhões de bpe. A principal razão para essa redução na sua capacidade produtiva deve-se ao envelhecimento natural dos quatro campos (Atum, Curimã, Espada e Xaréu), localizados na Bacia Sedimentar do Ceará. Em março passado, mês do último boletim mensal da ANP, foram produzidos 1,85 milhão de barris por dia, dos quais o Ceará participou com 9,1 mil barris diários, ou seja, 0,4% do total, percentual que costuma se repetir nos demais meses. Os indicadores dos campos produtores em águas rasas da região Nordeste mostram que essas áreas também merecem atenção especial. Atualmente a Petrobras tem 63 plataformas instaladas em 17 campos offshore em águas rasas das bacias do Ceará, Potiguar e Sergipe-Alagoas. Juntas, essas áreas no offshore nordestino estão produzindo cerca de 20 mil barris/dia de óleo, a partir de mais de 200 poços. Isso dá uma média de quase 320 barris produzidos diariamente por cada plataforma e de 100 barris diários por poço. Os campos maduros da Bacia do Ceará são os que mais apresentaram 50 MACAÉ OFFSHORE

Graça Foster: preocupação com os campos maduros vem de quando ela ainda era diretora de Gás e Energia Graça Foster – concerns about mature fields since she was Petrobras Gas and Energy director

queda na produção nos últimos anos. O volume caiu de 11 mil barris/dia em 2000 para 5 mil barris/dia em 2011.Em Potiguar, os oito campos offshore passaram de cerca de 12 mil barris/dia produzidos em 2000 para 7,6 mil barris/dia em 2011. Assim como no Ceará, a produção também

estava com viés de baixa e fechou 2012 em queda. O menor declive de volume foi sentido em SergipeAlagoas. Os cinco campos marítimos da região, que em 2000 produziram cerca de 12 mil barris/dia, fecharam em 2012 com uma produção de cerca de 9 mil barris/dia.


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A história dos campos maduros no Brasil Divulgação Petrobras / Eliana Fernandes

Os campos que fazem parte do início da história do petróleo no Brasil hoje são considerados maduros. A relação simples entre a produção acumulada e o volume recuperável de óleo determina a qualificação do campo. O Brasil possui em terra cerca de 20 bacias sedimentares, com características peculiares. Os primeiros registros a respeito da busca por petróleo em terras brasileiras são de 1858, quando foram concedidas áreas na Bahia para pesquisa e lavra de folhetos betuminosos, e, seis anos depois, em 1864, para pesquisa e lavra de turfa e petróleo. A Bacia de Campos recebeu atenção especial nos anos de 1970, sendo que nesta mesma década, empresas internacionais entraram no País e começaram a participar do processo exploratório sob contratos de risco. Em 1997, com a Lei 9478/97, a Petrobras passou à fase de conclusão de campos explorados em andamento e solicitou cerca de 130 áreas de exploração. Com a redução da participação da

Os campos maduros da Bacia do Ceará são os que mais apresentaram queda de produção nos últimos anos Mature fields of the Ceará Basin are those who show the greatest output decline over the past few years

Petrobras em termos de quantidade de campos explorados, outras empresas, inclusive as de pequeno e médio porte, passaram a participar das rodadas de licitação de campos realizadas pela ANP. Uma das rodadas, a sétima, teve direcionamento especifico para PMEs. Uma parte da sétima rodada de licitação ocorreu apenas com campos maduros e que não geravam interesses econômicos para grandes empresas,

também conhecidos como campos marginais. Foram arrematadas 16 das 17 áreas ofertadas e 53 empresas apresentaram ofertas. Das empresas ofertantes, dois consórcios e 14 empresas que participaram individualmente arremataram as áreas. Um sucesso (94%) de aproveitamento. O fato demonstra o potencial produtivo e econômico que os campos maduros no Brasil possuem. 

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Mature fields: how to improve their efficiency

High investments along with new technology have been used by Petrobras to recover the Campos Basin operating efficiency

By Rodrigo Leitão

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ver since she took over Petrobras in February 2012, efficiency has become Maria das Graças Foster’s main issue. A recent survey carried out by Bradesco Corretora shows that the rate of the oil output in the country, where Petrobras is responsible for 91% of the total oil output, has shrunk 40% between August 2011 and August 2012. In volume, the fall represented a loss of 679 thousand oil barrels a day.

the useful life of fields that surpassed the oil output peak, the so-called mature fields.

Over the past few years, Petrobras has carried out new discoveries and increased the oil output in the country. Yet with the company’s expertise and with 32 years in the market, Petrobras cannot fail. Foster realized the importance of those rejuvenating injections – and now she is injecting energy to enhance

From then on, the company has launched two programs to improve Campos Basin Operating Unit and Rio de Janeiro Operating Unit efficiency. Petrobras will invest US$ 5.6 billion by 2016 to improve Campos Basin operating efficiency. Petrobras has invested roughly R$ 1 billion until February. The

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With proven oil reserves of 15.3 billion in the country, Petrobras has been working on its drilling activities not only in the pre-salt area and in the new potential areas but also in its giant mature fields, which have been seeing their output to shrink after more than two decades of drilling.

goal is to improve its operating efficiency rate to 90%. It was 71% at the end of 2011, one of the lowest rates in history. Until March, the operating efficiency rate was 74%. This year, the company’s goal is to have the operating efficiency rate by 76%. Petrobras wants to improve Campos Basin operating efficiency rate to 90% by 2016. The Proef UO-Rio is expected to produce 26 thousand barrels a day by 2013. Overall, the Proef will be implemented in 31 fields that produce 450 thousand oil barrels of oil a day, equivalent to roughly one quarter of the total company’s output in Brazil. Marlim and Albacora, two of the major oil producing mature fields in Brazil, are among the fields that were chosen by the program, according to the ANP.


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Due to Proef, the efficiency rate rose 6% in the Campos Basin In a statement sent to the Macaé Offshore, Petrobras reassures that Proef, launched in June 2012, has been accomplishing its mission and the program has also brought advantages that had been scheduled already. The company has an output of 14 thousand barrels a day in the new assets managed by the Campos Basin Operating Unit. Marlim and Albacora fields are the oldest assets of the company.

“The operating efficiency rose 6%. This shows the importance of this program for the company in order to have an operation that meets the international quality standard. For 2013, it is expected to have an output of 36 thousand oil barrels a day in the UO-BC,” the company said. A source said it is perfectly viable to increase the efficiency rates of the fields

to 90% once a set of safety procedures is implemented. It is necessary that equipment works under the specification. Also, it is important to have maintenance and special equipment to solve operating problems. Water and oil producing must not curb the pipelines because it might cause outflow problems. Also, the reservoir pressure must be kept high in order to avoid free gas output.

Technology improves the fields output In an interview to Macaé Offshore, Fundação Getúlio Vargas professor and oil and gas specialist Oswaldo Queiroga says that current technology is necessary to improve all the energy that each reservoir has within the mature fields, Albacora and Marlim in particular. To the professor, the majors, Petrobras in particular, inject of water inside wells to increase the pressure. Queiroga explains that there are many types of technology that can be used to enhance the energy of these wells aiming to give Campos Basin longevity and improve the recovery of oil output where oil platforms cannot perform with economic viability. An example of this is the socalled SSAO (Oil and Water Subsea Separation System).

“SSAO separates water from the oil drilled from the bottom of the sea, reducing the size of the subsea equipment. This system receives the crude output from one or more wells, providing the means to sepate gas, oil and water. The water that is separated is reinjected in the reservoir and the oil and gas are taken to the oil platform,” he explains. Petrobras has been using this technology in the Marlim field, in the Campos basin. Another system that has been developed and used by Petrobras and by other major companies is the the so-called subsea multiphase pump. This system uses electric energy which is sent by the oil platform to increase pressure. This process

enabled the oil production growth in the well BR-73, in the Barracuda field, in Campos basin. The output jumped to 23 thousand oil barrels of oil a day. Before, the production of the oil well was 15 thousand oil barrels a day. “This system enables wells to be linked in a distance of 22 kilometers of a fixed oil platform” Queiroga concludes. In the view of Faculdade Integrada Simonsen Oil, Gas and Energy professor Claudia Oliveira, mature fields are not very attractive for the majors because the industry knows that they will decrease. To the specialist, companies tend to drill other wells in the same area to recover these fields economically.

ANP will demand production growth The ANP requirement to approve the new production development plan for Rocandor field, one of the greatest producing fields in the country, must be the same as the others that showed a

drastic fall of production over the last few years. In January, ANP demanded Petrobras to design a new plan for Roncador, a giant field discovered in 1996 which production started in 1999.

Besides Roncador, ANP is not happy with the drastic falls in outputs in the fields of Marlim, Marlim Sul, Caratinga, Albacora, Albacora Leste, Barracuda, Peregrino and Espadarte,

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COVER

just to mention some fields in the Campos basin. In an interview to Macaé Offshore, Petrobras Projects coordinator, Ricardo Toneto de Melo says that it is crucial to

maintain the reservoir intergrity to improve the efficiency of these mature fields. To Tonetto, the interventions to improve the efficiency of these fields passes through three crucial different areas: wells, subsea environment and oil platforms.

Technology is crucial for the safety of wells In an interview to Macaé Offshore, professor of Work Safety Eduardo Basto says that the mature fields can be seen as locations with lower output, with low economic gains. So, they require the use of technology and more investments to improve their output and, thus, their profit. To Bastos, the challenge of drilling a mature field is to be sure that this drilling process will be made under better safety and environment conditions. To maintain the integrity of these fields, the professor says that wells must be watched through equipment that have been already used along with subsea technology that, through pipelines and robots,

will provide more safety to the work of oil drilling. “The Safety, Health and Environment (SHE) actions in mature fields must be stricter to meet the ANP rules and resolutions, such as rule 43 (12/6/2007) and the Work Ministry norms, which are 36 today”. For the environment, he also highlighted a set of treaties, conventions and diplomatic charts that offer the care for environment worldwide. “ We still have ISOs and OHSAs to priorize the SHE. In the domestic realm, we respect the Sisnama, Conama, Ibama and other environmental rules that take care the environment here and abroad,” the specialist emphasizes.

The drama of the Northeast Basins The concerns about Petrobras’ output curve are not new. “It concerns me for a long time, ever since I was director of Gas and Energy. All of us have huge commitments. The oil outputs belong to our shareholders, investors and major holders. Also, it is a commitment to Brazil,” Graça Foster emphasized while she was presenting the Proef to 35 managers of oil platforms in the Campos Basin and other units of the company. Ever since the fall in 2002 and the recovery in 2003, the oil volume was declining year after year from 2004 on, reaching 2.4 million boed in 2012. The main reason for that is due to the natural aging of four fields – Atum, Curimã, Espada and Xaréu, located in the Ceará Basin. In March 2012, Petrobras produced 1.85 million boed. The Ceará Basin was responsible for 0.4% of this total amount 9.1 thousand boed. This rate was repeated in the following months. Some aspects of these producing fields in shallow waters in the Northeast region show that these areas must also 54 MACAÉ OFFSHORE

have a special treatment. Currently, Petrobras has 63 oil platforms in 17 offshore fields in the shallow waters in the Ceará, Potiguar and Sergipe-Alagoas basins. All of these northeast offshore areas are producing roughly 20 thousand boed from 200 oil wells throughout the basin. This output is equivalent to an average of 320 barrels by each oil platform a day and 100 barrels a day by each well. The mature fields in the Ceará Basin are those who show the greatest output decline over the past few years. The output decreased from 11 thousand boed in 2000 to five thousand boed in 2011. In the Potiguar basin, eight offshore fields declined their oil output from 12 thousand boed in 2000, to 7.6 thousand boed in 2011. As it happened to the Ceará Basin, the oil output was dropping and in 2012 the Potiguar basin ended with oil output fall. The lesser oil output decline was seen in the Sergipe-Alagoas basin. The five offshore fields in the region, which produced roughly 12 thousand boed in 2000, ended 2012 with an oil production an average of 9 thousand boed.

“Those interventions pass through equipment exchange in any of these sectors,” he says. In Toneto’s view, while an oil platform is not operating (scheduled closures) a company has less to lose because it avoids the risk of material and human accidents.

The history of mature fields in Brazil The currently mature fields are those that have taken part in the beginning of the oil history in Brazil. The ratio between the accumulated production an the recoverable oil qualified the field. Brazil has 20 onshore basins with peculiar characteristics. The first data concerning the search for oil in Brazil dated 1858, when areas were given in the state of Bahia for research and mining of oil sands and, six years later, in 1864, for research and mining of turf and oil. The Campos Basin received special attention in the 1970s. During this decade, international oil companies (ioc) came to Brazil and took part in the oil drilling process under risk contracts. In 1997, under the law-enforcement 9478/97, Petrobras started the conclusion process of the ongoing drilled fields and asked more 130 areas to drill. With the reduction of Petrobras activities in the fields, other oil companies, small and medium companies included, started to bid on rounds of oil blocks carried out by the ANP. One of the Bidding Rounds, the 7th, was directed to small and medium companies. Part of the blocks to be auctioned was for mature fields, also known as marginal fields, and they were disregarded by the majors. 16 from 17 areas offered were acquired and 53 companies bid for these areas. From the companies that bid for the areas offered, two consortia and 14 single companies acquired the areas. It was a success because 94% of the block offered were acquired. This showed the economic and productive capacity that the mature fields in Brazil have. 


EMPRESAS & NEGÓCIOS

Oportunidades bem lá no

fundo

Rio de Janeiro dá início a projeto de construção de polo subsea, um segmento que movimenta hoje US$ 100 bi no mundo e já atrai 35 empresas no estado Por Brunno Braga

S

Ricardo Adami / Abrasca

Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), quer aproveitar esta gama de oportunidades existentes neste elo da cadeia produtiva.

ão números que chamam atenção pela dimensão e volume. Dados levantados recentemente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atestam que, até 2015, o mercado mundial de sistemas submarinos está estimado na faixa dos US$ 100 bilhões. E neste cenário o Brasil é um dos principais consumidores mundiais em razão do desenvolvimento da produção em águas profundas. Com os atuais investimentos na exploração do petróleo e estimativas de que haverá, no médio prazo, produção diária de 4,2 milhões de barris por dia em 2020, contra os atuais 2 milhões de barris, não contando com a exploração de reservas ainda não descobertas, o segmento subsea aparece cada vez mais como uma importante peça neste tabuleiro bilionário. Risers, árvores de natal molhadas, cabeças de poço submarinas, sistemas de controle de pressão, sistema de bombeamento, sistemas de vedação, válvulas, manifolds, pipelines end manifold (PLEM), pipelines end termination (PLET), linhas flexíveis, umbilicais e outros equipamentos e peças movimentam a indústria do petróleo no Estado

Marcelo Vertis, da Sedeis: incentivo à expansão e novos investimentos Marcelo Vertis, SEDEIS – fostering the expansion and new investments

do Rio de Janeiro com uso intensivo de tecnologia e mão de obra qualificada e são sinônimos de incremento de emprego e renda. Atualmente, em todo o estado, operam 27 empresas de serviço e oito de produtos voltadas para a produção de equipamentos submarinos para exploração e produção, que geram cerca de mil empregos diretos. De olho nesses números, o Governo do Rio, por meio da Secretaria de Desenvolvimento

A ideia é criar um polo subsea que visa a aumentar a atratividade do estado neste segmento, trazendo investimentos de fornecedores e subfornecedores. O objetivo é dobrar esse número para os próximos quatro anos, atraindo empresas instaladas em outros estados brasileiros e estrangeiras que estão pensando em entrar no mercado brasileiro neste setor. As discussões do projeto são conduzidas com entusiasmo pelos outros órgãos envolvidos na modelagem do centro subsea. “O Estado do Rio já tem instaladas empresas da cadeia de fornecedores, mas sabemos, por meio de um trabalho que estamos desenvolvendo junto com Onip, Firjan e IBP, que tem muito o que acrescentar. Tem muito sub-fornecedor para desenvolver aqui no estado. Então, queremos incentivar não só o fornecedor instalado aqui no Rio para expansão dos investimentos, como atrair aquele que está fora do estado”, afirma, em entrevista à Macaé Offshore, o subsecretário estadual de Energia, Marcelo Vertis. MACAÉ OFFSHORE 55


EMPRESAS & NEGÓCIOS

Visibilidade aumenta com as rodadas Segundo ele, com as rodadas de licitação da ANP, a demanda por subsea vai aumentar. “Esse será o maior volume de investimentos na indústria na história do Brasil. A estimativa nossa é que dentro do total de investimentos previstos para E&P offshore, cerca de 25% serão destinados para fabricação e compra de equipamentos submarinos, o que não é pouca coisa, pois chega à casa dos US$ 50 bilhões”, estima Vertis.

O subsecretário, que é oriundo dos quadros da Petrobras, conta que o polo também tem como objetivo dar mais visibilidade internacional às oportunidades existentes na cadeia produtiva da indústria de petróleo fluminense. “O Rio de Janeiro tem uma situação muito particular, pois é onde estão as bases de operação da Petrobras, mais precisamente na Bacia de Campos. Isso

é natural, pois quem contrata quer que os seus fornecedores estejam perto fisicamente, sobretudo para equipamentos de grande porte, pois ele acompanha a construção das encomendas e tem a redução do custo logístico. Então, a gente está trabalhando para que essa cadeia de suprimento se consolide cada vez mais aqui e o polo é um instrumento essencial nesse processo”, avalia o subsecretário.

Caxias ou Ilha do Fundão pode abrigar polo Reprodução / Site Codin

O local ainda não está definido. Mas dois site locations surgem como opções bastante promissoras: um em Duque de Caxias, numa área de aproximadamente 2 milhões de metros quadrados, para a construção de grandes fábricas; e um outro próximo ao Parque Tecnológico do Fundão, para empresas que atuam no setor de tecnologia de informação para o segmento subsea, demandantes de espaços menores. De acordo com o presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), Alexandre Gurgel, a instituição está levantando áreas disponíveis. “Essa iniciativa é muito oportuna. Estamos também fazendo o planejamento tributário e isso vai ajudar no relacionamento entre as empresas e órgãos licenciadores em âmbito federal, estadual e municipal”, conta Gurgel. Assim como o local, o cronograma e as etapas para a construção do polo ainda não estão desenhados. No entanto, Vertis conta que está em andamento o desenvolvimento de estudos técnicos que identificam os pontos importantes para a consolidação do polo, sobretudo na questão de benefícios a serem destinados a empresas que já estão instaladas ou que queiram 56 MACAÉ OFFSHORE

Codin está levantando áreas disponíveis no estado para receber o novo polo CODIN is studying available areas in the state of Rio to set the new cluster

montar as suas unidades fabris no estado fluminense. “Vamos explicitar os mecanismos de atração de investimento, através de ações da própria Sedeis, da Codin e da AgeRio (Agência de Fomento do Estado). Também ligada à Sedeis, a AgeRio funciona como entidade facilitadora do pacote financeiro, oferecendo linhas de financiamento para micro, pequena, média e grande empresa, e terá papel de importância dentro desse trabalho de fomento, intermediando junto

ao BNDES, Caixa e Finep o repasse de recursos. A AgeRio tem capital próprio de R$ 4 bilhões para alavancar negócios num plano geral e, segundo Vertis, a demanda típica de uma empresa subsea gira em torno de R$ 30 milhões. “As grandes empresas já dispõem, de forma mais facilitada, de boas linhas de crédito. Então, a AgeRio irá atuar mais fortemente junto ao pequeno e médio fornecedor, que pertencem ao segundo e terceiro elo da cadeia”.


Informe publicitário

Um presente para a cidade O UniCEUB festeja os 200 anos de Macaé com sua mais nova unidade

O Centro Universitário de Brasília chega a Macaé, com a tradição de 45 anos em educação superior. Pioneiro em Brasília, é considerado pelo ranking das instituições brasileiras um dos três melhores centros universitários do Brasil. Neste primeiro momento, oferece à comunidade de Macaé pós-graduação em nível de especialização, em diversas áreas do conhecimento. Cerca de vinte cursos foram projetados em parceria com a Master Educacional, nas áreas de Educação, Engenharia, Direito e Gestão. Salas amplas e confortáveis, laboratórios de informática de última geração, estacionamento e excelente localização estão ao dispor dos alunos que serão orientados por professores altamente qualificados e com vasta experiência profissional. O UniCEUB proporciona aos alunos a opção do financiamento estudantil PRAVALER, crédito universitário para cursos de graduação, pós-graduação e técnicos, e possibilita o pagamento parcelado das mensalidades financiadas. Serão ofertados, a partir de agosto, os seguintes cursos:                 

Direito do Consumidor; Direito Ambiental e Marítimo; Direito Civil e Processual Civil; Engenharia Submarina; Engenharia de Soldagem; Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo; Engenharia de Logística e Indústria de Petróleo; Finanças e Análise de Riscos; Auditoria e Contabilidade; Gestão de Pessoas e Coaching; Turismo e Hotelaria; Marketing; Administração Escolar e Coordenação Pedagógica; Didática do Ensino Superior; Redes de Computadores; Treinamento Desportivo e Personal Trainer; UAN – Unidade de Alimentação e Nutrição.

Além disso, o UniCEUB poderá ministrar cursos de pós-graduação in company desde que seja requisitado por empresas locais que queiram aprimorar e aperfeiçoar o conhecimento de seus funcionários e colaboradores.

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Parcerias com clusters de outros países Divulgação / Wärtisilla

Esse tipo de demanda vai depender do tipo de oferta por parte do Governo do Estado. “Estamos analisando isso junto com a Prefeitura do Rio e estamos conversando com clusters já organizados em outros países, para ver qual o tipo de colaboração que podemos obter. O Governo do Estado tem muito a oferecer às empresas estrangeiras e já está recebendo demandas”, comenta. Em abril, o subsecretário organizou um seminário que reuniu diversas câmaras de comércio, o que traduziu o interesse de diversos países em querer se informar mais a respeito do polo. “Queremos aprender com os polos e clusters existentes nos outros países e atrair empresas de diferentes lugares do mundo. Por ora, estaremos recebendo companhias de fora, mas no futuro queremos que o Brasil esteja presente como país fornecedor de equipamentos subsea na costa da África, no Golfo do México, na Austrália e em outros lugares. Para isso, a criação do polo é bastante importante para alcançar esse objetivo”, ressalta Vertis. Para o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado, a criação de um polo não só atende às demandas por infraestrutura, mas também serve como um centro de troca de informações entre as empresas, enriquecendo, assim, o clima de inovação e de negócios na

Para Firjan, polo atende demandas por infraestrutura e estimula inovação To Firjan, the cluster meets the demands for infrastructure and spurs innovation

cadeia de óleo e gás. Ele acredita que a modelagem para a construção do polo esteja pronta já no início do ano que vem. “Esse é mais um desafio para o estado, mas um desafio fácil de ser enfrentado. A Firjan entende que os investimentos específicos na cadeia pedem

locais de fácil acesso a rodovias e portos, próximos ao cliente e mão de obra qualificada. Em todos esses requisitos o Estado do Rio é privilegiado, pois tem área disponível, boa formação de mão-de-obra, boa infraestrutura portuária e rodoviária e é a sede da principal operadora do País, a Petrobras”, explica Prado.

Empresas aprovam e já investem por conta De olho nessas oportunidades, várias empresas já começaram a se movimentar e, mesmo antes do anúncio de um centro voltado para companhias do segmento subsea, já realizam investimentos vultosos. Elas não revelam se irão aportar no polo, mas com as etapas de exploração e 58 MACAÉ OFFSHORE

produção do pré-sal se avizinhando, se antecipam no planejamento e nas contratações de pessoal e maquinário exigidos. É o caso da Odebrecht Óleo e Gás. Renato Bastos, responsável pela área de Construção Submarina da

companhia, revela que há intensos trabalhos para se consolidar como a primeira empresa brasileira no segmento subsea. E é no Rio de Janeiro que a Odebrecht O&G aposta grande. Ele afirma que a ideia do polo vai ao encontro do projeto de investimentos da empresa para o Rio de Janeiro.


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Divulgação / Wärtisilla

“Temos um robusto Programa de Ação para o nosso negócio subsea no horizonte dos próximos três anos, que contempla investimentos em treinamento e formação de pessoas e em ativos, em particular, embarcações para instalação de dutos e construção submarina, além das torres de risers, um produto bastante adequado para os sistemas de coleta de óleo e gás do pré-sal”, afirma Bastos. O executivo ressalta que há sinergias internas na organização Odebrecht, como foi o caso dos manifolds submarinos instalados no Gasoduto Sul-Norte Capixaba raso, que foram fabricados em sua base de manutenção e serviços de Macaé. “Portanto, acreditamos estarmos bem posicionados no estado para os grandes desafios impostos pela exploração e produção na nova fronteira do pré-sal”, afirma o executivo. “Esperamos que haja um crescimento do backlog, com impactos mais significativos em termos de aumento de receita e novas contratações a partir do final deste ano e início de 2014. Nosso plano de negócios prevê ainda investimentos em novas embarcações de lançamento de dutos, que devem ocorrer entre 2013 e 2014”, acrescenta. O diretor da divisão Ship Power da Wärtsilä no Brasil, Luiz Barcellos, considera bastante importante o foco que o Governo do Estado do Rio vem dando ao desenvolvimento da cadeia produtiva que irá suportar a operação e o desenvolvimento da indústria de O&G. Segundo ele, o polo pode propiciar mais estrutura física e logística para atender à crescente demanda de mercado, ao mesmo tempo em que a empresa acompanha as exigências de conteúdo local, sobretudo na indústria offshore. Barcellos conta que a empresa já vem dando ênfase à estratégia de

Luiz Barcellos, da Wartsilã: expectativas promissoras Luiz Barcellos, Wartsila – promising expectations

ampliação de investimentos. “As expectativas são bastante promissoras. Estamos investindo na construção da unidade do Açu (valor estimado em 20 milhões de euros) e já iniciamos o processo de contratação de colaboradores para a fábrica. Ao mesmo tempo, buscamos novas oportunidades de negócios para aumentarmos a carteira de encomendas da nova unidade, que fabrica 60 grupos geradores e 60 propulsores azimutais que serão destinados aos navios sonda a ser construídos nos estaleiros Ecovix e Jurong. Mas temos uma flexibilidade muito grande para expandir a gama de produtos de acordo com as necessidades de mercado”, explica. A Aker também observa como positiva a movimentação do governo estadual no sentido de criar um centro subsea fluminense, segundo comenta o presidente da empresa no Brasil, Luis Araújo. “Ainda não sabemos como iremos participar do polo, mas a empresa está se capacitando para atender ao aumento da demanda por serviços de manutenção nestes equipamentos”. Ele

conta que a Aker também investe cerca de R$ 30 milhões para ampliar a planta em Rio das Ostras, que será inteiramente dedicada a serviços de manutenção de equipamentos submarinos. São quase 200 ANMs (Árvore de Natal Molhada) instaladas em águas brasileiras, o que deve aumentar com as novas entregas programadas pela Aker Solutions “Em termos de tecnologias para o futuro, a empresa tem investido muito em separação e compressão submarina e no desenvolvimento de sistemas e produtos que compõem a Subsea Factory. A visão é ter no futuro campos inteiros em águas profundas produzindo remotamente direto para terra, sem a necessidade de plataformas e pessoas vivendo em alto mar”, comenta o presidente da Aker Solutions no Brasil. Mesmo com este certo otimismo, alguns empresários acreditam que o polo deve se basear na busca de eficácia que permita que haja um desenvolvimento para toda a cadeia do segmento. Essa é a visão de Cassiano Neves, sócio da empresa Subsin, empresa de engenharia focada na garantia de integridade de equipamentos para o mercado de óleo e gás. “O segmento não precisa de um condomínio de luxo. O polo tem que estar voltado para agregar e permitir a troca de conhecimento e tecnologia entre as empresas de forma eficiente. Entender as suas necessidades e buscar impulsionar os negócios dentro de um modelo alinhado para atender à demanda, transformando protótipos em produtos finais. Dessa forma, estamos em compasso de espera, aguardando”, comenta o executivo, enfatizando que o modelo a ser adotado é o cluster marítimo francês, que incentiva, sobretudo, as pequenas e médias empresas para atuarem em conjunto com as majors daquele país.  MACAÉ OFFSHORE 59


Companies & Business

Digging

deeper into opportunities

Rio de Janeiro started the project to construct a subsea cluster, a US$ 100 billion business. The segment has already attracted 35 companies to the state of Rio By Brunno Braga

T

he numbers come to our attention because of their size. Data collected by the National Development Bank (BNDES) survey says that the world market value for subsea equipment is estimated at roughly US$ 100 billion by 2015. In this scenario, Brazil is one of the main world consumers of subsea equipment, once the country has a high development deep water drilling technology domain.

With the current investments in the oil drilling and expectations that Brazil will produce 4.2 million barrels of oil equivalent per day (boed) by 2020 more than the current 2 million boed produced, not taking into account the oil (reserves) reservers not yet discovered, the subsea segment seems to play an important role in this billionaire scenario. Risers, wet Christmas trees, subsea wellhead systems, pressure control systems, pumping systems, sealing systems, valves, manifolds, pipelines

manifolds (PLEM), flexible lines, umbilical subsea cables and other equipment move the oil industry in Rio de Janeiro with an intense use of technology and skilled work force. They can also boost job rates and income. Currently, there are 27 service providers and eight industrial companies toward the subsea equipment production for the E&P drilling in the state of Rio de Janeiro, which employ roughly one thousand workers. On understanding these numbers, the government of the state of Rio de Janeiro, through the Secretary for Development, Energy, Industry and Services of the State of Rio de Janeiro (Sedeis), wants to take advantage of the amount of opportunities that exist in this chain of production. The idea is to create a subsea center to increase the state activity in this segment and bring suppliers and subsuppliers investments to the state of Rio de Janeiro. The goal is to double the

number of companies established in Rio de Janeiro (over) for the next four years. The center might also (attract) attracts companies from other states and abroad who want to invest in this segment in Brazil. The discussions over the project have been carried out with enthusiasm by other institutions involved in the creation of the subsea cluster. “The state of Rio de Janeiro hosts a number of supply chain companies. Yet we know, through a carrying out work by us along with Onip, Firjan and IBP, that there is much more work to do. There are many sub-suppliers who want to come to the state. So, we want to promote companies that are established here to increase their investments and also attract other companies that are established outside Rio de Janeiro,” the State Subsecretary of Energy, Logistics and Industrial Development of the Secretary for Development, Energy, Industry and Services, State of Rio de Janeiro Marcelo Vertis said.

More visibility with the resuming of the bids To him, the demand for subsea equipment will increase with the resuming of the ANP bidding rounds. “This is going to be the highest amount of investments for the industry in the history of Brazil. We believe that roughly 25% of the total amount of investments for the E&P drilling offshore will be directed to the manufacturing of subsea equipment as well as its purchase. This is not small. We are talking 60 MACAÉ OFFSHORE

about a US$ 50 billion business,” Mr Vertis attests. The subsecretary, who is a former Petrobras employee, tells that the subsea cluster will give more international visibility for the opportunities in the oil industry of Rio de Janeiro. “Rio de Janeiro has a unique situation, once it hosts Petrobras offshore

operation centers, more precisely in Campos Basin. It is natural because a company who contracts its suppliers wants them very close, specially for inspecting the process of manufacturing heavyweight equipment. So, this process cuts logistical costs. Thus, we are working on this issue to have in Rio de Janeiro a supply chain sector ever more consolidated and the subsea cluster is crucial for that, ” the subsecretary evaluates.


Companies & Business

The cluster may be in Caxias or in the Federal University of RJ The site has not been chosen yet. Yet two site locations appear as quite likely options. One in the city of Duque de Caxias, in the state of Rio de Janeiro, in an area of roughly 2 million square meters. This site might be for major companies facilities. The other will be in the technological park of the Federal University of Rio de Janeiro, for IT companies of the subsea segment, which demand smaller places. Alexandre Gurgel, director of Industrial Policy and New Business Industrial Development Company (Codin) says that the institution is studying available areas. “This is a very important initiative. We are also drawing the tax plan and it is going to help the relationship between companies

and licensing institutes at the federal,state and city levels,” Gurgel says. Just like the site location, the schedule and the construction steps of the subsea cluster are being drawn. Yet Mr Vertis says that the technical studies that identify important aspects to the consolidation of the cluster are under way, mainly studies on the issue of tax exemptions to be given to companies that are established in the state of Rio de Janeiro or to those who want to establish their facilities in the Fluminense state. “ We are going to explain the investment attraction procedures through the Sedeis, Codin and AgeRio. AgeRio, an entity that also belongs to the Sedeis, works as a financial entity that

provides funding to micro, small, medium and large companies. AgeRio will play an important role to boost investments on transfering rersources from the BNDES (National Development Bank), Caixa Econômica Federal (a state-owned bank) and Finep (Studies and Projects Finance Organization) to companies. AgeRio has a funding of R$ 4 billion to support business in general. Vertis said that a subsea equipment manufacturer company needs around R$ 30 million in funding. “Major subsea equipment manufacture companies can get funding more easily in the market. So, AgeRio will support the small and medium suppliers that belong to the second and third links of this chain.”

Partnership with clusters from abroad This sort of demand will depend on the sort of funding provided by the Government of the state of Rio de Janeiro. “We have been talked to the government of the city of Rio de Janeiro and we have been talking to clusters members from abroad to see how they can help us. The Government of the State of Rio de Janeiro has much to offer to foreign companies. Actually, some companies have already visited us to know more about the project of building a subsea cluster” he says.

In April 2013 the subsecretary carried out a seminar that gathered foreign trade chambers, which revealed the great interest from many countries to know more about the subsea cluster. “ We want to learn from other clusters from abroad. Currently, we are receiving companies from abroad. Yet we want that Brazil become a country that provides subsea equipments in the coast of Africa, Gulf of Mexico, Australia and other places. For that, the construction of the

subsea cluster is really important to meet this goal,” Vertis emphasizes. For the Firjan Industrial and Investments Competitivity manager Cristiano Prado, the construction of the cluster not only meet the demand for infrastructure, but also to work as a center for information exchange among companies, boosting the innovation and business environment in the oil and gas supply chain. He believes that the construction of the cluster will begin next year.

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Companies & Business

“This is another challenge for the state of Rio de Janeiro. Yet it is an easy challenge to be faced. Firjan understands that specific investments in the oil

and gas chain demand an easy access to roads and ports, and a skilled work force. The state of Rio de Janeiro has all these requirements because it has availabe

areas, skilled work force, nice roads and ports and it is where Petrobras, the biggest oil company in Brazil, has its headquarters,” Prado explains.

Companies approve and they are investing Aiming at these opportunities, many companies have already started to invest heavily even before the announcement of the creation of a subsea cluster. The companies don’t reveal if they will be in the cluster, but with the pre-salt bid coming soon, they make plans, hire people and purchase machinery necessary to manufacture equipment. This is what Odebrecht Oil and Gas is doing. Renato Bastos, who is the responsible for the company Subsea Construction Departament, says that the company is working to become the first Brazilian subsea equipment manufacturer. Thus, Odebrecht O&G is targeting Rio de Janeiro. Bastos said that the idea of creating a subsea cluster meets the projects for investment of the company in the state of Rio de Janeiro. “We have a strong program for our subsea business for over three years. The program compounds investments to train and form work force as well as investments in assets such as vessels to set pipelines and subsea constuction, and riser towers, a very important product to collect oil and gas in the pre-salt,” Bastos says. The executive emphasizes that are synergies within Odebrecht group such as the construction of subsea manifolds in the Sul-Norte Capixaba Raso Gas Pipeline in its facility in Macaé. “Thus, we believe that we are very well positioned in the state of Rio de Janeiro to face the challenges within the new frontier of the pre-salt exploration and production,” the executive says. “We hope that stockpiles increase, with important impacts in

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the growth in revenues and new hirings by the end of this year and the begining of 2014. Our business plan also predicts investments in new vessels and pipelines between 2013 and 2014,” he adds Wärtsilä Ship Power Division Director in Brazil Luiz Barcellos hailed the decision of the government of Rio de Janeiro to boost the oil chain. To him, the subsea cluster will give a better logistics environment to meet the growing demand of the industry. At the same time , the company is working to meet the local content requirements in the offshore industry. Barcellos says that the company have been emphasizing its investment expansion strategy. “The expectations are really promising. We are investing 20 million euros in the construction of a a manufacturing facility at Açu Superport and we have already hired workers for the facility. Meanwhile, we search for new business opportunities to increase our portfolio of the new facility, which manufactures 60 generators users group and 60 azimuth thruster for drilling rigs to be manufactured at Ecovix shipyard and Jurong shipyard. Yet we have a great flexibility to expand the set of products to meet the needs of the industry,” he explains. Aker Solutions also sees as positive the idea of the government of the state of Rio de Janeiro of creating a subsea cluster. “ We don’t know if the company will be there yet. But Aker is preparing itself to provide maintenance services for subsea equipment,” Aker CEO in Brazil Luis Araújo says. He told that Aker also wants to invest roughly R$

30 million to widen the company’s plant in the city of Rio das Ostras. This plant will be totally dedicated to the maintenance services for subsea equipment. Over 200 wet Christmas tree will be working in the Brazilian deep waters, which will increase the orders of Aker Solutions. “In terms of future technology, the company has been investing in subsea separation and compression and in the development of systems and products that compound Subsea Factory. The goal is to have entire fields in deep water producing straight to the land, without using oil platforms and people living offshore,” Aker Solutions CEO in Brazil says. Even under a certain optimism, some believe that the subsea cluster must ensure efficiency, allowing an enhancement for the subsea segment as a whole. This is what Cassiano Neves, the director of Subsin, believes. Subsin is an engeneering company focused on the preservation of oil and gas equipment integrity. “The segment does not need a fancy condominium of companies. The cluster must integrate and allow the exchange of knowledge and technology in an efficient way. Understanding the needs and trying to boost the business in order to meet the demand, turning projects into final products. So, we are awaiting,” the executive says. He also commented that the French maritime cluster is a model for Brazil, once the French cluster works to integrate small, medium and major companies. 


entrevista

André Pompeo Mendes BNDES garante recursos para atender forte demanda de investimentos no setor, diz executivo que gerencia projetos voltados para cadeia produtiva de petróleo e gás Por Rodrigo Leitão

Estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta que o Brasil investirá R$ 354 bilhões no setor de petróleo e gás, no período de 2012 a 2015, o que representa 63% de todos os aportes na indústria. A forte demanda por financiamentos na cadeia do petróleo fez com que o BNDES ampliasse o volume de recursos disponíveis para empresas fornecedoras de bens e serviços do setor, incluindo as estrangeiras instaladas no país. Com R$ 4 bilhões em linha de financiamento até dezembro de 2015, o BNDES P&G pretende contribuir para o desenvolvimento da cadeia de fornecimento, maximizando a participação da indústria nacional em bases competitivas e sustentáveis. O programa é voltado ao apoio para incorporação, aquisição e fusão de empresas, visando ao aumento de porte e capacidade de competição no mercado doméstico

Macaé Offshore - Como o senhor avalia o apetite das empresas depois de alguns anos sem rodadas de licitações? André Pompeo Mendes - Os investimentos no setor de P&G possuem um perfil de longo prazo. A necessidade de elevados investimentos com longo período de maturação cria um ambiente propício para a elevação dos investimentos das empresas fornecedoras de

e internacional. Também são apoiados projetos de investimentos no exterior que visem à ampliação da capacidade produtiva, implantação, recuperação, modernização e otimização de unidades industriais, bem como a busca de tecnologias no exterior. Formado em Economia pela PUC-RJ, com MBA em Finanças pelo Ibmec, André Pompeo do Amaral Mendes está há cinco anos na gerência do Departamento da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás do BNDES, onde tem como objetivo buscar soluções para alguns entraves do setor, tais como o custo do capital das empresas. À Macaé Offshore, ele também falou sobre as perspectivas depois de cinco anos sem leilões de blocos de petróleo e sobre as fortes demandas com as linhas de financiamento propostas pelo banco. Confira os principais trechos da entrevista.

bens e serviços do setor de P&G, em especial, pela previsibilidade da demanda. Com a perspectiva de novas rodadas de licitação a serem realizadas pela ANP neste ano, tais empresas terão um novo estímulo para realizar novos investimentos produtivos. M.O. - A partir das novas rodadas, como será feita a linha de financiamento para as empresas entrantes no setor?

A.M. - O programa de financiamento à cadeia produtiva de bens e serviços de petróleo e gás natural do BNDES, o Programa BNDES P&G, tem vigência até dezembro de 2015 e um orçamento inicial de R$ 4 bilhões. O programa pode ser estendido ou suplementado, por decisão da Diretoria do BNDES. Recentemente, houve a inclusão da modalidade indireta automática, por meio do BNDES P&G Automático, destinado às necessidades de MACAÉ OFFSHORE 63


ENTREVISTA

capital de giro. O Programa BNDES P&G é regularmente acompanhado pelo corpo técnico do banco, para garantir sua operacionalidade. M.O. – As pequenas e médias empresas podem contar com apoio do banco nestas linhas de financiamento? Há um teto mínimo para estas companhias entraram com pedido? A.M. - O Programa BNDES P&G foi criado também para o apoio às MPMEs, que contam com condições especiais para acessar as linhas de crédito do BNDES. Há um valor mínimo do pedido de financiamento de acordo com a linha que se pretende acessar: para projetos de inovação: R$ 1 milhão; para projetos de implantação e modernização da capacidade produtiva e para capital de giro: R$ 3 milhões. Para

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Com as novas rodadas de licitação as empresas terão um novo estímulo para realizar novos investimentos produtivos

demais empreendimentos apoiáveis: R$ 10 milhões. Informações detalhadas sobre as condições financeiras do programa estão disponíveis no site do BNDES. M.O. - Como o BNDES avalia a questão do conteúdo local na cadeia produtiva de óleo e gás no Brasil? A.M. - A Política de Conteúdo Local é um dos pilares da atual política de governo voltada para o setor de P&G e também da política industrial no que diz respeito ao desenvolvimento da indústria nacional. Combinada a outros instrumentos de política industrial, ela pode ter resultados efetivos no fomento da competitividade das indústrias nacionais, bem como alavancar os investimentos produtivos locais no setor de P&G. Estratégias


entrevista

estruturadas de fomento à indústria deveriam ser desenvolvidas combinando e articulando frentes de trabalho do setor público e iniciativa privada. M.O. - Quais soluções de curto prazo para fomentar a competitividade local? A.M. - O acesso a linhas de crédito com custos e condições competitivas é um dos instrumentos que auxilia a viabilização dos planos de negócios das empresas do setor já no curto prazo. Diversos outros instrumentos vêm sendo utilizados para o fomento da indústria local, como a política de conteúdo local, regimes especiais de tributação, dentre outros. Além disso, iniciativas para atração de investimentos vêm sendo conduzidas, não apenas na esfera federal, mas também nos estados e municípios. Investimentos em infraestrutura e qualificação de mão-de-obra também assumem um papel central, inclusive, por seu caráter estrutural para a competitividade do setor. M.O. - O ministro Guido Mantega afirmou que “o BNDES tem crédito disponível e quem tiver um projeto sólido conseguirá financiamento, mesmo empresas estrangeiras que quiserem investir no Brasil podem conseguir crédito”. Quais certificados e garantias uma empresa estrangeira recorre para garantir financiamento do banco? A.M. - As garantias são as mesmas aceitas pelo BNDES para qualquer empresa estabelecida no País, ou seja, garantia pessoal e 130% de garantia real do valor do financiamento. Além disso, no caso do Programa BNDES P&G, há uma linha destinada ao financiamento

ao capital de giro necessário para o cumprimento de contratos de fornecimento de bens e/ou serviços relacionados ao setor de P&G. Nesses casos, os referidos contratos podem ser dados como garantia das operações de financiamento. Essa linha, como as demais, está disponível para empresas estabelecidas ou que venham a estabelecer suas atividades produtivas no País. M.O. - O senhor pode citar algumas empresas estrangeiras da cadeia de óleo e gás que estão com projetos/ construções em andamento que recorreram ao BNDES para investir no Brasil?

setor é beneficiada pelo Repetro, um regime aduaneiro especial que permite a importação de equipamentos sem a incidência de encargos federais. Quais os benefícios e gargalos que o senhor aponta no Repetro? Essas empresas vêm tendo lucro anual constantemente. A incidência do imposto se justifica? A.M. - A respeito desse assunto, sugerimos consultar os órgãos governamentais diretamente responsáveis pelas medidas citadas. 

A.M. - Algumas empresas já recorreram ao BNDES e tiveram financiamentos aprovados. Entre as empresas que já tiveram operações contratadas no Banco estão Jotun, Prysmian, Techint, Ruhrpumpen, dentre outras. M.O. - O Governo pretende beneficiar, ainda em 2013, os fornecedores da cadeia de petróleo e gás com desonerações tributárias por meio do programa que será batizado de Repeg (Regime Especial de Estímulos para as Atividades de Exploração, Avaliação, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás). Quais as prioridades do Regep e quais Estados já mostraram interesse em aderir ao Regep? A.M. - A respeito desse assunto, sugerimos consultar os órgãos governamentais diretamente responsáveis pelas medidas citadas. M.O. - Parte das empresas do MACAÉ OFFSHORE 65


INTERVIEW

André Pompeo Mendes BNDES ensures funding to meet the strong demand for investments in the industry, says the bank executive who manages projects towards the oil and gas supply chain

By Rodrigo Leitão

A study carried out by the Brazilian Development Bank (BNDES) points out that the oil and gas industry is going to invest R$ 354 billion between 2012 and 2015 in Brazil. This aumont is 63% of all industry investments. The strong demand for funding in the oil industry made BNDES increase its available resources to suppliers of good and services of the industry, including foreing suppliers that are established here in Brazil. BNDES O&G has a total funding of R$ 4 billion to the industry to be carried out by December 2015. The bank wants to enhance the supply chain, maximizing the role of the national industry in a competitive and sustainable way. The funding aims to promote the integration, acquisition and companies merges, targeting to increase their size and enhance companies competitiveness

Macaé Offshore - How do you evaluate the appetite of the oil companies after years without bids? André Pompeo Mendes - O&G investments have a long term profile. The need for these long term heavy investments creates a nice environment to boost investments in the O&G supply chain. With high expectations for new bids to be carried out by the ANP this year, such

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in domestic market and abroad. The funding is directed to investment projects abroad that aim the productivity capacity growth. Also, the funding works for the implementation, recovery, modernization and optimization of facilities and helps to acquire technology abroad. André Pompeo do Amaral Mendes is graduated in Economics at PUC-RJ and earned his MBA in Finance from Ibmec. He has been the BNDES Oil and Gas Productivy Chain Departament Manager for five years and his goal is to overcome some obstacles in the industry such as the cost of capital for companies. He talked to Macaé Offshore about his expectations for the oil industry after five years without bids and the strong demand for funding provided by the bank. Read the interview:

M.O. - As for the new bids, how will the BNDES provide funding for the new companies in the industry?

or added according to the decision of the BNDES board of director. Recently, the bank included an indirect automatic modality, through the BNDES O&G Automatic, to meet the needs for working capital. The Bank technical staff follows the BNDES O&G program to ensure its feasibility.

A.M. - The BNDES funding program for the oil and gas supply chain will be carried out by 2015. The program has a total funding of R$ 4 billion. This program can be expanded

M.O. - Can small and medium companies count on the Bank funding? Is there a minimum value for these companies who want the bank funding?

companies will have a new stimulus to make new productive investments.


INTERVIEW

A.M. - The BNDES O&G program was also created to support SMEs. It has special conditions for companies who want to apply for the BNDES funding. There is a minimum value related to the sort of project funding that the company wants to carry out.: for innovation projects: R$ 1 million; for implementation projects and modernization of the productive capacity and for the working capital: R$ 3 million. For other supportable projects: R$ 10 million. Further information on the funding conditions of the program is available at the BNDES website.

M.O. - How does the BNDES evaluate the local content issue in the oil and gas supply chain in Brazil? A.M. - The local content policy is one of the pillars of the current government policy towards the O&G sector and it is also part of the industrial policy concerning to the national industry development. Combined with other industrial policies, local content can have effective results in the development of national industries. Local content policy can also enhance local productive investments in the O&G industry. Structure strategies of development for the industry should be developed. They must coordinate and create work fronts of the public and private sectors.

M.O. - What are the short term solutions to enhance the local competitivity? A.M. - Having the funding with competitive interest rates and conditions is one of the tools that helps to enhance the business plans of the companies in short term. Several other tools are used to enhance the local industry, such as the local content policy, special tax regimes among others. Besides, initiatives to attract investments are carried out at the federal level as well as at the state and city levels. Investments in infrastructure and in the improvement of the skills of

the work force have also a special role in this process, mainly because of their structural characteristics for the competitivity of the industry.

necessary for oil and gas supply chain contracts. In these cases, the contracts can be used as guarantee for funding operations . This line of credit, like many others, is available for companies established in Brazil or for those who want to establish their activities in the country.

M.O. - Minister Guido Mantega said that “the BNDES has available funding. So, a company who has a solid project will have this funding so as the foreign companies who want to invest in Brazil.” What sort of certificates and guarantees a foreing company must have to apply for the bank funding?

M.O. - Can you mention some foreign oil and gas companies that have ongoing projects that were funded by the BNDES?

With high

A.M. - BNDES approved the funding for some companies. Prysmian, Techint, Ruhrpumpen and others companies are among them.

expectations for new bids to be carried out by the ANP this year, such companies will have a new stimulus to make new productive investments A.M. - The guarantees are just the same as those that have been accepted by the BNDES from any company established in the country. In other words, the bank demands a personal guarantee and 130% of guarantee from the funding value. Besides, as for the BNDES O&G program, there is a funding directed to the working capital, which is

M.O. - The Brazilian government wants to benefit the oil and gas suppliers chain with tax exemptions through the program called Repeg (Special Stimulus Regime for the Oil and Gas Exploratory, Evaluation, Development and Production Activities). What are the Repeg priorities? Are there states who have shown interest to follow the Repeg? A.M. - Concerning this issue, we suggest you to consult governmental institutions who are directly responsible for these policies.

M.O. - Some oil companies are benefited by the Repetro, a special customs regime which allows the importation of goods destined for the activities of research and production of the oil and gas with federal tax exemption. What are the benefits and bottlenecks that you find in the Repetro? These companies make profit every year. The tax exemption can be justified? A.M. - Concerning this issue, we suggest you to consult governmental institutions who are directly responsible for these policies.  MACAÉ OFFSHORE 67


Plataforma espírito santo

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novo Golfo do México à vista

Bacia do Espírito Santo receberá cerca de R$ 1,3 bi em investimentos nos próximos anos com exploração em terra e mar Por Rodrigo Leitão

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Divulgação

om 50 campos em produção, sendo quatro de gás natural e 46 de petróleo, além de outros seis na etapa de desenvolvimento, a Bacia do Espírito Santo é desde 2006 a segunda maior produtora do Brasil. Situada na porção norte da margem continental brasileira, ao longo da costa do Estado do Espírito Santo, a região registrou uma produção em dezembro de 2012 de 23.081 bbl/ dia de petróleo e 7.000 mm³ de gás natural. A expectativa até 2015 é que sua produção chegue a 500 mil barris por dia e cerca de 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia em mesmo período. Mas o potencial petrolífero da bacia capixaba pode estar ainda longe do real. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a região possui acumulações petrolíferas semelhantes às descobertas realizadas no Golfo do México. Levantamentos sísmicos feitos pela ANP indicam a existência na região de 5 bilhões de barris de óleo in situ, volume de óleo ou gás. “É importante destacar que esse volume estimado não pode ser 68 MACAÉ OFFSHORE

mercado de óleo e gás no país, a ANP ofereceu mais 12 blocos na Bacia do Espírito Santo, sendo seis em terra, no município de Linhares, e seis no mar, em águas profundas. A área total em oferta em terra é de 178,72 km², distribuídos em blocos com área média de 30 km². Em mar, são 4.320 km² divididos em seis blocos com, em média, 720 km² cada.

Eliane Petershon, da ANP, alerta: volume estimado não pode ser confundido com reserva ANP director Eliane Petershon alerts - expected oil volume cannot be seen as oil reserve

entendido como reserva, pois se trata de uma estimativa de volume de óleo que pode estar contido nas estruturas mapeadas, cuja extração depende de fatores de recuperação”, ressalta a coordenadora de definição de blocos da ANP, Eliane Petershon, em entrevista à Macaé Offshore. Em maio, na 11ª Rodada de Licitações, que reabriu as portas do

A norueguesa Statoil Brasil – já considerada a segunda maior produtora de petróleo no país – arrematou, em consórcio com a Petrobras, os seis blocos oferecidos na parte marítima da Bacia do Espírito Santo. As petroleiras pagaram, em bônus de assinatura, um total de R$ 494 milhões e o investimento mínimo previsto na fase de exploração (PEM) é de R$ 1,27 bilhão. Na área terrestre, a Petrobras arrematou todos os seis blocos ofertados - três sozinha e três em parceria com a Cowan. A ANP anunciou que arrecadou R$ 14,16 milhões em bônus de assinatura com a venda desses blocos. Os investimentos na área devem somar R$ 64,6 milhões durante os próximos anos.


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Reservas totais podem dobrar a área atual O secretário estadual de Desenvolvimento do Espírito Santo, Nery de Rossi, afirma que a entrada desses novos blocos marítimos pode causar uma mudança radical no perfil do estado. “As reservas totais hoje são de 2,43 bilhões de barris. Ou seja, falamos de algo que, nos próximos anos, pode representar o dobro do que se tem hoje”, explica. Para De Rossi, após cinco anos sem rodada de licitação, esta foi uma grande oportunidade para a exploração no estado. “O Espírito Santo está de portas abertas para receber as empresas que aqui desejam se instalar e explorar as áreas licitadas ou fornecer serviços para as petroleiras. Temos uma posição geográfica privilegiada por estar no centro do Brasil com a possibilidade de atender a nova fronteira petrolífera”, garante. De acordo com o secretário, há projetos no estado que darão suporte a esses investimentos, como os novos empreendimentos portuários e de base de apoio offshore. “De Norte a Sul do Espírito Santo temos empresas investindo neste tipo de logística que facilitarão as atividades nessas áreas”, assegura. Como exemplos, ele cita o projeto do C-Port, base de apoio offshore construída pela empresa norte-americana Edison Chouest; o projeto da Itaoca Offshore com a mesma finalidade, e o Porto Central, em parceria com o Porto de Roterdã, para a construção de um porto indústria no Sul do Estado. “A Petrobras também usará a infraestrutura disponível nessas bases para suas operações. Todas essas estruturas de apoio poderão oferecer serviços e infraestrutura há diversas empresas por estar no centro da exploração petrolífera do país”, ressalta.

Nery de Rossi, secretário de Desenvolvimento: ‘Espírito Santo está de portas abertas para receber os investimentos’ Secretary of Economic Development Nery de Rossi - “The state of Espírito Santo opens its doors to receive investments.”

Confirmação exige investimentos em sísmica Para se confirmar o efetivo potencial da Bacia do Espírito Santo, no entanto, as Petrobras e a Statoil Brasil, que arremataram os blocos marítimos, terão que investir pesado em sísmica. “É necessária a aquisição de dados sísmicos tridimensionais para o imageamento das camadas rochosas posicionadas imediatamente abaixo desses corpos de sal que se descolaram da camada onde foram depositados (sal autóctone)”, informou Eliane Petershon, da ANP.

também pela presença de sal alóctone. Nesse domínio estamos esperando acumulações petrolíferas semelhantes às descobertas realizadas no Golfo do México, no play conhecido como “sub-sal”, explicou.

Segundo ela, a Bacia do Espírito Santo já é uma região com produção de petróleo e gás natural em plena atividade em terra e em mar. Porém, algumas regiões de águas profundas e ultra profundas da bacia ainda são pouco conhecidas e carentes de dados geológicos e geofísicos, fator complicador em uma região que apresenta complexo arcabouço geológico.

Os seis blocos marítimos incluídos na rodada estão em setor considerado de nova fronteira e próximos de áreas arrematadas na terceira, sexta, sétima e nona rodadas de licitações. As empresas que atuam na porção marítima da bacia atualmente são Petrobras, Perenco e Repsol.

“Este é o caso do setor AP2, incluído na 11ª Rodada. Este setor está localizado em uma região com influência das rochas vulcânicas da Cadeia Vitória-Trindade, caracterizando-se

De acordo com a executiva, a ANP mapeou uma oportunidade exploratória muito semelhante ao campo gigante de Girassol (localizado na Angola), além de diversos corpos de arenitos turbiditos cretácicos.

Já a porção terrestre da bacia está localizada próximo aos centros consumidores, com infraestrutura de transportes, energia, habitação, comunicação, recursos humanos e facilidades de produção já instaladas (oleoduto/ gasoduto). 

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espírito santo Platform

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A Gulf of Mexico in sight Espírito Santo Basin will raise roughly R$ 1.3 billion in investments in the upcoming years with offshore and onshore activities

By Rodrigo Leitão

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ith 50 producing fields, 46 oil fields and four gas fields, and six oil fields to be developed, the Espírito Santo basin is the second biggest oil producer in Brazil since 2006. Located at the north shore of Brazil, near the coast of the state of Espírito Santo, the basin produced 23,081 barrels of oil equivalent per day (boed) and 7,000 m3 of gas per day in December 2012. It is expected to produce 500 thousand boed and roughly 18 million m³ of gas per day by 2015. Yet the oil producing potential of the Espírito Santo basin may be far from reality. According to the National Agency for Oil, Natural Gas and Biofuels (ANP), the oil accumulations of Espírito Santo basin are similar to those discovered in the Gulf of Mexico. A seismic survey

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carried out by the ANP shows the existence of 5 billion barrels of oil in situ in the basin. “It is important to emphasize that the oil volume estimates cannot be seen as a reserve because it is within the identified structures, whose extraction depends on recovery factors,” said the ANP Blocks Definition Superintendent Eliane Petersohn, in an interview to the Macaé Offshore. In May, during the 11th Bidding Round, that marked the resuming of the bids in Brazil, the ANP offered 12 blocks in the Espírito Santo basin. Six onshore blocks in the city of Linhares and six offshore blocks. The total area offered for the onshore blocks is 178.72 square kilometers, scattered in blocks with an

average area of 30 square kilometers each. Statoil Brazil – the second major oil producer in the country – awarded six licenses in the Espírito Santo Basin in a join venture with Petrobras. The signature bonus paid by the two companies was a total of R$ 494 million and the minimum investment predicted in the exploratory phase is R$ 1.27 billion. For the onshore blocks, Petrobras acquired six licenses. The state-owned oil company acquired three licenses by itself and three in a join venture with Cowan. These oil licenses raised R$ 14.16 billion in signature bonuses. The investments in the area might be roughly R$ 64.6 million over the next few years.


Total reserves may double within the current area Espírito Santo’s State Secretary for Development Nery de Rossi says that these new offshore blocks may cause an extreme change in the state. “ Currently, the total amount of oil reserves is around 2.43 billion barrels. In other words, we are talking about something that may double the current amount over the next years,” he explains. To Rossi, this was a great opportunity for the industry in the state of Espírito Santo, after five years without bids. “Espírito Santo opens its doors to companies who want to establish and drill the licensed areas or to those who want to provide services for oil companies. We have a strategical geographical location because we are in the center of Brazil ready to work in the new oil frontier,” he ensures. To the secretary, there are projects in the state that support

these investments, such as new port complex as well as offshore support vessels. “Espírito Santo has been receiving investments in logistical areas to make the activities easier throughout the state,” he ensures. He mentions the C-Por project, an offshore support location that has been built by the American company Edison Chouest; the Itaoca Offshore project, that has the same approach; and the Central Port, a partnership with the Rotterdam port to build an industrial port at the south of the state of Espírito Santo. “Petrobras will also use the available infrastructure for its operations. All of those support structures can provide services and infrastructure for several companies once they are in the Brazilian oil industry hub,” he emphasizes.

Seismic investment is needed In order to confirm the potential of the Espírito Santo Basin, Petrobras and Statoil Brasil will have to invest in seismic projects heavily. “It is necessary to have 3D seismic data to get the images of the pre-salt rock layers (autochthonous salt),” Eliane Petersohn said. To her, the Espírito Santo basin can already be seen as a very important region for oil and gas production, both onshore and offshore. Yet some deep and ultradeep water regions of the basin are not well known yet and they lack geological and geophysical data, which is not good for a region that has a complex geological scenario. “This is the case of the AP2 sector, included in the 11th Bidding Round. This sector is located in a region which has vulcanic rocks of the Vitoria-Trindade seamount chain, which also has autochthonous salt. We are expecting oil

accumulations similar to those who were discovered in the Gulf of Mexico in the subsalt,” she explains. To the executive, the ANP positioned an exploratory opportunity very similar to Girassol giant field (located in Angola) and several otherl cretaceous turbidite sandstones. The six offshore blocks included in the bidding round are within a sector considered the new frontier and they are close to the blocks licensed in the third, sixth, seventh and ninth bidding rounds. Petrobras, Perenco and Repsol are the companies who operates in the Espírito Santo basin. As for the onshore blocks, they are very close to the consumpation centers, with infrastructure of roads, energy, housing, communications, human resources and oil and gas pipelines.  MACAÉ OFFSHORE 71


Plataforma santos

Leandro Amaral

O Porto Organizado de São Sebastião já abriga terminal da Petrobras e pode movimentar 30% da produção do pré-sal de Santos The São Sebastião port host the Petrobras terminal and can transport 30% of the pre-salt output in the Santos Basin

Calibrando o mercado paulista Expectativa do primeiro leilão do pré-sal de Libra já começa a movimentar investimentos na Bacia de Santos Por Brunno Braga

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m potencial gigantesco tanto em volume quanto em cifras. O anúncio feito em maio pela diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, sobre o prospecto de Libra, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, promete agitar o mercado. Estimativas de estudo sísmico 3D, realizado pela CGC Veritas, dão conta de que Libra possui entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris de óleo in situ, um

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número realmente surpreendente, sobretudo quando se leva em conta que o total de reservas provadas no Brasil é de 14,5 bilhões de barris. O volume recuperável ainda não está fechado, mas, segundo expectativas da própria ANP, acredita-se que 30% do volume in situ seja recuperável. Em números, isso pode representar entre 8 bilhões a 12 bilhões de barris de óleo recuperáveis. Localizado numa área de aproximadamente de 1,5 mil quilômetros

quadrados, com uma coluna de 326 metros de óleo leve e com 26 graus na escala API, Libra vai exacerbar ainda mais o bom humor do governo, que ainda comemora o sucesso da 11ª Rodada de Petróleo, responsável por arrecadar US$ 2,8 bilhões, a maior da história dos leilões de petróleo realizados no Brasil. Com isso, a extravagância dos números de Libra acabou por fazer com que a ANP anunciasse a antecipação do leilão para o mês de outubro. A própria presidente Dilma Rousseff


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conduzirá o certame que pela primeira vez será realizado fora do Rio de Janeiro, mais precisamente em Brasília. Em um período pré-eleitoral, o petróleo, certamente, fará diferença. Noves fora todo o entusiasmo governamental por conta desta descoberta, o debate promete se estender para o papel da Petrobras. Estima-se que os custos operacionais de Libra ficarão em torno de US$ 250 bilhões, um valor diretamente proporcional ao gigantismo e complexidade da exploração e produção no pré-sal. A obrigatoriedade da estatal em ser a única operadora do bloco e ter, pelo menos 30% de um possível consórcio a ser formado, o governo ainda não conseguiu montar a a Pré-sal Petróleo S/A, conhecida como PetroSal. Caso a empresa não esteja de pé, a ANP entrará como player substituto. “Temos certeza que a Petrosal estará pronta até o leilão”, prevê Magda. Diante desse cenário de grandes perspectivas para o desenvolvimento da Bacia de Santos, a Investe SP, agência promotora de investimentos do Estado de São Paulo, trabalha para que as cidades de Santos, São Sebastião, Itanhaém, Guarujá, Caraguatatuba e demais áreas próximas ao litoral norte paulista consigam receber toda a atenção dos investidores do setor, desde a criação de unidades até a ocupação imobiliária. “O pré-sal trará um impacto regional muito forte”, afirma o presidente da Investe SP, Luciano Almeida. De fato, os números dão conta da importância que a região vai ter nos próximos anos. Durante o anúncio do seu Plano de Negócios 2013-2017, a Petrobras informou que estima investir na área de exploração e produção de petróleo no Estado de São Paulo cerca de US$ 9,5 bilhões. “Além disso, o montante de outros investimentos que outras empresas do setor injetará no litoral paulista deverá chegar a R$ 209 bilhões até 2015”, afirma . 74 MACAÉ OFFSHORE

Agência prioriza O&G Divulgação

Criada pelo governo paulista, a Investe SP tem como objetivo prestar assessoria para as empresas que demonstram interesse em investir no estado. “Temos uma equipe qualificada para auxiliar as empresas a encontrar o local para a instalação do empreendimento e para assessorar o investidor em questões tributárias, ambientais e de infraestrutura, além de prover o contato com órgãos governamentais”, explica o executivo. Ele acrescenta que a agência tem dado, nos últimos anos, grande destaque ao setor de óleo e gás, incluindo-o no rol de prioridades nos trabalhos da Investe SP, ao lado de outros setores considerados estratégicos como os de Tecnologia da Informação, Defesa e Economia Verde.

Luciano Almeida, da InvesteSP: “pré-sal trará impacto muito forte para a região” InvesteSP president Luciano Almeida - “The pre-salt will strongly impact the region.”

Atualmente, segundo Almeida, São Paulo concentra 60% das empresas que pertencem à cadeia produtiva de óleo e gás no Brasil. Boa parte dos projetos de óleo e gás no País estará direcionada para a Bacia de Santos, que será, certamente, o vetor de crescimento. «Isso acarretará em oportunidades para outros setores da economia, como na parte de logística, moradia, saneamento básico e tudo o mais que poderá envolver os custos de suporte para as atividades petrolíferas”, conta Almeida.

Para ele, São Paulo possui as melhores condições do País para abrigar empresas que atuam na cadeia do petróleo e do gás no Brasil, tanto na extração e no refino quanto na utilização das matérias-primas na indústria. “Temos a mais extensa e variada cadeia de fornecedores, as melhores universidades que geram capital humano de alto nível e uma excelente infraestrutura logística com boas estradas, portos e aeroportos que garantem o escoamento da produção”, afirma.

Incentivos tributários Com o objetivo de atrair mais empresas do setor de óleo e gás para o estado, o governo criou, recentemente, o Repetro Paulista, que desonera a cadeia de Petróleo e Gás por meio da redução de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na importação de insumos para essa indústria. Pelo decreto, as empresas do setor ficam isentas de ICMS. Além disso, a Agência de Desenvolvimento Paulista, Desenvolve SP, possui linhas específicas de financiamento para a cadeia de Petróleo e Gás. O banco, que é propriedade do Governo do Estado, oferece a pequenas e médias empresas recursos com taxas a partir de 0,57% ao mês e prazo de 84 meses, incluindo a carência.


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Plataforma santos

Sede do maior porto de movimentação de cargas do país (foto), a cidade de Santos tem atraído diversos empreendimentos na área de petróleo The city of Santos hosts the the busiest container port in the country and it has been receiving projects in the oil and gas industry

Conheça alguns projetos já aprovados nas principais cidades que ficam no entorno da Bacia de Santos Santos – Famosa por abrigar o porto de maior movimentação de cargas no País, a cidade de Santos vem recebendo diversos investimentos imobiliários das principais empresas de petróleo do mundo, que querem abrir seus escritórios na cidade. É o caso da Petrobras. Com expectativa de conclusão para o final de 2013, a nova sede da Unidade de Exploração e Produção de Gás e Petróleo da Bacia de Santos, no bairro Valongo, ocupará uma área de 25 mil m² no Largo Marquês de Monte Alegre, alavancando a revitalização da região central histórica. Os investimentos da Petrobras com a nova sede em Santos são de R$ 380 milhões. As outras duas torres serão construídas de acordo com a demanda das operações de petróleo e gás na Bacia de Santos. Outras grandes majors e fornecedoras internacionais também já mostraram interesse em abrir escritórios na cidade, o que vem fazendo com que os preços dos imóveis disparem na região. Guarujá - Conhecido balneário do litoral norte paulista e um dos destinos de férias mais conhecidos pela população do estado, Guarujá deverá receber investimentos em torno de US$ 700 milhões para a construção de uma base offshore da Petrobras, com a construção de um aeroporto, para os helicópteros necessários à infraestrutura do pré-sal, porto e armazém. A cidade teve, ainda no primeiro semestre conclusão do projeto de expansão do Estaleiro Guarujá feito pela empresa Wilson Sons. 76 MACAÉ OFFSHORE

São Sebastião - Na área do Porto Organizado de São Sebastião está localizado o Terminal Privativo de uso misto da Petrobras, o Terminal Marítimo Almirante Barroso, especializado na movimentação de granéis líquidos, petróleo e derivados. É composto por um píer, com quatro berços de atracação numa extensão de 905 metros, com profundidades variando entre 14 e 26 metros. Para armazenamento são utilizados 43 tanques com capacidade de 2,1 milhões de toneladas. Segundo estudos feitos pelo governo local, o Tebar irá movimentar 30% de toda a produção do pré-sal na Bacia de Santos. Caraguatatuba - A Petrobras já iniciou as obras de ampliação e adequação da UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato), em Caraguatatuba, no litoral norte paulista. Com o objetivo de preparar a unidade para receber o gás natural proveniente do pré-sal da Bacia de Santos, a UTGCA terá capacidade para processar até 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia a partir de 2014, um aumento de dois milhões de metros cúbicos em relação à capacidade atual. Ocupando um terreno de 1 milhão de m², a UTGCA processa hoje, diariamente, nove milhões de metros cúbicos de gás natural, que são especificados e enviados ao mercado consumidor, obtendo como produtos 200 metros cúbicos de GLP (gás liquefeito de petróleo) e 600 metros cúbicos de C5+, também correspondente à fração líquida do gás. 

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Boosting business in São Paulo

Expectations for the first pre-salt auction to Libra make investments in Santos Basin grow

By Brunno Braga

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huge potential of oil volume and money. The statement made in May by the director of the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP) Magda Chambriard about Libra prospect in the subsalt area of Santos Basin is going to boost the industry in the state of São Paulo. According to 3D seismic survey, carried out by CGC Veristas, Libras has between 26 billion and 42 billion barrels of in-place oil, a stunning number indeed, mainly because the current total proven oil reserves is roughly 14.5 billion in Brazil. The recoverable amount is not yet known, but it is believed that 30% of this amount in situ is recoverable. In numbers, Recoverable oil in the prospect could be 8 billion to 12 billion barrels. Located in an area of roughly 1.5 thousand square kilometers, with a column of oil in the prospect of 326 meters deep and containing light oil rated at 26º API, Libra is going to improve the government mood, who is

still celebrating the success of the 11th Bidding Round, the biggest one carried out in Brazil, that raised US$ 2.8 billion. With that, the impressive numbers of Libra made the ANP anticipate the bidding round to October 2013. President Dilma Rousseff will attend the bid which is going to be held in Brasilia. For the first time, an oil bid in Brazil will be outside Rio de Janeiro. In a pre-electoral time, oil will count a lot for sure. Although all governmental enthusiasm with the discovery, the role of Petrobras will be greatly debated. The operating costs are expected to be US$ 250 billion, a value directly proportional to the hugeness and complexity of pre-salt drilling. The rule that says that Petrobras will be the sole operator in the pre-salt and must hold minimum stakes of 30% in the consortia to be likely formed is another issue to be discussed as well as the creation of the Pre-salt Petróleo S.A also known as Petrosal. In case of the government fail

to create Petrosal, the ANP will perform as a substitute operator. Before this scenario of great expectations for the improvement of Santos Basin, the Invest SP, an investment promotion agency of the state of São Paulo, works to make cities such as Santos, São Sebastião, Itanhaém, Guarujá, Caraguatatuba and other areas close to the north shore of São Paulo good places to invest, ranging from the building of facilities to the real estate. “The pre-salt will strongly impact the region,” the president of Invest SP, Luciano Almeida, says. In fact, the numbers show the importance that the region will have over the next years. During the announcement of Petrobras Business Plan 2013-2017, the company informed that will invest roughly US$ 9.5 billion in the oil and gas drilling and production in the state of São Paulo. “Also, other oil companies will invest roughly R$ 209 billion by 2015 in the coast cities of São Paulo,” he says. MACAÉ OFFSHORE 77


santos Platform

The agency priorizes O&G Investe São Paulo was created by the Government of the State of São Paulo with the objective of helping companies who want to invest in the State. “We have a high level staff that helps companies to find a location to establish their offices and facilities, assists investors in tax, environment and infrastructure matters and provides contacts with governmental institutes,” the executive explains. He also says that the oil industry has been treated as a strategic sector along with other segments such as Information Technology (IT), Defense and Green Economy. Currently, São Paulo hosts 60% of oil and gas supply chain companies in

Tax exemptions the country. Most of them work for the Santos Basin, that is going to lead the economic growth. “This will bring opportunities to other segments such as logistics, housing, basic sanitation and everthing else that can involve costs for the oil activities,” Almeida says. To him, São Paulo has the best conditions in Brazil to receive companies of the oil and gas segment, both upstream and downstream. “We have many supply companies and a great variety of them. Also, we have the best universities in the country that create a highly skilled human capital and a very good logistics with good roads, ports and airports, ensuring the output overflow,” he says.

Aiming to attract more oil companies to the state, the government recently created Repetro Paulista, a special tax regime which allows the importation of goods destined for the activities of research and production of the oil and gas through the exemption of ICMS (Tax on the Circulation of Goods and Transportation and Communication Services) Also, the Development Agency of São Paulo, Desenvolve São Paulo, has specific funding for the oil and gas chain. The state-owned bank offers the funding to small and medium companies with low interest rates of 0.57% a month.

Get to know some already approved projects in the main cities around Santos Basin Santos - The city of Santos is famous for hosting the biggest port in the country. Over the past few years, the city has been received real estate investments of the major oil companies who want to establish their offices in the city. Petrobras is an example of a company that wants to establish in Santos. The new Petrobras Santos Basin Operating Unit headquarters is expected to be concluded by the end of 2013, in Valongo neighborhood. The building will be in an area of 25 thousand square meters in Largo Marquês de Monte Alegre, boosting the revitalization of the central region of the city. The building will cost roughly R$ 380 million. Two towers will be built in accordance with the oil and gas operating requirement in Santos Basin. Other majors and international suppliers have shown interest to open their offices in the city of Santos, making the real estate prices soar. Guarujá - Known as a popular beach resort in the north shore of São Paulo for vacation, the city of Guarujá is going to receive investments around US$ 700 million to build a Petrobras offshore hub, with an airport for helicopters for the pre-salt, port and warehouses. Also, the city had in the first semester the conclusion of the project of expansion of the Guarujá Shipyard built by Wilson Sons.

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São Sebastião - The new São Sebastião port is located at Almirante Barroso Maritime Terminal (Tebar), Petrobras’ mixed-use private terminal specialized in the transportation of bulk liquid, oil and derivatives. The port contains a dock, four loading berths at an extension of 905 meters, ranging from 14 meters to 26 meters of depth, 43 tanks with a capacity of 2.1 million tons will be used for storage. Tebar will receive 30% of the Santos basin pre-salt production. Caraguatatuba - Petrobras has already started the expansion construction of the Monteiro Lobato Gas Treatment Unit (UTGCA), located in the city of Caraguatatuba, north shore of São Paulo. Aiming to prepare the facility to receive natural gas from the Santos basin pre-salt, the UTGCA will have a capacity of processing up to 20 million cubic meters of natural gas a day from 2014 on. This represents 2 million cubic meters of natural gas more than the current capacity. The UTCGA is located in an area of 1 million square meters. Currently, the plant processes nine million cubic meters of natural gas a day which are specified and sent to the consumption market, obtaining 200 cubic meters of Liquefied petroleum gas (LPG) and 600 cubic meters of C5+, which is also corresponds to the gas liquid fraction. 


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