Revista Magno 2016

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Uma publicação do Colégio Magno/Mágico de Oz Novembro de 2016

Tecnologia:

o ano em que o futuro chegou Impressora 3D, drone, espaço maker e outros recursos que agora fazem parte do cotidiano do Magno.

Ensino vivo: o impacto da lama em Mariana

Educação Infantil: Planeta Olímpico

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Editorial

Tecnologia a serviço de um projeto Desde que os primeiros computadores chega-

a maioria dos nossos professores já utiliza os

ram às escolas, na década de 1990, a tecnolo-

recursos tecnológicos com criatividade, nas

gia aplicada à educação se tornou um desafio

mais diferentes situações didáticas, e com

para os educadores.

crianças e jovens de todas as idades. Em

Seja por resistência às mudanças e pelo receio

2016, essa mudança cultural se tornou mais

de não aprender a usar os recursos tecnológi-

evidente e, por isso, nesta edição, demos des-

cos, seja pela justa cautela com ilusões de um

taque ao tema – ao lado de tantos outros que

mundo novo, foram necessários muitos anos

merecem a atenção dos nossos leitores, como

para que as novas tecnologias realmente se

o excelente resultado obtido pelo nosso Ensi-

aproximassem da sala de aula. Mas esse ainda

no Médio, que concilia qualidade acadêmica

é um desafio a ser enfrentado.

e educação integral, com artes, esportes, vida

O Magno também se insere no mesmo con-

real. Portanto, boa leitura e feliz 2017!

texto – até mesmo pelo fato de sempre ter sido um dos pioneiros no uso das tecnologias. Esteve entre as primeiras escolas a implantar laboratórios de informática, a adotar a robótica e a mecatrônica como recursos de aprendizagem e a usar a internet em sala de aula. Há um ano, o Colégio deu novos passos, estabelecendo uma parceria de longo alcance com a Google for Education e criando um espaço maker, no qual os alunos contam com impressora 3D. Ocorre que não basta ter os recursos. O Magno conseguiu disseminar efetivamente o uso das novas tecnologias após muitos anos de uma persistente estratégia de formação de professores, para que dominassem as ferramentas, colocando-as a serviço do projeto pedagógico de nossa instituição. Essa é a grande mudança cultural: as inovações tecnológicas não são soluções em si mesmas. São instrumentos, que podem servir a novas ideias e práticas consistentes de ensino ou só se tornarem brinquedos sem relevância. No Magno/Mágico de Oz, podemos dizer que

Myriam Tricate

Diretora do Colégio Magno/ Mágico de Oz

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Índice Realização Palavra Prima 11 9 9960-3162

Jornalista Responsável Paulo de Camargo - Mtb 21.761

Redação Paulo de Camargo Juliana Lambert

Fotos Comunicação do Magno: Felipe Lima Torres, Victor Almeida e Vinícius Silva Fotógrafos: Eliana Fonseca e Rodrigo Messias Equipe Magno Lígia Brull Piti Tubandt

Produção Gráfica Orlando Pedroso/Estúdio Bala Esta revista é uma publicação do Colégio Magno/Mágico de Oz

www.colegiomagno.com.br magno@colegiomagno.com.br

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Editorial: Tecnologia a serviço de um projeto

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Rotina do Conhecimento

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Quem educa quem

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Planeta Olímpico

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O mundo ao meu redor

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Dia das Mães: Vem dançar comigo

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Dia dos Pais: Pais do Barulho

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Dia das Crianças: Vai começar a brincadeira

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Tradição e Inovação

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Minha primeira noite de autógrafos

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Literatura e Arte

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O céu é o limite

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Mariana, um ano depois

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Sem barreiras

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As várias faces da imigração

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A vida além do Enem

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Magno: um Ensino Médio que prepara para tudo

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Read For The Record

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Magno Linden USA Connection

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Summer Camp Mizzou!

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Agora é a vez do Middle School

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2016 o ano em que alcançamos o futuro

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Tecnologia, criatividade e inclusão

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Neurônio 3D

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Magno e Google: um caso de sucesso

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Um dia no Museu

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Uma aula prática no ateliê do Magno

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I want to speak English

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Equipe nota mil

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Livros para todos

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Atletas do Olimpo

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Oficinas do bem

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Show do esporte

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Green Wave

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Show de aprendizagem!

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Mais escolas públicas no PEA

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Magno vai à Finlândia

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Rotina do conhecimento No palco, a psicóloga e diretora do Magno/Mágico de Oz, Cláudia Tricate, e as educadoras Andrea Perez e Ana Karina Lins. Na plateia... profissionais do Magno/ Mágico de Oz, especialmente as babás. A peça? Nenhuma. Todos estavam ali para aprender, com dramatizações e esquetes divertidos, sobre as situações vividas na Educação Infantil.

A estratégia buscou outra forma de envolver o time da Escola, que passa por sucessivas formações ao longo do ano. Desta vez, ao invés de exposições com especialistas, a opção foi por educar pela representação, na qual as próprias babás se identificavam com as situações. Birra infantil, agitação no sono, postura profissional, cuidados na

comunicação com as crianças... a vida do berçário estava ali, no palco, de forma envolvente, divertida, num clima de parceria e aprendizado conjunto. Após cada esquete, as representações davam lugar às intervenções da psicóloga, que entrava em cena para compartilhar experiências e ampliar reflexões.

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Múltiplas capacitações Com a formação realizada no final do primeiro semestre, as babás mais uma vez perceberam que seu lugar não é apenas a sala de estimulação: é o ateliê de artes, a sala de música, o laboratório de tecnologia... Justamente por isso, as capacitações trazem as mais diferentes abordagens. Em um encontro com o especialista em Motricidade Humana da Escola, Denilson Machado, as babás entenderam a importância dos estímulos para o desenvolvimento global do bebê. O grupo percebeu que há sempre um objetivo importante para desenvolver os aspectos cognitivo, social, afetivo e motor, considerando cada fase do desenvolvimento. 8

Depois de acompanhar a teoria, as babás realizaram exercícios práticos para estimular os bebês. Elas ainda vivenciaram algumas sensações que os pequenos têm assim que começam a andar, com o uso de diferentes materiais, como caneleiras, bolas e plataforma instável. Além do trabalho com Denilson, o Baby Oz recebeu a visita das enfermeiras-padrão da Escola, Elaine Cristina Silva e Thaisa Wodewotzy, para abordar o tema Cuidados na Promoção e Prevenção à Saúde. As profissionais reforçaram a questão da higienização das mãos e todos os cuidados que envolvem a rotina dos bebês, como a troca de fralda, banho, hora do sono, alimentação e segurança.

O grupo não ficou só na conversa. Assistiram a um filme sobre os perigos da contaminação e participaram de uma dinâmica sobre a correta higienização das mãos. Com os olhos vendados, elas foram desafiadas a lavar as mãos com tinta guache como se estivessem usando sabonete líquido. Na sequência, as enfermeiras relembraram as técnicas passo a passo e abriram espaço para que todas esclarecessem dúvidas. Com isso, o Magno/Mágico de Oz vem conseguindo construir uma equipe afinada, compromissada e consciente da importância da sua contribuição para o projeto da Escola, sempre com a perspectiva da formação integral que a caracteriza.


Quem educa quem? Quando o assunto é educação dos filhos, nunca é cedo para começar a impor limites e aprender a dizer não. Mas é importante entender que educar é bem diferente de condicionar. Como o desenvolvimento emocional é um dos assuntos que mais desperta o interesse das famílias, a diretora pedagógica e psicóloga do Magno/Mágico de Oz, Cláudia Tricate, programou um encontro com os pais do Baby Oz para promover trocas e agregar conhecimento: “Não vamos tratar de verdades absolutas, mas será um misto de pouca teoria e muita prática”, disse a diretora. Segundo a profissional, o cenário

mudou e já não é mais possível educar os filhos como antes. Mais do que nunca, Escola e família devem ser parceiras e ficar do mesmo lado. “Mas, afinal, qual é esse novo cenário e quem educa quem? Estamos diante de crianças com muita informação, aprendemos todos os dias com elas, mas também precisamos transmitir segurança

para garantir que vivam em coletividade”, explicou Cláudia. A psicóloga também mostrou o quanto é importante valorizar aquilo que a criança tem de positivo, revelou que a superproteção dá pistas de que não acreditamos no potencial da criança e que o seu desenvolvimento jamais é limitado por um não. “O não dá asas para a criança se sentir segura e a faz crescer, mas é preciso que seja feito com a entonação correta e com propriedade”, explicou a diretora, finalizando: “Quero que vocês saiam daqui com a certeza de que a Escola é parceira. Estou aqui para ajudá-los nessa empreitada!”. 9


Educação Infantil

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Planeta Olímpico O ano de 2016 foi marcado pela primeira Olimpíada sediada pelo Brasil. As crianças

do Mágico de Oz aproveitaram a oportunidade para uma viagem cultural pelo planeta! O que está em jogo nas Olimpíadas? A competição esportiva? Sim. A superação dos limites? Também. Mas há muito mais: a ideia de uma humanidade unida em um encontro comum, as trocas culturais, a celebração da diversidade, os valores cooperativos e solidários. Nas Olimpíadas, há sim, Educação! E, por isso, o Mágico de Oz não poderia deixar passar esta oportunidade de explorar toda a riqueza humana que há nas Olimpíadas, que neste ano foram no Rio de Janeiro. Ao longo do primeiro semestre, aconteceu o projeto Planeta Olímpico! As crianças foram envolvidas em centenas de atividades educativas nas diversas áreas do conhecimento – incluindo as práticas esportivas, claro. Deram, assim, uma volta ao mundo por meio do esporte, aprenderam sobre todos os povos, sobre o que vestem, sobre suas características geográficas, culturais e humanas. No Ano da Olimpíada do Rio, o projeto Planeta Olímpico mostrou que quando falamos de esportes,

de educação e de convivência, estamos falando sobre o que há de mais importante: os valores! A cada país, a oportunidade de conhecer hábitos, cultura, características físicas e históricas, paisagens, língua e outras características. Para aproximar a criança desse universo tão amplo, o projeto incluiu personagens que, a cada país, representavam um vínculo das crianças com as realidades estudadas. A cada semana, pais e alunos do Minimíni ao Alfa carimbaram o passaporte para entrar em diferentes países e percorrer diversas áreas do conhecimento. Como não ficar maravilhado com o Tanabata Matsuri (Festival das Estrelas) japonês? Ou não se comover com a história da artista plástica mexicana Frida Kahlo? Teve até quem sonhou em fazer parte de um dos contos dos irmãos Grimm e passear pelos belos castelos alemães. A aventura pelo conhecimento, que teve como ponto de partida a cidade de Olímpia, na Grécia, também percorreu a terra da

rainha, com direito a um delicioso chá inglês ao lado de um legítimo representante da Guarda Real Britânica, o professor do Magno High School, William Scott. Também não faltou engajamento para ajudar o boneco paralímpico Marck, que recebeu apoio do Alfa para projetar e imprimir uma prótese de última geração na impressora 3D. Que tal fazer um safári pela África do Sul? Surfar nos mares australianos ou preparar perfumes com a lavanda cultivada no Núcleo Ambiental para celebrar a França? Também teve quem se arriscou a falar as cores da bandeira com sotaque francês: bleu, blanc e rouge! Na última parada, os pequenos viajantes retornaram ao Brasil, a sede das Olimpíadas 2016. Por aqui, viajaram pelos Jogos Indígenas e tiveram uma aproximação bastante realista com o universo cultural dos índios. Entre as centenas de produções, um álbum olímpico, que ficará de recordação para a vida inteira! 11


México Pablo nasceu no México e por isso adora comidas com bastante pimenta! Assim como os brasileiros, adora jogar futebol e esteve no Rio de Janeiro com seus pais para assistir aos jogos da Seleção Olímpica Mexicana de futebol, medalha de ouro nos Jogos de Londres, em 2012. Foi Pablo quem contou às crianças sobre as belas praias que tornam o México conhecido. Falou também sobre a culinária, tão rica e caliente, que tem os tacos entre os principais pratos. A viagem pelo México incluiu uma passadinha no banco para sacar pesos mexicanos e saber mais sobre o valor das coisas. As crianças aprenderam sobre as brincadeiras mexicanas, entre elas a Piñata, muito popular naquele país. Uma criança, de olhos vendados, tenta estourar uma bola enfeitada e suspensa no ar com um bastão para liberar o que tem dentro dela. Esse tour incluiu também as descobertas artísticas. Assim como o muralista Diego Rivera, os alunos também pintaram paredes representando as cores da bandeira mexicana.

Grécia

A musa grega chegou para inspirar as crianças das unidades Campo Belo e Olavo Bilac e anunciar o novo projeto do Mágico de Oz: Planeta Olímpico. As ruínas dos templos dos Deuses do Olimpo também foram reconstruídas pelos arqueólogos do Infantil I. Os pesquisadores do Mágico de Oz fizeram descobertas históricas! As ânforas encontradas no Sítio Arqueológico de Olímpia nos ajudaram a conhecer mais sobre como os gregos criaram os jogos da antiguidade. A conversa sobre a origem dos Jogos Olímpicos trouxe novos conhecimentos e muita aprendizagem para todos. As turmas conheceram o significado de símbolos olímpicos como a tocha, a coroa de folhas e os aros.

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Japão O Japão é um país de muitos mistérios. Para mergulhar nessa cultura milenar, os alunos foram conduzidos por Satiko, uma linda menina japonesa. Ela mora com seus pais e seu irmão em uma apartamento bem pequenininho em Tóquio. Satiko pratica judô e gosta de pescar. Ela mostrou que o Japão é muito conhecido por sua culinária, colorida e saudável. O 1º ano Alfa provou e aprovou o yakissoba preparado por todos. Em outra oportunidade, a mãe da aluna Pietra, do Maternal, veio à Escola ensinar a turma a fazer gohan, o arroz típico daquele país. No Restaurante da Vila, todos mostraram que estão craques para comer com hashi e se deliciaram com uma culinária típica e muito saudável. Nas casas japonesas, as mesas para as refeições são quase ao nível do chão e você usa um zabuton (almofada) para se sentar, de preferência de joelhos! Vivendo e aprendendo. Há muita arte da cultura nipônica, como mostram os arranjos florais, chamados Ikebana. Nessa arte, mais do que quantidade, o importante é ter equilíbrio, beleza e simplicidade. A arte está também no Bonsai, que é o cultivo de árvore em vasos com técnicas especiais para reduzir o tamanho das plantas. Após observarem atentamente um bonsai trazido para a sala, os alunos do 1º ano Alfa fizeram seus registros. O Tanabata Matsuri, Festival das Estrelas, é uma das maiores festas populares do Japão. Para enfeitar as ruas das cidades, as pessoas penduram nas árvores enfeites de papel simbolizando estrelas e fazem seus pedidos. Para complementar as descobertas sobre o Japão, o Maternal escutou uma história em japonês (com tradução simultânea) de dois convidados muito especiais: Yoshiko Sassaki e Nelson Sassaki, avós do aluno Felipe Sassaki.

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Inglaterra Um ilustre representante da terra da rainha também agitou a Vila Oz: William Scott Cowie. O professor do Magno High School teve uma recepção muito calorosa pelos guardas do Mágico de Oz e ficou surpreso com tudo o que viu por aqui. Durante o bate-papo em inglês, os alunos conheceram um pouco da história do professor que, na juventude, fez parte da Guarda Real Britânica por 8 anos e também foi oficial do exército. Do chapéu feito com pele de urso canadense ao número de botões da farda (que varia de acordo com a localidade do guarda), tudo era descoberta. A turma interagiu para valer e logo quebrou o gelo e a barreira do idioma. Juntos, eles simularam alguns momentos de “guarda da rainha” e ficaram estáticos. Logo, o professor foi surpreendido pela pequena aluna: “Scott, fala comigo!” Na Vila Oz, como bons anfitriões, os alunos apresentaram todos

os espaços para o professor, do restaurante decorado com as fotos dos Beatles, passando pela tradicional cabine telefônica vermelha e o chá degustado pelos ingleses!

Dias memoráveis e cheios de significado para quem está só começando a descobrir o mundo!

África do Sul Aseye, a boneca sul-africana, tem uma grande família e um nome inspirador: Aseye significa “alegre-se”. Ela passa o dia todo na escola, brinca muito de boneca, mas adora brincadeiras agitadas, como apostar corrida com seus amigos. Seu professor de Educação Física sempre diz 14

que Aseye ainda vai ganhar medalha de ouro no atletismo. Fazer um safári na África do Sul não tem preço! A cada curva, um animal diferente: leões, zebras, girafas... Paisagens maravilhosas e natureza selvagem. A natureza é tão exuberante

na África que os padrões das peles dos animais são verdadeiras obras de arte! Nem as aulas de Robótica escaparam do fascínio das crianças pelos leões. As máscaras africanas representam os usos e costumes das tribos e são usadas em rituais e danças.


França Charlotte é filha única e nasceu na França. Ela adora dançar e tem aulas de balé todos os dias. Morre de medo de cachorro. Ela muito enjoada para comer, mas adora as quiches que sua avó faz. Ela foi a personagem que levou as crianças a viver a sofisticada cultura francesa. Na foto, os alunos do Mágico de Oz aprendem uma das especialidades da França: a produção de perfumes!

Austrália David é deficiente auditivo e usa um aparelho que amplia os ruídos para ele escutar alguns sons. Ele é um australiano típico e por isso ama praticar esportes, principalmente o surfe. Aos finais de semana, quando não vai à praia, David organiza torneios de tênis com os amigos do condomínio onde mora. A imensa barreira de corais australiana é tão grande que pode ser vista do espaço. Além de conhecerem mais sobre essa maravilha natural, as crianças do Mágico de Oz aprenderam sobre a importância de preservá-la. A Austrália é o país do bumerangue, arma de caça típica da cultura daquele país. Só muitos anos depois que este instrumento foi usado para a prática de esportes. A fauna australiana é riquíssima. Os mais fofos e favoritos das crianças, com certeza, são o canguru e o coala. O mais esquisito é o ornitorrinco. Alguém duvida? 15


Alemanha A viagem pela Alemanha levou os alunos a embarcar nas histórias encantadas dos Irmãos Grimm e nos cenários dos contos de fadas. Eles descobriram, por exemplo, que existem mais de 4 mil castelos naquele país! A clássica história da Branca de Neve ganhou uma versão em inglês e foi embalada por fantoches! Uma experiência repleta de significado. As artes também estiveram em alta. Em um show de cores e a partir de diferentes técnicas e materiais, os alunos reproduziram o relógio cuco, uma invenção tipicamente alemã. Outra atividade que deu o que falar foi a TOPFSCHLAGEN, uma brincadeira popular alemã, cujo significado é “Acerte o pote”. Que pontaria certeira!

Troca de figurinhas as crianças conheceram ao longo dos meses: bandeiras dos países, práticas esportivas, pontos turísticos, festas populares, comidas típicas e tradições. A ideia foi mais do que aprovada pelos alunos da Educação Infantil, que mal esperaram a banca “estacionar” nas Unidades Olavo Bilac e Campo Belo para retirar o álbum que foi cuidadosamente preparado pela Escola, para eternizar e compartilhar conhecimento. Quando um grande projeto termina, é preciso consolidar todas as etapas percorridas, construindo um sentido global para a trajetória e celebrando a aprendizagem. Isso acontece de múltiplas formas, como nas mostras realizadas ou em produções coletivas. Desta vez, 16

por exemplo, os alunos fizeram um lindo e completo Almanaque Olímpico, com direito a figurinhas autoadesivas para remontar a história, costumes e personagens inesquecíveis de diversos países. Na “viagem” pelos diferentes países, um rico material de tudo o que


Brasil Pelas mãos de Araci, os alunos do Mágico de Oz conheceram mais sobre as culturas brasileiras tradicionais. Araci mora numa tribo indígena com sua mãe, em uma oca bem espaçosa e dorme em uma rede. Nadar no rio é sua brincadeira preferida. Araci está ansiosa para participar dos Jogos dos Povos Indígenas esse ano – foram os primeiros da história, e mostraram a grande riqueza das práticas esportivas indígenas. Além de se enfeitar com penas e pinturas de urucum, Araci representou sua etnia na canoagem, uma das modalidades disputadas durante os jogos. Na viagem pelas selvas brasileiras, o Planeta Olímpico ganhou uma versão tupi-guarani! As crianças provaram açaí, degustaram bolo de mandioca e suco de abacaxi, fizeram artesanato com palhas e penas, apreciaram a beleza do grafismo e pintaram o rosto como um verdadeiro guerreiro. Todos ainda puderam dançar e cantar em tupi-guarani! Essa aproximação bastante realista do universo cultural dos índios deu o tom aos Jogos Indígenas do Magno/Mágico de Oz. Além do universo indígena, as crianças visitaram as tradições afro, participando de uma roda de capoeira. Ao som do berimbau, pandeiro, atabaque e com muita ginga, os alunos do Minimíni ao Alfa jogaram capoeira, em mais uma atividade do projeto Planeta Olímpico.

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Educação Infantil

O Mundo ao meu Redor 18

Frentista, pediatra, cabeleireira, professora, jardineira, chef de cozinha, padeiro, eletricista, gerente de banco, feirante e até um entregador de pizza invadiram a Vila Oz e também marcaram presença na Unidade Campo Belo para anunciar o novo projeto da Educação Infantil: O Mundo ao Meu Redor. Professoras e recreacionistas bilíngues (que têm um papel essencial no dia a dia dos alunos da Educação Infantil, com intervenções pontuais na língua inglesa de maneira bastante natural) representaram diferentes papéis para mostrar quantas descobertas estão por vir. Como a Educação Infantil é um período marcado por descobertas e o trabalho no Mágico de Oz é sempre permeado pela curiosidade das crianças acerca do mundo que as rodeia, o “faz de conta” por


aqui é assunto sério e permite imaginar, transformar, criar e sonhar! Nesse universo, as crianças têm a oportunidade de vivenciar diferentes papéis, levantar hipóteses e criar significado sobre o lugar que ocupam. O Mundo ao Meu Redor propõe a descoberta (e redescoberta) de situações que fazem parte do repertório dos alunos, como a ida ao supermercado, a vida doméstica, a consulta no pediatra, visitas ao cabeleireiro e ao petshop. Oportunidades para desenvolver noções de cidadania, exercitar a construção da identidade e promover uma aprendizagem. A Educação Financeira também ganhou espaço no BancOz! A viagem por diferentes campos do conhecimento começou e essa turma já percebe que o mundo ao redor é maior do que imaginava.

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Dia das Mães

Vem dançar comigo!

Assim como quem canta, quem dança também seus males espanta. Imagine, então, colocar o corpo em movimento ao lado dos filhos e vivenciar momentos de pura integração e cumplicidade! Mãos dadas, olho no olho, abraços apertados e muito envolvimento. O Dia das Mães do Mágico de Oz seguiu no compasso do coreógrafo especialista em Arte do Movimento, Bruno Perel, que preparou um repertório especial de Dança Circular para conectar ainda mais mães e filhos. A atividade convidou todos a desvendar, por meio do ritmo, melodia e movimentos, expressões típicas de outras culturas. Juntos, eles se deixaram levar por canções do Chile, de Israel, da França, da Espanha e do Brasil. As turmas do Alfa prepararam uma surpresa a mais: a interpretação das canções “Maria Solidária”, de Beto Guedes, e “What Makes You Beautiful”, do One Direction. O tão esperado presente foi totalmente tecnológico – um cartão pen drive com o conteúdo que toda mãe mais gosta de apreciar e compartilhar: imagens do seu filho. Ao final, uma mensagem especial de cada criança ajudou a reforçar que por aqui todo dia é Dia das Mães!

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Todo dia é Dia das Mães. Todo dia é Dia dos Pais. Todo dia é Dia das Crianças. Mas há um momento do ano em que esta celebração ganha um calor especial. É a data em que se celebra a alegria de estar juntos, de viver, de estar em família. Para a Escola, é tempo também de celebrar a parceria de forma leve, lúdica e feliz.


Dia dos Pais

Pais do barulho! Qual festa é mais legal, mais envolvente, mais divertida? Impossível saber. A cada ano, mães e pais têm a oportunidade de viver um dia intenso com os filhos, no qual o personagem central é o amor familiar. Ora dançando, cantando, fazendo pizza, pintando, a cada ano a surpresa e o prazer se renovam. Neste ano, foi a vez das palmas, estalos, sorrisos, abraços e muita integração. Todo mundo já ouviu falar dos Barbatuques, grupo que surpreendeu o meio artístico pela inusitada arte de produzir música com o próprio corpo. Pois os pais e as crianças tiveram a chance de aprender com dois integrantes desse grupo como se faz som a partir desse instrumento perfeito que é o corpo humano. Pais e filhos entraram literalmente na dança e foram envolvidos pela música orgânica de Flávia Maia e Renato Epstein, do grupo Barbatuques, que é referência internacional em percussão corporal. Sob o comando do coordenador de Música, Beto Schkolnick, essa turma aprendeu rápido a usar o próprio corpo para criar melodias, ritmos, sons e movimentos para a comemoração do Dia dos Pais. Em pura sintonia, as duplas de pais e filhos promoveram um contagiante espetáculo, com movimentos que reproduziram a leveza e as descobertas da infância.

A arte e a emoção continuaram em alta, quando os pais foram surpreendidos com o belo presente preparado pelos filhos: uma linda tela! Mais palmas para quem realmente é do barulho! 21


Dia das Crianças

Vai começar a brincadeira! A magia do circo invadiu o Dia das Crianças do Mágico de Oz

No circo do Mágico de Oz tem equilibrista? Tem, sim senhor! Mas também tem slackline, trapézio e malabares. Foi nesse clima de encantamento e alegria que a Escola comemorou o Dia das Crianças. Uma oficina de circo, ministrada pelos professores do Magno, fez a criançada colocar a mão na massa na Unidade Olavo Bilac e a diversão correu solta com um verdadeiro show de equilíbrio. Enquanto isso, os alunos da Unidade Campo Belo assistiam e também interagiam com o palhaço 22


Hortelã, que é bastante querido pelas crianças e pai de duas ex-alunas do Magno/Mágico de Oz. Mas a alegria não acabou aqui! No dia 13 de outubro, a brincadeira continuou a todo vapor. Enquanto a Unidade Campo Belo participou da oficina de circo, os alunos da Olavo Bilac foram se divertir com o teatro. E como o Dia das Crianças tem que ter um belo presente, os alunos receberam uma bola para uma brincadeira que está só começando e nunca vai terminar! 23


Estudo do Meio – Ensino Fundamental I

Tradição e inovação

A tecnologia deu o tom ao Estudo do Meio dos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental I, na cidade de São Luiz do Paraitinga. Enquanto o professor de Robótica, Edson Ferraz, monitorava o drone para mapear a região e apresentar novos e inacreditáveis ângulos, a turma registrava suas impressões nos tablets e chromebooks para que as famílias pudessem acompanhar em tempo real cada descoberta no diário de bordo on-line. Nessa verdadeira imersão pelo universo de tradições, os alunos trabalharam um tema central da UNESCO: a aprendizagem inter24

cultural. Aqui, a troca de informação e o conhecimento estiveram em alta, seja nas entrevistas com moradores da cidade e técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), durante as visitas ao Museu e à Casa da Farinha, ou na caminhada pelo centro com a observação da arquitetura dos casarios. O desenvolvimento sustentável – outro tema central da UNESCO – ganhou forma e conteúdo no trabalho de campo feito pelo grupo no Sítio do Alemão. Na propriedade de agricultura familiar, os alunos aprenderam ao

vivo e em cores como funciona o processo produtivo. Depois, caminharam pela lavoura, participaram da colheita e, claro, fizeram uma deliciosa degustação de mexericas! No Rio Paraitinga, a aventura falou mais alto e, durante o floating, eles entenderam Geografia e Biodiversidade com muita emoção! Essa turma ainda colocou mãos e pés na massa durante a oficina de taipa, que apresentou um novo processo de construção que muitos sequer imaginavam. Na apresentação de Catira, os alunos entraram na roda e ninguém ficou parado. Pés e mãos acompanhavam o ritmo do grupo folclórico. Para fechar o estudo, uma Oficina de Arte trouxe mais estilo aos adereços confeccionados para um desfile pela cidade, que foi embalado pelas marchinhas de Carnaval. Uma oportunidade única de vivenciar diferentes manifestações culturais e folclóricas para dar significado aos conteúdos e retornar com conhecimento na bagagem.


Minha primeira noite de autógrafos Alunos repaginaram o clássico O Soldadinho de Chumbo A noite de autógrafos é um dos grandes acontecimentos na vida de um escritor – e não apenas daqueles já consagrados. Mostrar que somos capazes, dividir nossa arte e nosso conhecimento com aqueles que amamos, apresentar o que pensamos e sabemos fazer, tudo isso faz parte deste momento. Pois essa alegria foi vivida pelos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental I. As crianças foram responsáveis por repaginar

uma das grandes histórias infantis – O Soldadinho de Chumbo, dando vida nova a este clássico. O trabalho das crianças foi sucesso de público e de crítica. O lançamento do livro escrito pelos alunos contou com uma noite de autógrafos nas Unidades Campo Belo e Sócrates. As famílias compareceram em peso para prestigiar e, claro, receber uma dedicatória especial! Que venham novas histórias, conquistas e sonhos para contar!

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Ensino Fundamental I

Literatura e Arte O projeto de Literatura do Ensino Fundamental I deu start a uma verdadeira viagem pelo mundo das artes entre os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental I. Por meio da leitura dos livros Linéia no Jardim de Monet e O Menino que mordeu Picasso conheceram a história, a obra e o movimento dos gênios Claude Monet e Pablo Picasso. Essa turma também visitou a exposição O Triunfo da Cor, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e observou de perto a linguagem estética de artistas como Van Gogh, Gauguin e Cézanne. Mas não ficaram apenas na apreciação. Também debateram e confrontaram características dos pintores, falaram sobre suas preferências e sentimentos, além de vivenciar um dia de artista e fazer releituras de obras cubistas.

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Tecnologia no Full-Time

O céu é o limite As duas horas diárias de estudo assistido dos alunos do Full-Time estão passando mais rápido, ganharam mais significado e envolvimento dos alunos. Muitos querem continuar as pesquisas mesmo depois que a aula termina e há até quem não consiga mais parar de estudar. Todo esse movimento positivo tem a ver com a intensificação da tecnologia em sala de aula, que se transformou em uma grande aliada dessa turma na hora de rever os conteúdos. Com a plataforma educacional Google Classroom (fruto de uma parceria do Magno e a Google For Education), o grupo prepara e compartilha pesquisas feitas com base nas informações do livro didático. As figuras ganham movimento e o conteúdo fica muito mais dinâmico. “O estudo no computador tem me ajudado a fixar o conteúdo, é muito mais interativo e traz a possibilidade de compartilhar e trocar com os amigos depois que a professora Silvia Salazar faz a revisão”, comenta a aluna Sofia de Souza Eidman, do 6o ano do Ensino Fundamental II. No 2o ano do Ensino Fundamental I, o estudo ganhou mais emoção com o uso de aplicativos. Com tablets em mãos, os alunos são desafiados a estudar Matemática, Língua Portuguesa, Ciências e Geografia, entre outras matérias.

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Mariana, um ano depois

Drone do Magno ĂŠ usado pelos alunos para mapear as regiĂľes destruĂ­das pela lama

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A tragédia dos rios de lama despejados pelo dique rompido da empresa Samarco, na região de Mariana, em Minas Gerais, completou um ano. O acontecimento transformou a vida dos moradores da região impactada, mas mudou também jovens que tiveram a rara oportunidade de conhecer in loco a extensão do desastre. Foi isso o que aconteceu durante a viagem pedagógica do 8o ano do Ensino Fundamental II do Magno. A viagem às cidades históricas faz parte do programa desta etapa escolar. Mas, em um projeto pedagógico vivo, o estudo precisa responder à vida real – e neste ano o trabalho se direcionou a entender o que lá aconteceu, relacionando os conhecimentos teóricos aos saberes necessários para compreender o ocorrido, inclusive do ponto de vista humano, e não permitir que novamente aconteça. Mapeando com drone A tecnologia foi essencial neste trabalho. Foi o que permitiu mapear regiões atingidas pela lama, como Paracatu e Bento Rodrigues, e ajudar os profissionais que trabalham na reconstrução. Esse, entre outros novos recursos tecnológicos, vêm sendo utilizados em todos os Estudos do Meio, e desta vez se mostrou particularmente importante, ampliando o potencial do Estudo. Mas a tecnologia não substituiu – e não substituirá nunca – a riqueza do contato humano. Ao escutar as histórias de moradores locais,

como o emocionante depoimento do casal mais antigo da cidade, Seu Zezinho e Dona Aurélia, que tiveram suas vidas devastadas e não foram apenas privados de suas casas ou bens materiais, mas perderam lembranças, como o álbum de casamento e a foto de um bisneto ainda na maternidade, os alunos ficaram emocionados. Eles ainda tiveram um encontro com a “heroína de Mariana”, Paula Geralda Alves, a motoqueira que avistou o rompimento da barra-

gem e salvou centenas de vidas, usando a motocicleta como sirene. Outra novidade tecnológica do Estudo foi o Diário de Bordo On -line, atualizado a cada descoberta e acompanhado em tempo real pelos pais no site da Escola. De São Paulo, as famílias puderam assistir ao encontro dos alunos com uma lenda viva de Tiradentes: o artesão Tião Paneira. Muitos colocaram a mão na argila e se renderam aos encantos e causos de quem tem história para contar. No Chafariz de São José de Botas, o drone entrou em ação para registrar a cidade por novos ângulos, enquanto os estudantes participavam de uma oficina de desenho. Em Tiradentes, eles conheceram outro personagem importante: a benzedeira Erci. Quantas histórias e santos em sua pequena sala! Cultura e Arte A vivência artística e cultural também foi um componente

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central na viagem. No fim do dia, os alunos assistiram a um concerto de música barroca, com um órgão português de 1788. Que privilégio para os ouvidos! Já na Igreja Rosário dos Pretos, a turma ficou impressionada com a oficina de sinos e aprendeu a identificar diferentes repiques. Em Ouro Preto, a aventura e a descoberta correram soltas na Mina de Santa Rita. No Restaurante Contos de Réis, o mais tradicional da cidade, eles colocaram a mão na massa e participaram de uma oficina de pão de queijo. Na expedição por Minas Gerais, os alunos acompanharam o Grupo de Congada e jogaram capoeira. Piscina natural Para fechar em grande estilo, no

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Santuário da Caraça, os estudantes percorreram uma trilha pela Mata Atlântica e se refrescaram em uma deliciosa piscina natural. No fim da noite, nem o frio espan-

tou essa turma, que observou o lobo-guará e se despediu de Minas Gerais com saudade e a certeza de que essa experiência ficará guardada em suas melhores lembranças.


Sem barreiras

Lama de Mariana é analisada pelos alunos no Laboratório do Magno Depois de retornar do Estudo do Meio de Minas Gerais com conhecimento na bagagem, de uma viagem que ganhou o reforço extra da tecnologia do drone para mapear áreas atingidas pela lama, como Paracatu e Bento Rodrigues, os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental II deram continuidade às descobertas no Laboratório do Magno. Acompanhados pelo professor de Ciências, André Miranda, e pela professora de Química, Sueli Salgado, os alunos realizaram uma análise físico-química da terra coletada em Mariana e deram significado a um trabalho que começou em Minas Gerais. No final, os resultados foram

apresentados na Mostra UNESCO, compartilhando com toda a comunidade os conhecimentos produzidos no Estudo do Meio – e ampliando a conscientização sobre a importância do desenvolvimento sustentável.

Os alunos deram continuidade às descobertas feitas em Mariana no Laboratório do Magno, estudando a lama coletada na região

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Ensino Fundamental II – Cidadania Global

As várias faces da imigração

As várias faces da imigração foram vivenciadas pelos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II durante um intenso trabalho de campo pela cidade de São Paulo, que percorreu diferentes bairros e mergulhou por outras culturas. Do templo budista na Vila Mariana, passando pela sinagoga em Higienópolis, pela Mesquita em São Bernardo do Campo e por uma saborosa cantina do Bixiga, a aprendizagem ganhou cor, sabor e muitas histórias. 3232

Acompanhados pela coordenadora e professores, nossos desbravadores embarcaram em um roteiro planejado para trabalhar Geografia e Cidadania Global (um dos principais pilares da UNESCO) de maneira interdisciplinar. Mas não pense que essa turma ficou apenas no papel de espectador. Na sinagoga, os meninos usaram a kipá e todos leram a Torá com o rabino. Na “casa de adoração dos muçulmanos”, as meninas cobriram a


cabeça com lenços e entenderam na prática o protocolo para entrar em uma mesquita. Já no templo budista, eles engataram um bate -papo empolgante com o monge. Haja assunto! No debate com os líderes de cada crença, a turma descobriu as características das religiões, recebeu informações adequadas e deu um passo importante em direção à cultura de paz. De uma maneira muito natural e significativa, aprenderam a reconhecer e a respeitar diferentes correntes de fé. A aprendizagem teve continuidade em casa, nas longas e gostosas conversas com os pais e irmãos sobre cada detalhe da experiência vivida.

Afinal, um dia repleto de descobertas precisa ser compartilhado.

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Ensino Médio

A vida além do Enem Existe escolha profissional perfeita? Como trazer mais conforto e reduzir a margem de erro? O que esperamos para os nossos filhos? Essas foram algumas perguntas lançadas pela sócia da Cia de Talentos e comentarista da GloboNews, Maíra Habimorad, que abriu a edição 2016 do programa Papo de Profissional em uma noite memorável para pais e alunos do Ensino Médio. Durante a conversa, a especialista, 34


rível. Por outro lado, para escolher é preciso se conhecer melhor e entender o que realmente nos move. Durante o encontro, pais e alunos tiveram um espaço aberto para debater, rever conceitos e formar opiniões em um momento enriquecedor para a Escola e também para as famílias.

que tem mais de 15 anos de experiência em recrutamento, seleção e gestão de programas de trainees, estagiários e gestores, mostrou o quanto o mercado de trabalho mudou nos últimos tempos. “Existem empresas que só funcionam em nuvem, a expectativa de vida está maior e a escolha profissional aos 16 ou 17 anos de idade é cada vez menos definitiva”. Ter inglês fluente já não basta para garantir uma boa colocação. É preciso trabalhar e se relacionar em vários idiomas. “A geração de hoje é nativa e vem com o DNA da colaboração. São diferentes de nós, que tivemos que nos adaptar e aprendemos a conviver com tantas

novidades”, comentou Maíra. Nesse caminho de escolhas, o Enem é só uma porta para um “mundo” que busca por profissionais com competências comportamentais, como comprometimento, adaptabilidade, liderança, inovação, capacidade analítica, resiliência, entre outras tantas. Outro indicativo dos novos tempos é que a carreira está menos relacionada com a ocupação do profissional. Há muitos engenheiros, por exemplo, atuando no mercado financeiro. Segundo ela, os pais podem e devem dar o ferramental para que seus filhos possam tomar uma decisão, mas a escolha é intransfe-

Projeto Biruta A palestra de Maíra Habimoradi foi tão oportuna que gerou um projeto customizado para os alunos da 3a série do de Ensino Médio, totalmente oferecido pelo Colégio. O projeto, denominado Biruta, une diagnósticos de competências feitos por games a orientações pessoais de Maíra e sua equipe. Durante os workshops realizados na Escola, os alunos tiveram acesso a uma plataforma de orientação de carreira, cujo ponto de partida foi o autoconhecimento. A partir daí, a turma disputou os games Cockpit de Interesses e Cockpit de Competências para obter um diagnóstico mais preciso. Com os resultados em mãos, os alunos esclareceram dúvidas com os especialistas em atendimentos personalizados. Acompanhados pelos consultores, eles exploraram um Mapa de Profissões e receberam informações sobre diferentes carreiras para ajudar no processo de tomada de decisão. No fechamento, novas provocações para estimular a reflexão sobre uma escolha que é pessoal e intransferível. 35


Enem e Vestibular

Colégio Magno: um Ensino Médio que prepara para tudo O Colégio Magno vem alcançando resultados expressivos no ENEM e nos vestibulares, sem abrir mão de um projeto pedagógico integral, que permite a todos os alunos encontrarem o seu caminho e prepara os jovens para viver na sociedade do século XXI, com valores sólidos uma cabeça aberta. Veja como isso acontece.

3.

1.

Tudo começa no Ensino Fundamental: nesta etapa há um mapeamento individualizado das competências dos alunos. Dessa forma, quando chegam ao Ensino Médio, os jovens e seus professores já sabem o que precisam para trabalhar com mais ênfase.

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2.

Um mundo sem fronteiras: a proficiência no domínio de inglês é uma realidade para quase todos os alunos, que alcançam grau FCE (Cambridge). Por isso, muitos estudantes têm planejado por seguir seus estudos no exterior. Esse sonho tem base concreta: quase todos os alunos passaram pelo Magno High School e têm o diploma válido também nos Estados Unidos.

3º +: um curso diferenciado: conciliar um modelo de formação aberto e integral no Ensino Médio exigiu que o Magno criasse o 3º +, oferecendo aos alunos a chance de focar sua preparação para os exames no período vespertino, com professores experientes de cursinho e estratégias mais voltadas para as provas. Chama-se 3º + porque são 20 aulas semanais extras (de 35 para 55), sem nenhum custo adicional para as famílias.

4.

Avaliações semanais: prontidão permanente. Um modelo completo de formação dos jovens inclui, sim, muito estudo. Na sociedade do Conhecimento, a aprendizagem permanente é uma realidade, e por isso é preciso criar uma disciplina de estudos diários. Para estimular essa consciência, o Magno introduziu as AS, ou seja, Avaliações Semanais dadas no horário normal de aula, com poucas questões, sem dia e hora marcados. Os alunos sabem apenas as disciplinas avaliadas.


5.

Simulados: para quando a hora chegar. Com o mesmo sentido de manter a prontidão dos alunos e habituá-los ao modelo de questões dos vestibulares, os simulados são frequentes. Essa rotina tem início no 9º ano do Ensino Fundamental com uma prova por bimestre. Na 1ª e na 2ª série passam a acontecer duas vezes no bimestre. Por fim, chegam a três vezes ao bimestre.

6.

Plataforma on-line: Na 1ª série do Ensino Médio, o aluno do Magno começa a utilizar a plataforma Geekie, única plataforma adaptativa credenciada pelo MEC. O estudante escolhe uma disciplina e uma área de avaliação. A partir de uma análise sofisticada dos resultados, que permite identificar quais foram os tópicos não assimilados adequadamente ao longo da vida escolar, a plataforma propõe intervenções com estudos dirigidos, textos, videoaulas, resumos e jogos. Após esse reforço, o aluno faz uma nova avaliação. Além de ser acessada pelos laboratórios do Magno, abertos durante o horário de funcionamento da Escola, a plataforma Geekie pode ser usada em casa e também pelo celular.

7.

Ênfase na Redação: a formação de alunos críticos, capazes de refletir sobre os problemas do mundo, discutir, argumentar. E buscar soluções passa, sem dúvida, por um trabalho consistente no campo da Produção Textual.

8.

Corretores externos: a produção textual tem início ainda no Ensino Fundamental II e vai até a 3ª série do Ensino Médio. Essa atividade é desenvolvida em grupos de 15 alunos, o que propicia um acompanhamento mais individualizado para as produções. As redações são avaliadas por corretores externos que não têm contato com os alunos, assim como ocorre nos principais exames de acesso ao ensino superior.

9.

Equipe de alto nível e apoio permanente: por trás de todo esse projeto, claro, há uma equipe de professores de excelência, consciente de seu papel mais amplo na formação dos adolescentes. Esses professores asseguram um acompanhamento contínuo e parceiro dos professores, a todo momento. Os encontros informais e os plantões de dúvida ou de aprofundamento acontecem inclusive aos sábados, sempre com professores especialistas. Nas tardes de segunda à quinta, no período da tarde, segundo os horários estipulados, os alunos do Ensino Médio podem consultar os professores especialistas para dirimir suas dúvidas.

10.

Clima de aprendizagem e cooperação: com tudo isso, foi criado no Magno um clima cooperativo, que envolve os alunos. Estes se reúnem espontaneamente para estudar juntos ou tirar dúvidas entre si, inclusive com o uso de redes sociais, como whatsapp. Tudo sempre com alegria e equilíbrio, como um pacto coletivo para um objetivo comum: alcançar o que há de melhor no ensino superior. 37


Magno Internacional

Read For The

Record

Magno/Mágico de Oz participa de ação global de leitura compartilhada Da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II, os alunos do Magno/Mágico de Oz marcaram presença no maior evento de leitura compartilhada do mundo: o Read For The Record. O movimento criado pela JumpStart (organização americana para a Educação) existe há 11 anos e ganhou o mundo com o alerta sobre a importância da alfabetização na infância. Mas por que a Escola decidiu participar de um evento global e envolver seus alunos, funcionários e pais? Porque o Magno/Mágico de Oz entende a leitura como um hábito essencialmente prazeroso e que deve ser constantemente incentivado dentro e fora da sala de aula. Assim, alunos do Ensino Fundamental II leram a história “The Bear Ate Your Sandwich”, de Julia Sarcone-Roach, para os alunos do Ensino Fundamental I, que acabaram promovendo uma divertida contação para os alunos da Educação Infantil. A cada projeto ou atividade, o Magno busca desenvolver nas crianças o gosto pela leitura e levanta a bandeira em defesa de uma postura que garanta a aproximação dos alunos com a literatura, de uma maneira muito natural. 38


Além disso, o Read For The Record é mais uma atividade de inglês oferecida pela Escola, que conta com um projeto diferenciado e reconhecido pela University of Cambridge e pela University of Missouri, que é parceira do Magno nos cursos internacionais Middle e High School. A ação ganhou força. Não foram só alunos, professores e recreacionistas bilíngues que abraçaram a causa. Os pais também estavam envolvidos e reforçaram a leitura compartilhada em casa. Na Educação Infantil, a atividade não ficou só na leitura. Os alunos prepararam o delicioso sanduíche, que é o centro da aventura, e deram mais sabor ao conhecimento.

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Magno Internacional

Magno Linden USA Connection Uma oportunidade única para quem deseja cursar uma universidade norte-americana

A Magno Linden USA Connection (feira de universidades norte-americanas customizada para a comunidade do Magno) já está em sua quarta edição (só em 2016 foram duas edições) e, a cada ano, a vontade de desfrutar o American Way of Life e conquistar as melhores oportunidades no exterior é renovada entre os alunos. Afinal, quem não gostaria de fazer uma imersão cultural em um dos países mais desenvolvidos do mundo? Muitos ex-alunos do Magno estudam ou já estudaram fora do país e puderam desfrutar experiências incríveis de amadurecimento pessoal e profissional. Durante o evento, pais e filhos tiveram encontros individuais com representantes de conceituadas universidades (Eastern Washington University, Embry-Riddle Aeronautical University, Foothill and de Anza Colleges, San Mateo Colleges of Silicon Valley, University of Bridgeport, University at Buffalo, University of Pittsburgh, University of South Carolina e University of Utah), conheceram a infraestrutura oferecida em cada campus, cursos, diferenciais e ainda tiveram acesso ao checklist necessário para a admissão. 40


Sum mer

Magno Internacional

Camp

Miz

Uma experiência única, inesquecível e internacional. Há muitas maneiras de definir a primeira experiência dos alunos com o Summer Camp Mizzou – e todas apontam para um futuro sem fronteiras físicas. Assim foi a viagem dos alunos do Magno à University of Missouri, parceira do Colégio no Magno High School e no novo curso Middle School. Os jovens do Magno se integraram a uma centena de outros alunos do High School, vindos de diversas partes do mundo, para viver experiências inéditas na sua vida. O cotidiano no campus da Missouri é uma explosão de conhecimento, com trocas diárias de informação com os renomados professores da universidade, com estudantes de outros países e com os ambassadors (estudantes de graduação da universidade que guiaram os alunos do Magno High School no Summer Camp 2016). Foi também um desafio de

zou!

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autonomia e crescimento pessoal: o grupo viveu a experiência de morar em uma universidade norte-americana, lavar sua própria roupa e estar ao lado de estudantes de vários lugares do mundo. A vivência teve como foco a escolha da carreira e contribuiu para o desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional dos alunos com imersão nas áreas de Artes e Comunicação, Negócios e Administração, Engenharia e Tecnologia Industrial, Saúde, Humanas, Agricultura e Recursos Naturais. Porém, antes de abrir “os trabalhos”, o grupo realizou um teste para medir as habilidades pessoais que contribuem para o sucesso na carreira profissional. Atividades de integração deram start ao programa, que também teve workshops com especialistas em liderança e visitas às multinacionais Boeing e Budweiser para conhecer como atuam na prática. Na South Farm (fazenda mantida pela Missouri para projetos e estudos), a turma acompanhou de perto a rotina de agrônomos, biólogos e apicultores. Porém, eles não ficaram só observando: também pescaram e colocaram a mão na terra para colher batatas. Às margens do Missouri River, fizeram uma expedição pelo ecossistema, com a coleta de seres vivos e a compreensão prática dos impactos da ação humana. Na segunda melhor faculdade de jornalismo dos Estados Unidos, a Missouri School of Journalism, os alunos assistiram a uma aula especial 42


sobre como capturar imagens com um drone. Eles ainda participaram de um workshop sobre mídias sociais, visitaram o jornal Columbia Missourian e a estação de TV Komu, onde tiveram a oportunidade de acompanhar ao vivo o telejornal entrar no ar. O trabalho voluntário, tão valorizado nos Estados Unidos e visto como um importante diferencial no currículo do profissional, também esteve em alta. Acompanhados pelo diretor do programa Mizzou k-12 Online, Zac March, que vestiu literalmente a camisa do Magno, os alunos foram ao The Food Bank (banco de alimentos da cidade) e dedicaram tempo e empenho para a atividade solidária. Muitos gostaram tanto da proposta que não queriam sair de lá! Na School of Law (Escola de Direito), todos estavam muito concentrados para fazer um estudo de caso. Futuros advogados, juízes e promotores a caminho! O ponto alto ficou por conta da visita ao Harry S. Truman Library & Museum, localizado em Independence. O local, que homenageia o 33º presidente dos Estados Unidos e tem espaços que reproduzem ambientes da Casa Branca, promoveu a discussão e a reflexão sobre a guerra civil dos Estados Unidos e o racismo. Já na universidade, a visita ao estádio teve uma recepção muito calorosa do “Tiger”, o representante mais famoso da Mizzou! Fora do campus o jogo continuou e a turma assistiu a uma partida de

beisebol em Kansas City. Para fechar o Summer Camp, os alunos desenvolveram portfólios contando sobre a passagem pela universidade, o que resultou em uma grande exposição e o início a uma série de despedidas. Momentos de muita emoção marcaram a cerimônia de entrega dos certificados. Juntos, eles celebraram as novas conquistas e retornaram com a certeza de que estão muito mais preparados e fortalecidos para enfrentar os desafios do século XXI. “Foi uma experiência inesquecível, levamos muito na bagagem, conhecimento, lembranças, amizade e carinho. O Summer Camp nos ajuda a encontrar caminhos para descobrir a nossa verdadeira vocação. Os próximos ‘exploradores’ precisam saber o quanto é incrível essa oportunidade”, conta a aluna do Magno High School, Victoria Rossi, que já sabe qual carreira irá seguir: Arquitetura. Para a coordenadora do High School, Luíza Dutra, a viagem é um marco na vida dos alunos. “Nosso intuito é ver, no futuro, o crescimento de tantas sementes plantadas e que brotaram lá na Mizzou”, completa.

Os jovens do Magno se integraram a uma centena de outros alunos do High School, vindo de diversas partes do mundo, para viver experiências inéditas

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Magno Internacional – Ensino Fundamental II

Agora é a vez do Middle School O projeto de internacionalização do Magno avança. Depois da muito bem-sucedida implantação do Magno High School, hoje em parceria com a University of Missouri, os alunos do Ensino Fundamental II ganham agora a oportunidade de ampliar seus horizontes em uma nova proposta: trata-se do Magno Middle School. No Magno Middle School, alunos de 7o e 8o anos terão a oportunidade de ampliar seu currículo, em um sistema similar ao do Magno High School. As aulas abordarão conteúdos da matriz norte-americana, serão ministradas por professores nativos e com a metodologia da University of Missouri. A reunião realizada no final de setembro foi um sucesso absoluto. As famílias e os alunos mostram-se conscientes da necessidade de um projeto educacional que contemple os desafios da globalização. 44

Nova proposta A proposta do Magno Middle School antecipa para os alunos do Ensino Fundamental conquistas que já caracterizam claramente o Magno High School, entre elas: - o aumento de fluência no idioma, uma vez que os alunos aprendem em situações reais de uso dos norte-americanos e com professores nativos; - a ampliação do horizonte de discussão e aprendizagem, ao incorporar ao currículo temas de economia, política, cultura que permitem uma compreensão maior do processo de globalização; - o ganho de autonomia, uma vez que os alunos têm diante de si o desafio de estudar a partir de uma metodologia de outro país, com outro modelo de relação-aluno, que valoriza a argumentação, a proposição de ideias e a produção acadêmica.

- Por fim, como benefício direto, os alunos do Middle School com aproveitamento superior a 60% ficam dispensados da avaliação inicial de admissão no High School. O curso começa já em 2017, e em breve todos os alunos terão a possibilidade de se inscrever. E, assim, dar início a uma bela viagem pelo mundo sem fronteiras culturais em que vivemos.

Preparando agentes de mudança O curso desenvolvido em parceria com a Faculdade de Educação da Missouri tem um objetivo audacioso: preparar “agentes de mudança” do século XXI, a partir de um currículo internacionalizado que integra as áreas de Ciências Humanas à Língua Inglesa. Com carga horária de 4 horas semanais, o Magno Middle School tem sua grade baseada nos temas globais da ONU, com adaptações alinhadas aos valores do Programa de Escolas Associadas da UNESCO. Entre os temas que atendem demandas universais e estarão presentes no currículo, vale destacar: voluntariado, cultura de paz, fome e mudanças climáticas. “O aluno terá a oportunidade de ampliar o seu repertório em inglês e também na língua materna, desenvolvendo, assim, o pensamento crítico. A proposta é prepará-lo para pensar globalmente e agir localmente. O Magno Middle School trará uma rica bagagem que irá impactar na vida acadêmica, profissional e pessoal do aluno”, explicou a coordenadora Luíza Dutra.


Por que fazer Middle School? Acompanhe a entrevista exclusiva com a diretora acadêmica da University of Missouri, Kathryn Fishman-Weaver Revista do Magno – Qual é o principal diferencial do Programa Middle School Global Leaders? Kathryn Fishman-Weaver: O Middle School Global Leaders (MSGL) apresenta objetivos interdisciplinares e faz com que o aluno comece a se enxergar como um agente de mudança – eu realmente acredito que eles são os líderes globais do amanhã. Nossa proposta é desenvolver as habilidades e competências do século XXI, incluindo a colaboração, o pensamento crítico, a comunicação e a resolução de problemas. Como é um programa de imersão em inglês, o desenvolvimento contínuo da linguagem por meio da leitura, da escrita, da fala e da audição também são contemplados pelo MSGL. Estamos ansiosos para vê-los em busca de soluções para problemas, tornando-se mais hábeis e críticos com a língua inglesa. Revista do Magno – Quais são os maiores desafios ao ensinar adolescentes? Kathryn Fishman-Weaver: Um desafio na educação é fazer com que a aprendizagem seja sempre relevante na realidade dos alunos. O MSGL faz essa abordagem de maneira intencional, orientando o

aluno a conectar o aprendizado em sala de aula com questões globais e locais existentes. O Programa o desafia a buscar a solução de problemas e a defender ou a promover mudanças em suas comunidades. Dessa forma, eles podem utilizar as habilidades desenvolvidas na escola com os problemas relevantes, tanto em escala local quanto global. Revista do Magno – Como a Mizzou lida com o aluno do século XXI? Kathryn Fishman-Weaver: Na University of Missouri, valorizamos a inovação e estamos constantemente procurando novas e melhores maneiras de nos relacionar

com os nossos alunos e desafiá-los a aprender cada vez mais. O MSGL é um projeto especialmente empolgante para nós, já que representa uma nova abordagem interdisciplinar para o Ensino Fundamental II. Nós sabemos que os problemas locais e globais raramente exigem soluções ligadas a somente uma área do conhecimento. Em vez disso, os problemas do século XXI requerem um conjunto integrado de habilidades e competências desenvolvidas em diversas áreas. O nosso Programa MSGL permite que os alunos tenham inúmeras oportunidades para praticar e aplicar essas habilidades a problemas reais, já a partir do 7º ano do Ensino Fundamental II. 31 45


2016 o ano em que alcançamos o futuro 46

Pense tecnologia na Educação. Talvez você tenha imaginado cenários high-tech, com óculos de realidade virtual, uso de drones ou impressoras 3D. Isso tudo é realidade para os alunos do Colégio. Mas não é o que caracteriza o grande salto dado pelo Colégio Magno, ao longo de 2016, na área.


Especial tecnologia

Na perspectiva adotada pela Escola, a tecnologia não é vedete, nem protagonista. É ferramenta. Está na lição de casa, na pesquisa, nos projetos, na comunicação com as famílias, nos processos administrativos e na formação de professores. E tudo isso vem ocorrendo diariamente no Colégio Magno,

mudando especialmente a cultura escolar – cada vez menos analógica, cada vez mais digital. Foi essa mudança de cultura – e não o contrário – que possibilitou ao Magno se tornar um case de sucesso da parceria entre a gigante Google e as escolas. O acordo, firmado ao longo de 2015, produziu resultados tão expressivos que as equipes do Colégio passaram a ser convidadas a fazer palestras a pedido da Google. Basta dizer que, recentemente, cada um dos funcionários do Colégio passou por pelo menos duas formações específicas – sempre certificadas – para o uso das ferramentas disponibilizadas no ambiente Google. Entre eles está o Classroom – o ambiente de gestão do conhecimento pelo qual todos os alunos do 5o e do 6o ano realizam suas tarefas escolares e trabalhos em grupo, com a mesma naturalidade que antes usavam os cadernos, o lápis e a borracha. Parece até que nada mudou. E tudo mudou, para as crianças e adolescentes, para os professores, para os funcionários administrativos, para os gestores. Infraestrutura A mudança de cultura veio igualmente acompanhada de investimentos em infraestrutura. Mas, o mais importante é que os novos espaços, equipamentos e recursos responderam às demandas e aos projetos, o que tornou seu uso natural, imediato e realmente um catalisador de novas experiências de aprendizagem, no qual os alu-

nos são protagonistas do processo. Este é o caso da impressora 3D, utilizada pelas crianças da Educação Infantil para um projeto de inclusão, reconstituindo a prótese de um atleta, entre outros projetos. Da mesma forma, a Sala Maker chamada Mag Lab – um lugar de concepção e materialização de projetos virtuais e físicos –, já permite o alcance de um novo patamar pedagógico. Com drones, estações de pintura, hidráulica e outros equipamentos, se tornou o espaço de produção apontado com uma das grandes inovações da educação no século XXI. Os alunos já podem contar também com 133 chromebooks, dispositivos portáteis em conexão permanente com a nuvem, ou seja, que permite o uso absolutamente personalizado sem a necessidade de pen drives ou quaisquer outros drives para guardar dados. Dessa forma, muda-se a cultura de equipamentos fixos para a do uso de dispositivos móveis e capacidade quase infinita de armazenamento – a exemplo dos smartphones. Trata-se de uma mudança de cultura. Portanto, as transformações ganham caráter evolutivo e permanente. O que importa é que o Magno, como sempre, está aberto para o que virá. A maior conquista foi ter virado a chave e envolvido toda a Escola, promovendo a abertura para o novo e eliminando, de uma vez, os receios e os mitos sobre a tecnologia. Isso muito poucas instituições efetivamente conseguiram. 47


Tecnologia

Tecnologia, criatividade e inclusão Alunos da Educação Infantil criam prótese em impressora 3D O pequeno Marck nasceu nos Estados Unidos. Sofreu um acidente e perdeu uma perna, mas isso não o impede de se locomover e praticar esportes. Marck consegue se virar perfeitamente! Como ele faz isso? Utilizando recurso da alta tecnologia, como uma prótese flexível com a funcionalidade do membro humano. Neste caso, Marck é um personagem criado pelos alunos da Educação Infantil, no Mágico de Oz, no contexto do projeto Planeta Olímpico. A turma do Alfa encarou o desafio de ajudar este novo amigo a ter uma prótese. E para isso, só havia um caminho: o uso criativo da tecnologia. O trabalho não envolveu só criatividade. Eles também tiveram que usar o paquímetro, um instrumento para medir com precisão, e colocaram em prática seus conhecimentos matemáticos. Afinal, quantos centímetros deve ter a prótese? A turma ainda observou atentamente os lados direito e esquerdo para não errar a mão, ou melhor, o pé! Com os dados em mãos, 48

os alunos fizeram reunião com o professor de Robótica Edson, que passou as ideias para o programa de modelagem virtual Blender. A partir daí, foi difícil tirar os

olhos da impressão. Eles acompanharam de perto a confecção da prótese em forma de gancho. Marck finalmente garantiu sua participação nos Jogos Paralímpicos!


Antes de chegar à impressora 3D, há muito trabalho para conceber, projetar e construir a prótese. Os alunos pesquisaram, desenharam, escreveram, testaram hipóteses, fizeram modelagem, trabalharam em equipe e utilizaram conhecimentos de diversas áreas. Por trás de tudo, a preocupação real com a inclusão. Para tudo isso serve a tecnologia. 49


Tecnologia

Neurônio 3D

A aprendizagem sobre o sistema nervoso ganha mais significado com o uso da tecnologia

A tecnologia invadiu a aula de Ciências do 8º ano do Ensino Fundamental II para dar forma e significado ao sistema nervoso. Enquanto o professor André Miranda acompanhava a dissecação do cérebro de porco feita pelos alunos, uma réplica de neurônio era construída na impressora 3D. Segundo o professor, os alunos observaram o cérebro de porco com suas principais divisões e puderam compará-lo ao órgão humano. “A tecnologia contribuiu para o aluno sair da visão plana e fazer uma observação tridimensional, entendendo como é um neurônio dentro do encéfalo. Aproveitamos a oportunidade e o encantamento dos alunos com o equipamento para abordar outras funções importantes de uma impressora 3D, como a construção de próteses humanas e para animais”, comentou.

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Magno e Google: um caso de sucesso

Não foi por acaso que o Magno/Mágico de Oz foi escolhido para ministrar uma palestra na Google. O caso de sucesso, fruto da parceria com a Google for Education, tem surpreendido por promover uma evolução consistente no uso da tecnologia, seja no âmbito administrativo, seja no âmbito pedagógico. O evento contou com a presença de John Vamvakitis, diretor internacional da Google For Education, de Rodrigo A. Pimentel, diretor da Google para a América Latina, e de Alexandre Campos Silva, gerente estratégico da companhia no Brasil, além de diretores de alguns dos maiores fabricantes de equipamentos do Brasil, como a Positivo e a Acer. O diretor administrativo do Magno/Mágico de Oz, Maurício Tricate, apresentou um balanço da parceria com a Google para representantes de 70 instituições de ensino, entre elas 15 universidades, participantes da rede Sesi/Senai e um secretário de educação, que estavam ansiosos para conhecer a experiência da Escola, que, em menos de um ano, já atingiu metas ambiciosas: começou a utilizar o Google Classroom (sala de aula Google) de maneira integral dentro dos grupos escolhidos, capacitou to-

dos os professores e funcionários, estabeleceu toda a comunicação eletrônica por meio de ferramentas Google e, por fim, já tem a sua primeira unidade 100% Google, o que trouxe mais agilidade, qualidade e redução de custos. A coordenadora pedagógica, Piti Tubandt, contou como foi a implantação da nova ferramenta com os professores e as inúmeras possibilidades de agregar conhecimento no dia a dia e para aprimorar os registros durante as viagens de estudos. Ela destacou o uso do diário de bordo on-line, que tem contribuído para que as famílias possam acompanhar as descobertas dos alunos em tempo real, a sala de aula Google, e o uso de portfólios e galerias dos

projetos e eventos promovidos pela Escola. Já a professora do Full-Time, Silvia Salazar, traçou um paralelo de como era o estudo assistido sem o uso da tecnologia e de como os alunos ficaram mais envolvidos e empolgados com as novas ferramentas. Essa experiência resgatou o prazer da descoberta e trouxe novas possibilidades para estudar e interagir. Para encerrar a apresentação, Maurício fez um Hangout com os alunos do Magno High School que estavam na Unidade Sócrates e mostrou, na prática, mais um recurso importante para agilizar a comunicação. O Magno caminha a passos largos para ser referência mundial. 51


Um dia no Museu

Museus são espaços sérios, quietos, cerimoniosos, para adultos estudiosos e especialistas, certo? Muito errado. Pelo menos não é assim no Magno. Em todas as etapas, envolvendo alunos, professores – e agora também funcionários -, o Colégio incluiu a visita a diferentes museus em sua rotina educativa. Tudo acontece de forma integrada com o projeto mais amplo da escola – seja de forma relacionada aos conteúdos ou mesmo ao desenvolvimento de competências e de valores. Esse é o caso, por exemplo, da visita em que os alunos do Ensino Médio foram os guias queridos das crianças da Educação Infantil. Da mesma forma, os funcionários do Magno – que são, também, educadores no convívio diário com crianças e adolescentes – ganharam a oportunidade de aprender no mundo fantástico dos museus. Veja, nestas matérias, alguns exemplos de atividades ricas e interativas realizadas recentemente. 52


Nosso time no MAM No Magno, não são apenas os alunos que têm sede de conhecimento. Desta vez, os inspetores participaram de uma capacitação de Artes no Museu de Arte Moderna (MAM). Esse time acompanhou a mostra Volpi – Pequenos Formatos, que reúne 74 obras de Alfredo Volpi, com uma visita guiada por um educador do museu e acompanhada pela coordenadora pedagógica Piti Tubandt. No meio do caminho, já contagiados pela Arte, o grupo teve o privilégio de conhecer o colecionador e amigo do pintor, Ladí Biezus, que emprestou parte de seu acervo ao MAM. Um encontro marcado por emoção e curiosidade. Essa rica experiência não acaba aqui. A equipe de inspetores já sabe que o Magno é escola parceira do MAM e que as portas do museu estão sempre abertas, para que eles voltem acompanhados por toda a família.

Guias mais do que especiais Primeiro, eles foram guiados. Visitando as exposições Playgrounds e Histórias da Infância no Museu de Arte de São Paulo (MASP), voltaram a ser crianças. Depois, tornaram-se guias animados e afetivos. Esta foi a experiência transformadora vivida por um grupo de alunos da 1ª série do Ensino Médio, que decidiu compartilhar conhecimentos sobre Arte e guiar a visita dos alunos da Educação Infantil das Unidades Olavo Bilac e Campo Belo. “Adorei ser monitora, foi uma experiência incrível transmitir e trocar conhecimento com as crianças. Podem me chamar novamente!”, comentou a aluna Camila Candelária, da 1ª série do Ensino Médio. O trabalho da Educação Infantil valoriza o fazer artístico e a fruição, desde muito cedo eles são incentivados a observar Arte e a conhecer diferentes artistas. 53


Arte no Ensino Médio

Uma aula prática no ateliê do Magno 54

Quem disse que História da Arte é sinônimo de teoria? No Colégio Magno, os alunos da 1ª série do Ensino Médio também colocam a mão na massa para entender na prática questões importantes e dar significado ao conhecimento. A professora Flávia Yue convidou a turma para ir ao Ateliê de Artes da Escola produzir gravuras em alto e baixo relevo para entender as primeiras décadas da Arte Moderna na Europa e as grandes transformações plásticas na cultura ocidental. “Colocamos em oposição a cultura latino-mediterrânea e a cultura germano-nórdica, em outras palavras, as tradições clássica e romântica. O melhor caminho para entender, sem dúvida, é a prática”, justifica.


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Desenvolvimento profissional

I want to speak

english

Magno oferece curso de inglês para todos os funcionários. Primeiras turmas têm 180 matriculados

Inglês para aprender, para se aprimorar, para trabalhar e para participar da cultura contemporânea: a globalização tornou o domínio de um idioma internacional imprescindível para todos – não apenas para os alunos. Por isso, o Magno incluiu em seu programa de formação uma oportunidade especial para todos os 56

seus funcionários: a possibilidade de frequentar um curso de inglês ministrado por professores nativos (ou seja, que tem o inglês como língua materna), no próprio Colégio. A proposta entusiasmou 180 educadores e funcionários, que realizaram um teste de proficiência e já estão estudando. O curso oferecido pela Escola foi construído a partir

de um projeto de inglês diferenciado e reconhecido pelas universidades de Cambridge e Missouri, parceiras do Colégio. As aulas são divididas em diferentes níveis e ajudam a intensificar a conversação para aqueles que já dominam o idioma. Cada turma tem no máximo 15 alunos, distribuídos nos níveis Starter, Elementary, Pre-in-


cimento. A proposta que a Escola oferece demonstra seu interesse em investir no funcionário e todos estão muito agradecidos. Aqui não se fala em outra coisa, agora só tiramos dúvidas e conversamos em inglês!”, Tuquinha Nakahira (Financeiro).

termediate, Intermediate e Upper Intermediate. O investimento na formação dos profissionais faz parte da cultura do Magno. Além das capacitações periódicas nos diversos departamentos, os educadores cursaram pós-graduação (Lato Sensu) in company, no próprio Magno. Nesse ritmo, em breve, o Colégio não apenas terá alunos fluentes no idioma, mas um time de profissionais prontos para os desafios do mundo globalizado.

“A iniciativa é ótima para quem quer aprender ou aperfeiçoar o inglês. Assistir aulas com professores nativos do Magno High School traz uma motivação ainda maior para estudar. Cada encontro é empolgante, até aplaudimos o professor ao final da aula. Pretendo dominar o idioma para buscar referências que possam me ajudar na profissão, pois muitos conteúdos estão disponíveis apenas na língua inglesa”, Alexandre Gutierrez Benito (Tecnologia Educacional).

“O Colégio dá um passo gigantesco, uma vez que o curso é oferecido a todos os funcionários. Temos colegas da limpeza, portaria, coordenadores, recepcionistas e professores de todas as áreas. As minhas expectativas são muito grandes, vejo a qualidade do curso que nos é dado e quero devolver na medida, ou melhor, se existe uma intenção de alguns cursos serem apenas em inglês, quero estar pronto. Se existe alguma possibilidade ou intenção do Colégio de usar esse investimento em prol do Colégio, estarei aqui”, Denis Prado Ricardo (professor de Escalada, Alpinismo e Esportes de Aventura).

Veja os depoimentos: “Quando fiquei sabendo sobre o curso de inglês para funcionários, não pensei duas vezes e fiz questão de garantir a minha inscrição. É uma grande oportunidade que a Escola oferece para todos os funcionários e tenho muita expectativa de aprender. As aulas são animadas e quando volto para casa sou testado e desafiado pelos meus filhos a mostrar tudo o que aprendi”, Antônio Lopes Nunes (Cozinha).

“Eu sempre gostei de inglês e estudar com um professor nativo e no trabalho é simplesmente maravilhoso! Facilita a vida da gente e o Robert demonstrou paciência e está fazendo a gente se soltar mais. Estudando inglês, com certeza quero poder atender os estrangeiros que visitam a Escola, pretendo viajar e me comunicar. Há muitos anos queríamos formar um grupo de estudo, mas o problema eram as diferenças de níveis de conhe57


Desenvolvimento profissional

Equipe nota mil Colaboradores da Cozinha recebem medalhas após alcançar 100% de aprovação em auditoria

Por trás das 660 refeições servidas diariamente nos quatro restaurantes do Magno/Mágico de Oz, há uma equipe altamente qualificada e atenta aos critérios de qualidade. Isso é garantido por um trabalho persistente de formação, com a participação de diferentes profissionais. Mensalmente também acontecem auditorias surpresa, para avaliar atividades, estruturas 58

e processos de acordo com os critérios da Vigilância Sanitária e da Legislação vigente. “As auditorias verificam as condições gerais de toda a produção dos alimentos, desde a procedência da matéria-prima até a distribuição. Também são analisadas as capacidades técnicas dos colaboradores, higiene e organização dos ambientes”, explica a nutricionista do

Colégio, Karin Petri. Em recente auditoria, a equipe alcançou 100% de aprovação – o que veio coroar o trabalho realizado diariamente. Como reconhecimento, os funcionários foram surpreendidos pela direção com medalhas de “colaborador 100%” e um saboroso bolo. Afinal, é preciso comemorar todo o empenho e dedicação dessa equipe nota mil!


Aventura de ler

Livros para todos A Biblioteca do Magno não é espaço apenas dos alunos. Ao contrário, com o objetivo de formar uma comunidade leitora, a Escola constantemente incentiva os funcionários a lerem. Tanto é assim que, neste ano, a comemoração do aniversário da Escola aconteceu de forma especial, valorizando os funcionários superleitores, frequentadores assíduos das bibliotecas das unidades Sócrates, Olavo Bilac e Campo Belo. Os que mais retiraram e leram receberam uma homenagem especial, com a presença da própria diretora da Escola. Além disso, levaram para casa um vale para adquirir novas obras. Atualmente, o acervo do Magno/Mágico de Oz conta com 70 mil títulos, quase 2 000 CDs de músicas, 2 755 DVDs, 30 assinaturas de revistas e jornais e estações multimídia com internet. E o acervo continua crescendo!

Parabéns aos funcionários superleitores: SÓCRATES Reginaldo Soares Correia (Inspetor) Graciela Beatriz Blumes Byrro (Secretária) Miriam Takahace (Técnica de Laboratório) Lúcia F. do Carmo dos Santos (Cozinheira Auxiliar) CAMPO BELO Jussara Souza Vieira (Cozinheira Auxiliar) Fernanda Alcantara Martinhão (Professora) Márcio Roberto de Souza (Porteiro) OLAVO BILAC Camilla G. S. Domenicis Barbanti (Professora) Mariangela Monaco Calles (Professora) Ana Karina Lins (Professora) Patrícia Garcia da Silva (Professora) Sileda Oliveira Nascimento (Roupeira) 59


Olimpíadas

Atletas do Olimpo Uma rica oportunidade para trabalhar diversos conteúdos, da Educação Infantil ao Ensino Médio O Magno/Mágico de Oz também entrou no clima de Olimpíadas e aproveitou essa rica oportunidade para trabalhar diversos conteúdos com os alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. Para o Colégio, houve um sabor a mais nessa competição internacional. Muitos profissionais que passaram pela Escola, ou ainda trabalham aqui hoje, participaram dos jogos 60


como treinadores , preparadores, atletas e árbitros. Para abrir o programa Atletas do Olimpo, o Magno convidou o preparador físico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Elias de Proença, que também assina o projeto de esportes da Escola e faz parte da equipe de Educação Física desde os anos 1970. José Elias trabalha com o técnico da seleção, José Roberto, também ex-professor da Escola. Durante o encontro, nossos “repórteres de plantão” ficaram sabendo que José Elias participou da sua 4a olimpíada no Rio e já marcou presença em Sydney, Atenas, Pequim e Londres. Com uma pauta “redonda”, os alunos bombardearam o campeão olímpico com perguntas inteligentes: Qual foi a olimpíada mais emocionante? Como é a rotina de um preparador físico? No final, as turmas fizeram a tradicional foto de “campeão” com a certeza de que esse encontro por si só já valeu bem mais do que mil medalhas.

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voluntariado

Oficinas do bem Alunos voluntários produzem biscoitos alemães em instituição beneficente

Colocar a mão na massa e ajudar jovens e adultos com deficiência intelectual e mental atendidos pela Associação Beneficente Parsifal é uma das metas da edição 2016 do tradicional projeto de voluntariado do Magno, “E eu com isso?”. Os alunos do Ensino Médio criaram muitas oficinas interessantes. Em uma delas, vestiram a bandana de chef e foram até a cozinha da entidade aprender a técnica dos biscoitos alemães. Um trabalho coletivo recheado de amor! 62


Olimpíadas do Magno

Show do esporte Na cerimônia de abertura da 36ª edição das Olimpíadas do Magno, as nossas promessas na música, no esporte e na dança dividiram os holofotes com a melhor atleta do ano de 2015, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB): a nadadora Ana Marcela Cunha. O maior espetáculo esportivo da Escola teve duas estreias importantes: o Coral e a Orquestra de Cordas da Unidade Sócrates que, ao lado das já consagradas Orquestra de Sopro da Sócrates 63


e a Orquestra de Cordas do Campo Belo, deram o tom ao espetáculo, com interpretações impecáveis do Bolero de Maurice Ravel, da canção The Final Countdown (Banda Europa) e, claro, do hino nacional. As fitas da ginástica rítmica deram início a uma série de coreografias bem ensaiadas e sincronizadas que, ao final, revelaram a primeira grande surpresa da noite: uma imensa escultura com os arcos olímpicos iluminada com LED. Porém, o ponto alto do evento veio literalmente das alturas: o atleta número 1 do slackline, Guilherme Coury, cruzou o Ginásio de Esportes sobre uma fita, aventura que fez muita gente perder o ar e acompanhar cada passo do experiente escalador, que já esteve no Monte Roraima. Os momentos de adrenalina não 64


pararam por aí. Guilherme desceu de rapel com a tocha nas mãos e entregou para Ana Marcela acender a pira e declarar aberta a competição. Ao final, a nadadora fez uma parada estratégica para contar a sua trajetória, que começou aos 2 anos de idade, quando ingressou na natação. Ao longo da conversa, Ana Marcela fez questão de elogiar a infraestrutura da Escola e a iniciativa de promover uma olimpíada desse porte e reforçou: “Nunca vi nada igual”. Para fechar a noite memorável, um pedido especial da atleta aos alunos: “Aproveitem essa oportunidade, é incrível tudo o que vocês têm aqui!”

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PEA-UNESCO

Green Wave Magno participa de ação mundial do meio ambiente, dentro do Programa das Escolas Associadas da UNESCO Uma grande ideia sustentável merece ser multiplicada. Por isso, a campanha de plantação de árvores da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CDB) ganhou o mundo no último dia 22 de maio (Dia Internacional da Diversidade Biológica). A Green Wave (Onda Verde) foi imediatamente abraçada pelos colégios que fazem parte do Programa de Escolas Associadas da UNESCO e envolveu estudantes de todo o Brasil. Além do plantio de mudas de ipê-amarelo e ficus, e das indígenas (boldo, ixora e erva-cidreira), os alunos do Colégio Magno/Mágico de Oz usaram a Arte para sensibilizar a comunidade, em uma exposição para apreciar e, principalmente, refletir sobre o real significado da sustentabilidade.

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Mostra UNESCO 2016

show de aprendizagem!

Em todas as séries e etapas, o Magno/Mágico de Oz desenvolve, ao longo do ano, dezenas de projetos relacionados aos princípios da UNESCO – organização internacional da qual a Escola faz parte, na condição de escola associada. Embora sejam marcados pela diversidade de abordagens e estratégias, todos têm um ponto de encontro em comum: a Mostra UNESCO, realizada sempre em outubro, como uma grande celebração do projeto, com ampla participação das famílias, dos alunos e dos professores. Em 2016 não foi diferente. A Escola se abriu para receber toda a comunidade. Os anfitriões desta festa do conhecimento foram os alunos, que deram um show de desenvoltura, criatividade e envolvimento. Por meio dos trabalhos apresentados, de exposições orais, produções artísticas, criações tecnológicas, cenários e atividades interativas, todos puderam entender melhor as principais propostas do calendário da UNESCO para 2016 (Ano Internacional das Leguminosas e o Ano Internacional do Entendimento Global), bem como os temas do desenvolvimento sustentável e da cidadania global. As atividades da Mostra O Ano Internacional das Leguminosas foi celebrado em grande estilo e com muito sabor: caldinho de feijão, arroz com lentilha e 67


homus (pasta de grão-de-bico de origem árabe) foram degustados à beira de um lindo pé de feijão! Uma grande maquete combinou robótica e sustentabilidade para reproduzir o sítio de agricultura sustentável visitado pelo 4º ano do Ensino Fundamental I. Aqui, o drone “semeador”, feito em lego, teve participação especial na colheita de alface. No espaço do Ensino Fundamental I, personagens que transformaram o mundo – Steve Jobs, Walt Disney, Leonardo da Vinci, Santos Dumont, Albert Einstein, Galileu Galilei, Steven Spielberg e Rosa Marks – foram homenageados com oficinas interativas. Pais e filhos adoraram a experiência de criar e compartilhar! Na Cozinha Experimental, os alunos do Ensino Médio foram acompanhados por gastrônomas em uma verdadeira aventura de sabores. Experimentaram novas receitas sem conhecer os ingre68

dientes e provaram ser possível dar uma apresentação deliciosa para o que geralmente é descartado, como sementes de mamão e pedaços de língua que foram servidos como aperitivo. O Ensino Médio mostrou as diversas áreas que levam ao Entendimento Global por meio de um jardim invertido, que retratou o filme O Menino e o mundo e o entendimento às avessas, e pelas salas “O planeta pede socorro”, que mostrou a devastação ambiental e o desperdício de alimentos, e “A sua vez”, com soluções para favorecer o bem-estar. No palco da sala “Se eu fosse você”, os alunos interpretaram personagens que levaram ao entendimento ou à falta dele pelo mundo, como Frida Kahlo, Nero, Joana d’Arc, Freddie Mercury e outros. Na sala “A vida como ela é”, os visitantes foram convidados a participar de oficinas sobre direi-

tos humanos, xilogravura e um hangout com o ex-aluno e advogado Edgard Raoul Neto, que fez um grande trabalho humanitário na Europa. Na “Bolsa de outros valores”, o grupo arrecadou alimentos para o tradicional programa de voluntariado da Escola. Nesse “pregão”, era possível escolher entre as produções dos alunos (livro de receitas poéticas, jornal, um balão olímpico com um quiz e um vaso com uma semente de girassol). A conscientização não parou por aí: os alunos realizaram um flash mob para chamar a atenção dos visitantes. No Ginásio de Esportes, o drone foi o portador de boas notícias, levando a paz de Israel para a Palestina, com mensagens dos visitantes em uma garrafa, que reproduziam a passagem do livro lido pelos alunos do Ensino Fundamental II: Uma Garrafa no Mar de Gaza, de Valéria Zenatti.


No Atrium, pais e filhos passaram por uma experiência inusitada: assistiram juntos a uma aula Google. Com os Chromebooks em mãos, trocaram experiências e reforçaram a ideia de “uma escola que aprende”. Teve muito pai querendo voltar para a sala de aula! Também aconteceram momentos de pausa e reflexão, como a exposição de fotos que retratou a tragédia de Mariana, com clicks feitos no estudo de campo do 8º ano do Ensino Fundamental II. As Olimpíadas do Rio ganharam novo gancho, com o “Fórum Olímpico: o doping em debate”, que teve a participação do esgrimista Renzo Agresta; do judoca medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, Denílson Moraes; do preparador físico da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino e bicampeão olímpico, José Elias de Proença; e da professora de Ginás-

tica Artística do Magno e árbitra internacional, Denise Lima. Os alunos do Alfa promoveram um jogo da vida sustentável, no qual cada “casa” transmitia um recado muito especial escrito por eles. Aqui, os participantes eram convidados a fazer atividades vivenciadas no projeto O Mundo ao Meu Redor, que reproduzem situações do cotidiano e mostram

que brincar é assunto sério. A sustentabilidade esteve em alta com a campanha Adote Essa Ideia, que visa substituir o copo descartável por squeezes, em uma ação do Ensino Fundamental II a partir do projeto Observando os Rios, fruto de uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. A quantidade e a qualidade dos projetos apresentados na edição 2016 da Mostra UNESCO demonstram o quanto os alunos se envolveram e estão preparados para transformar a Educação e colocar a mão na massa. Também demonstrou o quanto os pais participam e acompanham de perto o desenvolvimento dos filhos! Parabéns a todos pelo empenho em fazer do principal evento do Magno/Mágico de Oz uma grande festa do conhecimento.

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PEA-UNESCO

Mais escolas públicas no PEA

A inclusão e permanência de escolas públicas é um dos grandes desafios do Programa das Escolas Associadas da UNESCO – organização do qual o Magno faz parte há 10 anos e têm sua diretora, Myriam Tricate, como coordenadora nacional. No mês de abril, foi dado um grande passo no sentido de construir uma parceria mais duradoura com as instituições de ensino do municípios e do estado: foi realizado na Escola um grande encontro, que reuniu dezenas de participantes com o mesmo objetivo – fazer o PEA crescer para cumprir melhor a sua finalidade. O PEA existe em 180 países do 70

globo. No Brasil, participam 302 escolas, o que representa 300 mil alunos e 26 mil professores. Contudo, a participação da rede pública precisa ser estimulada, pois sofre com a rotatividade dos diretores e com a falta de um apoio mais próximo dos órgãos gestores. Foi para discutir esse tema e encorajar as redes a participar que o Magno convidou as escolas públicas já participantes, que por sua vez trouxeram outros interessados. Ao final, o auditório lotou – inclusive com a presença da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Foi um passo importante, que agora será multiplicado para outros estados brasileiros.


Equipe do Magno vai à Finlândia conhecer a melhor educação do mundo Na última década, a Finlândia se tornou célebre como o país que foi capaz de construir o melhor sistema educacional do mundo, ficando sempre nas primeiras colocações na avaliação internacional PISA, sem abrir mão de uma educação equilibrada, diversificada e interdisciplinar. Pois em setembro, quatro profissionais do Magno foram conhecer in loco esta proeza, participando da quarta missão internacional do Programa das Escolas Associadas da UNESCO no Brasil (PEA). Ana Paula Piti, Lígia Brull, Myriam Tricate (coordenadora nacional do PEA) integraram o grupo de 30 educadores na quarta missão internacional da rede. O grupo teve o privilégio de visitar escolas públicas e privadas finlandesas, acompanhar o trabalho realizado em sala de aula, conversar com diretores, professores e membros do Ministério da Educação finlandês. As visitas puderam esclarecer aspectos sob múltiplas perspectivas: o funcionamento do sistema educacional, a estrutura de ensino, as práticas pedagógicas, a relação com a comunidade, projetos desenvolvidos, valorização dos professores, gestão, entre outras dimensões. Vale notar que ainda antes da

viagem os profissionais do Magno já estudavam o sistema finlandês, especialmente para trazer para o Magno práticas de sucesso. As escolas visitadas são consideradas exemplares na Finlândia – e foi um privilégio do grupo brasileiro poder visitá-las, acompanhada da educadora Eeva Penttila, ex-Secretária de Educação de Helsinki. A agenda era intensa: foram estudadas 4 escolas e 1 centro de formação de professores da Universidade de Helsinki. Além disso, aconteceram encontros com especialistas do governo. A reforma curricular que começa a ser implantada na Finlândia foi

explicada em detalhes pelo diretor da área de educação infantil, Jorma Kauppinen, por exemplo. A missão incluiu, por fim, visitas culturais, bem como jantares de confraternização, o que fortaleceu o sentido de grupo, que agora traz na bagagem novos conhecimentos sobre a educação do século XXI. A missão pedagógica não se resumiu à Finlândia. O grupo ainda foi recebido na própria UNESCO, em Paris, pela atual coordenadora internacional do PEA, Sabine Detzel, e pela ex-coordenador Sigrid Niedermayer, que fez questão de estar com o PEA brasileiro nesse momento histórico. 71


Diretora geral Myriam Tricate Diretora pedagógica Claudia Tricate Malta Diretor Administrativo Maurício Tricate Diretor Financeiro José Luiz Salles

Unidades e Cursos Unidade Olavo Berçário – de 3 meses a 1,2 anos Minimíni – 1,2 a 2 anos Mini – 2 anos Maternal – 3 anos Infantil I – 4 anos Infantil II – 5 anos Alfa (1º ano do Ensino Fundamental) – 6 anos Meio período ou Tempo Integral Rua Olavo Bilac, 26 Chácara Flora - São Paulo - SP CEP: 04671-050 Telefone: (11) 5522-1555 Fax: (11) 5521-7744 e-mail: olavo@colegiomagno.com.br

Unidade Sócrates Ensino Fundamental I – 2º ao 5º ano Ensino Fundamental II – 6º ao 9º ano Ensino Médio – 1ª à 3ª série Meio período ou Tempo Integral (até o 9º ano). 3º + (preparatório para o vestibular), na 3ª série do EM Magno High School (dupla titulação internacional), a partir do 9º ano Magno Middle School, a partir do 7º ano (início em 2017) Rua Duque Costa, 164 Jardim Marajoara - São Paulo - SP CEP: 04671-160 Telefone: (11) 5685-1300 Fax: (11) 5686-7084 e-mail: magno@colegiomagno.com.br Unidade Campo Belo Minimíni – 1,2 a 2 anos Mini – 2 anos Maternal – 3 anos Infantil I – 4 anos Infantil II – 5 anos Alfa (1º ano do Ensino Fundamental) – 6 anos Ensino Fundamental I (até o 4º ano) Meio período ou Tempo Integral Rua João de Souza Dias, 684 / 851 Campo Belo - São Paulo - SP CEP: 04618-003 Telefones/Fax: (11) 5041-2566 - 5532-1741 e-mail: cbelo@colegiomagno.com.br

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Rafting em SĂŁo Luiz do Paraitinga, durante o Estudo do Meio do 4Âş ano do Ensino Fundamental I (Imagem captada por drone)

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Não foi apenas uma festa de Halloween com doces e travessuras no Mágico de Oz. Foi mais uma oportunidade de trabalhar a língua inglesa dentro de um projeto que alcançou excelência e reconhecimento internacional.

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