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Marisa da Camara 21 e
Coprofagia em pets
Saúde Única, sonhos coletivos
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FMVZ - USP
A ingestão de fezes pode parecer estranha e repugnante para nós, mas é um comportamento comumente observado em cães e gatos. A questão fica mais compreensiva se avaliarmos sob a ótica evolutiva, pois por se tratarem de carnívoros predadores, eles consumiam inclusive os intestinos das presas. No entanto, não queremos despertar esse comportamento em nossos pets, não é mesmo?
Pelo contrário, devemos ficar atentos se o animal começar a lambiscar as fezes, pois esse comportamento também está associado à deficiências nutricionais originadas por uma dieta inadequada, deficiência de absorção dos nutrientes, verminoses ou até inflamações no trato digestório, como a pancreatite. Além disso, a ingestão de fezes pelo animal também pode ser secundária a um problema emocional, como por exemplo a ansiedade de separação, tédio, estresse ou carência afetiva.
Quando faltam nutrientes no seu organismo, o animal tenta suprir a carência pela ingestão das próprias fezes, para aproveitar os nutrientes excretados, ou as de outro animal, em busca de nutrientes diferentes daqueles que se encontram na sua alimentação. Rações com má qualidade, rações inadequadas para a idade ou tamanho do animal ou ainda em quantidade insuficiente podem levar à coprofagia. Por outro lado, também a alimentação muito calórica ou em quantidade excessiva pode comprometer a absorção dos nutrientes e, como consequência, levar à coprofagia.
Condições inadequadas do local onde os animais vivem também podem desencadear a coprofagia pelo estresse gerado. A falta de espaço pode causar desconforto pela proximidade entre seu local de dormir e se alimentar com o espaço para defecar. Nesses casos a coprofagia pode estar associada à tentativa de manter a organização. A recomendação