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Laerte Temple 47 e

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Pós - Modernismo

Marly de Souza C. Almeida Pres. da Academia Contemporânea de Letras

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Nessa edição, vamos conversar um pouco sobre a terceira geração do Modernismo (ou pós-modernismo), da qual ilustre escritora Lygia Fagundes Telles, uma grande referência literária, faz parte. Matéria, esta, que vem de encontro à uma homenagem a esta brilhante escritora. A escritora brasileira nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923, cresceu em Sertãozinho e outras cidadezinhas do interior paulista. Desde muito pequena se mostrou interessada pelas letras. Aos oito anos, foi residir no Rio de Janeiro. Após cinco anos, volta para São Paulo. Lygia estudou no Instituto de Educação Caetano de Campos, interessando-se ainda mais por literatura.

Seu primeiro livro de contos publicado foi “Porão e sobrado”, em 1938, sob o nome de Ligia Fagundes; livro, este, que foi muito bem recebido pela crítica. Seu sucesso repetiu-se com “Praia Viva”, obra escrita em 1944. Formou-se no curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1946, onde conheceu Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Emílio Sales Gomes (seu segundo marido, 1963-1977). Seu primeiro matrimônio se deu em 1947, com Gofredo Teles Júnior (1947-1960). Integrou a academia de letras da faculdade, colaborando com os jornais Arcádia e A Balança. Após formar-se em Direito, “trabalhou como procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, cargo que exerceu até a aposentadoria, foi presidente da Cinemateca Brasileira, fundada pelo marido Paulo Emílio, e fez parte da comissão que, em 1977, entregou ao ministro da Justiça o Manifesto dos intelectuais, abaixo-assinado contra a censura”. (Brasil Escola). Seu terceiro livro de contos, também de sucesso, foi lançado em 1949, recebendo o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras.

Mas a obra que a tornou conhecida nacionalmente foi o seu primeiro romance “Ciranda de Pedra”, publicado em 1954, “no qual relata a história de um casal que se separa e a caçula vai morar com a mãe, onde vive os dramas ocultos de uma jovem de pais separados. A obra foi posteriormente adaptada para uma novela na TV Globo”. (E Biografia). Lygia Fagundes Telles ingressou na Academia Paulista de Letras, em 1982. Ela foi a terceira mulher a ingressar na ABL (Academia Brasileira de Letras), em 1985,

ocupando a cadeira de número 16, tomando posse em 12 de maio de 1987. Também tornou-se membro da Academia das Ciências de Lisboa.

Suas narrativas caracterizam-se por uma prosa intimista, centrada na dimensão psicológica dos personagens e, algumas vezes, marcadas pelo realismo

magazine 60+ #34 - Abril/2022 - pág.53

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