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Veterinária USP 23 e

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Jane Barreto 65 a

Jane Barreto 65 a

Foto: UOL - divulgação é manter os locais de dormir, comer e beber água separados do local de fazer suas necessidades, que devem ser mantidos sempre limpos.

Os pets, principalmente os cães, são animais muito sociáveis, com bastante energia, que gostam de brincar, passear e interagir com seus tutores. Porém, a realidade dos lares nem sempre proporciona as condições para que suas necessidades sejam supridas e muitos acabam passando longos períodos fechados e sozinhos num mesmo ambiente, causando ansiedade, estresse, tristeza, tédio e depressão. Nesses casos, a coprofagia pode estar associada ao entretenimento e, desta forma, recomenda-se estimular a atividade física e prover o enriquecimento ambiental e brinquedos que despertem o interesse do animal.

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Se flagrar seu animal ingerindo fezes ou defecando no lugar errado, não dê broncas nem aplique punições, isso o faz associar o ato de defecar com algo errado, o que pode estimular a ingestão das fezes para escondê-las e não ser punido. Recomenda-se, nesses casos, recolher as fezes com tranquilidade e naturalidade o mais rápido possível e, quando seu pet defecar no local correto, faça elogios e use reforços positivos, como oferecer petiscos ou realizar alguma brincadeira que ele goste. A coprofagia não é apenas consequência de alguns problemas de saúde física ou mental, ela pode ser a causa de diversas outras doenças, como infecções virais ou bacterianas e parasitoses intestinais, como a parvovirose e a toxoplasmose. Por isso, fique atento às mudanças de hábitos do animal e, se necessário, consulte um veterinário.

Texto escrito por Larissa Silva Santos com a colaboração de Matheus Almeida Baracho do Nascimento, Natacha Teixeira, Rafaela Oliveira Caetano dos Santos, Vitor Hoffman Macedo, Natayane do Vale Torquato e Evelise Oliveira Telles, membros do Projeto Santuário.

Para sugestões ou dúvidas, entre em contato pelo e-mail: papoanimal60mais@gmail.com. Nos siga nas redes sociais: Instagram: @projetosantuariousp e Facebook: Projeto Santuário - FMVZ USP. Ficaremos muito felizes em ter vocês conosco!

Conscientização da doença de Parkinson

Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

Você sabia que no dia 11 de abril foi o dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e que todo o mês é voltado para a conscientização desta doença? A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que resulta em prejuízos progressivos, em regiões motoras e nas habilidades cognitivas. A descrição original da patologia foi feita por James Parkinson no ano de 1817, com o nome de paralisia agitante. Na época chamada de “paralisia agitante”. Somente 50 anos depois, após novas descobertas feitas pelo pesquisador Jean-Martin Charcot a doença recebeu o nome de Doença de Parkinson (DP). No ano de 2005, a tulipa vermelha foi escolhida como o símbolo oficial do mês de sensibilização da doença de Parkinson. A escolha deste símbolo originou-se, em decorrência da criação de uma tulipa vermelha com detalhes em branco pelo floricultor holandês diagnosticado com Parkinson, J.W.S Van der Wereld. Ele nomeou sua criação como tulipa Dr. James Parkinson, em homenagem às contribuições feitas pelo médico. A DP faz parte do grupo de doenças neurodegenerativas e atinge principalmente pessoas acima de 50 anos. Estudos indicam que a possibilidade de ser acometido pela doença aumenta de acordo com a idade. Hoje, mais de 10 milhões de pessoas vivem com Parkinson, o que a classifica como segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo, atrás apenas da doença de Alzheimer. Dados revelam que atualmente cerca de 200 mil brasileiros têm o diagnóstico da doença, no entanto, possivelmente esse número é mais elevado, pois são necessários diversos exames e procedimentos para identificar a DP (Hope Saúde, 2022). A cada 1000 pessoas, 1 ou 2 têm DP em todo o mundo e a prevalência aumenta significativamente a partir dos 60 anos, quando 1 em cada cem pessoas pode

magazine 60+ #34 - Abril/2022 - pág.25

Foto: vibrarcomparkinson.com.br

Foto: vibrarcomparkinson.com.br

Foto: Holambra - arquivo apresentar sintomas da doença. Em relação à incidência, os homens são relativamente mais acometidos do que as mulheres, assim como as pessoas brancas. (PARKINSON’S FOUNDATION, 2020; Hope Saúde 2022) Apesar dos avanços da ciência, os conhecimentos sobre a DP ainda são limitados, não existindo um consenso sobre sua causa e o quanto está relacionada ao processo de envelhecimento. Pesquisadores têm direcionado as investigações principalmente para quatro fatores: aspectos genéticos (considerando a hereditariedade), aspectos ambientais (exposição a toxinas), estresse oxidativo e alterações celulares. Existe grande possibilidade dos quatro fatores anteriormente citados estarem relacionados, e que juntos, causam danos na região da substância nigra, área do cérebro responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que leva informações do cérebro para o corpo. Portanto, quando essa região é comprometida e seus neurotransmissores morrem, há um comprometimento do funcionamento adequado do corpo, gerando diversos sintomas. Os primeiros sintomas costumam ser notados inicialmente pelas pessoas mais próximas, como a lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos. Outros sintomas são: a diminuição do tamanho da letra, a rigidez muscular, acinesia, ou seja, uma diminuição dos movimentos, problemas na fala e no sono, depressão, além de problemas respiratórios, urinários e dificuldade na deglutição. Algumas orientações podem auxiliar a rotina do paciente e de seus familiares: - Praticar atividades físicas: sabemos que os exercícios físicos auxiliam a preservar por exemplo, a capacidade de execução dos movimentos, portanto, pode ajudar a retardar o avanço acelerado desse declínio. - Realizar exercícios de orientação temporal: é sempre importante discutir com a pessoa que tem DP o dia, o mês e o ano em que estamos, além de sempre questionar a hora aproximada, pois assim ela se situará no tempo. - Discutir notícias recentes: ler notícias preferencialmente positivas, essa atividade contribuirá para saber os acontecimentos da humanidade. - Desenvolver exercícios intelectuais: esses exercícios contribuem para a preservação das funções cognitivas, como por exemplo, a memória. Os exercícios do Método Supera colaboram para que pessoas saudáveis ou com leve declínio cognitivo mantenham as suas capacidades intelectuais.

Este mês tem uma importante relevância, pois não refere-se à uma comemoração, e sim ao fato de promovermos ações de sensibilização e conscientização, em prol dos cuidadores, pacientes diagnosticados com a DP e profissionais que lidam diariamente com os cuidados e

magazine 60+ #34 - Abril/2022 - pág.26

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