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Anita Tarasiewicz 57 e

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Ebe Fabra 93 a

Ebe Fabra 93 a

Foto: UOL As razões que levam uma família ao divâ do analista podem ser as mais diversas: - para fortalecer o relacionamento - para se libertar do passado - para aprofundar o autoconhecimento - para promover o trabalho em equipe É comum os filhos guardarem segredos de seus pais e vice versa. A terapia serve para fortalecer o relacionamento, para que ele se torne mais transparente. As “dores” do passado podem ter grande impacto no presente, ainda que não seja visível. Os filhos tendem a sentir mágoa pelos erros de seus pais na sua infância e adolescência.Percebem que não foram amadoscomo desejavam, ou compreendidos e protegidos em suas necessidades e isso gera conflitos. A terapia permite elaborar as mágoas do passado e abre espaço para o bem estar. O autoconhecimento que se almeja durante a terapia auxilia nas mudanças. As famílias são,em última palavra, uma equipe ou um time. Para que os afazeres do lar e as relações interpessoais funcionem bem, o time precisa trabalhar junto e não remar, cada um, para um lado. Quando as famílias passam por momentos extremamente dificeis, tais como crises financeiras, impasses no casamento, um filho usuário de drogas ou o alcoolismo de um dos progenitores, o terapeuta consegue aliviar o “stress” coletivo através do diálogo,da interpretação da realidade e propor soluções. Outro aspecto importante, que leva à terapia de família, é quando um dos membros têm transtornos mentais ou deficiência física ou mental. O terapeuta poderá auxiliar,explicando o que está acontecendo e trazer reflexões para a saúde mental dos familiares cuidadores. É importante, para o sucesso da terapia familiar, que todos os membros da família se comprometam e estejam de acordo em fazer a terapia e cooperar com o terapeuta à medida que assuntos desagradáveis e desconfortáveis surjam. As mudanças nos padrões de comportamento já “viciados” e que causam sofrimento, podem ser mudados lentamente, às vezes é preciso muita tentativa e erro, para haver mudanças positivas.

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Viva Cultura Um caso de vida e morte

Marcelo Conti

Escritor, Gestor Cultural Sócio da SOLUÇÃO Gestão de Negócios e Cultura Ltda. www.solucao-gnc.com.br

COPA DO MUNDO!!!!! Quem é, neste país, que não gosta de futebol? A minoria, talvez. Somos uma imensa Nação - um “país-continente” como chamam alguns - temos diferenças sociais gritantes, carências. Mas, no futebol... Todo mundo tem um time. E, a mania de ser um pouco técnico, aquele que escala e define os esquemas de jogo. Entra ano, sai ano e o cidadão ali, firme na convicção de que sua equipe do coração realmente é a melhor. Copa do Mundo... Mesmo com deficiências técnicas, interesses e interferências pessoais, e as mudanças impostas pelo tempo, só quem vive por aqui é que sabe o que é um dia de jogo do Brasil pela Copa do Mundo. Fecha TUDO, e ai de quem se atrever solicitar a outro que o ajude em alguma coisa. Jogam problemas e soluções para depois do jogo. “Agora não dá, senhor...” é a frase mais ouvida nas horas que antecedem qualquer partida de futebol da “seleção canarinho” (nervosa, demorada, sofrida, mas, certamente, com um delicioso sabor de vitória no final). Pois bem, foi num dia desses de Copa do Mundo que a rotina parecia ser normal lá no prédio onde mora o Virgílio. O sol da manhã fria de junho batia na fachada do edifício, iluminando as muitas bandeiras brasileiras penduradas nas janelas dos sete andares. O salão de festas, arrumado na véspera, tinha verde e amarelo espalhado pelas paredes, onde largas fitas de papel colorido davam um tom de festa ao lugar. As cadeiras e poltronas estavam arrumadas como se fosse uma platéia,

Foto: facebook de frente para ela: sua majestade a televisão. O aparelho HD estava em cima de uma mesa que, por sua vez, já estava em cima de outra mesa, maior e mais larga. Para dar um toque de patriotismo, uma enorme bandeira brasileira, linda, foi posta entre a televisão e a mesa que a sustentava de forma que os espectadores podiam vê-la aberta, imponente. O ambiente, enfim, estava pronto para receber seus alegres – e fanáticos - torcedores. Era pouco antes das sete da manhã quando Virgílio desceu para comprar pão. Voltou e, ao entrar no saguão do prédio percebeu que o porteiro vinha atrás, tentando falar com ele, até que conseguiu: “Sr. Virgílio, o Dr. Pedro, do apartamento 312, faleceu nesta madrugada. Foi às 2 da manhã. Dona Dora (que era a viúva, no caso) pediu para que eu avisasse o pessoal... “ Coitado do velho Pedro pensou Virgílio. Mas, desculpe, aquilo não era dia de morrer gente! Exitou em fazer a derradeira pergunta, com medo da resposta. Mas, não havia outro jeito. “E... já marcaram o enterro?” Veio a informação fria, dura, que caiu como uma pedra em sua cabeça: “Marcaram, sim senhor. Será às 15:30h, lá em Carapicuíba, onde já estão enterrados os pais do falecido e...” O resto Virgílio nem ouviu. Era o suficiente para deixá-lo numa “sinuca de bico”. Sr. Pedro, pessoa querida por todos, não merecia tal indelicadeza. Já pensou, entrar no elevador e dar de cara com D. Dora e ela, com aquela simplicidade ter de dizer; “Então, meu filho, não deu para se despedir do Pedro?”. Falta de educação! Mas, e o jogo? O Brasil entraria em campo às 16 horas e, nem que fosse de helicóptero, Virgílio estaria de volta a tempo de assisti-lo. Sim, porque Carapicuíba não é aqui do lado, fora o trânsito desta cidade! Subiu no elevador pensando no que fazer. Entrou em casa e a família percebeu a diferença. “O que houve?”, perguntou a mulher. Quando ficaram sabendo, todos se entreolharam com uma interrogação na testa. E, como eles, o prédio queria encontrar uma forma de solucionar a questão. Antes que saíssem para o trabalho, alguns moradores se reuniram para uma tomada de posição. Ficou decidido que uma “comissão” representaria o edifício no velório. Essa alternativa atenderia a ambos os interesses, já que o corpo estava ali mesmo, ou seja, no apartamento. Então, uma grande parte dos vizinhos participou deste triste momento de despedida do Sr. Pedro. O dia passava, os minutos corriam... Próximo à hora do enterro, veio o rabecão buscar nosso amigo para seu último passeio. A esta altu-

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