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seja, em idade de trabalhar, atuam na força de trabalho brasileira.

Foto: machine.global - divulgação

Como se pode ver, boa parte da população brasileira tem uma pessoa com deficiência na família. Isso já ficou muito claro. Mas, no mercado de trabalho, essa representatividade é a mesma? Com certeza não, porque as empresas ainda não estão preparadas para receber pessoas com deficiências, principalmente quando se trata de uma visão geral das deficiências. Hoje, já é possível ver pessoas com Síndrome de Down atendendo clientes em algumas empresas, muito mais do que cadeirantes. No site UOL, a jornalista Nicolas Brandão em um artigo publicado na própria página do UOL, esclarece que “ainda são poucas as empresas brasileiras que alcançam o percentual de 5% de pessoas com deficiência (PcDs) em seu quadro de funcionários – conforme exigência da lei nº 8.213/9, que completou 30 anos em 2021”. Da Relação Anual de Informações Sociais (RIAS) de 2019: há 486.756 PcDs trabalhando formalmente no país, o que representaria menos de 1% dos empregados. Continuando o texto da jornalista Nicolas Brandão: a situação pode se tornar ainda mais complicada caso seja aprovado o projeto de Lei 6.159, que permite que a contratação seja substituída pelo pagamento equivalente a dois salários mínimos a uma conta da União, que abastecerá um programa de reabilitação física e profissional. Apresentado em 26 de novembro pelo governo federal, o PL ainda esta em tramitação na Câmara dos Deputados. Irei um pouco mais longe para pegar o Japão como referência. No Japão, organizações públicas e empresas privadas são obrigadas por lei a incluir uma determinada porcentagem de pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários, inclusive em cargos de chefia. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar Social do Japão tem investigado a prática fraudulenta de contagem de cotas para a população de PcD no trabalho. Dados recentes do Ministério do Trabalho revelaram que pessoas com deficiência representavam 2,5% dos funcionários no Governo Central a partir de 1º de Janeiro de 2017. Minha visão como empreendedor e PcD é a de que as empresas brasileiras precisam se preparar para o futuro porque a cabeça das pessoas com deficiência mudou. Hoje em dia a população PcDs está querendo ser ouvida a cada dia mais e, primeiramente, no mercado de trabalho. Eu tenho uma empresa de marketing que é virtual, mas tenho um objetivo na vida que é criar uma empresa física só com a representatividade de pessoas com deficiências.

Revista Livre Acesso #2 - Outubro - Novembro/2021 - pág.28


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