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onveniência & onveniência eniência CARNE Nº159 I DISTRIBUIÇÃO POR ASSINATURA I OS PROFISSIONAIS NÃO DISPENSAM
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EDITORIAL M. Oliveira
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O Ano da viragem?
Um editorial é como a porta de entrada ,o cartão-de-visita de uma revista. É um espécie de convite à leitura do que se seguirá. Muitas vezes esta antecâmara faz-nos lembrar uma salinha de espera de um consultório de dentista, sabemos que lá dentro nos irá doer mas que o objectivo é ficarmos curados, aguentamos, por isso, resignados mas esperançados. Mas há um diferença, neste <<consultório de dentista>> de que vos falarei a seguir onde a certeza de cura é muito ténue. Dizem-nos que 2014 será o ano da viragem. Dizem-nos que com o cumprimento do programa que nos tem sido imposto, sem apelo nem agravo, com o processo de consolidação orçamental e com o passo decisivo de regresso aos mercados (onde vamos pagar o dinheiro mais caro) o programa terminará em junho de 2014. Não partilho desta efusa alegria, mas também não quero ser um velho do Restelo. Mas, há coisas que realmente não fazem sentido. As pálidas melhoras de um país arraigado a sistemas políticos cujos objectivos estão vincados ideologicamente, com tudo o que isso implica e onde o cepo do pagamento de 7 mil milhões de euros anuais, só de juros, paira sobre dos portugueses, admitamos, não nos deixa embandeirar em arco. Uma economia que cai 20% e depois recupera 20% em termos práticos significa que temos uma queda real de 4%. Con04]carne
fuso? À primeira vista pode parecer, mas partindo da base 100 não tem nada de confuso. Um queda de 20% da base de 100 leva-nos a 80. Um aumento de 20% desses oitenta leva-nos a 96, ou seja, 4% abaixo da base inicial. Visto isto não é difícil chegar à conclusão que a recuperação de uma economia tem de ter uma taxa bastante superior à sua queda. Por outro lado, o desemprego tem vindo a baixar, dizem-nos. Realmente, tem vindo a baixar em relação ao auge, mas está muito acima do que era. Além das considerações anteriores, há que contar com o factor emigração. Na verdade, se todos os desempregados emigrassem, não haveria desemprego. Como prova que não tenho razões para estar eufórico, recorde-se a recente decisão da senhora Ministra das Finanças de adiar os pagamentos de 2014 para 2018 numa espécie de fuga para a frente, com os inevitáveis aumento de juros. Nesta logo se verá, quem estiver a governar que trate do assunto. E a vida dos empresários, das médias, pequenas e micro empresas, e também dos trabalhadores por conta própria ou por conta de outrem, como está e como ficará? Pergunta para um <<milhão de dólares>> : Qual a solução? Caro leitor, desejo-lhe um excelente ano de 2014 e que supere todas as suas expectativas.
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BREVES
SUMÁRIO
FAO:“A FOME NÃO É UM PROBLEMA JANEIRO / FEVEREIRO 2014 Nº 159 QUE POSSAMOS RESOLVER SOZINHOS” EDITORIAL:
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Revista Carne. Os profissionais Os Estados-membros registaram uma produção muito heterogénea, com não dispensam drásticas reduções, como na República Checa, com menos 14 por cento; a Dinamarca, menos 6,6, e com ligeiras quebras na Alemanha e na Polónia, ou com aumentos como na Itália, com mais três por cento.
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PROMOVER O REGRESSO AO MERCADO
Os preços altos dos cereais nos últimos anos ajudaram para melhorar a de OuriO Mercado de Campo posição competitiva de mercado da produção industrial das rações em um novo rosto que ganha agora A recuperação de uma economia tem de ter uma taxa questão frente à elaboração na exportação. Contudo,com este uma ganhosérie foi de quiosques. superior à suaque queda. Annamaria Pastore considera que a fome assola o mundo não é uma desgastado por estratégias alternativas de alimentação. Desde as ostras ao champanhe, questão que possa ser resolvida por apenas uma agência.A FAO dos hamburguers aos petiscos, quer colocar este tema no EMPRESAS topo da agenda & da MARCAS cimeira Rio+20. Annamaria Na União Europeia dos 27 a Alemanha mantém o primeiro lugarpelos como passando pratos mais Pastore, da FAO, defendeu no “Rio+20 Live Connected Lisboa” que a produtor de alimentação animal, seguida pela França eelaborados… Espanha. LUIS SANCHEZ & FILHOS, LDA. “fome não é um problema que podemos resolver sozinhos”.“Não é uma A história desta empresa questão para apenas uma agência”, acrescentou.A FAO sustenta assim familiar sempre se que é necessária a colaboração de todos: empresas, sociedade civil ATENDER ÀS NECESSIDADES DA INDÚSTRIA caracterizou pelo espírito e sector público a nível mundial. COM VENDE PROTEÍNASCARNE COMPROVADAS de inovação… PAULO PORTAS NO
2014 O ANO DA VIRAGEM?
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ADM Um dos pontos essenciais apontados pela responsável para que a fome O seu departamento de proCAZAQUISTÃO possa ser erradicada é melhorar as condições da produção agricultura. dutos para a indústria alimenSegundo os números da organização mais de mil milhões de pessoas tar anunciou o lançamento da vivem com fome no mundoULMA e neste sentido “temos de melhor aquilo que proteína Arcon, feita a partir fazemos e temos de fazê-lo em conjunto”, porque “o que temos feito até SURPREENDENTE AMPLITUDE DE SOLUÇÕES! da asoja especificamente A carne de 44 empresas portuguesas pode chegar agora um emercado aqui não tem tido o resultado pretendido”. Com mais de 50 anos depotencial de 170 milhões de pessoas que inclui Rússia,destinada Bielorrússiaà eindústria das experiência e uma equipaCazaquistão. de carnes... Falar de desenvolvimento sustentável sem colocar um ponto final na altamente qualiprofissionais fome e na má-nutrição é uma tarefa impossível defende aficados, FAO. bem como um design Segundo um comunicado oficial do Palácio das Necessidades, o ministro EXPORTAÇÃO e tecnologias de fabrico dos avanNegócios Estrangeiros, Paulo Portas, realizou uma viagem-relâmpago O MOMENTO QUE SEGUE as çados, assim como soluções de 24 horas a Astana, capital do Cazaquistão, paraSE desbloquear Aodependentes cabo de umadedécada de abrangentes e inovadoras em exportações para Rússia de carne nacional, que estavam UE: REDUÇÃOequipamentos DA PRODUÇÃO DE actividade emdaPortugal ao e sistemas de embalagem… uma autorização de Moscovo e Minsk (capital da Bielorrússia), além serviço de diversas indústrias dos cazaques. ALIMENTAÇÃO ANIMAL EM 2011 alimentares e hospitalares, a “OPEN HOUSE” PROMOVIDO PELA ULMA Os três países – Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão – fazem parteLda de enfrenta um novo LUNAX, Ulma, abriu as portas das uma união aduaneira, o que significa que o acesso a umdesafio: destes mercados a internacionalização. suas instalações em Benasignifica o acesso a todos: pelo contrário, existindo objecções por parte vente numa «open house» de um deles, isso é o suficiente para bloquear as exportações para todos. A produção de alimentos compostos para animais na União Europeia dos onde recebeu, num ambiente 27 alcançou 151 milhões de toneladas, o que supõe uma redução de 0,3 informal, os representantes Há vários anos que as autoridades portuguesas tentavam ultrapassar a PARA SATISFAÇÃO DO CLIENTE por cento em relação ao ano anterior. dos mais diversos sectores falta de autorização de exportação por parte do Cazaquistão relação que o Entre asem vantagens da indústria das carnes.à carne nacional. Depois de alguns anos de espera e deMercedes insistência de oferece aos Citan Enquanto as rações para o gado bovino e suíno diminuíram cerca de Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros concluiu agora o clientes contam-se a ampla menos 2,1 e 0, 6 por cento, respectivamente, a alimentação para aves processo negocial, com as autoridades do Cazaquistãogama a credenciar 44 de potências, a qualiTALHO CHAMADO DESEJO aumentou cerca de 1,1 porUM cento, confirmando a sua posição de líder no empresas portuguesas para poderem exportar não apenas aquelea segurança dade para superior, Na sequência de uma história segmento de alimentos compostos. combinada com o conforto da país como para todo o mercado regional. de sucesso e do trabalho de condução, os baixos custos consolidação que tem sido feito Os factores determinantes para o panorama da alimentação animam em oficial do Palácio das Necessidades, partir operacionais e os valores mínimos dea emissões de CO2, nos eúltimos anos, a famíliaAinda Ro- de acordo com fonte 2011 na União Europeia (UE) foi a frágil situação económica o elevado desta decisão, as exportadoras portuguesas dezonas carne urbanas terão exigentes quanto à compatíveis com as mão apostou na remodelação preço das matérias-primas No caso dos ruminantes, também contribuiu a acesso a um mercado potencial de 170ambiental. milhões de consumidores. preservação seca que conduziu a uma menor produção de forragens. de um dos seus estabelecimentos de venda de carne…
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FICHA TÉCNICA REVISTA BIMESTRAL Janeiro / Fevereiro 2014 nº 159 Maio / Junho de 2012 nº 154 PROPRIEDADE E EDIÇÃO: GLOBAL EXPEDITION, S.L. PROPRIEDADE: JUAN DE LA CIERVA ACALLE GLOBAL EXPEDITION S.L. 6 NAVE 2 POLÍGONO INDUSTRIAL ROMPECUBAS
Tel. (00351) 964024683MADRID 28341 VALDEMORO, revistacarneeurope@gmail.com
Contacto: (00 351) 964024683 Redação: M. Oliveira, Luís Almeida, Glória Oliveira e João Morais COLABORARAM NESTA EDIÇÃO:
COLABORARAM NESTE NÚMERO: Colaboraram nesta edição: Adelina Ferreira, João David, Nuno Porfírio, Fernando Sanchez e Filipe Ribeiro da Silva
Fernando Sanchez, Filipe Ribeiro e Diogo Abreu. A todos, muito obrigado.
Design gráfico, paginação e impressão: gráfico: 8mmViDPRO/email: info@8mmvidpro.com ADesign GLOBAL EXPEDITION, S.L
Impressão: GLOBAL EXPEDITION, S.L.
REVISTA CARNE é associado de: 10.000 exemplares MAITRE - OPEN PLATFORM FOR JOURNALISTS AND RESEARCHERS
Depósito Legal: Legal:M-10570 M-10570 --2012 Depósito 201 3
Luis Sanchez & Filhos, Lda Luis Sanchez, Lda surge no mercado português na década de “50”, dedicando-se à importação / exportação de tripas, carnes congeladas e especiarias, para a indústria de carnes. Luis Sanchez & filhos, Lda surge no mercado em 1990, fruto da partilha do projecto pessoal de Luis Sanchez, com os seus filhos. A história desta empresa familiar sempre se caracterizou pelo espírito de inovação. Recorde-se que foi Luis Sanchez que, na década de “60”, lançou a tripa colagénio FRIBAN, uma tripa inovadora com características industriais muito especiais, devido à sua composição orgânica e à sua semelhança com as tripas naturais. Luis Sanchez & Filhos, Lda aposta claramente em figurar no mercado como empresa apta para satisfazer todos os requisitos da mais recente evolução da industria transformadora de carnes, tendo por essa razão, alargado a sua gama a outros produtos, como por exemplo, aditivos, preparados alimentares, equipamentos e novos tipos de tripa. A inauguração de novas instalações na Abrunheira – Sintra, constituiu a realização de um importante objectivo da empresa. Além do estímulo que constituem para os colaboradores, criaram as condições objectivas que permitem a prestação de serviços de elevado padrão e proporcionaram a obtenção do licenciamento pela Direcção-Geral de Veterinária, para as actividades de manipulação, reacondicionamento e exportação da sua gama de produtos. Em consequência, desde sempre que a sua preocupação com a qualidade alimentar se tem manifestado podendo garantir um rastreio eficaz de todos os seus produtos. A Política de Segurança Alimentar que está plenamente implementada na empresa e que define o empenho de gestão na sua aplicação.
Desde o principio deste ano, a Luis Sanchez & Filhos, lda iniciou a comercialização dos produtos VISKASE, em exclusividade para Portugal. A gama de produtos da empresa norte-americana de Illinois, fundada em 1925, é constituída por uma ampla variedade de tripas artificiais.
Tripas de celucose, NOJAX, para salsichas de Frankfurt e LCC para grandes calibres. Tripas Fibrosas para produtos secos e fumados. Tripas plásticas VISFLEX e VISMAX para produtos cozidos. Tripas tratadas VISCOAT para acabamentos de características naturais. Outras representações:
TRIPA DE COLAGENEO FIBRAN S1 As tripas Fibran são provenientes de serragem de origem bovina, certificado pelo Ministério de Salubridade e Consumo de Espanha e estão autorizadas para consumo humano no mercado das industrias cárnicas internacional para enchidos fumados, cozidos.
Documento que confirma o estatuto internacional de Segurança Alimentar à empresa. 08]carne
As tripas Edicas são provenientes de serragem de Origem Bovina, certificado pelo Ministério de Salubridade e Consu-
mo de Espanha e estão autorizadas para consumo humano no mercado das industrias cárnicas internacional para enchidos frescos, fumados e cozidos.
SCM Sta. Catalina del Monte desenvolve e cria preparado alimentares, mais vocacionados para a industria cárnica que consistem em misturas de aditivos, especiarias e outros ingredientes, selecionados para conseguir os melhores resultados em sabor, aroma, cor e conservação, na fabricação de qualquer produto para a industria cárnica.
A MAINCA, é uma empresa com mais de 41 anos de experiencia no sector da Industria Cárnica. Esta empresa esta consolidada a nível internacional exportando mais de 65% da sua Eprodução, a sua empresa artesanal, não foi? que seinspirou-se reconhece nessa ser detradição uma qualidade superior. Claro, mas como filho ede pessoas que de trabalhavam A Mainca dispõeeudesou ampla variada gama produtos com carne, o meu pai trabalhou no matadouro desde que destinados ao pequeno e mediano talho e supermercasaiu eu já sabia trabalhar desde nesta arte. Já transformava dos.da A tropa, sua gama compreende serras de cortar a pequenas quantidades mas tinha alguns cuidados. E em 1990 carnes, ossos e congelados, enchedoras hidráulicas e já tínhamosamassadoras, conhecimentopicadoras, das coisas cutters, que começaram a ser manuais, máquinas de exigidas a partir de 1984, emde consequência da nossa entrada hamburguers e cortadoras fiambres e filetes. na Comunidade Económica Europeia. Mas, no fundo, era tudo novidade, principalmente quando apareceram os produtos biológicos.
A empresa efetuou uma parceria estratégica com a empresa Tecnotrip, tornando-se o seu representante para Portugal. A Tecnotrip é uma empresa de cariz familiar, cujo core-business assenta no fabrico e vendas de máquinas de embalagem e conservação. Em Portugal, a atividade tem vindo a ser associada a máquinas de vácuo, mas na realidade outros produtos foram desenvolvidos apresentando como habitualmente uma qualidade de fabrico e fiabilidade dignas de registo. Experiencia, seriedade, profissionalismo, dinamismo, qualidade, preço e bom serviço fizeram da Tecnotrip, fundada em 1983, uma das empresas líderes do sector, com um reconhecido prestigio nos mercados internacionais. A sua variedade, destinada á média industria, tem uma gama completa de ofertas, desde maquinas de vácuo simples ou de duas câmaras, termoseladoras, enchedoras e massajadoras. http://www.luissanchez.pt
EDIK A MOC AIRECRAP )NOGARDNOM OPURG( sacifírogirf saramâc ed ocirbaf on atsilaicepse aserpme amu é ediK A opurg mu uoroprocni etnemetnecer euq ,ratnemila-orga rotces o arap sovon soa amrof rad a uoduja euq e CFE-xe ad uias euq sianoissiforp ed .”soredaces“ e lairtsudni oãçaregirfer ed sotudorp a métnam ,CFE a moc lagutroP arap edadivisulcxe a ahnited áj euq ,aimiS A -rotcerid ,yanroT usoJ .aserpme avon ad laicifo oãçageled a méted e airecrap :son-zid ,ediK ad lareg oãçav resnoc a arap sotnemapiuqe so sodot me satsilaicepse socinú so somos« sat rop ,oãçaregirfer ed sotnemapiuqe ,setnalosi siéniap somacirbaF .sotnemila ed amag an reuq ,.cte ,megaces ed saramâc ,ogof ed avorp à siéniap ,oãçaregirfer ed sedadissecen saus sa ratneserpa edop etneilc adaC .laicremoc an reuq ,lairtsudni e atsilaicepse mu moc rahlabart a átse euq ed atulosba açnaifnoc a moc .»ratnemila oirf ed aiedac a adot me etnacirbaf aus a edno adazilaicepse aerá amu siam egnarba aimiS a ,otxetnoc etseN .oirf ed sotnemapiuqe so sodot ratnom arap laicnesse é acincét apiuqe
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ULMA Packaging
Surpreendente amplitude de soluções!
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Ulma Packaging dispensa apresentações no ramo da concepção e produção especializada de equipamentos e serviços de embalamento. Com mais de 50 anos de experiência e uma equipa de profissionais altamente qualificados, bem como um design e tecnologias de fabrico avançados, assim como soluções abrangentes e inovadoras em equipamentos e sistemas de embalagem, a Ulma Packaging tem como objectivo principal «fornecer um valor adicional aos clientes», o chamado «valor acrescentado». É por isso que esta empresa se distingue das restantes do mercado, pois «tem por base pilares sólidos que a diferenciam da concorrência», como nos disse Filipe Ribeiro da Silva, o seu Director-Geral em Portugal. A ULMA pertence ao Grupo Mondragon, organização multinacional com cerca de 90.000 trabalhadores. Do universo de cerca de 250 empresas espalhadas pelos 5 continentes, a ULMA Packaging é, por assim dizer, a face para o mundo na área do embalamento. Presente nos certames mais importantes do globo,
com uma média de 3 presenças mensais, como, por exemplo, na Propak, a feira de embalagem de Johannesburg (África do Sul), na Wisconsin Cheese Industry Conference, em La Crosse (EUA), na Foodtech, em Brisbane (Austrália), ou a IFFA, o maior certame mundial de máquinas e equipamentos para o sector comercial e industrial de carnes, em Frankfurt (Alemanha). «A presença da ULMA nos principais certames internacionais, por um lado, revela o dinamismo da marca, por outro, impulsiona a sua posição como referência mundial», sublinha o nosso interlocutor. A ULMA esteve presente no maior encontro de tecnologia para a indústria da carne em todo o mundo, com um portfólio muito peculiar e repleto de soluções para o mercado. A grande afluência de profissionais que o seu megastand registou confirmam-no. Tanto da quantidade como da qualidade dos visitantes resultou um intercâmbio de experiências que deu para avaliar a capacidade de resposta da empresa para satisfazer um mercado cada vez mais exigente. carne [011
A Flow-Vac 35 para embalamento de carnes frescas e de queijo.
A nova FLOW-VAC 35 Esta máquina foi projectada para corresponder às mais exigentes directrizes internacionais de embalamento, como, por exemplo, o embalamento de produtos lácteos do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos); apresenta um índice de protecção IP65 mínimo em todos os componentes. A máquina foi projectada para evitar a acumulação de água e de partículas e permite uma lavagem abundante com mangueira. Todas as cintas transportadoras podem ser facilmente removíveis para serem lavadas. FLOW-VAC: características Esta embaladora trabalha com um filme retráctil igual aos dos sacos de vácuo. Tem um sistema acoplado que produz o vácuo e, no final, procede-se à retracção. O comprimento do saco é dimensionado automaticamente de acordo com a dimensão do produto. Além disso, pode ser ligada a uma vasta variedade de sistemas de vácuo e retracção. Benefícios do sistema FLOW-VAC Um dos grandes benefícios deste equipamento é, sem dúvida, a automação de processos com alta performance e flexibilidade. Isto reflecte-se num processo mais eficiente, com menos operadores, com os materiais de embalagem e a produtividade optimizados, exigindo menos manuseamento do produto e, por conseguinte, baixas taxas de rejeição, assim como uma descida substancial do risco de contaminação. Tem, portanto, a vantagem de tornar tudo mais fácil, inclusive, o inventário dos materiais e a logística. Por fim, mas não menos importante, também a aparência da embalagem (um tamanho da embalagem mais ajustado ao tamanho do produto). 012]carne
Para a ULMA, como fabricante de máquinas e de sistemas integrados de embalagem, a mostra foi muito útil, pois permitiu apresentar ao sector uma amplitude de soluções que surpreendeu os visitantes. Na gama das termoseladoras de cuvetes expôs máquinas de média e de alta produtividade, como, por exemplo, a já consolidada SCORPIUS 600, com uma nova aplicação para produtos avícolas. Trata-se de um filme extensível de alta barreira, termoselável, que permite embalar peças de frango numa bandeja de altura mínima em atmosfera modificada. Conjuntamente com o novo modelo de alta performance TS 1000 estava integrada uma solução completa de final de linha. Nesta solução, composta por um robot ULMA, uma máquina automática de formar caixas de cartão e um sistema de alimentação de caixas plásticas, as cuvetes são automaticamente colocadas nas respectivas caixas através de um robot. Uma solução de encaixamento flexível que minimiza o espaço. Dentro da família das embaladoras «flow pack» (HFFS) foi apresentada, pela primeira vez ao mercado, a nova máquina FV 35 WASH DOWN, desenhada com base nos requisitos de higienização USDA. O sistema apresentado embala a vácuo com longitudes de bolsa adaptadas automaticamente a cada produto e está desenhada para eliminar toda a água e resíduos no processo de lavagem. A linha completa-se com um sistema rotativo de campânulas de vácuo Cryovac, do modelo VR 8620-14. Também tiveram um excelente acolhimento os outros modelos de «flow pack»: o novo ARTIC SIDE SEAL, para embalar
Simula uma embalagem tradicional de filme extensível.
SCORPIUS 600 Embalagem de alimentos frescos em bandejas seladas
Filipe Ribeiro da Silva, Director-Geral da ULMA em Portugal.
produtos fatiados em atmosfera modificada (MAP) em bandeja, em diversos tipos de embalagem refechável, que permitem o seu consumo por porções; a embaladora FM 305, dirigida para o embalamento de enchidos em MAP, mas que pode embalar praticamente todos os produtos aos quais se queira prolongar a vida útil. No que diz respeito às termoformadoras, a ULMA expôs três modelos diferentes que respeitam rigorosamente as mais estritas exigências de higienização e que proporcionam diferentes soluções dirigidas ao sector das carnes: o primeiro modelo, a termoformadora TFS 707, de alta performance, para embalagem em «skin» que, para além do próprio filme que está adaptado ao produto, permite uma função dupla de grande eficácia para carne fresca. Primeiro embala com um filme «skin» e depois com um filme barreira, sendo posteriormente injectado gás entre os dois filmes. Esta dupla embalagem permite que a cor da carne não sofra alterações. O segundo filme permite a etiquetagem em toda a sua superfície, o correcto empilhamento das cuvetes, assim como a incorporação de elementos promocionais: as informações obrigatórias e as de carácter nutritivo. A carga do produto é realizada pelo inovador robot Delta D12W, que tem um design higiénico e inteiramente construído numa estrutura de aço inoxidável e de titânio; o segundo modelo, a TFS 300, uma termoformadora da gama média, que embala com um filme flexível e rígido; finalmente, o terceiro modelo, a TFS 200 NFS, uma termoformadora que representa uma novidade no mercado europeu. É destinada à embalagem em «skin» sem
Embalagem MAP: 40 packs/minuto AIRPACK: 45 packs/minuto Bandejas: Cryovac 1825 FT Top film: Cryovac SES A Scorpius 600 é a solução ideal para uma indústria de produção média. É bastante confiável e tem custos de manutenção mínimos. Especificações técnicas: Construção robusta em aço inoxidável. Fácil acesso aos controlos programáveis por meio de «touch screen». Fácil acesso ao molde em ambos os lados da máquina. Fácil mudança de formato e uso fácil sem necessitar de ferramentas. Posicionamento das bandejas através de servomotores. Optimização do uso do filme e do consumo de gás. Sincronização dos elementos periféricos. Sistema de carregamento de bandejas. Bons parâmetros na dosagem do produto, codificação, controlo do peso, detecção dos metais (por Raios X) e qualidade da soldadura. Manutenção e limpeza fácil e simples. carne [013
Exemplo de linha automática desde o embalamento do produto em cuvetes até à paletização.
película formatada de base. O que faz desta máquina a ideal para o canal HORECA, com uma vida útil superior à que é permitida pelo vácuo convencional. No stand ainda podíamos observar a presença de outro grande equipamento, a embaladora vertical contínua VTC 700. Finalmente, e completando a exposição, podíamos ver a embaladora de filme extensível GALAXY, que embala cuvetes de produtos frescos até 60 bandejas por minuto.
TFS 200 NFS. Embaladora de carne SKIN com carga automática, ideal para embalar produto HORECA, com tapete de alimentação automático.
TFS 200 NFS Design higiénico sem superfícies que retenham líquidos. Acessibilidade completa a toda a máquina. Componentes em aço inoxidável. Todos os componentes elétricos têm um índice de classificação IP 67. Embala produtos com formas irregulares proporcionando uma melhor aparência em relação ao sistema de vácuo convencional. Medidas 296X300 mm «Skin» 1 PPC e 7 PPM Top filme: «Skin» Filme de base: Flexível 014]carne
Visão geral da nova TS 1000. Design e tecnologia avançados.
FLOWPACK ARTIC SIDE SEAL Máquina de embalamento reutilizável / refechável para produtos fatiados em MAP Embalagem: 170 X 140 mm bandeja com produto fatiado. Filme: PET / Barreira destacável. Laminado. Velocidade: mais de 120 ciclos/minuto.
PC industrial Ulma (UPC). Permite ao utilizador controlar a máquina remotamente.
Em suma, uma mostra com a mais ampla gama de embalagens que oferecem diversas soluções, o que bem caracteriza a diversidade de ofertas da ULMA Packaging, que pode ser complementa pela automação dos processos desde a carga até à arrumação em paletes, passando pelo e encaixamento.
Final de linha automática para colocação das cuvetes em caixa de cartão ou caixa plástica.
Embalagem de atmosfera modificada de sistema abre e fecha
O pacote de vedação lateral permite: − A plena visibilidade do produto nas partes superior, inferior e lateral da embalagem. − A impressão nas partes superior, inferior e lateral da embalagem. − Criar um pacote reutilizável através de uma película destacável e uma fita autoadesiva ou etiqueta de religamento. Máquina e controlos: − Fabricada em aço inoxidável. − Controlada por sistema servo. − HMI e controlo baseados num PC industrial. carne [015
FLOWPACK VERTICAL VTC 700 Embalagem de cortes de frango congelados (+ Marel MHW-5414) Pack: 250X330 mm Filme: Laminado (PP / PE) Máquina VFFS (vertical Form Fill Seal) com troca automática de bobine. Características técnicas: A abertura da máquina é de fácil acesso e esta é de simples manutenção. Controlo através de um PC Industrial (UPC/ULMA). Detecção em tempo real de embalagens danificadas. Mudança de formato de forma fácil rápida e simples. Sistema com duas bobinas com mudança automática de bobine.
Sistema de alimentador da bobine a 90ºC
Flowpack vertical VTC 700 contínua (120 embalagens por minuto) com o doseador multicabeçal Marel MHW 5414.
Mudança automática de bobine.
Sistema de soldadura lateral ARTIC SIDE SEAL 016]carne
Visão geral da linha TFS 707.
TFS 707 e D12W Embalagem de produtos de carne em vácuo MAP e / ou «Skin». Medidas da embalagem: 142X250X30mm «Skin» + MAP: 30 embalagens/minuto. Utilização de Filme: Cryovac filme Skin + LID Filme standard: Cryovac EGA P APET / PE Equipamento completo, do tipo chave-na-mão: embalagem, carregamento e acondicionamento numa construção robusta e fácil de usar. Programa de rastreabilidade. Sem superfícies que retenham líquidos. Sistema de lavagem/higienização Washdown machine. Acessibilidade completa a toda a máquina. Componentes de aço inoxidável. Índice de classificação IP67 dos componentes elétricos.
ROBOT D12 W (robot de carga) Sistema de visão artificial. Escolhe um ponto de referência, reconhece a posição da peça e acondiciona-a na embalagem sempre da mesma maneira e de uma forma estética. Lavagem de alta pressão completa abaixo do quadro, armário elétrico e sistema de transporte. Índice de proteção IP69k para a limpeza de alta pressão. Estrutura em aço inoxidável, estrutura do braço em titânio e rolamentos em cerâmica. Área de trabalho: 1200x250 mm. Detecção de produtos via sistema de visão. Manipulação a alta velocidade. Fácil manutenção e design higiénico.
O sistema de visão artificial reconhece a posição correcta da peça.
LINHA DE EMBALAGEM INTEGRADA COM TS 1000 Embalagem de carne fresca em bandejas seladas e acondicionadas automaticamente em caixas de cartão ou de plástico. Embalagem: 148x234x25mm Atmosfera modificada (MAP): 13 ciclos por minuto. MAP: 78 Embalagens / minuto. AIRPACK: 90 Embalagens / minuto. Bandeja: 1523 H25 Filme LID: Alta barreira. Principais características técnicas: Máquina de alta performance. Totalmente em aço inoxidável e com design higiénico. Área de selagem: 300X1020 mm. Altura máxima da bandeja: 120mm. Mudança de molde de forma rápida, fácil e sem necessitar de ferramentas. Controlo da pressão do gás. Aperto pneumático da bobine. Sensor de detecção de fim da bobine. Controlo da tensão do filme: ajustável através do painel de controlo. Controlo de injecção de gás por painel de controlo. Compartimento especial para a bomba de vácuo 300m3/h (por baixo da cinta de saída). Sistema centralizado de lubrificação. PC Industrial com painel táctil. Movimentos dos braços de transporte das cuvetes controlados por servomotores. Sistema de elevação do molde controlado por motor de 3Kw. Pressão de soldadura de 9 toneladas. carne [017
«Open house» promovido pela
ULMA
A apresentação das soluções decorreu de maneira informal e em clima de boa disposição.
A Ulma Packaging, líder no desenvolvimento de tecnologia de embalamento para o sector alimentar e farmacêutico, entre outros, abriu as portas das suas instalações em Benavente numa «open house» onde recebeu, num ambiente informal, os representantes dos mais diversos sectores da indústria das carnes. Promovida na sequência da IFFA, esta «open house» reuniu, de forma inédita, executivos, técnicos do sector, representantes da grande distribuição, consultores e industriais de carnes para apreciar as inovações e os desenvolvimentos tecnológicos.Também participou neste encontro a Marel com algumas máquinas de processos e de corte que, de certa forma, podem funcionar como complemento às linhas automáticas de máquinas de embalamento da ULMA. Durante a «open house» os técnicos da ULMA fizeram várias demonstrações, responderam as questões, esclareceram dúvidas e, sobretudo, aconselharam o equipamento ajustável às necessidades dos clientes, tendo em conta os custos, as perspectivas e outros factores de produção pertinentes. Resultado de um esforço mundial com outros agentes tecno-
lógicos do sector como a ABB, a Busch, a Cryovac e a Siemens, entre outros, e de projectos de I&D com empresas como a Acciona, a Repsol, a Socopa, a Viscofane, a Johnson & Johnson, entre muitas outras, passando igualmente por outros projectos de I&D com centros tecnológicos como o Robotiker, o Inasmet, o Ainia, etc., ou ainda com uma série de universidades em todo o mundo, a ULMA des envolve máquinas e soluções de embalamento que podem ser integradas, de forma transparente e harmónica, no ambiente produtivo, de modo a tonar possíveis os máximos resultados em produtividade e performance no controlo e na automação dos processos.
Linha TFS 300 com alinhador de saída e detector de metais.
FM 305 Flowpack com fatiadora.
TFS 600. Sistema de cortes independentes por formato.
− Tecnologias de embalagem: Ensaios microbiológicos. Optimização da vida útil do produto embalado. Embalagens activas e inteligentes. Normas e auditorias de segurança alimentar. − Manuseabilidade do filme: Ensaio e validação de filmes. Desenvolvimento de novas tecnologias de soldadura para filmes técnicos e bioplásticos. Processo de conformação e selagem de embalagens. Controlo de retracção de filmes. − Regulação e controlo: Sistemas de controlo com base em PC industriais. Software e hardware, comunicações e sistemas de supervisão. Rastreabilidade (RFID). − Robótica e visão: Desenvolvimento de sistemas de manipulação automática. Design e fabrico de robots. Visão artificial e controlo de qualidade. Uma experiência de mais de 50 anos e uma equipa de profissionais altamente classificados, os quais, aliados à mais avançada tecnologia de design e de construção, permitem que a ULMA ofereça amplas e inovadoras soluções em equipamentos e sistemas de embalagem com um objectivo principal de acrescentar mais valor aos produtos postos à disposição dos clientes. «A ULMA distingue-se devido aos firmes alicerces que marcam a distância em relação aos seus concorrentes», conclui Filipe Ribeiro da Silva.
Linhas tecnológicas em desenvolvimento A Ulma tem as seguintes linhas tecnológicas em desenvolvimento: − Dinâmica das máquinas: projecção de máquinas de altas performances e fiabilidade. Análises estáticas e dinâmicas dos mecanismos. Minimização das vibrações e do ruído nos sistemas móveis. Optimização do ciclo vácuo-gás. − Design avançado: design higiénico de máquinas e processos. Escolha de materiais de construção altamente resistentes à corrosão. Tecnologias de união e sistemas de transporte. TFS 600 com duplo apoio para bobine inferior.
TFS 600 com sistema de etiquetagem inferior e superior em movimento.
FM 305 Flowpack para atmosfera modificada (MAP).
Miguel, Ilda e João Romão, os três irmãos que dirigem os desígnios dos Talhos Romão.
Talhos Romão
Um talho chamado
022]carne
A vitrina central é o centro nevrálgico do estabelecimento. É sobre ela que se debruçam todos os olhares.
O
s anos 60 mudaram o mundo. Foram anos de rebeldia e em que ocorreram acontecimentos históricos e movimentos sociais tão marcantes que ainda hoje sentimos os seus efeitos. Realmente, nos anos 60 do século XX ocorreu uma série de transformações nas mentalidades em todo o mundo, para as quais contribuíram diversos factores: o movimento «hippy»; o lançamento do primeiro computador IBM; a chegada do homem à Lua; o efeito icónico de Marilyn Monroe como símbolo do apetite do público por um ideal esteticamente agradável e pleno de sensualidade; o desejo de igualdade racial simbolizado no discurso «I have a dream», de Martin Luther King; o efeito dos Beatles com o seu corte de cabelo à
«pajem», andrógino; a invenção da minissaia pela estilista britânica Mary Quant; por fim, o surgimento da pílula contraceptiva. Portugal nos anos 60 passava por grandes dificuldades, assistia-se à emigração maciça e havia a guerra colonial, um sorvedouro de recursos do Estado; estes dois factores constituíam as principais razões para uma problemática rarefação da mão-deobra que então se verificava. Na vila de Grândola, no litoral alentejano, a vida nos anos 60 não contrastava com a do resto país, havia algumas pessoas abastadas e muita gente pobre, embora a região tivesse beneficiado com a construção da linha férrea do Vale do Sado que deu um novo impulso à indústria corticeira. A Mina do Lousal carne [023
O Talho Romão compreende um espaço de produtos transformados de qualidade e de produtos «gourmet», vinhos e molhos.
aumentou os níveis de extracção, o que nos anos 60 fez do local um polo de desenvolvimento com mais de 2000 habitantes: mas a vida não era fácil. Nessa mesma época Maria e Carlos Romão, um casal grandolense, viviam como tantos outros as amarguras da vida. Alheios ao que se passava no mundo, ou nem tanto, compravam gado, abatiam-no no extinto matadouro municipal e comercializavam-no. Foi o seu princípio de vida. Como comerciantes estabelecidos de carnes tudo começou no talho na antiga rua dos Escudeiros, depois rua da Cadeia, actualmente Dr. Jacinto Nunes, mas popularmente conhecida por rua das lojas. Carlos Romão foi trabalhar para o talho como empregado e acabou por adquiri-lo ao patrão. Mas a história de vida de Maria e Carlos Romão não fica por aqui. Deste amor nascem três filhos: o Miguel, a Ilda e o João. Três irmãos que, apesar de percorrerem caminhos académicos diferentes, não descuram a filosofia de vida dos pais. Miguel Romão, o mais velho, era um miúdo com carácter e persistência, com pouco mais de 12 anos o seu objectivo era acompanhar o negócio e o mister do pai. Hoje, com 43 anos, relembra com a típica graciosidade alentejana: «Quando o meu pai me deixava em casa eu pegava numa bicicleta a pedal e ia ter com ele ao matadouro. Ao princípio ele não encarava bem este meu gosto pelo sector das carnes, mas um dia alguém lhe disse que nem todos podiam ser doutores e, a partir daí, comecei a acompanhá-lo e a aprender para poder desenvolver o meu percurso profissional». O Miguel tem a responsabilidade pela expansão do negócio. O João Romão, com 35 anos de idade, é o mais novo. Defende que o sucesso dos Talhos Romão passa muito pela cultura do «clã»: «Vivemos muito os valores da família e em família. Desde pequeno que vivi sempre dentro do talho, a nossa casa era no andar de cima e a nossa vida familiar desenvolvia-se em volta 024]carne
do talho. Adoro o que faço e, sinceramente, nunca pensei fazer outra coisa. Sou um apaixonado pela minha profissão, fui criado aqui», sublinha de forma perentória. O João é o responsável pelo balcão dos 3 estabelecimentos (dois de rua e um no renovado mercado de Grândola), pela gestão das encomendas e pela reposição dos produtos, enfim, de todos os «trabalhos de casa», assim como pela forma como os talhos se apresentam diariamente aos clientes. Ilda Romão é a filha do meio. Licenciada em economia, é a «consciência empresarial» do clã Romão. No fundo, são metaforicamente uma espécie de d’Artagnan e os três Mosqueteiros do comércio de carnes. Os filhos são os 3 mosqueteiros e o pai é o D’Artagnan. Não erguem espadas mas manuseiam facas de bom corte que certamente Alexandre Dumas não desdenharia. Ilda Romão define assim a família: «o meu pai foi um grande empreendedor. O meu irmão Miguel veio dar uma tónica diferente, mais expansionista, com mais desejo de crescimento, é normal, ele anda muito por fora. Vai aos matadouros, à nossa produção, aos fornecedores e aos clientes, tem uma perspectiva de crescimento que consideramos muito positiva. Eu e o meu irmão João vivemos mais o dia-a-dia nos talhos». Na sequência desta história de sucesso e do trabalho de consolidação que tem sido feito nos últimos anos, a família Romão apostou na remodelação de um dos seus estabelecimentos de venda de carne situado no centro da vila, na rua infante D. Henrique. Um talho há mais de quatro décadas ao serviço da população mas que esteticamente era necessário melhorar. Ilda Romão recorda que «no último Natal houve filas de mais de 20 pessoas fora do talho, debaixo do toldo, à chuva, à espera de serem atendidas. O talho era pequeno, tínhamos de fazer alguma coisa». Era um típico estabelecimento de venda de carne, já com pouco espaço para uma clientela tão numerosa. Os Talhos Romão granjeiam a preferência da maioria dos
Layout SEL Salsicharia Estremocense
Projectos de engenharia e arquitectura Orçamentação Execução de obras \ instalações técnicas Licenciamento de instalações Assistência técnica
Talho Romão um estabelecimento de carnes que dignifica Grândola.
grandolenses pela qualidade da carne que comercializam e dos produtos que transformam de forma tradicional, preparados com o tempero próprio do bom fabrico alentejano e o perfume da lenha de azinho. A modernização do estabelecimento era um imperativo, no entanto, a sua renovação exigia alguma reflexão e a intervenção de uma empresa especializada para o tornar funcional e agradável para os clientes. Miguel Romão esclarece-nos: «a nossa ideia era fazer uma loja moderna, que tivesse um ambiente agradável e que fosse do agrado da maioria dos nossos clientes. E foi na revista «Carne» que encontrámos a solução. Depois de vermos algumas reportagens sobre talhos montados pela CNI, optámos por esta empresa. Foi um trabalho muito profissional. E recordo um episódio durante a obra. Estávamos num domingo e na semana seguinte a empresa vinha montar uns painéis de vidro. Nesse domingo eu vim ao talho e pouco tempo depois chegou o Paulo Nunes, da CNI, cumprimentei-o e perguntei-lhe o que fazia ali num domingo. Respondeu-me que estava no Lugar de Vales de Cima, perto de Coimbra, a pensar nos painéis de vidro e que resolveu vir até Grândola conferir as medidas. A montagem do talho foi feita sempre com esta marca de profissionalismo da CNI. Estamos muito contentes com o trabalho desenvolvido por esta empresa. A abertura do talho, completamente renovado, foi uma agradável surpresa para a clientela. «Os clientes reagiram muito bem», começa por nos dizer Ilda Romão, que acrescentou que «as pessoas acharam o talho muito acolhedor, muito bonito, com mais espaço para os clientes e com maior visibilidade dos produtos na vitrine. Penso que os clientes também se sentem melhor quando vêem que as transformações que fizemos foram feitas a pensar neles». Beira Lamego Aproveitando a deixa, perguntámos à economista da família
Desenvolvemos projectos no âmbito da nossa área de negócio, abrangendo todas as fases de projecto, desde a sua concepção e organização do espaço, às suas necessidades técnicas.
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Um espaço moderno bem delineado e confortável para os clientes.
No talho, os clientes entram e saem em bom ritmo mas a casa mantém-se constantemente cheia. Já lá vão os tempos em que tinham de esperar fora do talho. O atendimento ao balcão, o ex-libris da casa, continua a merecer destaque. As pessoas são as mesmas, a qualidade mantêm-se e o ambiente do talho beneficia de um «design» cuidado. Apesar da generosidade da nova área, não foi possível fugir aos pilares que se posicionam no meio do estabelecimento e que logo à partida lhe condicionaram o «layout». No entanto, os «designers» da CNI estudaram o espaço e esta renovação, feita de raiz, permitiu um perfeito dimensionamento do talho do ponto de vista funcional, preparando-o para o futuro. Chamou-nos a atenção a harmonia de cor e luz, onde predominam o branco e o vermelho, o que torna este talho um atractivo estabelecimento de venda de carnes e ao mesmo tempo um espaço confortável. A forma curva da vitrina é a coluna dorsal deste talho, um exemplo da arquitectura comercial minimalista. Os brancos dão amplitude, os vermelhos criam a atmosfera e a iluminação «led» de todo o espaço cria o ambiente. Os produtos sobressaem naturalmente e os clientes sentem-se confortáveis no momento da compra. Este aspecto esteve sempre presente na renovação. «Não queríamos transformar o talho num lugar onde os clientes se sentissem constrangidos, tendo em conta que se situa numa rua de uma vila alentejana. Por isso tinha de estar em consonância com o tipo de clientes que o procuram, que é muito diverso mas peculiarmente alentejano e, ao mesmo tempo, transmitir uma mensagem de qualidade que é, acima de tudo, o nosso lema», referiu João Romão. O cantinho das crianças.
A salsicharia artesanal já é pequena para as encomendas.
como é que define os seus clientes: «Depende, nos nossos talhos tanto entra o mais pobre como o mais rico. Esta diversidade de clientes deve-se muito à postura que o meu pai sempre cultivou ao balcão. Este talho tem mais de 45 anos, o meu pai sempre se dedicou muito ao balcão e sempre respeitou todas as pessoas que entravam pela porta dentro. Um cliente deve ser sempre bem tratado, quer compre asas de frango, quer leve um lombo. Foi esta postura que o nosso pai nos transmitiu e que se reflete directamente no negócio. Foi esta a base da nossa gestão, o rigor, a manutenção destes princípios, que constituem os requisitos que continuam a ser aplicados no dia-a-dia do nosso negócio». 026]carne
A solução de negócio TI para toda a sua empresa
Sucesso é uma questão do sistema A decoração foi conseguida de forma a destacar os produtos.
No «background» de uma loja muito bonita há um trabalho desenvolvido que, à maneira antiga, não dá descanso aos seus proprietários nem tem horários. O fabrico próprio de enchidos, o fornecimento de carne para a indústria hoteleira e para a restauração, o vaivém até às explorações de produção própria, a acção junto dos fornecedores locais, no matadouro, ou no talho no mercado municipal recentemente renovado, o novo ponto de venda dos Talhos Romão. No meio de tanta azáfama surge naturalmente a pergunta: − Está nos vossos planos fazer crescer a empresa? − Não nos interessa crescer por crescer, não queremos crescer nesses moldes, queremos fazer produtos com qualidade e dar o passo sempre do tamanho da perna», começa por salientar Ilda Romão. A empresa alcançou uma facturação anual de 3 milhões de euros, entre o balcão e os fornecimentos. Conta com 21 colaboradores e uma frota de 6 veículos em fase de renovação. Nos planos dos irmãos Romão está a renovação do outro talho e a construção de uma sala de desmancha com salsicharia. Uma nova salsicharia ia ao encontro de um dos objectivos desta empresa, que é «satisfazer todo o nosso mercado de enchidos. Podíamos vender mais mas não temos capacidade de produção», desabafa Miguel Romão, que acrescenta, «as obras deste talho foram feitas com capitais próprios. Neste momento, se pensarmos em novos investimentos, teremos de ponderar muito bem. É muito importante não hipotecarmos a qualidade dos nossos produtos e do nosso serviço, a nossa relação com os clientes». O destino dos Talhos Romão está traçado há muito tempo: continuar a proporcionar qualidade segundo o lema da família.
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Instalações da Edeka, em Karlsruhe, na Alemanhaarmazém com espaço para 3500 paletes.
A automatização como um valor adicional
C
om a nova instalação na cidade alemã de Rheinstetten, a empresa Edeka Sudwest Fleisch GmbH inaugurou a mais moderna e inovadora unidade de processamento de carne da Europa. Os factores de sucesso e as características especiais desta nova unidade são o seu elevado grau de automatização, a enorme capacidade de produção e a tecnologia informática de ponta utilizados. Além das instalações e dos equipamentos mais avançados, a cadeia de processos está optimizada e permite um volume diário de 650 toneladas de carne de qualidade que é distribuída em 1250 supermercados Edeka. A empresa optou por um sistema de TI (Tecnologias de Informação) que abrange todos os âmbitos funcionais, baseado no software específico da CSB System, o que permite que sejam perfeitamente alcançados os objectivos. Como solução completa e integrada, nestas novas instalações o sistema controla toda a cadeia de valor: a entrada da mercadoria; a desmancha; o planeamento e o controlo de produção; o embalamento e as linhas de etiquetagem automática; a carga de viaturas; os processos de entrada e de saída de armazéns; a preparação de encomendas e a sua expedição.Todos os processos são geridos com o suporte do software da CSB.Além disso, existem monitores de controlo desta empresa que permitem tarefas rápidas de gestão (e de actuação), havendo o controlo «online» permanente de mais de 800 processos individuais.
Entrada de mercadorias: suínos e bovinos Começando com a recepção das metades de carcaça de porco e dos quartos de bovino, maioritariamente de produtores da região, a Edeka tira o máximo partido das vantagens dos processos automatiza-
Desmancha / Ponto ID: os pontos ID instalados são componentes importantes neste sector. As caixas cheias são pesadas automaticamente, associando o artigo, o peso e a caixa ao terminal CBS-System. carne [029
dos. Após realizar o controlo de qualidade durante o processo e o registo de dados no CSB-System, os quartos de bovino são conduzidos até uma área específica. As metades de carcaça de porco são classificadas através de uma aplicação de de software especial (aplicado num dado hardware e) e inovadora, o CSB-System-Meter, de modo totalmente automático, sem qualquer contacto físico humano e, por conseguinte, com a máxima higiene. Para isso, e através de câmaras de leitura digital, são registadas a estrutura e as características organolépticas das metades de carcaça de porco. A partir dos resultados das medições automáticas por imagem as metades de carcaça são classificadas em diferentes níveis de qualidade. Também se determina se se trata de metades de carcaça esquerda ou direita, pois essa informação é muito importante para o seu posterior processo automático na desmancha das peças nobres. A seguir o software CSB controla e monitoriza o percurso das metades de carcaça para a câmara frigorífica, que vão presas em ganchos através de vias aéreas certificadas pela UE. O CBS-System determina
automaticamente a via de destino para cada metade de carcaça, em função da classificação, se é direita ou esquerda, e também tendo em conta os níveis de qualidade.
Entrada de mercadorias (PBL e Crossdocking) A mercadoria adquirida é gerida e controlada com o software especifico CSB-System. As matérias-primas auxiliares e de produção são pesadas e submetidas a um controlo de qualidade, através de terminais móveis directamente a partir do sistema de gestão de mercadorias. Após identificar a mercadoria etiquetada com um código de barras EAN 128, as paletes são conduzidas para as diversas áreas da empresa ou para o armazém de logística, acondicionadas em prateleiras ou em caixas individuais e catalogadas em quatro terminais distintos do tipo CSB-Racks. Independentemente do procedimento, o CBS System sabe em tempo real onde se situa qualquer mercadoria, permitindo um fluxo adequado de material na entrada e saída das câmaras.
Desmancha Marcação totalmente automática do PVP (Preço de Venda ao Público) para o auto-serviço: nos monitores CBS-System podem consultar-se as encomendas com a descrição dos artigos, os preços, as datas de validade e a informação de rastreabilidade.
030]carne
Com seis linhas de desmancha de porco e duas de bovino, a capacidade de rendimento do processo é extraordinariamente
Câmara de prateleiras elevadas: o CBS-System controla todo o processo de entrada e de saída, assim como as alterações internas nas locações do armazém com espaço para 3500 paletes.
alta: 4000 metades de carcaça de porco e 400 quartos de bovino são desmanchados apenas num turno de trabalho. Para isso, a procura de metades de carcaça de porco e de quartos de bovino é calculada num processo de planeamento integrado no software, o qual tem em conta o restante processo produtivo, verificando-se excelentes resultados no planeamento. Com base nos dados calculados das vendas é definida, através do CSB-System, a venda estimada de produtos para o dia seguinte. A procura resultante do cálculo dos artigos que se devem produzir fica registada na encomenda da desmancha integrada. As únicas operações manuais incidem sobre a definição das pesagens teóricas, sendo o resto do processo todo automatizado. Assim, o CSB-System permite que as câmaras de armazenamento ponham à disposição para cada encomenda de desmancha, e de uma forma automática, a quantidade correcta de carcaças de porco e de quartos de bovino com a qualidade desejada. No processo de desmancha de metades de carcaça de porco feito através do software ficam definidas as máquinas que receberão as partes esquerdas e direitas das carcaças, optimizando-se assim todo o processo. 032]carne
Quando as carcaças já estão transformadas em peças, conforme o processo de cálculo prévio, são embaladas em caixas e são etiquetadas através do CBS-System com uma etiqueta que contém toda a informação referente à rastreabilidade, que acompanhará o produto nas fases seguintes do processo até chegar ao consumidor. Através da logística interna das caixas a mercadoria chega até aos pontos de registo de dados e de informação CSB, existindo oito pontos «ID» na secção de desmancha. Durante esse trajecto as caixas são memorizadas, controladas e registadas individualmente por um leitor de código de barras, o qual integra essa informação no sistema de software. Quando a mercadoria chega a esses pontos de informação as caixas cheias são pesadas automaticamente e, através de um ecrã táctil, são vinculadas as informações de artigo: o peso e o identificador da caixa no CBS-System. A partir deste momento, e até ao final, o software reconhece com precisão que produto está em cada uma das caixas, proporcionando um fluxo de informação optimizada que resulta num excelente processo de gestão de stocks. Posteriormente são «scanerizadas» as caixas e as paletes
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Consumíveis
Preparação de encomendas. Toda a preparação de encomendas é realizada sem utilização de papel, atingindo-se cerca de 130.000 operações e 100.000 caixas diariamente.
através de dispositivos móveis de radiofrequência. Baseando-se nessas informações, o CBS-System gera etiquetas com informações relevantes. Assim, as paletes com essa informação são conduzidas para os armazéns de produto intermédio ou enviadas directamente através da logística interna para a câmara de prateleiras elevadas.
Carne para o auto-serviço: produção, embalagem e etiquetagem de preços A produção de carne para o auto-serviço é trabalhada directamente desde a desmancha e do armazém de produtos intermédios dos diversos artigos. Com catorze linhas de embalamento, os produtos são embalados, pesados e etiquetados com o suporte do software de modo totalmente automático. No «layout» das instalações foi dada preferência a alguns aspectos como sejam a manipulação simples e o empenho flexível dos trabalhadores. No final de cada linha foi instalado um monitor. Com este equipamento o software visualiza a carga de produção em cada momento, juntamente com o tipo de produto, o preço, a data de validade e o lote. Com toda essa informação os operadores têm sempre uma visão detalhada de todo o processo em tempo real. O software CBS-System agiliza os processos de modo eficiente e diminui substancialmente a possibilidade de erro. As caixas cheias com os produtos embalados são transportadas de forma automática para os armazéns chamados High Dynamic Storage (Armazenamento Altamente Dinâmico), empilhadas em paletes ou nas prateleiras elevadas e devidamente etiquetadas. 034]carne
Enchidos: produção, embalagem e etiquetagem de preços A criação de receitas de produtos de carne com alta qualidade é efectuada com a optimização CSB-System, o que configura a utilização correcta de produtos com redução de custo, sem desperdícios, sem enganos nas dosagens e com as percentagens correctas, garantindo-se assim uma elevada qualidade. No CBS-Rack o software faz a pré-definição do processo de elaboração dos produtos com a receita exacta para cada um deles, indicando também as instruções de laboração para os operadores e o manuseamento dos equipamentos. Além disso, as matérias-primas necessárias são solicitadas pelo software de forma automática. Para os produtos já produzidos o CBS-System gera as etiquetas identificativas com toda a informação de rastreabilidade, assim como as respectivas características. Esses dados são registados através de terminais de radiofrequência ligados directamente ao software, sendo depois usados noutros processos no transcorrer da etiquetagem do PVP. Graças ao suporte de software os produtos são embalados, pesados e marcados com os seus PVP nas mais modernas linhas de embalamento. No final destas linhas existem também «cockpits» de informação (CSB-Racks), onde o CSB-System revela todos os dados das encomendas. De forma semelhante à da carne de auto-serviço, o envio da mercadoria embalada para as câmaras de armazenagem é articulado de forma automatizada com o High Dynamic Storage, quer nas paletes, quer nas prateleiras.
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ca interna de modo individualizado até ao destino que lhes corresponde. Com o objectivo de despaletizar também as caixas de cartão de forma rápida e segura, existem oito «estações» CSB-Rack especiais. Nos monitores de software é visualizada a exactidão pelos responsáveis de cada área relativamente a todos os processos realizados pelos operadores.
Preparação e expedição de encomendas
Registo móvel de dados: em todo o percurso do produto são registados dados «in situ». As vantagens consistem no rápido processamento de informação e na ausência de erros.
Armazém de prateleiras elevadas / despalatização / High Dynamic Storage A unidade de armazenamento de carnes e de produtos derivados de Rheinstetten tem capacidade para 3500 paletes. A gestão desse moderno armazém é realizada de modo automático pelo CBS-System. O software faz uma gestão optimizada de todos os processos de entrada e de saída, aliada à optimização da logística interna. Além disso, o CBS-System, com base nas encomendas dos clientes, apresenta um cálculo em tempo real das quantidades de artigos que serão transportados até ao High Dynamic Storage. Neste armazém existem mais de 50.000 espaços que abastecem e pré-preparam de forma automática todas as encomendas para a distribuição Edeka. A despaletização na câmara e nas prateleiras elevadas é realizada por dois robots autónomos e é baseada no suporte de software, sendo depois os produtos transportados pela logísti036]carne
Com base nas encomendas dos clientes os artigos são geridos pelo CBS-System tanto de modo dinâmico como estático para a realização da expedição. O processo tem uma capacidade de rendimento aproximada de 130.000 posições de encomendas, correspondendo a um total de 100.000 caixas por dia. A expedição dinâmica é organizada de acordo com o «princípio da mercadoria que vai para um parceiro» e realiza-se em duas fases de trabalho especiais criadas em colaboração com a empresa Vanderlande. Um boa ergonomia e uma elevada capacidade de rendimento caracterizam o método de preparação de encomenda. Este processo é muito intuitivo e fácil de manusear pelos operadores: com o CBS-System as caixas são enviadas para as estações de trabalho, mostrando-se no monitor nesta fase a quantidade de artigos a preparar e as caixas de destino onde aqueles serão colocados. Deste modo, o processo de preparação de encomendas reduz os erros a zero e realiza-se de forma muito rápida, podendo atingir até 700 operações de «picking» (recolha) por hora e por cada operador. A confirmação deste processo e a notificação directa do sistema ERP são efectuadas por terminais com ecrã táctil e «scanerizado», com dispositivos de rádio frequência ou acionando um manípulo colocado na respectiva estação. A preparação estática das encomendas é feia em 19 «ilhas» que têm essa finalidade e realizada sem uso de papel. O CBS-System envia as ordens para a preparação das encomendas aos equipamentos móveis de registo de dados. No início do processo, e para cada encomenda, é «scanerizada» a caixa onde vão ser agrupados os produtos. Nesse momento o responsável
Monitor de controlo: o plano de gestão de processos garante e optimiza todos os processos de produção na unidade automatizada.
pela secção de «picking» elabora as encomendas com extrema facilidade. Uma luz indicadora localiza a caixa onde está o produto a expedir, tendo como resultado uma «taxa zero de erro», aumentando-se assim a produtividade e gerando-se entre 400 e 500 operações por operador e por hora. A confirmação do processo de «picking» é efectuada diariamente por intermédio de um terminal de RF ou «scanerizada» a partir do CBS-Racks. As vantagens deste processamento móvel de informação são evidentes: com a ligação directa dos terminais ao CBS-System não existem mudanças de formato, evita-se a elaboração posterior de dados e economiza-se tempo e recursos financeiros.
Carregamento e expedição A mercadoria agrupada é transportada por um sistema automático de transporte interno até à secção de expedição e de carga dos veículos de transporte. Nesse ponto, o CBS-System proporciona a nove terminais de registo de dados toda a informação correcta para a carga nas viaturas, eliminando a possibilidade de qualquer erro. A mercadoria, já carregada na viatura, e preparada, recebe a documentação para a entrega de cada encomenda. São assinadas as rotas de entrega correspondentes e, com o GPS integrado no sistema, as viaturas são controladas até aos supermercados EDEKA.
Monitores de controlo Com dois monitores de controlo CSB é possível inspecionar todos os pontos da unidade altamente automatizada: um monitor de controlo central garante a optimização dos processos no sistema logístico e outro controla a gestão das operações no âmbito da produção e preparação das encomendas. Nesses dois pontos de controlo o CBS-System facilita toda a informação da situação global em tempo real, assim como o rendimento e o estado técnico da produção e logística. Um sistema electrónico (com sinalética do tipo semáforo) dá uma visão detalhada dos processos de armazenamento, despaletização, preparação de encomendas, carga de viaturas e controlo da mercadoria nas áreas de produção e de embalamento. Se nalgum ponto surgir um sinal amarelo ou vermelho os operadores responsáveis podem visualizar no monitor de processos os pormenores detalhados da situação. Com esse ponto de controlo pode gerir-se tudo o que se passa de anormal na unidade e actuar de forma rápida e eficiente.
o natural nas suas mãos • Distribuidor de todo o tipo de carnes • Cortes especiais • Entreposto Frigorifico • Distribuição • Restauração e hotelaria • Distribuição moderna • Canal Horeca A nossa carne de porco preto é produzida como dantes, naturalmente! A nossa experiência, e a nossa capacidade de manter a tradição com procedimentos modernos sob rigorosas normas de qualidade e segurança alimentar, posiciona-nos COMO O FORNECEDOR QUE LHE CONVÉM Monte Vinha Sampaio 7800-650 Neves Beja-Portugal
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MERCADO DE CAMPO DE OURIQUE: LISBOA
Promover o regresso ao mercado
Espera-se que esta experiência traga muitos clientes a este mercado e que o conceito se estenda a outros mercados da cidade.
O
bairro de Campo de Ourique foi desenhado em 1879 pelo Engenheiro Ressano Garcia e nasceu como uma «zona residencial revolucionária na cidade». Apesar de ficar a curta distância do centro, continua a ser um bairro à parte. Recentemente, a prestigiada revista «Monocle» elegeu-o como o melhor da cidade e um dos melhores do mundo. «As pessoas vivem aqui facilmente, conhecem-se umas às outras», lê-se no artigo. «Não precisam de sair do bairro (...) aqui existe um posto de correios, bons restaurantes, é possível comprar pão de qualidade e há um bom mercado tradicional». O bairro tem alguma tradição como palco de movimentos artísticos e políticos, sobretudo no que respeita à implantação da República. A centenária Sociedade Cooperativa Padaria do Povo, por exemplo, ainda continua aberta e nela se pode assistir a jogos de futebol pela televisão, comer petiscos e beber um copo. O Mercado de Campo de Ourique faz parte do património urbanístico comercial do bairro e, sobretudo, da cidade de Lisboa. Foi construído em 1934, sofreu uma remodelação em 1991 e continua a funcionar. Em 2013 foi renovado com um conceito «gourmet», inspirado no Um mercado Mercado de San Miguel, em Madrid, renovado e ou no St Joseph, em Barcelona. Foacolhedor. ram criados quiosques com capa-
cidade para 16 lojas especializadas em diversas áreas: carnes grelhadas; marisco; «sushi» ou pastelaria. Deste modo a oferta de produtos emblemáticos alarga-se a uma vasta gama de sabores para todos os gostos e apetites. Os mais velhos entram ali quase todos os dias, os mais novos vêm uma vez por semana carregados de alcofas ecológicas e a maior parte das vezes com os filhos atrás. O Sábado é o dia forte, ouvem-se os pregões das peixeiras, a pancada forte e precisa que se solta dos cepos dos talhos onde é cortada a carne, perde-se o olhar nos legumes, na fruta, nas flores, nos frutos secos ou na carne fresca por embalar.
carne [041
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REVISTA «CARNE» NA BTA / HISPACK COM BIZERBA
Eduardo Salgado trabalha num talho do mercado há mais de 50 anos. Disse-nos: «Gostei muito deste novo rosto do nosso mercado. Penso que poderá ser positivo para todos os comerciantes, quer os jovens, quer os mais velhos como nós (gargalhada). Esta mistura pode ser uma mais-valia para todos. O mercado estava a precisar disto».
O Mercado de Campo de Ourique surgiu a pedido da população local, que fez um abaixo-assinado nos anos 20 a pedir um novo espaço de comércio. Finalmente, em 1934, foi inaugurado. Das quase 30 lojas viradas para o exterior a maioria era talhos, hoje são apenas três. Nos anos áureos deste mercado, antes do aparecimento das grandes superfícies, fervilhava de gente «aos encontrões», mas ultimamente os comerciantes queixam-se de que está em crise: «Isto está a morrer», dizem. No entanto, nem todos estão assim tão pessimistas. «Começa-se a notar que há uma faixa etária mais jovem que vem ao Stand Bizerba: plano parcial da zona dedicada ao retalho. mercado fazer as suas compras», diz Bruno Félix, há 28 anos comerciante de carnes num dos três talhos existentes. Ao Sábado há casa cheia. Os mais velhos Nuno Félix está estabelecivêm logo pela manhazido num dos três talhos sonha, os mais novos apabreviventes há 28 anos. Conrecem mais tarde com fessou-nos: «Como comerciante de carnes tenho a plena conscialcofas de pano amigas em circulação: será necessário gerir ência a informação e imprimi-la nosmais rótulos de que tenho de fazer e doouambiente à procura nas etiquetas, incluindo informações detalhadas sobre os potenciais melhor. O mercado estava a passar dos saboresasque dizem de gordura, alergénicos, percentagens carbohidratos por umosmomento menos(também bom e esta conhecidos por hidratos de carbono, glicídios,foiglucídeos, glúcidos, renovação uma lufada de arglúcides, fressacarídeos ou açúcares), o açúcar co. branco, ovo, opessoas sal em formato Hojeovê-se de outra getabular, a origem da carne de suíno, de ovino, caprino ecasais aves.Até agora ração no mercado, jovens quea obrigatoriedade da indicação da origem da carne só à carne procuram outro era tipoaplicada de produtos: prede bovino. parados à base de carne; alimentos Nesta linha tecnológica de segurança alimentar surge em primeiro mais práticos; é nesse sentido que lugar uma poderosa etiquetadora, a GLM-i com um mais temos Imaxx, de evoluir. EstaCPU renovação poderoso, um novo processador muito rápido, deumais uma almagráficos nova aoe uma mercado arquitectura de comunicação de alta performance preparada e penso que isso serápara benéfico grandes fluxos de informação, com integração sistemática impressão para todos os da comerciantes do código QR em todos os sistemas de impressão, o que significa aqui instalados». que a Bizerba já dispõe hoje daquilo que será obrigatório somente a partir de 2014.Além disso, pode ser utilizado na GLM-I Imaxx um interface WS-Food, um novo padrão de recolha de dados, e ligá-lo ao sistema «plug-and-play» (em que o computador reconhece e configura automaticamente qualquer dispositivo que seja instalado) da rede de computadores da empresa.A rotulagem C-Wrap traduz em informação todo o conteúdo numa única etiqueta, a qual envolve os três lados do produto em forma de «C».
António Jorge (na foto, à esquerda) está aqui estabelecido há 25 anos mas já conhece o mercado há mais de 45. Questionado sobre se este novo rosto lhe trouxe vantagens para o negócio foi peremptório: «Para já não noto melhoria nenhuma mas espero que isso se venha a verificar. (Na foto, à direita: Pedro Gonçalves, há 10 anos no mercado).
De uma lado gelados e carne, do outro ostras e champanhe. É o novo conceito «gourmet» do renovado Mercado de Campo de Ourique.
faltar nos produtos das grandes superfícies. «Tenho clientes que vêm de Sesimbra comprar aqui a carne. Viviam aqui com os pais quando eram mais novos e depois foram viver para outras zonas, casaram, agora vêm cá comprar a carne. Quando têm filhos voltam ao mercado, é uma questão de confiança», diz António Jorge, comerciante de carnes neste mercado há 25 anos, embora já lhe conheça os meandros há mais de 45 anos. Os novos comerciantes depositam grandes expectativas no conceito «gourmet» que aqui foi instalado, os mais antigos têm esperança de que esta nova moda revitalize o espaço e, por consequência, os seus negócios. Voltando agora às lojas viradas para o exterior, a par dos três talhos há algumas de roupa e outras de acessórios com «design» moderno. No mundo dos produtos biológicos é possível comprar iogur-
044]carne
tes de soja e vegetais com o sabor de antigamente. Na área dos chocolates o desafio é o «gourmet», com «fondues» de chocolate com sabores e colheres de cacau pensadas para se derreterem na chávena. O Mercado de Campo de Ourique ganha agora um novo rosto com uma série de quiosques, sem pôr de parte os que aqui já têm raízes. Desde as ostras ao champanhe, dos hambúrgueres aos petiscos, passando pelos pratos mais elaborados: o frango com aipo, as célebres BBQ Ribs, ou seja, entrecosto com molho de barbecue, tudo acompanhado com batatas fritas com casca − que não são congeladas −, asseguram-nos. E por 7 euros a dose. De destacar que uma das ideias deste conceito é precisamente a de que quem explorar estes espaços de restauração use os produtos que se vendem no mercado. No interior, ao redor da praça central, onde se destaca uma esplanada com muito bom gosto, podemos ir até ao quiosque do «sushi» e do «sashimi» na tasquinha japonesa que funciona também como pequena loja, A esplanada vendendo «tudo o que é preno pórtico central ciso para se fazer comida jaconvida a uma permaponesa em casa», como, por nência mais demorada no mercado.
de atrair mais gente, novos clientes, com distintos gostos. Os mercados de Lisboa (e não só) são um património urbanístico-comercial inigualável que importa preservar e, acima de tudo, dinamizar. As experiências que podem proporcionar têm, entre outros méritos, o de atrair a curiosidade dos que nunca entraram num espaço com estas características, o que permite aferir a capacidade que têm de atração de novas clientelas e a sua fidelização. Com base nos resultados alcançados com esta experiência, o passo seguinte poderá ser a definição dos cenários possíveis para a afirmação do formato comercial no panorama da oferta da cidade. Será que vamos ter notícias muito em breve sobre um projeto algo semelhante na famosa Praça da Ribeira?
Neste quiosque de carne as picanhas de origem europeia dão o mote para os «entendidos».
exemplo, a faca Deba, para o peixe, ou a Nakiri, para os legumes. Aqui serve-se o «sushi» mais tradicional e o mais contemporâneo. Mas o mais curioso é que quem quiser pode comprar o peixe numa das bancas do mercado e trazê-lo para aqui se fazer o seu «sushi» personalizado. Um pouco mais à frente, ou mais ao lado, como se quiser, podemos encontrar uma loja de empadas onde são vendidas empadas com óptimo aspecto, ou a Hamburgueria U Tray, um projecto que existe há um ano no Estádio Universitário e que agora se instalou neste mercado em Campo As inovações de Ourique. a par das tradi-
A «velha» tasca do mercado mantém-se inalterável à modernidade: «sai um branquinho».
cionais pedras de venda. .
As pedras de peixe fresco e os talhos continuam a ser o ex-libris do mercado.
Na lista da Hamburgueria U Tray há um hambúrguer que se distingue. É feito com 80% de carne de vaca e 20% de farinheira: é o Farinhegue e leva ainda grelos e ovos. Outro que dá pelo nome de Pinque-xiquene tem frango, queijo «camembert» e doce de framboesa. Mas o que tem mais saída é o Beicone, com cebola, cogumelos salteados, bacon e queijo Edam. As batatas são «verdadeiras» e, garantem-nos, adquiridas no mercado. Das leguminosas aos torresmos, passando pelas guloseimas, gente nova de avental e de luvas de plástico misAs turada com outros de mãos enrugadas por uma frutas e legumes e as vida de trabalho nesta actividade, e neste local, especiarias nas bancas reúne sinergias para que o Mercado de Campo tradicionais convivem de Ourique ganhe um novo rosto. Tudo isto reagora com o conceito «gourmet» do renovado sulta de um projeto de renovação (depois de a Mercado de Campo autarquia ter aberto um concurso) que pretende Ourique.
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Atender às necessidades da indústria com proteínas comprovadas
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á mais de cem anos que a Archer Daniels Midland Company (ADM) se dedica à transformação de matérias-primas para obter novos produtos que atendam às necessidades dos nossos dias. Actualmente esta empresa, que tem mais de 30.000 funcionários em todo o mundo, converte oleaginosas, milho, trigo e cacau em produtos para a alimentação humana, em rações para animais e em produtos para a indústria das carnes. Tem cerca de 500 unidades de recepção de produtos das diversas culturas, uma rede de transporte de safras «premier», que lhe permite recolher as colheitas em mais de 140 países, e mais de 250 unidades de transformação. O seu departamento de produtos para a indústria alimentar anunciou o lançamento da proteína Arcon, feita a partir da soja e especificamente destinada à indústria das carnes. Neste contexto, a ADM realizou um seminário na Universidade de Hertogenbosch, na Holanda. A revista «Carne» fez parte do grupo restrito de meios de comunicação que estiveram presentes. Roland Snel, director-técnico das aplicações para o sector das carnes, começou por dizer: «a Arcon foi desenvolvida para dar aos produtos de carne as características específicas exigidas pelos consumidores nas mais diversas partes do globo.Acreditamos ter criado um ingrediente económico, nutritivo e funcional, com excelentes características gelificantes e emulsionantes». A proteína de soja permite o enriquecimento dos produtos
pela adição de um grande número de propriedades valiosas, o que optimiza bastante os derivados de carne. A gama Arcon de concentrados funcionais de proteína de soja (FSPC), de grande qualidade, auxilia a emulsificação e melhora a estrutura dos produtos. A sensação na boca é de uma maior consistência, a textura é melhorada e é aumentada a estabilidade do binómio congelação / descongelação. Os diferentes tipos de proteína de soja oferecem atributos específicos aos produtos de carne e podem ajudar à absorção da água, bem como à sua gelificação, emulsificação e coesão. Por exemplo, o Arcon SL melhora a textura dos produtos secos ou dos enchidos fermentados sem afectar o amadurecimento nas diversas fases. Por outro lado, o Arcon SM pode ser injectado em aves inteiras para tornar a carne mais suculenta e reduzir o custo por quilograma. Com a procura global de proteínas a crescer, na opinião de Snel os industriais das carnes são, de certa forma, obrigados a responder às necessidades dos clientes tendo em conta vários factores: a conveniência, a nutrição e a economia. A ADM é líder no fornecimento de proteínas de soja funcionais para a indústria das carnes. Ao longo dos anos tem desenvolvido, em parceria com grandes clientes, processos e preparações com o objectivo de aplicar a proteína de soja com a maior funcionalidade e resultados possíveis. Na sala de transformação de carnes da Universidade de Hercarne [051
picagem de orifícios acima dos 5 mm. togenbosch foram feitas algumas expeProdutos para a carne picada riências em conjunto com os jornalisProduto Características tas, os quais testaram a aplicação das Arcon SM Evita a textura elástica e liga bem a gordura proteínas de qualidade comprovada em alguns produtos elaborados. Arcon S Textura firme e boa ligação da gordura Houve a preocupação de evidenArcon SJ Boa textura e hidratação rápida ciar as características dos produtos Arcon F Um pouco de gordura, boa ligação com a água para melhorar a capacidade de serem fatiados, proporcionar uma melhor mastigação, reduzir a gordura e Hambúrguer económico manter a humidade. Foi salientado (Carne de bovino e de frango) também que o objectivo passa por reduzir o desperdício e melhorar a Ingredientes Percentagens textura. Carne picada de bovino (10 mm) 26% Por exemplo, para as carnes de Gordura picada de bovino (10 mm) 14% picagem grossa o técnico salientou Carne de frango 18% o «know-how» e os recursos necessários para colocar este tipo de ADM TVP (Textured Vegetable Protein / Proteína 4% textura dos produtos no topo de Vegetal Texturizada) preferências dos consumidores, atraÁgua de hidratação 12% vés do aumento dos seus principais atributos. ADM Arcon SJ 3% A adição desta proteína ajuda a Água / gelo 15% carne picada de calibre grosso a rePão ralado 5% sistir melhor a situações como o Sal 1,3% congelamento ou o tempo de espera prolongado. Em rissóis de carne, linPimenta branca em grão moída 0,2% guiça e outros preparados a proteína Extrato de levedura 0,6% de soja é eficaz ligando-se à gordura e à água e mantendo os produtos macios e com um grau de humidade adequado. Entre as vanta- cagem de orifícios acima dos 5 mm. Metodologia E é muito interessante analisar o destaque que mereceu nesgens apresentadas neste seminário realçamos a da aplicação de te seminário o binómio sabor tradicional / preparação rápida. proteínas de soja de baixo teor de nitritos para utilização em Salientou-se a importância de a indústria ter em20 conta as novas carne de aves e em produtos não curados de carne vermelha. Hidrate ADM TVP 1:03 com água e deixe repousar durante minutos. tendências, os novos tempos de cozedura, o que obviamente A proteína de soja ADM apresentou resultados Misturecomprovados, a TVP ADM com carne picada com Arcon SJ e água. sobretudo em preparações de carnes moídas com ralos de pi- acarreta novos desafios para os processadores destes produtos. Adicione o sal e misture até ficarEspecial homogéneo em adicione todos atençãoe, tem deseguida, ser dada aos pré-temperos, aos pré-cozinhados e aos pré-marinados, foros restantes ingredientes. mas de apresentação que de dia para dia ganham Moa a 3 mm maior popularidade entre os consumidores.
Metodologia Hidrate ADM TVP 1:03 com água e deixe repousar durante 20 minutos. Misture a TVP ADM com carne picada com Arcon SJ e água. Adicione o sal e misture até ficar homogéneo e, em seguida, adicione todos os restantes ingredientes. Moa a 3 mm Misture rapidamente, meta na forma desejada e congele. Para mais informações: www.adm.com
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EXPORTAÇÃO o momento que se segue
O
meio mais directo de internacionalização da actividade de uma empresa é a exportação. Esta opção não envolve um investimento tão grande como o de outras estratégias, mas não deixa de implicar a tomada de decisões importantes, nomeadamente, a avaliação prévia da solidez financeira da própria empresa. Ao cabo de uma década de actividade em Portugal ao serviço de diversas indústrias alimentares e hospitalares a LUNAX - Equipamentos & Higiene Alimentar, Lda enfrenta um novo desafio: a internacionalização. Carlos Alberto Simão e José António, os sócios-gerentes, falaram à revista «Carne» sobre diversos aspectos desta nova estratégia: as expectativas, as oportunidades de negócio, as encomendas confirmadas, a tomada de decisões importantes, que, afinal de contas, são o âmago do pulsar de uma empresa que se quer afirmar no plano internacional. Numa conjuntura nada fácil para as PME, a LUNAX não foge à regra. Portugal vive hoje uma situação de crise económica e social de repercussões imprevisíveis. É fundamental responder com energia e, sobretudo, com acções de efeito imediato, com soluções excepcionais e, acima de tudo, com uma visão de futuro para o médio e o longo prazo. Carlos Alberto é o sócio-gerente mais jovem. Cabe-lhe a dura tarefa de conquistar mercados além-fronteiras.
carne [057
Estrada Nacional N249 N.4 - Trajouce 2775-035 S. Domingos de Rana Portugal T. (+351) 214449000 F. (+351) 214449053 E. mail@frindus.pt
Um dos objectivos para salvar a economia portuguesa, entre outros, passa por reforçar a competitividade das empresas de modo que seja possível aumentar de forma sustentada as exportações. A LUNAX, consciente das dificuldades e plenamente conhecedora do mercado, está a implementar neste momento uma estratégia para a expansão e consolidação do seu negócio. Como fabricante de equipamentos para o sector de carnes foi acumulando ao longo dos anos uma experiência, sobretudo os seus gestores, que permitiu acumular um vasto «know-how» e as capacidades necessárias para solucionar as mais difíceis situações no que diz respeito ao fabrico de equipamentos. Não só fabrica equipamentos “standards” como tem a capacidade de agir em conformidade com as necessidades dos clientes. A LUNAX distingue-se entre os seus pares pela especialização no fabrico de equipamentos para matadouros de frangos, perus, patos, codornizes e coelhos. Com uma facturação anual de cerca de 2 milhões de euros e emprega 15 trabalhadores especializados. Fruto de um parceria que se vem consolidando há vários anos com a TAESA, fabricante de matadouros «chave-na-mão», pôde assim completar a sua gama de ofertas. A par disso, é o distribuidor oficial da “PLACSELL” e tem um conhecimento aprofundado das especificidades e necessidades desta área de negócio. Aplica revestimentos de paredes e de tectos para a indústria alimentar, assim como pavimentos contínuos em resina: metacrilato com flocos, epoxy e epoxy com flocos. Neste sentido, a LUNAX possibilita as melhores soluções com preços adequados, optimização dos processos e rapidez na colocação, no que é apoiada por equipas técnico-profissionais das melhores que há no mercado. A sua actividade é complementada com a representação das marcas SKA, linhas de alimentação para aves, SUTECA, máquinas para a indústria alimentar, MECATRONIC, etiquetadoras diversas e TAESA, equipamentos para Matadouros de Bovinos, Suínos e Caprinos. O sector metalomecânico em Portugal atingiu em 2013, segundo as contas da AIMMAP (Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal), um volume de negócios de 26 mil milhões de euros. Deste volume total 12,2 milhões de euros referem-se à exportação, ou seja, quase metade do valor produzido.
José António é o sócio-gerente mais experiente. A sua vasta experiência é uma mais-valia para a LUNAX. Ligado ao sector desde 1969 em toda a área de Avicultura e Suinicultura. carne [059
A associação que congrega os empresários deste sector salienta a existência de um crescimento consolidado das exportações ao longo de todo o ano. Estas representam uma facturação de 9,2 mil milhões de euros, contabilizando um crescimento de 20,2% face ao período homólogo. Este valor está acima da média nacional, que se cifra nos 16,1%. Neste sentido, a LUNAX pôs em marcha a sua estratégia exportadora. A montagem de uma unidade alimentar na Eslováquia é disso exemplo. Todo o equipamento, em aço inoxidável, é fabricado pela empresa portuguesa assim como a pavimentação total da unidade. Fruto de uma forte e longa parceria com a TAESA, a LUNAX fabrica para a empresa de Burgos, Espanha, todo o equipamento em aço inoxidável, como os carros-banheira, os sistemas de higienização, etc. Beneficiando da experiência de mais de 40 anos da empresa espanhola no que diz respeito ao “design”, fabrico e montagem de matadouros «chave-na-mão», experiência obtida em projectos concluídos em mais de 36 países, a LUNAX fez parte integrante do consórcio e foi responsável pela gestão da obra de montagem da estação de tratamento de águas residuais, com um sistema SBR totalmente biológico (sem qualquer produto químico), na empresa Carmonti, no Montijo. Foi também responsável pela montagem de uma linha de abate para 80 bovinos/hora no Matadouro Linda
Catarina Desidério: nos serviços administrativos
Luís Rodrigues é o Comercial.
Rosa, na região de Barcelos, assim como de uma linha de 80 bovinos e de 180 suínos por hora no Matadouro de São Miguel, nos Açores. Cada projecto tem as suas especificidades. Na TAESA, uma vez avaliadas as necessidades do cliente, é feito um estudo prévio apoiado em sistemas informáticos muito avançados e assistido por equipas técnicas altamente especializadas. Deste modo, a TAESA mantém uma agenda de trabalhos bastante activa em várias partes do mundo. Por exemplo, em Angola, na região de Malange, está a construir um matadouro «chave-na-mão» com capacidade para abater 20 suínos e 80 bovinos por dia, equipado com uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR). Da mesma forma, e também sob encomenda do MINAGRI (Ministério de Agricultura de Angola), está a crescer na capital, Luanda, outro projecto «chave-na-mão» com capacidade para 80 suínos, 100 bovinos e 120 ovinos por dia, igualmente com uma estação de tratamento de águas residuais. Um terceiro projecto «chave-na-mão» está a nascer na região do Kuanza Sul, com capacidade de abate de 120 suínos e de 150 bovinos por dia, mais uma vez com uma estação de tratamento de águas residuais. Na vizinha Espanha a TAESA entregou um matadouro à carne [061
La Casa de la Carne, em Getafe, nos arredores de Madrid, com uma capacidade de abate de 400 suínos por hora. Neste sentido a LUNAX trabalha conjuntamente com a TAESA, quer na montagem de unidades industriais, quer fabricando equipamentos em aço inoxidável para a empresa espanhola, aumentando assim a sua quota de exportação e respondendo às mais altas exigências de funcionalidade, eficácia e higiene de matadouros, salas de desmancha, entrepostos frigoríficos, etc. Para uma empresa como a Lunax, detentora de um vasto «know-how» na produção de equipamento para matadouros e unidades de transformação alimentar, a exportação não é uma porta de saída milagrosa para a crise, é antes a entrada numa esfera global de negócio que pode contribuir para um mercado cada vez mais competitivo.
A produção da LUNAX não exclui a estandardização mas a sua imagem de marca é a construção de equipamentos à medida do cliente.
A LUNAX produz e comercializa equipamentos de qualidade para matadouros, salas de desmancha e estabelecimentos de carne.
062]carne
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ME R C EDES C ITA N
Para satisfação do cliente A
satisfação do cliente é o principal desígnio da distribuição moderna independentemente da sua dimensão. A qualidade dos produtos frescos, o preço e o serviço prestado são fatores determinantes na escolha. Actualmente a distribuição ao domicílio é um conceito muito apelativo para o consumidor moderno, sobretudo para quem que tem uma vida profissional muito intensa, não dispensando, por isso, a Internet para fazer as suas compras. carne [065
Através de um Site intuitivo o cliente faz a encomenda, escolhe as quantidades e os preços e, praticamente só com um clique, a sua encomenda chega-lha a casa. Neste contexto, as entregas ao domicílio devem ser feitas no menor tempo possível e nas melhores condições, devem estar bem apresentadas e, sobretudo, devem corresponder inteiramente às expectativas do cliente. Essas expectativas passam, obviamente, pela qualidade do produto, mas a apresentação do operador e do carro de distribuição são também aspectos que o consumidor leva em consideração. O cliente, através de um simples olhar pela janela pode decidir se continua a sê-lo ou se escolhe outra alternativa de fornecimento. Um carro de distribuição é uma espécie de espelho de uma empresa. A imagem que se dá numa entrega pode ser um excelente cartão-de-visita ou selar o divórcio com o cliente. Num conceito moderno de distribuição urbana ágil experimentámos o Citan, da Mercedes-Benz, com 1500 cilindrada e 90 cv de potência. O carro ideal para contornar os obstáculos «naturais» de uma grande cidade, fazer uma distribuição eficaz tendo em consideração também os gastos de combustível e os custos de manutenção. A Mercedes é um «player» muito importante no mercado de veículos comerciais ligeiros na Europa, especialmente com as famosas Sprinter e Vito. Mas faltava-lhe um pequeno veículo multiusos, de baixos custos operacionais e com valores mínicarne [067
mos de emissões CO2, capaz de competir com o trio francês Renault Kangoo, Citroen Berlingo ou Peugeot Partner ou ainda com o Volkswagen Caddy. A empresa germânica, desfrutando da sua parceria com a Renault-Nissan, que teve início em 2001, apresentou o Citan. Entre as vantagens que o Citan oferece aos clientes contam-se a ampla gama de potências, a qualidade superior, a segurança combinada com o conforto da condução, os baixos custos operacionais e os valores mínimos de emissões de CO2, compatíveis com as zonas urbanas exigentes quanto à preservação ambiental. Uma de suas vantagens adicionais é que mesmo em áreas especiais, como nas ruas das zonas mais antigas das cidades, hoje tão procuradas para se viver, o Citan da Mercedes-Benz assegura facilidade de manobra graças à sua forma compacta. Mas vamos lá conhecer melhor este Citan. À primeira vista poderíamos cair na tentação de dizer que se trata de um «re-stiling» do Renault Kangoo: mas a afirmação não era totalmente verdadeira. Se este novo veículo recebe o molde do seu parente francês afastado, também é certo que grande parte das soldas do corpo foram revistas e ajustadas. Não há dúvidas nenhumas de que estes «toques deutsche» trouxeram aos materiais outra qualidade. Nos aspectos técnicos a suspensão foi reforçada para melhor atender às expectativas dos clientes Mercedes e melhorar a movimentação. Assim, na estrada rapidamente nos esquece-
mos de que estamos num utilitário e somos surpreendidos por este Citan que se comporta como um carro normal. A insonorização é bem mais eficaz do que a do seu parente e as características de condução são dinâmicas e confortáveis, além de ser especialmente seguro devido aos equipamentos que traz, como sejam os «airbags» (até seis) e o ESP adaptável, entre muitos outros. Graças à tecnologia Blue Efficiency, os motores impressionam por oferecerem os mais baixos valores de consumo de combustível desta categoria. O bloco diesel que experimentámos é o de 1.5 dCi da marca francesa, com caixa de 5 velocidades suficiente para o levar a bons ritmos e a melhores performances. Certamente que este Citan vai ter alguma dificuldade em impor-se num mercado onde a concorrência, embora com produtos inferiores, é no entanto mais acessível financeiramente. Contudo, o Citan dirige-se, em primeira instância, aos clientes da marca, isto é, a profissionais que conhecem a qualidade da «estrela» germânica ou que já tenham uma frota de Sprinter ou de Vito e não estejam na disposição de consultar os seus concorrentes para suprir as suas necessidades de mais um City Van. Por outro lado, é muito provável que pequenos comerciantes de carnes, por exemplo, empresas que tenham vários talhos e distribuição ao domicílio, sejam tentados a substituir o seu pequeno veículo de distribuição por um Citan. Seja pela sensação de «luxo» ou simplesmente para transmitir uma imagem de qualidade aos seus clientes.
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