Edição nº 28 de maio de 2017

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Maio 2017 | Nº 28

“Eu fui obrigada a abrir uma mini fábrica para poder realizar os meus modelos, com custos muito elevados e grandes dificuldades”

MULHERES

DE GRAVATA Quando as mulheres conquistam o mundo ENTREVISTA BOM SUCESSO RESORT

CRÓNICA SUCESSO NO FEMININO

ENTREVISTA VANESSA SASSINE


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ÍN DICE 4 Armário sem Chave 8 ENTREVISTA Guedes 14 Ser Mulher num mundo de Homens 20 ENTREVISTA Bom Sucesso Resort 30 A Educação e a Mulher... 44 Mulheres de Sucesso 52 ENTREVISTA Fátima Lopes 60 Spazzio Vitta 62 CRÓNICA Sónia Machado Araújo 74 ENTREVISTA Vanessa Sassine 80 DIVULGAÇÃO Bela Crisia 82 POR DETRÁS DO PANO by Eduarda Andrino 94 COLUNA SOCIAL by Eduarda Andrino 102 Fitness Hut 108 Linguagem da Mulher de Sucesso 114 CINEMA por Tiago Vaz Osório

FICHA TÉCNICA Coordenação Editorial Manuela Pereira Tiago Barreiro

Colaboração Editorial

Paginação e Design Mónica Oliveira

Fotografia Capa Paulo Lopes

Andreia Rodrigues, Áurea Venceslau, Eduarda Andrino, Fitness Hut, Leonor Noronha, Manuela Pereira, Maria Inês 3 Matos, Melissa Casanova, Olga Muro e Silva, Sandra Cunha, Spazzio Vitta- Maria Leitão, Sónia Machado, Tiago Vaz Osório


ARMÁRIO SEM CHAVE

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FOLHOS E MAIS FOLHOS Folhos e mais folhos, os folhos invadiram os guarda-roupas nesta estação, podemos usar e abusar nos folhos nesta estação.

O

calor está ai e os folhos também, estão por todo o lado e em todas as peças. Ainda bem pois por cá adoramos… E o Armário sem Chave tem variadíssimas peças em loja com folhos! Podemos ver em todas as lojas e em diversas marcas. Os folhos presentes em camisolas, casacos, vestidos, calções, saias, macacões, camiseiros e calças; toda a peça de roupa pode ter folhos. É sem duvida uma tendência desta primavera/verão e as fashion addicted estão a aderir como podemos ver em variadíssimos blog`s. Talvez por ser uma tendência fácil de conjugar e se adaptar. Podemos usar obtendo um estilo mais 5


ARMÁRIO SEM CHAVE

romântico e minimalista ou mais desportivo e casual. Como podem ver nas fotos varios exemplos de outfit com peças com folhos. Mais uma vez um pequeno detalhe na peça faz toda a diferença. O folho faz com que a peça se torne mais delicada e assim mais feminista. Use peças de acessórios mais minimalistas e conjugue a peça que tenha folhos com 6

peças mais básicas. Não deixe os folhos fora do seu armário. Visite nos em Armário sem Chave online ou na nossa loja física em Chaves e deixe-se deslumbrar com a nossa colecção exclusiva de roupa e acessórios.

https://www.facebook.com/ armariosemchaveforman/?fref=ts


A dica para usar peças com folhos é simples: deixe o folho “brilhar”, destacar-se.

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ENTREVISTA

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O PESO DE UM


MA GERAÇÃO

G U E D E S 9


ENTREVISTA

F

ilho e sobrinho de ex- jogadores de futebol, seguiu também o sonho dentro das quatro linhas. O trabalho com honestidade, foco e compromisso de equipa são o segredo. GUEDES o número 7 de garra e goleador nato do Rio Ave.

- Como surgiu a tua paixão e percurso no futebol?

O que significou para ti essa mudança? E em que aspectos?

A paixão já nasce com a pessoa e quando os teus antecedentes, neste caso, os meus tios e o meu pai que foram jogadores, a probabilidade de gostares de futebol é maior.

Foi a mudança que olhei com bastante entusiasmo e com elevadas expectativas, até porque o Rio Ave é um clube que ultimamente luta por lugares europeus.

- Estando já afirmado e sendo - Durante vários anos tiveste vin- o melhor marcador na presente culado ao F.C Penafiel passando temporada do Rio Ave. Quais também pelo Paços de Ferreira os teus objectivos enquanto jogmas a grande mudança acontece ador do Rio Ave? quando surge o Rio Ave. 10


Tenho, claro, objectivos pessoais, mas o primeiro foco vai para o objectivo colectivo, que no ínicio da época estabelecemos entre o clube e jogadores. - Até ao presente jogaste sempre nas ligas Portuguesas. O estrangueiro é uma ambição? Sim gostava, para conhecer novos campeonatos e novas culturas também. - Representaste a selecção

nacional sub 20 e 21, a equipa A, é um sonho a concretizar? É uma tarefa muito difícil quase impossível mas é o sonho de qualquer jogador. - Qual o momento mais difícil e o mais especial da tua carreira? O mais difícil foram as lesões graves que tive mas em contra partida já tive vários momentos bons, como conhecer homens que hoje em dia são amigos para a 11


ENTREVISTA

vida e também momentos como a súbida ao escalão principal do futebol português pelo Penafiel e como atingir uma marca histórica a nível pontual e com acesso à liga Europa pelo Rio Ave.

equipa, tendo como principal foco ajudar a equipa a atingir o seu objectivo em cada jogo.

- Como te defines enquanto futebolista?

Gostava muito do Ronaldo fenómeno, actualmente, Cristiano Ronaldo, Messi e Suarez.

Defino-me como jogador de 12

- Tens alguma referência no futebol? Quem?


- Mudarias algo na tua carreira olhando para o passado?

- O que a palavra “futuro” significa para ti?

Penso que não, os erros que cometemos no passado faz com que sejamos o que somos no presente. Para dares valor ao que és hoje, tens de cometer alguns erros no passado.

Não fico muito obcecado no futuro, vivo mais o presente porque é aquilo que controlo, o futuro é algo que não se consegue controlar, então o que faço é prepará-lo com trabalho de uma forma honesta no presente. Melissa Casanova

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Ser Mulher...

num mundo de homens!

O

factor: ser mulher nem sempre facilita o caminho profissional. Contudo cada vez mais as mulheres munem-se de mecanismos que lhes permitem construir uma carreira, sem contudo deixar de parte o seu lado mais feminino como por exemplo a maternidade. Sem dúvida que é preciso muita capacidade organizativa e um desejo enorme de querer vencer. Emocionalmente nem sempre é fácil conciliar tudo, visto que à mulher é muitas vezes exigido que seja colocado em primeiro lugar o seu papel de 14

mulher/mãe. O apoio dos que a rodeiam é fundamental, mas mais que isso o seu estado emocional é sem dúvida o motor principal desta caminhada em busca do sucesso profissional. Melhor do que se falar em teorias é dar um exemplo prático de como é possível ter uma carreira, de como é possível conciliar os vários papéis sem perder a identidade de cada um deles. É possível ser-se mãe, esposa, profissional e Mulher, tudo ao mesmo tempo sem perder a beleza de cada uma destas identidades.


CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO NOME: Sofia Lopes IDADE: 42 HABILITAÇÕES: Licenciatura em Direito e Mestrado em Ciências Jurídico empresariais PROFISSÃO: Advogada PROJECTOS EM QUE SE ENCONTRA INSERIDA PROFISSIONALMENTE: Coordeno o projecto “Mulheres com Direitos”, financiado pelo fundo social europeu, através do programa POISE - Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, no âmbito do qual se realizarão acções de informação e sensibilização sobre os Direitos Humanos das Mulheres. N.º DE FILHOS: 3

- Quais as dificuldades com que por onde der” E explico: O meu filho te deparas no teu dia a dia profis- mais velho tinha 7 anos quando ensionalmente por seres mulher? trei para a faculdade. Estudei sempre à noite porque trabalhava a tempo Acho que nesse campo tenho sorte. inteiro durante o dia. Nem sempre foi Há mais mulheres que homens na fácil. O meu marido trabalhava por advocacia. Essa conquista já foI feita turnos. Algumas vezes o meu filho há uns anos e hoje não sinto grandes com 9 ou 10 anos ficava sozinho em dificuldades pelo facto de ser mulher. casa desde as 19:30 (hora que o meu marido saia de casa, até às 22:30 que Como concilias a tua vida profis- eu chegava.). Quando terminei a lisional com a maternidade? cenciatura engravidei da minha segunda filha. A Mafalda fez o favor de Aqui é complicado. As advoga- nascer nas férias da Páscoa, no ano das descontam para uma caixa de em que eu frequentava o mestrado. previdência que não dá direito a li- Depois disso, o meu marido levava-a cença de maternidade. No meu caso à faculdade para eu amamentar nos pessoal a maternidade surgiu como: intervalos. Defendi tese! Iniciei o es“temos que conciliar isto tudo, der tágio na Ordem dos Advogados e 15 15


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SER MULHER... NUM MUNDO DE HOMENS

dias antes dos exames perdi um bebé (tive que fazer uma IMG por o bebé sofrer de T18). Aconselharam-me a desistir e a suspender o estágio. Nunca o fiz. Engravidei no mês seguinte e a Madalena nasceu em 2013. A partir daí foi gerir três filhos, um estágio, trabalho, uma casa. Sem o apoio do meu marido jamais conseguiria!

- O que sentes sempre que vences um desafio profissional? O sentimento de missão cumprida. Enquanto advogada represento clientes. Vencer um desafio é muitas vezes fazer o cliente vencer. Muitas vezes é ver a justiça ser feita. A gratidão dos clientes faz-me acreditar que escolhi a profissão certa e que vale a pena continuar a trabalhar.

- Emocionalmente que mecanismos de defesa usas para lidar com a competitividade associada ao facto de seres mulher?

- Consideras que tens menos oportunidades pelo fato de seres mulher?

A imagem é importante. Tenho uma capa de super mulher, implacável, durona até um pouco arrogante. Quem me conhece sabe que não sou nada assim mas quando mostramos as nossas fragilidades pisam-nos!

As mulheres ainda são discriminadas, ainda têm menos oportunidades que os homens. Eu não sinto isso pessoalmente mas vejo-o todos os dias. Sou associada da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas e procuro ser activa e contribuir para mais e melhores direitos e antes de mais, para que os direitos existentes, consagrados sejam respeitados. - Que impacto a nível emocional tem em ti sempre que és confrontada com discriminação a nível profissional pelo fato de seres mulher? 17


SER MULHER... NUM MUNDO DE HOMENS

SANDRA CUNHA

Muitas mulheres sentem a necessidade de usar a tal capa que a Sofia fala, qualquer momento de fragilidade que seja demonstrado pode colocar em causa todo o seu percurso, e desta forma não pode nem deve haver margem para facilitismos.

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Sinto que temos que continuar a lutar sempre, diariamente, incessantemente. Não podemos descansar à sombra da bananeira quando conseguimos um direito. Há que continuar sempre atentas porque os retrocessos existem e não podemos deixar que isso aconteça. Mas impacto mesmo emocional? A certeza de que ser mulher é muito bom! Que ser mulher e lutar pela igualdade das mulheres é o caminho certo!

Isto implica uma capacidade de resistência emocional gigante, pois é-lhes exigido constantemente que construam em seu redor uma “muralha” que poucos conseguem transpor e ver na realidade o ser humano por detrás do profissional, levando em muitas situações em avaliações erradas em que a diferença entre o que se demonstra e o que se é verdadeiramente é gigante. Quando se sonha não podemos deixar que fique apenas por aí, pelo sonho, precisamos de fazer acontecer, precisamos de ir em busca do que sonhamos. Dá trabalho? Sem dúvida… É preciso um esforço imenso? Óbvio… mas


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r m o s

compensa? Claro que sim, tornamo-nos mais fortes, ficamos com a nossa auto-estima cada vez mais elevada, e sem dúvida que nos tornamos pessoas bem mais felizes a cada conquista feita. Para além do seu projecto principal que é a advocacia, a Sofia ainda está inserida em dois outros projectos, fora da sua actividade profissional principal, explora juntamente com o marido o Bar do Parque de campismo da Areia Branca, que no Verão é a responsável pela cozinha do mesmo, e ainda vai agora iniciar um novo projecto, uma loja de artigos Disney. É um exemplo que o empreendedorismo vale a pena, e

com força de vontade os Sonhos são sempre possíveis, mesmo quando se é Mulher. E porque o caminho não se faz sozinho, fica uma breve nota que a Sofia quis deixar: Uma breve nota aos homens que são muito importantes nas nossas vidas. Eu não teria conseguido fazer o meu percurso sem o meu marido ao meu lado. O meu nome profissional é o apelido dele, Não faria sentido de outra forma. Também ele contribuiu e muito para a minha licenciatura, para o mestrado, para chegar ao dia em que me tornei Advogada! 19


QUANDO O PARAÍSO ES 20


STÁ MESMO AQUI AO LADO 21


QUANDO O PARAÍSO ESTÁ MESMO AQUI AO LADO

I

nserido no coração de Óbidos, localidade do litoral centro português a 75 quilómetros de Lisboa, o Bom Sucesso Resort é testemunha, não só das relíquias do município, mas também da magia que a sua Vila Medieval produz. Uma terra de tradições e lendas que se mantém fiel à sua história na travessia pelos tempos. Pedro Portugal, Pedro Santos e António Godinho são os rostos activos na operação Bom

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Sucesso Resort desde 2014 e o seu objectivo é fazer do Bom Sucesso Resort um destino contemporâneo. Desde o alojamento, à performance, à cultura, aos eventos promovidos, às residências artísticas levadas a cabo, tudo é um todo e o cluster fica categoricamente englobado na própria oferta do destino que estão inseridos. Qualificado como um projeto de interesse nacional, convidamos-vos a fazer esta viagem connosco!


- Quando nasce o conceito do Bom Sucesso resort? O Bom Sucesso Resort já existia, há cerca de seis anos, quando decidimos adquirir a entidade exploradora em novembro de 2014. Consideramos, desde início, que este resort possuía todas as características apelativas, e únicas, para um desenvolvimento turístico, além do investimento ser muito apelativo. Para além da área de hotelaria, a área de desporto é uma das nossas vertentes mais fortes.

- O Bom Sucesso Resort possui características apelativas e únicas, disse-nos. Quais são elas? É um espaço único pela sua arquitectura contemporânea, conferindo-lhe, a nível do país, exclusividade num vasto plantel de características, começando pela base da arquitetura, toda ela responsabilidade de grandes arquitectos nacionais e internacionais. Citando duas grandes referências nacionais: Siza Vieira e Souto Mora; entre outros. A sua visão arquitectónica permite-nos ser um

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verdadeiro museu ao ar livre de arquitetura. Algumas vilas são experiências ímpares de arquitetura. Temos ainda um excelente campo de golfe, de ténis e futebol. - Qual a área total por onde se estende todo o Resort? 24

Ocupamos

cerca

de

1.5000

milhões de metros quadrados. A área é extensa, com uma densidade de construção não muito grande, falamos num total de 600 vilas, 400 construídas. Não transparece a quantidade de casas que existe porque o conceito é a privacidade. As vilas estão construídas com uma lógica de autonomia e com bastante luminosidade.


QUANDO O PARAÍSO ESTÁ MESMO AQUI AO LADO

Está previsto, ainda, um hotel 5 estrelas luxo, que estará finalizado num prazo de dois anos. - A área desportiva é uma das áreas mais desenvolvidas pelo Resort. Existem três grandes modalidades a ser promovidas cá. Fale-nos delas.

Possuímos excelentes campos de golfe de 18 buracos, campos oficiais PGA, o que nos permite receber competições internacionais. O ano passado passou por cá a Copa Ibérica e ainda somos considerados um European Tour Destination, uma espécie de FIFA do Golf. Fazemos parte de 24 resorts a nível mundial que nos permite esta integração 25


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QUANDO O PARAÍSO ESTÁ MESMO AQUI AO LADO

competitiva. Promovemos a prova de circuito de Tenis WTA, a primeira prova de ténis realizada desde que assumimos a operação Bom Suceesso resort. Já está marcada uma nova prova para outubro e o espaço, numa semana, ficou sobrelotado assim que a anunciamos. No futebol, recebemos a qualificação da Euro Cup Sub17 UEFA, com a presença de Espanha, Polónia e Grécia. Desenvolvemos a escolinha Vitor Baía, uma academia de formação, lançada no final de 2016. Temos, depois, as iniciativas, muito positivas, dos nossos Open Day’s, todas as quartas feiras, com acesso a todas as modalidades aqui promovidas. É uma oferta ao município e a todas as suas crianças. Queremos vir a desenvolver mais condições na área do futebol para desenvolver estágios de equipas internacionais.

O resort tem agendas distintas, mas com vida o ano inteiro, sim. No início do ano temos uma propensão para o mercado nórdico, com agendas cheias de eventos e estágios desportivos, devido, também, às condições climatéricas extremamente apelativas. Começamos pelo futebol, passamos ao ténis e posteriormente ao golfe. A temporada alta de lazer, é a temporada baixa do golfe. O golfe é um mercado abrangente durante o ano todo. A agenda cultural de Óbidos é muito interessante, nomeadamente o festival literário Folium, inserido num circuito internacional, que nos traz autores e artistas durante duas semanas. Alguns eventos são realizados aqui, também. Primamos sempre pela integração com a oferta do destino. A época baixa vai de novembro a março, a média de abril a junho/setembro a outubro. A alta de julho e agosto.

- As épocas de procura sofrem a definição de Alta, Média e Baixa, ou existe vida durante todo o ano devido ao desporto promovido?

- Fala-nos sobre o destino, nomeadamente Óbidos. É um ponto crucial para o Resort?

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Óbidos é uma atração fortíssima, tem surf, possui uma lagoa fabulosa para actividades náuticas, tem o castelo, a natureza e a gastronomia, que é única. Por isso, a cultura faz de nós um destino mais autêntico. O golfe também é muito diferenciador, mas a qualidade da matéria prima faz-nos privilegiados. Cabe-nos a nós cuidar de tudo isto para darmos uma experiência aos turistas, integrado num serviço de hospitalidade, mas sobretudo reservado.

- A fidelização dos turistas é um dos vossos objetivos? Sim, preocupamo-nos em fidelizar os clientes, de idades e classes diferentes, que temos vindo a conseguir. No fim de cada estadia, marcam para o ano seguinte ou para épocas seguintes. E temos vindo a perceber que os clientes, uma percentagem simpática, escolhe o Resort como sua residência permanente. Temos pessoas da zona de Lisboa e Estoril a ir e a vir diariamente. A parte internacional é muito activa também na área da imobiliária dentro do Resort, sen-


do que o aluguer de longa duração começa a ser uma vertente forte. Está agora prevista uma nova fase de construção. - Qual a percentagem de ocupação do Resort em termos do que é nacional e internacional? Varia muito com a temporada, mas a percentagem entre o mercado nacional e internacional é de 2/3 para o mercado internacional e 1/3 para o nacional. Trabalhamos, no entanto, os dois mercados de forma diferente. O mercado de estágios desportivos, desporto

propriamente dito e lazer é muito forte para o mercado internacional. O nosso mercado tem vindo a crescer mesmo assim e assistimos a uma evolução interessante. Movimentamos cerca de 2500 pessoas por dia no verão, mas mesmo com esta taxa de ocupação, o Resort cheio continuamos a ter a sensação de pouca gente. Quem procura paz e serenidade pode encontrá-la aqui com todo o conforto possível. Contactos: Telefone: 262 965 300 Site: http://www.bomsucesso.net/ Manuela Pereira

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A EDUCAÇÃO E A MULHER… A MULHER E A EDUCAÇÃO

A

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palavra “Mulher” tem origem no latim “Mulier” e designa uma pessoa do sexo feminino. Já a palavra “Mulier” deriva de outra palavra latina“Mollior”- que é o superlativo relativo de “Mollis” que significa “Mole”, como molenga, fraco, sem consistência, etc. Como podemos ver a visão da mulher como o “sexo fraco” reside na própria palavra. Talvez por isso durante décadas a mulher foi vista como alguém sem interesse, sem valor, sem opinião e sem direitos alguns. A mulher devia ter sido sempre respeitada na sociedade tal como qualquer outro ser humano, o seu direito deveria ser sagrado de modo a que o mundo pudesse progredir e evoluir dentro do princípio da equidade. Foi na procura deste direito que o pa-

pel da mulher na sociedade foi passando por profundas transformações desde a antiguidade até aos dias de hoje. No entanto estas transformações levaram muitos anos até ao papel que a mulher detém neste momento. Na antiguidade, o sexo dominante era o masculino, o homem era o provedor da família e proporcionava a segurança da mesma. O marido era o chefe do lar que impunha as suas vontades. O homem devia ser respeitado e praticamente venerado pela esposa e pelas filhas. A mulher foi sempre um ser marginalizado pela sociedade pois era totalmente dependente do homem e dedicava-se unicamente ao marido e à criação e educação dos seus filhos. As mulheres eram consideradas como um ser frágil e deveriam ser, apenas, educadas para


as atividades do lar. As meninas desde muito cedo eram educadas para serem boas esposas, boas mães e deveriam aprender o essencial para desempenharem o melhor possível as suas funções domésticas. Às mulheres era vedada qualquer oportunidade de estudar pertencendo esse privilégio exclusivamente aos homens. Segundo Aries (1981) “além da aprendizagem doméstica as meninas não recebiam, por assim dizer, nenhuma educação”. As mulheres eram regidas pela intransigência e rigor da família, onde imperavam alguns princípios fundamentais tais como, o respeito e a obediência. À mulher não era permitido questionar, contrariar ou quebrar qualquer regra

imposta, assim a sua liberdade de expressão era praticamente nula. O controle da família sobre a mulher era exercido tanto pela força psicológica como por vezes pela força física. Não lhes era concedido o direito à escolarização pois esta poderia levar à rutura dos paradigmas patriarcais conduzindo consequentemente ao abandono da vocação de mãe e esposa dedicada e obediente. E ainda porque as famílias consideravam que ao aprender, a ler e a escrever, as mulheres só pensariam em comunicar com os namorados. As mulheres tinham que obedecer à figura masculina – Pai/Marido – sem direito a se expressarem e não tendo sequer direito a terem uma profissão que fosse minima31


A EDUCAÇÃO E A MULHER... A MULHER E A EDUCAÇÃO

mente “importante”. Antes do século XIX, as mulheres mais jovens viviam sob o jugo da autoridade e proteção dos seus pais, pois como eram consideradas seres frágeis deveriam ser protegidas pelo pai, pelo irmão mais velho e posteriormente pelo marido. Assim que casavam passavam a viver subordinadas às vontades dos seus maridos. O casamento representava um ritual em que a mão da filha passava dos cuidados e autoridade do pai para a autoridade do marido. E esta consequentemente repassava os seus costumes para a sua nova família, pois esta era a única realidade que conhecia. Antes de 1789, a maioria das mulheres 32

vivia confinada à casa. Felizmente este modelo de mulher foi mudando ao longo da história. Dentro das classes mais elevadas começava a surgir a crença que as mulheres poderiam ser suficientemente educadas para serem boas esposas, capazes de manter diálogos interessantes, serem inteligentes e agradáveis para os seus maridos, serem boas mães e servirem a Deus. Tal com afirma Jane Soares de Almeida “… a natureza feminina, a sua doçura e submissão não eram questionadas, mas aceites; das mulheres se esperava que em vez de inteligência, tivessem alma, em vez de ideais, professassem a fé… a educação era vista como disciplinadora das mulheres e


não mais como perdição, como se acreditava em décadas anteriores”. Assim começaram a surgir escolas próprias para as mulheres mas estas estavam voltadas para um modelo de educação religiosa “…como resposta à situação surgiu, por iniciativa particular, pequenas escolas leigas e os primeiros colégios religiosos para meninas”. As escolas da época tinham como modelo educacional a formação das mulheres

A educação que outrora era negada às mulheres começava a ser vista como necessidade, pois com o Novo Estado existia a preocupação de ter cidadãos capazes de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento do país. Tendo acesso à educação, as mulheres ajudariam a que os homens com funções de serviço pela nação, estivessem muito bem acompanhados, tranquilos e sem preocupações familiares e assim

para a vida do lar, ensinando-as fundamentalmente o bordado, a culinária, a música, entre outras tarefas com o objetivo de serem excelentes esposas.

dedicarem-se exclusivamente ao seu serviço. As esposas a partir da sua instrução, não seriam mais vistas como meras procriadoras mas sim como mulheres formadas, 33


A EDUCAÇÃO E A MULHER... A MULHER E A EDUCAÇÃO

conhecedoras das necessidades dos seus maridos e filhos. Vivia-se por esta altura a crença que ao educar a mulher seria exatamente o mesmo que educar o homem pois desta forma a mãe estaria a contribuir para a formação dos futuros cidadãos da sociedade. Contrariamente nas famílias mais desfavorecidas esperava-se que as mulheres fossem economicamente produtivas a fim de ajudarem os maridos a cobrirem as despesas da casa, no en34

tanto, isso jamais se poderia sobrepor ao trabalho e autoridade do homem e nunca se poderiam esquecer do seu principal objetivo que era o bem-estar da família. A ideologia patriarcal do passado permaneceu durante muito tempo, pois a mulher aceitava esta sua posição devido à cultura instalada. No entanto, chegou um período da história em que a libertação feminina começou a ocorrer e foi evoluindo lentamente.


Com o crescimento da urbanização, com a ampliação dos meios de comunicação, com a industrialização e até mesmo com a publicidade, ocorreram grandes avanços na sociedade trazendo novos costumes, novas formas de estar e novas condutas femininas. Estas condutas impulsionaram as mulheres a procurar a sua liberdade e o seu direito à escolarização. Neste sentido começaram a surgir os Movimentos Feministas. Estes surgem em Nova Iorque, no ano de 1848, com ideologias

filosóficas e politicas que tinham como principal objetivo a igualdade de gênero e a garantia dos direitos civis das mulheres. Ao longo dos tempos, estes movimentos foram ganhando cada vez mais força e as lutas das mulheres foram-se intensificando. Apesar de alguma evolução das mentalidades ainda se tentava que a mulher, nesta altura, se conformasse com o seu papel de agente educacional. No entanto, as mulheres começaram a se rebelar contra esta realidade, procu35


A EDUCAÇÃO E A MULHER... A MULHER E A EDUCAÇÃO

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rando demonstrar que para além da vida em casa, também poderiam ter uma vida fora da mesma, poderiam ter uma profissão, um emprego. As mulheres deixavam de aceitar o controle masculino e negavam o seu papel de servidora das vontades dos maridos ou pais, mesmo tendo já acesso a um tipo de educação formal. Por esta altura pudemos assistir à transformação da mulher submissa, dependente e obediente para uma mulher livre, autónoma e independente. A mulher conquistou o direito ao estudo, ao voto, à expressão, a pensar e a atuar em diversas áreas profissionais. Conquistou-se o direto à educação que foi reconhecido no artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 como um direito humano. Resumindo podemos afirmar que até ao século XX o papel da mulher se resumia à procriação e educação dos filhos. Após a revolução industrial a mulher lutou muito pelos seus direitos e pela conquista da sua liberdade. Mas só no século XXI é que a

mulher passou a ser vista e a sentir que representa um papel realmente importante na sociedade, e que é detentora de uma capacidade de equilibrar os seus diferentes papéis: o de mulher autónoma, independente e profissional sem nunca esquecer a sua condição feminina e familiar. Atualmente a mulher trabalha, é esposa, é mãe e assumiu que sendo diferente dos homens psicológica e fisicamente isso não é sinónimo de inferioridade. O homem não é superior à mulher nem a mulher é inferior ao homem, ambos dão contributos valiosos para a sociedade conduzindo à evolução dos tempos. Através da sua luta, a mulher contribuiu para a construção da


história da humanidade, segundo Alves (1982) “as conquistas obtidas na luta pela emancipação feminina passaram a ser vistas como conquistas da civilização, que os homens deviam ampliar em seu próprio interesse, por ser uma condição do progresso humano”. Hoje, em todo o mundo, cada vez mais é notória a presença da mulher nas mais diferentes áreas profissionais, havendo ao longo de toda a nossa história alguns nomes que se destacaram. Sendo que em Portugal podemos ressaltar Adelaide Cabete que foi a primeira e única mulher a votar, em Luanda em 1933; Regina Quintanilha que foi a primeira mulher a frequentar o curso de Direito na Universidade de Coimbra e desta forma

a primeira Advogada Portuguesa; Carolina Beatriz Ângelo que foi a primeira mulher a votar no país em 1911; Carolina Michaelis de Vasconcelos que foi a primeira mulher a lecionar numa Universidade de Coimbra; e ainda Maria Veleda que foi a pioneira na luta pela educação das crianças e dos direitos das mulheres. Para além destas mulheres realçam-se, também, outras que sobressaíram na área da Educação. Efetivamente o número de mulheres nesta área aumentou exponencialmente. Antigamente a profissão de professora era exclusiva das mulheres uma vez que os salários eram baixos e, por esta razão, os homens não queriam seguir esta via. Assim o papel de ensinar e de transmitir conhecimentos às crianças era das mulheres. Ainda hoje, o número de mulheres formadas em educação é bastante superior ao número de homens. Desta forma realçamos alguns nomes que deixaram marcas, mais especificamente, na Educação de Infância. 37


A EDUCAÇÃO E A MULHER... A MULHER E A EDUCAÇÃO

Sabina Spielrein foi uma das primeiras psicanalistas do mundo, foi pioneira no estudo da infância revolucionando a educação de infância. Em 1923, criou juntamente com Vera Schmidt, a primeira creche em Moscou a então União Soviética que ficou conhecida como “Berçário Branco”.

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Stefa Wilczynska foi uma pedagoga que, juntamente com Janusz Korczak, criou, em 1912, um orfanato (órfãos judeus) em Varsóvia (Polónia). Tendo sido influenciada pela Escola Nova, defendia que a educação se devia basear nas experiências e alguns princípios como a justiça, fraternidade, igualdade de direitos e obrigações.


“Eu estudo minhas crianças e elas me ensinaram a ensiná-las”

Maria Montessori, para além de ter sido a primeira mulher a se formar em medicina foi também educadora. Criou em 1907 a primeira “Casa dei Bambini” colocando em prática a teoria que defendia uma “educação para a vida” e em 1940 este método difundiu-se pelo mundo.

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A EDUCAÇÃO E A MULHER... A MULHER E A EDUCAÇÃO

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Damos mais ênfase ao nome desta educadora uma vez que foi responsável pela criação de um modelo pedagógico – Modelo Pedagógico Montessori – que se continua a aplicar até hoje por todo o mundo quer em escolas particulares quer em escolas públicas. A pedagogia Montessoriana surge inserida no movimento das Escolas Novas, tal como por exemplo a Pedagogia de Waldorf, o Método João de Deus ou até o Modelo da Escola Moderna. A pedagogia de Maria Montessori mudou o rumo da educação da época. Esta pedagogia incentiva o desenvolvimento do potencial

criativo da criança desde a primeira infância, aperfeiçoando técnicas de aprendizagem que procuravam relacionar em harmonia a atividade da criança com a sua individualidade e liberdade. A pedagogia Montessoriana acredita na capacidade da criança em conduzir a sua própria aprendizagem e no respeito do desenvolvimento natural das suas capacidades físicas, sociais e psicológicas. “Ela acredita que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas condições” - Talita de Oliveira Almeida.


O professor/educador desempenha o papel de condutor de todo o processo de aprendizagem da criança, ele representa o guia e o promotor do desenvolvimento infantil. Esta pedagogia que, tantas educadoras promovem no seu dia-adia, surgiu inicialmente para crianças portadoras de deficiências mas rapidamente se estendeu a todas as crianças partindo do princípio que este método promovia o desenvolvimento da inteligência. Maria Montessori defendia, ainda o respeito pelas necessidades e os interesses de cada criança, de acordo com os estádios de desenvolvimento, ou seja, de acordo com as

faixas etárias. Este método que parte do concreto para o abstrato, baseia-se na observação e na experiência direta sobre os objetos e sobre o meio envolvente. Com este método incentivava-se o respeito pela criança, promovia-se a sua autonomia, a sua liberdade e o seu interesse em aprender conduzindo a criança a ter um papel ativo de toda a sua aprendizagem. Ao mesmo tempo o educador ia criando as condições propícias para que a criança atingisse todas as suas metas, desenvolvesse a sua personalidade, respeitando a plenitude da criança ressaltando desta forma a sua ca41 pacidade inata de aprender.


Olga Muro e Silva

A EDUCAÇÃO E A MULHER... A MULHER E A EDUCAÇÃO

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Os princípios de Maria Montessori para educar crianças felizes 1. As crianças aprendem com

aquilo que está ao seu redor; 2. Se criticar muito uma criança, ela aprenderá a julgar; 3. Se elogiar uma criança com frequência, ela aprenderá a valorizar; 4. Se a criança é tratada com hostilidade, ela aprenderá a ser conflituosa; 5. Se for justo com a criança, ela aprenderá a ser justa; 6. Se frequentemente ridicularizar a criança, ela se transformará numa pessoa tímida; 7. Se a criança cresce sentindo-se segura, ela aprenderá a confiar nos outros; 8. Se denigrir a criança com frequência, ela desenvolverá um sentimento de culpa que não é saudável; 9. Se as ideias das crianças são aceites regularmente, ela aprenderá a se sentir bem consigo mesma; 10. Se for condescendente com a criança, ela aprenderá a ser paciente; 11. Se elogiar o que a criança faz, ela conquistará autoconfiança;

12. Se a criança vive numa atmosfera amigável, sentindo-se necessária, aprenderá a encontrar o amor no mundo; 13. Não fale mal da criança, nem quando ela estiver por perto nem se estiver longe; 14. Concentre-se em desenvolver o lado bom da criança de maneira que não sobre espaço para o lado mau; 15. Escute sempre a criança e responda quando ela quiser fazer uma pergunta ou um comentário; 16. Respeite a criança mesmo que ela tenha cometido um erro. Deixe para corrigi-la depois; 17. Esteja disposto a ajudar quando a criança estiver à procura de algo, mas esteja também disposto a passar despercebido se ela já encontrou o que procurava; 18. Ajude a criança a assimilar o que ela não conseguiu. Faça isso preenchendo o espaço que o rodeia com cuidado, discrição, silêncio oportuno e amor; 19. Quando se dirigir à criança faça isso da melhor maneira possível. Dê o melhor que há em si. 43


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Mulheres de Sucesso:

como atingir o seu potencial com Hipnose

D

e uma forma ou outra todas as mulheres já sentiram que estavam a ser menosprezadas em relação aos homens, quer por serem consideradas mais fracas ou até menos inteligentes. Num mundo moderno em que pensamos que tal já não acontece, somos ainda confrontados com opiniões polémicas como a do eurodeputado polaco Janusz Korwin-Mikke, que nos provam que o machismo não é coisa de mestre-de-obras e está ainda muito enraizado na nossa cultura. Se enquanto

esses homens devem refletir sobre a pequenez de tais afirmações, nós mulheres temos o maravilhoso papel de provar que estão errados. E isso é sem dúvida um papel que gostamos de assumir! Ainda recentemente enquanto conversava com uma amiga, ela mencionou a sua luta para se fazer notar num mundo de homens e só assim alcançar o mesmo rendimento e estatuto dos seus colegas masculinos e que deveria ser seu por direito, uma vez que não lhes ficava aquém quer em mérito quer em competência. Seja a 45


MULHERES DE SUCESSO

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nível de prestígio, remuneração ou validação das nossas opiniões, sei que todas temos algo a dizer sobre uma sociedade que, de forma mais ou menos subtil, ainda não nos dá o devido valor. E a verdade é que acabamos por ser um pouco desacreditadas por sermos consideradas umas criaturas um tanto ou quanto exageradas, mas tentemos então ser assertivas e pesquisar alguns dados estatísticos: ainda em 2012 as mulheres auferiam um salário médio correspondente a 78,9% do salário dos homens. Estas disparidades salariais estão relacionadas com estereótipos

e tradições socialmente incutidas sobre o papel dos homens e mulheres na sociedade, e onde ainda é expectável que as mulheres abandonem o mercado de trabalho para educar os filhos ou tomar conta da casa. Neste contexto, as mulheres são mais frequentemente empregadas como assistentes, auxiliares ou noutros trabalhos pouco qualificados e o argumento mais usado para justificar essa lacuna é a ideia de que fazemos a nossa própria escolha. As mulheres simplesmente optam por estudar assuntos menos lucrativos, escolhem profissões


s

e

o s e s o s o e

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com menores salários e preferem permanecer em graus inferiores da carreira para terem maior flexibilidade e menores preocupações. Este argumento até poderia fazer algum sentindo, não fosse existirem imensas mulheres em cargos equivalentes aos dos homens, com o mesmo nível de preocupação e exigência, a receberem menos. A verdade é que estamos condicionadas a acreditar que merecemos estar em segundo plano, acabando por aceitar essa discriminação caladas como forma de nos ajustarmos ao nosso contexto

de trabalho. A expetativa social impede-nos de acreditar que estamos ao mesmo nível dos homens e desenvolvemos assim um mecanismo de auto-sabotagem através da crença enraizada de que os nossos esforços nunca serão valorizados. E assim, acabamos por nos desmotivar, por limitarmos os nossos esforços, a nossa vontade de evoluir, de validar as nossas opiniões, de pedir remunerações compatíveis com o nosso desempenho ou até de sermos capazes de mostrar as nossas capacidades. Estamos a reprimir-nos a nós mesmas e isso tem que mudar!

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MULHERES DE SUCESSO

O Caminho para a mudança

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O primeiro passo para a mudança parte sempre do reconhecimento de que algo não está bem e que devemos tomar uma atitude para que as coisas tomem outro rumo. Nesse sentido, há que focar no que é realmente importante: o sucesso vem de dentro, basta acreditar nele! Se investigarmos um pouco a vida dos grandes líderes da história, rapidamente encontramos os seus pequenos rituais de sucesso, estratégias que lhes permitiram manter o foco no seu objetivo. Os grandes executivos estabelecem rituais de saúde, rituais de gestão do tempo ou rituais na sua forma de pensar que reduzem o stress e a ansiedade e criam mais

energia física, mental e emocional para enfrentar o desafio da liderança a cada dia. Assim, há quem escolha meditar, outros preferem correr bem cedo pela manhã (como o nosso Presidente da República), há quem aposte em regimes alimentares energéticos, leitura ou simplesmente um sorriso ao sair de casa. E há também quem escolha regimes menos lineares para aprimorar as suas qualidades psicológicas: a terapia! Já Charles Darwin dizia “Não é o mais forte que sobrevive. Nem o mais inteligente. Mas o que melhor se adapta às mudanças”. Essa adaptabilidade às advesidades normais da vida é uma qualidade que se pode facilmente treinar.


A isto chamamos de resiliência, e é este o nosso principal recurso no caminho para o sucesso! Ora, uma das ferramentas mais úteis para treinar a resiliência é a Hipnoterapia. Porquê? Porque a hipnose é um estado que nos treina para o foco, e quando nos permitimos focar a nossa atenção plenamente, facilmente entraremos num transe hipnótico e seremos capazes de trabalhar mecanismos internos que possam estar a causar-nos bloqueios. Agora, o conteúdo desse foco é de vital importância: se o nosso pensamento é tendencialmente catastrófico, então estaremos sempre à espera que as coisas deem para o torto, ou que sejam difíceis ou desagradáveis.

Por sua vez, uma atitude positiva permite-nos perceber que os nossos desafios valem o esforço, tornando-nos mais produtivos e com capacidade de absorver as dificuldades de forma divertida. Por outras palavras: estamos preparados para o sucesso. A Hipnose pode ajudar-nos a alcançar o sucesso porque ela funciona através de expectativas, desconstruindo os nossos padrões de negatividade e promovendo o “pensamento positivo”, fazendo com que este modo de agir se venha a tornar instintivo. E sendo que os nossos instintos funcionam de forma automática, uma vez ativada essa atitude positiva estaremos livres de fazer um esforço

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Maria Inês Matos

MULHERES DE SUCESSO

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ativo para alcançar esse estado, ele irá ocorrer naturalmente. Enquanto terapeutas, o nosso trabalho não passa por criar a ideia de um mundo positivo, mágico e irrealista, mas sim encorajar a transformação no modo de percecionar esse mundo através do desenvolvimento de criatividade produtiva, otimismo e poder interior. Lembre-se, a expectativa é poderosa: o seu cérebro está sempre direcionado para o que foi programado a esperar.

Nunca reparou que, ao colocar o despertador para uma determinada hora, o seu cérebro está tão determinado nessa expetativa que acaba por acordar uns minutos antes? Ou quando se tenta lembrar de uma informação que tem na ponta da língua e a expetativa de não se lembrar faz o seu cérebro bloquear, acabando por se lembrar naturalmente umas horas depois. É o poder da expectativa inconsciente que determina as nossas atitudes na vida. Se nutrirmos a crença positiva de que vamos conseguir o que desejamos, e se esse desejo não for totalmente


r o e s m a o r

s e

irrealista, iremos obter resultados fantásticos! As vantagens deste modo de pensar são enormes, até mesmo os contratempos são vistos de forma positiva permitindo retirar sempre uma aprendizagem de todas as situações. Se você acreditar que as coisas vão funcionar, então irá sentir-se confiante, com maior motivação e não irá sequer pensar em desistir. Também terá mais energia e entusiasmo ao falar das suas ideias, o que tornará mais provável a atratividade do seu projeto. Mesmo em momentos de caos, a sua mente criativa estará em total harmonia e cooperação consigo, fazendo com que consiga produzir soluções rápidas e inesperadas para os problemas que possam surgir. A investigação mostra que os otimistas têm melhores sistemas imunitários, vivem mais tempo, tornam-se menos stressados e aprendem a perseverar mesmo perante os desafios, o que os torna mais propensos a ter sucesso. E felizmente o otimismo é uma estratégia que qualquer pessoa

pode aprender muito rapidamente através da hipnose. Mas será tudo assim tão simples? Na verdade, sim. Quanto mais vezes entrar em estados de transe hipnótico positivos e produtivos para a sua vida, mais positivas serão as suas atitudes. Isto porque o seu cérebro irá tomar parte ativa na reorganização das estruturas celulares associadas à sua forma de pensar e agir. Em suma, qual é o nosso caminho para o sucesso? É perceber que não há limitações! Todas as limitações psicológicas são aprendidas através de estados dos quais nem tomamos consciência, como um estado de transe hipnótico. Da mesma forma, todas as habilidades e atitudes positivas podem ser fixadas através de experiências hipnóticas. Lembre-se: atitudes negativas produzem expectativas negativas, mas uma esperança positiva significa mais energia e probabilidade de sucesso e felicidade, tornando-nos mais guerreiras e aptas a responder a desafios e agarrar as oportunidades.

Mulheres, acreditem em vocês e mãos à obra!

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QUANDO AS MULHERES CONQUISTAM O MUNDO

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ENTREVISTA

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F

átima Lopes nasceu em 1965, na ilha da Madeira. Em 1990 mudou-se para Lisboa, onde abriu uma loja com o seu nome. Em 1992, realizou, no Convento do Beato, o seu primeiro desfile. A partir de então, não mais deixou de apresentar as suas coleções em grandes desfiles individuais, em Portugal e no estrangeiro.

- Como foi a sua entrada no mundo da moda?

- Quando é que decidiu criar a sua própria marca?

A minha entrada no mundo da Moda foi feita por etapas. Numa primeira, com uma loja pequena chamada Versus, na Avenida de Roma, com moda e acessórios multimarcas que eu comprava em Paris, Milão e Londres, entre 1990 e 1992. Em Setembro de 1992, nasceu, então, a marca Fátima Lopes e a partir daí cresceu e expandiu-se para o Mundo.

A marca Fatima Lopes nasceu quando, em consciência, senti que era capaz de criar colecções minhas, com o meu cunho pessoal. Antes disso, passei 2 anos a viajar pelas principais capitais da moda e a absorver o máximo de conhecimento possível, seja em termos técnicos de moda ou em termos empresariais.

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ENTREVISTA

- Como descreve esse processo?

- Sentiu que, por ser mulher, lhe surgiram mais entraves para que No meu caso, fazer uma mar- conseguisse atingir os seus objeca com o meu nome próprio era tivos? obrigatório porque todas as peças do universo Fátima Lopes são deNunca me deixei dissenhadas por mim. Há uma identidade de estilo em todos os produtos criminar por ser Mulher e refletem 100% o meu ADN cria- ou por ser de fora, uma tivo. vez que vinha da Ma- Como foi, há 25 anos, afirmar-se no mundo empresarial? Há 25 anos não havia tradição de moda de autor em Portugal. A indústria não respeitava os criadores Portugueses e não tinha minimamente interesse em produzir os nossos produtos.

Eu fui obrigada a abrir uma mini fábrica para poder realizar os meus modelos, com custos muito elevados e grandes dificuldades. Além do facto de a imagem de Portugal no Mundo não ser a melhor, na altura...

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deira. Foi necessário trabalhar muito mais e provar muito mais que todos os outros, mas no final também dá mais gosto.

- Acha que se fosse um homem, o processo de criação e de afirmação da sua marca no mundo, teria sido facilitado? Acho que não, a minha afirmação no mundo sempre teve a ver com a minha originalidade e feminilidade. Se fosse homem não seria a criadora que sou, por muito femininos que sejam alguns criadores, eu sei o que quero e gosto e faço para mim, sou eu a 100%.


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ENTREVISTA

58 Campanha Fatima Lopes verão 2017 • Fotografia by Paulo Lopes


“Que seja original e lute por aquilo que quer.”

- A moda criada por si é muito original e irreverente. Como é que o seu estilo foi recebido pelos seus pares?

- É mais fácil, hoje, para uma mulher, entrar no mundo da moda e empresarial e afirmar-se em nome próprio?

Foi o meu estilo que me abriu as portas da moda internacional. Paris respeita a originalidade e sempre me recebeu bem. Há lugar para todos os estilos e nacionalidades.

Acho que hoje há mais abertura à igualdade, mas a concorrência é muito grande e só por muito mérito se conquista o que quer que seja. Eu acredito numa cultura de mérito. . Sente que a afirmação no mundo da moda está mais facilitada para as mulheres ou continua a ser uma “luta” desigual entre os sexos? Não gosto de falar de lutas de sexos, prefiro pensar que no fim vence sempre o melhor, o que não desiste, o que luta, o que trabalha para conquistar os seus objectivos. Não é fácil mas é possível!

- Que conselhos daria a uma mulher que esteja, atualmente, a começar no mundo da moda?

Leonor Noronha

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SPAZZIO VITTA

TOM DE PÊSSEGO

T

Trata-se de uma tonalidade suave mas exuberante, em que poderemos designa la cabelo rosé. É um tom que nos remete para o champanhe rosé: ligeiramente rosa salmão, ligeiramente cor de pêssego e com uns reflexos brilhantes de louro. É uma das cores mais interesDesde então fashionistas e gurus de beleza que adoram uma cor santes até ao momento, sendo uma bonita variação do rosa pastel e diferente no cabelo apaixonaram-se por este cor-de- dos tons avermelhados clássicos. rosa dourado. om de Pêssego seria capaz de usar? Vamos descobrir esta elegante tendência. Desde que Kylie Jenner apareceu com uma peruca cor de pêssego no Coachella este ano, que este tom suscitou alguma curiosidade.

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CRÓNICA

Sucesso no Feminino – Sete casos mediáticos

SÓNIA MACHADO ARAÚJO

Mulheres que nos inspiram

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I

ndependentemente de gostos ou outras particularidades, independentemente da área de intervenção, existem hoje em dia mulheres que são verdadeiros exemplos de inspiração e que motivam, ambos os géneros, a explorar o seu potencial máximo e capacidade de empreendedorismo. Portugal está em 12º lugar (67,2%) a nível mundial e na 10ª posição na Europa, no que diz respeito a mulheres empreendedoras. No entanto, eu considero que esse número é redutor se alargarmos esse empreendedorismo ao ato de tão bem governar uma casa e

à suprema capacidade de assumir tantos cargos na vida: mãe, filha, esposa, amiga, profissional, com suprema destreza emocional e uma soberba capacidade de organização de ideias, objetivos e ações. Esse lugar foi progressivamente conquistado do lado de fora, mas a verdade é que sempre e durante toda a nossa história houve imensas mulheres de sucesso dentro das suas casas e no papel de relevância por trás de tantos casos de homens de sucesso. E hoje, mais do que nunca é admirável ver que muitas delas trazem à ribalta essas histórias sem público e dão honra ao estatuto de ser uma reconhecida mulher de sucesso.


Sete casos mediáticos de Sucesso no Feminino

Isabel dos Santos, Empresária

“Quero acreditar que sou mais, que estou além da marca. Sou uma mulher, criei riqueza para outros, criei um bom número de empregos, e além de tudo acho que no trabalho que faço o objetivo não é criar riqueza, é criar desenvolvimento, trazer soluções para Angola e para África, que sejam sustentáveis e funcionem para nós” Isabel dos Santos é filha do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, é angolana e é a mulher mais rica e poderosa de Portugal. Segundo a Forbes, é uma das primeiras bilionárias africanas, com uma fortuna de 3,7 mil milhões de dólares com cargos de prestígio, de gestão e administrativas, em empresas cotadas nas bolsas europeias. Em Portugal fez diversos investi-

mentos na NOS, no grupo SONAE, no BPI, na Galp Energia e na Efacec, totalizando mais de 3 mil milhões de euros investidos no nosso país. Isabel dos Santos é um exemplo de conquista, de poder, determinação e singularidade que faz questão de se destacar por mérito próprio e não há sombra do que tem e de quem é filha – assumindo a sua inteira responsabilidade. 63


CRÓNICA

Cristina Ferreira, A

“Não faço por fazer. Gosto do que paixão se torna tão meu que não co Cristina Ferreira chegou para ficar e rapidamente conquistou o seu lugar na televisão e no coração dos portugueses. Tornando-se uma das figuras mais carismáticas e populares da televisão portuguesa, desde de 2004, onde ao lado de Manuel Luís Goucha apresenta até hoje o programa matinal: Você na TV – líder de audiências. Mas a sua influência não ficou por aí, a sua ambição, a sua capacidade de fazer o que nunca foi feito 64

levou-a a outros voos e ela não pára de surpreender. Cristina Ferreira tornou-se uma marca e dá cartas em negócios de media, moda e perfumaria e em 2013 tornou-se também diretora de conteúdos não informativos da TVI, lançou o site Daily Cristina e editou um livro de receitas “Deliciosa Cristina”, que na primeira semana vendeu três mil exemplares. Em 2015 lançou a revista mensal Cristina e o programa Caras


Apresentadora e Empresária

me acrescenta. Do que embrulhado em onsigo largar” do Poder considerou-a a 27.ª mais poderosa em Portugal, em 2016 lançou o seu livro de memórias “Sentir”. Mais recentemente, volta com a sua revista Cristina renovada e com uma aplicação digital – app desenvolvida em colaboração com a Universidade de Cambridge, que garantirá a tradução de todos os artigos para inglês, dando o arranca para internacionalização da revista, estando também dis-

ponível em 55 milhões de smart TVs do mundo e ainda através de um acordo com a SATA, será ser distribuída em todos os aviões da companhia aérea. Cristina Ferreira é um exemplo de persistência, de ambição sem perda de raízes e com uma capacidade de se renovar a cada novo desafio – que faz questão que seja de sucesso e único.

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CRÓNICA

Manuela Medeiros, Parfois

“Gosto muito de experimentar. Mesmo que perca, não importa. Pelo menos tentei. Não se tem nada a perder com o aprender”

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Em 1994, num desejo de proporcionar a todas as mulheres acessórios de modas acessíveis, Manuela Medeiros criou a Parfois – uma pequena loja pioneira na área no centro da cidade do Porto. Fundada a primeira loja, foi uma progressiva conquista e ao fim de cinco anos já estavam espalhadas por todo o país, sendo hoje em dia 150 no total, sendo marca líder em acessórios de moda que está presente em mais de 51 países. Manuela Medeiros inspirada nas suas viagens pelas capitais europeias, começou o seu negócio fazendo revenda do que comprava noutros mercados, mas,

rapidamente, percebeu que precisava oferecer produtos exclusivos para expandir a sua marca em outros horizontes. Hoje em dia, conta com diversos designers e é responsável por lançar 3500 referências por estação e todas as semanas há novidades nas lojas. Manuela Medeiros é um excelente exemplo de uma empreendedora visionária – apostou numa área de reduzido foco na época, de persistência e resiliência – começou do zero, após uma experiência falhada e tornou-se numa das mulheres mais empreendedoras portuguesas com provas das dentro e fora do nosso país.


Isabel Vaz, Administradora do Grupo Espírito Santo Saúde (ESS)

“Fazemos bom serviço e tocamos na vida das pessoas de uma forma muito direta, e isso motiva-me, como me motiva motivar os outros” Isabel Vaz fez nascer o Grupo Espírito Santo Saúde e hoje é uma referência na saúde em Portugal, tendo à sua responsabilidade quase seis mil colaboradores - que não a assusta minimamente. Isabel Vaz reconhece-se como uma líder inata, assumindo como sendo isso a sua maior motivação e decidiu estender o seu cuidado e preocupação com a família e

com filhos, até aos hospitais, aos médicos, às enfermeiras, à equipa que criou do zero e considera-se uma apaixonada pelo que faz, chegando a trabalhar 12 a 14 horas por dia. Isabel Vaz é um exemplo de humanidade e dedicação, que usa os seus recursos pessoais em prol dos outros, obtendo um sucesso admirável numa área de destaque. 67


CRÓNICA

Manuela Ferrira Leite,

“Tenho as mesmas preocupações que duas vezes por semana.”

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Manuela Ferreira Leite é uma mulher com um currículo incontornavelmente notável, que passou por ser a primeira-ministra das finanças, a primeira a liderar um partido - PSD. Mas não foi só na política que deu cartas, foi investigadora na área das Ciências Económicas e

Financeiras e técnica do Centro de Economia e Finanças do Instituto Gulbenkian de Ciência. Foi professora no ISEG e gestora de empresas públicas. A sua carreira teve um destaque marcante quando assumiu o papel de coordenadora do Núcleo de Finanças Públicas e Mercado de


Primeira-Ministra das Finanças

e todas as mulheres têm. Vou ao cabeleireiro Capitais do Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, foi também diretora-geral da Contabilidade Pública, secretária de Estado Adjunta e do Orçamento e ministra da Educação. Passou, ainda, pelo conselho consultivo do Instituto Gulbenkian da Ciência, dos conselhos superior e de orientação estratégica da Uni-

versidade Católica Portuguesa, presidente do conselho de administração do ISLA e administradora não executiva do Banco Santander Totta. Mais recentemente, é comentadora na TV24, um verdadeiro exemplo de continuidade e reinvenção, que continua e persiste e 69 não teme enfrentar novos desafios.


CRÓNICA

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Mariza é uma referência no fado português, dona de uma voz poderoMari sa, cheia, vibrante e única, que rapidamente passou “Não sou uma pessoa muito ambiciosa. do quase anonimato para as os resultados não têm sido maus. Mas grandes salas de espetáculo quero pisar palcos cada vez melhores, do mundo (como o Carne- naquilo que faço.” gie Hall, em Nova Iorque, ou o Walt Disney Concert Hall, (Most Outstanding Performance), em Los Angeles) e com lotação es- o Central Park de Nova Iorque, o gotada. Hollywood Bowl, o Royal Festival Lançou o primeiro disco em Hall, o Festival Womad – e que 2001: “Fado em Mim”, que atin- acabou por lhe conferir o prémio giu uma admirável notoriedade, da BBC Rádio 3 para o Melhor sendo editado em 32 países e pro- Artista Europeu na área da World jetando-a para apresentações in- Music. ternacionais de grande sucesso: o O jornal britânico “The GuardiFestival de Verão do Québec, em an” referiu-se à fadista como “uma que recebeu o Primeiro Prémio diva da música do mundo”.


sucessão infindável de prémios e distinções internacionais, dando provas evidentes da iza, Fadista grande artista que é e do . Vou esperando o que vem vindo e, até agora, seu grandioso talento, é óbvio que já tenho outra visão das coisas e que alimenta com tamafazer melhores concertos e tornar-me melhor nha originalidade, entrega e paixão. De origens humildes, a menina de Moçambique Desde Amália Rodrigues, criada no bairro popular lisboeta nenhum outro artista construiu uma carreira internacional de tão da Mouraria, continua a revelar-se grande sucesso, com êxitos atrás de uma simplicidade admirável de êxitos e que em doze anos não e inspiradora, abrindo-se para o foi ultrapassada por nenhum novo mundo, mas sem abrir mão da sua fenómeno no mercado da in- identidade portuguesa. Mariza é reconhecida, acolhida dústria discográfica. Mariza conquistou as referências e amada pelo público português - num amor e uma gratidão sem 71 entusiásticas dos críticos musicais mais exigentes e uma limites.


Fotografia by: JN

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Joana Vasconcelos, Artista Plรกstica


CRÓNICA

“O que é que a move, o que a faz criar? – A vontade de viver.”

Joana Vasconcelos é uma criadora de obras de arte megalómanas que não deixam ninguém indiferente, e ganham cada vez mais projeção internacional. A concretização das suas obras depende de uma equipa, da qual faz parte o marido, Duarte Ramirez. Juntos têm erguido uma carreira artística invejável e que promete ainda ter muitas cartas a dar neste processo criativo único e surpreendente. Em 2013, a artística atingiu uma notoriedade confirmada pelo jornal “Le Figaro”, com a sua exposição realizada no Palácio de Versalhes, sendo considerada a mais visitada em Paris, nos últimos 50 anos, com 1,6 milhões de entradas. No mesmo ano, a sua exposição no Palácio da Ajuda foi a mais vista de sempre em Portugal, atingindo assim um reconhecimento nacional e internacional que a projetou para novas criações de sucesso. Em 2015, participou na 51ª Ex-

posição Internacional de Arte – Le Biennale di Venezia, reforçando o reconhecimento internacional, abrindo-lhe portas como a responsabilidade por monumentos como o projeto Trafaria Praia. Com dezoito anos de carreira comprovada, Joana Vasconcelos assume a responsabilidade do seu trabalho, com o desejo de fazer da sua vida e a obra criada uma junção perfeita – sendo uma inspiração de talento e criatividade. Elas são meros exemplos, inspirações mediáticas que elevam o melhor que somos, o melhor que temos e nos comprovam que os limites somos nós que os definimos com uma vontade maior de ir mais longe, de fazer diferente, de criar uma marca do mundo, principalmente no nosso mundo. Ficam os exemplos, cabe-nos a cada um de nós, ser a nossa própria concretização! Bem-haja a todas as mulheres e a todas as formas de sucesso! 73


ENTREVISTA

RAÍZES DO MUNDO NUMA VOZ INSUBSTITUÍVEL

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- Dizem que o mundo não seria Caetano Veloso, José Afonso, Sero mesmo sem a música. Partilha gio Godinho são exemplos disso de deste mesmo conceito? como ouve essa tentativa de abafar musicas que realmente refletiam Claro que sim! O que seria do o que se passava e realmente mumundo sem arte? A música é uma daram o nosso mundo. Atualmente forma de arte um elemento catali- esta repressão artística é mascarada sador das nossas emoções pode rep- pelos grandes lobies, as grandes edresentar tanto, pode dizer aquilo itoras por aquilo que impingem nas que muitas vezes não conseguimos TVs e rádios. Apesar de hoje em dia dizer por palavras. Basta pensar termos acesso de uma forma imeo porquê dos sistemas ditatoriais diata à música através dos suportes proibirem o acesso a expressões digitais o que é muito positivo por artísticas musicais que reflitam a outro lado também se tornou tudo sociedade e muito volátil, pois a nossa socieassumam um papel interventi- dade vive freneticamente e tudo vo. Num passado presente nomes tem que acontecer ao instante. como Chico Buarque, Gilberto Gil,


Vanessa Sassine

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- Quando é que o seu mundo - Quando foi o primeiro mopercebeu a importância da músi- mento em que viveu realmente a música? ca para a sua vida?

Penso desde que nasci. Sempre fui muito ligada às artes e a música para mim era e continua a ser a forma mais fácil de me vincular aos outros de me exprimir de encontrar o meu lugar no mundo.

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Lembro-me de ouvir em pequenina a música João e Maria de Chico Buarque e nesse momento pareceu que fazia tanto sentido era uma música que não me soava infantil, senti-me enquadrada naquele ambiente,acho que sempre fui uma alma antiga. (risos) Adorava cantar sozinha em casa e tinha um gravador onde gravava e ouvia o que cantava e quando não gostava voltava a gravar adorava esse processo. Portanto se for pensar a música esteve sempre lá.


ENTREVISTA

- A carreira a solo é uma vontade que existiu desde sempre? Desde que me conheço que existe essa vontade, mas como tudo na vida acredito que existe um timing perfeito para as coisas acontecerem, eu senti que era agora, estou num momento da minha vida mais segura musicalmente e pessoalmente daquilo que quero e isso é importante. - Quais os maiores desafios? - O seu primeiro grande projecto musical nasceu associado aos Cacau. O que mudou desde aí? Os CACAU foi realmente um projeto importante na minha carreira tive a oportunidade de trabalhar com músicos de outras culturas o que enriqueceu o trabalho, tive o privilégio de musicar um poema de Vasco Graça Moura(pouco tempo antes de este falecer) de sermos selecionados para o festival cantar abril, de ouvir a música de um projeto que fazia parte a passar nas rádios e televisões, de conseguir ser ouvida para além dos meios onde me movimento habitualmente e isso é muito gratificante.

Penso que um dos maiores desafios é nunca desistir apesar de todos os obstáculos que nos apareçam no caminho. Acredito na força do trabalho e dedicação mas sei que a área da música tem tanto de maravilhoso como de desafiante psicologicamente, é um teste à nossa força interior é importante não perder o foco e acreditar em nós mesmos. 77


ENTREVISTA

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- Como classifica o seu género de música? Esta pergunta é difícil (risos) penso que o meu género de música se insere na world music uma vez que mistura influências de Portugal, Brasil e África e é nesta mistura onde me sinto como peixe dentro de água. - Portugal está preparado para ele? Penso que sim, o ser humano está sempre preparado para ouvir aquilo que vai buscar as suas raízes todos nós temos na nossa história de Portugal pelo mundo está riqueza cultural está no nosso ADN. - Onde se inspira para compor todos os seus temas? Inspiro-me principalmente no meu universo interior naquilo que estou a viver em determinada altura da minha vida e também pela observação de outras realidades diferentes da minha que estimula, a minha imaginação. - A sua música é do mundo ou para o mundo? Eu penso que um pouco das duas coisas sem querer parecer arrogante vejo claramente estas duas vertentes

do mundo porque traz em si tantas realidades e culturas musicais diferentes e para o mundo porque realmente a mistura destas diferenças lhe confere uma maior globalidade. - Lança agora o seu mais recente EP. Quais as principais características? Este Ep faz uma viagem por ritmos e texturas de Portugal, Brasil ou África aborda temas universais como o amor e questões de desigualdade social. - Podem ser revelados os projectos futuros ligados à sua carreira a solo? Isso agora é segredo mas em breve saberão mais detalhes, posso adiantar que passa sempre por levar a música a quem a queira ouvir. Tento atualizar sempre quem me segue na minha página no Facebook é também uma forma de rapidamente estabelecer contacto com os fãs. - Onde a poderemos encontrar brevemente? Para já posso adiantar que estarei dia 5 de Maio no café concerto da Casa da Música no Porto, e estou a fechar outras datas. 79 Manuela Pereira


O 80

instituto de beleza Bela Crisia nasceu há 20 anos e é um espaço simpático e acolhedor, que pode encontrar na galeria comercial do Pingo Doce de Sassoeiros. Alcina Candoso, a proprietária, iniciou a sua carreira profissional aos 16 anos, tendo trabalhado em vários cabeleireiros da grande Lisboa, a seu grande sonho de menina era ser cabeleireira profissional e proprietária de um salão de cabeleireiro. Escolheu ser mãe ainda muito jovem e com a dedicação à família foi adiando a concretização do seu

sonho profissional. Apesar de nunca deixar de trabalhar só aos 27 anos conseguiu formar-se e adquirir a carteira profissional de cabeleireira. Aos 34 anos e atendendo que as suas duas filhas, já tinham 15 e 9 anos percebeu ser o momento ideal para concretizar o seu sonho de ter um espaço próprio. Com o apoio do seu marido António constituiu com a amiga Fernanda Saraiva a empresa “Bela Crisia, Instituto de Beleza Lda”. A Fernanda para além de sua sócia e uma das impulsionadoras para a concretização deste seu sonho, trabalhou consigo durante os 5


DIVULGAÇÃO

Instituto de Beleza Bela Crisia anos que pertenceu à sociedade, tomando a seu cargo a parte contabilística. A sua simpatia, profissionalismo e capacidade de evolução têm sido a alma do negócio, fidelizando clientes ao longo destes 20 anos, mantendo muitas desde o primeiro dia até hoje. A Alcina e a sua equipa para além dos habituais tratamentos e embelezamento do cabelo, pés e mãos, oferecem também um excelente serviço de escova progressiva e botox capilar, unhas de gel aliando um excelente serviço qualidade/ preço. Possui um vasto portfólio em penteados de festa, casamentos, galas, catálogos de noivas sendo frequentado por diversas figuras públicas. O cabeleireiro é também muito

procurado por noivas que colocam nas mãos e criatividade de Alcina o penteado de sonho para aquele dia especial, existindo um pack de serviços especializado e personalizado para as noivas. Como em tudo também a arte de cabeleireiro é uma constante evolução pelo que a Alcina, para além da parte empresarial, dedica muito do seu tempo a estudar novas tendências, procurando novas técnicas, acompanhando o progresso das marcas e produtos. Frequentemente participa em workshops e formações de novas tendências de corte, coloração e novos serviços que possa oferecer às suas clientes. Um exemplo de coragem e persistência, reconhecida pelo seu marido, pelas suas filhas, familiares e amigos, nunca virando a cara à luta por maior que seja.

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POR DETRÁS DO PANO BY EDUARDA ANDRINO

“PARQUE À VISTA” Teatro Maria Vitória

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osto de falar de pessoas que se distinguem pelo seu percurso, mas também pela sua atitude perante a vida através da entrega total àquilo em que acreditam. Falo-vos de Hélder Freire Costa, empresário do Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer. Tenho tido o privilégio de acompanhar grande parte das revistas que se exibem naquele nobre palco e, para mim, as palavras são poucas para falar dos sucessos deste empresário. O produtor conta com mais de 50 anos dedicados ao teatro português sempre com o mesmo profissionalismo e rigor. Foi em 2014 com a revista “Tudo Isto é FaRdo!”, igualmente em cena no Teatro Ma-

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ria Vitória, que comemorou esta efeméride. O Teatro Maria Vitória, quase a completar 95 anos de existência e actividade, tem vindo a manter-se revisteiro pelo exemplar percurso de Hélder freire Costa que se mantém fiel à sua conduta de espectáculo e leva a todos a melhor Revista à Portuguesa. O Teatro Maria Vitória foi inaugurado a 1 de Julho de 1922, com a Revista “Lua Nova”, num recinto de feira, localizado no centro de Lisboa, o Parque Mayer, sendo o primeiro dos quatro teatros ali criados, nomeadamente os Teatros “Variedades”, “Capitólio” e “ABC” e mais um ao ar livre, o “Pavilhão Português”.


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Actualmente, e devido à dedicação e perseverança de Hélder Freire Costa, só o Teatro Maria Vitória se encontra em pleno funcionamento, o que faz com que seja possível manter as portas abertas aos espectáculos de revista com a mais alta qualidade, seleccionan-

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do elencos de luxo com artistas de grande mérito, e excelentes autores, encenadores, compositores, coreógrafos, figurinistas e cenógrafos, além dos técnicos (som, luz

e outros), que dão vida às cordas por detrás daquele palco. “Parque à Vista” (com ante estreia a 14.9.2016) é a mais recente revista em cena no parque Mayer. Um espectáculo que aborda o nosso quotidiano com um humor particular, tocando aqui e ali em factos da vida real e na política da nossa sociedade. Sem qualquer pudor a revista “não poupa nem Cristas”, num país que se “en’Costa à esquerda”, é preciso saber dar os “Passos” certos, para abrir “Portas” numa Europa que nos reclama as devidas “Moedas”. O glamour, modernidade, e orig-


tores e revelarem junto de grandes nomes como Paulo Vasco e outros actores de renome.

É certo e sabido publicamente que o sucesso das revistas apresentadas no teatro Maria Vitória traz milhares de pessoas, vindas de todo o país em excursões com público de todas as idades.

inalidade dos textos que compõem o guião tornam mais uma vez a revista num sucesso de bilheteira. E o facto é que a revista já se encontra na sua segunda temporada, agora com rábulas renovadas e com os novos e espectaculares actores Miguel Dias e Susana Cacela a encabeçar o cartaz, juntamente com Paulo Vasco, Flávio Gil e ainda um jovem elenco de actores e bailarinos! O empresário tem também dado oportunidade a actores saídos de séries de TV que muito se revelaram no teatro de revista, até porque assim tiveram a possibilidade de se engradecerem como ac-

E é de sucesso que falamos quando nos referimos a “Parque à vista”, que reúne mais uma vez os melhores actores de revista, como Paulo Vasco, Flávio Gil, Miguel Dias, Susana Cacela, Diogo Martins, Filipa Godinho, Maria Giestas, Pedro Silva e Patrícia Teixeira. São estes actores que dão vida aos inúmeros quadros da revista e que proporcionam 150 minutos do melhor que se faz deste género de teatro em Portugal, de pura diversão, onde o humor sarcástico e a boa disposição são partilhados com o público. Mas é de um todo que falo, de um trabalho em equipa com total entrega onde destaco os fantásticos cenários cheios de criatividade, cor e originalidade, saídos minuciosamente das mãos de Eduardo Cruzeiro, Mestre Luís Furtado, João Barros, Trepa, Rita Pereira e

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Avelino do Carmo. O guarda-roupa esplendoroso, com tecidos e ornamentos únicos transportam os actores para uma verdadeira dimensão de glamour. Os bailarinos, que representam o grupo MvDancers, criam um misto de movimento e alegria que tão bem se enquadra nesta revista e tornam o espectáculo num momento único. Não quero deixar de referir quem vive e trabalha por detrás do palco e que dá vida a toda a revista com o seu trabalho minucioso e muito atento, fazendo a união perfeita entre o que se passa em palco e o que se vive na plateia. Fiquei rendida ao sucesso desta revista pelo que é justo referir individualmente quem veste a sua pele. Não conseguirei mencionar todos, mas partilho convosco o percurso de alguns actores.

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Paulo Vasco Além de actor é também encenador e sempre esteve mais ligado à vertente do teatro de revista. Com um curriculum invejável, podemos vê-lo na linha da frente desta e outras revistas que pisaram

o palco do teatro Maria Vitória e Academia de Santo Amaro, entre outros. Para além de partilhar vários “quadros” com diversos actores que fazem parte do elenco, destaca-se pela sua arte de representar tão particular. Trata-se de um actor com todas as letras e que muito tem dado ao Teatro de Revista. A sua carreira também passou pela televisão em séries como


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“Companhia do riso”, “Verão quente”, “Marina Marina”, “Quem casa quer casa”, “Malucos do riso”, “Big Show Sic”, “Barba e cabelo”, “Um sarilho chamado Marina”, “Camilo na prisão”, “Cadeira do poder” e “Entre marido e mulher”, entre outros. Flávio Gil Uma autêntica revelação e um misto de talento e profissionalismo.

Actor, autor, jovem na idade, mas com uma maturidade e um dom inigualável, que não passou despercebido a Hélder Freire Costa. Trabalhou com os melhores, como Marina Mota, Felipe La Féria, Mário Rainho, Paulo Vasco, Miguel Dias, assim como algumas prestações em TV, que lhe conferiram notoriedade. O seu trabalho já começa a ser reconhecido. 87


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Miguel Dias Dono de uma voz única entregou parte da sua vida à representação e isso é notório no seu percurso. Dá vida a algumas personagens da revista “Parque à Vista”, mas destaca-se pela sua versatilidade em cantar e representar.

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Susana Cacela Entra nesta revista na sua segunda temporada em substituição de Adelaide Ferreira, e surpreende de uma forma positiva e única quem assiste a peça, dando um brilho particular através da sua arte versátil de interpretar as mais

diversas personagens. Uma escolha acertada de Hélder Freire Costa.

Diogo Martins Com início de carreira na TV, o jovem actor revelou-se uma verdadeira caixinha de surpresas e a prova disso é a interpretação das suas múltiplas personagens nesta revista que faz questão de compor com rigor e profissionalismo, com um toque revisteiro que colocou em cada uma delas. Para fazer justiça a esta entrega foi distinguido recentemente pelo Professor e antigo crítico de


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teatro Tito Lívio, como “Actor Revelação 2016”, pelo seu excelente e multifacetado trabalho na revista “Parque à Vista”, no Teatro Maria Vitória. Pedro Silva Confesso que fiquei rendida a este actor, pela forma genuína com que interpreta as suas várias personagens. O seu percurso na revista dá-se entre 2009 e 2015, com a participação em cinco Revistas à Portuguesa com encenação do Paulo Vasco e do Mário Rainho nos Combatentes e na Academia de

Santo Amaro. Em 2015 pisa o Parque Mayer pela primeira vez com a revista “Revista quer … é Parque Mayer” e logo depois “Parque à Vista”. É incrível a prestação deste actor e o desempenho e criatividade que coloca nos “bonecos” que veste. Filipa Godinho, Maria Giestas e Patrícia Teixeira Três jovens actrizes que se destacam pela forma genuína e autêntica com que interpretam o guião. Três mulheres em palco com versatilidade e atitude.

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MÁSCARAS DE OURO

Não posso deixar de referir que no dia 26 de Março, véspera de se celebrar mais um Dia Mundial do Teatro, se procedeu à cerimónia da entrega das máscaras de ouro à actriz Eunice Muñoz. Estive na primeira fila para aplaudir de pé, com toda a companhia a Grande Dama do teatro. Hélder Freire Costa não deixou passar em branco a gratidão também para com os profissionais responsáveis pelo backstage, e homenageou o técnico António Monteiro com as máscaras de ouro.

A iniciativa deste evento e da autoria exclusiva do empresário no Teatro Maria Vitória. Um momento único e inigualável. Os meus sinceros parabéns. Resta-me agradecer a Hélder Freire Costa, Patrícia Tavares, Diogo Costa e a toda a companhia a disponibilidade e amizade de tantos anos, além da sempre disponível acessibilidade à informação escrita e recolha de imagens, para que este artigo fosse possível. Obrigada a todos pelo privilégio de vos ter na minha vida. Eduarda Andrino

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Ficha Técnica

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Autores - Flávio Gil, Miguel Dias e Renato Pino. Encenação e direção de ensaios - Flávio Gil Música - Eugénio Pepe e Miguel Dias Direcçao Vocal - Miguel Dias Produção - Hélder Freire Costa Ficha artística - Paulo Vasco, Susana Cacela, Miguel Dias, Flávio Gil, Filipa Godinho, Diogo Martins, Maria Giestas, Pedro Silva Patrícia Teixeira Orquestração e direção Musical - Carlos Pires. Coreografia do grupo MV DANCERS - Cleo Malulo Cenografia – Eduardo Cruzeiro, Mestre Luís Furtado, João Barros, Trepa Rita Pereira e Avelino

do Carmo Guarda Roupa – Ana Marques e Sónia Pires HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO De Quinta-feira a Domingo às 21:30H Sábado e Domingo também às 16:30H RESERVAS Geral: 213 475 454 Bilheteira: 213 461 740 Fax: 213 478 586 Email: teatromv@sapo.pt REVISÃO DE TEXTO Filomena Martins CRÉDITOS Eduarda Andrino


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DESFILE FÁTIMA LOPES FW17/18

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POWERED BY XPERIA

oi no hotel Pestana Palace que a colecção FW17/18 de Fátima Lopes, foi apresentada num misto de glamour, sensualidade e irreverencia. A criadora assinala assim os seus 25 anos de carreira com uma apresentação individual do seu trabalho. Tecidos esvoaçantes, veludos e padrões simples marcaram as tendências do próximo Inverno. Linhas geométricas e materiais nobres são o forte desta colecçao. A ousadia com que Fátima

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Cristina Marques e José Marques Visage Studio

Lopes usa e abusa das múltiplas combinações de tecidos faz da criadora uma figura particular da moda Portuguesa. Numa sala cheia de convidados o desfile decorreu numa longa e imponente passadeira branca onde as silhuetas dos manequins ondulavam. Marisa Cruz abriu o desfile da melhor forma onde se seguiram inúmeras propostas da criadora todas em cinza, preto, branco e bordeaux. PARABÉNS mais uma vez a excelente prestação de Fátima Lopes que continua sempre a surpreender.

Fernando Correa dos Santos, Paula e João Carvalho


Créditos: José António Marques - Visage

Fátima Lopes e as suas modelos

Dr. Ângelo Rebelo e Fátima Lopes

Luís Rosa, Eduarda Andrino, Salvador Andrino e Liza Veiga

Carvalho e Ruy de Carvalho

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I I I FEI RA M EDI EVAL São Domingos de Rana

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ernanda Goncalves presidente da Junta de freguesia de S. Domingos de Rana está de parabéns pelo sucesso da III Feira Medieval de S. Domingos de Rana que decorreu este ano nos dias 7,8 e 9 de Abril. A iniciativa acolheu um mercado medieval, as tradicionais tavernas e animação de rua, procurando recriar a data em que o território ficou inscrito nos limites do termo de Cas-

cais, por carta régia de D. Fernando, em 8 de abril de 1370. E de salientar a excelente prestação artística dos Saltimbancos de Santa Maria, entre outros artistas circenses que deram vida e cor ao evento. A gelataria Portuguesa esteve presente no evento com os seus sabores exóticos e exclusivos. Bolos, comidas e especialidades tradicionais proporcionaram momentos de verdadeira degustação dos mais requintados sabores portugueses.

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CrĂŠditos: Eduarda Andrino


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lançamento

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L AU R A

espaço Lounge no Casino Estoril foi o local escolhido pela UpMusic Talents para o lançamento do cd Kill Them with Kidness de LAURA. João Serra Fernandes e Ana Fernandes produtores da UpMusic Talents rececionaram os convidados com um maravilhoso catering servido pelo Páteo de Lisboa. Vários músicos, amigos, e convidados estavam

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CD

expectantes para o momento que se tornou numa grande noite de revelações. Laura tem 23 anos e um dom incrível de tocar na alma de quem ouve a sua música. O Activ Bank representado por Manuel Castelo Branco e Luísa Rosa juntam-se assim a lista de patrocinadores oficiais do evento como os Conselheiros da Visão, Atlanti Tours, Jazebel e Casino do Estoril assegurando assim o êxito deste lançamento.

Manuel Castelo Branco, Laura e Luísa


CrĂŠditos: Pedro Taborda

Laura

Laura e Eduarda Andrino

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Máscaras de ouro 2017

EUN ICE M UÑOZ

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oi no dia 26 de Março véspera de se celebrar o dia Mundial do Teatro que a actriz Eunice Muñoz recebeu as mascaras de ouro 2017, uma iniciativa do empresário Hélder Freire Costa. A homenagem decorreu apos mais uma representação da revista em cena “Parque a Vista”, com as amigáveis palavras de Diogo Infante, colega e amigo de Eunice Muñoz. Hélder Freire costa vê assim a

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Eduarda Andrino e Eunice Muñoz

grande dama do teatro receber em sua casa mais um merecido reconhecimento da sua carreira. O elenco composto por Paulo Vasco, Flávio Gil, Miguel Dias, Diogo Martins, Susana Cacela, aplaudiu com emoção este grande momento. Foram várias as personalidades que estiveram presentes, mas destacou-se a presença da actriz Paula Martin da Siva e Rita Salema.


Créditos: Eduarda Andrino

Eunice Muñoz Hélder Freire e Eunice Muñoz

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+ REPETIÇÕES + CARGA = RESULTADOS É importante clarificar que não é o exercício que vai gerar a hipertrofia, mas sim a intensidade total do treino, que é medida através de volume de repetições versus carga versus tempo de recuperação entre as séries. E ainda temos de acrescentar a quantidade de exercícios realizados por cada grupo muscular e o tempo de descanso do grupo muscular até ao seguinte treino.

A

s pesquisas sobre esse assunto apontam para 9 a 12 séries por semana, por grupo muscular, já são o suficiente para gerar hipertrofia. Além disto, os princípios da sobrecarga, da super compensação e da variabilidade devem ser também aplicados. Este tipo de treino

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deverá ser efectuado por alguém que já é praticante de trabalho de força e que já está num patamar de treino superior a uma pessoa inactiva ou que não pratique treino de força. O treino tem de ter 3 séries com 8-12 repetições. Peso: muito subjectivo (varia muito de pessoa para pessoa), dependendo da forma física de cada um.

Fonte: Selma Sousa - Club Manager @ Fitness Hut Sintra


1

O princípio da sobrecarga diz que o corpo se adapta aos estímulos e pára de evoluir, nesse caso é necessário continuamente fazer ajustes aumentando intensidade de alguma forma, seja a carga de trabalho, volume de repetições ou quantidade de exercícios para aquele grupo muscular.

2

O princípio da supercompensação diz que após o treino o corpo entra em um quadro de inflamação muscular e quando se recuperar vai voltar melhor do que o estágio anterior. Mas tem um momento certo para realizar o novo treino, que não pode acontecer com esse músculo ainda não recuperado ou recuperado por tempo demais, por exemplo, treinei peito segunda-feira e daqui só daqui a 10 dias é que treino novamente.

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3

O princípio da variabilidade diz que o organismo que sempre tenta nos proteger e para isso fica tentando se adaptar aos treinos que você realiza. Só que pensando na hipertrofia, é importante variar os estímulos com exercícios e métodos de treino diferentes. Comece já a reforçar os seus treinos! A Selma Sousa deixa-vos um treino de hipertrofia.

3.1

Supino com barra – deitar de barriga para cima e agarrar na barra com pega larga; trazer a barra ao peito e empurrar na direcção do tecto

3.2

Supino inclinado com halteres – deitar de barriga para cima, um haltere em cada mão, baixar os braços, dobrando-os até aos 90’ e empurrar para o tecto, esticando novamente os braços

3.3

Aberturas com halteres – deitar de barriga para cima, agarrar nos halteres de maneira a que as palmas das mãos fiquem de frente uma para a outra, abrir os braços ao lado, mantendo uma ligeira flexão e subir, juntando os pesos em cima

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4

Aberturas cruzadas no cross-over – posicionar um pé à frente do outro, à largura dos ombros, com uma distância ligeiramente superior à de um passo. Agarrar uma pega em cada mão, que devem estar abaixo do nível dos ombros, com cotovelos ligeiramente flectidos. Aproximar as mãos lentamente até que os braços estejam quase esticados, sem curvar as costas e contraindo bem o abdominal. Voltar lentamente à posição inicial

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5 6 106

Flexões – mão afastadas para além da linha dos ombros, apoiar na ponta dos pés e levar o peito quase até ao chão, empurrando de seguida o peso para cima, esticando os braços

Pull-over – deitar de barriga para cima com a cabeça na ponta do banco, agarrar num haltere e levá-lo atrás da cabeça, o mais abaixo possível e trazer de novo o peso para cima


7 8

Extensão de tricep à testa – deitar de barriga para cima, agarrar na barra com pega estreita, braços esticados e levar a barra à testa, sem mexer o braço e com os cotovelos sempre a apontar para o tecto. Só o antebraço se movimenta. Voltar a levar a barra acima, esticando os braços

Supino com pega estreita – deitar de barriga para cima, agarrar na barra com pega estreita e levar a barra até à barriga com os cotovelos sempre junto ao tronco. Empurrar a barra para cima, esticando os braços

Fotos: Liete Couto Quintal - LCQ Photography https://www.facebook.com/lietecoutoquintal

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LINGUAGEM DA MULHER EMPREENDEDORA

A ANDREIA RODRIGUES

mulher é por natureza Empreendedora e assim se expressa quanto mais se Empoderar do seu Poder Interior Feminino, numa linguagem sagrada que só ela poderá aceder.

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O poder feminino tem sido negligenciado e ignorado há centenas de anos. De tão subjugada e oprimida pela cultura patriarcal e machista, o Feminino foi se esquecendo de seu poder. Desaprendeu a reconhecê-lo. Em pleno século XXI, esse poder começa a ganhar força, a manifestar-se em novas atitudes e escolhas de cada mulher. Reconhecer e reconquistar-se a ela própria.

Trata-se, acima de tudo, de um resgate pessoal, interno, introspetivo e a premissa que a mulher é a única capaz de “fecundar um novo mundo”. A Linguagem do Empoderamento feminino É uma genuína reconexão com a energia criativa e reprodutora da mulher. É um reconectar-se consciente e consistente do corpo e da mente de cada mulher com sua essência sagrada da criação. A mulher empoderada é uma mulher que conseguiu se


vincular ao seu processo de autoconhecimento o suficiente para reconhecer sua natureza e essa natureza é poderosa, sem precisar fazer força; apenas estando presente, transparente, autêntica, consciente de si. Quando ela se sintoniza, se alinha em todas as suas dimensões, físico, emocional, mente e espiritual, manifesta-se harmoniosamente! Se se observar os ciclos da Lua, a fertilidade da Terra, as marés, todo esse movimento, associa-se à A Mulher que reproduz dentro de si essa dinâmica. Está no seu ventre, na sua intuição, na sua beleza, na sua singularidade. A energia feminina é pulsante e transformadora que cria outra vida; e mesmo que uma mulher não engravide, ela tem uma estrutura especialmente preparada

para essa alquimia. O poder de transmutar está nela. É um potencial de criação disponível para múltiplas formas de trazer à “luz”. Manifestação da Mulher Empoderada A “fama” da Mulher sinónimo dos sete ofícios, encerra a sua capacidade nata de representar vários papéis ao longo do seu dia: a mulher, a profissional, a mãe, a esposa, a amiga, etc.. mas nem sempre desempenhou as mesmas funções na sociedade. Se em outras épocas, ela ficava circunscrita às tarefas da casa, hoje a mulher “abandonou” o lar e foi para o “mundo”, reinventando-se em várias áreas profissionais deixando a sua marca pessoal e tomando decisões/escolhas conscientes, tanto se valorizan109


LINGUAGEM DA MULHER EMPREENDEDORA

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do e se manifestando por elas em sintonia com a linguagem interna. Numa ordem natural, assim “nasce” a Mulher Empreendedora: acesso ao seu Poder Interior - Empoderamento - Empreendedorismo: Relembrando que existe um poder dentro de Mulher, que a faz mover em direção aos seus sonhos, como uma energia que a leva para onde ela queira ir. Ela é responsável, por aceder a essa energia e “alimentar” a sua vida de forma que ela seja encaminhada para o seu objetivo. Esse poder interior é como “combustível” é a condutora deste veículo que é sua vida e determinará o caminho que quer percorrer. Esse poder interior, “combustível”, é fundamental para que uma mulher se empoderar de si mesma e seguir seu destino de maneira segura e confiante naquilo decidiu fazer. É também relevante, para que a sua jornada seja mais prazerosa e repleta de grandes conquistas

e realizações pessoais. Algumas mulheres, não estão a conseguir o que desejam, talvez porque deixaram de acreditar nelas próprias, de terem Fé em si mesmas... sonhos que ficaram “na gaveta” por terem “desativado” esse poder (muitas vezes por opressão de outrem) pela vergonha de ousar, de fazer


Autoconhecimento A prática do autoconhecimento, que faz com que a mulher volte-se para si mesma, é fundamental para que inicie o seu processo de transformação interior/ desenvolvimento pessoal. Essa transformação vai permitir, que a mulher quem quer Ser e como deseja que os outros a vejam e tratem.

diferente e ir mais além. Estratégias básicas Mulher Empreendedora Despertar o poder interior de mulher, empoderar-se e depois converter em Mulher Empreendedora, é de terem em conta três tipos de “combustíveis”: autoconhecimento, a autoestima e a autoimagem.

Autoestima A autoestima elevada, é outro “combustível” importante… a mulher sentir-se bem com ela mesma, se valorizar e querer viver de maneira prazerosa. A autoestima desperta dentro da mulher uma vontade imensa de querer vencer e superar qualquer obstáculo, porque reconhece o seu poder interno e relembra-a de seguir em frente para onde deseja ir. Sente-se confiante e a autoconfiança é um requisito para alcançar seus objetivos. 111


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LINGUAGEM DA MULHER EMPREENDEDORA

Autoimagem “Acender a chama” do poder interior é como a mulher se vê. A autoimagem é essencial para continuar a jornada, porque à medida que a mulher se visualiza e como se deseja ver a partir de agora, faz toda a diferença. A questão coloca-se de como a mulher se vê para depois manifestar na ação que quer desempenhar na sua vida. Apelo Ser como a águia, sentir, pensar, ver e ousar ir mais além! Sentir-se livre para fazer o que verdadeiramente quer (essencial Tentar, sem

a tentativa nunca poderá saber a resposta); tomar as decisões sobre a própria vida, sem se deixar intimidar ou limitar pelas expectativas alheias. Começar a fazer as coisas diferentes do habitual, explorar o novo, o ser criativo. Mulher que se Ama. A mulher pode, é capaz e merece viver no seu melhor. Só depende dela, despertar o seu poder interior e empoderar-se e brilhar na sua vida. Permitir-se sentir, esse poder dentro de si mesma e num diálogo interno descobrir o que a faz Feliz e sendo Empreendedora de si mesma em primeiro lugar, e depois no Mundo. 113


CINEMA POR TIAGO VAZ OSÓRIO

TIAGO VAZ OSÓRIO

NEGAÇÃO

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nvolto sobre a temática do Holocausto, “Negação” conta a luta em tribunal de Deborah E. Lipstadt (Rachel Weisz), uma conceituada investigadora judia sobre o extermínio do povo judeu durante a 2ª Guerra Mundial. A sua obra é fortemente crítica do trabalho do historiador David Irving (Timothy Spall), um -negacionista do Holocausto que a utilização de Auschwitz para o extermínio nas câmaras de gás apenas serviu para o povo judeu lucrar. O historiador britânico sentindo-se prejudicado pelo que Deborah

escreve no seu livro entra com um processo por difamação contra a investigadora.

“Negação” é um filme baseado em factos reais e grande parte da história é passada no Reino Unido onde Deborah vai ter provar que tudo o que afirma no seu livro é verdade, ou seja, provar que Irving é um mentiroso e que o fez propositadamente. Enquanto que nos Estados Unidos a lei protege o réu até prova em contrário, no caso britânico é o réu que tem de se defender das acusações pelo que o caso de difamação pode acabar por ter consequências muito mais graves.


Com a vitória de Irving passaria a haver um julgamento que colocaria em causa a veracidade do extermínio de milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Com uma das melhores equipas de advogados do Reino Unido Deborah vai fazer frente a Irving mas com uma estratégia que pode não agradar a todos, principalmente ao povo judeu e aos sobreviventes que querem ter uma voz ativa naquele que pode ser o julgamento de um dos mais pesados legados da História da Humanidade. A estratégia: impedir que um julgamento por difamação se transforme num julgamento sobre a existência ou não do Holocausto. Pôr de lado tudo o que seja

emoção e que pode originar erros fatais para o caso e focar na capacidade de David Irving fabricar factos para os pôr ao serviço das suas opiniões racistas, xenófobas e nazistas. Um filme de emoções fortes mas que pelo lado mais jurídico poderá não ser do agrado de todos os públicos. No entanto é uma prova de que muitas vezes é importante deixarmos de parte a emoção e a vontade de resolvermos por nós os problemas por achamos que o podemos fazer melhor que ninguém e deixamos que sejam outros mais distanciados do que nós a ajudarem-nos a resolver o problema. 115


NA PRÓXIMA EDIÇÃO....


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