Revista Inurban - Edição de setembro

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Setembro 2017 | Nº 32

RINOPLASTIA FILIPA ASSIS

ESTREIA-SE NO ARRANQUE DA RÁDIO EUROPA

NA CRÓNICA DESTE MÊS

FÁTIMA VIEIRA UM ROSTO NO MUNDO IMOBILIÁRIO

O VALOR DO DINH€IRO

E para si? Que valor tem?


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ÍN DICE

FICHA TÉCNICA Coordenação Editorial Manuela Pereira Tiago Barreiro

Colaboração Editorial

4 ARMÁRIO SEM CHAVE 8 ARTIGO Dinheiro é Felicidade? 16 CRÓNICA Dr. Filipe Magalhães Ramos 21 DIVULGAÇÃO Elifexir Dermo 22 CRÓNICA Sónia Machado 28 ENTREVISTA Filipa Assis 33 DIVULGAÇÃO Pinta Fashion 34 PEQUENOS MARQUESES 44 ENTREVISTA Filipa Vieira 50 POR DETRÁS DO PANO by Eduarda Andrino 56 ARTIGO Treino Propriocetivo e Treino Neuromuscular Reativo no Desporto 62 RUBRICA Conexão Fashion 70 COLUNA SOCIAL by Eduarda Andrino 78 CINEMA por Tiago Vaz Osório 80 DIVULGAÇÃO Fitness Hut Paginação e Design

Mónica Oliveira

Fotografia Capa Pedro Estevens

Áurea Venceslau, Eduarda Andrino, Filipe Machado Ramos, Fitness Hut, Hugo Osório, Manuela Pereira, Maria Inês Matos, Olga Muro e Silva, Sónia Machado, Telmo Firmino, Tiago Vaz Osório

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CARTEIRA À CINTURA É a Nova Tendência! 44


ARMÁRIO SEM CHAVE

O

s hippies gostam delas às cores e os caçadores não as dispensam, há muitos anos. Nos anos 80 e início dos 90, eram obrigatórias, de preferência acompanhadas por um fato de treino colorido de um tecido que se assemelhava a plástico amarfanhado. Agora as fashionistas descobriram-nas na Semana de Alta-costura de Paris. Porque ainda que o conceito provenha dos anos 90, o reaparecer das carteiras para usar à cintura foi complementado com um novo design, super elegante e prático. Estamos a falar de uma carteira fina presa a um cinto que molda as curvas feminina. E aqui surge a maior diferença comparativamente aos modelos das décadas anteriores. A ideia do turista confortável é alterada para a contextualização da mulher cosmopolita,

elegante, mas que aprecia a prática no que diz respeito a carteiras. Renasceu uma tendência. São as novas estrelas do street style. Sarah Jessica Parker passeou por Nova Iorque com uma carteira da Chanel presa à cintura, a tendência renasceu inesperada mas elegantemente. Outra aparição deste acessório foi a da Kendall Jenner, apareceu com uma bolsa de cintura Luis Vuitton. Claramente que a Internet reagiu instantaneamente as fotos. Foi então criado o hastag 5


#fannypack, nome que as fashion advisors chamam a esta carteira. Claro esta que houve uma enorme adesão a esta tendência. As grandes marcas como a Emporio Armani e a Kenzo mostraram nos últimos desfiles 66

que as carteiras não se querem grandes. Logo atrás delas vieram as fast fashion, com modelos de bolsas de cintura a preços mais acessíveis. A Gucci a Alexander Wang, requintaram a tendência e fabri-


ARMÁRIO SEM CHAVE

cam-nas agora ainda mais práticas. Com tamanhos reduzidos, pouco volume e em materiais de qualidade, como pele. Até o fecho deu lugar a fivelas que as aproxima de cintos-carteira. Pode nos encontrar na loja online

através do facebook ou loja física situada em Chaves. https://www.facebook.com/armariosemchaveforman/?fref=ts

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DINH€IRO

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É Felicidade?


ARTIGO

D

izem que o dinheiro não traz felicidade...

Ainda assim, parece-me que vivemos através dele: seja para dormir, comer ou ter vida social não concebemos sequer dar um passo sem contar com algum dinheiro no bolso. Infelizmente, e por mais românticos que queiramos ser, não conseguimos viver apenas de amor e uma cabana. O dinheiro faz-nos falta e faz toda a diferença na forma como percebemos a nossa satisfação com a vida. É feio pensar assim? Talvez, mas não há como evitá-lo... Quer se trate de ansiedade na hora de pagar as contas, inadequação em relação ao valor da nossa renda (vivo em Lisboa, o drama é real!), ou sentimentos de culpa por gas-

tar em demasia, a verdade é que o dinheiro é sempre um assunto desconfortável. O dinheiro é frequentemente apontado como a maior fonte de preocupação e instabilidade entre casais bem como a maior fonte de frustração com o emprego. Ora se viver sem dinheiro parece ser uma chatice, seria lógico assumir que é ele a solução para os nossos problemas. Mas nem esse pensamento pode consolar-nos. De acordo com o Relatório Anual de Riqueza Mundial, nem os ricos saem impunes! Também eles vivem consumidos por preocupações idênticas às de todos nós, comuns mortais, também 9


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eles se angústiam com a forma como poderão manter o seu estilo de vida, como deixar herança, como aplicar os fundos de forma reponsável e como é que os seus descendentes irão gerir todo esse legado. Para muitos de vós essas preocupações podem ser absurdamente insignificantes, mas uma vez sentidas como reais serão sempre fontes de stress e desconforto, seja rico ou pobre quem as

sente. Mas então como podemos fazer as pazes com o “inimigo”? Como podemos viver em paz com esse formigueiro incómodo de um país em crise? Não será surpresa para ninguém quando digo que a harmonia que muitas vezes sonhamos alcançar está quase sempre debaixo do nosso nariz e pode ser deslindada com a orientação certa. Mas já lá chegaremos...


ARTIGO

Para melhor percebermos a estranha relação entre o dinheiro e a felicidade vamos primeiro prestar atenção a algumas noções humanas essenciais. Um estudo dirigido pelo Dr. Boyce do Centro de Ciências do Comportamento da Universidade de Stirling traz-nos uma pista: “Muitas vezes supõe-se que à medida que o rendimento aumenta também aumenta a nossa satisfação com a vida. No entan-

to, esse não parece ser o caso. O que realmente importa é quando o rendimento deixa de existir pois isso torna as pessoas conscientes da sua falta”. Assim sendo, e citando o próprio Dr. Boyce, é necessário pensar apenas em alcançar a estabilidade financeira para nos permitirmos sentir verdadeira felicidade. Nesta mesma linha de raciocínio, a Organização Gallup pediu a 11


ARTIGO

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milhares de pessoas em 156 países diferentes para classificarem a sua qualidade de vida numa escala de 0 a 10. Naturalmente que as 5 principais nações a reportar felicidade diziam todas respeito a países relativamente ricos, pacíficos e liberais em que os cidadãos tinham acesso a cuidados de saúde, tempo familiar e social, bem como educação (a título de curiosidade: a Dinamarca, a Finlândia, a Noruega, a Holanda e o Canadá apresentaram-se assim como os países mais felizes). Já os países africanos foram os que declararam menor qualidade de vida. E porquê? Porque são países onde o dinheiro para assegurar as necessidades básicas de alimentação, abrigo, saúde e segurança da sua população simplesmente não existe, e onde as pessoas se sentem continuamente oprimidas, frustradas e incapazes de prosperar. Já em 2010 o prestigiado cientista galardoado com o Nobel da Economia, Daniel Kahneman, havia encontrado um efeito muito semelhante: observando pessoas divorciadas denotou que até determinado rendimento as pessoas reportavam extrema infelicidade com a separação, mas a partir de um certo e avultado valor esse efeito deixava

de existir. Naturalmente, e embora as relações possam sofrer, ter mais dinheiro pode amortecer o efeito das tensões e mudanças na vida, dando às pessoas mais opções e recursos. Na verdade, conclui, é mesmo a personalidade individual e circunstâncias de vida que melhor determinam a felicidade, assim que vejamos como atendidas as nossas necessidades primárias. Quero com isto dizer que não importa a quantidade de “papel” que temos mas sim o papel que deixamos que ele assuma na nossa vida, deixando que ele tenha prioridade nas nossas escolhas. Como um vício. E assim chegamos à eterna encruzilhada da vida humana: como usar os recursos de que dispomos da melhor forma? Bem, não vou mentir, o dinheiro consegue de facto comprar-nos muitos sorrisos no rosto... Mas da mesma forma que nos dá prazer pode tornar-nos presunçosos e materialistas, levando-nos a não conseguir apreciar verdadeiramente os detalhes dessa felicidade. Podemos então reverter o processo, propondo-nos gastar esse dinheiro a ajudar outros, ou até mesmo poupado de forma a precaver momentos de crise inesperados. Porque dos maiores arre13


INÊS MATOS

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pendimentos das pessoas em final de vida não se refere aos bens que não conseguiram acumular mas antes ao tempo de qualidade que não conseguiram despender com os seus. Mas então e a terapia, pode ajudar? Curiosamente, muito recentemente tem vindo a desenvolver-se uma nova corrente terapêutica à qual se chama precisamente Terapia Financeira. Ela pretende combinar conselhos financeiros tradicionais com a exploração psicológica dos motivos e justificações que dirigem o comportamento de um cliente em relação ao dinheiro. Por exemplo, uma

fraca auto-estima pode fazer-nos assumir que nada do que fazemos será alguma vez suficiente, fazendo com que o que pensamos acerca de nós próprios limite a forma como gerimos os nossos recursos. E nem é preciso ir tão longe, basta pensarmos num caso clássico de consumismo desenfreado para percebermos que muito do que nos move é emocional. E no que toca a algo tão necessariamente prático como o dinheiro, essas emoções deviam estar sob vigilância. Nesse sentido, um terapeuta pode ajudá-lo a identificar e enfrentar qualquer padrão psicológico que tenha sobre dinheiro através de técnicas terapêuticas simples, como


ARTIGO

incitá-lo a recordar memórias ou escrever associações de palavras que estejam relacionadas com essa dificuldade, ou simplesmente darlhe ferramentas de planeamento financeiro clássico, como balanços e poupanças. Esta orientação terapêutica pretende perceber as razões pelas quais nem sempre tratamos o dinheiro da maneira que devemos, identificando padrões ineficazes de comportamento e atitudes desafiadoras que podemos ter desenvolvido

inconscientemente ao longo dos anos. O objetivo é equilibrar a visão emocional que está normalmente associada a problemas financeiros, incentivando um comportamento financeiro mais tranquilo e racional. Sim, porque uma mente calma promove sempre melhores decisões. Para concluir, julgo ser legítimo dizer-se que é a tranquilidade e não o dinheiro que nos traz felicidade.

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DR. FILIPE MAGALHÃES RAMOS


CRÓNICA

RINOPLASTIA

A

cirurgia nasal pode ser realizada por dois motivos: estéticos e/ou funcionais.

A nível estético facilmente se percebe que, pela sua localização central na face, o nariz contribui de uma forma marcante para a harmonia facial, sendo a primeira zona do rosto a captar atenção. O nariz deve ser adequado à face e, pelo facto de poder apresentar variações na forma e tamanho é, frequentemente, alvo de grande insatisfação. A Rinoplastia surge como a cirurgia indicada para quem está insatisfeito com o formato do seu nariz, apresentando como principal finalidade a correção de deformidades, tornando o nariz mais harmonioso com a restante face.

Esta intervenção cirúrgica pode ser associada a outros procedimentos nasais, nomeadamente de correção de aspetos funcionais do nariz que condicionam, por exemplo, problemas de respiração crónicos. O especialista, pelos conhecimentos anatómicos e fisiológicos que possui das estruturas nasais, terá sempre em conta a componente estética e a vertente funcional da respiração nasal. Possuimos diversos casos de pacientes que fizeram a rinoplastia e as histórias são realmente incríveis. Segue alguns casos: 17


CRÓNICA

L i l i a n a F i l i pa

A Liliana Filipa, ex-concorrente da Casa dos Segredos, decidiu que uma Rinoplastia seria um sonho e uma mudança na sua auto-estima. Por isso, recorreu à nossa clínica para poder corrigir o seu nariz. O resultado é simplesmente incrível. Conseguimos captar fotografias uma hora antes da cirurgia à esquerda, 7 dias após a cirurgia no meio e 21 dias pós cirurgia à direita.

H e l e n a C o e lh o

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A conceituada youtuber portuguesa Helena Coelho, conseguiu o seu maior desejo: um nariz pequeno e simétrico com o seu rosto.


Agnes Marques

A Agnes Marques, ex-concorrente da Casa dos Segredos, concretizou o sonho de corrigir o seu nariz. Realizou uma rinoplastia alcançando um resultado brilhante.

C ata r i n a

Catarina era uma jovem de 22 anos, que tinha alguns alguns complexos com o seu rosto, especialmente no que toca ao seu nariz. Para além de questões estéticas, Catarina apresentava alguns problemas de respiração, e, consequentemente, frequentes dores de cabeça. Por esta razão, participou da rubrica Mudança de Visual, onde foi realizada uma rinoplastia para corrigir tanto a parte funcional, como a estética. 19


CRÓNICA

P at r í c i a

A patrícia era uma jovem de apenas 19 anos que durante a infância desenvolveu uma dificuldade em respirar pelo nariz. Devido a esta complicação, a Patrícia sempre respirou pela boca, o que trouxe algumas consequências para a fisionomia da sua face. O seu rosto cresceu numa dimensão vertical e o nariz ficou mais projetado. A Patrícia foi submetida a rinoplastia convencional e a um preenchimento das zonas malares para equilibrar e harmonizar o rosto. Ainda, foi minimizada a distância entre o lábio e o queixo através da injeção de ácido hialurónico. Desta forma, foram corrigidos os desajustes da proporção da face. Para mais casos e histórias emocionantes: http://www.fmrcirurgiaestetica.com/ Clínicas no Porto e em Lisboa. Telefone geral: 22 316 8066 20


DIVULGAÇÃO

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UM ESTATUTO

CHAMADO DINHEIRO 22

“Quanto custas?”


CRÓNICA

T

enho quase quarenta anos e talvez, seja só a minha infância que não se recorde ou talvez, somente tenha sido abençoada pela sorte de nascer sem grandes recursos. Ou talvez, mais do que isso, tenha sido somente uma questão de escolha, uma das melhoras que eu fiz na vida: dar valor e não preço a tudo e a todos! Sou uma apaixonada por gente, principalmente aquela que ainda se constrói com poucos anos de experiência e de uma sabedoria intemporal. Gosto, particularmente, de as observar e as sentir e se há muitas vezes que me encanto com a ingenuidade que conseguem preservar, outras há, que me assusto com os males, que nós, a gente grande, lhes imprime. Uma dessas vezes, deparei-me com uma discussão acesa entre

várias meninas que não tinham mais do que nove anos. Uma das meninas estava muito bem rodeada por outras quantas, todas se impunham vaidosas e altivas - quase lhes acrescentava uns centímetros à altura, era capaz de jurar - mostravam as joias diversas que tinham, nada mais, nada menos do que uma meia dúzia de bijuterias francesas (digo eu que pouco me importo) que lhes tinha trazido de Paris. “- Não somos mais tuas amigas!“ - Porquê? - questiona a criança desprovida de adereços parisienses . - Ora, porque nunca vais a Paris...e nunca nos vais trazer coi23


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sas tão maravilhosas como estas!” É incontornável a minha atenção sobre elas e faço a minha reflexão a respeito das relações, dos valores e princípios implícitos em tudo que somos e fazemos e consequentemente lhes serve de exemplo, assumindo uma responsabilidade que me pertence (neste estado de gente grande que deve e tem obrigação de ser exemplo). A sociedade está cada vez mais à venda e as pessoas parecem mercadorias descartáveis à porta do desemprego ou no final de uma relação de anos que teve como

desfecho um adeus sem cuidado para com o outro ou simplesmente, no trato diário ausente de empatia e que tantas e tantas reduz o humano ao interesse económico, estratégico ou de conexão análoga. Parece que tudo se vende, tudo se troca e tudo mais se compra. E é essa a lição que diariamente damos às nossas crianças, de forma consciente ou nem tanto, são estes conceitos que lhes vamos interiorizando.

Vem-me à memória conversas soltas de miúdas pouco mais velhas, que em vez de aproveitar o


e z , . o . e o s

s o

CRÓNICA

tempo em diversões de gargalhada solta, se disputam em listas ferozes de viagens feitas, países conhecidos, lojas frequentadas e uma panóplia de relíquias brilhantes e vistosas que enchem os seus roupeiros, joias e afins, chegam muitas das vezes a falar de dinheiro, investimentos e patrimónios quase milionários. A competição é tanta e o preço de tudo parece tão evidente que quase chego a vislumbrar as etiquetas penduradas nas pessoas. É tudo (ou quase, dispara a minha réstia de esperança) uma questão de preço e disponibilidade para

pagar. Recordo ainda um miúdo que altiva a voz para um empregado (dito de terceira categoria e que lhe rasga a meio o estatuto de adulto e quem sabe de ser humano) e lhe manda cumprir funções, com o argumento potente de que era o seu pai que lhe pagava o ordenado ou outro que pouco lhe presta a atenção e ultrapassa largo o respeito, porque lhe diz de peito cheio que ele ali nada é, nem tão pouco influência na sua pauta de notas máximas, e por si só não vai perder tempo a ouvi-lo, bajular e muito menos lhe inventar um 25


SÓNIA MACHADO ARAÚJO

CRÓNICA

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respeito desnecessário, não tendo ele retorno contabilizado. Ouso dizer que lhe prestamos pouca atenção. Somos adultos demasiadamente preocupados, que não paramos para os ouvir, sentir e observar nas relações que vão construindo e os sentimentos, valores que vão trazendo para dentro

de si. Respeito as particularidades de cada um, as histórias que se contam diferentes e que lhes confere o direito de ter outras ambições, conceitos e prioridades. No entanto, acredito que no meio de tantos números e ambições desmedidas vai-se perdendo valores, sentimentos e princípios básicos para a formação equilibrada e ín-


tegra do ser humano, sem falar na perda significativa de empatia. É nessa empatia que insisto. Porque tudo pode ser vendido ou comprado, menos o que nos confere a humanidade. Menos a capacidade de olhar e sentir o outro além, muito além da posição que ocupa, do estatuto que têm ou da conta bancária afortunada que possuí.

Que sejam livres as nossas crianças, que sejam abençoadas e felizardas de berço de ouro, que queiram elas comprar conforto, viagens e bens, mas que tenham elas também direito de ter por perto as bases fundamentais para a nossa existência emocional e que lhes seja ensinado a mais importante lição: A dar valor e não preço a tudo e a todos! 27


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F I L I PA ASSIS


ENTREVISTA

N

asceu uma nova rádio? - Eu diria antes, que renasceu.

Rádio Europa. Que projecto é este? - Existe a rádio Europa, uma rádio com mais de 30 anos, que passou por vários projectos, onde eu há 19 anos, também fiz parte e existe a Rádio Europa, que renasce e que apresenta um projecto sóbrio, adulto, numa rádio de essencia musical, feita de grandes clássicos e com muitos conteudos interessantes e de próximidade com os ouvintes. Quem são as vozes que lhe dá vida neste momento? - Somos 3 vozes. Eu costumo dizer, que sou eu e os Pedros... O Pedro Sousa, que dá voz ao desporto, o Pedro Marques, que é voz da rádio a par comigo.

Que rádio pretender ser a Rádio Europa? - Uma Rádio pretende sempre aquilo que no meu entender deve ser... próxima e que consiga prender as pessoas. A Rádio Europa que acaba de nascer, é uma rádio adulta, com um publico alvo, na casa dos 35/55 anos, feita com grandes clássicos dos anos 80,90 e inicios de 2000. Temos alguns programas de autor, um de jazz e pop alternativo, chamado a Menina da Rádio e que será feito por mim, o Top 24, que é uma viegem feita pelo Pedro Marques aos tops de outros anos e rubricas especificas, como a Liga da Europa, a opinião desportiva feita pelo Pedro Sousa e que pretendem prender o ouvinte pela próximidade. 29


ENTREVISTA

Não queremos grandes efeitos em termos sonoros, nada de rádio espéctaculo, mas sim, uma rádio que se ligue e que se tenha vontade de ficar... que não magoe o ouvido e o canse. É uma rádio local? - Eu acho que já nem as pessoas são locais, a globalização, a internet torna tudo tão próximo e tão local, como distante e desenraizado... quanto mais as rádios.... Em termos legais?...sim, é... mas estar online é importante para nós, até porque quem faz a Rádio Europa, trabalha também em projectos de comiunicação nacionail ou online. Mas, não vamos nem queremos esquecer o local onde estamos, Torres Vedras... e os conteudos, serão para todos, mas na sua essencia para quem está ali mesmo ao lado. 30

Que programas poderemos ou-

vir? - Bem! Já desvendei alguns antes, mas claro que há mais. Um dos conteudos, tem o nome de “O Disco da Minha Vida”, e convida pessoas, uns famosos, outros anonimos, queremos pessoas de Torres, mas também queremos os outros, que todos conhecem e também os anónimos... a ideia é o ocnvidado escolher um disco e o porquê da escolha... todos os dias irá passar uma música desse disco, com um compacto ao fim-de-semana... a ideia foi aproximar, porque a música apróxima pessoas e mostra mais de cada uma. Temos uma parceria com o INEM, “Um minuto - Uma Vida”... com dicas de socorro e saúde. E há mais... mas fica o convite para ouvierem! Temos sintonia OnLine? - http://www.radioeuropa.pt É um site simples, emissão online


com a repectiva palylist «, onde o ouvinte é automáticamente convidado a votar e uma ligação directa ao facebook da rádio. Apesar de ser uma rádio com emissão on line, há ambição para a levar mais longe num futuro a médio/longo prazo? Veremos... eu sempre tive a ideia, equanto pessoa da rádio, que bom mesmo, é comunicar para quem está do outro lado, seja um, sejam mil... mas que essa pessoa, saiba que é para ela que falamos... a tal próximidade... agora aqui, amanhã não sei! Esta rádio marca a diferença? Como? - Basta ouvir, estou certa que vão perceber... somos três pessoas com

uma paixão imensa pela rádio e pela comunicação, conscientes de que não vale a pena dar um passo maior que a perna e acima de tudo, tenho ao meu lado dois dos maiores profissionais em comunicação deste país, o Pedro Sousa e o Pedro Marques... eu e a Rádio Europa, somos umas sortudas. Os ouvintes, acredito que sejam também! Que tipo de público poderá ser o da Rádio Europa? - Foi pedido um estudo de mercado e sabemos que não podemos agradar a gregos e a troianos, a rádio tem como publico alvo, pessoas entre osa 35/55, mas a verdade é que como é uma rádio de clássicos, eu dou com as minhas, com idades en-

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ENTREVISTA

P

tre os 17 e 19 a cantarem em casa e no carro... quem é que não gosta daquele música intemporal? O que mais vos marcou no dia do arranque, quando o silêncio foi quebrado pela vossa voz? - A Rádio Europa tem como slogan, “As Estrelas da Sua Vida”,... falar disso, é quase como o nascer dum filho... e quem fez ou faz rádio, sabe o que digo... é uma sensação única.... dizia eu a propósito das estrelas... nessa noite, porque 32

a rádio entrou para o ar, precisamente à meia-noite de 10 de Agosto, vinha no carro, já a caminho da casa... parava o carro, para ir trocando mensagens com os Pedros, enquanto mantinha o portátil aberto no lugar do pendura, para irmos acertenado agulhas... a cada mensagem eu encostava o carro... e numa dessas paragens, cai à minha frente uma estrela cadente... é mais não digo, porque os desejos não se desvedam, como dizem as minhas filhas! Manuela Pereira


DIVULGAÇÃO

Pinta - Uma loja com atitude Vestir bem e confortável, hoje em dia, é simples e bastante em conta.

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Há marcas e lojas cujo principal objetivo passa pela qualidade/preço.

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EU QUERO... EU COMPRO C o n s u m i s m o I nf a n t i l

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A

tualmente as famílias trabalham muitas horas nos seus locais de trabalho e ainda, muitas vezes, para além do seu horário laboral.

Este esforço intenso que dedicamos à nossa esfera profissional permite-nos ter uma vida mais desafogada e mais equilibrada financeiramente. Entre o “custo” e o “benefício” desta nossa postura resulta um saldo positivo, pois assim temos mais meios de fazer face às nossas despesas fixas e a outras como a aquisição de bens e serviços. Um maior poder económico, por vezes, leva a um consumo exacerbado de bens e hoje nota-se que as famílias tentam dar tudo o que podem aos filhos e que estes, por sua vez, tornam-se cada vez mais exigentes. Numa tentativa de compensar os nossos filhos pela falta de tem-

po que temos para estar com eles, ou mesmo para compensar algo com que julgamos estar a falhar, ou ainda porque queremos que eles tenham aquilo que nós não tivemos, não conseguimos dizer NÃO. Isto leva-nos a ceder a quase todos os seus pedidos. No entanto, é fundamental ter a capacidade racional de dizer NÃO, uma vez que, desta forma, estabelecemos limites às crianças. O NÃO é um ato de amor tal como o beijo ou o abraço. É importante que os pais mostrem às crianças que nem sempre se pode ter o que se quer/quando se quer. Ao se aperceber desta realidade, a criança irá vivenciar situações de frustração, sendo estas 35


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determinantes para um desenvolvimento emocional saudável e equilibrado. Experimentar a deceção e a frustração faz parte do processo natural de crescimento do ser humano. Segundo a pedagoga Valéria Silva, é fundamental que o “NÃO” esteja presente na vida das crianças; “os pais precisam ter a segurança de falar “não” para o filho porque a frustração faz parte do nosso desenvolvimento como ser humano”. A frustração é inevitável e fundamental, pois através desta as crianças vão lidar com as limitações da vida,

alimentar os seus desejos e aspirações e, ainda, valorizar as suas conquistas. É papel dos pais ensinar os seus filhos a lidarem com a frustração da vida, sobrevivendo aos seus ataques de birra e ajudando-os a regular o seu humor e a encontrar soluções alternativas ao que pretendiam inicialmente. Aprender a adiar a satisfação é um requisito importantíssimo para a maturidade emocional das crianças e os pais devem auxiliar os seus filhos nesse processo. As crianças precisam de ter noção de que existem prioridades nas finanças


da família e que não é possível ter tudo o que se quer, no momento que se quer. A par desta dificuldade da família notamos, também, que as crianças de hoje são muito diferentes das crianças de antigamente. Facilmente podemos traçar o perfil da criança do século XXI, que se alterou profundamente em detrimento da criança do século XX. No século XX, as crianças brincavam no quintal, tendo por companhia os seus irmãos, pois a família era composta por vários filhos. Estas brincavam com cordas, baloiços, danças de roda,

jogavam à bola, subiam às árvores e realizavam atividades manuais, e assim elaborando brinquedos que os aliciassem. As crianças não opinavam sobre o que comprar ou que marca escolher, não eram consumidoras, recebendo as escolhas dos seus pais e/ou pessoas próximas com agrado e aceitação. Os pais controlavam o consumo familiar. As crianças do século XXI são muito diferentes, pois opinam sobre as coisas que querem. Elas escolhem o que querem, compram os seus brinquedos e quando algo se estraga deitam fora, pedindo outra 37


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coisa aos seus pais. Desta forma, as crianças cederam espaço aos produtos industrializados, renegando a produção manual de produtos distrativos. A apatia na escolha de brinquedos ou produtos deu lugar a um papel ativo das crianças como consumidoras. As crianças tornaram-se mais exigentes e não só escolhem os produtos como também influenciam, muitas vezes, as decisões de compra da família. Desde muito pequenas começam a influenciar os pais, direta ou indiretamente, na compra de bens. As crianças possuem inegavelmente uma postura forte na persuasão dos pais para a aquisição de brinquedos e outros produtos, desconsiderando a qualidade e o valor dos mesmos. Podemos afirmar que vivemos numa “Era de tirania” dos filhos, uma vez que eles ditam as regras e a forma da família se comportar. Passamos de um extremo a outro, ou seja, saímos de um modelo de educação repressiva para um

modelo de educação de extrema permissividade. Com esta alteração do perfil das crianças, das famílias e da influência dos filhos sobre os seus pais, estas tornam-se num alvo fácil e apetecível para os meios de comunicação. Muitas das campanhas publicitárias têm como público-alvo as crianças, procurando seduzi-las de forma a influenciar as decisões de compra das famílias e, assim, se tornarem consumidores dos seus produtos e/ou das suas marcas. O grande objetivo dos meios de comunicação é a consolidação da criança como consumidora ativa e com alto poder de influência. Tudo isto contribuí para um crescimento acentuado do consumismo na infância. Se o consumismo infantil se processa de forma equilibrada, adequada e saudável, este contribuí para o pleno crescimento das crianças do século XXI. Se o consumo infantil tende para o


descontrole é premente adotar estratégias para que a criança perceba que tudo tem um custo e que a sua família trabalha muito para a aquisição de todos os bens que possui. Várias estatísticas demonstram que existem algumas consequências relacionadas com o excesso de consumismo, tais como, a falta de imaginação para brincar com jogos simples, a falta de criatividade, o consumo precoce de tabaco e álcool, a banalização da agressividade e violência, entre outras. Para a pedagoga Valéria Silva é necessário que se estabeleçam filtros no contato das crianças com o consumo para que elas não sejam colocadas à mercê dos meios de comunicação e sejam, assim, vulneráveis ao bombardeio de informações publicitárias. Para esta pedagoga existem, para além das referidas consequências, outras mais graves, tais como o stress familiar, a obesidade infantil, a erotização precoce, entre outras. É extremamente importante que

desde muito cedo ensinemos os nossos filhos o valor do dinheiro, demonstrando-lhes que tudo o que se tem em casa e que tudo o que usam tem um custo financeiro. Devemos transmitir a noção de que para pagar tudo isso tem que se trabalhar muito para se poder receber o salário e assim fazer face aos compromissos. Devemos, ainda, mostrar-lhes que há limites para a aquisição de bens e serviços. O dinheiro é, na verdade, uma energia neutra, nós é que o concebemos como bom ou como mau e agimos em função disso. Quando falamos em consumismo infantil, não é, propriamente, das crianças que falamos, pois elas não detêm, na verdade, o poder aquisitivo. Falamos sim, dos pais, pois são eles que teoricamente têm o poder de controlo de aquisição e ainda o poder de controlo sobre a influência das crianças nas suas escolhas. Efetivamente, as crianças não têm a maturidade suficiente para se tornarem consumidoras 39


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saudáveis e sustentáveis e podem, facilmente, tornarem-se consumidoras precoces, levando a um consumismo exagerado. Isto pode ter um impacto no seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. A fim de evitar o consumismo infantil devemos colocar em prática algumas estratégias importantes nesse sentido. Primeiramente, devemos reconhecer que a infância é uma fase muito importante para a formação do futuro adulto, e em seguida reconhecer que a família é o primeiro e o mais importante agente na formação das crianças relativamente ao consumo. Na esfera familiar, as crianças aprendem a consumir e desenvolvem critérios e valores. Segundo Valéria Silva, a pedagoga, a família deve fornecer o apoio e a orientação aos filhos, “Elas (as crianças) podem ser expostas (publicidade) mas quem deve fazer esse caminho de filtro é a família que ali está para educar”. As primeiras lições que se podem dar às crianças começam nas atitudes simples do dia-a-dia. Pode-se dar às crianças algumas recomendações tais como: fechar a torneira enquanto lavam os dentes, apagar a luz ao sair dos espaços,

não estragar comida. Desta forma, vai-se demonstrando que até o mais básico de que usufruímos deve ser valorizado, preservado, pois tudo é pago. Segundo a psicóloga e terapeuta familiar Maria Alice Targa, “a educação financeira não está isolada da educação global e deve ser considerada desde o princípio”. Mesmo que não se fale sobre finanças com as crianças, este assunto está implicitamente presente no contexto familiar, uma vez que estas observam os pais e a forma como eles lidam com o dinheiro, o poder e as aquisições que fazem. A família é, assim, fundamental para o controle da influência dos meios de comunicação sobre as crianças, regulando o contato destas com a televisão, evitando o seu contato com os intervalos comerciais, substituindo o uso dos dispositivos tecnológicos e fomentando práticas saudáveis como a brincadeira e desporto. São os pais que detêm a responsabilidade de educar os filhos para o consumo. A escola também pode ter um papel importante na vida das crianças e colaborar com os pais na prevenção do consumismo exacerbado. As crianças, quan41


OLGA MURO E SILVA

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do vão para a escola e convivem com os seus pares, tendem a aumentar os seus desejos de consumo, pois este é despertado pelo que os amiguinhos têm. A escola pode colaborar, tentando nortear a conduta das crianças, desenvolvendo princípios orientadores. A escola pode assumir o papel de responsável por preparar as crianças para a vida futura, ou seja, promovendo a formação de futuros adultos conscientes e responsáveis no que concerne ao consumismo. Tanto a família como a escola podem unir esforços e empenharem-se no sentido de orientar a educação, desde muito cedo, para princípios e valores de vida. Ambos devem garantir que as crianças vivenciem a sua infância adequadamente

e que se formem como adultos equilibrados e saudáveis e, principalmente, sendo os exemplos de vida no desenvolvimento de conhecimentos e habilidades para lidar com o mundo de consumo. Segundo Barber, “o consumismo cívico espera capacitar os consumidores genuinamente, tornando-os compradores cuidadosos e responsáveis”. O economista Alfredo Meneguetti fala em cinco lições que os pais podem colocar em prática para falar sobre finanças com as


sando o valor, sendo esta apenas uma forma de as crianças perceberem que se gastarem todo o dinheiro de uma vez não irão ter mais tarde se assim o quiserem;

crianças: 1. Mostrar às crianças que as coisas que ela tem em casa não são dadas - há um custo diário para manter a vida em funcionamento; 2. A partir dos seis/sete anos as crianças devem acompanhar os pais nas compras de supermercado e deve-se ir explicando o custo dos produtos (carne, peixe…); 3. A partir dos seis/sete anos pode-se começar a dar uma semanada às crianças, não interes-

4. Oferecer um mealheiro às crianças para que possam guardar algum dinheiro; à medida que vão administrando e poupando, este estará guardado e não se poderá retirar tão facilmente; 5. Estabelecer metas com as crianças, seja na compra de algum bem ou na economização de algum valor. O desenvolvimento das crianças deve ser uma preocupação de toda a sociedade. Ao combater o consumismo estaremos todos a contribuir para a formação de adultos conscientes, equilibrados e saudáveis. 43


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QUANDO A SU CASA P


UA CASA ESTÁ NA PRÓPRIA

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ENTREVISTA

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átima Vieira é um dos rostos da imobiliária Casa Própria, com mais de 15 anos no mercado. Continua, ainda hoje, a dar cartas no mundo da transação imobiliária e tem mostrado provas de qualidade e sustentabilidade que a colocam no ranking das melhores empresas imobiliárias de Lisboa. Saiba porquê.

A Casa própria existe há 15 anos no mercado imobiliário. Como é que foi sobreviver ao longo destes anos num mercado competitivo, mas que também passou por um período menos positivo? - A Casa Própria é uma empresa familiar e os tempos que o mercado imobiliário viveu há uns anos atrás foram difíceis, sem dúvida, mas nós optamos pela qualidade, honestidade e transparência, características que nos diferenciaram e ainda hoje diferenciam. 46

Os clientes procuram-nos não só por isto, mas porque a nossa localização, no centro de Carnaxide, nos dava alguma exposição positiva e competitiva. Quem vos procura, de forma geral? - Clientes de clientes, familiares de clientes, novos rostos que diariamente surgem para arrendar casa ou vender. Temos uma enorme diversidade de clientela que nos permite crescer de forma sustentável. A sua permanência faz de nós muito mais exigentes.


Curiosamente, a Casa Própria é uma empresa familiar. Há algum segredo para se conseguir gerir a família dentro do trabalho. Ou esse é mesmo o ponto do sucesso? - A simplicidade, o à vontade, o carisma de amizade e confiança que existe é, provavelmente, a chave da engrenagem. Não misturamos assuntos, mas é evidente que o laço afetivo torna mais sólido o que executamos. Que três palavras definem o sucesso do A Casa Própria? - Qualidade, profissionalismo e carisma Atualmente, quão difícil é trabalhar no meio imobiliário? - É um pouco. O mercado imobiliário tem alguma imagem denegrida por algum mau profissionalismo de colegas da área.

O importante, no entanto, é continuarmos no nosso ritmo e quebrar essas barreiras que acompanham alguns clientes. Mostrar com o nosso trabalho que podem confiar no produto que possuímos e nas orientações que prestamos. O mau exemplo nunca deve ser a nossa preocupação. Procuram mais alugar ou vender habitações? - Existe um misto. Há quem procure desesperadamente casas para arrendar e quem queira comprar. Neste momento há uma procura de T2 e T3, sobretudo, mas os preços estão ao rubro. Estamos a atravessar uma época de muita procura e pouca oferta. Mas a Casa própria tem outros serviços ao público? 47


ENTREVISTA

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- Sim, fazemos financiamento bancário, avaliações, certificados energéticos e uma equipa de remodelação para quem deseja fazer obras.

balhar inserida num mundo onde ambos os sexos predominam, já. Todos aprendemos uns com os outros e podemos evoluir mais rapidamente.

Curiosamente, a área imobiliária era dominada pelos homens. Como é trabalhar num mundo, inicialmente, dominado por eles? - É uma experiência fantástica e um desafio interessante. É extremamente enriquecedor tra-

Quais as zonas da área metropolitana de Lisboa mais procuradas? - Temos a zona da Baixa, Marques de Pombal, Campo de Ourique, Alfama, Graça e Lumiar. Há mais poder de compra por


parte do cliente? Sentem isso? - Há algum, mas os bancos também favoreceram. O turismo também veio aumentar o poder de compra com investidores que começaram a surgir em Portugal. E não esquecer que Portugal está na moda a nível de turismo o que permite esta dinâmica. Este panorama positivo no ramo imobiliário tem tendência para continuar a crescer, na sua opinião?

- Sem dúvida e espero que por muitos e longos anos. Onde é que as pessoas vos podem encontrar? - Estamos no site www.casa-propria.pt, no Facebook e no centro de Carnaxide em Rua Aquilino Ribeiro, 34G 21 425 3330

Manuela Pereira

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TELMO SANTOS V iver para danรงar !


Por detrás do Pano by Eduarda Andrino

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1 de Julho de 1984, nascia na Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa Telmo João Falcão Santos. Filho único de um jovem casal, foi crescendo de forma simples e genuína junto de outras crianças num bairro no Cacém – Sintra. O tempo foi passando e de criança rapidamente se tornou um jovem, aparentemente igual a tantos outros. Porte descontraído e olhar cintilante com os seus lindos olhos azuis cor de mar. Foi em Dezembro 2006, por altura do Natal que a minha vida se cruzou com o ritmo alucinante das suas aulas de aeróbica e HipHop. Era impressionante a forma como ensinava o corpo e a mente a saírem de si mesmos, num jogo de equilíbrio e resistência que se tornavam em verdadeiras armas anti stress. Penso que foi isso mesmo que me prendeu a si como profes-

sor e como amigo ate aos dias de hoje. Com apenas 33 anos de idade Telmo Santos conta já com um percurso invejável que não esta ao alcance de qualquer um. Dotado de uma entrega incrível a dança e de um espirito de esforço e dedicação construiu o seu caminho de uma forma única e muito particular. Foi numa conversa informal num café de bairro, que tive o privilégio de conversar consigo olhos nos olhos, ficando de facto rendida a uma história simplesmente emocionante. Partilho convosco este momento! 51


Conta-me como começou o teu percurso na dança em geral. - O meu percurso na dança começou por acaso, já tarde, tinha eu 17 anos, quando fui assistir aos ensaios de um grupo amador de dança e HipHop, os “B.C.M.”, no qual treinavam alguns colegas de escola. Convidaram-me para vir experimentar e apaixonei-me pela energia das coreografias de Funk e HipHop da coordenadora e coreógrafa Susana Mil-Homens. Fiquei de tal maneira viciado que nunca mais parei. Ia a tudo o que havia na altura a nível de workshops, convenções e master classes, não só de HipHop, mas também de ritmos africanos e latinos. A evolução foi de tal maneira que um ano depois fui convidado a abrir a minha primeira turma. Dar aulas fez-me crescer e evoluir ainda mais. Foram 10 anos de muitos palcos, fizemos espectáculos em grandes salas no Casino Estoril e Olga Cadaval. Participámos em várias 52

competições nacionais e internacionais de HipHop. Em 2007 vencemos o campeonato internacional de HipHop.

Entre os vários estilos de dança que fazes, qual o que se identifica mais contigo e porquê? - Sem dúvida o HipHop é aquele que está mais marcado. Eu cresci no Cacém, no bairro, onde vestir streetwear e cantarolar rimas ao som das batidas já era uma coisa banal entre os putos. É uma cultura que pouco a pouco se veio entranhar em mim sem me aperceber.

Entre dançar e dar aulas o que te realiza mais como pessoa? - Como pessoa é dar aulas. Seja com crianças ou com adultos, ir vendo a evolução deles, ver a satisfação nos seus rostos, sentir que as minhas aulas são muitas vezes uma terapia nas crianças, vê-las superar problemas de autoestima, nos adultos sentir que alivaram


Por detrás do Pano by Eduarda Andrino

o stress do dia-a-dia, entre outros problemas. Agora como artista... dançar... pisar o palco... isso sim também me realiza muito, mas duma forma diferente. Os aplausos do público são a minha terapia, o reconhecimento de todo o esforço e entrega em cada ensaio. Concordas que a dança está devidamente reconhecida em Portugal? - Infelizmente não posso concordar, seja a dança ou qualquer outra vertente artística, a Arte está muito subvalorizada no nosso país. Já tive algumas experiências lá fora e é completamente diferente, não é por acaso que grande parte dos bailarinos portugueses estão a trabalhar lá fora. Fala-me de um dia teu de manhã até à noite. - Levantar cedo e tomar um bom pequeno-almoço é fundamental para quem dança e faz desporto em

geral. Ir para o ginásio dar aulas, não só de dança mas também de fitness. Fazer o meu treino físico antes de almoço, almoçar e dar aulas até por volta das 21h. Antigamente com o grupo BCM ainda ensaiava até às 23h, mas agora que já sou pai de dois piratas, um com 8 e outro com 3 anos, tento dedicar-me o melhor possível ao papel de pai, o qual exige muito de mim e que faço com a mesma paixão com que danço. Ser professor de dança em Portugal, independentemente do estilo, é bem remunerado? - Se fosse, eu só dava aulas de dança. Como infelizmente não é, fui meio obrigado a recorrer a alternativas para que conseguisse conciliar com a dança. O fitness foi a opção mais óbvia, uma vez que sempre gostei de desporto e ambas estão dentro dos ginásios e escolas de dança. Paralelamente a isto ainda trabalho como animador em festas, seja de adultos ou crianças ponho toda a 53


Por detrรกs do Pano by Eduarda Andrino

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gente a mexer desde que haja musica. Só assim é possível conseguir uma remuneração digna para ter casa, carro, família com filhos e não depender de ninguém. Tens algum projecto a decorrer? - De momento tenho o projeto Palco da Tua Arte - Associação Jovem que é uma associação solidária sem fins lucrativos que dá apoio a crianças e jovens, em risco, através da Arte. Trabalha muito nos bairros com jovens em situações de insucesso escolar, problemas familiares, que possam encontrar na Arte um caminho válido para o futuro, dando-lhes as ferramentas para que eles consigam atingir esse objetivo. Consegues gerir o tempo para ti e para a família juntamente com a tua vida profissional? - Nem sempre é uma tarefa fácil fazer essa gestão. Sem dúvida que o apoio dos meus pais e da minha companheira são uma parte fundamental. Muitas vezes acabo por rejeitar trabalho para estar um fim-de-semana só com eles. Outras vezes tento que eles

venham comigo e ao mesmo tempo participem das aulas, tento incutir-lhes o bichinho da dança, mas com o mais velho foi uma tentativa falhada. O mais novo parece que gosta muito; quem sabe se não seguirá as pegadas do pai! Um objetivo a curto prazo? - Realizar um espectáculo meu de raiz com as minhas turmas e alguns convidados. Um sonho por realizar? - Trabalhar como bailarino profissional nos grandes palcos da música internacional. Um artista de referência? - Michael Jackson. Desde criança que o venerava, via os videoclips em VHS e já tentava imitar os seus passos de dança. Foi em dúvida por causa dele que na primeira oportunidade que tive me agarrei com unhas e dentes à dança e ao estar em palco a dançar para o público. Ainda hoje para muitos trabalhos coreográficos que faço vejo a influência dele, é eterna e intemporal. Créditos – Luís Nunes, Vanessa Mourinha, José Leite, Reason2Dance Revisão de texto – Filomena Martins

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TREINO PROPRIOCETIVO E TREINO NEUROMUSCULAR REATIVO N O D E S PO RTO


ARTIGO

N

o mundo do desporto o termo estabilidade começou a fazer parte do vocabulário dos atletas (independentemente do seu nível de atividade) e dos agentes não profissionais de saúde (treinadores, preparadores físicos, personal trainers, etc), no entanto tende a ser usado mais para se referir à força e energia empregues e pouco sobre o controlo e comportamento motor.

A propriocepção refere-se à capacidade do corpo em percecionar o movimento que ocorre nas articulações e a sua posição relativa. Esta capacidade permite-nos saber a posição dos nossos membros no espaço sem necessitar de olhar. Sendo importante para a realização dos nossos movimentos diários ela é fundamental nos

movimentos complexos realizados por indivíduos que têm atividades em que a coordenação e precisão são essenciais, como por exemplo atletas, artistas circenses, etc. Esta coordenação resulta do funcionamento normal do sistema propriocetivo, que pode ser otimizado em função da atividade e da complexidade do treino que lhe é exigido.

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ARTIGO

O que é o Sistema Propriocetivo?

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Este Sistema é constituído por recetores nervosos que existem nos tecidos (músculos, articulações e ligamentos) e que são sensíveis à tensão e alongamento, transmitindo essa informação ao sistema nervoso central (SNC) para ser processada. A resposta passa depois pela sinalização por parte do SNC dos músculos que vão contrair ou relaxar de forma a ser produzido o movimento desejado. Isto ocorre de forma subconsciente e não é necessário pensarmos no movimento ou na

sua correção, sendo que muitas vezes pela grande velocidade da reação são denominados por resposta reflexa. Numa lesão capsulo ligamentar os recetores são também danificados, o que significa que a informação que normalmente seria transmitida para o cérebro se encontra limitada, o que pode provocar, no individuo, uma sensação de que algo não está bem ou mesmo de alteração da estabilidade e/ou controlo articular.


Qual a vantagem do Treino Propriocetivo / Treino Neuromuscular Reativo? O Treino Neuromuscular Reativo engloba várias técnicas de reabilitação que visam restaurar a estabilidade dinâmica e o controlo motor fino após uma lesão articular e/ou potencializar um individuo não lesado de forma a melhorar a sua função neuromuscular, prevenindo o aparecimento da lesão. Estas técnicas visam aumentar o grau de exigência, complementando o treino propriocetivo e de equilíbrio usado

no processo inicial de reabilitação pós lesão em que a articulação e/ ou a estrutura capsulo ligamentar é afetada passando a existir um défice na capacidade propriocetiva do individuo. Esta alteração torna o individuo mais suscetível para recidivar a lesão inicial podendo até mesmo aumentar o risco de desenvolver uma lesão primaria noutra estrutura. Funcionalmente esta alteração induz um decréscimo na coordenação do movimento durante a realização de atividades complexas (ex: desporto) alterando o controlo e comportamento motor do individuo. 59


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TELMO FIRMINO


ARTIGO

Esta capacidade pode ser treinada de forma a otimizar a resposta do individuo ou no caso de um défice causado por uma lesão também é possível (e devese) reverter esta limitação através da realização de um conjunto de exercícios específicos (treino propriocetivo/treino neuromuscular reativo) para a articulação e/ou estrutura especifica em causa promovendo uma melhoria da função que compense a perda causada pela lesão. Uma situação particularmente importante é a vantagem que esta otimização do funcionamento do sistema propriocetivo oferece quando a estrutura capsulo ligamentar fica com défices permanentes de estabilidade passiva (roturas completas ou sub-completas com consequente aumento patológico da mobilidade articular), em que a melhoria da função

propriocetiva resulta num maior controlo da estabilidade e função articular decorrentes do trabalho das estruturas ativas de controlo articular (músculos). Isto permite minimizar os riscos de recidiva da lesão, prevenir outras lesões decorrentes da instabilidade articular e/ ou alteração do comportamento motor, bem como diminuir o tempo de retorno à pratica desportiva. Após a lesão os exercícios devem ser iniciados o mais precocemente possível (sob supervisão do seu Médico e Fisioterapeuta) desde que o processo de reparação tecidular assim o permita. Em indivíduos que realizam atividades desportivas de recreio, este treino deve ser feito de forma regular e se possível integrados durante o processo de aquecimento prévio à atividade desportiva, de forma a melhorar a função protetiva deste sistema.

Licenciado em Fisioterapia Professor Assistente na Escola Superior de Saúde do Alcoitão; Fisioterapeuta Coordenador do Futebol Profissional do Sport Lisboa e Benfica Doutorando na Faculdade de Motricidade Humana na Especialidade de Comportamento Motor

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CONEXÃO FASHION


RUBRICA

B

em-vindos a mais uma rubrica Conexão Fashion por Hugo Osório. Nesta edição vamos abordar os conceitos básicos da fotografia, uma vez que atualmente tudo se fotografa em máquinas digitais, que são totalmente automáticas, fazendo com que o utilizador não saiba qualquer tipo de definição da máquina, tais como velocidade de obturador, abertura de lente, ISO ou profundidade de campo. Agora perguntam por que é necessário saber para que servem essas definições se a máquina processa tudo de forma automática? Pois bem, eu passo a explicar, para conseguirem fotografar da forma que querem e não da forma que a máquina “acha” que deve ser... De uma forma geral, vou abordar cada uma das definições mencionadas anteriormente para terem um controlo total da fotografia e em edições futuras poderei aprofundar cada uma delas.

LUZ

Começo pela parte principal da

fotografia, luz é somente a coisa coisa mais importante em qualquer fotografia (Artificial/ Natural), este é apenas o conceito mais importante, porque todos os outros estão ligados a ele de forma direta ou indireta. Só para terem a noção do quão é importante uma fotografia bem iluminada/exposta é 80% de uma foto boa, sem luz não haveria fotografia, apenas um borrão preto. É importante conhecer a luz e saber quando se pode aproveitar a luz natural, ou quando é necessário recorrer a luz artificial, ou até mesmo combinar as duas. 63


VELOCIDADE DO OBTURADOR

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RUBRICA

A velocidade do obturador, ou tempo de exposição, define o período de tempo em que deixamos o sensor da máquina exposto à luz. Sempre que pressionamos o botão do obturador estamos a abrir uma “cortina” à frente do sensor de forma a deixar a luz passar e gravar a imagem. Já deve ter visto na câmara ou nos detalhes de uma fotografia no computador um valor representado da seguinte forma: 1/30, 1/60, 1/125 ou 1/1000. Este valor representa o tempo, em segundos, em que o sensor está exposto à luz. Normalmente é uma fração de segundo mas pode ser de vários segundos, minutos e até horas!

E como é que este valor influencia a fotografia? De duas formas: 1. Quanto mais tempo a “cortina” estiver aberta, mais luz é captada pelo sensor e, quanto mais luz, mais exposta (clara) fica a fotografia. A relação não podia ser mais simples: o dobro do tempo deixa entrar o dobro da luz. Por exemplo, 1/30 deixa entrar duas vezes mais luz que 1/60. 2. A velocidade também é responsável pela forma na qual os objetos ficam gravados na imagem. No exemplo abaixo pode ver nas fotografias tiradas a velocidades muito diferentes.

Exemplo de como a velocidade de obturador congela a foto ou deixa em forma de arrastamento. De ter em atenção que quanto menos tempo o sensor estiver exposto, menos luz “entra” e o vice versa, por isso devemos tentar compensar a exposição com abertura de lente ou ISO para termos a luz correta.

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RUBRICA

ABERTURA DE LENTE

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A abertura refere-se, como o próprio nome indica, à abertura do diafragma da lente. A representação numérica da abertura segue uma sequência de valores um pouco estranha (f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, etc.) e, de momento, não vamos entrar em detalhes, porque a explicação pode ser maçadora e não é relevante. A imagem anterior ajuda a perceber a sequência destes valores e qual o seu significado prático, em termos da área aberta no diafragma. Como se pode verificar, quanto maior o número,

menor é a abertura. Quanto maior a abertura que a objetiva tiver melhor é a lente e, por consequência, mais cara será. A abertura de lente também tem um efeito formidável na fotografia e como é que a abertura influencia a fotografia? De duas formas: 1. Quanto maior é a abertura, maior a quantidade de luz que é captada pelo sensor e, quanto mais luz, mais exposta (clara) fica a fotografia. Aqui a regra do dobro também se aplica. f/2.8 deixa


entrar duas vezes mais luz que f/4 e, 64 vezes mais que f/22. 2. A configuração da abertura também nos permite obter diferentes profundidades de campo. 3. Uma abertura grande faz com que elementos mais afastados do

ponto de focagem fiquem desfocados (menor profundidade de campo). 4. Uma abertura pequena deve ser utilizada quando se pretende que objetos a distâncias diferentes fiquem simultaneamente focados (maior profundidade de campo).

Como é percetível pelas imagens, quanto maior é a abertura de lente, maior é o desfoque de fundo. Se repararem em retrato deve ser usada a abertura máxima, de forma a focar a pessoa e recortá-la do fundo, atribuindo à foto um ar mais profissional e interessante.

ISO

O ISO está diretamente ligado com a medida de sensibilidade da foto. O ISO não funciona desta forma, quanto maior o ISO melhor a foto ok? Na realidade, quanto maior o ISO mais grão e ruído a foto terá. Como descobrir o ISO ideal? Isso vai depender dos fatores de abertura e velocidade. O ISO serve essencialmente para clarear a foto final, ou seja quanto maior for o ISO mais clara a foto fica, no entanto

em situações de grande luminosidade devemos colocar o ISO no mínimo que é 100, ficando a foto com qualidade máxima em termos de definição. Estes são os conceitos básicos, como podem ver nem sempre a máquina vai conseguir saber que tipo de fotografia queremos e como tal é importante sermos nós a controlar em modo manual. Estas informações servem para todas as máquinas ou telemóveis. 67


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Atualmente os telemóveis têm câmaras já com boa resolução, no entanto a maior parte das pessoas desconhece que no telemóvel, quando colocam em modo câmara, tem lá disponível a opção Manual ou Modo Profissional que nos permite alterar todas estas definições a nosso gosto, tornando a fotografia muito melhor em termos de resultado. Passarei a deixar sempre no final de cada rubrica as minhas recomendações em termos de sites, ou perfis que de alguma forma vos possam ser úteis. Recomendações: • Fotógrafo: Carlos Amadis, um excelente fotógrafo do norte do país, mais em concreto da cidade do Porto, que tem um vasto trabalho em diferentes

áreas, tais como casamentos, eventos, moda e paisagem. Pessoalmente sou um grande admirador e amigo da pessoa em questão. Podem ver o seu Portefólio através do Facebook com o nome Carlos Amadis Photography. (Página de Facebook @carlosamadisphotography) • Modelo: Liliana Queiroz é modelo e Miss Playboy América Latina, encontra-se disponível para trabalhos nas diversas vertentes, basta que formalizem o pedido junto da mesma. A Liliana tem um Portefólio excelente que garante um bom resultado para fotógrafos que pretendam um modelo profissional, seja para portefólio pessoal ou para trabalhos. • Make-Up: Mafalda Vieira


RUBRICA

Como podem ver na foto, ISO baixo, foto sem ruído e com ISO alto, foto com ruído ou grão. Mas é muito útil em fraca luz aumentar o ISO para ficar mais clara.

é uma grande profissional na área de maquilhagem, a Mafalda é uma Youtuber conhecida pelos seus vídeos dedicados à maquilhagem, lifestyle e aconselhamentos de produtos. Podem encontrar a Mafalda pelo nome dela no YouTube ou através do Facebook ou Instagram. Aproveito também para dar a indicação de que a Mafalda Vieira ministra cursos profissionais de Make-Up. Quem estiver interessado, pode fazer a inscrição no curso junto da mesma. • Marca de roupa: Nana Moda, deixo a indicação do site www.nanamoda.pt onde poderão encontrar peças femininas para os mais variados gostos e com materiais de excelente qualidade/durabilidade. Esta recomendação é feita com base no último Catálogo da

Marca fotografado por mim, onde pude fazer essa constatação. Caso queiram que recomende o vosso trabalho, deixem os links por mensagem através do meu perfil pessoal no Facebook (Hugo Osório). Qualquer questão que tenham, podem sempre colocá-la pelo mesmo meio. Deixo também desde já o desafio para sugerirem temas que queiram ver nesta rubrica em edições futuras. Fotografias de moda publicadas na rubrica deste mês foram realizadas para catálogo Roupa da marca Nana Moda, com a Modelo Ana Brinca. A outra Fotografia é com a modelo Verónica Ferreira. 69


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

E vento

AJU DAR I S

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oi num final de tarde no atelier em Lisboa da Designer Ana de Sá, que a Resort Chic Collection apresentou o Ajudar-Is por uma Boa causa. Frases criativas sobre a Moda (com 50 caracteres), aos olhos das crianças e dos adultos, materializadas em T-Shirts que sugerem as tendências 2017/2018. Ana de Sá lançou ou desafio à Associação Ajudaris, Bloggers,

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consultores de Imagem, consultores de beleza, artistas plásticos, Designers e empresário/ empreendedor para participar neste momento de criatividade e imaginação de apoio social, para com Associação Ajudaris, pequenos gestos grandes corações. A venda das T-shirts reverte para esta associação. Ana de Sá vê assim mais uma vez o seu nome envolvido numa causa que em tudo ajuda o próximo.


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Créditos – António de Sá


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

AN IVERSÁR IO ANTÓN IO DE SÁ

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oi no restaurante Zeno no Casino Estoril que o empresário António de Sá celebrou o seu 50º aniversário numa festa privada com a temática “Anos 50”. Família e amigos próximos de António de Sá, brindaram a vida e á amizade numa noite di-

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vertida com muita alegria e boa disposição. O empresário é irmão da designer Ana de Sá, e juntamente com esta encontra-se ligado frequentemente a causas sociais de grande importância através da Moda, como o recente projecto AJUDARIS.


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Créditos – António de Sá


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

FESTA AN UAL CASA DE ANGOLA

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oi a 27 de julho pelas 19h, que a Casa de Angola encerrou a sua agenda cultural deste ano. Sob a coordenação de Márcia Dias, no âmbito das actividades ocorridas em 2017, e do envolvimento de muitos artistas, escritores e outros agentes culturais, a Casa de Angola prestou homenagem ao empenho e esforço de todos. Assim, numa festa privada foi apresentada uma exposição colectiva de todos os artistas - Luís Padinha,

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Luís Velêz Morganho, Eduarda Andrino, Sandra Bravo da Rosa, Teresa Silva, Cristina Fernandes, Alda Cabrita, Helena Madeira, José Carvalho, Xicofran, entre outros. A rua do Barro Branco esteve presente com um momento musical incrível. Zeferino Boal presidente da Casa de Angola encerra assim mais um ano de cultura naquela que é uma das mais prestigiadas instituições que promove e divulga a obra de todos os que vivem da arte e para a arte.


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Créditos – José António Marques (Visage) e Pedro Estevens


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

NOITE BRANCA LISBOA 2017

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s ruas cobriram-se de um imaculado branco e todo o comércio ficou destacado nesta noite tao especial. O ar estava quente e convidava a um Sunset na linda cidade de Lisboa. Percorri alguns lugares e era

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unanime a alegria e boa disposição que se fazia sentir por todo o lado, com cocktails de boas vindas a quem entrava em qualquer espaço daquela cidade. Convidados vestidos de branco, glamour, desfiles e muita música, eram as notas dominantes nesta noite mágica.


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Créditos – José António Marques - Visage e Pedro Estevens - FlashEvents


CINEMA POR TIAGO VAZ OSÓRIO

“DUNKIRK” de Christopher Nolan

TIAGO VAZ OSÓRIO

“D

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unkirk” é um dos mais aguardados títulos deste verão, um filme baseado em factos históricos reais que retrata a retirada desesperada das tropas britânicas da praia da cidade francesa de Dunquerque (Dunkirk em inglês). O filme tem assinatura de Christopher Nolan, autor de sucessos de bilheteira como Batman – The Dark Knight, Interstellar e Inception, e é uma verdadeira obra-prima cinematográfica. Do ponto de vista técnico “Dunkirk” está entre os grandes, com uma fotografia

soberba e uma realização extraordinária que parece colocar o espectador dentro da acção. O grande destaque vai, sem dúvida, para as fantásticas cenas aéreas onde acompanhamos os combates dos pilotos da RAF contra os caças e bombardeiros alemãs que aterrorizam os soldados encurralados na praia. É impossível não acompanhar na nossa cadeira os desvios do avião nas suas manobras de evasão face ao fogo inimigo. A ajudar a isto Nolan coloca-nos na posição do aviador durantes grande parte destas cenas, como se estivessemos a jogar um “first person RPG” numa consola.


Se em termos técnica pouco ou nada se pode apontar a “Dunkirk”, o mesmo não pode ser dito sobre o argumento. Falta-lhe a capacidade de criar empatia entre os espectadores e as personagens. Pode até ser propositado de forma a que qualquer um daqueles soldados possa representar um qualquer elemento daquele exército encurralado pelas tropas alemãs. No entanto, a verdade é que não existe nada que nos permite saber mais sobre as personagens, quem são, qual o seu percurso até chegarem a Dunquerque, o que enfrentaram, quais os seus medos, o que deixaram para trás. Esta

ausência é, na minha opinião, uma grande falha que limita em parte a qualidade do filme. Ainda assim “Dunkirk” é um daqueles filmes que não vai querer deixar de ir ver ao cinema. E se tiver oportunidade...assista em IMAX. Garanto que não vai arrepender-se de pagar mais um pouco pelo bilhete. Se é apaixonado, como eu, por filmes que retratam a 2ª Guerra Mundial garanto-lhe que este filme é uma boa aula de História onde nos apercebemos como foi importante esta retirada estratégica dos britânicos para travar o ímpeto do Terceiro Reich.

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DIVULGAÇÃO

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N A P R Ó X I M A E D I Ç ÃO. . .


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