Revista Inurban - Edição fevereiro, 2018 by Revista Inurban

Fe v e re i ro 2 0 1 8 / n º 3 7

/Psicologia/pág. 12/

UMA REALIDADE FECHADA:

SEITAS•

“Estes movimentos estão a ganhar terreno para além das suas fronteiras por meio da difusão de crenças e práticas que são contrárias às verdades essenciais da fé.” (Sandra Cunha)

/A Seita/pág. 26/

A SEITA

TEM UM

RADAR•

“Vai mais a igreja às pessoas do que as pessoas à igreja em muitos casos, no início. ” (N.)

/Pequenos Marqueses/pág. 50/

SER AUTORITÁRIO OU TER AUTORIDADE ... ESTILOS PARENTAIS

•

“A criança confia na autoridade dos seus pais quando verifica que eles cumprem o que dizem e fazem o que prometeram.” (Olga Muro)

•SEITAS• / O M U N D O Q U E NI N G U É M V Ê /

ÍNDICE

F ICHA TÉCNICA Direcão: TIAGO BARREIRO Coordenação Editorial: MANUELA PEREIRA Design/Paginação: SILVANA RIBEIRO Artigos e Rúbricas / Fotos: MARIA INÊS MATOS NADINE MUSSÁ OLGA MURO E SILVA EDUARDA ANDRINO VANDA BOAVIDA JOSÉ FAUSTINO SANDRA CUNHA LEONOR NORONHA NICOLA FLORAVANTI DRª. ANDREIA RODRIGUES ESTRELA AUREA VENCESLAU MIGUEL M. PINTO AUGUSTO ABEL DIAS NEUZA AYRES HUGO OSÓRIO BRUNO COSTA CARVALHO TIAGO VAZ OSÓRIO Nota: A responsabilidade dos conteúdos e revisão textual é do autor de cada rubrica! A Inurban não se responsabiliza pela informação escrita e organização linguística.

/Consultório da Mente/

•E SE EU DE REPENTE ME JUNTASSE A UM CULTO?•-------- Pág. 4 /Por Detrás do Pano/

•VANDA BOA VIDA -

A NOVA GERAÇÃO DO FENG SHUI •--------

Pág. 8

/Psicologia/

•UMA REALIDADE FECHADA: SEITAS•-------- Pág. 12 /Império Iurd/

•IURD: O IMPÉRIO RELIGIOSO •-------- Pág. 16 /A Seita/

•A SEITA TEM UM RADAR•-------- Pág. 26 /Publicidade/

•USHINDI SHOES•-------- Pág. 31 /Team 4 Health/

•SAÚDE E BEM-ESTAR NA CRIANÇA•-------- Pág. 32 /Fitness Hut/

•BYE BYE BRAÇO DO ADEUS•-------- Pág. 35 /Armário Sem Chave/

•A COR TENDÊNCIA DESTA PRIMAVERA/VERÃO É PANTONE 17-2034 *PINK YARROW*•-------- Pág. 38 /Conexão Fashion/

•CONSELHOS PARA SE TORNAREM MODELOS PROFISSIONAIS•-------- Pág. 40 /Plus Ultra/

•AS CIVILIZAÇÕES DO FUTURO•-------- Pág. 44 /Páginas Soltas/

•DE PEQUENINO SE CRIAM BASES SOLTAS•-------- Pág. 48 /Os Pequenos Marqueses/

•SER AUTORITÁRIO OU TER AUTORIDADE...

ESTILOS PARENTAIS •--------

Pág. 50

/Cinema/

•JOGO DA ALTA RODA•-------- Pág. 56 /Coluna Social/

•A BELA E O MONSTRO NO GELO •-------- Pág. 58 •ACÇÃO SOLIDÁRIA “O PINHAL É NOSSO”•-------- Pág. 59 •EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA “SILENCE MOOD”•-------- Pág. 60 •EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE LENA GAL “VOZES SILENCIADAS”•-------- Pág. 61 •LANÇAMENTO LIVRO DE ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO•-------- Pág. 62 /Selo de Qualidade/

•HOTEL SOLPLAY NOVIDADE •-------- Pág. 63 /Divulgação/

•MAIS QUE UM HOTEL•-------- Pág. 64 /Dia dos Namorados/

•DONA JOAQUINA•-------- Pág. 65

CO N S U LTÓRIO DA M ENTE

•E SE EU DE REPENTE ME JUNTASSE A UM CULTO?• É certo e sabido que se alguém nos abordar na rua e disser “Gostaria de se juntar ao nosso culto?” a probabilidade de o mandarmos ir dar uma volta é elevada.

O QUE É AFINAL UM CULTO?

A PALAVRA CULTO AINDA ESTÁ MUITO CONOTADA À IDEIA DE LAVAGEM CEREBRAL E É ALGO QUE NOS FAZ TREMER DOS PÉS À CABEÇA. Mas esquecemo-nos talvez que no dia-a-dia já todos sentimos pertença ou fanatismo em relação a uma infinidade de coisas, sejam elas marcas ou instituições e que funcionam, em certa medida, como um culto. O culto do ginásio, o culto das roupas de marca, o culto das dietas… ou numa escala de maior dimensão: o culto da equipa de futebol ou do nosso partido político. A verdade é que a nossa necessidade de pertença irá fazer com que, naturalmente, queiramos pertencer a grupos ou organizações que nos dizem algo. Agora imaginemos de outra forma: e se alguém chegasse ao pé de nos e nos oferecesse um carro? Ou um milhão de euros? É algo difícil de conceber, mas quando alguém nos oferece algo que aparenta ser a solução para muitos dos nossos problemas, seríamos mesmo capazes de recusar?

humano, qualquer ser humano, a pertencer a um culto.

No artigo deste mês proponho uma reflexão realista sobre as características psicológicas que conduzem um ser

O dicionário define culto como uma religião ou uma seita religiosa geralmente considerada como extremista, em que os seguidores vivem de formas menos convencionais e sob a orientação de um líder autoritário e carismático. Note-se que parece não haver diferença significativa entre um culto e

pessoas, um terço das quais sendo crianças. O carisma e manipulação do reverendo Jones foi o suficiente para convencer centenas de pessoas a entregarem o seu bem mais valioso, a própria vida!

O TRUQUE? FAZER-LHES ACREDITAR QUE AS SUAS VIDAS ESTÃO BEM MELHORES DO QUE ANTES!

Como é possível que algo aparentemente bom culmine em algo tão profundamente errado? Há muita especulação sobre este assunto mas, na maioria das vezes, o que corre mal com os cultos mais destrutivos está unicamente relacionado com a sua liderança.

CO N S U LTÓRIO DA M ENTE

uma religião em termos de fé, moralidade ou espiritualidade, a principal diferença surge do facto de um culto operar de forma dominante, com elevado nível de compromisso. Um culto, nesta vertente totalitária, assume uma posição de exploração dos seus membros.

ESTA REALIDADE PARECE-NOS DISTANTE, CERTO?

Não sei se estão recordados de um antigo culto americano, o Templo do Povo (People’s Temple) que se iniciou como uma organização de caridade responsável pela criação de uma clínica médica e de reabilitação totalmente gratuita. Foi essa mesma instituição a responsável pelo famoso suícidio em massa de 908

Mas reparemos nas notícias que nos chegam um pouco de todo o lado. Entre reportagens sobre a IURD ou até mesmo o infeliz caso da Raríssimas, nós sabemos que o poder é charmoso e pode consumir até a mais ética das pessoas. Nem eu posso dizer que estou a salvo, é necessário ter uma grande consciência aos sinais de manipulação, e disso não temos aulas na escola. Se tem a ideia de que alguém que quem se junta a um culto é alguém

CO N S U LTÓRIO DA M ENTE

obviamente perturbado e por conseguinte facilmente explorado, desengane-se. Os estudos mostram que as pessoas que se juntam a cultos têm tanta probabilidade de apresentar um distúrbio psiquiátrico como qualquer outra pessoa no geral.

OS MEMBROS DE CULTOS APRESENTAM DIFERENTES IDADES, NÍVEIS SOCIOECONÓMICOS, CULTURAS E PERSONALIDADES. Mas parece de facto haver um fio condutor, as pessoas que foram recrutadas admitem tê-lo feito durante um período particularmente stressante, seja ele a rutura duma relação, mudar de casa, de situação profissional, alterações no núcleo familiar, morte ou desvios de comportamento. Também existem alguns atributos que são particularmente atraentes aos recrutadores de um culto: • Perfil dependente, relacionado com um desejo intenso de pertença; falta de assertividade, sendo incapaz de recusar ou muitas vezes questionar uma autoridade; • Tendência para acreditar no que as pessoas dizem, principalmente se é uma mensagem aparentemente positiva; • Baixa tolerância à incerteza, com necessidade de respostas imediatas; • Sentimentos de desilusão perante a situação atual, sentimentos de marginalização em relação à cultura; • Uma crença ingénua de que todos são bons;

• Um desejo latente de encontrar significado espiritual e num propósito

de vida mais elevado.

TODAS ESTAS CARATERÍSTICAS EXPLORAM NECESSIDADES BÁSICAS DO SER HUMANO, QUE NECESSITAM DE SER DE ALGUMA FORMA TRANQUILIZADAS OU TRABALHADAS. Os recrutadores fazem questão de estar presentes em locais onde estas. A partir daí, o jogo de manipulação não é assim tão complexo. Assim que são apresentados os motivos válidos e atrativos para pertencer aquele grupo, a pessoa acaba por ceder a um primeiro encontro. Essa primeira sessão é organizada por forma a dar resposta a todas as questões e problemáticas que a pessoa traz consigo. A atenção toda para si ativa as emoções associadas à pertença que tanto se procurava. Após a primeira reunião ou serviço a pessoa será convidada para outra, e outra e outra, acabando por criar um ciclo vicíoso. Ela é então convidada, com grandes promessas de esperança, a comprometerse com o grupo. Desde o primeiro dia, é um processo de manipulação e engano, culminando na submissão de suas personalidades à vontade do grupo.

Sim, não deixe de procurar um sentido para a sua vida, mas procure as respostas no sítio certo! Procure algo que tenha vindo a apresentar verdadeiros resultados, de uma forma rigorosa e credível, e não se deixe levar por promessas de um paraíso perfeito ou principalmente de um resultado fácil.

CO N S U LTÓRIO DA M ENTE

SE SENTE QUE APRESENTA ESTE PERFIL E QUE DE ALGUMA FORMA TEM SIDO EXPLORADO POR ALGUÉM, QUER NA VIDA PRIVADA QUER NA VIDA PROFISSIONAL, SE SENTE QUE EXISTE ALGUMA NECESSIDADE QUE NÃO TEM SIDO DEVIDAMENTE COLMATADA, SE SENTE QUE DE ALGUMA FORMA ESSA SUA PERSONALIDADE TEM TRAZIDO DISSABORES À SUA VIDA, ENTÃO TALVEZ SEJA ALTURA DE PEDIR UMA ORIENTAÇÃO APROPRIADA.

Sim, há sempre uma luz ao fundo do túnel, e a procura de um caminho espiritual não é de todo repreensível, mas há que ter cuidado com as soluções fáceis, os remédios milagrosos e as promessas vazias. Tudo o que vale a pena não nos é dado de mão beijada, mas nunca deixe de lutar por si!

Texto: Maria Inês Matos - Psicoterapeuta www.facebook.com/ines.hipnoterapia

PO R D ETRÁ S DO PA NO

por Eduarda Andrino

•VANDA BOAVIDA• A NOVA GERAÇÃO DO FENG SHUI “MUDEI A MINHA VIDA, A MINHA PROFISSÃO E AGORA ESTOU A MUDAR A VIDA DAS OUTRAS PESSOAS, COM FENG SHUI.“ Foi com este desabafo numa conversa simples e com um café no meio que Vanda Boavida me confessou o quanto ficou rendida a uma das mais antigas artes chinesas de harmonia de vida. Filha e neta de militar, Vanda nasce a 3 de Maio de 1976 na privilegiada maternidade da Marinha (Alfeite) pelas 01h10m, de parto normal, num quarto azul cuidadosamente preparado para o suposto rapaz que iria nascer! Pois é...mas o destino trouxe ao mundo uma linda menina, que mais tarde optou por seguir um percurso muito particular e sair do anonimato mudando a sua vida e a vida das outras pessoas. Licenciada em Organização e Gestão de Empresas, pelo ISCTE com especialização em Mercados Financeiros pelo CEMAF-INDEG, fez a sua Pós-Graduação em Marketing Farmacêutico, pelo ISCTE.

Ingressa no Business School e complementa os seus estudos em Direcção de Farmácia Comunitária, onde veio a trabalhar na Indústria farmacêutica durante cerca de 13 anos, 7 dos quais nos Laboratórios da Pfizer.

Mais tarde, faz a formação em Comunicação em Alto Impacto (World Class Comunication), pela António Sacavém, Communication Academy. Inicia a sua ligação ao Feng Shui como consultora, pela Escola Nacional de Feng Shui e passa a regrar a sua vida numa base de harmonia profunda.

• FALA-ME DE COMO O FENG SHUI ENTROU NA TUA VIDA E COMO PARTILHAS COM AS OUTRAS PESSOAS? • Acredito que hoje ao trabalhar com o Feng Shui posso contribuir de uma forma mais positiva na vida das pessoas e que esse impacto é muito superior a qualquer contribuição que eu realizei ao longo dos vários anos que trabalhei na indústria farmacêutica. Descobri que o meu propósito de vida é ajudar e ser ajudada e que as palestras e os workshops, permitiram-me um maior contato com as pessoas e fazer a diferença.

• SEI QUE O FENG SHUI É UMA ARTE MILENAR CHINESA, COM MAIS DE 3.000 ANOS, FALA-ME UM POUCO MAIS SOBRE A SUA INCIDÊNCIA. • São várias as empresas multinacionais que utilizam esta técnica, como a Body Shop,

PO R D ETRÁ S DO PA NO British Airlines, Disney Chinesa, a sede do Banco de Hong Kong, o Citibank e até mesmo a Organização das Nações Unidas. Também, ajuda a reorganizar e harmonizar os espaços onde vivemos ou onde trabalhamos, e sem dúvida que faz toda a diferença.

arte milenar chinesa. Sou actualmente professora convidada, na Escola Nacional de Feng Shui.

• COMO É O TEU DIA-A-DIA? •

Todo a minha maneira de ver e estar na vida, incluindo a alimentação que passou a ser Macrobiótica. Lancei a minha marca “Vanda Boavida" (dia 9 de Março de 2017, no Hotel Sana Metropolitan), para mais de 90 empresários. A marca Vanda Boavida é uma marca registada.

Realizo palestras e workshops, para várias empresas nacionais e internacionais, sobre Feng Shui. A próxima palestra será para a o Grupo Remax Easy, dia 16 de Fevereiro. Dou consultas de Feng Shui e faço decorações de interiores utilizando esta

• A TUA VIDA MUDOU. O QUE FOI ALTERADO QUANDO OPTASTE POR SEGUIR ESTE CAMINHO? •

Todo o meu sucesso tem sido fruto de

PO R D ETRÁ S DO PA NO

muitos sacrifícios pessoais, com muitas horas de estudo e de trabalho intenso, de forma a evoluir nesta arte, em que o estudo deve ser constante.

• SEI QUE DÁS A CONHECER O TEU TRABALHO ATRAVÉS DE ENCONTROS E PALESTRAS EM DIVERSOS LOCAIS. SEI TAMBÉM QUE ESCREVES PARA VARIAS REVISTAS E JÁ TENS MUITOS SEGUIDORES. FALA-ME DESSE PERCURSO. • Já escrevi para várias revistas, “Revista Saber Viver”, “Revista ExKlusiva”, “Revista Saúde e Bem-Estar”, “Healthadvisor” (revista online). Realizei diversas palestras em várias datas e locais de destaque que passo a referir: /8 De Abril 2017 no Centro de Congressos de Lisboa, durante a Condexpo, com o tema “Mude a sua casa, mude a sua vida!" / 10 De Junho, na FEVA (Feira de Estilos de Vida Alternativa), organizado pela Câmara de Loures. / 13 De julho 2017, FNAC do Colombo “Mude a sua casa, mude a sua Vida!”

VIAJASTE ATÉ BALI NA INDONÉSIA UM LUGAR PARADISÍACO DURANTE QUASE 1 MÊS, CONTAME ESTA AVENTURA?

A viagem a Bali em Agosto de 2017, durou 22 dias. Aprofundei os meus conhecimentos de Feng Shui com o (João Borges) e aulas de macrobiótica com a (Maria Guillott). Fiz um detox exterior e interior nessa viagem e deixei de beber café, para além de quase toda a minha alimentação ter sido 100% macrobiótica. Visitei vários templos, fiz yoga suspenso, aulas de caracteres chineses. Foram 22 dias muito intensos. Sanur, Ubud, Amed foram alguns dos locais por onde passei

que não mais esquecerei. Aluguei um carro durante a minha estadia, para conseguir visitar muitos locais (a condução em Bali é pela direita, revelou-se uma verdadeira aventura). O balanço foi sem dúvida muito positivo! Atualmente continuo a ter uma alimentação baseada na macrobiótica, no entanto o café hoje, continua a fazer parte do meu dia-a-dia, mas em menores quantidades.

• E O QUE ACONTECEU, DEPOIS DA VIAGEM A BALI? • Olha...tanta coisa aconteceu que senti-me numa elipse de novos caminhos! Fui convidada para ser professora, na Escola Nacional de Feng Shui. Vou fazer um projeto inovador com a Ana Rita Mendes, que vai ser divulgado, em vários meios de comunicação social. Continuo a escrever artigos, para serem publicados brevemente. Fui convidada para fazer parte da organização da Conferência Internacional de Feng Shui, que se irá realizar em Lisboa, em 2018. Muitas novidades...mas ainda, com

projeto digital nessa área (Feng Shui e Macrobiótica).

E ACTUALMENTE O QUE FAZES, DEPOIS DESTAS VIAGENS E AVENTURAS COM OUTRAS CULTURAS?

Sim, claro que sim. A minha entrega e o meu estudo nesta arte milenar mudou tudo em mim. Neste momento sou uma referência no Feng Shui a nível nacional e espero em breve, ser uma referência a nível internacional.

Estou a Organizar a Conferência Internacional de Feng Shui, que se irá realizar de 3 a 6 de Maio, na Villa Helena (em Lisboa). Vão estar presentes consultores de Feng Shui de todo o mundo (Dubai, Londres, Rússia, Reino Unido, Brasil, Espanha, Alemanha, Itália).

• PROJECTOS PARA BREVE? • Espero editar um Guia sobre Feng Shui ainda em 2018. Realizar workshops de Feng Shui e Macrobiótica com a Ana Rita Mendes, sendo o primeiro no dia 17 de Fevereiro, pelas 15h, no Hotel Star Inn, em Lisboa. Estamos igualmente a preparar um

• ALCANÇASTE UM PATAMAR NO FENG SHUI E SENTES QUE ISSO MUDOU TODO UM PERCURSO DE VIDA. A VIDA QUE TENS HOJE? •

UM DESEJO POR ALCANÇAR? Desejo fazer uma consulta de Feng Shui no estrangeiro

UM CONSELHO PARA QUEM TE CONHECE A PARTIR DE AGORA? Tentarem conhecer-me melhor!

PO R D ETRÁ S DO PA NO

muita energia, para conseguir superar as expectativas, de quem me acompanha, neste meu percurso. Fui a Londres no final de Novembro (representar Portugal à Internacional Feng Shui Society), onde conheci alguns dos mais famosos consultores de Feng Shui.

Obrigada Vanda por toda esta partilha. Obrigada pela forma genuína como vives a vida. PARABENS!

11 Texto: Eduarda Andrino Fotos cedidas por Vanda Boavida (DR)

P S ICOLOGIA

•UMA REALIDADE FECHADA:

SEITAS•

O surgimento e a propagação de seitas ou novos movimentos religiosos é um fenómeno marcante na história religiosa dos nossos tempos. Grupos neoreligiosos, quase-religiosos e pseudoreligiosos parecem ter nascidos ou importados da noite para o dia. Estes movimentos estão a ganhar terreno para além das suas fronteiras por meio da difusão de crenças e práticas que são contrárias às verdades essenciais da fé. Há a questão de qual terminologia deve ser usada em referência aos grupos em discussão. A razão é que a realidade é em si mesma complexa. Os grupos variam muito em crenças, origens, tamanho, forma de recrutamento, padrões de comportamento e atitude para com a Igreja ou outros grupos religiosos e da sociedade. Portanto, não é surpreendente que ainda não haja um único nome para cada reunir a todos. Seguem alguns dos termos em uso: SEITAS

A palavra “seita” parece referir-se mais directamente para um pequeno grupo que se separou de um maior grupo religioso, geralmente cristão, e que segue crenças ou práticas desviantes. A palavra é menos precisa quando aplicada a grupos que vêm de uma interacção entre o cristianismo e as religiões orientais, ou africanas, ou aqueles que são psicoterapêuticos ou gnósticos.

NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS O termo “novos movimentos religiosos” (NMR) quando se refere a esses grupos é mais neutro do que o nome “seita”. Pretendem oferecer uma visão do mundo religiosa ou sagrada, ou então meios para atingir outros objectivos, tais como o conhecimento transcendental, a iluminação espiritual, ou porque oferecem aos seus membros respostas a questões fundamentais, tais como o sentido da vida ou o seu lugar no universo. OUTROS NOMES Estes movimentos ou grupos são também chamados de “novas religiões”, “religiões marginais”, “movimentos religiosos livres”, “movimentos religiosos alternativos”, “grupos religiosos ‘marginais” ou “cultos”. Tenha-se em mente que muitos destes grupos não são felizes em receber um nome que indica uma oposição às igrejas estabelecidas ou a grupos religiosos. Têm a tendência e preferência de se intitular “igrejas”. ENTÃO COMO LHES DEVEMOS CHAMAR? Enquanto não existe uma terminologia universalmente aceite, temos de tentar adoptar um termo que seja o mais imparcial e preciso possível. Devemos tratar esses movimentos com respeito e verdade e também deve-se evitar atribuir a todos eles certos aspectos negativos que podem ser encontrados em apenas

P S ICOLOGIA alguns. Não é aceitável aplicar a palavra “seita” para todos os grupos religiosos que não estão de acordo com uma Igreja maioritária ou uma família religiosa.

objectivos, de isolar seus membros da vida social e de terem objectivos que são mais bem económicos e políticos do que religiosos.

As reacções sociais contra os NMR são geralmente baseadas não tanto sobre a sua doutrina, bem como aos seus padrões de comportamento e as suas relações com a sociedade. Alguns desses movimentos, particularmente aqueles que têm um fundo oriental ou psicológico, são acusados de serem autoritários, de exercerem pressão injusta sobre os seus membros, de perseguir um proselitismo que esconde os seus verdadeiros

Apesar da diversidade dos NMR e das circunstâncias locais, surgem de todos eles um grande problema pastoral, que é a vulnerabilidade dos fiéis a propostas que são contrárias à formação que receberam. É triste notar que, em muitos casos, os fiéis receberam pouca formação nas Sagradas Escrituras e, portanto, são mais vulneráveis às pressões de grupos fundamentalistas evangélicos.

P S ICOLOGIA

O QUE INCENTIVA A ASCENSÃO DOS NMR? POR QUE SE ESPALHARAM TÃO RAPIDAMENTE? Dentre as muitas razões que podem ser dadas, podemos citar as seguintes: EXISTÊNCIA DE NECESSIDADES ESPIRITUAIS Os NMR indicam que existem necessidades espirituais que não foram identificados, ou que a Igreja e outras instituições religiosas não tenham percebido ou que não tenham sido capazes de responder. Essas são um sintoma do estado de crise, especialmente de pessoas mais vulneráveis, como jovens em busca do absoluto ou de ideais, ou adultos que estão em crise no que diz respeito à sua religião ou à sociedade. BUSCA DE IDENTIDADE CULTURAL Os NMR podem nascer ou atrair porque as pessoas estão à procura de significados num período de mudanças culturais que criam uma sensação de perda. Talvez porque, como em grande parte do mundo ocidental, as pessoas estão em combate entre a uniformidade cultural promovida pelos meios de comunicação em massa e a dispersão dessas demonstrações religiosas ou filosóficas até agora comummente aceitadas. Talvez porque, como na maioria do chamado Terceiro mundo, a sociedade tradicional tem sido desmontada e o indivíduo é confuso e alienado do encontro com o mundo moderno da urbanização e da tecnologia e com as maiores religiões do mundo. PREENCHER UM VAZIO

Muitos cristãos tornam-se parte de seitas ou de NMR, porque acreditam que esses movimentos podem ser uma resposta à sua sede de conhecimento

das Escrituras, de cantar, dançar e ter satisfação emocional e ainda de ter respostas claras e concretas. Os NMR prometem responder ao intenso desejo da gente de alimento bíblico e espiritual. O católico de nome que não participar de práticas da Igreja Católica e é mal alimentado pela Palavra de Deus pode facilmente ser alvo do proselitismo evangélico das seitas. Deve-se ainda acrescentar que muitas seitas condenam o mundo como um mal e não acreditam na construção de uma sociedade justa. PROCURA DE RESPOSTAS PARA QUESTÕES VITAIS Há pessoa que buscam na religião uma resposta e uma protecção contra a bruxaria, o sofrimento, a doença e a morte. Parece-lhes que os NMR se confrontam abertamente com estes problemas existenciais e prometem soluções instantâneas, especialmente a cura psicológica e física. Podemos falar de um estado de credulidade religiosa, ou mesmo de uma patologia religiosa, ou de uma tentativa de fuga através da religião dos problemas da vida. Mas não se pode duvidar de que existam milhões de pessoas, incluindo cristãos, para os quais, por essa causa, os NMR exercem uma atracção. RAZÕES POLÍTICAS E ECONÓMICAS Há alguns países onde algumas seitas se opõem à doutrina social da Igreja, especialmente pelo que diz respeito à defesa dos pobres e aos esforços por uma promoção humana integral. Não devem ser descartadas razões financeiras entre as válidas para o nascimento de algumas seitas. Muitos fundadores dessas seitas rapidamente enriqueceram.

DANOS PSICOLÓGICOS AOS INDIVÍDUOS

concordar: a Igreja deve ter uma abordagem e uma resposta pastoral ao fenómeno, bem como a sociedade em geral. Este é o tema da acção. DISCERNIMENTO FACE AOS NMR

Há alguns NMR que produziram danos psicológicos sobre as pessoas através dos seus métodos de recrutamento e formação e com medidas violentas que tomam para evitar a fuga dos seus membros. Temos ouvido falar de alguns termos como “manipulação psicológica”, “combinação de afecto e decepção”, “controlo da mente”, “técnica esmagadora”, “métodos de alteração de consciência”, “programação” etc. Alguns membros tiveram de romper relações com as suas famílias naturais ou ter essas relações seriamente danificadas. Há também a questão do controlo sobre os salários ou das economias dos membros. RELAÇÕES COM A SOCIEDADE Alguns NMR criaram problemas à sociedade ou ao Governo, devido à sua posição social, sua incapacidade de ensinar os seus membros a serem cidadãos responsáveis que se preocupam com o cumprimento de seus deveres para com os outros, e da desorientação social de seus seguidores .

Os NMR muitas vezes atraem pessoas que têm fome de algo mais profundo na sua vida religiosa. O perigo é que eles num curto prazo oferecem algo bom, mas em longo prazo geram confusão. Então, as pessoas atraídas por eles perdem as suas raízes católicas e, apesar de um crescimento temporário, no final ficam numa situação espiritual pior do que antes. Não se pode negar alguns efeitos benéficos para aqueles crentes apenas de nome, que estão a descobrir o Evangelho através de grupos evangélicos. Também não se pode negar a ajuda que alguns movimentos de origem oriental têm dado aos jovens nas garras do alcoolismo, das drogas ou do sexo. Mas esta fase inicial de ajuda muitas vezes não dura muito tempo. Neste sentido, o discernimento pode ser descrito como a arte de julgar as raízes dos frutos duradouros.

P S ICOLOGIA

QUE CONSEQUÊNCIAS ADVÊM DEPOIS DA INTEGRAÇÃO EM ALGUM NMR?

O fenómeno das NMR é um desafio mas também é visto por muitos como uma oportunidade.

UM FENÓMENO A SER LEVADO A SÉRIO Tudo isso mostra que os problemas e desafios colocados pelos NMR devem ser levados a sério. Há alguns católicos que pensam e esperam que o fenómeno das seitas desapareçam em poucos anos. Outros não são tão optimistas. Observam que, enquanto uma seita pode terminar, duas ou três parecem nascer no seu lugar. No entanto, sejamos optimistas ou pessimistas, uma coisa deve-se

Texto: Sandra Cunha

IM PÉRIO IUR D

•IURD•

O IMPÉRIO RELIGIOSO

A IGREJA QUE DETÉM SEDES, MÉDIA, DINHEIRO E A FÉ DE INÚMEROS FIÉIS! No fim dos anos 80, e pelos anos 90 dentro, falou-se muito na IURD, aquele culto brasileiro que chegara a Portugal e começava a angariar fieis rapidamente. Foi recebido com estranheza, talvez por ser algo pioneiro no país, e ninguém conseguiria adivinhar a evolução que adviria dessa igreja peculiar que surgira aparentemente do nada. Começou num templo alugado em Benfica com capacidade para 200 pessoas e foi alvo de chacota mas não esmoreceu, afinal, já contava com bastante sucesso no seu país de origem. Talvez não tenha sido tomada com algo sério no início. A Igreja Universal do Reino de Deus chegou a Portugal, ganhou raízes e, mesmo quase sem ser abertamente discutida, foi-se expandindo a um ritmo invejável.

Para muitos, o maior crime da IURD teria sido tomar conta do grande cinema Imperial em Lisboa, e quem lá passa à porta desconhece o que realmente se passa atrás daquelas portas onde tantos viram filmes na sua juventude. A verdadeira origem da IURD e a sua história foram até agora ignoradas, mas à luz dos mais recentes descobrimentos, faz todo o sentido que se alimente a curiosidade e a sede de conhecimento do comum

cidadão para que este entenda de onde veio esta igreja que agora é acusada de capaz de uma das maiores atrocidades que um ser humano pode cometer. Conheça aqui as origens, expansão, polémicas - e um pouco mais - da IURD: O AUTOPROCLAMADO BISPO Comecemos por falar no homem por detrás de todo o império religioso que é a Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, o pastor que de católico se fez evangélico e de evangélico decidiu que nenhuma das religiões existentes serviam as suas crenças. As suas origens a nível de Fé, são, no entanto, bastante diferentes. A sua ascendência é judaica e o seu apelido, “Bezerra”, é neocristão. Homem trabalhador desde novo, Edir Macedo estudou Matemática, e chegou a ter dois trabalhos em simultâneo. Trabalhou até

OS PRIMEIROS PASSOS Estamos a falar dos anos 70 no Brasil, mas à semelhança do que já acontecia noutros países, Macedo decidiu o que muitos outros já tinham pensado: criar a sua própria religião, consigo como líder máximo. Após cerca de 12 anos na Igreja Nova Vida, que teve origem no Canadá e chegou ao Brasil nos anos 60 pelas mãos de Robert McAlister, Edir Macedo partiu num novo caminho, a fundação do Ministério Cruzada para o Caminho Eterno em conjunto com Romildo Ribeiro Soares - seu cunhado - Fidélis e Samuel Coutinho, Carlos Rodrigues, Roberto Augusto Lopes e o seu sobrinho Marcelo Crivella. Não tendo exercido quaisquer papéis eclesiásticos, os principais fundadores foram ordenados pastores na Casa da Benção. Dois anos passados, devido a desentendimentos, alguns dos fundadores deixam a igreja para fundar a Igreja Universal do Reino de Deus.

OBJECTIVO E MÉTODOS O objectivo primário da IURD é publicamente anunciado como a evangelização e a execução de projectos sociais. Numa rede que alberga imensas associações e locais, esta Igreja prega a caridade e a ajuda aos mais necessitados, em diversos âmbitos. Deste modo, a IURD presta apoio a pessoas sem-abrigo e outras comunidades necessitadas, desde crianças e adolescentes com deficiências intelectuais, a pessoas com problemas com drogas. A estes projectos associam-se outros, para os quais a IURD angariou fundos, alimentos e roupa de modo a ajudar, por exemplo, as vítimas da seca na região nordeste do Brasil ou as vítimas de enchentes em Santa Catarina.

IM PÉRIO IUR D

sentir que devia pregar o evangelho a tempo inteiro, e, mais tarde, criar o que viria a ser a Igreja Universal do Reino de Deus. Casou-se com Ester Eunice Rangel Bezerra, que havia conhecido na Igreja Nova Vida, em 1971 e desse casamento vieram três filhos, Cristiane Cardoso, Viviane Freitas e Moysés Macedo, filho mais novo e adoptivo do casal.

A IURD espalhou-se não só pelo mundo real, mas também pela televisão e internet, no que é chamado de evangelismo electrónico. Através dos média, a Igreja promete companhias e curas para males, oferece testemunhos e promessas de ajuda e resolução de problemas de diversas naturezas “em nome de Jesus.” Em contrapartida, os mesmos métodos são utilizados para tentativas de descreditar outras religiões, de modo a angariar mais fiéis, convencendo-os do poder dos ditos milagres que têm lugar dentro dos templos da IURD. O poder da IURD é muito mais amplo do que a conversão do público em geral, no entanto. A IURD teve a sua própria faculdade de teologia até se provar pouco eficaz para o entendimento do bispo Edir Macedo, que a encerrou e publicou ainda mais um livro atacando a Teologia.

IM PÉRIO IUR D 18

PODERÁ DIZER-SE QUE OS PRINCÍPIOS DA IURD, DESDE A EXISTÊNCIA DE UM SÓ DEUS, A FÉ EM CRISTO E NO SEU RETORNO, O BAPTISMO, A FÉ NA BÍBLIA E A CURA DIVINA SÃO SEMELHANTES A OUTRAS RELIGIÕES, MAS EXISTEM PONTOS CONTRASTANTES. A fé através da prosperidade é espinha dorsal da IURD, que pede aos seus fiéis o dízimo e doações como sacrifícios. Um outro ponto fulcral ao funcionamento deste culto é a realização de milagres. A Igreja Universal do Reino de Deus procura pessoas fragilizadas, com problemas de carizes diversos, desde problemas de saúde a drogas, supostas possessões e delírios e muito mais, prometendo curas, que são testemunhadas nos serviços por salas cheias de fiéis. Este tipo de acontecimentos cimenta a fé das pessoas na IURD e nos seus poderes como resolução de quaisquer tipos de males de que estas poderão sofrer, dando um “sentido à vida” quando as pessoas julgam tê-lo perdido. De modo a chegar a cada vez mais pessoas, os testemunhos são propagados através da rede de canais, rádios, sites da IURD. A maneira como a IURD opera a nível de bispos, ministros e pessoas com cargos dentro desta é dita, por Edir Macedo, como semelhante ao que é feito em contexto militar. A organização e conduta são controladas e condicionadas ao máximo. Os pastores deverão ser despojados de bens materiais e regalias, enquanto pedem aos fiéis que abdiquem dos seus em prol da IURD.

SERVIÇOS RELIGIOSOS Aos Domingos e Quartas-feiras, decorrem os serviços de salvação da alma e busca pelo Espírito Santo, sendo estes os cultos principais da IURD, ao longo da semana acontecem outros serviços mais orientados cada qual para seu tema. Segunda-feira é dia de Congresso para o Sucesso, que visa a prosperidade financeira, enquanto que às quintasfeiras o serviço é orientado para quem busca o equilíbrio da vida sentimental. Terças e sextas têm lugar os serviços mais mediáticos da IURD: Cultos de Libertação, os que prometem libertar os fiéis de quaisquer demónios que poderão ter em si.

Os dízimos e as ofertas não são desconhecidos ao público em geral. A décima parte do salário do fiel deverá ser entregue à IURD de modo a que receba o retorno por parte de Deus, porém não é escondido que estes valores são usados para manter os templos, os veículos de informação e os trabalhadores da igreja.

Os bispos fazem a gestão dos valores e custos sob a fiscalização dos obreiros e pastores, isto em doações menores. Em doações de larga escala, cabe aos superiores hierárquicos e, claro, a Edir Macedo, gerir os valores. MOMENTOS MARCANTES Corria o ano de 1992 quando, após um serviço da IURD, o bispo Macedo foi preso pelas autoridades competentes sendo vítima de várias acusações, entre elas charlatanismo e curandeirismo. A detenção de Edir Macedo foi contestada por pessoas altamente conhecidas, entre elas a estrela de futebol Pelé e o ex-presidente do Brasil Lula. Foram feitas algumas tentativas de habeas corpus por diversos advogados e a questão tornou-se política quando partidos políticos defenderam o bispo alegando perseguição e foram feitas manifestações pela sua libertação, tendo sido feito até um abaixo-assinado.

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Outros ritos da IURD incluem o Jejum de Daniel, no qual, em 21 dias de jejum de quaisquer informações extra IURD, é feita uma limpeza espiritual, a Santa Ceia do Senhor anual, honrando a última ceia de Jesus, a Fogueira Santa semanal que pretende focar os fiéis no sacrifício, pedindo a oferta do valor de um animal em dinheiro em troca de bênçãos.

Na rádio, uma mensagem gravada por Edir Macedo ecoou: “Só peço às pessoas que fazem parte desta família Universal do Reino de Deus que orem e façam jejum para que venhamos a sair daqui o mais rápido possível. Que Deus, no tempo certo, venha nos livrar e possamos então comungar juntos a fé cristã. Eu quero agradecer o carinho de todos nestes momentos difíceis. Conto com a oração de cada um. Muito obrigado.” A sua prisão durou onze dias e serviu de tema para um dos seus livros, anos mais tarde. Outras publicações do bispo acusam a Igreja Católica de ser responsável pela sua detenção. Ironicamente, o bispo que se autoproclamava vítima de preconceito, foi também a estrela de

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intolerância entre a sua Igreja e outros grupos religiosos, atacando as religiões afro-brasileiras, como o candomblé, ao longo de largos anos, envolvendo diversos representantes da IURD e responsáveis por outras fés presentes no Brasil.

A IGREJA CATÓLICA FOI TAMBÉM ATACADA PELO BISPO MACEDO, SENDO QUE ESTE A DISSE SER UMA DESGRAÇA PARA O TERCEIRO MUNDO. Foram passadas na televisão imagens de um dos bispos da IURD, Sérgio Von Helde, a pontapear uma imagem da Nossa Senhora da Aparecida em dia de homenagem à mesma, atitude esta que foi posteriormente condenada por Edir Macedo após repercussões a nível da amplitude televisiva da IURD. Uma outra opinião contrastante à igreja católica é a visão da IURD perante o uso de preservativos, sendo que a Igreja Universal do Reino de Deus não só é favorável ao uso como a distribuiu como método de prevenção da SIDA. Apesar de ser detentora de imensos canais de média, a IURD não controla todos, sendo que existem confrontos perante as emissoras controladas pelo culto e outras mais liberais, incluindo a famosa TV Globo que pôs no ar uma reportagem em que Edir Macedo ensinava aos pastores da IURD como angariar dinheiro junto dos seus fiéis.

Reino de Deus. O projecto tinha o nome de “Gladiadores do Altar”, e o objectivo apresentado para a criação de tal exército era pegar em jovens de passado disperso e vida em risco, e forma-los no sentido de seguir e assegurar única e exclusivamente as vontades do “Senhor”.

Em 2015 surgiu uma polémica no Brasil em torno de um vídeo que andou a circular nas redes sociais, no qual um grupo alargado de jovens surge de aspecto militarizado dentro de uma igreja evangélica. Veio a conhecimento público que a igreja em causa tratava-se de um dos templos da Igreja Universal do

Este grupo militarizado marchava, de escudo com a sigla G.A. (Gladiadores do Altar) dentro da igreja envergando fardas e seguem os motes dados pelo “bispo”. Ao ouvirem a pergunta “O que é que vocês querem?”, prontamente respondem “o Altar!” Este vídeo foi analisado por jornalistas que chegaram a comparar a formação desta milícia ao que já foi feito a nível político e, também, por organizações religiosas aliadas a acções nefastas debaixo do que se julgaria ser um objectivo superior e religioso. A expressão “ditadura evangélica” foi empregue pelo público em comentários preocupados perante o surgimento dos vídeos virais, alguns destes publicados pela IURD em si. A instituição religiosa apresentou a criação deste grupo militarizado como um método de resgatar jovens pedindo-lhes que abdiquem da sua vida problemática e aliem-se de modo a que preguem o evangelho.

No Brasil a expansão foi rápida e eficaz. Até 1985, contava com 195 templos e 15 unidades federativas, porém, em apenas dois anos, a contagem de templos ultrapassava os 365 templos e várias unidades federativas. O boom no Brasil não foi o suficiente para os pastores desta igreja, como é de conhecimento nacional, no entanto, a Igreja Universal do Reino de Deus não opera apenas nestes dois países lusófonos. Na verdade, a IURD já operava em mais de 80 países em redor do mundo, começando pelos Estados Unidos da América e ganhando popularidade não só em Portugal mas também em Angola, na Argentina, Moçambique e África do Sul, países onde a IURD conseguiu ganhar raízes, angariando inúmeros fiéis. A IURD tem vindo a expandir-se ao longo dos anos, tendo chegado a Ásia através do Japão, sendo que os pastores desta igreja pregam em diversas línguas, desde o japonês ao espanhol, passando pelo russo, francês e até mesmo africaner e zulu. Mas nem só em expansão linguística e territorial se faz a ambição da Igreja Universal do Reino de Deus. À data, a IURD é dona da Rede Record no Brasil, TV Aleluia, Unipro, Folha Universal, Line Records, apenas para referir umas quantas empresas num mar de muitas mais. A Igreja Universal do Reino de Deus é dona de estações de televisão, estações de rádio, editoras, jornais, revistas e websites de modo a atingir o máximo de pessoas possível e, claro, angariar cada vez mais fiéis. Para além de ser dona de diversos meios de comunicação, a IURD conta com programas noutras emissoras já há vários anos, bem como álbuns de música religiosa.

A IURD é dona, também, de empresas de outras áreas, desde agências de viagens à construção de móveis. É um negócio multimilionário com ramos tão vastos que é possível estar a usufruir dos serviços desta, contribuindo para a sua riqueza, sem o conhecimento que o destino de tal dinheiro será a mundialmente conhecida Igreja Universal do Reino de Deus. Também no mundo da política já a IURD está envolvida desde os anos 80, no que veio a ser uma bola de neve que foi desde o apoio a candidatos à assembleia legislativa, à criação de partidos até à presença em tomadas de posse de presidentes do Brasil.

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IMPÉRIO

Chegamos então aos dias de hoje, em que a média em geral tem vindo a cobrir a Igreja Universal do Reino de Deus em diversas vertentes ao longo de semanas. Não será alheio ao leitor as acusações das quais a IURD é alvo. Esperamos que, após este artigo, conheça um pouco mais da história desta igreja que nasceu do sonho de um homem de ser o expoente máximo da fé de uma multidão, conseguindo-o, propagando o seu nome e os seus ideais e conquistando vários milhões de seguidores que, até agora, desconheciam o segredo pernicioso por detrás das operações da sua igreja.

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS Fundação: Rio de Janeiro, 9 de Julho de 1977 Orientação religiosa: Protestante, Neopentecostal Sede Internacional: Templo de Salomão, São Paulo, Brasil Rede de Alcance: Dezenas de milhões de fiéis em cerca de 180 países - com maior foco no Brasil

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SÍMBOLOS E SLOGANS O logótipo da IURD: Pomba branca dentro de um coração, significa a presença do Espírito Santo dentro do coração dos fiéis. Actualmente, a IURD contém nos seus templos outros símbolos, como a Menorá judaica, a imagem de mãos em posição de oração e até mesmo a cruz. “Jesus Cristo é o Senhor” é o slogan mais conhecido e mais antigo da IURD, que o elegeu por diferir do que era pregado por outras religiões evangélicas. “Pare de Sofrer” é um slogan-convite que chama fiéis aos rituais de cura e solução de problemas que decorrem dentro dos templos.

À luz dos recentes acontecimentos, reportagens, acusações de alegados crimes por parte da Igreja Universal do Reino de Deus, a INURBAN entrou em contacto com uma pessoa que frequentou os serviços de um Centro de Ajuda da dita Igreja em Coimbra ao longo de um longo período de tempo. Maria Deolinda Breda Alves, de 39 anos, é encarregada numa estufa e viveiros de plantas e árvores numa aldeia da Beira Alta. Deolinda foi criada dentro da religião católica mas já não se considera como seguidora. Mãe de três filhos, foi um pouco antes da altura em que estava grávida da sua filha mais nova que começou a frequentar a IURD, por convite do seu então companheiro.

Numa conversa informal, a INURBAN sentou-se com Deolinda para conhecer a relação desta senhora com a Igreja em questão.

COMO É QUE TEVE CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DA IURD? Foi uma amiga. Aliás, uma amiga e o meu ex-marido.

LEMBRA-SE DO DIA QUE CONTACTOU COM A IURD PELA 1ª VEZ? PORQUE FOI E COMO CORREU? O meu marido já fazia parte dessa religião. A primeira vez que fui, foi com ele. Correu bem, gostei. Fui acompanhada por ele, e foi uma experiência positiva.

NA SUA OPINIÃO, E DE ACORDO COM O QUE SABE, O QUE É A IURD? A IURD, para mim, é mais um centro espiritual, eu sinto-me bem, lá, porque apesar de tudo, nós temos contacto com Deus, acho que pode ser vista como uma religião, porque oramos muito por Deus, falamos muito em Deus, apesar de que, quando lá entramos, é medonho, especialmente à sexta-feira. Aparecem muitas pessoas com problemas graves de espíritos, de saúde, financeiros, e mais.

FALA-SE MUITO NA QUESTÃO DO DINHEIRO NA IURD. É UMA PARTE IMPORTANTE? É verdade, na IURD, durante o culto, eles falam muito em dinheiro, mas, o dinheiro só dá quem quer. Eu mesma só dou aquilo que acho que tenho que dar.

HÁ REGRAS, OU CONDIÇÕES PARA SE SER MEMBRO? QUAIS OS RITUAIS DE INSERÇÃO? RECUSOUSE A ALGUM?

Não. Toda a gente pode entrar, e toda a gente é bem-vinda lá. Não há qualquer restrição para entrar ou sair.

É MANTIDA ALGUMA LISTA DE MEMBROS?

Não, não. Não são exorcismos. Eles oram junto à pessoa, põem a mão na cabeça da pessoa, e a pessoa sente-se bem, acham que ficam curadas.

ACREDITA, ENTÃO, QUE AS PESSOAS FICAM CURADAS? Em alguns casos sim.

Não, no meu conhecimento, pelo menos nas vezes em que fui, e que vou, não, eles não têm lista.

QUE TIPO DE SERVIÇOS OFERECE A IURD? COMO SÃO E QUAIS A MARCARAM MAIS? Eles têm uma coisa muito boa, visitam as pessoas nos hospitais, que estão doentes. E sempre que as pessoas pedem ajuda, eles chegam a ir a casa. E mesmo chamam-nos, conversamos sempre com o pastor, que está sempre disposto a ajudar.

FALOU NAS SEXTAS-FEIRAS. ELES TÊM DIFERENTES TIPOS DE SESSÕES, CORRECTO? Sim. Não me recordo dos nomes, mas cada dia tem o seu tema específico. Têm à sexta, à segunda… Têm ao sábado para os namorados, para os casais… Há para quem tem negócios, para o trabalho, sexta-feira para espiritismo, para ajudar algumas pessoas… Depois têm quartas e quintas… mas não sei bem porque só frequentava à sexta e algumas vezes ao sábado. Há também um dia voltado para questões de saúde.

AINDA NO QUE DIZ RESPEITO ÀS SEXTAS-FEIRAS, UMA VEZ QUE ERA O DIA EM QUE MAIS ESTAVA PRESENTE, CONSIDERA QUE O QUE FAZEM NESSES DIAS SÃO EXORCISMOS?

QUAL A SUA MAIOR MUDANÇA DEPOIS DE INGRESSAR? Posso dizer que, na época em que frequentei a igreja, abri um café, tinha uma empresa de limpezas, e sentia-me bem, eles ajudavam. Eu pedia a opinião deles, e o pastor sempre ajudou, sempre me deu bons conselhos.

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QUAIS AS REACÇÕES A ISSO?

ELES DAVAM CONSELHOS SENDO PERITOS NOS ASSUNTOS, SABENDO O QUE ESTAVAM A DIZER, E ENCAMINHAVAM-NA? Sim, encaminhavam.

SABE SE ELES TÊM ALGUM TIPO DE PREPARAÇÃO, OU SE É DA EXPERIÊNCIA DELES? TÊM ALGUM TIPO DE CURSO? POR ELES, ENTENDA-SE, PASTORES E DEMAIS PESSOAS COM CARGOS DENTRO DOS CENTROS DE AJUDA. Não, não sei. Se calhar não têm, não é? Mas aquilo está dentro da religião deles, e a religião ensina assim. É assim: ensina o Bem, porque eu nunca testemunhei nada de mal.

ELES BASEIAM-SE, TAMBÉM, NA BÍBLIA? Sim. Muito na Bíblia.

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ACREDITOU QUE OS SEUS PROBLEMAS SERIAM EFECTIVAMENTE RESOLVIDOS? E FORAM? Deolinda: Sim, acreditei, desde o início. E alguns foram resolvidos.

ASSISTIU A ALGUM MILAGRE? ACREDITOU QUE ERAM REAIS? Sim, assisti a vários. Inclusive pessoas que estavam doentes e ficaram curadas, pessoas que estavam com dívidas e conseguiram recuperar. Vi pessoas que não tinham trabalho e arranjaram trabalho. E pronto, pessoas que achavam que havia algo errado em termos de espírito e ficavam bem. Acreditava que era real, que as pessoas ficavam curadas.

O QUE ACHA DA OBRIGATORIEDADE DE PAGAR O DÍZIMO? ALGUMA VEZ SE RECUSOU A PAGAR? Isso não é só a IURD. Não é só na IURD que se paga o dízimo. Até na igreja católica, se quisermos pagar, pagamos. Por que é que na igreja católica pagamos para comer carne? A bula. O dízimo paga quem quer, eu mesma pagava, sem qualquer problema. Se ganhava muito, não tinha problema em pagar. Não me recusei, até porque não é obrigatório pagar. Só paga quem quer! Eles não dizem “tu és obrigada a pagar o dízimo.”

REFERIU, FORA DA ENTREVISTA, QUE DAVA O QUE QUERIA.

Eu dou. Eles dão um envelope, e nós damos o que quisermos. Esse envelope não é identificado.

DURANTE QUANTO TEMPO FEZ PARTE DA IURD? O QUE A LEVOU A DEIXAR? Eu ainda faço parte. Se eu quiser, vou lá. Não vou todas as semanas, vou quando posso. Faço parte há oito anos. Deixei de ir tão frequentemente porque é longe. [Nota: Deolinda reside numa área rural, sendo que os serviços da IURD mais próximos são em cidades grandes, a cerca de 45 minutos de distância.]

CRÊ QUE A IURD, E OUTRO TIPO DE CULTOS, OU SEITAS, OU IGREJAS, SERÃO UMA FORMA DE MANIPULAÇÃO EMOCIONAL DE QUEM AS PROCURA? Não, eu não acho. Não acho que no desespero as pessoas vão à procura daquilo. Eu não estava desesperada para ir à procura. Fui convidada a ir, e eu fui, gostei, senti-me bem. Não se aproveitam, eles estão lá para ajudar. Não obrigam ninguém a fazer nada, não, isso não. Eles estão lá para ajudar.

QUAL É A SUA OPINIÃO ACTUAL DA IURD? QUE IMAGEM TINHA ANTES DO QUE FOI DESCOBERTO, MESMO DEPOIS DE SAIR DA IGREJA? A imagem que tinha antes não se alterou em nada, até porque ainda não se sabe ao certo o que aconteceu na realidade. No meu conhecimento, já foi desmentido. É um sítio onde me sinto bem, um sítio onde vamos e estamos em contacto com Deus. Oramos, cantamos a Deus.

VOLTARIA A FREQUENTAR A IURD? PENSOU NISSO ANTES DOS RECENTES DESCOBRIMENTOS?

(NESTE PONTO, A INURBAN DEU ESPAÇO A DEOLINDA PARA RELATAR AS SUAS EXPERIÊNCIAS COM A IURD COM POUCA INTERVENÇÃO DA INVESTIGADORA. NÃO HOUVE MUITAS PERGUNTAS DIRECTAS, APENAS AS QUE SURGIRAM DENTRO DO CONTEXTO DO TESTEMUNHO DA ENTREVISTADA.)

Quando comecei a frequentar abri um café, um bar, abri uma empresa de limpezas, e correu muito bem. O pastor, que se chama Marcos, era uma jóia de pessoa, na altura. Uma excelente pessoa, muito carinhosa, sempre deu bons conselhos. Um dia, a caminho da reunião, com o meu marido, batemos com o carro junto à estação Coimbra B. O seguro tinha acabado um dia antes, portanto estávamos sem seguro. Eu fui a pé para a reunião, junto à estação Coimbra A, enquanto o meu marido ficou a resolver a situação com uma seguradora. Deume paz chegar ao Centro de Ajuda e o pastor dizer-me “não se preocupe, tudo se vai resolver.” E realmente correu, conseguimos fazer o seguro naquela altura, que pagou os estragos ao outro interveniente no acidente.

NA SUA OPINIÃO A IGREJA TEVE UM PAPEL NA RESOLUÇÃO DESSES PROBLEMAS? Sim, a igreja, as pessoas que estão a ajudar, os conselhos para orar, pedirmos com a nossa força toda a Deus, e pronto, acho que foi muito bom estarmos em contacto com Deus, e nos conseguir ajudar. Há outra situação também: eu fiquei grávida, e eu fumava, na altura. Fui a uma das reuniões uma sexta-feira, e falei com o pastor. Disse-me que eu iria deixar de fumar. Após essa reunião, saí porta

fora, pus o maço de tabaco no caixote do lixo e não fumei mais enquanto estive grávida. Entretanto fui-me afastando um bocado da igreja – e talvez por isso as coisas me tenham começado a correr mais mal…

ENTÃO LIGA A SAÍDA DA IGREJA AO FACTO DE AS COISAS TEREM COMEÇADO A CORRER PIOR? Algumas coisas sim. Eu afastei-me um bocadinho, vou quando posso.

OS PASTORES SÃO SEMPRE HOMENS?

IM PÉRIO IUR D

Sim, sempre que posso ou puder e sim, pensei nisso antes dos acontecimentos.

Sim, mas há mulheres em outros cargos que ajudam, a ajudar-nos, a dar conselhos. Eles sempre me aconselharam para o Bem.

ACHA QUE EXISTIAM LÁ PSICÓLOGOS, OU PESSOAS COM TREINO NESTE TIPO DE ÁREAS? É possível que haja psicólogos, até porque aquilo é frequentado por qualquer pessoa. Ali entra pobre, rico, mendigo… A igreja está sempre aberta para entrar, todas as pessoas são bem-vindas e todas são tratadas de maneira igual. É um ambiente de paz, de muita paz. Após o agradecimento por esta entrevista, Deolinda convidou a entrevistadora a, talvez um dia, juntar-se a ela numa ida a uma reunião da IURD. Deolinda demonstrou-se nervosa no início da entrevista e um pouco reticente por ter uma boa experiência a relatar quando, nos dias em que correm, os meios de comunicação social procuram mais experiências negativas. A INURBAN considera que qualquer testemunho verídico é digno de ser partilhado, tendo esperado até quase ao fecho desta edição para conseguir a entrevista a esta ainda frequentadora esporádica do Centro de Ajuda da Igreja Universal do Reino de Deus.

25 Texto: Nadine Mussá

A S EITA

•A SEITA

TEM UM RADAR

Muito se fala, quando se fala em seitas, em existirem mandatários, missionários, que procuram pessoas mais fragilizadas ou em períodos difíceis da vida, quando a doença, a solidão, o desespero batem à porta.

•

que lá estão e ficam dentro. Mães que jamais verão os filhos de novo. Filhos que saem para o mundo real e não têm nada nem ninguém, nenhuma condição nem preparação para viver no mundo real.

VAI MAIS A IGREJA ÀS PESSOAS DO QUE AS PESSOAS À IGREJA EM MUITOS CASOS, NO INÍCIO.

Tudo isto parece distante. Digno de filmes, fora da realidade do nosso país tão pacato e calmo sem esses “loucos” inteligentes capazes de mover massas, certo? Infelizmente, não.

Não é desconhecido que este modos operandi existe, basta ver uma reportagem ou documentário sobre aquelas seitas que nos parecem distantes e distópicas na América. Aquelas que sugam as pessoas para dentro delas, por vezes mesmo envolvendo locais recônditos e exclusivos onde os seguidores, pastores e líderes vivem e onde estes últimos põem e dispõem das pessoas como querem, em nome da Fé, em nome de Deus, em nome dos seus interesses.

Não há grande conhecimento de possíveis locais vedados onde as pessoas são protegidas do conhecimento e despojadas de quem são para serem anónimos seguidores do culto, mas, por experiência própria e de aproximação, sei que as seitas existem, que têm um “radar”, que “lavam cérebros” e que são capazes de controlar a vida de alguém por completo.

Existem casos de crimes graves dentro destas seitas e cultos, desde abuso de menores a persuasão para suicídios em massa e, claro, a total alienação dos membros perante a sociedade fora da seita, incluindo família e amigos que perdem o rasto aos seus entes queridos.

Comecemos então pela quantidade de seitas que surgiram em Portugal nos últimos anos. Não sei se haverá quem tenha a conta certa da quantidade delas, e é praticamente impossível controlálas, quantos seguidores têm, o que lá se passa, e perceber ao certo o que são. Afinal, as pessoas estão lá por suposta livre vontade, e só partilham com pessoas

Não é fácil sair quando a nossa vida está nas mãos deles. Prendem-nos numa espécie de liberdade condicionada que não tomamos como prisão. E se alguém tenta sair é punido de diversas maneiras, até mesmo simplesmente sendo banido e perdendo o direito ao acesso a familiares

entregado. Li o que lá estava e percebi do que se tratava.

Conto então uma pequena experiência que tive há já alguns anos. Teria uns 19 anos e uma depressão profunda. Estava num parque público, sozinha, sentada, a chorar. Uma moça mais ou menos da minha idade aproximou-se e meteu conversa comigo. Senti ali compaixão, um ser humano que se preocupou com outro e tentou ajudar.

Estava tão desesperada que precisava de percorrer todos os caminhos possíveis para tentar arranjar solução para os meus problemas. Era uma presa fácil, e aquela moça tinha um radar, o da seita, para encontrar vítimas como eu.

Sim, eu estava muito fragilizada, sem rumo, desesperada. Ela falou comigo e disse que conseguiu ajuda num centro ali perto. Disse-me onde e quando tinham sessões. Por momentos, dentro do meu sofrimento, considerei ir. Acabou por me dar algo para ler, e despediu-se. Foi quando ela se afastou que pousei os olhos no jornal que me tinha deixado. Era de uma seita qualquer, mas isso não era flagrante naquela literatura que me tinha

A S EITA

de fora se “puderem”, se se sentirem à vontade ou se quiserem fugir.

EU PODIA TER IDO LÁ. Não fui. E ainda bem, de acordo com o que sei hoje. Ao longo dos anos, as seitas passaramme um pouco ao lado. Houve uma altura em que soube que uma familiar minha foi resgatada de um culto qualquer, ao qual teria ido parar pelo desespero, também recrutada por um dos tais mandatários. Não tenho informações suficientes para relatar o que se passou e como repararam e como a tiraram de lá, mas sei que conseguiram. Muitas vezes entregaram-me panfletos, e jornais, e revistas de cultos e igrejas enquanto eu passava na rua. Aceitei por educação e curiosidade, e analisava-os com os olhos de quem quer perceber como é que eles conseguem persuadir as pessoas.

SIM, NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, ELES APROVEITAMSE DAS DIFICULDADES DA VIDA DE UMA PESSOA, E QUALQUER PESSOA PODERÁ SER MANIPULADA. Eles escolhem bem as palavras, os testemunhos são convincentes de pessoas que foram miraculosamente salvas ou ajudadas pelos ditos cultos, seitas, igrejas.

A S EITA

Há pouco tempo vi o vídeo de um famoso youtuber brasileiro, que é também actor, em que ele falava em seitas irem a escolas de actores contratar actores para participarem em sessões, reuniões, exorcismos. Existe um tanto-quanto de espectáculo dentro daqueles templos, e suponho que não só no Brasil. E quando uma pessoa aparentemente tão comum quanto nós passa por um suposto milagre ali diante dos nossos olhos, num ambiente cheio de pessoas crédulas e de carga psicológica e aproveitadora da Fé, nós estamos sujeitos a acreditar também.

Estou mais forte e estável, graças à Medicina, e a ideia de ir espreitar o que se passa dentro daqueles locais de culto, quando, por acaso, passo à porta, tornou-se apetecível. Ainda não o fiz, no entanto. Talvez por medo. Fui recentemente convidada a ir a uma reunião de um Centro de Ajuda da IURD. E considerei ir, mas antes que fosse, surgiu toda a polémica que agora conhecemos.

A questão é que nem todas essas pessoas são actores. Existem, de facto, pessoas comuns que dizem ter tido os seus problemas resolvidos em nome do culto, seita, igreja e da fé em Deus.

CHAMEM-ME CÉPTICA MAS CHAMO A ISSO EFEITO PLACEBO. Mais depressa acreditaria que certas coisas que acontecem lá dentro, na hipótese de existirem forças do Bem, e do Mal, acontecem por forças do Mal mascaradas de Bem… mas isto já sou eu a divagar, porque nem acredito em poderes. Nos últimos anos levantou-se uma curiosidade em mim.

Texto: N. (Pessoa Comum, Agnóstica/Ateia, Céptica e Racional)

•SEITAS•

MEDO OU VERGONHA?

“sei·ta (latim secta, -ae, caminho, linha de conduta, princípios, escola filosófica) substantivo feminino 1. Opinião, seguida por um grupo numeroso, que se destaca de um corpo de doutrina principal. 2. [Religião] Grupo que segue uma doutrina que deriva ou diverge de uma religião3. [Informal] Grupo organizado que tem ideias ou causas em comum. = BANDO, PARTIDO 4. Grupo organizado de carácter fechado.” in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/ dlpo/seita

Quando o tema desta edição foi lançado para a mesa de trabalho toda a equipa sabia que ia ser complicado entrar neste mundo e, principalmente, recolher testemunhos fidedignos, uma vez que quem está inserido nestes grupos não

OPINIAO

por Leonor Noronha

quer falar e quem já saiu, na maioria dos casos, tem medo de se expor. Nos anos 80, do século XX, era eu adolescente tive um tio que se juntou a uma seita religiosa; para o caso não interessa qual era. Quis arrastar com ele toda a família e todos os fins-de-semana trazia, para os encontros familiares, cassetes de vídeo com gravações das cerimónias que ali se praticavam. Insistia para que víssemos e para que nos juntássemos aquele grupo. Que todas as nossas aflições seriam atendidas e que todas as nossas tormentas desapareceriam.

OPINIAO

Era tudo super simples e bastaria pagar uma quantia mensal: o famoso dízimo.

UM DIA LANCEI A PERGUNTA: “SE SÃO TÃO BONS NISSO DOS MILAGRES, PORQUE É QUE A TIA NÃO DEIXA DE SER COXA?” E AINDA HOJE, NÃO SÓ, RECORDO A CARA BRANCA E DE SURPRESA DO MEU TIO COMO AGUARDO A RESPOSTA. Este era calculado sobre o salário de cada um. Na altura eu não trabalhava, era estudante ainda, mas sempre me fez confusão que se tivesse de pagar obrigatoriamente alguma coisa para pertencer a um grupo religioso e comentei com o meu tio. Ele disse-me que eu não percebia nada daquilo e eu argumentei sempre. Assim como sempre questionei os milagres que ele apregoava que se faziam “lá na igreja”. Já lá vão mais de 30 anos e a minha tia continua coxa e os meus tios já não frequentam essa seita e nem sequer vivem em Portugal. A idade avançada deles e a falta de resposta fez com que nem sequer os contactasse para escrever sobre eles nesta edição da Inurban.

compreender como funcionam estas instituições e procura ir mais além na busca de informação surgem vários entraves que não permitem chegar ao real funcionamento do grupo. E é isso que me leva ao título deste artigo. Questiono-me sempre se será por medo de represálias ou por vergonha de terem participado em algo em que já não acreditam que os testemunhos nestes casos são escassos ou, quase sempre, inexistentes. Ainda há quem diga que sim, mas na hora da verdade, de contar a sua experiência, se recuse a fazê-lo. Nesta edição tentámos ir mais longe e tocar na ferida. Conseguimos um testemunho de alguém que não se escondeu atrás de uma máscara e que deu a cara por uma experiência que em tempos viveu. É, no entanto, um caso raro, uma agulha num palheiro, e também, a prova de que o medo ou a vergonha não saem sempre vencedores. E ainda bem!

Provavelmente devido aos métodos de funcionamento próprios destes grupos que envolvem vários rituais que, em alguns casos, estão rodeados de bastante secretismo a sociedade classifica-os, na sua maioria como locais maus onde não se pratica o bem e onde há a exploração da dor alheia para benefício próprio. A pouca informação sobre o que ali se passa leva a essas constatações.

A experiência mostrou-me que sempre que alguém tenta perceber ou

Foto: Nicola Floravanti

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•USHINDI SHOES•

Criada em 2015, a Ushindi Shoes quer inovar pelo design, sem descurar a qualidade e conforto a que já habituamos os nossos clientes. USHINDI SHOES - Made in Portugal e o link do site https://ushindishoes.facestore.pt

TE A M 4 HEA LTH

•SAÚDE E BEM-ESTAR NA CRIANÇA • Sendo a temática, Saúde e Bem Estar, correspondente a esta secção da revista e em jeito de revisão de tudo o que foi partilhado no ano 2017 sendo a figura principal a CRIANÇA... este artigo dará destaque às mensagens que considero mais pertinentes de todos os outros anteriormente publicados; em especial para todos os adultos que com as crianças vivem nos vários papéis e em diferentes contextos inseridos... para eles e por Elas Crianças, num novo ano...para o surgimento de Novas Consciências... Adultos Despertem!!! • A comunicação é um portal de acesso para a felicidade familiar. Quando há comunicação entre todos os integrantes da família, o Lar permanece em harmonia paz e amor. Chave: comunicação familiar = troca de sentimentos! • A família, deverá constituir-se como “um espaço privilegiado” em que se possa manifestar em liberdade e respeito mútuo entre todos, para que assim as aprendizagens de socialização e comunicação aconteçam, onde as emoções e os afetos têm espaço para serem vivenciados formando sentimentos de sermos quem somos e de pertencermos aquela e não a outra família.

• Não se deve pensar que o outro já sabe que se nutre Amor por ele e que é importante na Família e que por isso não é necessário se expressar. Nunca, cair na tentação de se presumir isso. “Quem não demonstra seu amor, não ama.” William Shakespeare.

• O maior Desejo das crianças é construir pontes de comunicação com os adultos. O seu universo revela a sua maior carência: Afetividade, Escuta Ativa, Atenção Dirigida e Amor. O seu mundo, em nada é sofisticado, manifestando-se em Pureza e Simplicidade. • “O Maior Problema de Comunicação, É que Não Ouvimos para Compreender… Ouvimos para Responder” - autor desconhecido • A comunicação não violenta (CNV) estabelece diferenças em 4 pilares de base para que a mesma seja possível de acontecer: - Observações vs Juízos de Valor / - Sentimentos vs Opiniões / Necessidades (ou valores universais) vs Estratégias / - Pedidos vs Exigências ou Ameaças • A CNV abrange um estado de consciência em que o sentimento de compaixão floresça entre as pessoas, através da comunicação. • Um princípio-chave da comunicação não violenta é a capacidade de se expressar sem usar julgamentos de “bom” ou “mau”, do que está certo ou errado. A ênfase é posta em expressar sentimentos e necessidades, em vez de críticas ou juízos de valor. • Tem como objetivo de resgatar o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, valores e a capacidade de se expressarem com honestidade, ajudando

• Caminho da comunicação autêntica “Não é o Amor que sustenta o relacionamento, é a forma de se relacionar que sustenta o Amor” • A Linguagem é considerada a competência, por excelência para o sucesso da Leitura e Escrita. • É importante ajudar as crianças (em idade pré-escolar) analisarem a linguagem, para que compreendam as várias relações linguísticas, como as que existem entre as letras (consciência da estrutura dos sons que compõem as palavras), o que elas significam e como se podem representar nos níveis oral e escrito. • O Brincar e os brinquedos proporcionam à criança a oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle interior, sua auto-estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros. • Há que validar que os brinquedos são tão importantes ao brincar quanto um livro é ao estudar. • Apesar de ter potencial para ajudar a criança a se desenvolver em diversas áreas, o uso contínuo de aparelhos eletrônicos traz desvantagens. Problemas relacionados ao excesso de exposição aos gadgets podem trazer consequências nefastas tanto ao nível físico quanto comportamental.

• Bom senso na escolha do Brinquedo tendo em conta a idade da criança e seu nível de desenvolvimento. Proporcionar lhes tempo de qualidade, espaço e a oportunidade de brincarem, de serem crianças e de viverem uma infância que mereça ser lembrada no futuro como Feliz e repleta de brincadeiras. • Se os próprios adultos puderem lembrar e reviver suas experiências de infância com seus filhos e alunos, ainda melhor. Se não tiveram esta vivência, eis uma oportunidade nova de Brincar… • O Faz de Conta, é das brincadeiras de eleição da Criança e de extrema importância no seu desenvolvimento. Ao que faz bem brincar ao Faz de Conta? A tudo e a todos!!

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os outros com real empatia - ou seja, sentindo as verdadeiras necessidades do outro e não em sua vontade de parecer altruísta.

• Cabe ao adulto, libertar-se da sua rigidez, desinibir-se, acompanhar e vivenciar esta brincadeira com a criança... é Bem Vindo!! mas não lhe explicar como tem de brincar: o que falar e fazer para representar o papel que escolheu. • É inquietante observar que os adolescentes já não querem mais ser crianças, tendendo a rejeitar a sua infância; ou mesmo as crianças (5-7 anos) a “recusarem-se” que foram bebés, “que já não podem brincar com os objetos de um outro tempo” e que muitos pais “alimentam” este conceito, sem o devido enquadramento e bom senso; como esse estadio fosse vergonhoso e/ou diminutivo do seu Ser. • É relevante relembrar que os filhos não são os pais. Eles vieram através dos pais mas não são como os pais. Cada um deles é único e vem com sua própria personalidade, talentos e pensamentos. Não se deverá expectar que eles vivam os mesmos sonhos/objetivos de vida que

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os pais, pois eles têm os deles próprios. • Passa ser uma Missão Parental, amá-los incondicionalmente, sustentá-los e encorajá-los nas suas descobertas e ajudá-los a descobrir seu propósito de vida e os desafios adjacentes do mesmo. • As novas gerações de Crianças evidenciam novos comportamentos e para manifestar os seus Direitos é relevante maior conhecimento, aceitação, resiliência e compaixão por parte dos adultos. Vive-se uma nova era em que tudo está em mudança e em que esta ocorre “à velocidade da luz”. • Superar o desafio de compreender as novas gerações e de como comunicar com estas novas crianças, é mudar a forma de pensar a respeito delas, derrubando paradigmas antigos, para honrar as crianças como elas são no presente Agora, ao invés de as rotular seja de que forma for. • No futuro, a evolução de gerações e suas características observáveis sugerem que as Crianças serão consideradas como iguais e com Direitos iguais na família e não apenas como dependentes. As crianças serão consultadas nos assuntos familiares que as afete e lhes serão dadas opções e escolhas.

Texto: Drª. Andreia Rodrigues - Licenciada em Terapia da Fala - Pós-graduada em Ciências da Fala (Universidade Católica Portuguesa) - Terapeuta da Fala na Clínica Joaquim Chaves Saúde

BRAÇO DO ADEUS

A primavera já chegou e com ela os primeiros raios de sol. Saem dos armários as primeiras t-shirts e tops... Aquela primeira sensação de culpa por todos os erros que cometemos durante o inverno chega. Aquela "asinha" a descair por baixo dos nossos braços, que cada vez que dizemos adeus ela dá uma ajuda por nós, está ali, bem à vista! Mas calma, nem tudo está perdido. Ainda vamos a tempo de treinar o nosso músculo do adeus, o Tricipite!

F ITNES S HU T

• BYE BYE •

Vai precisar de um par de halteres (selecione uma carga média), um elástico e duas cadeiras. Realize 2 a 3 series entre 12 a 15 repetições de cada exercício com uma cadência lenta e controlada. Bons treinos! 1 - TRICIPITE À TESTA 2 - TRICIPITE PUSH UP 3 - FUNDOS COM DUAS CADEIRAS 4 - TRICIPITE PULL DOWN 5 - STRAIGHT PULL DOWN 6 - KICK BACK

F ITNES S HU T

Texto: Estrela - Personal Trainer (Fitness Hut)

A R MÁ RIO S EM CHAVE

•A COR TENDÊNCIA desta Primavera/Verão é pantone 17-2034• *PINK YARROW*

Para quem gosta de tons de rosa parece que a primavera verão 2018 será um paraíso.

Deixo alguns look como sugestão onde predomina o pink yarrow e devo confessar que estou no meu mundo.

A Pantone anualmente apresenta sempre algumas cores como tendência, e em 2018 a empresa apostou em destaque na cor Pantone 17-2034 que é também conhecida por Pink Yarrow.

ADORO O ROSA!

Trata-se de um tom de rosa vibrante que tem como objetivo tornar os looks mais alegres e cheios de atitude.

O PINK YARROW É CHAMATIVO E REMETE OUSADIA EM QUALQUER LOOK. Pode ser utilizado em várias combinações ou mesmo num look total. A cor a tendência seja usada como acessórios: em brincos, colares como também em sapatos, sandálias ou sapatilhas. Também pode ser utilizado em diversas peças de roupas como em blusas, saias, vestidos casuais, vestidos de festa e em jaquetas.

O PINK YARROW COMBINA MUITO BEM COM TONS DE PRETO, BRANCO, AZUL E TONS NUDE.

Pode ser utilizada com cores mais quentes em produções mais ousadas ou em cores neutras em produções mais discretas.

Pode nos encontrar na loja online através do facebook ou loja física situada em Chaves.

A R MÁ RIO S EM CHAVE

Tropical e festivo, Pink Yarrow é um tom lunático e revigorante, uma tentação sedutora. Decidido, chamativo e tempestuoso, o animado Pink Yarrow é uma cor estimulante e cativante.

https://www.facebook.com/ armariosemchaveforman/?fref=ts

CO N E XAO FA S HION

• CONSELHOS PARA SE TORNAREM

MODELOS PROFISSIONAIS

Bem vindos a mais uma rubrica Conexão Fashion. Para quem não me conhece, o meu nome é Hugo Osório e sou fotógrafo profissional na área de moda. Este mês vamos falar o que é preciso para conseguirem fazer chegar a uma carreira profissional como modelo. Se procuras o sonho de ser modelo, estas são algumas dicas de como podes chegar a um nível profissional. Antes de mais devemos ser conscientes da nossa beleza e se realmente poderá ser proveitosa para o mundo da moda, (pode parecer estranho começar por aqui, no entanto recebo imensas mensagens de pessoas, que não tem qualquer tipo de consciência que nunca será possível serem modelos). Para começar devemos fazer fotos boas, para ajudar a tal, existem imensos fotógrafos que podem encontrar nas redes sociais, que se disponibilizam a trabalhos TPF (Tempo Por Foto), mas devem antes confirmar os trabalhos feitos e se são minimamente agradáveis, isso é uma grande vantagem, porque além de ficarem com boas fotos, ganham experiência em serem fotografados.

É também importante fazer uma boa seleção das fotos que devemos publicar, isto porque geralmente existe a tendência de publicar tudo quem fazem na sessão.

•

Tendo boas fotos devem usar a melhor maneira de promoção das mesmas, usando redes sociais, é importante criarem uma pagina profissional (Facebook/Instragram), para divulgarem os vossos trabalhos, é também importante pedirem as vossas fotos de sessões, aos fotógrafos em alta definição e sem marcas de água, para poderem publicar nas redes sociais e imprimir o vosso book, aconselho o formato A4 ou 20x30, a impressão das fotos é importante para poderem se deslocar a agências ou a eventuais clientes e poderem mostrar o vosso trabalho (o book é o vosso cartão de visita).

CO N E XAO FA S HION Caso existam fotógrafos que vos indiquem que só enviam com marca de água, então não é um bom trabalho para vocês, proponham que ao publicar qualquer foto, vão fazê-lo com devida identificação na

descrição das fotos onde irá constar o nome do fotógrafo. É igualmente importante diversificar os trabalhos que fazemos, para mostrar a

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vossa adaptabilidade a diferentes tipos de trabalho, um erro muito cometido é encontrarem um fotógrafo que gostem e ficar sempre a fotografar com ele, no mesmo registo. Procurem ver vídeos online de sessões e vejam como se comportam os/as modelos durante a sessão, consumam o máximo possível de fotos profissionais para verem as poses usadas, também é possível encontrar online imagens que contêm várias poses, podem trabalhar essas mesmas poses frente ao espelho ou com o vosso telemóvel tirar e corrigir até conseguirem fazer igual. Por último e sem dúvida o mais importante, o que vos irá distinguir dos demais é a vossa PRESENÇA E CARÁCTER FORTE, existem imensas aspirantes a modelo, quem em termos de beleza cumprem todos os requisitos, no entanto não passam confiança, e dessa forma nunca irão conseguir singrar no mundo da moda.

CUIDADOS A TER? • Principalmente para mulheres que estão a começar, devem ter imenso cuidado com os fotógrafos que escolhem, porque infelizmente, existem muitos que só querem fazer em lingerie e nus “artísticos”, esse tipo de fotografia pouco vos vai acrescentar para o mundo da moda, uma vez que existem poucos trabalhos nesse registo, além da exposição que essas fotografias vos dá. • Existem também várias escolas de moda espalhadas por todo o país, que constantemente aliciam na rua, através de scouters, para irem fazer um curso e no final ficam com um book e supostamente agênciados, não irei mencionar nomes, mas todas as escolas/ agências funcionam no mesmo formato. Esses cursos são pagos, com preços bastante elevados e os books finais não são nada de extraordinário, assim como muito dificilmente vos arranjaram trabalho

• Sempre que forem apresentar um trabalho, às agências de moda, devem ter em consideração que será uma entidade que vos vai empregar e arranjar trabalhos, por isso se vos indicarem que têm de fazer um book profissional para ficarem na agência e que terá de ser pago por vocês, podem esquecer essa agência porque as boas agências e que vos consideram como alguém com potencial não vos vai pedir dinheiro, e caso seja necessário fazer um book mais profissional será feito e descontado com trabalhos futuros feitos através da agência.

RECOMENDAÇÕES • MODELO: Alexandra Vicente, é uma modelo que apresenta um imenso potencial tanto a nível de desfile, como em termos de fotografia de moda, garantido resultados de qualidade, para quem quiser ver os seus trabalhos ou eventualmente para trabalhos, podem ver a página Alexandra Vicente - Modelo (www.facebook.com/ alexandra.vicente.modelo) • FOTÓGRAFO: Ricardo Silva (Tales of light) é um fantástico fotógrafo especializado em fotografia de crianças/bebés e de família, em que consegue criar mundos encantados de fantasia em volta dos seus trabalhos, como uma imagem vale por mil palavras... Podem ver os seus trabalhos, assim como solicitar os seus serviços, através da pagina de Facebook (Tales of Light by Ricardo Silva)

Texto e Fotos: Hugo Osório

CO N E XAO FA S HION

em moda. É preferível gastarem esse dinheiro com um fotógrafo profissional e fazer um trabalho de boa qualidade, que vai servir para conseguirem arranjar trabalhos.

P LUS ULTRA

• AS CIVILIZAÇÕES

DO FUTURO •

SERÁ QUE ALGUÉM JÁ PENSOU COMO SERÃO AS CIVILIZAÇÕES DO FUTURO COM UM CRITÉRIO CIENTÍFICO? A reposta é sim. O físico russo Nikolai Kardashev apresentou, em 1964, uma forma de imaginar a progressão das civilizações classificando-as com base na energia potencial consumida. Kardashev dividiu, então, as civilizações em 3 tipos: Tipo I, II e III. Uma civilização do TIPO I será aquela que é capaz de aproveitar toda a energia que chega ao seu planeta vinda da estrela mais próxima, isto é, aproximadamente 1016 Watts. Uma civilização do TIPO II já é capaz de utilizar toda a energia potencial de uma estrela. Isto equivaleria a 1026 Watts. A energia que chega até ao seu planeta já não lhe é suficiente. Uma civilização do TIPO III é capaz de utilizar a energia de um conjunto de estrelas de uma galáxia. A energia da sua estrela já não lhe chega e é capaz de usar a energia de 10.000 milhões de estrelas. Isto traduzir-se-ia em 1036 Watts.

Há uma base matemática, ou melhor, há uma racionalidade económica para esta previsão que é explicada pelo físico Michio Kaku.

Imaginemos que o consumo energético no nosso planeta cresce anualmente a uma taxa moderada de 3% ao ano. Esse crescimento poderá ser considerado bastante conservador, sobretudo quando consideramos a potencial revolução tecnológica e o crescimento da riqueza mundial que a explosão da inteligência artificial poderá causar em poucos anos. Se considerarmos apenas esse crescimento de consumo energético, a nossa civilização atingirá o tipo I num espaço de tempo entre 100 a 200 anos, no máximo, conforme, aliás, é previsto pelo físico Freeman Dyson. Seremos uma civilização do tipo II num intervalo de

MAS O QUE SERÁ CAPAZ DE FAZER CADA UMA DESSAS CIVILIZAÇÕES?

coisas como furacões, chuvas ou a temperatura. Uma civilização do tipo I terá que ser capaz de assegurar que não existe fome no planeta, que não há problemas no fornecimento de água e que consegue controlar e dominar a poluição. A passagem do nosso estádio civilizacional actual para uma civilização do tipo I é provavelmente o momento mais delicado, o mais arriscado e perigoso, que a nossa espécie tem de enfrentar. Uma guerra nuclear em grande escala poder-nosia fazer recuar milhares de anos e até levar-nos à extinção. O mesmo se poderá dizer de uma guerra biológica global. A poluição terá que ser controlada bem como o fundamentalismo religioso. Martin Rees, que é um prestigiado astrofísico inglês e que presidiu à Royal Society, como já foram nomes como Newton ou Huxley, considera que temos somente uma probabilidade de 50% de conseguirmos ultrapassar esta fase. Para atingirmos a civilização de tipo I necessitamos de um esforço de maturidade. E depois este tipo de civilização terá que ser capaz de arrumar a casa no nosso próprio planeta.

P LUS ULTRA

tempo entre os 1.000 e os 5.000 anos e do tipo III entre 100 mil a 1 milhão de anos.

É IMPORTANTE DIZER QUE NÓS AINDA NÃO SOMOS UMA CIVILIZAÇÃO DO TIPO I. Por isso mesmo é que Carl Sagan afinou esta escala dando-lhe classificações mais precisas, como 0,8 ou 1,2. Nesta escala mais afinada, é verdade que vamos a caminho de uma civilização do tipo 1, mas ainda estamos um pouco longe de lá chegar. Sagan atribuiu uma classificação à nossa civilização actual de 0,7. Uma civilização de tipo I é capaz de controlar o seu planeta totalmente. É capaz de dominar, sem dificuldade, a meteorologia, conseguindo controlar

P LUS ULTRA Uma civilização do tipo I ainda não dispõe de naves suficientemente rápidas para se aventurar muito longe no espaço, mas é provável que o sistema solar seja intensamente explorado e há até quem proponha o estabelecimento de uma colónia em Marte e a alteração do clima dessa planeta para que se pareça mais com o nosso: chama-se a isso “terraformar”, isto é, tentar que um planeta tenha condições ambientais parecidas com a Terra. É claro que o advento das máquinas inteligentes nos ajudará muita nesta fase. Uma civilização do tipo I conseguirá provavelmente, com o passar dos anos, estender largamente a vida de cada indivíduo ou até atingir a imortalidade, o que a forçará a colonizar novos planetas, algo que será uma coisa normal numa civilização do tipo II.

Com efeito, uma civilização do tipo II já estará, provavelmente, disseminada por vários planetas da Via Láctea, uma vez que já será capaz de viajar a velocidades próximas da velocidade da luz. Uma civilização destas será capaz de desviar meteoros da sua rota ou até planetas inteiros, bem como terá tecnologia para

acender ou destruir uma estrela.

UM CIVILIZAÇÃO DO TIPO III PODERÁ FAZER COISAS TÃO FANTÁSTICAS QUE NOS PODERÃO PARECER MAGIA AGORA. É preciso não esquecer que uma civilização destas terá, por definição, acesso a uma energia equivalente à de 10 mil milhões de estrelas. Michio Kaku refere um estudo de um astrónomo inglês, Ian Crawford, que usando o pressuposto de que se uma civilização destas conseguir viajar a 10% da velocidade da luz e que cada colónia estará a 10 anos luz da seguinte e que se demora 400 anos entre a fundação de uma colónia e a colónia seguinte, isto significaria que a velocidade de expansão humana seria de 0,02 anos-luz por ano. Atendendo que a Via Láctea tem 100.000 anos luz de diâmetro, em apenas 5 milhões de anos estaria totalmente povoada por humanos. Estima-se que a espécie humana começou a sua existência há cerca de 2.5 milhões de anos. Se daqui a 5 milhões de anos tivermos passado da nossa vida em cima das árvores para a conquista de toda a galáxia será um feito notável.

Se pensarmos que a primeira civilização de uma certa dimensão foi a egípcia que teve o seu começo 4.000 anos AC, que os gregos tiverem a sua maravilhosa explosão cultural por volta de 500 AC, que o império romano caiu lá por volta do ano 500, que em redor de 1400 se iniciou o Renascimento e que Cristóvão Colombo chegou à América em 1492, é extraordinário termos a Via Láctea conquistada daqui a uns milhões de anos. Dos 2.5 milhões de anos em que andamos neste planeta, a aventura parece ter começado a sério há apenas 6.000 anos e veja-se onde já estamos. A aceleração é brutal e estamos só a iniciar esse processo. A classificação de Kardashev tinha a ver com o consumo de energia, mas Carl Sagan propôs outra forma de catalogar as civilizações de acordo com a informação produzida, isto é, livros que escreveu, discos, fotografias, etc. Assim, as civilizações são classificadas de A a Z, sendo a A a civilização mais simples e a Z a mais evoluída de todas. Uma civilização do tipo A é uma civilização primitiva, ainda sem escrita, capaz de

processar pouca informação. Evidentemente que quando a escrita é inventada, a quantidade de informação cresce exponencialmente. A informação total da antiga Grécia que chegou até nós corresponde a uma civilização do tipo C. A nossa civilização actual, com toda a informação escrita que produziu, somando-lhe as fotografias, pode ser catalogada como estando na letra H, a oitava do abecedário. Somos, portanto, uma civilização H-0,7.

P LUS ULTRA

Não nos podemos esquecer que o nosso planeta tem 4,5 biliões de anos. Na verdade 7,5 milhões de anos de humanos apenas representam 0,17% da idade do nosso planeta.

Uma civilização galáctica do tipo III produzirá a informação de cada planeta a multiplicar pelo número de planetas ocupados. Uma civilização do tipo III espalhada por uma galáxia ao longo de 10.000 milhões de estrelas atingirá a letra Q. A letra Z está reservada para uma civilização que seja capaz de se estender por um bilião de galáxias, ocupando parte substancial do universo visível. Um dia, talvez, cheguemos lá, sobretudo se conseguirmos superar este período tão perigoso de termos tecnologia para podermos destruir o nosso próprio planeta, mas ainda não dispomos tecnologia suficientemente para colonizarmos outros planetas, diminuindo, assim, as hipóteses da nossa própria extinção.

Texto: Bruno Costa Carvalho - Presidente da Avenue Planet e Director da Palanca TV

PÁG INA S S OLTA S

por Leonor Noronha

• DE PEQUENINO SE CRIAM BASES SÓLIDAS • APÓS AS ALEGRIAS E AS COMEMORAÇÕES QUE A CHEGADA DE UM BEBÉ PROPORCIONA, OS PAIS COMEÇAM A PREOCUPAR-SE COM A SAÚDE, A ALIMENTAÇÃO E AS TAREFAS INERENTES À CRIAÇÃO E EDUCAÇÃO DE UMA CRIANÇA.

no primeiro ano da vida de um bebé, porque além de se tratar de um período muito especial está-se a criar a base de aptidões e conhecimentos que serão a base de toda a aprendizagem futura do bebé que será o adulto de amanhã. 2018 organizado, com sugestões de beleza e solidária

Por vezes parece que entram numa competição com outros pais para ver quem melhor desempenha as suas funções parentais.

ATRAVÉS DE IDEIAS SIMPLES IRÁ CRIAR UMA RELAÇÃO MAIS FORTE E AFETUOSA COM O SEU FILHO.

Nesta corrida desenfreada, por vezes, esquecem-se que o mais importante é terem tempo para estar com o bebé, para brincar, para descobrirem os novos momentos que a vida lhes passará a proporcionar. Estas são também questões fundamentais para o bom crescimento e desenvolvimento saudáveis da criança. Em “À Descoberta do Seu Bebé”, com a chancela da Manuscrito, a pediatra Margarida Lobo Antunes e a educadora de infância Andreia Vidal apresentam um livro onde a principal preocupação é a felicidade e o reforço positivo na vida dos bebés.

Aqui encontra explicações sobre as diferentes fases de desenvolvimento do bebé acompanhadas de sugestões de atividades e brincadeiras apropriadas para cada uma das etapas do crescimento. O importante é contribuir para o desenvolvimento cerebral da criança através da interação com as pessoas e o mundo que a odeia. É importante investir

Editada pel´ “A Minha Vida Dava um Livro” reúne 365 dicas caseiras, uma por dia, e conselhos na área da beleza e da saúde que vão ser excelentes auxiliares para as mulheres modernas e sofisticadas atuais.

Texto: Leonor Noronha

CONHECIDAS COMO “MEZINHAS CASEIRAS” VÃO PROPORCIONARLHE VERDADEIROS MOMENTOS DE PRAZER E OFERECER-LHE CUIDADOS DE LUXO CONSIGO PRÓPRIA. Ao adquirir esta Agenda estará ainda a contribuir para a “Casa de Acolhimento Mão Amiga”: uma instituição particular de solidariedade social que pretende dar uma resposta rápida no acolhimento de crianças e jovens em perigo. Izabel de Paula oferece parte do valor das vendas de cada exemplar a esta instituição aliando assim a beleza e a organização pessoal a um ato solidário tornando 2018 num ano mais charmoso e útil.

PÁG INA S S OLTA S

A “Agenda 2018 by Izabel de Paula” é um precioso aliado para o dia-adia. Além de manter todos os seus compromissos organizados pode ainda encontrar dicas de beleza e saúde que a esteticista reuniu nas rubricas que apresenta em televisão.

O S PEQU E N O S MA R QUES E S

• SER AUTORITÁRIO OU

TER AUTORIDADE... • ESTI L O S PAR EN TA I S

Educar é a ação de promover a educação que visa transmitir determinados conhecimentos e padrões de comportamentos a fim de garantir a continuidade da cultura de uma sociedade.

EDUCAR É SOCIALIZAR, É TRANSMITIR OS HÁBITOS QUE CAPACITAM O INDIVÍDUO A VIVER EM SOCIEDADE, HÁBITOS ESSES QUE COMEÇAM A SER INCUTIDOS NA PRIMEIRA INFÂNCIA. Em todas as culturas são encontrados mecanismos para perpetuação da educação, em forma de normas que determinam, nomeadamente, algumas relações básicas/interações entre pais e filhos. A forma como os Pais exercem a sua função parental é bastante diversificada e exprime-se de forma diferente no grau de autoridade, de afabilidade e de tolerância para com os filhos. A função parental tem variado ao longo dos tempos tendo em conta os grupos culturais. A educação dos filhos difere de pessoa para pessoa uma vez que é um reflexo importante da nossa personalidade e da nossa própria filosofia de vida.

É natural que cada um de nós acabe por adotar, quer por razões afetivas, quer de vivência familiar, diferentes formas de educar e é natural que nos seja difícil

analisar objetiva e racionalmente a forma que escolhemos de educar.

VAMOS “EDUCANDO” SEM AVALIARMOS CONCRETAMENTE COMO O FAZEMOS. O Estilo Parental define-se como “a forma como os pais se relacionam com os filhos”. Exprime-se “como um conjunto de estratégias que os pais utilizam no seu quotidiano com os filhos e que visa instruí-los em aptidões em diferentes domínios (académico, social, afetivo) e em determinados contextos”. Ser pai ou mãe é um desafio constante pois o que se quer é corresponder de forma assertiva e adequada às necessidades dos filhos. Mas como o fazemos? Será a nossa forma de educar realmente a mais assertiva? Somos

NO PASSADO, O ATRIBUTO “AUTORITÁRIO” ERA CONSIDERADO COMO UMA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS.

Segundo a Psicologia há diferenças no “estilo” parental e nas “práticas” parentais.

Entretanto, e felizmente, essa visão mudou muito e a relação entre pais e filhos tornou-se mais próxima, na qual os laços afetivos vão sendo construídos desde o nascimento, de uma forma harmoniosa e saudável

O estilo parental reflete o clima emocional em que decorrem as relações entre pais e filhos e este revela-se em aspetos como o tom de voz, a linguagem corporal, a formalidade no trato, as mudanças de humor, entre outro. O estilo parental pode variar em diferentes formas de educar. Neste artigo vamos debruçar-nos sobre o estilo de PAIS AUTORITÁRIOS e sobre o estilo de PAIS COM AUTORIDADE, de forma a demonstrar a diferença entre estes dois estilos e a frisar em que medida contribuem para a formação das crianças.

Hoje em dia, educar os filhos com autoridade ou com autoritarismo é um dos principais desafios com que os pais se deparam no processo de educação e de formação dos filhos. TER AUTORIDADE implica desfrutar de comando ou poder sobre os outros pela positiva, ter o poder de exercer o direito de se fazer respeitar e obedecer. O AUTORITARISMO diz respeito ao exagero, ao uso desproporcional de força pela negativa, à falta de diálogo, à intimidação e, muitas vezes até à humilhação.

O S PEQU E N O S MA R QUES E S

todos diferentes e educamos de formas diferentes. Cada um de nós tem um estilo de educação próprio e fazemo-lo muito naturalmente, muitas vezes sem sequer nos questionarmos sobre isso.

Os Pais Autoritários são exigentes e não são compreensivos, levando a uma educação rígida, impositiva, surda, repressiva e que por vezes se pode tornar agressiva. Este tipo de educação pode contribuir para a formação de adultos inseguros, dependentes, retraídos e ansiosos.

Vamos procurar mostrar que é possível educar com autoridade, sem se ser autoritário e, ainda, demonstrar que existe uma diferença abismal entre autoridade e autoritarismo.

Uma pessoa autoritária é uma pessoa intransigente, ditatorial, dominadora e impositiva. O estilo autoritário caraterizase pela imposição da obediência e do respeito cego e surdo pelo autoritarismo parental. Neste tipo de relação não se

O S PEQU E N O S MA R QUES E S

estabelece entre pais e filhos o equilíbrio de poder, a reciprocidade e o afeto, o que leva a que o desenvolvimento da criança possa ser prejudicado, comprometendose, muitas vezes, as futuras relações que virá a estabelecer com os outros. Os Pais Autoritários são exigentes, intolerantes e opressivos, o que conduz à submissão e ao conformismo dos filhos. O poder dos pais reflete-se numa constante imposição de padrões de comportamento rígido, no sentido de impedir a mais ínfima possibilidade de desrespeito pelo que se pretende impor. Muitas vezes, verificase o recurso a medidas como ameaças, privação de privilégios e até mesmo punição psicológica e física, forçando, desta forma, a criança a adequar o seu comportamento às exigências dos seus pais. Estas práticas educacionais podem despoletar emoções intensas como hostilidade, medo e ansiedade.

O ESTILO AUTORITÁRIO RESULTA DA COMBINAÇÃO ENTRE O EXERCÍCIO DE ALTOS NÍVEIS DE CONTROLO DOS FILHOS POR PARTE DOS PAIS E A BAIXA RESPONSIVIDADE PERMITIDA AOS MESMOS Este tipo de pais desencoraja completamente qualquer tipo de trocas verbais, de diálogo e impõe limites rígidos às manifestações dos filhos dando grande valor à manutenção da sua posição autoritária e anulando qualquer hipótese dos filhos poderem contestar ou argumentar perante as regras impostas.

Estas nunca resultam de um consenso prévio entre as partes, mas sim e apenas da vontade dos pais. Este estilo de pais não promove nos filhos a compreensão das regras pois como não permite a sua

negociação, também não lhes interessa que os seus filhos as entendam, nem se preocupam em explicar as mesmas apenas os obrigam a obedecer.

O ambiente relacional e emocional entre pais e filhos é de uma reduzida, ou mesmo quase nula, troca de afeto, pela distância, pela ausência de estímulo ou encorajamento de atitudes ou iniciativas dos filhos e de uma extrema frieza. Este tipo de ambiente não favorece o desenvolvimento da autoestima e da autonomia das crianças, o que faz com que se anulem e se tornem dependentes. Os filhos de pais que adotam este tipo de estilo parental demonstram, em adultos, a prática do mesmo tipo de educação recebida, ou seja, dá-se a transmissão do estilo parental autoritário de pais para filhos. Existem alguns estudos que nos mostram algumas diferenças quando se trata de mães autoritárias ou de pais autoritários. Os filhos deste tipo de mães demonstram comportamentos agressivos (agressões verbais ou físicas e destruição de objetos), fazem uso da mentira, são socialmente retraídos, depressivos e ansiosos. Os filhos de pais

Se submetida à falta de tolerância, de afeto e de compreensão, se submetida a situações de violência psicológica e muitas vezes física e até mesmo ao abandono emocional, a criança terá muito poucas hipóteses de se desenvolver com equilíbrio, harmonia e sem traumas pois no seu dia-a-dia passa por muito sofrimento. Estas crianças pertencentes a famílias que representam locais de forte tensão, tendem a tornar-se em adultos agressivos, repressores e autoritários em outros espaços e situações. Segundo o Psicólogo João Luís Machado, “esta tónica infeliz, de agressões e autoritarismo, poderá, inclusive, levar à deterioração dos laços familiares e ao afastamento dos membros da família”.

Ao contrário destes pais temos outro tipo de Pais que exercem o seu poder paternal de uma forma salutar sem nunca esquecer o papel de cada um na família. Pais com Autoridade são pais compreensivos e tolerantes e exigentes. Neste tipo de educação os pais educam pelo exemplo. Aqui o diálogo começa pela forma de relação entre o casal, o respeito mútuo assumido de forma honesta e franca diante dos filhos. Esta é a forma primordial de se demonstrar aos filhos que, deste modo, se superam divergências, se conciliam interesses e se luta pelo bem-estar da família. Segundo Adela Stoppel de Gueller, Psicóloga e Coordenadora do Departamento de Psicanálise da Criança “Ter autoridade com os filhos decorre da seriedade que os pais têm consigo e entre si mesmos. Quando os pais sustentam a autoridade, estão transmitindo aos filhos o valor da responsabilidade e do compromisso, e é isso que permitirá que, um dia, seus filhos possam exercer o lugar

O S PEQU E N O S MA R QUES E S

autoritários demonstram um desempenho escolar moderado, sem problemas de comportamento, mas pouca desenvoltura em sociedade, baixa autoestima e um alto índice de depressão.

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de pais. Isso quer dizer que a autoridade está estritamente ligada à transmissão de uma geração a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores de uma geração a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores do passado para o futuro. A autoridade apazigua as crianças porque transmite firmeza e segurança. Permite um questionamento que induz à reflexão, ou seja, induz a criança a pensar sobre a ordem das coisas”. Nestas famílias em que se privilegia o diálogo, a autoridade é percebida de forma natural e as crianças aprenderão a utilizar, nas suas relações fora do âmbito familiar, as ferramentas da compreensão e do entendimento. Estes pais transmitem aos filhos segurança, mostrando-lhes que estão ao seu lado para lhes ensinar o que se pode fazer e o que não se deve fazer. A autoridade apoia-se no poder da palavra, ou seja, a palavra tem o valor de uma promessa.

A CRIANÇA CONFIA NA AUTORIDADE DOS SEUS PAIS QUANDO VERIFICA QUE ELES CUMPREM O QUE DIZEM E FAZEM O QUE PROMETERAM. Quando os pais são afetivos e participativos em relação aos filhos influenciam a forma como eles aprendem e se relacionam com os outros e promovem futuros adultos mais calmos, mais tranquilos e mais aptos a lidar com problemas. Este tipo de pais caracteriza-se por ser tolerante, mas ao mesmo tempo exigente face aos seus filhos, ou seja, há uma reciprocidade: os pais aceitam a responsabilidade de responderem, o mais possível, aos pontos de vista e razoáveis exigências razoáveis

dos filhos, mas os filhos devem responder às exigências dos pais. Estes pais encorajam nos seus filhos a sua autonomia, ouvem as suas opiniões mas não hesitam no que caminho que decidiram percorrer e não facilitam no cumprimento das regras. A negociação e o compromisso são possíveis entre a família. Os pais estabelecem até onde os filhos podem ir, definindo bem os limites, estimulam a discussão e a partilha de pontos de vista, interesses próprios e estilos próprios. A disciplina é imposta de forma indutiva e a comunicação entre pais e filhos é clara, aberta e baseada no respeito mútuo. A disciplina indutiva envolve práticas educativas que comunicam à criança o desejo dos pais de que ela modifique o seu comportamento, induzindo-a a obedecer-lhes.

SÃO PAIS QUE SUPERVISIONAM A CONDUTA DOS FILHOS, CORRIGINDO ATITUDES NEGATIVAS E RECOMPENSANDO ATITUDES POSITIVAS. Este tipo de pais é afetuoso na interação, responsivo às necessidades dos filhos, solicita a opinião dos mesmos quando acham pertinente, encoraja a tomada de decisões e proporciona oportunidades para o desenvolvimento das suas aptidões, o que tem uma influência positiva no desenvolvimento psicológico das crianças. Crianças educadas num ambiente sadio precisam de pais com autoridade e que saibam exercer de modo correto essa mesma autoridade. Segundo João Luís Machado, “No ambiente doméstico, a autoridade está relacionada ao respeito e consideração aos pais por parte de

Para que qualquer criança tenha condições para se desenvolver corretamente passando por experiências positivas e negativas que vão formando a sua personalidade e o seu caráter, a criança precisa de crescer envolta de carinho, afeto, atenção, respeito e amor. Os filhos deste tipo de estilo parental são filhos com alto índice de competência psicológica, baixo índice de disfunção comportamental e psicológica, assertivos, independentes, empreendedores, com maturidade e responsabilidade social.

Educar é tão difícil quanto compensador, é uma aprendizagem contínua pela qual pais e filhos passam, crescem e evoluem como pessoas. O psiquiatra Içami Tiba afirma que a AUTORIDADE E O CARINHO devem estar presentes no processo educativo: “Autoridade e carinho são apenas dois critérios diferentes: um refere-se ao afeto no relacionamento e o outro à posição de poder”. A autoridade é fonte de entendimento, afeto e respeito. Quando os pais sustentam a autoridade estão a transmitir aos filhos o valor da responsabilidade e do compromisso o que permitirá que um dia os seus filhos possam exercer o lugar de pais. Desta forma a autoridade está intimamente ligada à transmissão de uma geração para a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores do passado para o futuro.

“Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte quanto a necessidade de proteção de um pai”

O S PEQU E N O S MA R QUES E S

seus filhos, ligada aos laços sanguíneos, ao facto de que os pais, além de progenitores, se responsabilizam durante toda a infância e adolescência pela formação, valores, educação e preparação para o contato com o mundo externo, além dos sentimentos fortes que os unem”.

Sigmund Freud

“Uma das coisas mais afortunadas que pode acontecer na sua vida é ter uma infância feliz” Agatha Christie

Texto: Olga Muro e Silva

CINEMA 56

•” JOGO DA ALTA RODA”•

Jogo de Alta Roda retrata todo o processo que levou Molly a transformarse na organizadora de jogos de poker ilegais mais exclusivos do mundo primeiro em Los Angeles e depois em Nova Iorque. Durante esse tempo travou conhecimento com a realeza de Hollywood, estrelas desportivas, titãs do mundo dos negócios e, para mal dos seus pecados, a máfia russa. O filme protagonizado por Jessica Chastain acompanha o período em que

Molly tem de se defender em tribunal para não ser presa por associação criminosa à máfia russa. Para isso vai contar com a ajuda de Charlie Jaffrey (Idris Elba), advogado que vai percebendo que há mais por detrás da máscara que Molly criou para se defender ao longo dos anos.

CINEMA

Molly era uma esquiadora de alta competição e apostava tudo para estar presente nos Jogos Olímpicos de Inverno sob os comandos do seu exigente pai e treinador quando uma aparatosa queda a atirou para fora das pistas. A partir daí o mundo mudou completamente e Molly Bloom acabou por ir parar à alta roda da organização de jogos de poker ilegais onde se tornaria conhecida como a Princesa do Poker.

Todos os segredos que traz consigo acabam por levá-la a ser associada à máfia russa e Molly sabe que a responsabilidade é sua, mas que a sua palavra de nunca revelar os nomes dos seus clientes é o que a mantém ligada a si própria e à sua essência. Da mesma forma que a teia que montou à sua volta a levou a altos voos, foi a mesma que foi responsável pela sua queda. Jogo da Alta Roda pode não ser o melhor filme do ano, mas vai certamente prendêlo ao banco do cinema. Um filme em constante movimento sem grandes momentos mortos, muito recorrentes em filmes ligados às temáticas judiciais.

Texto: Tiago Vaz Osório

COLUNA S OCIA L

por Eduarda Andrino

•A BELA E O MONSTRO• NO GELO

Inspirada no conto original de Alan Menken, “A Bela e o Monstro no Gelo” esteve em exibição durante mais de um mês no Alegro Alfragide, em Carnaxide.

A PRODUÇÃO DA AM LIVE REUNIU UM ELENCO DE LUXO DE ATORES, CANTORES, BAILARINOS E PATINADORES NUM ESPETÁCULO IMPERDÍVEL. Carla Andrino é o Bule, José Carlos Pereira é o Castiçal, Ricardo de Sá o Monstro, e Sara Madeira, a Bela.

Com direção artística de João A. Guimarães, também responsável pela encenação, e de Joana Quelhas, a quem coube também a coreografia do espetáculo, música de Artur Guimarães e texto de Ana Queirós, o espetáculo esteve em exibição numa tenda exterior

• Acção Solidária “O PINHAL É NOSSO”•

Foi a 7 de Janeiro que decorreu uma acção de voluntariado no Ribeiro de São Pedro de Moel. Sucessivos governos têm relegado para segundo plano a conservação da Natureza deixando-a desprotegida. A consequência é a escassez de recursos humanos, técnicos, financeiros e de infraestruturas de apoio, devido aos cortes no orçamento do ICNF e na redução contínua dos seus técnicos. É notório a falta de estratégia na área ambiental.

COLUNA S OCIA L

por Eduarda Andrino

A Comissão Popular O Pinhal é Nosso nasce desta vontade e determinação na defesa dos interesses da população e da necessidade de romper com um passado que negligenciou o Pinhal do Rei. O caminho passa pela intervenção e participação na organização de movimentos sociais da sociedade civil em se organizar e participar ativamente no terreno e fazer essa mudança.

É urgente MUDAR, SENSIBILIZAR e EDUCAR a população.

REQUALIFICAR E CONSERVAR O PATRIMÓNIO NATURAL E ACABAR COM A INDIFERENÇA POLÍTICA E A PASSIVIDADE!

Créditos: José Faustino

COLUNA S OCIA L

por Eduarda Andrino

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL de fotografia

•“SILENCE MOOD”• Foi a 27 de Novembro de 2017 que esteve patente na Galeria “A Tinturaria” na Covilhã a Exposição Internacional de Fotografia “Silence Mood” da fotógrafa Ramuné Albrertiené da Lituânia. Esta Exposição organizada em parceria com a Modelinski International, da Polónia, teve como conceito explorar o sentido do silêncio no espaço urbano. Uma selecção de fotografias em escalas de cinza, inspirando interpretações variadas refletindo emoções, revelou extrema sensibilidade de captação do pormenor, por parte de Ramuné Albrertiené. O seu olhar sobre a realidade carateriza-se principalmente pelo minimalismo nas formas e nos pormenores que escolheu fotografar. Nesta exposição estiveram igualmente presentes, obras dos artistas e fotógrafos nacionais Eduarda Andrino, Alves Thomé e Ana Fidalgo, entre outros.

Créditos: Miguel M. Pinto

EXPOSIÇÃO de pintura de LENA GAL

•“VOZES SILENCIADAS”• A pintora Lena Gal expôs mais uma vez os seus trabalhos, desta vez no Museu Militar em Lisboa onde a mesma esteve patente de 18 de Novembro a 13 de Janeiro. Uma selecçao fabulosa de telas que respiram e falam por si num espaço propício como o Museu Militar que fez historia no seu tempo.

COLUNA S OCIA L

por Eduarda Andrino

As obras da artista falam de emoções e sentimentos silenciados por pinceladas únicas bem ao jeito de Lena Gal. Cada obra e um acto isolado de amor e paixão. Foram muitos os presentes neste evento, que não quiseram faltar a mais um sucesso da pintora.

Créditos: Augusto Abel Dias

COLUNA S OCIA L

por Eduarda Andrino

LANÇAMENTO

DO LIVRO DE

•ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO• “ÉS MEU - DISSE ELA” Foi na FNAC do Colombo em Lisboa, a 6 de Janeiro, pelas 17h00, que foi apresentado o livro de António Manuel Ribeiro (Vocalista do UHF) através da Guerra e Paz Editores. “És meu - disse ela”, com apresentação de José Jorge Letria, da SPA. O momento vivido foi de grande emoção até porque para além do conteúdo emocional do livro ser fortíssimo, esteve presente a família de António Manuel Ribeiro, pais e filhos entre outros, que também viveram todo este pesadelo e que não deixou ninguém indiferente. Um livro arrepiante com um texto directo e assertivo que projecta o leitor para a cena de um autêntico filme de terror. Uma lição de vida ou para a vida, a qual um ser humano conseguiu suportar sem recorrer a própria justiça? Fica a dica. IMPERDÍVEL!

62 Créditos: Neuza Ayres

Hotel

SOLPLAY •

NOVIDADE!

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•

A última novidade que pode encontrar no Solplay Hotel de Apartamentos vai deixá-lo com a atenção redobrada na hora de escolher o seu hotel. Esta estância hoteleira tem um espaço exclusivo para carregamentos de veículos Tesla, mas também servirá para carregamentos universais. Com espaço reservado e equipado com tecnologia de última geração, já não terá que se preocupar onde levar o seu carro Tesla. O Hotel Solplay pensa em si e na qualidade do seu serviço, que tem por objetivo principal os seus hóspedes. Mais informações junto do Solplay. Contactos: Rua Manuel da Silva Gaio,nº 2 Linda-A-Velha, Lisboa, Portugal /21 006 6000/

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