Revista Inurban - Dezembro 2018

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S OB RE O NATA L

• UM

NATAL

DIFERENTE •

O Natal é uma época mágica. Ou pelo menos devia ser… Na confusão das decorações, compras, prendas e jantares, cada vez mais nos esquecemos de pura e simplesmente estar presentes e perdemo-nos cada vez mais em coisas que realmente não importam. Quantos de nós já não passamos pelo stress das compras de última hora? / Quantos de nós já não nos enfiamos num qualquer centro comercial, apinhado de gente, na tentativa de encontrar o presente ideal? Ou, se não o ideal, o presente necessário para assinalar esta quadra? / Quantos desses presentes, dados ou recebidos, acabaram esquecidos numa gaveta ou prateleira lá de casa? / Quantos foram trocados ou devolvidos? / Quantos foram realmente sentidos e vividos como verdadeiros presentes de Natal? Como um gesto que serve para mostrar a alguém que nos lembramos dele, que estamos presentes na sua vida e que queremos continuar sempre que este olhar/usar a nossa oferta…

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A magia de Natal perde-se um pouco quando este acaba. Nos contentores de lixo e reciclagem perecem os vestígios dessa magia, de uma forma triste, caótica e desencantada. Fazem-se as contas aos euros gastos, ao lixo gerado, aos recursos consumidos… O Natal acabou, a ilusão também. Vira-se a página e começa o buliço do fim de ano.

A pergunta que fica no ar é: O QUE PODEMOS FAZER PARA VIVER UM NATAL COM MAIS SIGNIFICADO? Na minha concepção, um Natal com mais significado é aquele que está alinhado com os valores da quadra: paz, partilha, solidariedade… E, nos dias que correm e face aos problemas que o nosso planeta atravessa, tem também de ser um natal consciente, amigo do ambiente. No qual o desperdício não é um sinónimo de abundância. No qual o amor não se mede pelos euros que gastamos, mas pela dedicação que colocamos em cada coisa que fazemos. Um dia que celebra a união e a presença das pessoas e não a data em si. Por isso, quero partilhar aqui pequenas inspirações para um Natal mais sustentável, que no fundo, não é mais do que: UM NATAL MAIS ECONÓMICO - em que o importante não é quanto despendemos com cada presente, mas a afeição que colocamos em cada um. Presentes feitos com as nossas próprias mãos (ou pelas nossas crianças) poderão ser infinitamente mais deliciosos do que qualquer coisa que possamos comprar. O nosso tempo - oferecido sob a forma de uma massagem, uma refeição especial ou uma viagem, por exemplo - poderá ser o melhor dos presentes. Sobretudo quando levamos uma vida demasiado ausente.


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