Inurban nº18 - Agosto 2016

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AGOSTO 2016 Nยบ 18

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E DEPOIS DOS 40

CONTEÚDO 04_

GRANDE ENTREVISTA_Eva Xavier

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CRÓNICA DE VERA SOARES

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PORTO EDITORA

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PSICOLOGIA

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O MUNDO DE SOFIA

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PROJETO ARTÉMIS

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CINEMA_“Agora ou Nunca”

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POR DETRÁS DO PANO_by Eduarda Andrino

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ENTREVISTA_Duarte Gomes (Ex-Árbitro)

50_

MODA_L&D

52_

MODA_ARMÁRIO SEM CHAVE

60_

SPA_ SPAZ D´ALMA

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ESPELHO MEU

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SPA_SPAZZIO VITA

68_

ARTIGO DE OPINIÃO_Futebol-A minha visão

74_

ENTREVISTA_Basquetebol

80_

4HEALTHY_Saúde e Bem-Estar

90_

FITNESS_FITNESSHUT


Os atuais 40 são os novos 30. Quantas vezes já ouvimos isto? Tenho a sensação de que, cada vez mais, as pessoas querem prolongar a sua estadia por estas bandas terrenas e tanto a medicina tradicional como a estética, sobretudo a estética, luta arduamente contra o tempo para o obrigar a ceder. Aliar a maturidade que se atinge aos 40 com a juventude dos 30 é um ex libris. Não há dúvida. Ter 40 hoje não é, de todo, a mesma coisa que ter 40 há uns 30 anos atrás. Há que dar a mão à palmatória. Eu não trocaria os meus 40, pelos meus 25 anos de outrora. Mulheres e homens começam vidas, a partir do zero, aos 40, cada vez mais. Trabalho, casamento, novas relações, viagens e opções de risco parece que renascem na idade dos “enta”. Talvez porque já não haja nada a perder ou a sensação de medo e insegurança tenha sido deportada. Ou será que a sensação de finitude começa a ser muito mais palpável e percebe-se que o Agora ou Nunca não é mais um cliché? É, antes, uma filosofia que quem não a segue vai mesmo deixar coisas por fazer e dizer. Esta edição debruça-se sobre o “Depois dos 40 ...” e talvez se surpreendam com o que podem descobrir. Boas leituras!

EQUIPA Manuela Pereira, Tiago Barreiro Luís da Costa Pedro Ana Sofia Bexiga, Áurea Venceslau, Beatriz Dâmaso, Denise Machado, Diana Oliveira, Dinora Bastos, Fitness Hut, Eva Xavier, Eduarda Andrino, Manuela Pereira, Marisa Melo, Miguel Ferri, Porto Editora, Sandra Cunha, Spaz D´Alma, Spazzio Vita - Maria Leitão, Sonia Machado, Tiago Vaz Osório, Vera Soares.

ISNN - 2183-704X

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Manuela Pereira

EDITORIAL


GRANDE ENTREVISTA Universitária depois dos 50 A vida é um toque leve e rápido no ser humano e chegar à idade adulta é como um piscar de olhos. Mas, é o que se vive a e intensidade que faz a diferença. A etapa da idade, o ter 20 ou 60 anos, nada impede de ser um vivente apaixonado e feliz. Como preconiza o professor Mooji: “O seu Coração é a luz deste mundo. Não deixe que a sua mente o esconda.”

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Homens felizes são os que encalçam os seus sonhos, nem que seja a última coisa a ser feita, o detalhe precioso e necessário que marca a diferença. Neste prisma e, mediante um espírito irrequieto e aventureiro, tentamos perceber quem é Maria da Glória Sousa da Costa além dos seus 57 anos, ser mãe e comerciante. A realidade de quem vive um sonho numa fase mais tardia. Glória é estudante universitária e, em póslaboral, tem uma postura peculiar na vida e, como vai enfatizando ao longo da entrevista, ainda não pensou desistir, mas já sentiu “friozinhos na barriga ao pensar que não era capaz”. Estudar Educação, e entrar na primeira opção, é um sonho que começou a viver desde 2015 após ter ingressado na Universidade do Minho, também conhecida como UMinho, em Braga. “Muitas vezes é a oportunidade de feitos incríveis, que antes não foi possível.

É importante não possuirmos a sensação de finitude”, adverte. Qual as motivações e o porquê de o ter escolhido Educação? Este curso sempre me fascinou e é a minha área de predileção e, como tal, é a minha principal motivação para continuar. A escolha baseou-se na minha aptidão e amor pela Educação. O que a levou a entrar na universidade numa fase mais tardia? Conte a sua história até esta decisão. A minha entrada mais tardia na Universidade, deve-se ao facto de só agora poder realizar este sonho. Circunstâncias da vida obrigaram-me a fazer escolhas. O meu curso superior teve que ficar adiado. Eu dizia sempre:” se puder entrar só aos 60 anos, entrarei”. E realmente, com 60 anos estarei ainda na Universidade. Há cerca de quatro anos, após conclusão da formação da minha filha, também na Universidade do Minho, pensei na minha preparação para ingressar no ensino superior. Nos dois primeiros anos, não estando atenta às datas, não tive tempo de estudar para os exames. No terceiro ano fiz os exames de acesso para maiores de 23 e passei, mas não entrei por muito pouco. Não tentei a segunda fase, mas não desisti de tentar no ano seguinte. Aqui estou e finalmente consegui!


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GRANDE ENTREVISTA Universitária depois dos 50 Como fui tendo formação na área educa- Assim sendo, só tenho motivos para estar tiva e trabalhei em algumas instituições, otimista. em Braga, foi muito gratificante e sentime, em parte, realizada. Já se deparou com desilusões ao longo do percurso académico? Quais são as suas expectativas após termina-lo? O percurso ainda está no início, contudo, é o suficiente para a constatação da existência de As minhas expectativas são positivas e as algumas situações, mas de fácil resolução. melhores, pois o curso de Educação vai Encontrei apenas algumas dificuldades relatipreparar-me de forma a ser capaz de reali- vas a trabalhos de grupo. Apesar de tudo é um zar o meu trabalho com profissionalismo, universo diferente, mas foi fácil a adaptação, a para além de ser um curso muito abrangente. convivência e a interação. Alguma vez pensou desistir ou sentiu-se incapaz? Ainda não pensei em desistir, mas já senti friozinhos na barriga ao pensar que não era capaz. Como não domino as tecnologias, isso inibe um pouco a minha confiança. A vontade de prosseguir é grande, pois estou a resolver esse problema com um outro curso, o de informática. O primeiro que tive já foi há muitos anos e é normal que necessite de ajustes. Viveu algum momento que pretenda partilhar onde sentiu a plenitude nesta nova etapa da sua vida? Quando soube que tinha entrado na Universidade do Minho e no curso que desejava, foi o 6


primeiro momento de felicidade. Um sentir muito meu, profundo! Os resultados dos trabalhos e dos exames são também a consequência do meu empenho, proporcionando-me uma imensa satisfação. Quais as vantagens e desvantagens, na sua opinião e experiência, relativamente a estudar numa fase mais avançada? Eu tenho uma postura peculiar de estar na vida. São mais as vantagens que desvantagens. O nosso percurso de vida dá-nos um suporte para enfrentar e compreender o mais possível tudo o que nos rodeia. Somos mais resilientes. Por isso, tudo o que constitui desvantagens, podemos torná-las mais suaves. É uma grande vantagem termos a vontade de estudar, experiências sociais, (saber socializar é crucial) pessoais e profissionais. As desvantagens poderão consistir na não dominação das tecnologias, e relativamente às relações intergeracionais. Nesse âmbito a minha experiência é positiva. Como se sente num meio onde a maioria dos seus colegas são mais jovens e inexperientes? Sinto-me bem e integrada. É claro que alguns não têm o peso da responsabilidade, mas disponibilizam-se sempre para me apoiarem e são uma lufada de ar fresco. 7


GRANDE ENTREVISTA Universitária depois dos 50 Pós-Laboral, saio do emprego uma hora mais cedo. Qual o seu sonho?

Qual a sua relação com os professores?

Apesar de ser uma realização pessoal e gostar de aprender, (educação é ao longo da vida) adoraria trabalhar na área para a qual me estou a formar. Quero contribuir para a mudança, é necessária e urgente. Ter um papel ativo na sociedade.

A minha relação com os professores é de É mais feliz com o avançar da idade? Na sua perspetiva, qual a receita para uma vida, apemútuo respeito. sar dos percalços, feliz e harmoniosa? Como concilia a sua vida pessoal, profisNesta fase, creio que se passa pela vida com sional e académica? grande velocidade, assim sendo, a nostalgia, às Tenho uma filha que me apoia imenso. vezes, é nossa companheira. Mas com o avançar Como as aulas decorrem em regime da idade vamos adquirindo saberes, sabedoria,

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noções dos objetivos que fazem de nós seres humanos responsáveis, desfrutando a vida com outra intensidade. Damos outro sentido à nossa vida preenchendo-a com coisas que nos realizem pessoal, profissionalmente e socialmente. Muitas vezes é a oportunidade de feitos incríveis, que antes não foi possível. É importante não possuirmos a sensação de finitude. Gostaria de deixar uma mensagem ás pessoas que possam estar em situações semelhantes ou que receiem realizar os seus sonhos? Desejo que as pessoas acreditem nas suas capacidades, que vislumbrem sempre. Tudo é possível, a vontade é uma grande força. Que nunca se deixem vencer pelo desânimo. Todas as idades trazem as suas oportunidades.

Eva Xavier 9


CRÓNICA de VERA SOARES O sexo não tem idade!

A passagem dos anos é inevitável e as alterações que significam nas nossas vidas também. À medida que o tempo passa, vivem-se diferentes fases, redefinem-se prioridades, alteram-se comportamentos, repensam-se atitudes, mudam-se preferências, renovam-se energias. Estas transformações refletem-se em vários aspetos da vida, incluindo a vida sexual. Mas até que ponto pode a sexualidade mudar em função da idade? O sexo dos 30 anos será assim tão diferente aos 40? E aos 50?

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Já para Cátia Santos, de 34 anos a faixa dos 30 anos significou ter sexo menos vezes. “Estou casada há alguns anos e acho que tenho menos sexo hoje do que aos 20. Em compensação, considero que é mais intenso” revela. Cátia diz que o sexo melhora depois dos 30 porque existe mais serenidade e experiência, no entanto a maternidade acaba por interferir na vida sexual do casal. “ Com a maternidade a mulher passa por profundas transformações, físicas e emocionais que acabam por diminuir o desejo sexual. Além disso, por vezes acabo por me envolver demais com o trabalho e com os A Inurban esteve à conversa com mulhe- filhos e não tenho tanta disponibilidade” acresres de diferentes faixas etárias para ten- centa Cátia. tar perceber de que forma pode a idade afetar a vida sexual e como é vivida a Aos 40 anos, a mulher é mais experiente e sexualidade nas diferentes idades. despreocupada quanto ao seu desempenho sexual, valorizando a intensidade do momento. Para Juliana Alves, de 32 anos, o sexo é Além disso, conhece bem o seu corpo e atinge melhor a partir dos 30 porque existe mais o orgasmo mais facilmente. segurança emocional e mais independência. “ É tudo mais intenso e apimentado. É a comEstá solteira, gosta de sexo e encara -o binação perfeita do desejo, disponibilidade e de forma mais natural e livre “ O sexo experiencia”, explica Susana Santos, 44 anos. faz parte da natureza humana e faz bem Por outro lado, as mulheres sentem-se mais à à saúde. Gosto de me envolver sexual- vontade para apimentar a relação, explorando mente sem pensar se me vai ligar no dia diferentes formas de prazer e estando mais seguinte”, refere Juliana. abertas a novas fantasias.


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CRÓNICA de VERA SOARES O sexo não tem idade!

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A atração física já não abestá acorrentada dade de lubrificação da vagina, dificultando o a corpos perfeitos e a mulher descobre sexo. sente-se atraente e desejada sendo como Mas para Suzete Nunes, 55 anos, não existe é. razão para se abater com os sintomas da meno“ Sinto-me mais sexy hoje do que com 30 pausa. anos. Não tenho a folia dos 30 anos, mas “ Hoje em dia os efeitos secundários da menosou sexualmente mais ativa hoje do que pausa são facilmente tratáveis e a menopausa quando tinha essa idade”, refere Alberta não é sinónimo de fim de interesse sexual. Nesta fase, estamos prontas a aproveitar ao Correia de 45 anos. “ Estou mais confiante, mais madura e os máximo, sem dores de cabeça e sem a preocupação de engravidar”- refere Suzete. meus filhos já estão crescidos. Agora tenho mais tempo para mim e para disfrutar do prazer sexual. Já não me Maria Esteves também concorda. Tem 54 anos importo tanto com a celulite ou com as e considera que a sua vida sexual foi melhoestrias, concentro-me mais no prazer e rando com a passagem dos anos. menos com coisas que, afinal, não têm “ Não tenho a frescura física dos 30 anos, mas também não tenho inseguranças. Conheço bem importância». Alberta Correia confessou também que o o meu corpo e aceito as minhas imperfeições.” sexo a partir dos 40 é mais intenso e mais Para Maria Esteves os 50 anos trouxeram-lhe “louco”. “ Acho que mais “marota” e até rugas e flacidez mas também liberdade, disponibilidade e descontração. mais “louca” depois dos 40.” “Agora aprecio mais o sexo, gosto de explorar E aos 50 anos, como será o sexo a partir o prazer sem preconceitos ou inibições” refere. De facto a sexualidade muda com a idade, dos 50 anos? O principal desafio a partir dos 50 anos assume características próprias em cada fase da vida e está sujeita à influência de diversos fatem que ver com a menopausa. Para algumas mulheres a diminuição dos tores e às singularidades individuais do desenníveis de estrogénio, depois da menopausa, volvimento de cada pessoa. pode causar uma diminuição na capaci- As pessoas vivem a sua sexualidade de formas


diferentes em cada etapa das suas vidas e, ao que parece, pelos testemunhos que obtivemos, o sexo melhora com a idade. Os benefícios que a experiência e o conhecimento trazem com o passar dos anos são substanciais e contribuem para que se desfrute mais do sexo. É caso para dizer que o sexo não tem idade!

Vera Mendes Soares 13


O MUNDO DE SOFIA

Amélia, sei que tem 58 anos e por essa razão a escolhi para lhe fazer algumas perguntas. Recorda-se quando fez 40 anos?

dizer que profissionalmente os meus “40” foram fantásticos. Construí uma casa, plantei uma árvore. Perdi uma amiga/colega. Ela partiu em Junho de 2003. Foi a primeira pessoa com quem trabalhei quando comecei a Sim. Recordo a sensação de ter entrado trabalhar no Banco. nos “entas” e de alguém me ter dito que Hoje com 58 anos mantém a mesma linha que seria para sempre… iniciou aos 40 anos ou já algo mudou? Essa idade marcou-a com alguma situação? Mantenho a mesma linha de base, com outra Marcou na medida em que, passado um dimensão, com outro conhecimento mas uma ano de uma cirurgia à coluna, encontrava- estranha sensação que estou sempre no inicio! me muito frágil, com todas as energias em baixo, foi como um aviso, foi como se Quais os conselhos que dá a quem vai entrar alguém me dissesse que há muito mais nos 40 anos? para saber e descobrir. Foi nessa altura que comecei verdadeiramente à busca do Estejam atentos aos sinais que a vida vai dando, meu EU interior e de obter respostas para que aprendam a ouvir-se, procurem conhecer o as minhas dúvidas. Nessa cirurgia pela pri- EU interior e, em simultâneo, saibam cuidar da meira vez vi os meus “anjinhos”, não havia saúde e bem-estar para que possam receber os como procurar respostas para tal contacto. “50” com alegria. Porque eles são fantásticos! O que ganhou e/ou perdeu com a chegada Rita, sei que tens 41 anos e por essa razão te escolhi para participares nesta edição da dos 40 anos? revista onde o tema é, depois dos 40! Como Ganhei maturidade, claro! Procurei cuidar foi entrar nos 40 anos? de mim como que a preparar a chegada dos “50”. Verdade! Por dentro e por fora. Primeira vez que faço essa questão…Foi Cheguei ao topo da minha carreira. Posso natural. Foi um desmistificar de uma idade. 14


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O MUNDO DE SOFIA

Não sinto que tenho 41 anos, ou pelo, menos o que pensava ser “ter 40 anos”, que tenho uma idade verdadeiramente adulta e que possivelmente já vivi metade da minha vida.É perceber todos os dias que há vida depois dos 40!

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A nível da mente e das emoções senti a necessidade de partir muros.

Foi um processo que começou antes dos 40, mas que se intensificou nos últimos dois anos. Dizer o que sinto, mostrar o que sinto, não esconder alegrias nem tristezas. Não esconder forças nem Alguma situação em especial a marcou fragilidades. Passei a sentir mais necessidade de que as outras pessoas que me são queridas nessa altura? me conheçam e me vejam a verdade. Senti mais a diferença dos 35 anos. Os 40 surgiram naturalmente e foi um aniversário A vontade de ser livre e interagir com o mundo especialmente feliz em que renovei e in- acentuou-se. A sede da descoberta acentuouse. A vontade de viver intensificou-se. A menos tensifiquei a vontade de viver. positiva de todas, a consciência de os nossos O que ganhou e/ou perdeu com a che- pais envelhecem. gada dos 40 anos? Que conselho dá a quem vai entrar nos 40 anos? Ganhei talvez liberdade. Liberdade de não me condicionar tanto ao que os outros pensam.Liberdade de dizer Sem medos. É uma fase muito boa da vida. Junnão sem receios. Liberdade de deixar que ta-se a juventude com alguma maturidade. o meu verdadeiro EU apareça sem filtros! É sentir-me muito mulher e no entanto, ainda Perder, não perdi nada. tão menina. A nível físico alguma coisa mudou? A nív- É ter consciência do mundo real e ainda ter sonhos encantados. el da mente, das emoções? É perceber que não existem verdades absolutas. A nível físico senti o meu metabolismo É desvalorizar tantas coisas e passar a valorizar ficar mais lento. Sempre tive uma certa muitas outras. dificuldade em controlar o peso e piorou! É olhar e perceber que os amigos que ficaram,


podem não ser muitos, mas os que fazem sentido. O meu muito obrigada às duas meninas lindas que me ajudaram neste magnifico tema e o testemunharam na perfeição!

Ana Sofia Bexiga 17


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PSICOLOGIA Engravidar depois dos 40

A vida de uma mulher parece seguir uma ordem lógica de acontecimentos fisiológicos: ela nasce, cresce, reproduz-se e morre. Para que essas etapas sejam cumpridas, o seu corpo passa por diversas modificações. Momentos como a gravidez alteram-lhe o corpo, mas também a mente e, por conseguinte, a sua interação com o mundo. Em relação ao processo de reprodução humana, regista-se uma tendência cada vez maior de gravidez entre mulheres que se encontram na faixa dos 35, 40 e até 45 anos.

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dade e o matrimónio têm sido adiados para fases da vida nas quais nem sempre a capacidade reprodutiva acompanha o desejo de um casal. Com as modificações ocorridas na relação mulher-sexualidade e mulher-realização profissional, atualmente, os relacionamentos conjugais também se alteram. A mulher não se vê mais obrigada a permanecer casada quando chega à conclusão de que o relacionamento se esgotou.

Um novo casamento pode acontecer e, logo, o desejo de ter um filho com o novo parceiro. Como a fertilidade geral da mulher decai a partir Na faixa de idade mais avançada, pode-se de 35 anos, também é comum ocorrer dificulobservar, com certa frequência, o apareci- dades em engravidar, principalmente após os mento de doenças crónicas, como hiperten- 40 anos. são arterial, diabetes e outras, associadas diretamente ao processo da gestação, A mulher com 40 anos ou mais que nunca teve como abortamentos, anomalias cromo- filhos, seja por adiamento da gravidez, seja por ssómicas, mortalidade materna, gestação problemas de fertilidade, sente-se depreciada múltipla, pré-eclampsia e complicações socialmente, pois o papel da mulher está relaadjacentes. cionado à maternidade. Verifica-se muitas vezes que a incapacidade de gerar descendentes causa No âmbito familiar, a mulher participa frustração, seja pelas cobranças advindas do seu plenamente da vida do casal. De modo círculo familiar, seja pela inabilidade em dar geral, cabe-lhe cuidar da casa, do relacion- prosseguimento à própria existência, e, de maamento conjugal, da vida social e, além neira geral, o papel da mulher como mãe está disso, contribuir no orçamento familiar. impregnado de estereótipos e convencionalismos, Como consequência desse acumular de o que faz com que ela deseje sair do papel de atribuições, modernamente, a materni- filha para assumir o de mãe.


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PSICOLOGIA Engravidar depois dos 40

As mudanças nos contextos familiares e sociais têm levado a mulher a passar pelo ciclo da maternidade mais rapidamente do que suas avós, mas elas precisam, ainda, exercer funções paralelas, ao assumirem a família e outras funções fora dela. Ter um filho muda a perspectiva de vida da mulher e requer que sejam assumidas responsabilidades e tarefas específicas ligadas ao cuidado do filho. As mães de 40 anos ou mais, em virtude do baixo índice de natalidade e, muitas vezes, do desejo de ter um filho, acabam por concentrar grande energia na criação deste, podendo até mudar sua perspectiva profissional.

rado para o início de uma vida. A Ciência já sabe, mas ainda não foi capaz de quantificar, que o estado emocional da mulher tem influência direta no sistema reprodutivo: pode alterar a produção de hormonas e a ovulação. O stress, por exemplo, é um fator que provoca uma diminuição na fertilidade. Em alguns casos, o componente psicológico pode explicar até mesmo casos de aparente infertilidade. Existem mulheres que adotam crianças e conseguem engravidar logo depois e ainda aquelas que engravidam após a consulta com um especialista em infertilidade.

Quando o casal, no entanto, opta por fazer A maturidade materna pode favorecer o um tratamento e tentar uma gravidez com um enfrentamento das situações de stress e “empurrãozinho” médico, é preciso estar predificuldades em relação ao filho, na sua parado emocionalmente para enfrentar angústia e frustração evolução após o nascimento. Agindo pelos significados construídos ao longo do processo da gestação e do parto, Depois dos 40 uma gravidez é vivida muitas mães e familiares procedem de forma a vezes com mais ansiedade, mas também a garantir a sobrevivência, a evolução e o maternidade é por vezes vivida de forma mais bem-estar de uma criança que, diante, por madura e intensa pela experiência de vida exemplo, de um quadro de prematuridade anterior da mulher, bem como das condições ou de malformações congénitas, encontra, emocionais que a mesma foi adquirindo ao ao nascer, condições diferentes do espe- longo da vida. 24


Sandra Cunha 25


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Campanha de sensibilização Perda Gestacional

No dia 18 de Junho a Associação Projecto Artémis aceitação do luto pela perda deste filho. (A-PA) lançou publicamente a campanha de sensibilização “A perda Gestacional existe… e tem O papel da associação passa pelo apoio a estes rosto”. pais, mas também pela dignificação destas perdas e quebra de silêncio. A A-PA tem como objectivo O evento decorreu na Junta de Freguesia da Sé, informar a sociedade, abrir caminho no sentido em Braga. destes pais serem mais respeitados, quer pelos outros, quer dentro das instituições hospitalares. O evento foi marcado por uma palestra onde se Assim sendo, este ano decidiram criar um vídeo falou de perda gestacional, quer a nível pessoal que servirá de suporte à campanha de sensibilicom testemunhos, quer a nível técnico, com a zação para a perda gestacional. presença da psicóloga Sandra Cunha e da Obstera/ ginecologista Alexandrina Mendes. A campanha tem o título: “A perda gestacional existe… e tem rosto”. Foi um evento marcado pelas emoções que se partilharam, pelas histórias que os presentes Este título foi pensado com o intuito de fazer com acabaram por partilhar também. que a sociedade pense sobre a Perda Gestacional, que reflita sobre o que estes pais passam e sofA Associação Projecto Artémis que presta apoio rem quase sempre em silêncio. na área da perda gestacional ao longo destes 11 anos de existência tem-se deparado com vários O rosto da perda não é muitas vezes visualizado, tabus em torno da perda gestacional. pois estes bebés não são vistos pelos outros, não Um dos grandes tabus é a não identificação dos são sentidos pelos outros, mas existiram. Então bebés por parte da sociedade, por parte de quem estes pais são o rosto destes bebés. Estes pais rodeia estes pais. Todos sabem que eles estavam são o rosto do filho que os outros não viram. grávidos, mas depois têm imensa dificuldade na Este vídeo foi realizado com a colaboração de 27


Campanha de sensibilização Perda Gestacional

alguns pais que quiseram dar a cara, que quiseram dizer, nós existimos, os nossos filhos existiram, não os ignorem. Esta é a mensagem principal desta campanha.

O vídeo é da responsabilidade da Associação, que mais uma vez contou para a sua elaboração com a boa vontade de todos os seus membros para que esta campanha se tornasse possível.

Para além de darem a cara, cada um deles quis deixar uma mensagem, quis de alguma forma dizer-vos o que foi para eles a perda dos seus filhos. Muitos deles são o rosto, não de uma mas de várias perdas. Estes são apenas uma minoria de pais que perderam, são um ligeira amostra de todos os que diariamente perdem filhos durante a gravidez. Todos os dias no nosso país há pais que mesmo sem um filho nos braços são pais, são pais de coração cheio mas de colo vazio. São pais de um filho “sem rosto” e que eles são o rosto daquele filho.

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O vídeo está disponível na página da A-PA

www.facebook.com/associacaoartemis Contactos: Associação Projecto Artémis Email: projecto.artemis@iol.pt Tlm: 938633707


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CINEMA AGORA OU NUNCA Agosto e o Verão são por excelência as épocas do ano escolhidas pelos casais para casar. Contra tudo e todos um casal espanhol decide que quer casar no Reino Unido, na aldeia onde se conheceram durante um curso de inglês, e ainda por cima no Inverno. Tudo isto só pode estar destinado ao caos, e em “Agora ou Nunca” está mesmo. Este é o ponto de partida de Agora ou Nunca uma comédia romântica espanhola que promete arrancar-lhe muitas gargalhadas. Eva e Alex vão ter o seu amor posto à prova numa aventura louca, em que o noivo se vê a percorrer aeroportos europeus para tentar chegar a Londres e onde as peripécias como a troca de malas vão instalar o caos num noivo que detesta fugir do “plano”.

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CINEMA AGORA OU NUNCA A noiva por sua vez além de ter de conviver com os caprichos da sua futura sogra, vai ter pelas mãos um caso sério que pode mesmo por em risco o seu casamento.

uniu quando trocaram olhares e se apaixonaram um pelo outro em Castle Combe, o Amor.

Com o título original “Ahora o Nunca” o filme contou com a realização de María Ripoll e com as participações de María Valverde, Clara No entanto ambos têm um escudo que os Lago, Dani Rovira, Jordi Sánchez, Alicia Rubio, protege de tudo e de todos, algo que os Joaquín Nuñez e Gracia Olayo no elenco.

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Tiago Vaz Osรณrio

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POR DETRÁS DO PANO by

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Eduarda Andrino


Eduarda Laia nasce em Lisboa no ano de 1973 e sendo uma argumentista portuguesa, já conta com um vasto curriculum que em tudo marca a diferença. Em 1995 concluiu o curso Superior de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema do Conservatório Nacional, com especialização nas áreas de Som e de Escrita de Argumento. Entre 2006 e 2011 frequentou diversos workshops e cursos intensivos, nomeadamente, o curso de Guionismo Avançado, leccionado por Carlos Gerbase (Brasil), Mari Kornhauser (EUA) e Manovich (EUA); o curso de Direitos de Autor, leccionado por

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Eduarda Andrino

Madalena Zenha; o Genre Seminar de sua vocação e desenvolve a sua actividade Robert McKee e o seminário About the profissional como Guionista desde 2006. Art in Filmmaking, com Jan Harlan. Neste campo, começou por trabalhar na Casa da Criação, onde esteve até Março de 2008, data Eduarda, iniciou a sua actividade profis- em que foi colaborar com a SP Televisão. Nesta sional como produtora assumiu responsabilidades de Coperchista em 1996 na produtora Z.M. ordenadora de Equipa, e, entre outros projetos, Produções Audiovisuais. Desde essa al- foi coautora e coordenou a equipa da telenovetura e até 2005 desempenhou a função la “Laços de Sangue”, coproduzida pela SIC e de perchista (e, mais pontualmente, de pela Rede Globo de Televisão, supervisionada operadora de som e assistente de som) por Aguinaldo Silva e premiada com o Emmy em inúmeros trabalhos de ficção ou para ‘Melhor Telenovela’ nos 39th International documentário realizados para diversas Emmy Awards. produtoras, tais como: Z.M. Produções Audiovisuais, Deixou a SP Televisão em 2011 e, desde aí, coMulticena, Imagem Real, Artistas Uni- laborou como co-autora numa série e em duas dos, Fictus, Endemol Entertainment, telenovelas, ambas nomeadas para os InternaDiamantino Filmes, NHK, Contracosta tional Emmy Awards. Retomou a coordenação Produções, Fábrica de Imagens, Antino- de equipa em 2013 com a autoria da série mia, Take 2000, Continental Filmes, Mil “I Love It”, seleccionada para a Conferência Filmes, Pipoca Entertainment e NBP. Fresh TV do Wit, MIPCOM 2013, e, posteriormente, com a autoria da telenovela Após dez anos a desempenhar funções “Mulheres”, também nomeada para um Emmy na área de som, decidiu enveredar pela Internacional (2015).


Em 2016 estreia-se em teatro como autora da peça “Eu, Tu e a Terapeuta”, com estreia no teatro da trindade Lisboa. Com texto de sua autoria, e encenação de Hugo Franco, a interpretação foi entregue a Isabel Ribas, Joana Bastos e Miguel Dias , que dão vida a peça e transportam para palco o retrato humorístico do que são as relações amorosas entre as pessoas. Embora a peça tenha estreado no teatro da Trindade, foi na casa do artista (Teatro Armando Cortez),que assisti a mais uma representação da mesma. Simplesmente fabuloso! Todo o guião gira a volta de uma primeira sessão de terapia de casal, a que esposa Cecília (Joana Bastos) recorre numa desesperada tentativa de salvar o seu casamento de sete anos, estando assim na afamada “crise dos sete anos” , com o marido Henrique (Miguel Dias), que apenas acede a ir com a mulher à consulta para que a possa deixar de ouvir nas suas constantes implicações. Apesar dos esforços da Terapeuta (Isabel Ribas), que toma uma postura formal e tranquila, tentando ter êxito nesta terapia, a sessão transforma-se numa batalha campal e troca de opiniões contrárias contínua entre o casal, e os três acabarão por ser surpreendidos pelas inesperadas revelações de ambos (Cecília e Henrique), que irão revelar sentimentos e factos que nunca dantes tinham partilhado um com o outro e que portanto ambos desconhecem! Cecília, que recorre a ajuda profissional por acreditar que existe salvação para o casamento, entra em completa contradição com o marido Henrique que acha a ideia um disparate e uma perda de tempo, pois tem a certeza de que nada nem ninguém conseguirão resolver os problemas entre ambos, pelos quais culpa a mulher. O casal descobre, assim, que os sete anos de casamento que viveram entre partilhas e cumplicidades, estão cheios de segredos e mentiras que agora se revelam de ambas as partes ali na hora! O resultado destas revelações é desastroso chegando mesmo a uma altura em que a relação de ambos e dada como terminada e sem nada a fazer. Neste preciso momento a terapeuta desiste de os ajudar, assumindo que está perante um caso perdido, Cecília e Henrique unem-se de forma surpreendente para lhe provar que têm uma relação perfeita e que nada os irá separar. Na verdade, Henrique só foi à terapia para calar a mulher e aproveita

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Eduarda Andrino

todas as deixas da terapeuta para ser in- a peça, e sendo uma comédia divertida que conveniente e não colaborar no que lhe aborda factos reais faz pensar e ponderar nos é pedido. relacionamentos fictícios, nas atitudes imorais e ate mesmo no poder de sobrepor emoções E a terapeuta? conjugais. Será que é assim tão profissional? Miguel Dias (Henrique),encara o seu personSerá que não tenta resolver os proble- agem como “aquele homem que está casamas dos outros para encarar os seus? do há sete anos e acha que as mulheres Qual será então o seu papel nesta tera- complicam tudo. Um tipo muito gozão, pia de ajuda? Ou de auto ajuda? muito divertido”. O actor ironiza o texto durante todo o tempo São estas questões e outras, que quando e veste na integra a pele de marido que apeassistir a peça ira encontrar as respos- sar das divergências que tem com a mulher, tas e são estes momentos também que não a deixa de amar. Uma atuação fantástica! o farão sair com um sorriso de boa dis- Joana Bastos (Cecília),é uma representação posição nesta comédia hilariante. estereotipada daquilo que é uma mulher no casamento e a actriz chega mesmo a fazer a A peça dá-nos o privilégio de assistir a ressalva que “sendo uma comédia fazemos algo insólito, que só o teatro permite, com humor os conflitos que surgem num ao sermos transportados para dentro do casal”. palco, fazendo parte das cenas, ou seja A actriz veste a pele de esposa refilona e intambém o público está numa sessão satisfeita com o casamento, chegando mesde terapia constante ao longo de toda mo a transformar por diversas vezes as ex-


pressões da cara colada as suas falas. Bravo Joana! Isabel Ribas assume a sua personagem como “calma e concentrada, uma mulher que fala dos problemas dos outros para não encarar os seus ate porque ela não resolveu nem encara os dela sendo assim uma forma de se esconder”. Com um discurso ponderado e firme, a actriz e a principal ligação entre o público e o palco. Todo o desempenho mutante com que leva o texto faz com que em diversas alturas o riso seja constante na sala.

Fotografias: RUI RAPOSO

Hugo Franco com a sua extraordinária encenação faz sentir

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POR DETRÁS DO PANO by

o quanto é absorvida na íntegra a representação do trio de actores escolhido para interpretar o guião, que em palco num cenário simples e distante entre personagens, compõe um momento de teatro de tao grande qualidade. Os jogos de luzes e a música envolvente em cada cena, separa, momentos de antes e de agora tornando a peça sempre activa e com muita adrenalina, com uma ligação permanente entre o público e o palco.

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Eduarda Andrino

inspirado na vida, tendo sido escrito a cerca de um ano”. Entre muitas perguntas Eduarda aceitou responder a algumas questões e com a maior simplicidade possível iniciou-se um diálogo entre mim e a autora. Eduarda Andrino EU,TU E A TERAPEUTA e a tua primeira estreia como argumentista para teatro? Eduarda Laia Posso dizer que é a minha primeira peça, ainda que, em 2006, tenha escrito em colaboração com outros dois escritores um musical para palco da série Morangos com Açúcar. No entanto, esse foi um projecto muito específico, com características “televisivas”, digamos assim, por isso considero Eu, Tu e a Terapeuta como a minha verdadeira primeira experiência de escrita para teatro.

Eduarda Laia, a autora com quem tive o privilégio de privar no final da peça, retrata através da sua postura a sua tao simples maneira de ser e tao grandioso talento de argumentar. Sendo esta a sua primeira ligação ao teatro o resultado não poderia ter sido melhor e no final da peça gritei o tao merecido BRAVO! E.A Eduarda refere que este texto “não foi Quando escreveste este guião em que te inbaseado numa história da vida real, foi spiraste? Historias de vida que conheces na


realidade ou pura ficção? E.L Acho que a inspiração está por toda a parte; se estamos vivos e conscientes, estamos necessariamente inspirados. Penso bastante na forma como nos relacionamos uns com os outros, com a vida, com a sociedade, gosto de me enfiar nesse emaranhado de emoções e complexidades que somos nós todos. Eu, Tu e a Terapeuta é uma visão humorística sobre um fragmento desta nossa existência e passagem pelo planeta Terra. E.A Escreves essencialmente para televisão como foi escrever para teatro?

Fotografia: RUI RAPOSO

E.L Completamente diferente. Em televisão escrevemos para um cliente que é soberano, é o cliente que decide o que quer e como quer, interfere muito. E depois todo o processo tem ainda de encaixar num orçamento por norma severo, estar completamente disponível para anunciantes… É difícil manter a identidade quando se escreve para televisão em Portugal. Pelo contrário, escrever esta peça implicou uma sensação de liberdade quase

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POR DETRÁS DO PANO by

Eduarda Andrino

perigosa por ser tão imensa. Se calhar o E.L teatro são essas coisas todas: liberdade, Acompanhei o processo, sim. Desde o iníidentidade, imensidão. cio que todas as etapas deste projeto foram abertas às opiniões de todos os envolvidos, E.A sempre falámos muito, partilhámos ideias e A escolha dos actores foi também feita por pontos de vista. ti, ou não estiveste no processo de seleção e escolha? E.A Uma pergunta que há muito quero fazer aos argumentistas com que me cruzo e quanto tempo leva um guião a ser escrito? Esta todo pensado antes de ser escrito ou e uma historia construída no momento e por consequência do desenrolar da mesma?

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E.L O tempo que um guião leva a ser escrito depende, fundamentalmente, dos prazos de entrega pré-definidos, sejam eles estabelecidos por um cliente, por uma produtora, por um concurso de atribuição de subsídios, etc. Se eu puder não ter de escrever e entregar cinco ou seis guiões de 50/60 páginas por semana, como acontece nas telenovelas, obviamente prefiro não o fazer. No caso de Eu, Tu e a Terapeuta levei cerca Fotografia: VASCO MOLEIRO


Fotografia: VASCO MOLEIRO

Búzico, a produtora do espetáculo, mais uma vez abraça um projeto ao mais alto nível, juntamente com a Yellow Star Company, produtora responsável pelo acolhimento de espetáculos no Teatro Armando Cortez, apresenta este espetáculo, que decorre de 1 a 24 de julho de quinta a sábado, às 21h30 e domingo às 18h00.

de três meses para ter a peça escrita, com algumas revisões pelo meio e sem ter o tempo todo disponível para isso. Relativamente à segunda parte da questão, também ela não tem uma resposta concreta, pois o método de criação e de trabalho varia de autor para autor. Restam poucas palavras mas as principais Para mim, tudo começa e acaba em dois não poderão ser esquecidas elementos fundamentais: a narrativa e as personagens. Essencial é definir bem IMPERDIVEL e OBRIGATÓRIO. a história (ou histórias) que se quer contar e as personagens que lhe darão vida. A base é esta, e quanto mais sólida for, mais autonomia terá daqui em diante. É como criar um mundo específico com pessoas específicas, do qual eu tenho o privilégio de fazer parte, mas onde tudo funciona por si. Viver com aquelas personagens, escutálas, conhecê-las o melhor possível é a Eduarda Andrino forma mais eficaz de tornar a minha narrativa saudável.

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ENTREVISTA DUARTE GOMES (ex-árbitro internacional) O que significa para ti o futebol? O futebol é mais do que uma paixão, é m modo de vida. Uma forma de estar, até. É algo que vivo e respiro desde bem jovem, enquanto praticante e, depois, como árbitro. Faz parte integrante da minha vida, não apenas por obrigação profissional, mas porque sou efetivamente um adepto fervoroso da modalidade.

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Quando, e como, surge a carreira de árbitro na tua vida? Dizem que as melhores coisas da vida acontecem por acaso. E com a arbitragem foi literalmente assim. Tinha dezoito anos e, ao sair do Estádio da Luz após assistir a um jogo, encontrei um panfleto no chão que dizia: “Queres ser árbitro de futebol? Inscreve-te já.” Confesso que até aquele momento jamais tinha pensado no que era ser árbitro a não ser para criticar as suas decisões. Não faziam sequer parte da forma como via o futebol. Eram apenas os homens de negro que gravitavam ali no meio, que marcavam penaltis e davam cartões. Mas aquele panfleto deixou-me curioso. Recordo-me que estava no 1º ano do Curso de Direito e percebi que tinha ali uma oportunidade de ouro para saber mais sobre as leis de jogo e sobre o que era aquele mundo misterioso da arbitragem. Uns dias mais tarde, liguei para a AF Lisboa e inscrevi-me. Nunca me ocorreu ser árbitro de verdade, mas apenas conhecer aquele universo por dentro. Mas quando comecei, percebi que seria impossível parar. A paixão que se sente por aquela causa é quase imediata. Tal como, no


meu caso, foi... até janeiro passado. Do que abdicaste para dar a alma pelo corpo nesta carreira? Tal como em qualquer carreira, há que fazer muitos sacrifícios para ter alguns benefícios. A arbitragem implica um esforço adicional a vários níveis. Os jogos, sobretudo quando iniciamos a carreira, são muitos e geralmente aos fins-de-semana. Os treinos são diários e em final de dia. Quer isso dizer que abdicamos de horas livres para estarmos em família, sair com alguns amigos ou namorada ou até de passar uns dias fora. Tudo para nos entregarmos, com seriedade e empenho, às exigências enormes daquela paixão. Depois, quando a carreira evoluí e o mediatismo começa (infelizmente) a aparecer, torna-se também fundamental saber estar, saber onde ir e como se posicionar perante as pessoas. A arbitragem impôs-me muito sacrifícios pessoais sim, mas também me fez evoluir muito enquanto pessoa e homem. Ensinou-me a saber ouvir, a não responder de forma emotiva, a ter mais força interior e caráter. E isso não tem preço. Como se vive a arbitragem em Portugal? Em Portugal, como em qualquer outro país latino, o futebol é vivido com intensidade e paixão desmesuradas. E a arbitragem não foge a esse conceito. Os portugueses têm, na generalidade, uma cultura desportiva deficitária, não porque não sejam pessoas bem formadas e cultas (pelo contrário), mas porque ainda tendem a ver o fenómeno da arbitragem como uma causa permanentemente sob suspeita, tendencialmente criminosa e onde todos os erros não são fruto das incidências do jogo, mas antes atos premeditados e deliberados. Por muito que hoje o universo do futebol esteja mais próximo da nossa realidade, há sempre a tendência de não acreditar num agente que merecia ser tão respeitado como, por exemplo, um juiz é em tribunal. O exemplo mais gritante vem das

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ENTREVISTA DUARTE GOMES (ex-árbitro internacional)

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camadas jovens. Alguns pais incutem um espírito demasiado competitivo aos filhos de sete e oito anos, insultando árbitros e até treinadores, quando na verdade o que seria mais importante seria ensiná-los a competir com respeito pelo adversário e máximo fair play. As prioridades educativas nascem trocadas e por isso torna-se difícil mudar as mentalidades quando esses meninos crescem e se tornam pessoas, jogadores e até educadores. É um ciclo vicioso, errado, que custa a erradicar.

talinos e acima de tudo, na mentalidade das pessoas. Temos que trabalhar todos numa meta a médio, longo prazo que é fazer as pessoas - todas as pessoas - perceberem que os árbitros são parte integrante do espetáculo e não enviados especiais de Lúcifer para semear a discórdia e incentivar a criminalidade desportiva. E essa tarefa deve ser exercida por todos nós: dirigentes, árbitros, jogadores, treinadores, professores, pais e até pela imprensa, junto dos mais jovens. Para que as gerações que aí vêm possam crescer e evoluir com hábitos de respeito e sentido ético.

Foste árbitro de categoria internacional. O patamar máximo de uma carreira de árbitro. Foi difícil conquistar este estatuto? Muito trabalho, muita dedicação, compromisso e também a sorte de estar no momento certo no local próprio. A combinação feliz desse conjunto de fatores é o segredo para atingir o patamar máximo em qualquer carreira. Fui um privilegiado por ter chegado ao topo da minha, mas tenho a plena noção que muitos árbitros com qualidade e valor não foram tão afortunados.

O que se sente após um jogo? Há uma avaliação pessoal ou apenas não se pensa mais no jogo? Após cada jogo, há sempre uma autoanálise, um debriefing em equipa e a consciencialização de tudo o que se fez. Arbitrar é sinónimo de tomar decisões a cada instante, Segundo dizem alguns estudos da FIFA, mais de trezentas por jogo. E é por isso fundamental que estejamos em paz connosco, que saibamos que demos e fizemos sempre o nosso melhor, em circunstâncias de análise e avaliação muito difíceis.

Enquanto árbitro, o que falta mudar dentro e fora de campo? Falta mudar muita coisa. Na estrutura, na forma como os processos podem e têm que tornar-se mais transparentes e cris-

O pior momento dentro de campo? Não houve momentos piores nem melhores. Houve momentos bons e menos bons. Houve jogos que correram francamente mal, com lances mal avaliados e cujo impacto no resultado final foi real. São situações que não gostamos,


que nos incomodam muito mas que são inerentes à nossa profissão. Importante mesmo é ter a humildade de percebermos que errámos e sobretudo a capacidade de entender porquê. Para que de futuro esse erro não se repita, pelo menos pelas mesmas razões. Estamos em constante aprendizagem e na busca permanente pela perfeição, sabendo no entanto que ela jamais será uma realidade nesta missão (tal como não será em qualquer outra). A relação adeptos-árbitros são relações de amoródio? Os adeptos são, como referi, a expressão máxima da nossa latinidade. Acreditam sempre que quando ganham é por mérito próprio e quando perdem é devido a estratégias externas e a manipulações intencionais. Reconhecem o erro como aceitável quando ele é favorável mas acham que é premeditado quando acontece contra o clube do seu coração. E essa forma de verem o futebol é alimentada por uma inaceitável diarreia verbal de alguns dirigentes e por parte de alguma imprensa manipuladora, que insiste em lhes dar voz e tempo de antena. São formadores de opinião, que entram pelas nossas casas, rádios, internet e redes sociais a toda a hora e funcionam como verdadeiras lavagens cerebrais. Há o mito instituído de que os árbitros, quase todos, são facilmente corruptíveis. Como se gere esta pressão social com a verdadeira essência que nos constrói. Paga o justo pelo pecador? Hoje em dia, vale tudo para camuflar insucessos desportivos ou más opções técnicas e aí os árbitros - sendo obviamente falíveis - são quase sempre o bode expiatório perfeito para desviar as atenções. O mito da corrupção é, em grande parte, alimentado por essas teorias da conspiração. Sendo certo que historicamente houve casos de corrupção desportiva julgados e condenados, hoje em dia a esmagadora maioria dos árbitros são pessoas bem formadas, profissionalmente independentes e que não

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ENTREVISTA DUARTE GOMES (ex-árbitro internacional) subsistem exclusivamente da arbitragem. Além disso, como sabe, as notícias mais recentes que assolam o mundo do futebol no que diz respeito a ilegalidades não são referentes a árbitros, mas sim a apostas ilegais e a manipulações de resultados, que envolvem ativamente outros agentes desportivos. Não deixa de ser esclarecedor sobre quem alegadamente tem comportamentos desviantes...

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pessoa absolutamente normal, com gostos exatamente iguais aos de qualquer outra pessoa normal. Acima de tudo, um homem que dorme bem e tranquilo, de consciência livre e plena e que tem muito orgulho no percurso honesto que realizou enquanto esteve no ativo. Esse valor, o da integridade e dignidade, é o primeiro que quero passar para a minha filha, neste momento ainda bem pequena. Se o tiver, como sinto que já tem, terá tudo o que de melhor a vida pode oferecer-lhe: o respeito por si Um árbitro falha, é humano. Isto é uma própria e de quem a rodeia. verdade absoluta ou apenas uma desculpa estratégica? Errar é humano, mas para toda a gente e Terminaste a carreira aos 43 anos por questões não apenas para os árbitros de futebol. meramente físicas. Quando o nosso corpo nos Arbitrar é uma missão tremendamente obriga a tomar uma decisão, que a alma tem difícil mas que, como em qualquer de aceitar, o que fica por fazer? outra função, requer sensibilidade, ca- Terminei por impedimentos físicos, sim. Há mopacidade de liderança, gestão emocional, mentos da nossa vida em que temos que tomar conhecimentos, destreza física e com- decisões mais racionais que emocionais. A alma petência. E, como em qualquer outra ativ- queria muito continuar, a vontade e a paixão idade, há árbitros mais capazes que out- eram enormes mas as limitações que o corpo ros. Que acertam mais que outros. Aquilo impunha eram maiores. que se pretende é selecionar sempre os Se continuasse, correria o risco de me servir da mais aptos para as categorias mais exi- arbitragem e não de a servir, como sempre me gentes. propus. Depois de várias cirurgias ao Tendão de Aquiles, percebi que competir, a este nível tão Quem é o Duarte Gomes fora do campo? exigente, já não era um prazer tremendo, mas Fora de campo, o Duarte Gomes é a ex- um esforço enorme. E quando fazemos algo em tensão daquilo que era enquanto árbitro. esforço, com dor e desagrado, erramos mais. Homem de pés bem assentes no chão, A arbitragem merece plenitude máxima. educado, muito ligado à família. Uma Não tinha outra alternativa moralmente diferente


que não terminar a carreira. A arbitragem sempre fará parte de ti, ou és tu que lhe pertences? Serei sempre um homem da arbitragem, apesar de já não ser árbitro no ativo, porque vivi, por dentro, aquela realidade durante vinte e cinco anos da minha vida e sei perfeitamente o que ela implica e a forma como merece ser defendida. Qual é o futuro que se segue? O futuro a Deus pertence. Serei apenas mais a tentar contribuir para o esclarecimento público, para aproximar os adeptos da nossa realidade, para tentar terminar com suspeitas infundadas e para humanizar a figura do árbitro junto do universo do futebol. Este é o único caminho para a credibilização de uma classe que não tem adeptos e está permanentemente debaixo de fogo intenso.

Manuela Pereira 49


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ARMÁRIO SEM CHAVE Alpargatas use e abuse Tornou-se um dos calçados mais”in” e mais fashion, O motivo? O seu novo design e os variadíssimos estampados.

São muito mais elaborados e, certamente, mais original do que as alpergatas clássicas: o tecido é mais resistente, as palmilhas são mais confortáveis, os impressos mais originais e as cores mais vivas. 52


Praticas, confortáveis e ideal para qualquer ocasião. Dos modelos mais discretos aos mais elaborados, adaptam-se a qualquer estilo. As famosas alpargatas são, na verdade, espadrilhas sem salto. As espadrilhas surgiram no século 14, na região mediterrânea da Catalunha e levam esse nome

por causa do tipo de vegetal usado na confecção do solado.

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ARMÁRIO SEM CHAVE

A primeira vez que o calçado pisou na passarela foi na década de 1960, num desfile de Yves Saint Laurent. Actualmente, as alpargatas/espadrilhas podem aparecer tanto com sola natural quanto de borracha.

Qual a diferença entre esses dois sapatos? Na verdade, praticamente nenhuma. Podem ser flat (sem salto), plataforma ou em cunha.

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Alguns modelos têm laços para amarrar na perna ou uma tira no tornozelo para garantir maior sustentação. Chamamos assim alpargatas as espadrilhas sem salto. Fazemos essa confusão porque a empresa que fabricava esse tipo de sapatos no Brasil se chamava Alpargatas.

Agora que sabemos a diferença entre espadrilhas e alpargatas, e que existem versões com salto e sem salto, então qual a maneira correcta de usar? Uma boa forma de usar espadrilhas é compor

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ARMÁRIO SEM CHAVE Dicas como usar as alpargatas com e sem salto:

looks mais românticos e femininos. Combinam muito bem com shorts, saias e vestidos. As versões sem salto substituem as sapatilhas nos looks.

Cuidado com as amarrações no tornozelo. Dependendo da altura da saia, vestido ou calça isso pode encurtar o corpo, principalmente

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para quem já é baixinha. E se usar com calças, prefira os sapatos da mesma cor, para alongar a silhueta! Para o dia a dia, escolha as mais coloridas e use com jeans junto a t-shirt, blusa ou camisa. Se tiver um estilo feminino, escolha vestidos mais delicados e leves, minissaias, shorts de sarja, etc. Caso opte por usar calça, escolha calças candy colors e dobre a barra da calça para alongar a silhueta e dar a impressão de mais alta. Short jeans; Bermudas de gabardine;

Minissaias de sarja; Saias longas de algodão; Vestidinhos com tecido leves, longos e curtos.

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ARMÁRIO SEM CHAVE Os modelos actuais estão bem mais modernos, claro. Você encontra alpargatas com spikes, de renda, de couro, metalizadas, estampadas, com aplicações de pedrarias, bordadas, personalizadas ao seu gosto, super coloridas… Há para todos os gostos!

O Armário sem Chave é uma marca que apesar de não vender calçado trabalha com peças de vestuário exclusivas e com personalizações ao gosto de cada cliente, é uma excelente opção mandar personalizar as suas alpargatas, para alem de lhe dar um ar fashionista tornam-se únicas nos seus pés. 58


São uma aposta bastante versátil no verão, ainda mais por ter esse ar descontraído e casual. Fica um apanhado do look`s onde e como pode enquadrado o uso das alpargatas. 

Visite a página:

https://www.facebook.com/armariosemchaveforman/ 59


SPA SPAZ D´ALMA Agosto, mês de sol, divertimento e loucuras!

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É o mês das férias, das festas de verão, do calor e da praia… é o mês que queremos que nunca acabe, e que ficamos a recordar com os amigos e a família nos meses seguintes. E… é também o mês de fazer algumas loucuras saudáveis!

serviços de qualidade superior a um preço imbatível, o SPAZ D’Alma comete a sua loucura de

O SPAZ D’ALMA aproveita este mote, e presenteia-nos no mês de Agosto com uma promoção que promete deixar os lisboetas loucos! Assim, empenhadas em fazer jus ao hashtag #ninguemfazpromocoescomonos, e seguindo o lema do SPA de fornecer

E, como se não bastasse, podemos comprar os vouchers e usufruir depois do verão, já que estes têm validade de 90 dias após a compra.

Agosto e oferece-nos descontos em todo o SPA: 25% de desconto em massagens, rituais e rosto, e 15% em todos os packs e produtos.

São estes mimos, aliados a um espaço de topo e a um atendimento Premium, que fazem com que este espaço se tenha tornado no SPA de


preferência de vários lisboetas, com algumas car- olhada na sua presença digital. E depois de visitarem, escrevam-nos a contar como foi a vossa as conhecidas à mistura! experiência SPAZ D’ALMA! Por isso, não esperem mais, e venham visitar este espaço que tanto está no nosso coração. Se quiserem saber um pouco mais, deem uma

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Divirta-se no sol…em segurança! A nossa pele é o nosso maior órgão e como tal, deve ser protegido ao máximo, todo o ano mas especialmente agora. De ano para ano vemos vindo a assistir a um aumento nos índices de UV e a experienciar verões cada vez mais agressivos para a nossa pele. Assim, mais do que nunca, devemos proteger o nosso corpo para que tenhamos sempre uma pele linda, saudável e bem bronzeada! Com a chegada do verão a preocupação com o uso dos protectores solares aumenta, no entanto a sua utilização deve ser feita durante todo o ano em todas as zonas expostas, como é o caso do rosto, pescoço, colo e mãos. É certo que hoje em dia, muito devido ao que mencionámos acima, alguns cremes de dia de bons fabricantes já contêm um fator de proteção 15 para que nos mantenhamos protegidos durante o dia, mas em algumas peles esse nível de proteção não é suficiente. Nestes casos, deve aplicar-se sempre um fator de proteção mais forte como 30 ou até 50. Como escolher o seu protetor solar e como tirar o maior partido deste? Um bom protetor deverá ter uma Acão filtradora ultravioleta que proteja a pele da radiação UVA e UVB e que proporcione um fator de proteção alto. Por outro lado, deve nutrir, hidratar e atuar como barreira protetora epidérmica. 62

O protetor deve ser aplicado em abundân-


cia com a pele do rosto e corpo seca cerca de 30 minutos antes de expor-se ao sol. Em exposições prolongadas, aconselha-se renovar a aplicação do produto a cada 2 a 3 horas. Deverá ainda apostar num bom protetor solar em cada época balnear. O protetor solar tem validade depois de aberto e perde as suas propriedades de um ano para o outro, pelo que este ano não será indicado para uma proteção eficaz. Pode no entanto usar o mesmo como creme hidratante pois, apesar de ter perdido a proteção UV, é ótimo para manter a pele hidratada. Fica a dica! Deve ainda evitar a exposição solar entre as 12 e as 16 horas do dia, que são as horas em que o índice UV é mais elevado. No caso das crianças, Se tiver dúvidas, não hesite em colocar as suas questões às deverá mesmo abster-se de profissionais do Spaz D’alma, que tão bem cuidam de nós e do as expor ao sol durante estas nosso corpo! horas. Basta enviar-lhes uma mensagem em Esperamos que tenha um ótihttps://www.facebook.com/spazdalmalx/ mo verão, divirta-se e cuide desse bem tão especial que é ou visitar o espaço no Alto dos moinhos! a sua pele.  63


ESPELHO MEU

Não devemos preocupar com a idade 1 Aplicar sempre um protector solar 100+ de quando começam a aparecer as primeiras anti idade e de seguida passar um primário ruguinhas ou linhas de expressão. facial. Este último vai fazer com que a pele fique uniforme, deixando o passo seguinte (cc Um jovem com 25 anos já pode usar creme) mais natural. produtos de anti envelhecimentos. Claro que ficar velhinho é a lei da vida, 2 Passar com as mãos o cc creme para não mas sermos uns velhinhos com as peles ficar com excesso de produto no rosto. todas em cima já é uma opção.

Na maquilhagem há soluções para tudo! 3 Evitar produtos cremosos. Eles acumulam Temos vários produtos no mercado da nas rugas. cosmética que “escondem” ou tentam não sobressair estas rugas indesejáveis. 4 Fugir dos produtos com partícula brilhantes, pois estas nas rugas evidenciam a zona.

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Ter cuidado com as sombras muito escuras Com estas dicas e cuidados a idade não vai (preto) na zona ocular, pois podem descair um passar por si! pouco os olhos.

6 Não é indicado optar por um eyeliner, mas sim esfumar rente às pestanas superiores com sombra preta ao de leve ou castanho.

O eyeliner sendo líquido ou cremoso não iria ficar com uma linha perfeita.

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Nos lábios opte por batons não muito cremosos e sem brilho para não escorrerem para as linhas/rugas ao redor dos lábios.

Beatriz Dâmaso 65


SPA SPAZZIO VITA

40 e ?!?

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È aos 40 anos que os sinais do tempo se aparecer em maior percentagem. tornam mais visíveis e revelam, os cuidados que as pessoas têm ou tiveram Hoje em dia uma mulher pode chegar aos 40 anos e achar que o tempo até foi muito com a pele. generoso,mas para isso existem segredos de beFlacidez, manchas e as rugas ficam mais leza e hábitos alimentares que podem aligeirar perceptíveis. Também as alterações os sinais da idade. Vamos revelar alguns deles! hormonais acontecem devido a aproximação da menopausa, a pele fica mais Há que reforçar os cuidados que se tinham aos desidratada, opaca e perde se alguma 20 e aos 30 anos, massajando o rosto para comelasticidade, devido à diminuíção da bater a flacidez e insistir na modelação do rosto. produção de colagénio e elastina. Os cabelos brancos também começam a Não esquecer de duas zonas onde os sinais são


evidentes, pescoço e colo, usando cremes para hidratar e dar firmeza. Usar sempre protetor solar.  A alimentação também é muito importante, as mulheres de 40 anos devem ter uma dieta à base de proteínas, vegetais, frutas e fibras. Beber muita água para hidratar o corpo e a pele.

Aconselhamos ainda o livro da Filomena Bernardo “ A Beleza não tem idade”, onde poderá ler todas as dicas para estar sempre fantástica!!!!

A prática de exercício físico mantém o corpo energizado, flexível, melhora a qualidade do sono,controla a obesidade, colestrol e tensão arterial. Para combater os cabelos brancos pode optar por um tom sobre tom ou também começar por fazer umas nuances pois disfarça os cabelos brancos e não é uma solução muito definitiva tal como a coloração com amoníaco.

Maria Leitão/ SPAZZIO VITA 67


ARTIGO DE OPINIÃO FUTEBOL - A MINHA VISÃO DE ANTÓNIO OLIVEIRA

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JOGOS REDUZIDOS NO TREINO DE FUTEBOL volvem o seu trabalho ao nível da formação. No entanto, existe a necessidade de avaliar com A caracterização dos mais variados exercí- exatidão a especificidade dos estímulos aplicacios de treino, conduziram os treinadores dos pela sua utilização. Neste sentido, chamam a uma cada vez maior utilização dos Jogos a atenção para as características e regras utilizaReduzidos, como exercícios específicos de das nos JR, uma vez que estas têm de ser cuitreino. dadosamente escolhidas, pois cada elemento Estes, diga-se, Jogos reduzidos, apre- pode influenciar de forma determinante a ativisentam estímulos de treino comparáveis dade dos jogadores. aos de corridas intermitentes de curta Esta preocupação é reforçada quando menduração. Podem estimular a frequência cionam que a principal dificuldade durante os cardíaca (FC) próximas dos 90-95% da JR é o controlo da atividade dos jogadores, uma FC. máx e aumentar a eficiência do trei- vez que, a escolha do número dos jogadores, a no pelo facto de serem mais específicos, presença (ou não) de guarda-redes (GR) e as devido à inclusão de ações como o passe, instruções no jogo afectam a intensidade dos a recepção, o cabeceamento, o, etc. exercícios, verificada pelas respostas da FC. Existem mesmo estudos que evidenciam a replicação das exigências que são ex- Os jogos reduzidos são por isso exercícios funperienciadas durante o jogo acabando damentais para aumentar a preparação física mesmo por concluir, que a utilização adi- dos jogadores de futebol. cional de 30 minutos de JR, uma vez por A alteração das variáveis tempo, espaço e númesemana durante a época, aumenta de ro de jogadores é uma estratégia metodológica forma acentuada a capacidade aeróbia, a que permite estimular diferentes capacidades potência anaeróbia e a capacidade de re- motoras dos futebolistas. Ao reduzirmos o esalizar exercícios intermitentes (específicos paço de jogo, o tempo de solicitação e o númedo futebol). ro de jogadores as exigências metabólicas auDeste modo, os JR surgem, indubitavel- mentam devido ao aumento das acelerações, mente, como um instrumento de treino desacelerações, saltos e todos os movimentos diário essencial na gestão que os treina- irregulares. dores efetuam contra as limitações tem- Por consequência existe um desgaste energétiporais a que estão sujeitos, sobretudo co facilmente perceptível pelo efeito deste tipo no que diz respeito àqueles que desen- de exercício. Para além do desenvolvimento


físico, os jogos reduzidos permitem e potenciam o desenvolvimento técnico e tático. Técnico porque em espaço reduzido os jogadores tocam mais vezes na bola e como tal desenvolvem e aperfeiçoam os seus gestos técnicos como a recepção, passe, drible, etc. como anteriormente referido. Este aumento do nº de ações técnicas leva também a um aumento do desgaste energético no atleta. Relativamente ao desenvolvimento tático, é explicado pois, os jogos reduzidos permitem que os jogadores tomem decisões menos complicadas durante o jogo e nele estão presentes uma panóplia de comportamentos, princípios e ações que pretendemos no nosso jogo. Podemos em jeito de conclusão proceder à informação clara da importância deste tipo de exercício, diga-se jogos reduzidos, na potenciação e desenvolvimento, não só dos jogadores nas diversas capacidades físicas, técnicas e táticas, mas também a sua importância na componente equipa como auxílio na construção de um jogar específico.

António Oliveira Treinador de Futebol Licenciado em Educação Física e Desporto no Ramo de Treino Desportivo na especialidade de Futebol

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ENTREVISTA: BASQUETEBOL Seleção Nacional Sub 17 Feminina de para perceber que todo um grupo se move em basquetebol fez história ao participar função do sucesso de uma modalidade. Desde o presidente da federação, aos clubes, aos fino mundial sioterapeutas e a todos os elementos que dão E como Portugal não vive só de futebol, o corpo pela alma, neste caso, junto de uma outras modalidades há que merecem o modalidade que tem vindo a marcar cestos: o reconhecimento de todos os feitos con- basquetebol. seguidos ao longo de, às vezes, persistênAgostinho Dias Pinto, treinador principal, Ricarcia dedicada à causa. Por isso, fomos ter com a seleção na- do Vasconcelos, selecionador sénior feminino e cional feminina sub 17 de basquetebol, Beatriz Jordão, Capitã de equipa, estiveram à

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Federação Portuguesa de Basquetebol

conversa com a Inurban e levantam o pano sobre Considera que os objetivos deste mundial foo que se viveu no mundial realizado em Zaragoza, ram atingidos? Sim, os objetivos para o Mundial foram cumpriEspanha. dos. Era ganhar, pelo menos, um jogo e sermos competitivos. E conseguimos. Estivemos perto Agostinho Dias Pinto de conseguir mais vitórias. Pela boa classifiDepois de o ano passado terem espantado a cação que fizemos na 1ª fase, o 2º lugar no crunação basquetebolística ao fazerem um grande zamento defrontávamos a Nigéria e vencemos europeu, para si, qual foi o segredo do sucesso pelos motivos que se sabe. deste mundial? O grande segredo foi o trabalho e humildade de Esta seleção possui uma grande qualidade, todo o grupo e acreditar sempre que todos juntos será que as gerações mais novas irão conpodíamos fazer coisas bonitas, juntando a isto o seguir manter este legado, deixado por estas apoio do público que foi algo de fantástico. Um fantásticas atletas? dos grandes segredos foi ter as duas jogadoras Eu acho que a grande qualidade que esta germais importantes do grupo: Beatriz Jordão e Ana ação tem é o grande espírito de equipa, interaRamos, sem egos pondo sempre o grupo em pri- juda e de superação. As próximas gerações podem ter estas coisas e ainda perceber que não meiro e quando é assim tudo fica mais fácil.

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ENTREVISTA: BASQUETEBOL há limites.

Essencialmente, temos que melhorar a condição física e trabalhar mais de perto com especialisA Beatriz Jordão foi uma das atletas tas nesta matéria. que marcou a diferença neste mundial, mesmo estando um ano afastada. É este Que mensagem pode deixar a quem sonha espírito de sacrifício que lhe agrada nas ainda pertencer a uma seleção nacional? jogadoras? É ela um exemplo? Trabalhem e trabalhem! Com trabalho, às vezes, A Beatriz é enorme, nunca vi na minha conseguimos, sem trabalho não acredito. longa carreira de treinador uma atleta Trabalhar todos os dias no seu máximo e trabalhar com tanto espirito de sacrifício, ela fora das horas normais de treino. merece tudo. Obrigado Beatriz Jordão, és um exemplo. Na maioria, ou quase toda a Uma palavra que defina a prestação destas totalidade deste grupo, o espírito de sac- jogadoras no mundial? rifício era enorme. Orgulho. Com a sua enorme experiência na formação destas jogadoras, onde acha que está o segredo para o basquetebol feminino ter dado um salto tão relevante? O grande segredo é o trabalho e a sua qualidade. Depois termos a sorte, ou o saber, de reunir um grupo de treinadores que falam a mesma linguagem basquetebolística. E claro o CNT teve um papel determinante no desenvolvimento e credibilidade do basquetebol feminino.

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Ricardo Vasconcelos

Depois de muitos anos em clara aposta na formação com centros de alto rendimento, pode dizer-se que estão agora a ser recolhidos os “frutos”? Os frutos estão a ser colhidos há já alguns anos! Ainda antes de conseguirmos o segundo lugar no CE U16 em Matosinhos 2015, conseguimos colocar todos os escalões do feminino na Divisão A da Europa, quando estávamos, em todos, na Divisão B. Obviamente que a particiAcha que o trabalho dos clubes é sufi- pação no Mundial U17 Zaragoza 2016 foi o ponto ciente, ou deve ser melhorado?O trabal- mais alto de toda esta ascensão do basquetebol ho dos clubes é bastante meritório, visto feminino em Portugal. as condições que, por vezes, têm. Claro que tem que ser melhorado, não só nos Ricardo, como selecionador sénior feminino, clubes como nas Associações e Federação. todo este vosso percurso, até aqui, foi fácil?


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ENTREVISTA: BASQUETEBOL

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das durante vários anos, em varias gerações seguidas. Garantir uma boa equipa quando se juntam muitos egos, não é nada fácil. Garantir resultados desportivos num Europeu, onde um mau jogo pode condicio-

nar tudo, não é nada fácil... O percurso estava montado na ideia de passarem 4 anos em Centros Nacionais de Treino, do qual saiam (muitas vezes antes) para jogar na competição mais forte em Portugal (ou Universidades EUA). Como é obvio, sair de casa aos 15 anos, para se desafiar a si próprio não é nada fácil... Gerir expectativas de pais, filhos e clubes, não

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Fácil e sucesso continuo são duas ideias que nunca vem juntas... Portanto, não foi nada fácil o percurso! Contudo, é muito importante realçar que todo este trajeto só foi possível devido a uma equipa de trabalho fabulosa, de treinadores e restantes staff, que se envolveram numa filosofia de trabalho que permitiu uma continuidade de ideias que foram aplica-

é nada fácil... Retirar o melhor de cada uma das atletas a quem identificamos talento, não é nada fácil... Esta seleção tem jogadoras com muita qualidade, prevê que algumas delas possam dar


o salto a curto prazo já para a seleção sénior? Esta seleção tem muitas variáveis interessantíssimas que justificam o sucesso alcançado, e sem duvida que uma dessas variáveis são as atletas de qualidade acima do padrão médio, nacional e internacional, e é expectável que algumas delas cheguem a Seleção Nacional Sénior. Se é num curto prazo, médio prazo ou longo prazo terá a ver com a qualidade do trabalho que venha a ser desempenhado daqui para a frente! O que esta geração fez é inesquecível e fantástico, o que pode vir a fazer está nas mãos delas, ou seja, o passado brilhante está feito o futuro não...

pacidade de concentrar os melhores em potência no mesmo local de trabalho, de modo a garantir que cada uma destas atletas atinja o seu potencial máximo da forma mais eficiente possível, com equipa de trabalho profissional para a formação de jovens é, no meu entender, o único caminho que pode garantir sucesso no panorama da formação em Portugal.

Desde logo, na minha opinião, com a reabertura de Centros Nacionais de Treino. Apesar de todos os Clubes e Associações trabalharem muito no sentido de melhorar o nível da formação em Portugal (com todas as dificuldades em conseguir apoios conjunturais), a ca-

temas de CT pelo Mundo fora (a Austrália acabou de ser campeã mundial U17 Feminino com base num trabalho em Centro Nacional de Treino). Na minha opinião, o basquetebol português necessita de centros de treino para poder garantir um melhor trabalho na formação de jovens joga-

É um fato que o basquetebol feminino nos últimos anos deu um grande salto qualitativo. Os centros de alto rendimento são preponderantes para este sucesso, acha que deviam ser promovidos mais pelo país, como já houve? Chegados a um patamar como este, como po- Eu sou, na realidade, do nosso basquetebol, um dem manter-se a este nível e procurar atingir defensor da criação de Centros de Treino! objetivos ainda mais ambiciosos? Há dezenas de relatos de como implementar sis-

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ENTREVISTA: BASQUETEBOL dores de basquetebol.

Numa palavra, como resume este trabalho, de vários, até ao nível de excelência que atingiram? Competência.

Beatriz Jordão Parabéns pela vossa grande prestação, qual o

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Com tantas jogadoras de alta qualidade a surgirem, é mais positivo elas manterem-se em Portugal ou seguirem outro destino, nomeadamente o estrangeiro? Cada caso é um caso! Não acredito que seja benéfico ir para fora só porque sim. Mas também sei de casos de atletas que necessitam/necessitaram de ir para fora para encontram os seus desafios. Assim,

Necessitamos de exemplos, referencias e qualidade nos seniores para influenciar os jovens!

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não acredito que exista uma verdade absoluta sobre este tema! O que sim tenho a certeza, é que necessitamos de uma Liga Feminina cada ano mais forte e mais profissionalizada, de forma a criar ilusão e vontade em todos so jovens de ambicionarem um lugar lá!

segredo para si do êxito desta vossa geração? A nossa geração é uma geração especial! A palavra chave para o sucesso foi “EQUIPA”. Somos uma geração que não tem nenhuma jogadora que seja muito evoluída tecnicamente e taticamente. Ninguém se destaca a 100%. O que realmente nos distingue de todas as outras gerações é pre-


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cisamente a união e a competição que pomos no facilita muito o nosso papel! jogo. Todos sabemos do grande espírito de sacrifíDepois de uma época onde praticamente não cio que a Beatriz teve para ajudar a equipa, jogou devido a lesões, como é receber a confi- foi esse um dos caminhos de toda a equipa ança de toda a equipa técnica e voltar a jogar para os bons resultados? Eu já jogo basquetebol há seis anos e uma das ao mais alto nível? De facto, não tive uma época fácil, mas trabal- palavras que me ensinaram logo desde início ho sempre para aquilo que pode vir num futuro foi SUPERAÇÃO. Temos de ter a capacidade de próximo. Estar nas 12 para representar Portugal nos superar em cada momento difícil e só asao mais alto nível foi sem dúvida uma alegria sim poderemos ter resultados. Tento passar enorme. É um orgulho poder saber que a equipa essa imagem, também, para as minhas colegas técnica confia no meu trabalho, eles reconhecem e a verdade é que todas nós sabemos bastante bem o que é espírito de sacrifício. A preparação o meu trabalho e isso faz-me sentir bem! para o Mundial foi muito dura e todas juntas, Como é ser capitã de uma geração de jogado- mais uma vez, conseguimos superar isso. Sofras que ficará na história do basquetebol Por- remos, mas no fim desfrutámos e os resultados apareceram! tuguês?

Já estar inserida nesta geração é um orgulho enorme. Para mim não faz grande diferença ser ou não capitã desta geração, porque nós todas juntas fomos “umas capitãs”. Todas fomos lideres dentro de campo e fora dele e isso é o mais importante! Sendo capitã e sabendo que todas as outras atletas também o podem ser

Se há 2 anos atrás lhe dissessem que em 2016 estariam no mundial, acreditava? Não. Vou ser realista, se á dois anos atrás me tivessem dito que ia estar no mundial de 2016 eu iria dizer “ai, isso era mesmo incrível, mas neste momento temos é de garantir a manutenção”. Garantir a manutenção na divisão A era sempre o 79


ENTREVISTA: BASQUETEBOL nosso objetivo. Agora não, agora começa- coletivamente somos um “Furacão”. mos a ambicionar cada vez mais pois já mostramos daquilo que somos capazes! Esperavam passar a 1 fase, tinham esse objetivo? A união faz parte do vosso êxito? Nós fomos para o Mundial com o objetivo de Sem dúvida! A união entre toda a equipa ganhar um jogo, pois isso nunca tinha acontee entre o staff é que nos fez ter todo este cido no basquetebol português e se assim fosse êxito. Como já referi anteriormente, indi- faríamos ainda mais história. A partir do movidualmente não temos ninguém que se mento em que ganhamos primeiro jogo, os obconsiga destacar ao mais alto nível, mas jetivos são postos à medida daquilo que se vai

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ambicionando. Após ganhar um jogo, o nosso objetivo era ganhar outro e assim sucessivamente. Acabamos por passar à primeira fase, o que nos permitiu ficar no top 12.

Mundo. Contudo, se derem sempre o melhor delas e se mostrarem do que é feita a raça lusitana não duvido que tenham sucesso. O importante é deixarem dentro de campo tudo o que têm e o que não têm. Trabalhem sempre no limite das vossas capacidades, só assim poderão ter sucesso.

Quais os objetivos individuais para o futuro? Os meus objetivos passam por jogar basquetebol ao mais alto nível! Portanto, quero sair para o Numa palavra, como resume a vossa equipa estrangeiro e jogar nas melhores ligas, quer isso neste mundial? implique ir para o outro lado do oceano ou não. Orgulho! Quero ser jogadora de basquetebol profissional. Na sua opinião, deixam um forte legado às jogadoras que vierem a fazer parte da próxima seleção de Sub 17. Que conselhos lhes dá? Neste momento a próxima seleção de Sub 17 vão sentir um pouco de responsabilidades, pois estão a representar Portugal que já esteve no top 12 do

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Tiago Barreiro

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4HEALTHY SAÚDE E BEM-ESTAR Fazer Desporto… protegendo a Saúde!

As vantagens da atividade física podem dividir-se em dois grandes grupos: os ganhos em termos de saúde e a melhoria da condição física. Quando um individuo sedentário inicia uma atividade física regular, desencadeia um conjunto de adaptações ao esforço. Algumas destas vão ser vantajosas em termos de saúde ajudando na prevenção de diversas doenças ou concorrendo para a sua melhoria. Quando decide iniciar um desporto ou atividade física deve ter como primeiro objetivo preservar e promover a saúde. Desta forma deverá seguir as seguintes orientações:

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1. Só praticar exercícios sob orientação de profissionais competentes. 2. Realizá-los com regularidade. 3. Transformar o exercício numa fonte de lazer (contribui para aumentar os níveis motivacionais). 4. Fazer um aquecimento adequado antes de praticar qualquer tipo de exercício. 5. Não querer fazer tudo de uma vez e só uma vez. 6. Procurar o exercício mais adequado para as características do seu próprio corpo, recorrendo se necessário a profission-

ais competentes. 7. Numa fase inicial praticar exercícios que requeiram movimentos fáceis e envolvam todos os grupos musculares. 8. Evitar competir com os outros e principalmente consigo mesmo. 9. Nunca praticar um desporto só no fim-desemana, principalmente se não estiver com alguma condição física. 10. Antes de se envolver num programa de exercícios, submeter-se a uma avaliação com o seu médico e procurar orientação de profissionais especializados. 11. Não se descuidar da hidratação. Quanto mais intensa a prática do exercício, maior a perda de água e sais minerais. Por isso beba muita água antes, durante e após o treino. 12. Se nunca realizou alguma atividade de uma forma regular, é aconselhável começar com caminhadas. É importante estabelecer algo que consiga fazer, mesmo que pareça muito fácil é melhor do que não fazer nada ou fazer algo prejudicial para a sua saúde. A caminhada é o primeiro passo para se deixar de ser sedentário. É uma atividade física aeróbica de baixo impacto, barata e fácil de ser executada. Não exige nenhuma habilidade física em especial e não ocasiona nenhum dano físico importante se realizada corretamente.


Caminhar alivia as tensões, gera prazer, conforto e bem-estar, ajuda a controlar o peso, fortalece os músculos e condiciona o sistema cardiovascular. É uma atividade simples que, feita de forma programada, proporciona excelente condicionamento físico. Qual a quantidade de exercício físico que é necessária para melhorar e manter a saúde? As normas do ACSM (American College of Sports Medicine) em 1990 referiam “pelo menos 20 minutos continuados de atividades aeróbias rítmicas e submáximas”. Um programa de exercício tanto poderá conter trabalho contínuo menos intenso, como trabalho intervalado com igual ou maior intensidade. O que conta para a saúde, é o total de atividade praticada. Os benefícios para a saúde geralmente são obtidos através de, pelo menos, 30 minutos de atividade física cumulativa moderada (atividades aeróbias), todos os dias ou no mínimo de 5 dias por semana ou em atividades físicas aeróbias intensas por um mínimo de 20 minutos por dia em 3 vezes por semana. Este nível de atividade pode ser atingido diariamente através de atividades físicas agradáveis e de movimentos do corpo no dia-adia, tais como caminhar para o local de trabalho, subir escadas, jardinagem, dançar e muitos

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4HEALTHY SAÚDE E BEM-ESTAR Fazer Desporto… protegendo a Saúde! outros desportos recreativos. Outra forma de atingir estes objetivos será caminhar de forma acelerada durante 30 minutos 2 vezes por semana e depois correr durante 20 minutos nos outros dois dias. Uma atividade física aeróbia, que geralmente equivale a uma caminhada rápida pode acelerar a Frequência Cardíaca e pode ser acumulada até 30 minutos, no mínimo, em sessões de 10 ou mais minutos. Benefícios adicionais podem ser obtidos através de atividade física diária moderada de longa duração: Crianças e adolescentes necessitam de 20 minutos adicionais de atividade física vigorosa, três vezes por semana; O controlo do peso requer pelo menos 60 minutos diários de atividade física vigorosa/moderada.

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Atividades intensas podem ser exemplificadas pelo trote e causam a aceleração da respiração e aumentam substancialmente a Frequência Cardíaca. Esta recomendação para atividades aeróbias constituem um acréscimo para a rotina de atividades diárias consideradas leves ou que durem menos que 10 minutos. Além disso, todos os adultos (que depois de av-

aliação física e clínica reúnam condições para tal) devem praticar exercícios que mantenham ou aumentem a força muscular e a resistência num mínimo de 2 vezes por semana. É recomendado que seja praticado de 8 a 10 exercícios em 2 ou mais dias alternados por semana e utilizar os grandes grupos musculares do corpo. Tais atividades incluem musculação, exercícios calisténicos (que utilizam o peso do corpo como resistência) em que o indivíduo sustenta o próprio corpo ou outro exercício de resistência similar que utilize os grandes grupos musculares do corpo. Por causa da relação entre o exercícios físico e a saúde, as pessoas que desejam no futuro melhorar o seu condicionamento físico e o seu nível de treino, reduzir o risco de doenças crônicas e incapacidades ou prevenir o ganho de peso acima do nível aconselhado podem obter benefícios praticando o mínimo recomendado. Qual a melhor forma de monitorizar a atividade física? A frequência cardíaca é um bom auxiliar para a prescrição e controlo dos seus treinos. Com a sua utilização é possível determinar a zona de treino em que um atleta se encontra, ajudandonos a regular a intensidade do esforço realizado


e ainda a controlar o nível de recuperação durante os intervalos e após finalizar a sua atividade. Assim, como forma de controlo de treino, entender e saber utilizar a frequência cardíaca, pode assumir uma grande importância no processo de treino. A frequência cardíaca é um indicador do trabalho cardíaco, geralmente expresso como o número de batimentos cardíacos por minuto (bpm). Pode-se vigiar os valores em repouso, recuperação ou após esforços máximos e pode ser usada para diferentes fins: A Frequência Cardíaca de Repouso é o número de batimentos cardíacos durante um minuto quando se está em repouso completo. A medição da frequência cardíaca de repouso, deverá ser realizada após acordar, usando o monitor cardíaco, ou contando as pulsações manualmente. Os valores de repouso dependem dos seus hábitos de vida e são afetados por diversos fatores, tais como: grau de treino, qualidade do sono, nível de stresse mental e hábitos de alimentação. A Frequência Cardíaca Máxima corresponde ao número mais alto de batimentos capaz de ser atingido por uma pessoa durante um minuto. Pode ser utilizada como uma ferramenta útil para determinar a intensidade do treino, na medida que

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4HEALTHY SAÚDE E BEM-ESTAR Fazer Desporto… protegendo a Saúde!

a partir dela se podem estabelecer diferentes zonas de intensidade de treino. Para se determinar a frequência cardíaca podem-se utilizar diferentes métodos. O mais fiável é através de um teste clínico, realizado por um cardiologista ou fisiologista do exercício. Este teste não é só recomendado a pessoas que treinam mas também a todos aqueles que têm excesso de peso ou possuem antecedentes de doença cardiovascular na sua família.

grama de treino, com o objetivo de não sobrecarregar o coração e garantir uma boa performance, os profissionais aconselham que os batimentos cardíacos se situem entre os 65% e 85% da Frequência Cardíaca Máxima. O intervalo de treino é variável e deve ser determinado por um profissional competente que o determinará em função dos objetivos e das características de cada indivíduo.

Em exercícios de intensidade submáxima, o valor da frequência cardíaca correlaciona-se diA Frequência Cardíaca de Recuperação retamente com a intensidade da carga. é de extrema utilidade como forma de verificar se o sistema cardiorrespiratório Existem várias fórmulas para determinar a está a recuperar corretamente. Para obter Frequência Cardíaca, sendo a mais utilizada a o valor de recuperação, efetua-se uma fórmula de predição da Frequência Cardíaca medição imediatamente após o término Máxima, baseada na idade: da corrida ou marcha, e outra passado um FC = 220 – idade. ou dois minutos. O valor da frequência cardíaca de recuperação será obtido at- Outra fórmula utilizada é a de Tanaka, na qual ravés da diferença das duas medições. À é determinada a percentagem da frequência medida que o nível do atleta melhora a máxima teórica: recuperação da frequência cardíaca tam- FC máxima teórica = 208 – 0,7 x Idade bém, alcançando valores mais próximos Porém, este método apresenta também uma dos de repouso, num menor período de margem de erro substancial (10 a 15%) e não tempo após o esforço. considera o nível de treino do praticante.

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Desta forma, quando se realiza um pro- A fórmula de Karvonen, é de facto, a mais pre-


cisa pois tem em conta os valores da frequência cardíaca de reserva – diferença entre a frequência cardíaca máxima teórica e a frequência cardíaca de repouso: FC treino = FC repouso + Intensidade x (FC máxima – FC repouso) Caso as percentagens pedidas sejam exatamente estas (65% e 85%), o resultado será: 190 x 65% = 123 batidas por minuto e 190 x 85% = 161 batidas por minuto. Esses são o limite mínimo e máximo de batimentos cardíacos por minuto que você deve manter, ou seja, as zonas-alvo do seu treino. Quando se está iniciando um programa de exercícios deve-se começar com atividades que mantenham a frequência cardíaca na extremidade inferior do intervalo da frequência cardíaca alvo e aumentar gradualmente a intensidade dos seus treinos progredindo em direção à extremidade superior do intervalo que lhe foi prescrito. Durante o exercício este valor pode ser controlado de forma permanente recorrendo a aparelhos, vulgarmente designados por cardiofrequencímetros ou monitores de frequência cardíaca. Geralmente nestes aparelhos existe uma banda emissora que deteta o sinal elétrico do coração, posteriormente transmitido através de uma onda eletromagnética para um recetor, como por exemplo um relógio ou

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4HEALTHY SAÚDE E BEM-ESTAR Fazer Desporto… protegendo a Saúde!

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diretamente para uma bicicleta ou passa- Pulsação na carótida. Para medir a pulsação deira de um ginásio. na carótida utilize dois dedos, de preferência o indicador e o médio, na lateral do pescoço, Ao contrário destes equipamentos que no espaço entre a traqueia e o músculo do permitem obter os valores da frequência pescoço. cardíaca em tempo real durante toda a Pressione levemente até sentir a pulsação. atividade física, a medição manual pode ser feita pontualmente antes, durante ou De uma forma muito subjetiva também é após a atividade, contanto os batimentos possível avaliar a intensidade através da cardíacos durante 15 segundos e multipli- capacidade de falar durante a execução da cando à posteriori por 4, para se obter o atividade física. número de batimentos num minuto. Ser capaz de cantar indica que os exercícios são de baixa intensidade. No entanto, se o objetivo é obter a Participar facilmente numa conversa é posfrequência cardíaca imediatamente a seg- sível em exercícios de intensidade moduir ao término do exercício, o número de erada. Indivíduos que não conseguem dizer batimentos por minuto será o resultado mais do que algumas palavras sem parar do produto da contagem dos batimentos para respirar estão exercitando a uma intenpor 6. sidade elevada. A frequência cardíaca obtida manualmente pode ser medida em diferentes Quais os sinais e sintomas de alarme que partes do corpo. obrigam a interromper uma atividade ou exercício? Tais como: Pulsação radial. Esta é a pulsação medida Durante um exercício ou atividade física na parte de dentro do pulso. Use a ponta de qualquer intensidade, a presença da de três dedos, abaixo do pulso. Pressione sensação de cansaço anormal, falta de ar, até sentir a pulsação ou mova os dedos à tonturas, intensas palpitações no coração, procura de o sentir. aumento anormal da frequência cardíaca


(taquicardia), presença de dor ou quaisquer outros sinais ou sintomas extremos obrigam a interromper, de imediato, a atividade e consultar um médico com caracter de urgência.

Bruno Mendes (Recuperador Físico) Diretor do Benfica Lab Doutorando na Faculdade de Motricidade Humana na Especialidade de Biomecânica

Telmo Firmino (Fisioterepeuta) Professor Assistente na Escola Superior de Saúde do Alcoitão; Fisioterapeuta Coordenador do Futebol Profissional do Sport Lisboa e Benfica Doutorando na Faculdade de Motricidade Humana na Especialidade de Comportamento Motor

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FITNESS

Press Release – Comunicado de Imprensa SETEMBRO 2015 O seu filho nasceu e a sua vida teve uma volta de 180º! As desculpas para não treinar são muitas e quando se é mãe triplicam... Deixamos um plano de exercícios que pode fazer com o seu mais que tudo, onde a mãe se exercita e a criança diverte-se!

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Lisboa, 22 de setembro de 2015 – As prioridades mudaram e os primeiros meses são de mudança e de adaptação às novas rotinas do bebé o que torna a nossa vida num caos! Mas não stresse, com o passar do tempo as rotinas vão estabilizar e vamos conquistando um tempo para nós – Mães! Neste momento tudo gira à volta da criança e por vezes esquecemo-nos que também existimos! Mães, mas acima de tudo Mulheres precisam de ser sentir “vivas” e com a preocupação de voltar à forma para retomar a sua auto-estima. Nem sempre vai ser fácil conciliar toda a logística mas ainda assim não deve desistir de voltar à sua rotina de treino. O exercício físico ajuda-a a sentir-se bem, reduz a ansiedade, melhora o humor e dessa forma vai estar mais disponível e calma com o seu bebé.

Ele vai crescendo, vai fazendo gracinhas e o exercício pode ser uma maneira de se divertirem juntos ao mesmo tempo que volta à sua forma física. A preocupação é grande em perder o peso, mas lembre-se que são 9 meses a ganhar e o ideal será o mesmo tempo para perder. Antes de iniciar a atividade física deve consultar o seu médico, fazer uma avaliação do períneo e se possível ter acompanhamento de um profissional de exercício para garantir a máxima segurança no treino pois o seu regresso varia consoante o tipo de parto que teve. Obviamente que cada caso é um caso, e todas reagem de maneira diferente mas para um parto normal, entre 4 a 6 semanas para começar a fazer umas caminhadas para desanuviar dos dias em casa e aos poucos ir acrescentando alguns exercícios à medida que se vai sentindo capaz. Se for cesariana 8 a 10 semanas para iniciar qualquer actividade. Sugiro alguns exercícios que pode adicionar à sua rotina e à do seu filho por volta dos 4-5 meses, altura em que ele suporta melhor a cabeça. Evite fazer os movimentos logo após a amamentação ou ingestão de outro alimento; espere pelo menos uma hora para garantir que ele não fica mal disposto.


Deve respeitar o ritmo do seu corpo, fazer esforço moderado imperando o “bom senso” pois esforços intensos podem comprometer o leite materno. Lembre-se, o seu filho tem que ser uma Motivação e Não mais uma desculpa!

Execute os exercícios prescritos e descanse entre séries 45-60 segundos. 1. Agachamento 2-3 séries de 15 repetições Segurando o seu bebé à frente com ele junto ao peito ou afastado, realize o agachamento com pernas mais afastada que a largura dos ombros, flectindo os joelhos até formar aproximadamente um ângulo de 90 graus.

2. Prensa de Ombro 2 -3 séries de 15 repetições Segure por debaixo das axilas e eleve o seu filho acima da altura dos ombros de forma progressiva e lenta para que o bebé não fique mal disposto. Ele vai adorar!

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FITNESS 3. Lunges 2 séries de 15 repetições Exercício dinâmico para fortalecer as coxas que requer algum equilíbrio. Pés mais afastados que a largura das ancas, avance um passo em frente e realize o lunge com o joelho quase até ao chão. Abrace o seu filho de forma segura.

4. Supino 2 séries de 10 repetições Deite-se de barriga para cima e segure no seu bebé nas axilas, como se fosse um “avião”. Lentamente eleve-o esticando os braços e volta a trazê-lo. Ele vai achar muito divertido!

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5. Ponte de Glúteos 2 a 3 séries de 15 repetições Deite-se de barriga para cima e segure no seu bebé nas axilas e coloque-o sobre as suas pernas. Eleve a bacia fazendo força nos calcanhares, apertando os glúteos e contraindo o abdominal.

6. Pointers 14 repetições Este exercício permite fortalecer todos os músculos posteriores e também os músculos estabilizadores, como os abdominais. Com mãos e Joelhos apoiadas no chão e o seu bebé deitado no chão entre as suas mãos. Esticar uma perna e o braço contrario paralelos ao chão e manter durante 5 segundos. Repetir com a perna e braço contrários. 95


FITNESS 7. Prancha Este exercício permite recuperar os músculos abdominais de forma segura e, além disso, também auxilia no fortalecimento da musculatura abdominal, da coluna e do soalho pélvico. Coloque os antebraços apoiados no chão com braços afastados na largura da linha do ombro. Contraia a parede abdominal, mantendo anca e coluna alinhados. Num nível inicial apoie os joelhos no chão. Realize de 1 a 2 séries, mantendo a posição de 15 a 30 segundos com pausa de 10 segundos. O bebé fica entre os seus braços de modo a interagir com ele.

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8. Prancha Dinâmica 2 séries de 14 repetições Coloque as mãos apoiadas no chão, o bebé entre os seus braços e com as pontas dos pés apoiadas avance alternadamente um joelho do lado de fora do cotovelo do mesmo lado.

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9. Flexões 2- 3 séries de 10 repetições (40 segundos de descanço) Coloque as mãos apoiadas e mais afastadas que o alinhamento dos ombro.

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Desça até onde conseguir mantendo o bebé entre os seus braços coluna alinhados. Num nível inicial apoie os joelhos no chão. Sempre que descer aproveite e dê-lhe um grande beijo!


10. Equilíbrio Abdominal Coloque-se numa posição de sentada e segurando e seu bebé tente tirar os pés do chão aguantando o máximo tempo possível.

FONTE: Plano concebido por: Inês Byrne – Personal Trainer e Instrutora @ Fitness Hut Amoreiras Fotos de: Liete Couto Quintal - LCQ Photography - https://www.facebook.com/lietecoutoquintal SOBRE O FITNESS HUT: A cadeia de fitness clubs “premium lowcost” Fitness Hut nasce em Portugal em 2011, do know how de três fundadores: Nick Coutts, André Groen e Júlio Pedro Carvalho; com o intuito de oferecer aos seus sócios o primeiro ginásio que aposta no que verdadeiramente utilizam, ao preço justo. Atualmente, a rede tem 12 clubes, localizados entre Lisboa – Amoreiras, Arco do Cego, Picoas, Olivais, Odivelas, Loures, Cascais, Oeiras e Linda-a-Velha, a Norte em Braga, no Porto na Trindade e Setúbal. Os clubes Fitness Hut têm um espaço compreendido entre os 1.500 e 2.000 m2 e são dotados de um design vanguardista; desenhado e desenvolvido para estar em perfeita harmonia com as atividades físicas disponíveis. Entre os serviços disponíveis o Fitness Hut oferece: 7 zonas diferentes de ginásio (Cardio Fitness; Resistência; Musculação; Combate; Treino Funcional; Sprint e Relax); Serviço de Personal Training Premium; Aulas de Grupo Les Mills (Body Combat; Body Balance; Body Step; Body Pump; Body Attack; CX Work; Sh’

Bam e RPM) e Aulas de Grupo Fitness Hut (Yoga Moves; ABS Moves; Dance Moves; Fit Moves e Outras (Bum Bum Brasil e Spinning); Balneários Premium; Snack-bar & Máquinas Vending; Estacionamento; e ainda outras atividades lúdicas como as Night Gym - noites únicas ao som de convidados muito especiais a atuar nos DJ POD’s dos ginásios Fitness Hut. Mais informações em: http://www.fitnesshut.pt

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