A S MIN HA S CRÓNICA S
•DECIFRA-TE•
QUAL O TEU CÓDIGO DE ESSÊNCIA?
Somos seres únicos, com caraterísticas singulares, pormenores originais, talhados escrupulosamente a nós. Somos seres tão vastos, tão complexos, numa dualidade estendida à nossa imperfeição Nenhum ser humano tem definição, não se consegue compilar toda a informação que nos compõe, contudo existe um código de princípios e valores que nos alicerça. Código esse que floresce da nossa essência e que se ramifica a tudo o que nos rodeia, influencia, condiciona e transforma. Não somos um código estático, mas é importante manter os pilares mestres firmes, para que sejamos fiéis à nossa essência, abrindo assim um terreno fértil para sermos quem decidirmos ser, neste percurso complexo e magnífico, chamado vida! Estamos em constante transformação. A evolução é inerente à nossa existência, por isso, teremos sempre um código em metamorfose constante, transmutação essa que deverá ocorrer em consciência e sabedoria. Do lado de dentro, de mão dada ao amor-próprio, com o foco bem definido.
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Contudo, também a vida não é um teatro com guião, sendo imperativo estar preparado e munido de recursos internos para não permitir que as vivências mais desafiantes e rasgadas na pele penetrem a camada primordial da nossa essência e nos roubem ou
desviem significativamente de nós. Ter presente o nosso código, assumi-lo em verdade, vesti-lo em coragem é de extremo valor, porque somente ciente dele conferimos-lhe firmeza diante de um vasto código de julgamentos, de ideias préconcebidas, de suposições que os outros nos tentam atribuir. Na mesma dimensão, somente através desse código assumido é que nos fazemos autossuficientes diante dos fantasmas que criamos e dos sentimentos e sensações limitantes que alimentamos. Quando nos deciframos atingimos um estado de quase imunidade contra os olhares, apreciações e avaliações dos outros. Fazemo-nos, a cada passo, mais capazes de silenciar o nosso medo e afirmar a nossa melhor versão. Ao assumimos a nossa pele, não permitimos que ninguém nos conclua! Não permitimos ser menos do que o máximo que somos! E de nós para outros, apresenta-se uma dificuldade relacional. A falta de empatia é um mal em ascensão, o ego vira quase calamidade e a concentração no próprio umbigo é o espetáculo que mais adeptos reúne. Andamos tão perdidos neste tornado de exigências sociais, profissionais e pessoais, que parecemos bolas de neve envoltas sobre nós mesmos que derrubam sem distinção tudo e todos os que nos rodeiam.