ESTUDANTES DE ESCOLA PARTICULAR MIGRAM PARA ESTADUAIS

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» CADERNO DO CLUBE DO ASSINANTE TRAZ OFERTAS E DESCONTOS • ESPECIAL 1 A 8

Ginástica para o cérebro

BLOG

Leia sobre saúde e comportamento no blog Estar Bem. www.tribunadonorte.com.br

ASTROLOGIA

Confira as previsões astrológicas de Cláudia Hollander para hoje. PÁGINA 3

POSTURA & SAÚDE

Ter uma boa alimentação também ajuda a manter a coluna saudável. PÁGINA 4

E DIVAS DO NADA DE MARYLIN MOROE MAIS PARA PASSADO. O NOVO SEXY ESTÁ BULLOCK. PÁGINA 8 ANGELINA JOLIE E SANDRA

tnfamília

onorte.com.br Editor: Isaac Ribeiro - tnfamilia@tribunad

Natal • Rio Grande do Norte

• Domingo, 28 de fevereiro

de 2016

»

Ano 65 • Número 282 • Domingo, 28 de fevereiro de 2016

FUNDADOR: ALUÍZIO ALVES - 1921 - 2006

PAULO COELHO

Mais exemplos de histórias que servem de exemplo da sabedoria judaica. PÁGINA 2

A moda do ’novo sexy’

ANA SILVA

‘ginástica cerebral’ estimula funções da memória, criatividade, atenção e autoconfiança. « TN FAMÍLIA 1 E 3 »

?

VOCÊ SABIA

A moda do ‘novo sexy’ tem fendas, decotes e recortes para destacar as formas do corpo. « GLAM/TNF 8 »

Irregularidades no cadastro do CPF pode impedir até de viajar « PÁGINA 6 »

Glória Pires comenta Oscar Maior festa do cinema mundial, cerimônia do Oscar será transmitida pela Globo. « PÁGINA 6 »

11 mil alunos migraram da rede privada para escolas estaduais « EDUCAÇÃO » Dados da Secretaria de Educação do RN mostram que a rede recebeu este ano 64 mil novos alunos. Desse total, 18% seriam de alunos que deixaram as escolas particulares e o motivo principal dessa migração é a crise financeira que atinge o orçamento familiar. Tendência é nacional e especialista aponta que as escolas particulares que atendem classes C e D são as mais afetadas. « NATAL 1 E 2 »

EXEMPLAR DO ASSINANTE

MAGNUS NASCIMENTO

ANA SILVA

ALBERTO LEANDRO

ANA SILVA

OPINIÃO ‘É A HORA PARA O ESTADO REVER POSIÇÕES’

ENTREVISTA ‘O PODER DE CONSUMO ESTÁ ESGOTADO’

ANÁLISE 'DECISÃO DO STF EVITA A CULTURA DA IMPUNIDADE'

Artigo do diretor do SEBRAE/RN, José Ferreira de Melo Neto. « PÁGINA 2 »

Presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, considera 2016 um ano perdido.« ECONOMIA 3 »

A opinião é do procurador Kleber Martins, que assume em março o MP Eleitoral. « PÁGINAS 3 E 4 »

NAS MÃOS DE PANTERA...

O e-commerce nacional deve faturar em todo o país este ano R$ 44,6 bilhões,umacréscimonominalde8% em relação a 2015 quando o setor movimentou R$ 41,3 bilhões. O RN não possui dados, mas deve acompanhar tendência. « ECONOMIA 1 E 2 »

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O goleiro Pantera terá grande importância na decisão do primeiro turno. Basta não sofrer gols para o América levantar o título. Ao Globo, resta vencer no tempo normal ou na prorrogação. « ESPORTE 6 »

DIVULGAÇÃO

« ECONOMIA » Faturamento do e-commerce deve aumentar 8% este ano

« ESTADUAL »

DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO

Heloise Alves e Manassés Melo migraram de escola privada para pública

JUNIOR SANTOS

« ELEIÇÕES » Henrique Alves defende apoio do PMDB a Carlos Eduardo

#PARTIU EM BUSCA DE ARTE

CAMINHOS DA TRANSPOSIÇÃO

Conheça algumas galerias e pontos de comercialização de arte em Natal e escolha sua obra preferida, do popular ao contemporâneo. « FAMÍLIA 7 »

Caravana de bispos e convidados vai visitar obras da transposição de águas do São Francisco. A TRIBUNA DO NORTE vai acompanhar viagem. « PÁGINA 11 »

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natal

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/Natal • Rio Grande do Norte • Domingo, 28 de fevereiro de 2016

Novatos: 18% vêm de escola privada « REDE PÚBLICA » As escolas públicas receberam, este ano, segundo a SEEC/RN, 64 mil novos alunos. Do total, 18%

teriam deixado a rede privada. Motivo principal dessa migração é a crise financeira que atinge o orçamento familiar ALEX RÉGIS

MARCELO LIMA repórter

D

o total de 64 mil alunos novos na rede estadual de ensino, cerca de 11 mil saíram da rede privada, o que representa aproximadamente 18% do universo de novatos. Essa é uma estimativa do subscretário de Educação do Rio Grande do Norte, Domingos Sávio de Oliveira, a partir dos dados conhecidos pela secretaria, através do Sigeduc. O número é próximo do Estado de Pernambuco, onde 15.515 estudantes foram para as escolas estaduais, neste ano, segundo o jornal Diário de Pernambuco. Pais, gestores e entidades afirmam que principal motivo para essa mudança vem do bolso: a crise econômica. O estudante Manassés Eduardo Melo, de 14 anos, estudou a vida inteiraemescolasprivadasnasproximidades do seu bairro. Neste ano, passou para escola pública. Segundo o pai do adolescente, vários fatoresinterferiramnessadecisão.Porém,omaiordeleséaescassezdedinheiro. Todas as fontes ouvidas para esta reportagem concordam que

as despesas com a educação são as últimas a sofrerem cortes. “Nesse cenário de crise, a classe média está se reestruturando na questão financeira. É preciso fazer um estudo para a gente se aprofundar, mas certamente um dos cenários é esse”, analisou Domingos Sávio de Oliveira, subsecretário estadual de Educação do Rio Grande do Norte. Para o gestor estadual, o retorno da classe média ao ensino público pode ter um resultado favorável para educação. Domingos acredita os cidadãos desse estrato social possam pressionar para a melhoria da qualidade do ensino. “Acho que no momento em que a classe média se envolver com a escola pública a gente vai contribuir para o resgate desse envolvimento da sociedade com a escola pública”, declarou. A escolha pela melhor instituição pública é um dos sinais que a postura desses pais é de cobrança. Conforme Domingos Sávio, os responsáveis pelos alunos procuram escolas com quadro de professores completo, bom desempenho dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e boa

Domingos Sávio fez as contas e, no final, decidiu transferir o filho Manassés (14) para a escola pública

estrutura pedagógica. As escolas que oferecem cursos técnicos também são intensamento procuradas, como os institutos federais. Localizado no centro da capital, a rede estadual tem o Centro Estadual de Educação Profissionalizante (Cenep) Jessé Pinto

Freire. Foi a escola que o comerciante Eduardo Melo, de 51 anos, colocou o seu filho Manassés Eduardo Melo, de 14 anos, estudante do 1º ano do ensino médio. De 46 alunos da turma dele, 19 vieram de escolas privadas. Antes do Cenep, o adolescente

havia passado pelas escolas Ideal, Cores e Artes e Centro Educacional Nazaré (CEN). Manassés fez o exame de seleção do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), mas não foi aprovado. “Aí uma amiga minha disse que Cenep tinha curso técnico. Tentei a seleção e

passei”, contou. “Meu pai quer juntar dinheiro para eu fazer uma faculdade ou outra coisa do tipo mais pra frente”, explicou o jovem diante da contenção de despesas. O comerciante reconhece que a crise econômica foi decisiva. “Também foi um motivo [a crise] e o outro é que facilita até para ele conseguir uma bolsa ou entrar numa universidade”, referiu-se ao sistema de cotas e o Programa Universidade para Todos (Prouni). Há 25 anos à frente de uma loja de roupas de surf, Eduardo já vem começou a sentir redução das vendas ainda em 2011. Mas, no último ano ele avalia que a redução das vendas foi de 30% em comparação com o ano anterior. Com dois filhos – uma já adulta -, Eduardo não vê outro caminho para seus filhos para dos estudos. “Minha filha mais velha faz um curso de enfermagem. No início eu pagava, agora como ela trabalha, ela paga. A educação é primordial,” finalizou. PAGINA 2

Classe média baixa migrou mais para escola pública


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Natal - Rio Grande do Norte Domingo, 28 de fevereiro de 2016

natal MAGNUS NASCIMENTO

Heloise Alves, de 14 anos, estudou até o 5º ano em escola privada. Na sexto ano, foi para a Escola Ari Parreiras para, no futuro, ter acesso, com mais facilidade, a uma bolsa para cursar a faculdade

Classe média baixa foi mais afetada « MIGRAÇÃO ESCOLAR » As escolas que têm como foco as classes C e D foram as mais afetadas pela migração de alunos em função da crise econômica, segundo as entidades representativas das escolas privadas ADRIANO ABREU

A

s escolas que têm como foco as classes C e D foram as mais afetadas pela migração de alunos em função da crise econômica. Isso é o que as entidades representativas das escolas privadas informam. Segundo o presidente do Sindicato das Escolas particulares do Rio Grande do Norte, Alexandre Marinho, os estudantes de escolas privadas de alto nível só fazem migração para escola pública quando a situação está muito crítica. “Ele vai para aquela escola que tem uma mensalidade mais baixa do que a que ele está. E geralmente vai para uma terceira escola particular para se adequar as possibilidades da família. E em último caso vai para a escola pública. Quando ele está numa escola bem mais barata, aí ele faz a saída maior para a escola pública”, explicou. Na avaliação de Marinho, essa migração não foi significativa para as instituições privadas. “A maioria das escolas manteve a quantidade de matrículas e algumas cresceram entre 6% e 7%”, disse. Entretanto, a inadimplência do ano passado redundou num prazo maior para as matrículas e renovação neste ano. “Nós fizemos matrículas até fevereiro de pessoas que estavam em débito com a instituição”, comentou. O presidente do sindicato não falou números. A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) calcula que as instituições particulares de todo o Brasil possam ter perdido até 12% das matrículas em comparação com 2015. Esse número é puxado principalmente pelas escolas privadas voltadas a pessoas de poder aquisitivo menor. Segundo a federação, com a ascensão das classes C e D na década passada, as famílias passaram a investir também em educação. Com a crise, o desejo de ter uma instrução teve que ceder à realidade cada vez mais apertada dos ganhos mensais. Paralelamente ao arrocho financeiro da maioria das famílias, as escolas que atendem as classes A e B tiveram um crescimento entre 3% e 4% conforme a Fenep.

Ì MENSALIDADES EM NATAL

A estudante de Ciências Sociais, Drielly Figueiredo (C) também passou sua vida escolar dividida entre a rede pública e privada ADRIANO ABREU

Sistema de cotas e Prouni compensam a mudança Entre Patu e Natal, Heloise Alves, de 14 anos, já estudou até o 5º ano em escola privada. Na sexto ano, foi para a Escola Ari Parreiras. Ao mudar-se para Patu, passou três anos em uma escola municipal antes de retornar para Natal e se matricular numa escola particular da zona Norte da cidade para concluir o ensino fundamental. Agora, no Centro Estadual de Ensino Profissionalizante Jessé Pinto Freire, o pai da adolescente acredita que ela terá mais chances para conseguir bolsas ou entrar numa universidade pública “Quando a pessoa está na particular, atéparafazeroEneme conseguir uma bolsa e tudo fica mais difícil”, respondeu Idailton Solano, pai da jovem. Os outros dois filhos de Idailton também estão em escola pública, embora já tenham passado por instituições particulares. Com a política de cotas em plena vigência não é difícil encontrar estudantes que passaram toda a vida escolar na rede pública. Esse é o caso de Lucas Matheus Cardoso, 19 anos, estudante do Bacharelado em Ciências e Tecnologia (BCT). Em Santa Cruz, ele só estudou em escolas municipais ou estaduais. Para se preparar para o Enem, teve auxílio do cursinho da UFRN.

Nem mesmo a precariedade do ensino público teve o dom de apagar o interesse dele por disciplinas tradicionalmente rejeitadas. “Eu fiquei no 3º ano sem os professor de física e de matemática. Se dependesse de professores, eu não tinha escolhido um curso em exatas”, expôs. Por mais contraditório que pareça, as melhores notas de Lucas foram justamento em física e matemática. “Foram acima de 650 pontos”, destacou. Com as desvantagens impostas pelo sistema de educação precário, Lucas optou pelos cotas sociais, raciais e o argumento de inclusão da UFRN. “Eu me sinto como qualquer outro estudante que tenha conseguido passar na UFRN, mesmo com todas as precariedadesdoensino”,concluiu. A estudante de Ciências Sociais Drielly Figueiredo, de 20 anos, também passou por escolas públicas e privadas por outros motivos. A sua jornada escolar de dividiu entre João Pessoa, Natal e Monte Alegre. "Quando me mudei para Monte Alegre não tinha escola particular por perto. O jeito foi ficar em uma escola municipal de lá", contou. Mesmo sem optar por cotas, ela conseguiu uma vaga no curso de Ciências Sociais da UFRN há dois anos.

Em pesquisa realizada em Natal, o Procon mostrou que o maior crescimento nos preços das mensalidades foi no ensino fundamental 2 (5º ao 9º ano): 12,94%. Esse percentual já é mais alto que a inflação entre janeiro de 2015 e o mesmo mês de 2016. Nos outros níveis de ensino, a média que crescimento foi menor. No ensino médio, o primeiro ano foi o que teve a maior variação: 11,93%. Mas no terceiro ano a diferença também é sensível. Em 2015, a mensalidade mais cara de Natal era de R$ 1.197,27. Neste ano, esse valor aumentou para R$ 1.897, o que significação uma variação de 14%. A mensalidade mais barata da pesquisa foi de R$ 407. Em 2015, a mesma escola cobrava mensalmente R$ 370.

NÚMEROS

221.402 é o total de alunos matriculados em escolas estaduais no Rio Grande do Norte

64.008 é a quantidade de estudantes que chegaram ao Estado em 2016

*11.521 é o número de estudantes que saíram de escolas particulares para estaduais

5,2% é o percentual de alunos com origem na rede privada

Política de cotas estimulou Lucas Matheus a estudar na rede pública

*O número é uma estimativa com base nos dados conhecidos até a semana passada, já que as matrículas ainda estão sendo consolidadas.


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