Manaus, janeiro 2013 – Edição 76 – Ano 6
ANJO CALCULISTA T
enho muito medo desta história que o profissional de segurança é o anjo da empresa. Concordo que temos uma atividade gratificante pois podemos evitar que pessoas adoeçam, se acidentem ou até morram, mas dentro de uma empresa nosso sentimento deve ser outro. Como assim?
Além do SESMT da empresa, teremos diversos outros setores, como Contabilidade, Manutenção, Compras, Logística, Qualidade, Almoxarifado, etc. Sim, e aonde você quer chegar? E daí que todos estes setores quando vão pedir dinheiro para a Direção, não utilizam como principal argumento a doença do colaborador, mas sim o lucro que irão obter ou o prejuízo que evitaram com o dinheiro investido em seu setor. Muitos profissionais de segurança esquecem que trabalham em uma empresa que precisa dar lucro e não são um setor superior para o qual o patrão tenha obrigação de dar dinheiro. Para o patrão, em geral, não somos os tais
No Escuro uff! Acabou P escuridão você
a energia e na completa lembra de que não tem inspecionado as luminárias de emergência ou a empresa não possui o quantitativo adequado. Ok! Hoje mesmo você irá fazer a inspeção ou a solicitação para aquisição de novas luminárias. Mas qual a quantidade e como distribuir? Provavelmente em seu Estado deve haver uma legislação sobre o assunto, mas uma referência é a Instrução Técnica no18 – Iluminação de Emergência do Corpo de Bombeiros de São Paulo. Esta IT estabelece a instalação de uma luminária a cada 15m e entre o ponto de iluminação e a parede de 7,5m. No entanto, devemos dar prioridade para as áreas de circulação e indicação de saídas. Outro problema na aquisição é o tipo de luminária. As mais simples (Foto 1) têm custo bem atrativo, mas em geral, uma vida útil mais curta, além de menor intensidade de iluminação que o modelo similar a um holofote (Foto 2), este tem como restrição o custo inicial elevado.
Um sistema interessante é o uso de baterias em parte das luminárias existentes nos setores da empresa e no momento da falta de energia parte das luminárias seriam mantidas acesas.
anjos, para muito empresários somos profissionais que só foram contratados devido a uma obrigação legal. Ou seja, se queremos ter dinheiro, precisamos de argumentos bem materiais. É muito pouco dizer que o colaborador vai ficar doente da coluna se não comprarmos uma nova paleteira, pois como não temos como precisar quando o colaborador irá adoecer, consequentemente alguns entendem que é uma ação que pode esperar. Então o que eu faço? Tente identificar todos os custos envolvidos na atividade em que você precisa do investimento, por exemplo, comece levantando a taxa de absenteísmo daquele setor, depois calcule quanto dinheiro foi perdido com os afastamentos, verifique o número de horas extras utilizadas para compensar os afastados, identifique também se há colaboradores com auxílio doença com código 91, e quais as doenças que podem ser geradas por ter nexo por NTEP e se há processos trabalhistas no setor para o qual estamos solicitando o investimento, etc. Além de tudo isso, precisamos demonstrar que de dois a três anos, teremos o retorno do valor investido. Ou seja, não adianta reclamar que o dinheiro só vai para determinado setor, precisamos utilizar as mesmas armas e provar que o investimento em segurança é rentável. Seja anjo, mas sempre tenha uma calculadora guardada nas asinhas.
Ginástica Laboral Aginástica laboral é uma das ferramentas que a empresa pode utilizar para amenizar os problemas ergonômicos. No entanto, um erro corrente é passar a responsabilidade da realização desta atividade para o técnico de segurança, para o líder de produção, para um multiplicador ou até mesmo sendo realizada apenas com um vídeo.
BOA LEITURA Este mês, com as festas, acabei não lendo nada de novo, mas vou indicar novamente um livro básico para quem quer ter uma boa noção da anatomia humana. Lembre-se: Ler é um investimento na sua carreira.
Anatomia para o Movimento – Vol I
Editora Manole Blandine Calais-Germain
Piadinhas - Joãozinho, você sabe me dizer em quantas partes se divide o cérebro humano? - Ah, professor... Depende da pancada, né?
- Filho, sua professora disse que, dos 20 alunos da classe, você é o pior. - Ora pai podia ser pior. - Ora como pior, garoto? - Ué a turma podia ter 40 alunos....
Por que são necessários milhões de espermatozóides para fertilizar um único óvulo? Porque os espermatozóides são masculinos e se negam a perguntar o caminho !!!
Depois dos Presentes Agora imagine que a tiazinha da produção se abaixou conforme a recomendação da ginástica ficou travada e não consegue levantar ou o outro tem uma limitação no braço, mas gosta de fazer a ginástica, mas não há um profissional que diga o quanto e em quais exercícios ele pode realizar ou não. A ginástica laboral só pode ser realizada por profissional de educação física ou por um fisioterapeuta. Além disso, como não somos profissionais da área não teremos como variar os exercícios ou ainda definir qual o mais adequado para cada função.
É mole! Agora todo mundo me exclue do Facebook!
Para sugestões ou críticas : Prof. Mário Sobral Jr. sobraljr27@ibest.com.br
JORNAL SEGURITO
Análise Ergonômica amos tentar relacionar nossa análise V ergonômica com a atividade de um médico. Um bom médico, para realizar o diagnóstico de um paciente irá fazer a anamnese, ou seja, uma conversa em que tentará verificar por meio dos sintomas, do histórico do paciente, das doenças de familiares, alimentação, estilo de vida, dentre outros fatores qual a provável doença do seu paciente. Após esta análise poderá solicitar alguns exames para confirmar sua suspeita, caso ache necessário. Considero a análise ergonômica, guardada as proporções, similar a este exemplo. O profissional irá ao posto de trabalho coletar as informações e identificar quais são os “sintomas ergonômicos” identificados, após esta avaliação o profissional irá utilizar ou não ferramentas de análise ergonômica para confirmar seu diagnóstico. Muito profissional trabalha de trás pra frente, ou seja, com base nos resultados obtidos na análise ergonômica estabelecem a sua conclusão quando na verdade deveria utilizar a ferramenta para complementar ou confirmar as suas considerações. Professor, achei estranho o senhor escrever que
pode até não utilizar a ferramenta ergonômica. Como assim? Isto mesmo, uma ferramenta de análise ergonômica é um estudo científico em que o autor estabeleceu relação entre determinada situação ergonomicamente inadequada e a probabilidade desta situação vir a trazer algum problema para o trabalhador. Como alternativa, não podemos pegar estudos fisiológicos para validar nossa análise? Por exemplo, segundo LIMA (Manifestações Músculo-esqueléticas na gravidez. Temas de Reumatologia Clínica. v.10, n.1, 2009) 50 a 80% das mulheres grávidas apresentam algum grau de desconforto músculo-esquelético durante este período, e, em cerca de 25% delas os sintomas são, temporariamente incapacitantes. Ou seja, posso solicitar a mudança de uma grávida de posto biomecanicamente agressivo com um embasamento técnico científico na análise, ainda que não esteja utilizando determinada ferramenta. Concluindo, devemos utilizar as ferramentas como um acessório importante, mas sempre complementar e não como a alma de nossa análise.
“Tá Amarrado”? ente imaginar uma máquina de grande porte. T Imaginou? Agora dobre o tamanho dela. Imagine quantos trabalhadores podem permanecer no interior dela durante um serviço de limpeza ou manutenção. Já ilustrou? Agora digamos que todos pretendam realizar a limpeza ou manutenção segura desta máquina. Qual será a primeira ação que virá à cabeça? É claro, desligar a máquina. Até aí tudo bem, mas comete um grande erro quem acredita que apenas isso é o suficiente.
Tag-out: identificar). Na prática o método consiste em identificar e posteriormente bloquear as fontes de energia isolando-as, as quais podem ser de natureza elétrica, pneumática, hidráulica, mecânica (molas), gases sob pressão, etc. Para o bloqueio devem ser utilizados cadeados de segurança e travas de segurança. Feito isso o executante do serviço deverá descrever o serviço que está sendo realizado através de etiquetas de sinalização. Detalhe importante: os cadeados e travas de segurança foram concebidos para este fim. O uso de cadeados ou travas comuns geram risco de acidentes por serem facilmente energizáveis ou terem baixa resistência mecânica.
As estatísticas evidenciam o grande número de acidentes de trabalho envolvendo máquinas e equipamentos e muitos deles ocorreram pelo fato do trabalhador estar dentro da zona de risco da máquina quando esta foi ligada ou acionada. Para prevenir essas situações existe um método eficaz e muito simples chamado de "Bloqueio e sinalização", também mundialmente conhecido como “Lock-out/ Tag-out” (Lock-out: bloquear;
Além de ser um método bastante eficaz na prevenção de acidentes ele também é mencionado nas normas NR-10, NR-12 e NR33. Uma boa prática de segurança é utilizar o método de “Bloqueio e sinalização” nas permissões de trabalho.
Autor: Dayglis Silva Contato: dayglis@ibest.com.br
Planejando as Promessas de Fim de Ano unto com o Ano Novo chegam as J superstições e as promessas. Pular sete ondas do mar, comer lentilhas, colocar caroços de uva sob o prato, dentre outras. Não esqueçamos das promessas: começar um regime, entrar na academia, estudar mais, aprender inglês, pagar as contas, etc. Sim, e daí? Vamos aproveitar o período para fazer um planejamento adequado e não apenas promessas vazias. Por exemplo se a sua promessa é estudar mais segurança do trabalho para passar em um
concurso ou ser um melhor profissional, é melhor verificar como fazer. Identifique quais assuntos vai priorizar, quais recursos irá utilizar (livros, cursos livres, vídeos, etc), como irá pagar por estes recursos, em que horário irá estudar, como conseguirá boas fontes para estudo e demais etapas para que sua promessa não fique apenas nas palavras. Ou seja, para alcançar os objetivos de uma decisão profissional ou pessoal sempre é necessário planejamento e disciplina. Não se preocupe se o resultado não foi exatamente o planejado, pois pode ter certeza de que agindo assim pelo menos haverá um resultado.
Recém Formado T enho lido nas redes sociais muita reclamação sobre a dificuldade de emprego para profissionais recém-formados. Entendo a reclamação, mas também não é difícil de entender o motivo. Por melhor aluno que este profissional tenha sido, fica difícil para qualquer empresa contratálo sem ter a certeza que dará conta do serviço. E não há nada de estranho nisso. Você iria preferir ser paciente de um médico com anos de experiência ou ser o primeiro paciente de um recém formado?
Professor você está dizendo que eu nunca vou conseguir emprego? Não coloque palavras na minha boca, ou melhor, no meu texto. O que deve ficar claro é que haverá uma dificuldade natural para conseguir o primeiro emprego, por ser um perfil específico. Você deve saber o que tem a oferecer, muito empenho, isto significa não ter restrições de horários, caso seja necessário turno, fins de semana, etc. Além disso, a empresa espera pagar um salário menor, ou seja, não espere um primeiro salário altíssimo, pense como sendo um investimento para sua carreira. E não adianta, exceto se você tem indicação, tentar entrar nas empresas de ponta. Lembro que consegui meu primeiro emprego após dezenas de entrevistas, em uma empresa de médio para pequeno porte, com trabalho em quase todo fim de semana e com um salário modesto. Depois de quase três anos de empresa, pedi as contas e fui para outro emprego ganhando bem mais, ou seja, paciência e empenho. Boa Sorte!.
GL
Sintomas de Pobreza - Tomar cerveja em copo de requeijão. - Esquentar a ponta da caneta para ver se ela volta a escrever. - Colocar bombril na antena da televisão. - Ir ao supermercado só pra trazer sacola plástica para por lixo. - Lamber a tampa do iogurte. - Aproveitar PET para colocar água na geladeira. - Guardar um monte de tralha em cima do guarda-roupas. - Secar roupa atrás da geladeira. - Lamber ponta de borracha para apagar erro. - Guardar sobras de sabonete para depois fazer uma bola só. - Consertar tira de sandália havaiana com prego. - Tirar cera do ouvido com a tampa da caneta.