Segurito 95

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Periódico Para Rir e Aprender

Manaus, Agosto 2014 – Edição 95 – Ano 8

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Mensagem ao Leitor

MINHA OSTENTAÇÃO É A PREVENÇÃO

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Prezados Prevencionistas, Na edição passada pedi uma ajuda com pautas para o jornal e agradeço a ajuda, pois recebi diversas sugestões, lógico que não consegui atender a todas, mas selecionei algumas. E volto a pedir novas sugestões, para que o nosso Jornal continue por muitos anos. Prof. Mário Sobral Jr.

E A AVALIAÇÃO GLOBAL DO PPRA?

Acredito que o PPRA seja o documento mais elaborado na área de Segurança do Trabalho e infelizmente com diversas falhas e vícios. Um dos problemas bem frequente é a avaliação global. É bom mesmo professor, tenho muita dúvida de como fazer esse negócio. Ok, meu filho, então vamos por partes. A análise global nada mais é do que o balanço final do documento, justificando o que não deu certo e indicando os novos prazos. Detalhando um pouco mais. Você sabe que o PRRA tem por base a Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e Controle, pois bem, todas estas etapas deveriam ter suas ações indicadas no cronograma do documento. As primeiras três etapas não têm muita desculpa, nós não temos como dizer que não conseguimos antecipar os problemas (exemplo: listar quais os problemas na instalação de uma máquina que virá a ser instalada), que não reconhecemos os problemas (exemplo: este não tem desculpa mesmo, como vamos dizer que não identificamos ruído, calor, produtos químicos, etc) e por fim a avaliação (exemplo: quais valores das avaliações ambientais, intensidade de ruído, concentração de agentes químicos, etc). Por fim temos o Controle, esta é a etapa de maior dificuldade para realizar todas as ações necessárias. Nesta etapa deveremos justificar o que não foi feito, mas indicando a nova programação no PPRA seguinte. Resumindo, é um pedido de desculpa das atividades que não foram realizadas. Tipo assim.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho. Contatos:

Boa Leitura!

este mês, durante um momento de ócio “criativo”, resolvi criar um funk sobre prevenção, na verdade acho que ficará melhor se eu disser que o autor foi o M.C. Gurito.

Qual foi minha surpresa ao perceber que mesmo sem ter domínio da língua espanhola é possível aproveitar muito material excelente. No início vai travando, mas o retorno vale a pena, tente ler este livro abaixo, não vai se arrepender. Acesse no link: http://www.samst.es/pdf/Publicaciones/MA NUAL%20B%C1SICO%20DE%20PREVE NCI%D3N%20DE%20RIESGOS%20LAB ORALES.pdf

Espero que gostem da brincadeira e se alguém estiver com tempo para criar uma melodia, tô aceitando. Com a prevenção na cabeça E as pernas sem parar Busco um trampo que me mereça E sei que vou alcançar De repente tô na pista De busão pro trabalho eu vou Na viagem, ações faço em lista Pois sei que a hora chegou

Manual Básico de Prevención de Riesgos Laborales: Higiene Industrial, Seguridad y Ergonomia.

Vem nim mim a incerteza E a chefia a me finalizar O trabalho uma correnteza E ainda tem o PPRA

PIADINHA

REFRÃO

Porque na pista da proteção O meu funk é ostentação Minha grife é a segurança E o meu ouro é a prevenção Mas hoje tudo mudou E no meio deste trampo pancadão Uma mina quase se acidentou Só que não dei mole não Fiz análise, mostrei custo Sem nenhuma ostentação Mostrei que sou responsa E com segurança não se brinca não A cada dia mais confiança E o trabalho melhorou A chefia já tá mansa E muito “parça conscientizô”

Um senhor para numa loja de animais e pergunta se eles podem vender mil baratas. - Não, mas porque o sr quer tanta barata? - O prazo do meu aluguel está terminando e no contrato diz que eu tenho de entregar do mesmo jeito que eu encontrei. - Seguritinho você varre a casa para mim? - Não dá mamãe tá faltando uma coisa. - É a vassoura ou a pá? - Não, a coragem.

BEM MANDADO!

REFRÃO

Porque na pista da proteção O meu funk é ostentação Minha grife é a segurança E o meu ouro é a prevenção Mas vou continuar a estudar Pra ser doutor e fazer até pós Mas sempre prevencionista Porque mano é nóis!

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho ou M.C. Gurito.

www.jornalsegurito.com

Jornal Segurito

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JORNAL SEGURITO

EM PÉ OU SENTADO?

Principalmente em empresas com linha de produção onde há a utilização de esteiras, sempre pairam dúvidas sobre se é melhor deixar o trabalhador realizar suas atividades em pé ou sentado. A princípio, o lógico seria pensamos que o ideal é sempre trabalhar sentado, mas vejamos que de acordo com a orientação do Manual de Aplicação da NR 17 elaborado pelo TEM, em algumas situações a indicação deve ser o trabalho em pé:

A escolha da postura em pé só está justificada nas seguintes condições: • a tarefa exige deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e rondantes; • a tarefa exige manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5kg; • a tarefa exige alcances amplos frequentes, para cima, para frente ou para baixo; no entanto, deve-se tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar sentado; • a tarefa exige operações frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados; • a tarefa exige a aplicação de forças para baixo, como em empacotamento. Fora dessas situações, o auditor-fiscal do trabalho não deve aceitar, em hipótese alguma, o trabalho em pé. Muitos ergonomistas, no afã de resolver as dificuldades dos empregadores, têm emitido opiniões favoráveis ao trabalho em pé apenas para evitar que o plano de trabalho seja adaptado, o que acarretaria certo custo monetário.

FAÇA O SEU PAE

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o caso de ocorrer algum sinistro na sua empresa é preciso saber antecipadamente o que precisa ser feito, para isto temos que ter um Plano de Atendimento a Emergências. Este plano pode ser elaborado utilizando pelo menos os critérios da Instrução Técnica 16 - Plano de emergência contra incêndio (no google você acha rapidinho), mas para facilitar pode utilizar alguns tópicos para estruturar o seu PAE.

Abaixo apresento uma estrutura que pode ser utilizada com breves comentários sobre cada item. 1. Identificação da empresa: apresentar o local, atividades, entorno, etc; 2. Reconhecimento e Avaliação dos riscos: descrever todos os locais, máquinas ou

atividades com potencial de risco e avaliar qual potencial para possíveis sinistros; 3. Descrição dos meios de proteção: descrever todos os meios de proteção e localização (extintores, hidrantes, chuveiros de emergência, macas, etc); 4. Ações no caso de Emergências: descrever detalhadamente quem irá realizar e quais serão as ações no caso de cada sinistro; 5. Implantação do plano de emergência: apresentar as responsabilidades dos participantes do programa, descrição dos procedimentos para comunicação com os trabalhadores e visitantes, planejar o orçamento para o programa e como serão obtidos os recursos para o plano; 6. Programa de manutenção das instalações e participantes: apresentar programa de manutenção de todo o sistema de combate a sinistro, além do planejamento para treinamentos, reciclagem, simulados, inspeções, etc. 7. Anexos: apresentar documentos para complementar as atividades, como lista de telefones de emergência, check-list de inspeções, rota de fuga, etc.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Agora Entendi!!! Será?

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omo moro em Manaus, um agente ambiental que me incomoda muito é o calor. Para você entender melhor (já fiz este teste) se colocarmos o termômetro de globo na sala de casa podemos obter valores de 27 até 28 graus Celsius, ou seja, de acordo com a NR 15, para atividade moderada teríamos um ambiente insalubre, pois o limite de tolerância para regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço é de 26,7 graus Celsius. Sempre achei um absurdo este parâmetro, pois entendo que a aclimatação atenua uma boa parte do problema, pois se não fosse assim a cidade estaria toda doente. Pois bem, mas pesquisando achei em dois livros o mesmo gráfico que apresento abaixo:

Ora, os custos dessas pequenas adaptações são mínimos se comparados à fadiga e à penosidade das tarefas que vão ser executadas em pé durante todo o dia e por vários anos. No mais das vezes, nem é o gasto econômico que está na origem da dificuldade. Muitos empregadores têm a falsa impressão de que o trabalho sentado induz à indolência. Evidentemente, tratase de uma falácia.

PIADINHA

Fonte: José GUADIX. Higiene Industrial Básica. INSHT Sevilla y citados por M. Garrido y P. Pérez Torio en "El trabajo en ambientes con sobrecarga térmica" SSHST 1981.

Na Delegacia: - D. Maria, o que está acontecendo com a senhora, que é uma renomada parteira, por que tem passado as noites gritando pela cidade? - É simples seu delegado, se todo mundo só dormir, do que eu vou viver?

E muita coisa clareou na minha mente. Primeiro comecei a entender melhor porque no Quadro 1, do anexo 03 da NR 15 os valores para as atividades com descanso têm uma faixa de variação, olhando o gráfico percebemos que os valores são estabelecidos de acordo com o metabolismo. No entanto, o que não dá para entender é porque nos valores para trabalho contínuo, do mesmo anexo, utilizou-se apenas a temperatura limite, desconsiderando a variação decorrente da atividade metabólica, com isso, Manaus, que já é quente, tem seus valores superdimensionados.


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NÃO SABE, NÃO PODE OU NÃO QUER C

omo todo mundo já sabe os acidentes têm diversas causas, algumas relacionadas a fatores inadequados do próprio trabalho e outras aos fatores pessoais. Em relação aos fatores pessoais podemos dizer que parte dos acidentes ocorrem em função das três negativas do título deste texto. Como assim, professor? É o seguinte, ou o trabalhador não sabe que sua ação irá gerar o acidente, ou não pode realizar da forma correta e isto terá como consequência o sinistro ou não quer fazer de acordo com os procedimentos por achar que sabe fazer de forma melhor.

Nas três situações, irá depender da empresa conseguir informar e mesmo conscientizar o trabalhador para que ele Saiba e passe a Querer em função das consequências dos seus atos. Em relação ao não Pode, a empresa precisa atuar com bastante força, pois se o trabalhador não está conseguindo fazer o certo, deve ser por falta de conhecimento ou mesmo por falta de recursos, como ferramentas que dependem diretamente da empresa. De qualquer forma todas as três negativas dependem de melhor percepção do trabalhador e consequentemente de ter capacidade de reconhecer os diversos riscos de sua atividade.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

PIADINHAS Por que o maluco ficou feliz quando conseguiu terminar o quebra-cabeça em seis meses? R: Porque na caixa estava escrito de 04 a 06 anos. - Acabei de inventar uma pílula que mata a sede. - Nossa! E como funciona. - Basta engolir a pílula com dois copos de água gelada. - Seguritinho por que você está dando água quente para as galinhas? - Porque amanhã eu quero comer ovos cozidos.

COMO MINISTRAR UM TREINAMENTO DE CIPA N

este mês de julho realizei um treinamento sobre como ministrar um treinamento de CIPA e resolvi escrever um pouco sobre o que recomendei. Minha primeira sugestão é iniciar o treinamento pelo assunto que você mais domina, pois assim você irá passar confiança e ao mesmo tempo ganhar a confiança do público. A segunda recomendação é tentar dar o treinamento sempre com a visão do cipeiro, ou seja, lembrar que quase sempre é um profissional que não tem a formação em Segurança do Trabalho e muitas vezes não tem tanto interesse sobre o assunto ou mesmo faz algum tempo que não assiste a aulas. Por tudo isso, o treinamento precisa ter algumas pausas, como vídeos curtos, pequenas histórias, dinâmicas ou qualquer outra forma que você se sinta à vontade para dar uma relaxada no ambiente. Essas pequenas pausas deixam o treinamento menos cansativo. Terceira dica, na minha opinião, o treinamento precisa ser bem forte na legislação.

Epa, epa, epa, professor, o senhor tá doido? Depois os cipeiros vão utilizar tudo que aprenderam contra a própria empresa! Na verdade, meu filho, tenho uma visão diferente sobre este assunto, acredito que hoje qualquer cipeiro pode ter facilmente acesso à legislação. Porém como não são especialistas na área, podem acabar distorcendo as informações. No entanto, se o curso for bem direcionado teremos cipeiros bem informados e que utilizaram a legislação apenas em situações que tenham mesmo direito e neste caso não vejo como sendo um problema. Por fim, devemos deixar extremamente claro para o cipeiro que ele tem direito, mas que também tem diversas obrigações na CIPA. Leia e relembre várias vezes o item 5.16 da NR 5 que apresenta as atribuições do cipeiro, para que entendam que a estabilidade de dois anos não é de graça. Transcrevo abaixo o referido item:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de

prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a SIPAT; p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

SUGESTÕES DE SITES PARA CONECTAR

Para você que fica dando desculpa que não tem lido porque não tem dinheiro para comprar livros, abaixo vários sites para você navegar e fazer boas leituras. www.gestaoseg.com http://conselhoeseguranca.blogspot.com/ http://tstparana.ning.com/ www.segurancadorabalhonwm.com http://www.tvseg.com.br/ http://www.higieneocupacional.com.br http://www.sintesp.org.br/ http://www.insht.es/portal/site/Insht/


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O problema não é meu, é do SESMT!!!

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um trabalhador sem EPI, um extintor obstruído, um operador de empilhadeira correndo ou o terceirizado que montou o andaime de forma inadequada. Em muitas empresas, em qualquer das situações citadas, caso a atividade acelere ou não prejudique o ritmo de produção da empresa, teremos gestores que só veem duas alternativas. Ou fazem vista grossa sobre o ocorrido ou no máximo comentam o problema para o SESMT. Essas situações ocorrem porque os gestores não se acham responsáveis pelo problema.

O PROBLEMA SÃO OS PUXADINHOS

Não acredito que algum profissional faça instalação de qualquer equipamento acreditando que haja a possibilidade de que alguém possa futuramente se acidentar. Ok, estou ciente de que temos profissionais imprudentes, negligentes ou imperitos, mas mesmo estes não são, em geral, conscientemente mal intencionados. Então a pergunta que fica no ar é a seguinte: “por que tem tantos acidentes ou doenças ocupacionais decorrentes de equipamentos inadequados?” Os motivos são diversos, mas podemos destacar os puxadinhos. Como assim, professor? Bem, imagine uma instalação elétrica ou um sistema de exaustão. Em geral, tudo começa bem dimensionado. No entanto, com a necessidade de expansão da empresa, e sem a mesma proporção nos

investimentos, começam a aparecer os tais puxadinhos. Seguindo com o nosso exemplo, teremos instalações elétricas com circuitos sobrecarregados o mesmo ocorrendo com o sistema de exaustão que acaba tendo vários dutos extras. No sistema elétrico teremos como principal consequência a possibilidade de incêndio e nos sistema de exaustão, os novos dutos, sem adequação do motor, impossibilitam a exaustão dos agentes nocivos na vazão adequada. Para evitar essas e outras gambiarras precisamos tentar manter uma boa relação com a engenharia e com a manutenção para estar a par das mudanças e conseguir identificar e intervir antes do problema ser gerado.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

SISTEMA DE EXAUSTÃO

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Parte dos gestores têm na mente que se não está atrapalhando não é um problema, ou pior, podem achar que é realmente um problema, mas que é um problema para o SESMT e eles que se virem. Como consequência a Segurança do Trabalho acaba trabalhando de forma isolada, correndo de um lado para o outro, sem conseguir atender a demanda. O que os gestores precisam entender é que eles são o dono da casa e que a segurança do trabalho é uma visita frequente e bem vinda que está ali para ajudar e não para ser o caseiro. Porém, para que isto aconteça, nós precisamos provar que assim como a falta de qualidade, manutenção, logística e demais setores terão impacto direto no produto da empresa, o mesmo irá ocorrer com a falta de Segurança do Trabalho.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Piadinha - Seguritinho o seu trabalho está horrível, você vai ficar com zero. - Professora minha mãe não vai gostar nada disso. - Não tenho nada haver com isso, quem mandou você fazer um trabalho tão ruim. - Na verdade professora, eu acabei esquecendo e quem fez o trabalho foi a minha mãe. - Acabei de pintar um quadrado azul no quintal de casa. - Por que você fez isso? - Porque quando procurarem minha casa no Google Earth vão achar que eu tenho piscina.

o texto acima comentei sobre o sistema de exaustão e dos puxadinhos e vou aproveitar para alertar sobre alguns pontos que precisamos ter atenção em relação a esse sistema. O primeiro ponto que é preciso ter em mente é que o motor de um exaustor nem sempre conseguirá a mesma vazão indicada na sua especificação.

“orelhada”, é preciso a elaboração de um projeto por um profissional qualificado. Com um projeto bem elaborado teremos como saber a vazão obtida em cada ponto de captação e ficará mais fácil avaliar se não houve a diminuição da eficácia do sistema por meio de inspeção com anemômetros. Para conseguir que o projeto mantenha as características necessárias de vazão é preciso a manutenção preventiva com limpeza periódica e troca dos filtros Em relação ao posicionamento do ponto de coleta é preciso que fique o mais próximo possível. Isto é fácil de entender com um exemplo prático: acenda uma vela e tente apagar soprando de certa distância. Dependo dos seus pulmões você conseguirá apagar até com um pouco mais de um palmo de distância. Agora acenda novamente a vela e tente apagá-la sugando o ar, acredito que será bem difícil Como assim, professor, isto é propaganda e perceba que o motor é o mesmo: o seu enganosa. pulmão. Não, meu filho, a vazão do sistema Logo, fica fácil de entender que quanto depende do comprimento dos dutos, das mais próximo melhor. curvas, do diâmetro, forma dos dutos, etc. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Ou seja, não da para fazer o sistema de Segurança do Trabalho.

FOGO AMIGO!

Pode

parecer um absurdo, mas ultimamente tenho visto diversas empresas produzindo documentos que são verdadeiros convites para multas ou perícias suicidas. Professor, o senhor está dizendo que as próprias empresas estão se incriminando? Exatamente. Em determinado cliente a avaliação de calor do PPRA estava acima do limite de tolerância e estavam com um processo sobre insalubridade referente a calor e esperavam que eu pudesse defender a empresa. Expliquei que se a própria empresa já havia detectado, registrado (fazia sete anos que os valores estavam elevados) e

não controlado o problema o que esperavam que fosse feito? Em outra empresa, a fiscalização estava fazendo a terceira visita questionando sobre as análises ergonômicas, as quais ainda não estavam prontas e quando me chamaram precisavam que fossem realizadas para anteontem (não aceitei). O que percebo é um total desleixo com a segurança do trabalho casado com uma completa falta de conhecimento. A consequência dessa impensável união é uma ninhada de acidentes, doenças e gastos exagerados. E o pior de tudo, é que como filho feio não tem pai, o padastro acaba sendo o setor do SESMT.


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