Periódico Para Rir e Aprender
Manaus, Outubro 2014 – Edição 97 – Ano 8
,
Organizando a SIPAT
Mensagem ao Leitor
Para organizar uma SIPAT é preciso um
Prezados Prevencionistas, Na edição deste mês, o Jornal Segurito está um verdadeiro quebra-cabeça, pois resolvi pedir ajuda aos amigos e a edição acabou sendo montada com diversas peças de contribuições. E é claro que sempre fico no aguardo da sua contribuição para as próximas edições. Prof. Mário Sobral Jr.
bom planejamento. Para auxiliar nesta organização, preparei uma lista de perguntas que pode ajudá-lo a lembrar o que será necessário fazer neste evento. É lógico que esta lista irá variar de acordo com a empresa, mas é um primeiro passo! Leia as perguntas abaixo e veja de que você precisa: - Quem irá falar na abertura e no encerramento do evento e quem irá realizar o papel de cerimonialista?; - Quem serão os palestrantes (quais os temas das palestras, serão gratuitas ou pagas, dia, horário e recursos necessários: datashow, caixa de som, microfone, laptop, etc)?;
Não seja uma Rainha da Inglaterra
PIADINHA
Na verdade, meu filho, eu queria fazer uma analogia com alguns profissionais de segurança. Tem prevencionista que faz sua avaliação e passa para o chefe, este pode aceitar ou, dependendo do chefe e da avaliação, pode entender que o documento é prejudicial à empresa. Por exemplo, no caso de uma análise ambiental que esteja acima do limite de tolerância e não tenha nenhuma medida de controle. O chefe analisa e “recomenda” a alteração da avaliação. Nesta situação, o papel do profissional de segurança é informar quais as medidas de controle possíveis e quais as consequências para a empresa e para a saúde do trabalhador. Porém, um papel que não deveria ser representado por este profissional seria o de aceitar sem questionar os argumentos, seja por falta de conhecimento, medo ou por pura comodidade.
- Stands de quais empresas serão solicitados (fornecedores de extintores, fornecedores de EPIs, farmácias, etc)? Aonde serão alocados os referidos stands e em que horário irão funcionar? - Quantos brindes serão necessários? Quem irá comprar? (não esquecer de comprar material para embalar os brindes); - Quais brincadeiras farão parte da SIPAT?; - Haverá camisa para os organizadores?; - Será necessário rota ou táxi para buscar os palestrantes ou outros convidados?; - Quando será realizada a reunião com a CIPA para dividir as atividades?; - Quando será organizado junto ao PCP os horários das atrações para minimizar o impacto na produção?; - Quando serão reservadas as salas ou auditório para os diversos eventos?; - Como será realizada a divulgação do evento?; - Caso tenha uma gincana, quem irá fazer as regras dos jogos?; - Quem ficará responsável por tirar as fotos para registrar o evento?; - Quem irá preparar a arte e o texto para faixas e/ou banners?; - Será necessária realizar ornamentação com balões, faixas, etc? Depois de ler estas perguntas e complementar com as demais atividades que você considere necessárias é preciso elaborar um plano de ação com as datas e com os responsáveis.
Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho
Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Sim, professor, e daí? Não entendi aonde o senhor quer chegar?
Contatos:
Recebi algumas ligações solicitando material de estudo para concurso público na área de Saúde e Segurança do Trabalho, dando uma olhada no meu acervo encontrei um livro com questões comentadas. Fica a dica!
Segurança e Saúde Ocupacional – Questões de Concursos Públicos Comentadas – Ed. LTr Alexandre Demetrius Pereira
N
a teoria, a Rainha da Inglaterra tem muito poder, mas na prática todas as decisões são de fato tomadas pelos membros do gabinete (primeiro-ministro e outros) ela apenas aprova o que eles “recomendam”.
Boa Leitura!
www.jornalsegurito.com
Jornal Segurito
Um anjo aparece para três homens. E o primeiro ao vê-lo diz: - Sofro de dor nas costas há anos. Você pode me ajudar? O anjo toca as costas do homem e ele sente o alívio instantâneo. O segundo aponta para os óculos de lentes grossas e diz que gostaria de uma melhor visão. O anjo tira seus óculos e o homem passa a ter uma visão perfeita. O anjo então se vira para o terceiro sujeito, este se encolhe e grita: - Não toque em mim! Eu me aposentei por invalidez! O passageiro conversando com a aeromoça. - Tenho muito medo de andar de avião. - Não se preocupe, se não for o seu dia, não vai fazer diferença se você está na terra ou no ar. - Mas e se for o seu dia?
Melhores amigos
jornalsegurito@bol.com.br
JORNAL SEGURITO
A CIPA é um Espaço de Transformação Humana
A
verdade é que o ranço em torno da CIPA tem duas causas principais: a primeira é o péssimo uso que se fez dela ao longo dos anos. Exemplo típico da capacidade que temos de transformar uma prática extremamente saudável num peso morto na agenda. Conheci gerentes que, quando indicados para integrar a CIPA de sua unidade, sentiram-se como se estivessem sendo punidos pela alta liderança. Conheço pessoas que entraram na gestão entusiasmadas para atuar como agentes de prevenção e, meses depois, foram advertidas por suas chefias imediatas que queixaram-se de que a pessoa estava “gastando” tempo demais com a CIPA e deixando de dar tudo de si em seu posto de trabalho. A segunda causa é que, no fundo, o descaso com ela é um dos sintomas que revelam que segurança não é VALOR para a empresa. É algo que figura somente no discurso. Ser “da CIPA” é ganhar a oportunidade de participar de um espaço de pluralidades, conviver com pessoas de diferentes formações e experiências de vida, é ser capacitado para conhecer e propor melhores formas para as pessoas viverem e trabalharem, é levar conhecimento e sensibilizar a respeito da importância de Cuidar de Si, Cuidar dos Outros e Deixarse Cuidar. Tal riqueza está disponível para o membro do grupo de gestão, independente das condições que a empresa oferece.
Um amigo, engenheiro de segurança muito experiente, comentou comigo que numa empresa que tem sua Cultura de Segurança instalada e madura as pessoas pedem: “pelo amor de Deus, me ponha na CIPA porque fazer parte disso é muito legal”. Concordo plenamente. É nesta direção que é preciso trabalhar. Para além e acima das exigências legais. Cultivar os potenciais mais elevados da CIPA, dentro e fora dela, para que a mesma torne-se um terreno fértil para fazer brotar ações de cuidado com as pessoas e não se limitar apenas a fazer reuniões burocráticas e SIPATs comuns. É preciso amadurecê-la para que ela vire uma verdadeira “fábrica” de Prevenção, transformando vontade em melhorias, pessoas leigas em aprendizes focados em SST, interesse esporádico em engajamento permanente. Posso garantir que alguns dos colaboradores mais aguerridos com as questões de segurança que já encontrei pelas fábricas por aí são pessoas que, um dia, foram integrantes de gestões de CIPA de altíssimo nível.
Fonte: Comportamento Seguro – Juliana Bley – 2a –Edição – Ed. Artesã.
H
Além das formalidades
oje vemos que muitas pessoas enxergam integração apenas como aquele “momento de palestra”. É preciso entender que a integração na sua forma mais complexa começa muito antes: integrar que dizer, ao pé da letra, a incorporação de um elemento a um conjunto, e isso, para ser pleno, deve ser feito de tal forma que não cause problemas ao elemento, e mais ainda: que não cause problemas ao conjunto.
Levando em conta essa premissa, fica fácil entender que o processo de integração é muito mais amplo e que, na verdade, varia de organização para organização e, especialmente, de atividade para atividade. Via de regra, devemos levar em conta alguns critérios como: aptidão do ponto de vista médico, aptidão do ponto de vista de capacitação,
qualificação, conhecimento e, por fim, apresentação da organização, sua forma de trabalhar, seus riscos e perigos, bem como seus recursos para controle e minimização de possíveis problemas. Tudo isso pode parecer simples, mas, para ser eficaz, precisa de atuação de profissional especializado. (...) Por fim, é chegado o momento da integração da organização propriamente dita que deve passar muito longe do que vemos hoje em muitos lugares onde mais se faz uma grande reunião que se dedica verdadeiramente a integrar pessoas. Em algumas organizações vemos integrações de longa duração, mas raramente há a preocupação de transferir ao trabalhador o que, de fato, interessa. Em poucos locais de trabalho há integrações de acordo com cargos e funções, prevendo, inclusive, uma parte no local de trabalho onde é possível, de forma mais didática e realista, explicar ao trabalhador os riscos e perigos daquilo que ele fará. Em Segurança e Medicina do Trabalho não há segredos: há necessidade de se trabalhar com mais qualidade, levando em conta que a vida não pode ser tratada apenas com formalidades.
Fonte: Dia a Dia da Prevenção - Cosmo Palasio de Moraes Jr – Difusão Editora.
PERDENDO A INOCÊNCIA
C
onversando com alguns alunos que iniciaram o estágio, ouvi o seguinte: - Professor, a empresa é um horror, tem um monte de coisa errada! Ao conversar mais detalhadamente percebi que apesar de várias irregularidades, como por exemplo, reunião da CIPA atrasada, não emissão de CAT para um acidente com três dias de afastamento ou falta de treinamento de NR 20 para o SESMT, eram realmente diversos problemas, mas situações corriqueiras em diversas empresas. Não me interpretem mal, não estou afirmando que são situações corretas, apenas percebi que parte dos alunos têm uma visão romântica do trabalho na área de Segurança do Trabalho, acreditam que a irregularidade é uma exceção e que o SESMT tem o “poder” para imediatamente corrigir. Infelizmente as irregularidades são frequentes e em muitas empresas, os
problemas são bem mais graves que as citadas pelos alunos e o SESMT só vai conseguir mudar com muitos argumentos e contra argumentos.
Ou seja, se você está começando na área é preciso estar preparado para as frequentes irregularidades e a dificuldade, infelizmente comum, de conseguir investimento, que será conseguido gastando muita saliva em conjunto com argumentos financeiros.
Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.
PIADINHA A criança de 04 anos acidentalmente engole uma moeda e começa a chorar achando que fosse morrer. O pai então para acalmá-lo esconde uma moeda na palma da mão e finge tirá-la da orelha do filho. O garoto extasiado pega a moeda, engole e diz: - Faz de novo!
O casal de velhinhos na cadeira de balanço e de repente a velhinha levanta e dá um tapa no marido e diz: - É pelos 35 anos de sexo sem graça. O velhinho pensa um pouco, depois levanta, dá um tapa na velinha e depois diz: - Isto é por você saber a diferença.
JORNAL SEGURITO
Doença Profissional x Doença do Trabalho E
ssa é uma dúvida frequente na cabeça dos trabalhadores, dos cipeiros e as vezes até do pessoal da Segurança do Trabalho. Hoje conheceremos a diferença entre um e outro com uma explicação clara e direta. Doença profissional, ou ocupacional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada profissão, ou função, ou seja, está diretamente ligada a profissão do trabalhador. Ex: O soldador que desenvolveu catarata. Já a doença do trabalho está mais ligada ao meio ambiente de trabalho, é aquela que tem ligação com o ambiente onde o trabalho é exercido. Ex: Um trabalhador que está exposto ao ruído excessivo, em um galpão de solda, e desenvolve surdez. Esse é um caso típico de doença do trabalho. A Fundamentação tanto da Doença do Trabalho quanto da Doença Ocupacional está na Lei 8213 de 24/07/91, artigo 20, itens 1 e 2. Esse mesmo artigo da lei garante que tanto a Doença do Trabalho como a Doença Ocupacional são considerados acidente de trabalho.
PPRA
É preciso falar! Para
atuar como um profissional de segurança do trabalho são necessárias várias habilidades. E uma das mais importantes é relacionada à capacidade de fazer uma apresentação, seja para um público de dez pessoas como um DDS, seja para um auditório lotado como em uma abertura de SIPAT. Ahh professor, eu tenho medo de falar em público! Pois apesar de ser palestrante há mais de dez anos, eu também tinha este medo. Sempre conto para meus alunos sobre uma apresentação de trabalho escolar que tive que apresentar no antigo segundo grau, lembro que era sobre Revolução Industrial e que o papel que eu segurava na mão para lembrar dos principais tópicos balançava de tanto tremer, para diminuir o problema resolvi segurar no encosto de uma cadeira e o nervosismo era tanto que a cadeira também começou a tremer.
O Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelecido pela NR 09, tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores em relação aos riscos ambientais, os quais são divididos em físicos (ex: ruído, calor, radiação ionizante, vibração, etc), químicos (ex: poeiras, fumos, gases, vapores, etc) e biológicos (ex: bactérias, protozoários, vírus, etc). É comum inserirem no PPRA a avaliação de luximetria. Esta prática é herança do período em que a iluminação era considerada risco físico e constava da NR 15, no seu anexo IV (Revogado pela Portaria MTPS nº 3.751, de 23.11.90). Atualmente a iluminação deve fazer parte da análise ergonômica. De qualquer forma esta informação no PPRA não desqualificará o documento. O referido programa consiste na antecipação, identificação, avaliação e controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente do trabalho. E após esta avaliação dos riscos, devemos estabelecer um cronograma, o qual deve estar vinculado a um plano de ação com critérios de prioridades, ou seja, devemos indicar quais ações têm maior relevância dentre as programadas.
Autor: Nestor Waldhelm Neto - Técnico de Seg. do Trabalho – Criador e editor do site http://segurancadotrabalhonwn.com
Ficha de Segurança de Produtos Químicos Como você já sabe, para conhecer melhor os produtos químicos da empresa é necessário conseguir a sua FISPQ (Ficha de Segurança de Produto Químico). Então para tentar sanar este problema, você pode estabelecer um procedimento para que em toda nova aquisição, na sua empresa, seja solicitada a FISPQ. No entanto, a primeira pergunta que podem fazer é a seguinte: mas quem disse que o fornecedor tem que enviar este documento? Apesar de sabermos que independente de obrigatoriedade legal é uma excelente prática, não custa nada responder ao questionador que a obrigatoriedade foi estabelecida pelo Decreto 2657/98 que promulgou a Convenção no 170 da OIT. E para você saber quais informações devem fazer parte da FISPQ, leia a NBR 14725 Produtos Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.
Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Porém hoje, posso falar em um auditório lotado que (mesmo com um normal frio na barriga, antes de iniciar) consigo falar “esquecendo” o medo do público. Professor, como você conseguiu esta mágica? Na verdade, não tem nenhuma mágica. O nosso medo é relacionado à possibilidade de esquecer o assunto e passar vergonha, ou seja, a solução é bem fácil. Não entendi, professor? A solução é estudar e praticar. Lembro que quando comecei, dava as aulas para o meu guarda roupa (aquele sabia “tudo” de Segurança do Trabalho, o novo não sabe nem a definição de acidente do trabalho, por que eu parei com este hábito). Além disso, sempre me ofereci de forma gratuita para realizar palestras para SIPAT, pois para ganhar desenvoltura e fixar os conhecimentos é preciso falar. Por fim, para quebrar o medo inicial, comece a apresentação pelo assunto que você mais domina, pois essa confiança fará com que o resto flua sem grandes problemas.
No fechamento do programa, devemos realizar uma avaliação global, na qual iremos justificar as ações não realizadas ou realizadas de forma parcial. É evidente que as atividades não realizadas deveriam ser as de menor prioridade de acordo com o critério definido anteriormente no nosso plano de ação. Este documento é tratado de forma equivocada em parte das empresas, pois é visto de forma estanque. Na verdade, sendo um programa, deveria ser tratado durante toda a sua vigência (anual) e não apenas em um curto período de avaliação com revisão apenas no ano seguinte. Outro problema frequente é a elaboração do “PPRA de gaveta”, em algumas empresas, temos uma sequência de Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de PPRAs, que de um ano para o outro tem como única mudança a data do Segurança do Trabalho. documento, com cronogramas que nunca foram realizados e sem nenhum plano de ação. Devemos ter em mente que este programa é uma ferramenta essencial Aquela vontade enorme de sair da para o planejamento de parte dos riscos sala quando o professor diz: “A porta no setor de Segurança do Trabalho da está aberta, quem não quiser assistir empresa.
PIADINHAS A mãe leva o filho de 5 anos para visitar uma recém viúva e orienta: - Diga a ela que você sente muito. - Por quê? Não fui eu que matei ele.
a aula, pode sair”.
Fonte: Segurança do Trabalho – Organizando o Setor - Mário Sobral Jr
JORNAL SEGURITO
Diferença entre risco e risco acentuado para inflamáveis
O artigo
193 da CLT estabelece como periculosa a atividade de trabalho (natureza ou métodos) exercida em condições de risco acentuado. Verifica-se pelo artigo que não basta a atividade ser exercida dentro de uma área de risco, devendo ser comprovado que é exercida em condições de risco acentuado. O risco relacionado ao agente inflamável (líquido/vapor/gás) não está ligado diretamente ao volume do inflamável, mas sim pela presença de mistura explosiva no ambiente de trabalho. A simples presença de um agente inflamável numa determinada área de trabalho, por si só, não basta para caracterizá-la técnica e legalmente como área de risco nos termos da legislação em vigor. O risco de ocorrência de fogo e/ou explosão com inflamável apenas existe se houver uma mistura do vapor do inflamável com o oxigênio do ar ambiental. Quando ocorre a mistura de vapor do agente inflamável com o oxigênio do ar ambiental, estaremos diante de uma mistura chamada mistura explosiva. Tecnicamente, uma mistura de vapor de inflamável + oxigênio se torna explosiva apenas quando atinge uma determinada concentração, e depende de alguns fatores técnicos, entre eles, temperatura e ventilação ambiente.
numa área aberta ou fechada, onde existir vasos, embalagens e tanques fechados contendo inflamáveis é impossível ocorrer a formação de mistura explosiva. Dentro desta linha de fundamentação científica a Portaria de nº 545 de 10/07/2000 acrescentou no anexo nº 2, da NR-16, o item 4, bem como os subitens 4.1. e 4.2., descaracterizando a periculosidade para o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, simples, compostas ou combinadas, bem como de recipientes de até 05 (cinco) litros, lacrados na fabricação, ou seja, sem qualquer possibilidade de propagar valores de inflamáveis para o ambiente. Assim, somente a constatação de mistura explosiva num ambiente permite a caracterização da condição de risco acentuado. Portanto, um recipiente fechado que contenha em seu interior um líquido inflamável, tecnicamente caracteriza apenas um risco (ausência de mistura explosiva), mas jamais uma condição de risco acentuado (presença de mistura explosiva). Os elementos técnicos anteriormente mencionados exigem para a caracterização legal da periculosidade em relação ao agente inflamável, a existência de condição de risco acentuado, esta decorrente da presença de mistura explosiva no ambiente de trabalho, ou possibilidade de ocorrência de mistura explosiva (a exemplo de uma sala de preparação de tintas, onde há o constante manuseio de embalagens de tinta e solventes abertas, liberando vapores inflamáveis no ambiente). A simples presença de uma grande quantidade de inflamável num determinado ambiente, pode em princípio caracterizar um risco, mas não necessariamente uma condição de risco acentuado. Tais razões técnicas justificam a inserção do parâmetro condição de risco acentuado no texto do artigo 193 da CLT.
Um recipiente fechado (tambor, vasilhame, tanque, vaso, tubulação, etc) mesmo que contenha um líquido inflamável em seu interior, é incapaz de liberar vapores inflamáveis para o Autor: Guilherme Abtibol Caliri – Engenheiro de ambiente externo (volatização) para Segurança do Trabalho e Higienista formar uma mistura explosiva. Assim, Ocupacional.
PIADINHAS Um amigo me perguntou: - Se eu me conectar ao wi-fi da igreja quer dizer que eu estou recebendo um sinal de Deus?
Durante o funeral a garotinha de 5 anos não parava de olhar para a urna que continha as cinzas, e perguntou: - A vovó tá ali dentro? - Está sim minha filha. - Engraçado. Eu achava que ela era mais alta. A prova nem estava tão difícil assim, mas aí apareceu um “justifique a sua resposta”.
Por que aterrar ?
A
importância do aterramento das máquinas e equipamentos... Muita gente me pergunta, é mesmo necessário aterrar a carcaça das máquinas? Conforme a NR12, item 12.15 “Devem ser
aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar sob tensão”.
Por vários motivos, pode ocorrer no sistema elétrico de uma máquina uma falha de isolação, ocasionando o que chamamos de If (corrente de fuga), na qual pode ocasionar quando em contato com a carcaça um choque elétrico, para que isso não aconteça se faz necessário o aterramento que se determina na NR-12, tornando as máquinas e equipamentos com uma resistência menor que a do corpo humano, fazendo a corrente escoar pelo terra.
Autor: Henelito Malgueta – Engenheiro Eletricista e Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Não aprendemos nos livros
N
o mês passado o IFAM realizou uma parceria com o SESI para troca de informações por meio de treinamentos. Recebemos os profissionais do SESI para um curso sobre o uso de equipamentos para avaliações ambientais. Durante o evento, além de orientar os alunos sobre o uso dos diversos equipamentos comentaram sobre como abordar o trabalhador. Pode parecer um detalhe menor, mas faz toda a diferença, pois o trabalhador precisa entender o que está ocorrendo. Por exemplo, no caso de uma avaliação com dosímetro, o profissional deve se apresentar, cumprimentar o trabalhador, informar como o equipamento ficará fixado, por quanto tempo, o que será avaliado e finalmente, perguntar se o trabalhador pode ajudar nesta análise. Não podemos chegar fixando o aparelho e apenas informar que iremos retirar no fim do expediente. Na verdade, este texto é só para lembrar que educação e gentileza deve ser para todos.
Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.