Segurito 92

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Periódico Para Rir e Aprender

Mensagem ao Leitor

MAS NÃO PRECISA NEM PENSAR

Boa Leitura!

P

Prezados Prevencionistas, Nesta edição a ergonomia tá no ar, mas não apenas nos músculos e nos esforços decorrentes das máquinas, mas também na mente e na organização do trabalho. Então pare um pouco com as horas extras, faça uma breve pausa, ou melhor, estabeleça um tempo de redução de fadiga, desligue o som, ligue as luminárias e relaxe. Prof. Mário Sobral Jr.

LIVRO IMPERDÍVEL

U

m livro que não é diretamente sobre Ergonomia, mas todo ergonomista devia ler, o clássico “Estudo de Movimentos e de Tempos: projeto e medida do trabalho” do autor Ralph M. Barnes, e digo mais, depois de ler deveria dar de presente para o gestor da produção. Pois se cada gestor tivesse o conhecimento exposto neste livro teríamos empresas mais produtivas e com menos problemas de Ergonomia. Sua primeira publicação é de 1968, mas continua com temas atualizadíssimos. Um trecho interessante é sobre o treinamento dos trabalhadores, veja abaixo, com alguns comentários meus:

c) Durante dez ciclos, o treinador explicou e executou vagarosamente cada um dos “obter” e “colocar” na operação. A explicação consistia em dizer ao operador onde os olhos eram usados, que dedos eram empregados para obterem diversas partes e como as partes eram colocadas juntas (M.S. Lógico que nesta etapa entrar o ergonomista para avaliar se os movimentos passados estão adequados).

4) O operador sentou-se no local de trabalho, e o treinador pediu-lhe que executasse a operação vagarosamente no primeiro e segundo dias. Foi dito a ele que, de início, a produção não era importante – que era mais importante ele aprender o método correto e que a velocidade viria naturalmente, com o tempo (M.S. Este trecho é fundamental, pois se o operador inicia sua atividade com um vício postural, tipo antecipar-se à esteira flexionando o tronco, ou seja, levando o corpo à frente. No futuro pode apresentar algum problema muscular decorrente desta postura inadequada, em função de a empresa não dar a importância adequada para o treinamento inicial do trabalhador).

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Contatos:

Manaus, Maio 2014 – Edição 92 – Ano 8

or uma questão didática fazemos várias divisões da Ergonomia, uma destas é a divisão entre Ergonomia Cognitiva e Ergonomia Física. No entanto, quando avaliamos um posto de trabalho não encontramos esta divisão, no máximo vamos ter posto de trabalho com maior ênfase na questão física ou maior ênfase na mental.

Ahhh Professor tem serviço que nem precisa pensar para fazer! Ok, meu filho, então vamos a um exemplo. Imagine uma trabalhadora de uma linha de produção que insere um determinado componente em uma placa eletrônica, aparentemente bem simples e sem nenhuma carga mental que devesse ser levada em consideração na nossa análise ergonômica. Pois bem esta trabalhadora irá pegar o componente e precisará avaliá-lo rapidamente para verificar se não há falha na peça, ou seja, irá receber uma informação, identificar e interpretar esta informação, elaborar possíveis respostas a esta informação, escolher a ação mais adequada e por fim realizar a ação. Sem esquecer que isto tudo esta sendo realizado com a esteira em movimento. E olha que eu falei em um só componente e apenas uma análise. Em paralelo o ambiente pode ser ruidoso e um pouco quente, o que talvez não vá lhe deixar doente, mas pode lhe tirar a concentração para a sua tarefa. Além disso, ontem esta trabalhadora discutiu com a colega de trabalho que fica bem ao seu lado e o seu chefe vive lhe pressionando em função dela estar tendo dificuldade de alcançar sua meta diária de produção. Para completar, sua cadeira está com o encosto quebrado e almofada do assento está bem gasta. Acho que deve ter ficado claro que todos estes fatores irão influenciar na carga de trabalho. Mas é claro que a capacidade de resposta da nossa trabalhadora a esta situação vai depender de fatores pessoais como idade, grau de saúde, nível de experiência na tarefa e além de outros fatores, de sua própria personalidade. Mas também não podemos esquecer de fatores externos ao trabalho, como doenças não relacionadas ao trabalho e problemas financeiros ou familiares. Concluindo, para qualquer que seja a atividade teremos problemas relacionados a hoje ainda pouco conhecida Ergonomia Cognitiva que cada vez mais precisaremos dar mais atenção.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

www.jornalsegurito.com

Jornal Segurito

O primeiro livro é para quem está começando na área da Ergonomia ou que precisa dar uma revisada na NR 17, e é isto que você deve esperar do livro Ergonomia Interpretando a NR 17 do Prof. Alexandre, uma leitura clara e objetiva desta norma. E o segundo livro, que apesar de ainda não ter lido e estar ansioso esperando, é o lançamento do Prof. Hudson de Araújo Couto que sempre escreve excelentes materiais.

Ergonomia – Interpretando a NR 17 Ed. LTr - Alexandre Pinto da Silva

Ergonomia do Corpo e do Cérebro no Trabalho – Ed. Ergo – Hudson Couto

PIADINHAS - Minha senhora eu não posso atender seu filho. Sou pediatra e ele já deve ter uns 17 anos. - Mas doutor, quando eu entrei na fila ele ainda ia completar três anos. - Ontem enlouqueci minha mulher na cama. - O que você fez, uma nova posição? - Não, sem querer, chamei ela com o nome da vizinha. Não importa a distância, chinelo que a mãe taca, sempre acerta. Eu durmo tão cedo e acordo tão cedo que quase estou cruzando comigo no corredor.

jornalsegurito@bol.com.br


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