Segurito 78

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Manaus, março 2013 – Edição 78 – Ano 7

Por que uma NR 35?

Mensagem ao Leitor Prezados Prevencionistas, No mês passado o Segurito teve uma edição especial de aniversário e como este mês será marcado pela total efetivação da NR 35, resolvi fazer outra edição especial, um Segurito nas Alturas, ou seja, com todos os textos relacionados à nova NR. Espero que a leitura ajude na interpretação de alguns requisitos da norma e os direcione sobre as ações necessárias. Aproveito para informar que estou aceitando textos para publicação no Segurito, com no máximo 350 palavras (Ahh! Não se empolguem porque é gratuito). Também estou aceitando piadinhas, mas tenham cuidado, pois a censora (minha esposa) é bem crítica. Um abraço e boa leitura! Prof. Mário Sobral Jr.

E

scuto alguns profissionais criticando a NR 35 com o argumento de que não era necessária uma nova norma, bastando aumentar a NR 18. É preciso entender que o objetivo da NR 18 é regulamentar as atividades na indústria da construção civil e a NR 35 veio abrangendo todas as atividades econômicas. Além disso, e talvez o principal, a NR 35 estabeleceu um sistema de gestão para as atividades em altura com uma estrutura que direciona o empregador facilitando sua implantação. Facilitando professor?! Sim, meu filho, facilitando. A norma não é perfeita, mas estabelece diretrizes. Precisamos perder o hábito de querer receitas prontas e começar a verificar que quando desenvolvemos as nossas próprias soluções acabamos tendo ferramentas específicas para a real necessidade e não apenas papéis para serem engavetados ou para serem apresentados aos fiscais. Outro item a destacar na nova norma é o maior zelo técnico necessário para a sua implantação. Isto está obrigando aos profissionais se aprofundarem no estudo sobre o assunto por meio da consulta de NBRs, de normas internacionais, fornecedores, etc.

Tchau, Tchau, EPI! EPI!

Mas Parece ~ o Pouco! Ta Pouco!

or que tem tanta gente que acredita ser o EPI a verdadeira prevenção? A NR 09 já está velhinha e não cansa de dizer: EPI em último lugar. A NR 35 na flor da idade já chegou dizendo: EPI só se não tiver jeito. Mas professor, (lá vem esse cara!) não é melhor o trabalhador estar todo equipado com cinto de segurança com duplo talabarte e absorvedor de energia, linha de vida e tudo mais que tenha direito? Nãooooo, meu filho! O tal do EPI depende de uso adequado, inspeção contínua, bom treinamento, colaborador conscientizado de sua necessidade, etc. Ou seja, são muitas variáveis, aumentado a probabilidade de falha. Além disso, o trabalhador não irá conseguir ficar 100% do tempo atento e caso resolva dar uns “passinhos” sem prender o cinto é neste dia que ele irá cair. Por isso é que o conceito a ser alcançado é o da falha segura, em que mesmo esperando que o trabalhador possa errar, ainda assim nada irá lhe acontecer. No entanto, este conceito é mais fácil de ser aplicado eliminando-se o risco, ou seja, com procedimento ou equipamentos de proteção coletiva os quais vão agir na origem do problema. O EPI vai agir na consequência, ou seja, no caso da NR 35 só irá atuar quando o trabalhador iniciar a queda. Pense bem, você acha melhor ter um EPI para diminuir o impacto da queda ou ter mecanismos que impeçam o trabalhador de cair?

comum ouvirmos a frase: Mas doutor eu preciso usar cinto nessa altura? A altura citada são os dois metros definidos pela NR 35 como limite mínimo para o uso do cinto de segurança. Na verdade, o valor poderia ser até um pouco menor, como a altura de 1,80m estabelecida pela OSHA - Occupational Safety and Health Administration, Agência do Departamento de Estado Norte Americano que tem como missão impedir os ferimentos, doenças e mortes relacionadas ao trabalho, emitindo as regras para segurança e saúde. Mas de onde inventaram que dois metros é perigoso? Vamos a um exemplo: olhe para a porta do ambiente onde você está, se ela segue o padrão deverá ter 2,10m, ou seja, um pouco acima do estabelecido na NR 35. Agora imagine você pulando desta altura. Se você é um atleta, deve estar dizendo: É fácil professor! Ok, mas imagine que você não está pulando, mas sim escorregando e caindo de costas ou com o braço no chão. É possível quebrar um braço, uma perna ou dependendo de como seja a queda, até morrer? Pode ter certeza de que sim. Ah!! Mas eu vou estar com o cinto! O problema é que mesmo com esta proteção, o impacto da desaceleração será realizado pelo cinto no corpo do trabalhador, podendo trazer graves consequências. Agora imagine se a norma tivesse estabelecido um valor superior a este.

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É

LEITURA NA NET Como não achei nenhum livro exclusivo sobre NR 35, resolvi passar para vocês endereços de diversos sites com excelentes materiais sobre o assunto. www.altiseg.com.br www.capitalsafety.com www.cdnsafety.com/fall-protection.htm www.gulin.com.br www.hercules.com.br www.honeywellsafety.com/br www.millerfallprotection.com www.msanet.com.br www.msasafety.com/global/ www.osha.gov/STLC/fallprotection/index.html www.spinelli.blog.br

Piadinhas O padre pergunta aos fiéis: - Quem deseja ir para o céu? Todos levantam a mão, menos um senhor sentado na última fila. - O senhor aí atrás, não quer ir para o céu quando morrer? - Ah! Quando morrer, sim. Pensei que o senhor estava organizando a caravana para hoje. Diga-me João, tua mulher faz amor com você por amor ou por interesse? - Olha, eu acho que é por amor. - Como é que você sabe? - Porque ela não demonstra nenhum interesse!

Falha de Comunicação? Comunicação?

Você não ouviu. Eu disse: não caia!

Para sugestões ou críticas : Prof. Mário Sobral Jr. sobraljr27@ibest.com.br


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Exames para trabalho em altura

m dos requisitos da nova norma que está causando polêmica é o 35.4.1.2 que estabelece ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que: a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do PCMSO, devendo estar nele consignados; c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais. O grande problema é que medicina não é matemática e para conseguir uma boa análise o médico do trabalho precisará “perder” um maior tempo na anamnese para conseguir avaliar todo o histórico do colaborador. Serão um risco elevado para o médico e para a empresa, os famosos questionários aplicados pela técnica de enfermagem, que nem sempre são analisados. Tudo bem professor, a empresa vai encher o trabalhador de exames.

Basta evitar evitar a queda? queda? C

into de segurança com absorvedor de energia e duplo talabarte, funcionário treinado, ancoragem dimensionada, análise de risco e permissão de trabalho emitida. Tudo certo, mas o colaborador escorrega, algo dá errado e.... Não se preocupe, o colaborador ficou pendurado.

E este pode ser o grande problema, pois apesar de todos os procedimentos para evitar a morte com a queda, a segurança do trabalho não conclui seu serviço se não tiver elaborado um plano de emergência com as atividades necessárias para o salvamento do trabalhador. Mas professor, ele está vivo. É só esperar a ajuda da empresa ou se for necessário, do bombeiro. Meu caro, o problema é que se o trabalhador ficar pendurado por muito tempo, situação

denominada de suspensão inerte, há consequências para a saúde do trabalhador em função da dificuldade da circulação do sangue, podendo levar até ao óbito. Ou seja, é necessário primeiro evitar a queda do trabalhador, mas depois que houve a queda a empresa precisa estar preparada para a situação. Embora as normas regulamentadoras não especifiquem um tempo, um boletim do Ministério do Trabalho americano, de março de 2004, informa que: “pesquisas indicam que a suspensão sob amarras pode resultar em perda da consciência, seguida de morte, em menos de 30 minutos”. Em 1987, foi desenvolvido um estudo na Base Aérea Wright-Paterson para determinar o efeito da falta de movimento em um corpo suspenso. O teste de aptidão militar finalizava o teste entre 3,5 a 60 minutos com uma média de tempo entre 17 a 28 minutos. Isto ocorre porque os membros inferiores comportam algo em torno de 20% do volume de sangue e com a pressão nas pernas, este sangue fica represado. Uma forma de aumentar o tempo de suspensão do trabalhador diminuindo as consequências é o uso de uma fita de suspensão pós-queda que permite alívio da pressão sanguínea.

Análise de riscos riscos

O que ver no treinamento? treinamento?

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Não se iludam, os exames são complementares e sozinhos não irão fazer mágica. Caso não haja uma avaliação clínica bem feita muito problema pode passar em branco. Além disso, para ser sincero não acredito que a empresa vá liberar um mundo de exames para cada trabalhador. Daqui a pouco deve sair um novo protocolo sobre o assunto. Um novo, porque na verdade já temos o protocolo da ANAMT nº 1 / 2004 denominado: Sugestão de conduta médico administrativa, voltado para trabalhos em altura. Este pode servir como base para cada empresa estabelecer seu próprio procedimento de acordo com a sua realidade.

Piadinhas A secretária para o patrão: - Chefe, tenho uma notícia boa e uma ruim. - Por favor, só a boa, sim? - O senhor não é estéril... Fim da tarde, o médico liga : - Tenho uma notícia ruim e uma péssima para lhe contar. Verifiquei seus exames e constatei que você só tem 24 horas de vida. - Meu Deus! E o que pode ser pior do que isso? - É que eu esqueci de lhe ligar ontem a noite...

NR 35 estabelece como obrigação do empregador a necessidade de análise de risco. No entanto, deixa em aberto a escolha da metodologia a ser utilizada. Uma metodologia simples e que pode ser utilizada é a APR – Análise Preliminar de Riscos. Para isto algumas etapas devem ser observadas, senão vejamos:

- Ir ao local de trabalho: parece óbvio, mas alguns profissionais acabam realizando a análise de risco no ar condicionado, sem analisar as possíveis peculiaridades do local de trabalho. - Descrever as etapas do trabalho: se sabemos como será realizada a atividade temos como identificar as possíveis consequências. - Identificar os perigos: depois de ir ao local e descrever as etapas da atividade temos como identificar quais serão os problemas que podemos ter. - Descrever as ações de controle para cada problema detectado: como já temos os problemas, agora podemos propor as soluções. - Descrever o processo seguro para execução do trabalho: com as ações necessárias para evitar possíveis acidentes devemos orientar os trabalhadores sobre os procedimentos a serem adotados. Qualquer análise deve ter a contribuição dos trabalhadores, pois estes têm uma visão mais completa da atividade.

omo o tema é muito amplo, muita coisa C pode ser vista no treinamento de NR 35, mas com apenas oito horas devemos ter algumas diretrizes. A engenheira civil e gerente regional de produto da MSA, Silvia Pini Arruda cita pontos que devem fazer parte do treinamento de trabalho em altura, dividindo-se em teórico e prático. Téorico: como administrar um programa de segurança em altura; fundamentos da proteção contra quedas, riscos adicionais no trabalho em altura; normas vigentes no Brasil; ancoragens e seus requisitos; dinâmica de uma queda; efeitos de uma queda na saúde; suspensão inerte, equipamentos de proteção contra quedas; linhas de vida horizontal e vertical; dispositivos mecânicos, importância de ter um programa de resgate; inspeção dos equipamentos e cálculo da distância de queda.

Prático: exercício de subida e descida na torre de treinamento; exercício de posicionamento e restrição de movimento; uso de sistemas de linhas de vida temporárias e permanentes, vertical e horizontal; uso de sistemas de evacuação de emergência; acesso e resgate em espaços confinados e instalação de sistemas de ancoragem. Fonte: Revista Proteção no 247 – Julho/2012


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~ Sistemas de Protecao com i Linha de Vida Horizontal

sistema envolve aspectos de engenharia de segurança como de verificação estrutural e de resistência dos materiais. O projeto deve conter: 1. Descrição do ambiente a proteger, incluindo: a) áreas a serem protegidas; b) tarefas a serem executadas pelos trabalhadores; c) número total de trabalhadores na área a proteger; d) número de trabalhadores por lance (vão) de linha de vida; e) posição de trabalho (em pé, agachado, etc..); f) peso máximo do trabalhador com ferramentas (referenciar com normas nacionais e/ou internacionais); g) ART. 2. Especificação do sistema de proteção: a) Deve conter um desenho claro e fiel da área, mostrando a linha de vida e suas estruturas de fixação. O desenho também deve mostrar toda a área alcançada pelo trabalhador quando conectado à linha de vida e com o talabarte totalmente esticado, levando-se em conta as flechas que se formam quando a linha de vida é esticada; b) Em todos os desenhos e diagramas devem ser especificadas as dimensões relevantes para o sistema (largura, comprimento, altura, diâmetro, peso, etc) e materiais utilizados; c) Detalhar a fixação da linha de vida nas estruturas, mostrando todos acessórios utilizados (grampos, sapatilhas, laços,

Tipos de Cintos É

importante sabermos que os cintos de segurança podem ser classificados em dois tipos: Posicionamento e Altura. O cinto tipo posicionamento não tem resistência para queda de altura, irá servir apenas como um suporte para atividades paradas.

Nós conseguimos identificá-lo por meio de um pictograma (símbolo) que virar no seu corpo, identificada pela figura abaixo.

O cinto para altura terá resistência adequada para o impacto de uma possível queda do trabalhador, e de acordo com a NBR 15836 deverá vir um pictograma com a letra "A" maiúscula em cada elemento de engate para proteção contra queda do cinturão de segurança tipo paraquedista.

esticadores, etc), bem como a disposição, a quantidade e a sua especificação; d) Especificação dos EPIs componentes do sistema (cinto de segurança, talabarte absorvedor de energia, etc.): quantidade, tipo, fabricante, modelo e número de CA. 3. Dimensionamento do SPIQ, determinando, com demonstração, os seguintes parâmetros: a) Massa do(s) trabalhador(es) com material; b) Altura de queda livre; c) Características relevantes do EPI, tais como força de captura de queda (máxima e média) do absorvedor de energia, máxima extensão do absorvedor de energia; d) Força de impacto no talabarte; e) Força de tração na linha de vida; f) Extensão do absorvedor de energia; g) Reação nos apoios; h) Altura livre necessária para parada completa com segurança; i) Coeficientes de segurança do cabo e demais elementos; j) Especificação completa do cabo a ser utilizado (Construção, resistência dos arames, diâmetro) e sua carga de ruptura mínima; k) Fator de redução da carga de ruptura devido ao tipo de conector (ex.: grampos = 80% da carga de ruptura); l) Dimensionamento da estrutura de ancoragem da linha de vida, conforme as normas técnicas apropriadas. Fonte: Miguel Branchtein – Auditor Fiscal do Trabalho

Pode mais de 100kg? A NBR 15836 - Cinturão de Segurança Tipo Paraquedista estabelece método de ensaio para este tipo de cinto. No entanto, a referida norma tem sido interpretada de forma equivocada em relação a sua massa para ensaio. A NBR estabelece teste de resistência estática com aplicação de força de até 15 kN e uso de um manequim com 100kg para teste de resistência dinâmica do cinto paraquedista. Pois bem, estão confundido o ensaio com a resistência máxima do cinto, restringindo este tipo de cinto para trabalhadores com no máximo cem quilos. Vamos entender o ensaio. Este é realizado de uma altura de 4m com talabarte sem absorvedor de energia e deve aguentar um impacto de 9 ± 1,5 kN. Pois bem, no ensaio o cinto tem que aguentar algo em torno de 9 kN de uma altura de 4m, mas a NR 35 estabelece que o trabalhador com talabarte superior a 90 cm, já seria obrigado a utilizar um absorvedor de energia e não poderia ter um impacto superior a algo em torno de 6 kN, ou seja, nossa preocupação com os gordinhos não deve ser em relação a resistência do cinto, pois este deve resistir em torno dos 9 kN, mas as consequências à saúde do trabalhador em função de um impacto que supere os 6 kN. Além disso, caso o trabalhador esteja muito acima do peso há maior possibilidade de queda em função de maior dificuldade de movimentação.

Travaqueda Retratil x Talabarte i

P

or anos, tivemos cinto de segurança nos carros com três pontas e regulagem manual; então foi incorporado a estes um sistema com pré-tensionadores de ação rápida que hoje estão presentes em praticamente todos os automóveis devido a sua praticidade e segurança. O sistema retrátil utilizado nos automóveis é muito similar ao utilizado nos retráteis pessoais, então é de se pensar que em algum momento, no futuro, o travaqueda retrátil pessoal vai ocupar o lugar, que hoje é do talabarte com absorção de impacto. Os avanços na proteção de queda de pessoas saíram do cinturão abdominal, passaram pelo avanço da inclusão do absorvedor de impacto em talabartes e agora, pedem por travaquedas retráteis pessoais cada vez menores. Algumas Razões para Mudar de Talabartes para Retráteis Pessoais Retenção de queda mais rápida em menor espaço; Retenção de queda sem folga com a linha sempre tensionada, minimizando a queda livre;

Retrátil Pessoal

Talabarte Risco menor de tropeços, não existe sobras de fita com o retrátil; Melhor mobilidade no trabalho, seu comprimento sempre automaticamente regulado ao mínimo; Alternativa com bom custo benefício aliada a um incremento de segurança dos trabalhadores. Texto adaptador por: Marcos Amazonas, Gerente Técnico em Trabalho em Altura e Mayra Villaboim, Gerente de Produtos Trabalho em Altura – Honeywell Produtos de Segurança.

Piadinhas A mulher humilde vai ao ginecologista reclamar que não conseguia engravidar. Diz o médico, preparando-se para examiná-la: - Por favor, tire a roupa e deite-se ali. E ela, indecisa: - Mas doutor! Eu gostaria tanto que o filho fosse do meu marido! - Tem viagra? - O senhor tem receita? - Não, mas estou com a foto da minha mulher, serve?


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Tipos de Ancoragens O k, já comprei o que tem de melhor em relação a cinto e linha de vida, mas onde vou me ancorar? E qual a resistência necessária para esta ancoragem? De acordo com a NR 18 no seu item 18.15.56.2 os pontos de ancoragem devem: b) suportar uma carga pontual de 1.500 Kgf. Parece muito mas a OSHA estabelece valor de 2200kgf. Além da resistência da ancoragem temos que avaliar o local onde será instalada. Por exemplo, não adianta termos um material que atenda ou até supere a resistência estabelecida na norma se o local em que será instalado (concreto, metal ou madeira) não tem resistência suficiente para dar segurança a ancoragem. Além disso, são diversos os tipos de ancoragem, abaixo apresento alguns: Este modelo é indicado para uso em vigas metálicas.

O modelo abaixo é uma ancoragem móvel fixada em concreto. Você faz um furo na estrutura e o insere manualmente (sem esforço), ele fará a ancoragem em função da pressão lateral no interior do furo.

ZLQ

O modelo abaixo também é definitivo, porém a sua fixação é realizada por meio de um agente químico que é injetado no furo e em poucas horas terá solidificado.

Para se prender a estruturas metálicas, tem-se o hábito de envolver o próprio talabarte, isto só é possível se o referido talabarte tiver sido fabricado para esta função. Ao invés do talabarte, podemos utilizar as ancoragens abaixo, projetadas para esta finalidade.

N ão sei se você já viu a seguinte situação o trabalhador utilizando um cinto de segurança com o talabarte tão longo que caso ele caia, antes do cinto segurá-lo já terá atingido o chão. Para evitar este absurdo temos que prestar atenção no conceito de Zona Livre de Queda – ZLQ, que seria a distância do ponto de ancoragem até obstrução mais próxima abaixo do trabalhador. Para isto alguns cuidados devem ser observados: Caso o trabalhador esteja preso a uma linha de vida horizontal, precisamos saber qual será a deflexão (flecha) do cabo ou corda utilizada, quanto maior este valor, mais espaço será necessário para uma “queda segura”. Devemos verificar que não basta colocar um peso similar ao trabalhador para conseguir esta deflexão, pois haverá um estiramento devido ao impacto da queda que também precisa ser considerado. Depois temos que analisar a altura decorrente do tamanho do talabarte mais o seu alongamento. Em seguida temos que acrescentar a distância da argola dorsal do cinto de segurança até os pés do trabalhador. E por fim acrescentar uma altura de segurança para evitar possíveis falhas. Este valor oscila bastante podendo passar de seis metros.

I

Para atividades específicas onde se tenha superfícies lisas, pode-se utilizar uma ancoragem à vácuo,

Deflexão (flecha) do cabo ou corda

Talabarte (comprimento + alongamento)

Ancoragem fixa, este modelo será simplesmente engastada no concreto para uso quando necessário.

Distância da argola dorsal até os pés do trabalhador

Sempre que possível, devemos selecionar um ponto de ancoragem verticalmente acima da cabeça, para evitar os riscos de uma queda em pêndulo.

PIADINHAS - Você é capaz de guardar um segredo? - Claro, amigo são para essas coisas... - Tô precisando de 500 mil reais. - Pode ficar tranquilo, vou fazer de conta que nem ouvi! General, estou avistando uma tropa que se encaminha ao nosso forte! - São amigos ou inimigos, sentinela? - Olha, eu acho que são amigos. Vêm todos juntos... Dois jacarés conversando: - Cara, o meu pai está cheio da grana. - Ganhou na loteria? - Não, fizeram uma carteira com ele.

Altura de segurança (1m)

Talabartes Y e V S

ó para confirmar que utilizar EPI não é tão bom assim. Vejamos o caso dos duplos talabartes com absorvedores de energia (os absorvedores passaram a ser obrigatórios para talabartes com comprimento superior a 90 cm). Temos talabarte com absorvedor nas duas “pernas”, ver figura 1:

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E outros com um único absorvedor que atende a ambas as pernas, veja figura 2: E qual o problema, professor?

Imagine que você está com o talabarte “1” e na hora da queda as duas pernas estão presas. Como o esforço é calculado individual para cada perna e as duas estão atuando, o absorvedor pode não ser acionado e o impacto superior ao esperado ir para o corpo do trabalhador. Ok, então basta eu usar o talabarte 2. Neste talabarte teríamos outro problema, imagine que uma perna está presa em um ponto de ancoragem e a outra foi posicionada em uma parte estrutural do cinto de segurança do trabalhador, de repente este escorrega e o absorvedor não é acionado totalmente. Mas por quê? O absorvedor aumenta de tamanho para desacelerar o impacto da queda e caso a perna tenha comprimento inferior ao absorvedor, quem acabará recebendo o impacto será o trabalhador.


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