Manaus, Setembro 2013 – Edição 84 – Ano 7
Mensagem ao Leitor Leitor
Embalagens Certificadas N
Prezados Prevencionistas, Nesta edição está tudo junto e misturado. Vamos abordar temas diversos com a contribuição de textos enviado por leitores e amigos, mas é claro que eu não consegui ficar sem escrever e acabei colocando vários textos. E não se acanhem, continuem enviando matérias para futuras edições recheadas com uma verdadeira salada de conhecimentos.
em todo mundo presta atenção no item 4 do anexo 2 da NR16. Dê uma lida no item transcrito abaixo:
4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional: 4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, certificadas simples, compostas ou combinadas, desde que obedecidos os limites consignados no Quadro I, independentemente do número total de embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma NBR 11564/91 e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte utilizados;
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Ou seja, de acordo com a NR 16 se a empresa utilizar vasilhames que atendam aos ensaios estabelecidos na NBR 11564/91 e demais critérios citados no item transcrito há a possibilidade do não pagamento do adicional de periculosidade. Os ensaios solicitados pela referida NBR são os seguintes: - Ensaio de queda - Ensaio de estanqueidade - Ensaio de pressão interna - Resistência ao empilhamento - Ensaio de tanoaria (barris de madeira) - Ensaio de perfuração (aplicável somente à subclasse 6.2) Então verifique com o seu fornecedor se o seu vasilhame atende a referida NBR e deixe sua empresa um pouco mais segura.
Mas o trabalhador não pode acabar utilizando a legislação contra a empresa? Hoje em dia com informação correndo para todos os lados, acho mais importante o trabalhador receber o conhecimento correto pelo SESMT, do que receber truncado, errado ou torto por outras fontes. Uma frase que deve ser repetida continuamente durante o treinamento é que a CIPA não é uma comissão para apontar problemas, mas sim para auxiliar com o desenvolvimento de soluções viáveis e estruturadas. Ensinar a CIPA a organizar seu plano de ação e ajudar a divulgar suas conquistas, só irá impulsionar cada vez mais os participantes. Por isso, “gaste” algumas horas com a CIPA e em alguns anos ou talvez em meses você terá braços para lhe auxiliar.
CIPA – Implementando e Mantendo Ed. Viena Nestor Waldhelm Neto
Curtinhazinhas
Sites Seguros
O tempo tá tão seco, mas tão seco, que fui cuspir e assoviei.
Técnico de Segurança Juliano Rabelo de Anápolis - GO enviou dois interessantes sites para pesquisa de Limites de Tolerância. O primeiro link é de um livro com os limites de exposição da Espanha do ano de 2013
Canela: dispositivo para se localizar aonde estão os móveis no escuro.
O
Na minha humilde opinião, o foco do treinamento deve ser no gerenciamento da comissão e no detalhamento da legislação.
Este mês vou abrir uma exceção e indicar dois livros que ainda não li, mas que recomendo sem medo, pois reconheço a competência dos autores.
Livro de Bolso do Técnico de Segurança do Trabalho Ed. LTr Antonio Carlos Fonseca Vendrame
Incompreensível! ão consigo entender o pouco empenho de algumas empresas e de alguns profissionais de segurança em relação à gestão da CIPA. Muitos usam a desculpa de que a maioria dos cipeiros só quer a estabilidade. De qualquer forma, sempre teremos alguns interessados e outros que precisam ser direcionados. E a citada falta de empenho pode deixar tudo a perder, pois esta parcela de potenciais interessados pode vir a se tornar novos braços para o SESMT. Para isto é essencial realizar um treinamento de CIPA bem estruturado.
Boa Leitura!
http://www.insht.es/InshtWeb/Contenidos/Docu mentacion/LEP%20_VALORES%20LIMITE/Valore s%20limite/Limites2013/limites%202013.pdf
Máquina Perigosa
O outro link é do Instituto de Saúde e Segurança da Alemanha – http://limitvalue.ifa.dguv.de/Webform_gw.aspx.
Neste link você consegue obter e comparar o LT de vários países para produtos químicos. Mandou também um endereço da OSHA onde você pode encontrar, dentre outras informações os métodos de amostragens dos agentes listados. Entre no seguinte link: http://www.osha.gov/dts/chemicalsampling/toc/ chmn_G.html
O nosso amigo Juliano recomenda também a visita ao site: http://tstparana.ning.com/
Para sugestões ou críticas :
Mário Sobral Jr
- Não pise nisso ai! - Por que? - A minha mãe quando pisa, chora! jornalsegurito@bol.com.br
JORNAL SEGURITO
REPETITIVIDADE X RISCO Relação Equivocada
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té hoje não existe uma definição para o termo “repetitividade” que agrade a todos, ou pelo menos a maioria dos profissionais que trabalhem com ergonomia, e nem precisa existir! O termo repetitividade para a ergonomia não quer dizer absolutamente nada. Existe essa grande confusão, pois sempre na ergonomia se relaciona o termo repetitividade com risco, e uma coisa não tem nada a ver com outra. Entenda: Podemos dizer, por exemplo, que o fato de o sol nascer todos os dias, é uma ação repetitiva, porém com um intervalo de 24 horas, afinal, acontece todos os dias, desde que o mundo é mundo. Considerando o fato de um trabalhador apertar 3 (três) parafusos por dia ou apertar 2000 (dois mil) parafusos por dia, podemos afirmar, sem medo de errar, que ambos são repetitivos, pois ele o faz todos os dias, apenas com intervalos diferentes, e ambos podem ou não representar risco, isso vai depender de uma série de fatores, entre eles: tipo de fibra muscular envolvida no movimento, força aplicada, ângulos de aplicação de força, entre vários outros, e mesmo se ignorarmos todas essas variáveis e considerarmos apenas a questão da repetitividade, ainda assim seria impossível determinar, de forma geral, um intervalo seguro, isso só seria possível e de forma aproximada, se considerássemos cada músculo, cada articulação de forma individual, pois se 100 movimentos repetidos para um dedo não representa praticamente nada para a Ergonomia, para a coluna faz uma grande diferença, justamente em função da anatomia, fisiologia e biomecânica das estruturas envolvidas. Pense nisso. O objetivo para a ergonomia deveria ser determinar um limiar de risco para movimentos regulares, sem o risco de lesão para tendões, músculos, articulações etc, e não saber se um movimento é repetitivo ou não, o que queremos na verdade, é saber se a quantidade de movimento que esse seguimento, seja um dedo, um ombro, a coluna... está realizando, é passível de gerar lesão, considerando os mecanismos fisiológicos, e isso só será possível, se as estruturas forem consideradas e estudadas de forma individual. Diego Pontes Nascimento – Fisioterapeuta, Técnico de Segurança do Trabalho e Especialista em Ergonomia.
TIPOS DE SMS SMS Ficantes: Você é linda, quando vamos ficar de novo? Namorados: Amor eu te amo, tô com saudades. Casados: Amor, descongela o frango. Que eu recebo: Recarregue seu celular e tenha bônus.
LOCK OUT - TAG OUT
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nfelizmente, ainda há pouco tempo a Organização Internacional do Trabalho, trouxe-nos uma das notícias mais aterradoras e alarmantes para os TSSHT: “Mundial e anualmente, ocorrem cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho”. A EUROSTAT destaca que entre 2010 e 2011, as tarefas de manutenção, limpeza e preparação de máquinas constituem as principais causas dos acidentes.
São inúmeros os registos deste tipo de acidentes. Temos exemplos de pessoas que são golpeadas e feridas por peças de máquinas em movimento ou material ejetado, assim como partes do corpo presas entre componentes móveis como correias e polias, perfurações e cortes derivados de bordas afiadas, peças pontiagudas, atrito ou abrasão provenientes de superfícies ásperas. Em casos extremos, deparamo-nos com situações de esmagamento entre as peças móveis ou partes fixas da máquina, queimaduras severas resultantes de superfícies com temperaturas extremas ou devido às emissões (tais como, vapor ou água quente), eletrocussões e choques elétricos. Não obstante, o excesso de confiança por parte dos trabalhadores no uso das máquinas, as suas próprias falhas técnicas, ou o uso indevido por inexperiência ou por falta de treino, também engordam o índice
de sinistralidade laboral. É caso para cunhar o setor industrial como o setor de atividade de alto risco. Contudo, não está tudo perdido. Uma forma eficaz de dar resposta a este problema emergente, cruza a aposta na prevenção focada na fase de concepção de máquinas e equipamentos, tornando-os mais seguros, com a implementação de um procedimento de bloqueio e etiquetagem, do acrónimo inglês “Lock Out - Tag Out” (LO-TO). Podemos ir buscar à norma OSHA, referente ao controle de energia perigosa, com o Título 29 do Código de Regulamentos Federais, os princípios do LO-TO. Aqui, a dica passa por sempre que se executem tarefas consideradas perigosas, devemos aplicar o LO-TO. Numa primeira fase, isolamos todas as fontes de energia presentes nas máquinas (por exemplo: energia elétrica, térmica, pneumática, …), bloqueamos com um cadeado, uma etiqueta que, além de identificar os trabalhadores que estão a desempenhar a tarefa, também indica que o equipamento está inoperacional e caso se justifique, um elemento de bloqueio. Atenção, não devemos nos esquecer de dissipar qualquer energia armazenada (ex: a energia hidráulica ou pneumática). Posto isto, vamos verificar a efetividade do bloqueio físico. Caso esteja tudo conforme, está salvaguardada e garantida a segurança do trabalhador, ao longo do desempenho da sua tarefa. Complementarmente, devemos preencher uma “Autorização de Trabalho ", de forma a controlar as atividades potencialmente perigosas. Por fim, para que a mensagem seja totalmente compreendida pelos trabalhadores, resta-nos formar/informar todos os trabalhadores (incluindo empresas externas habituais e trabalhadores temporários) e proceder à manutenção do sistema LO-TO implementado. Patrícia Oliveira - Técnica Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
QUAL A SUA CONDUTA? CONDUTA?
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emos dois tipos de condutas: a chamada de S e a chamada de F. - A conduta S: É resultante das atitudes estilo A: Ânimo Amor Amizade Apreço Aproximação
- A conduta F: É resultante das atitudes D: Depressão Desânimo Desespero Desunião Dependência Descaso As condutas F são contrárias ao sucesso, aliás, F de fracasso. Já as condutas S são o próprio sucesso, aliás
S de sucesso. Você escolhe qual é o tipo de conduta que prefere ter: S ou F. E escolhe também se quer ter: SUCESSO ou FRACASSO. Lembre-se de que esta escolha é de livre arbítrio. “Muitos querem o sucesso, mas poucos se preparam para obtê-lo.” E é exatamente nesta hora que surgem às condutas S ou F. Independente se a vida lhe traz dificuldades ou facilidades, jamais desista de “correr” atrás de seu sucesso e saiba que para obtêlo não precisa retirá-lo de ninguém, basta apenas você ter sucesso. “Se a vida estiver muito amarga dê uma rebolada, às vezes o açúcar está no fundo.” Pense nisso! Iara Stefanini - Especialista em Educação, Técnica em Segurança no Trabalho e Instrutora de Desenvolvimento Profissional.
JORNAL SEGURITO
SEM PAI NEM MÃE
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az tempo que escuto empresas reclamando do paternalismo da Justiça trabalhista, mas depois que começaram a aparecer meus primeiros fios de cabelos brancos, comecei a perceber que em geral é uma adoção forçada. Na relação empregado/empregador deve estar claro a fragilidade do empregado e como consequência tem ao seu lado da balança o direito da dúvida. Já o empregador tem a obrigação de comprovar a sua condição.
Porém é exatamente neste ponto que muita empresa acaba falhando. Vamos pensar um pouco sobre o assunto. Você acredita que se uma empresa estiver solidamente documentada há alguma possibilidade de a Justiça pender a favor do trabalhador? Não consigo pensar em outra resposta, além de um sonoro “não”. Infelizmente na área de saúde e segurança do trabalho registros incompletos ou inexistentes são frequentes. Vejamos alguns exemplos: falta da cautela de EPIs, avaliações ambientais incompletas, laudos inexistentes, treinamentos sem registros, falhas nas inspeções e muito mais. Ou seja, uma verdadeira “lambança” documental que covardemente tenta responsabilizar a Justiça chamando-a de paternalista, quando na verdade a empresa é que está sendo uma mãe para aqueles trabalhadores que acionam judicialmente o empregador. Para cortar todos estes “vínculos familiares” o profissional de segurança do trabalho precisa estar consciente da importância de uma atenta gestão documental. Desta forma o trabalhador que agir de má fé não conseguirá um pai nem com exame de DNA no Programa do Ratinho.
Pai Henrique do PC SOFRE COM LENTIDÃO E TRAVAMENTO? PARE AGORA DE SOFRER! Trago o Windows de volta em três dias. EXORCISO PC FORMATADO POR SOBRINHO Retiro vírus, malware e mau olhado do seu computador ou notebook. FECHO SUA REDE CONTRA OLHO GORDO E TRAGO SINAL WIFI ATÉ DO ALÉM Mais de 6000 Windows ressuscitados
SERVIÇO DUVIDOSO
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m certo dia, o profissional da área de Segurança do Trabalho se deparou com a seguinte situação: havia chegado uma nova máquina na empresa que prometia aumentar significativamente a produtividade. Era uma máquina de grande porte e que assustava pela grande quantidade de partes móveis e, o pior, todas desprotegidas.
Preocupado com o risco que a máquina pudesse gerar para os colaboradores da empresa, o profissional de Segurança do Trabalho realizou o levantamento de perigos da máquina e percebeu que seria necessário instalar várias proteções. Nesse momento, eis que surge o colaborador da área de serviços. Cheio de boa vontade e de determinação, o colaborador ficou incumbido de confeccionar as proteções para a máquina. Muito ágil e eficiente, o colaborador instalou rapidamente as proteções da máquina. Chegara o grande dia
da inauguração da máquina. Houve solenidade que contou com a presença do presidente da empresa. Este, para demonstrar que a máquina, além de muito produtiva era também segura, aproximou-se e olhou para o interior dela. Nesse momento teve sua gravata enroscada numa das partes rotativas. Houve grande alvoroço para retirar a gravata do presidente que enroscava cada vez mais. Por sorte a gravata rasgou antes de ocorrer uma fatalidade. Apesar de ser um caso fictício, situações como essa não são raras. Instalar uma proteção física em uma máquina requer uma avaliação minuciosa dos riscos e projeto conforme as normas técnicas. A própria NR-12 em seu Anexo I já indica a distância, altura e espaçamento das grades de proteção a fim de que sejam evitados acidentes graves. Na prática, a instalação de uma proteção física na máquina passa uma sensação de confiança para o trabalhador, mas se as proteções físicas forem instaladas de forma indiscriminada isso pode expor ainda mais o trabalhador que está confiante na proteção e não tem ciência de que a proteção física é na verdade uma falsa segurança. Dayglis Silva – Téc. de Seg. do Trabalho e Consultor em Proteção de Máquinas – dayglis@ibest.com.br
E AS FERRAMENTAS?
Todos nós sabemos que a eletricidade não tem cheiro e nem cor e que um simples descuido se não leva à fatalidade deixa grandes sequelas. Os EPIs são de extrema importância, mas não basta apenas lembrar dos óculos, luvas de vaqueta, cinto de segurança, etc.
Então o que fazer pra se proteger dos riscos existentes neste setor? Primeiro passo, muito importante a ser seguido é capacitar os trabalhadores para assim autorizá-los a realizar a atividade de forma segura. Em seguida realizar um check-list diário nas
ferramentas de trabalho, dentre os mais importantes é a verificação do bom estado e validade dos bastões isolantes, após o uso guardá-los em bolsas próprias para o seu acondicionamento, evitando assim que essa ferramenta se danifique. Verificar o funcionamento do detector de tensão acionando o seu botão de teste, antes e após o seu uso. Luvas para alta tensão também devem ter uma atenção especial, nelas contem informações de quantos Volts ou KV ela isola do condutor energizado. Enfim, tem outros fatores importantes na atividade, como aterramento, tagueamento, bloqueio e teste. Mas lembrando de que o tópico abordado aqui é a verificação das ferramentas. Aplicando de forma séria todos esses fatores, a segurança do trabalhador fica garantida. E se complementarmos com DDS, com toda certeza, o trabalhador ficará ligado na prevenção. Thiago da Silva Viana - Técnico de Segurança do Trabalho – Jose Cordeiro de Rezende ME
EFD SOCIAL
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alvez você não esteja sabendo, mas no dia 17 de julho deste ano foi aprovado o Ato Declaratório Executivo no5 divulgando o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas que passará a ser exigido em janeiro de 2014. E daí professor? O objetivo é evitar o envio da mesma informação para vários órgãos, concentrando tudo em um único sistema permitindo o cruzamento dos dados. Ok professor, volto a perguntar, e daí?
Ôh caboquinho agoniado! E daí é que parte destas informações são relacionadas a saúde e segurança do trabalho, como por exemplo: Comunicado de Acidente do Trabalho, Atestado de Saúde Ocupacional, Afastamentos Temporários, Retorno de Afastamentos Temporários, Início e Término de Estabilidade, etc. E tudo tem prazo definido para a emissão eletrônica. Além disso, sugiro perguntar se o responsável pelo Recursos Humanos está ciente, pois boa parte das informações serão desta área
JORNAL SEGURITO
GÁS TÓXICO NO INCÊNDIO E EFEITO
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toxicidade da fumaça depende das substâncias gasosas que a compõe. Uma das mais comuns é: Monóxido de carbono - CO : é encontrado em todos os incêndios e é resultado da combustão incompleta dos materiais combustíveis a base de carbono, como a madeira, tecidos, plásticos, líquidos inflamáveis, gases combustíveis, etc. O efeito tóxico deste gás é a asfixia, pois ele substitui o oxigênio no processo de oxigenação do cérebro efetuado pela hemoglobina. A hemoglobina é o componente do sangue responsável pela oxigenação das células do corpo humano. Ela fixa o oxigênio no pulmão formando o composto denominado oxihemoglobina. Quando o oxigênio é substituído pelo monóxido de carbono, o composto formado é o carboxihemoglobina que provoca a asfixia do cérebro pela falta de oxigênio. Esse é um processo reversível, porém lento, portanto, quando as pessoas forem afetadas por este gás é fundamental que elas recebam muito oxigênio e fiquem em repouso. A anóxia produzida pelo monóxido de carbono não cessa pela respiração do ar fresco, como no caso dos asfixiantes simples. Após moderado grau de exposição, somente em torno de 50% do monóxido de carbono inalado é eliminado na primeira hora em circunstâncias ordinárias e sua eliminação completa leva algumas horas quando se respira ar fresco. A concentração máxima de monóxido de carbono que uma pessoa pode se expor sem sentir seu efeito é de 50 ppm (parte por milhão) ou 0,005%, em volume no ar. Acima deste nível, aparecem sintomas como dor de cabeça, fadiga e tonturas.
Fonte: A Segurança contra incêndio no Brasil / Coordenação de Alexandre Itiu Seito, et al. São Paulo: Projeto Editora, 2008.
PIADINHAS PIADINHAS Regra básica da matemática: se está fácil é porque você está fazendo errado. O que acontece quando se esfrega uma lâmpada mágica debaixo d’água? R: Surge um hidrogênio O clima de manifestação está tão forte que hoje no ônibus quando espirrei e a mulher do lado disse “Saúde”, o motorista gritou “Educação” e depois todos cantamos o Hino Nacional. Se um dia eu precisar ir para um asilo, gostaria que o nome fosse: Véi, na boa!
ADORAMOS O RISCO
Você já parou para pensar porque é tão difícil fazer com que o trabalhador siga os procedimentos de segurança e não se arrisque? Pois bem, se você olhar em volta vai perceber que vivemos em uma sociedade que tem uma verdadeira idolatria ao risco.
Como assim, professor? Você torce para o piloto que faz as manobras mais arriscadas ou para o mais prudente? Qual o melhor policial do “filme hollywoodiano”, o que aguarda o reforço ou o que entra sozinho mandando bala? E o artista circense, será que ele manteria nossa atenção se não estivesse no limite de sua habilidade e totalmente exposto ao risco? Até expressão popular nos induz neste sentido. Quem não conhece a frase: “Quem não arrisca não petisca!”.
na cabeça dele seu entendimento é o seguinte: - Faço isso há anos e, além disso, sou “safo” no que faço. Para completar nossa angústia, toda exposição ao risco traz algum tipo de recompensa. Como por exemplo, o status de corajoso em relação aos demais colegas ou o simples fato de concluir determinada atividade mais rápido. E o que, em geral, oferecemos a este trabalhador? - Fulano, você é obrigado a fazer assim!! - Beltrano se você não fizer deste jeito você pode não chegar em casa hoje!! O problema é que o trabalhador não é bobo e sabe que na maioria das empresas a obrigação só irá ocorrer se você estiver por perto e, além disso, você fala isso faz dias e todo dia ele continua chegando inteiro em casa.
Professor assim não dá, estou para rasgar o diploma e mudar de emprego!
Além desta indução ao que é arriscado, ainda temos outro problema. A maioria dos trabalhadores não tem a total percepção dos riscos da sua atividade. Até entende que algo pode vir a acontecer, mas não com ele, pois
Não desista tão fácil. O primeiro passo para derrotar o inimigo é conhecê-lo e a nossa vida é conhecer os riscos. Então vamos contra atacar identificando os riscos e divulgando suas consequências. Conversando com o trabalhador para tentar identificar quais são os benefícios que o está obtendo com aquele modo de agir e estimular benefícios seguros. Ou seja, nossa principal arma deve ser a informação, pois quanto mais o trabalhador sabe e respeita os riscos de sua atividade, mais fácil será convencê-lo a seguir determinado procedimento de segurança.
PROJETO CURUPIRA
Em
uma palestra do professor Dalmir Pacheco do IFAM ele fez um comentário bem pertinente e que eu ingenuamente ainda não tinha percebido. A Lei 8213/91 estabelece cotas para a contratação de portadores de deficiência física. Veja abaixo o artigo sobre o assunto:
Art. 93. A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I - até 200 empregados.......................2%; II - de 201 a 500................................3%; III - de 501 a 1.000............................4%; IV - de 1.001 em diante. ................... 5% Porém, o alertar do professor foi em relação à multa, pois esta varia em função do número de deficientes não contratados e uma pessoa deficiente não contratada resulta no valor de R$1.101,75, por mês. A princípio a ideia da Lei seria a inclusão dos deficientes no mercado de trabalho, mas o que vem ocorrendo em algumas empresas? O empregador contrata o trabalhador por um salário mínimo e o mantém em casa, ou seja, desta forma a contratação fica menos dispendiosa do que a multa.
Não entendi, professor. Não seria mais negócio este trabalhador produzir para a empresa? Com certeza, mas a empresa pensa da seguinte forma: - caso eu contrate uma pessoa deficiente, vou ter de adequar postos de trabalho, capacitar trabalhadores para
que seja possível a comunicação (exemplo: curso de libras) e acelerar as obras de acessibilidade (banheiros, rampas, lavatórios, etc). Ou seja, a empresa pensa no bolso e acaba estimulando uma sociedade de exclusão. Como profissional de saúde e segurança precisamos despertar para este problema e pensar em dar passos para uma solução. Aproveito para informar que o Prof. Dalmir Pacheco já está dando sua contribuição no próprio IFAM por meio do Projeto Curupira realizando diversos cursos sobre o assunto, escrevendo livros, cartilhas, realizando palestras, etc.
Para saber mais sobre este projeto entre em um dos diversos meios de acesso. Blog: http://blogdocurupira.wordpress.com/oprojeto-curupira/ Canal do youtube: http://www.youtube.com/curupiraifam Twitter: https://twitter.com/curupira_ifam