Segurito 90

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Periódico Para Rir e Aprender

Manaus, Março 2014 – Edição 90 – Ano 8

QUAIS OS MOTIVOS?

Mensagem ao Leitor

P

Prezados Prevencionistas, Nesta edição a energia está em alta voltagem e com toda a corrente. Não tenha cuidado, pois é só chegar perto que você irá receber um arco voltaico de informações. Então comece a procurar qual o melhor circuito, ligue os disjuntores, aterre o quadro e comece a alimentação de conhecimentos sobre eletricidade. Prof. Mário Sobral Jr.

NÃO GRUDA NÃO!

Você já ouviu falar que quando se pega um choque a pessoa fica grudada? Na verdade isto não existe. Nós movimentamos nossos músculos por meio dos impulsos elétricos enviados pelo cérebro, mas quando recebemos um choque elétrico estamos recebendo um impulso externo que ocasiona uma contração muscular (isso é chamado de tetanização), porém, se recebermos continuamente este impulso elétrico o músculo não relaxa e você simplesmente não consegue soltar o objeto.

or que temos tantos incêndios decorrentes de falhas no sistema elétrico? Para entender os motivos, precisamos saber como funciona a entrada e a distribuição de energia na maioria das empresas, lógico que de forma bem simplificada. Pois bem, a eletricidade vem em alta tensão da concessionária que produz energia na sua cidade e quando chega na sua empresa passa por um transformador que baixa a tensão para que possa ser utilizada nas diversas máquinas. Mas antes de chegar às máquinas, esta energia é dividida em circuitos, ou seja, uma determinada parte só vai alimentar as luminárias de determinado setor, outra parte só vai alimentar as tomadas, outra vai alimentar uma máquina específica e assim por diante. Para facilitar a manutenção, cada circuito é direcionado para um quadro de energia que recebe a energia principal e a divide passando por um disjuntor. Este disjuntor será utilizado quando for realizada a manutenção dos equipamentos de determinado circuito. O problema é que a empresa cresce e ao invés de inserir novos circuitos ao sistema, acaba ligando novas máquinas em circuitos existentes. Como consequência acabamos tendo uma sobrecarga deste circuito e se o disjuntor estiver funcionando dispara para evitar o aquecimento e possível incêndio.

Boa Leitura! Livro com linguagem acessível que consegue dar uma visão geral sobre o tema. Muito bom para quem precisa preparar um treinamento sobre a NR 10.

NR 10 Segurança em Eletricidade – Uma Visão Prática – Editora Érica – Joubert Rodrigues dos Santos Júnior

PIADINHA A mulher entra no restaurante e encontra o marido com outra: - Pode me explicar o que significa isto? Ele coça a cabeça desanimado e responde: - Só pode ser azar!!! O médico olha atentamente os exames do paciente. Depois com um ar de preocupado, pergunta: - Antes de eu lhe falar sobre os exames, você acredita em Deus?

Além da tetanização o choque elétrico tem outras consequências: A passagem da corrente elétrica pode interferir em outros órgãos como o pulmão e causar uma parada respiratória. Além disso, principalmente no ponto de entrada e de saída da corrente pelo nosso corpo podem ser originadas sérias queimaduras.

PIADINHA O dentista examina o paciente e diz: - Este seu dente está morto! - Então, é melhor arrancar, doutor? - Eu posso tentar colocar uma coroa nele! - Não, prefiro enterrá-lo sem cerimônias!

Contatos:

E qual o problema professor? O problema é que além de inserir novos equipamentos em circuitos existentes alguns “profissionais” acabam trocando os disjuntores (já que eles estavam disparando muito) por outros que aceitem mais corrente passando por eles, como consequência o sistema começa a trabalhar aquecido e dependendo das condições pode ocorrer um princípio de incêndio. Para fazer esta troca do disjuntor seria necessário também realizar a troca da fiação, ou seja, se eu vou passar mais energia preciso de uma fiação com maior bitola. Além disso, esta fiação muitas vezes está exposta às intempéries sem nenhum tipo de proteção como, por exemplo, um eletroduto.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

www.jornalsegurito.com

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A Caravana Proteção será realizada no IFAM – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas – Sete de Setembro, 1975 – Centro. Os cursos serão realizados pelos excelentes profissionais Armando Campos – Engenheiro de Segurança do Trabalho e Cosmo Palasio de Moraes Jr – Técnico de Segurança do Trabalho e fundador do grupo SESMT. Para mais informações e inscrições, acesse:

http://www.protecaoeventos.com.br/ jornalsegurito@bol.com.br


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PROJETOS ELÉTRICOS

I

nfelizmente a figura do projeto elétrico é muitas vezes ignorada em empresas, estabelecimentos comerciais e órgãos públicos, além de residências, sendo as instalações elétricas executadas sem nenhum critério; no caso de unidades residenciais e comerciais de pequeno porte, são em alguns casos, executadas por profissional não capacitado. Às vezes, o próprio Departamento de manutenção Industrial aproveita a instalação já existente e simplesmente acrescenta carga sem estudo prévio. Com relação aos órgãos públicos, principalmente no âmbito municipal, praticamente não existe legislação pertinente à obrigatoriedade do projeto elétrico. Para aprovar um empreendimento, são solicitados projeto arquitetônicos e civil, mas em nenhum momento se solicita ou analisa o projeto elétrico. Normalmente, as concessionárias de energia fazem a fiscalização pela análise dos projetos elétricos, porém sua abrangência é até a entrada de energia, ficando toda a rede interna de baixa tensão sem nenhum tipo de fiscalização. Existe ainda o esforço do Corpo de Bombeiros, por meio de Instruções Técnicas, como a IT 41 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, que trata das condições das instalações elétricas, porém a vistoria e a fiscalização ainda são deficientes em função do número reduzido de profissionais capacitados a realizá-las. Tudo isso contribui para o alto índice de princípios de incêndio e acidentes relacionados com eletricidade.

Fonte: NR 10 Segurança em Eletricidade – Uma Visão Prática – Editora Érica – Joubert Rodrigues dos Santos Júnior

PIADINHAS Tem escola que é como o mar: os professores navegam, os alunos boiam e as notas afundam. A paciente hipocondríaca e chata vai ao médico se queixar: - Ai, doutor... Sempre que ando do supermercado até minha casa, eu fico exausta. Não sei mas o que fazer! O que o senhor me aconselha a tomar, doutor? O médico já sem paciência escreve na receita: “tome um táxi”. Estou começando a malhar aos poucos. Ontem passei por trás da academia, hoje pela frente, amanhã talvez eu entre para perguntar o preço.

E O TAL DO DR

O

s Disjuntores Diferencial Residual (DDR), ou ainda, Dispositivos de Corrente Diferencial Residual são dispositivos que podem ser uma grande ajuda para o setor de segurança do trabalho, podendo evitar até um incêndio na sua empresa.

E como ele faz isso, professor? O princípio é bem simples, ele monitora se está ocorrendo fuga de corrente verificando se a quantidade de corrente

que entra em determinado circuito é a mesma que sai (na verdade é estabelecido um valor aceitável de variação que depende do projeto do DR), caso esta variação seja superior ao especificado como aceitável o dispositivo desarma, desligando o circuito com a fuga de corrente, evitando aquecimento do sistema e consequente incêndio e podendo diminuir as consequências de um choque elétrico. Mas infelizmente, não é todo mundo gosta dele não. Mas por que professor? Ele parece ser gente boa e capaz de ajudar a segurança. O problema é que se estiver havendo uma pequena fuga de corrente o DR irá desligar o circuito obrigando ao eletricista detectar a fuga e isto vai dar trabalho, então alguns eletricistas acabam burlando o equipamento que fica apenas de enfeite.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

TENSÃO E CORRENTE

C

omo estamos falando de segurança com eletricidade precisamos conhecer alguns conceitos básicos para conseguir entender os fenômenos ou até mesmo para não escrever bobagem em um relatório. Por exemplo, acho que você já ouviu esta frase: “O que mata não é a tensão, mas sim a corrente”. Em um relatório como você escreveria?: “fulano morreu devido trabalhar com um equipamento de tantos volts de tensão” ou “fulano morreu ao receber uma corrente de tantos ampéres” ou quem sabe, para facilitar poderíamos escrever apenas “fulano morreu e basta”. Na verdade, tudo isso é para dizer que é importante entendermos a diferença de tensão para corrente. Vejamos um exemplo: Imagine uma tubulação com uma torneira na ponta. Você tem condições de regular a saída de água, mas a tubulação tem apenas uma determinada capacidade e apesar desta capacidade, ou seja, do diâmetro do tubo, podemos fechar a torneira e parar tudo. Ou seja, a tensão depende da quantidade de água que é possível passar pelo tubo, em função da sua bitola e da “força” que

Q uando

estou aplicando para ”empurrar” a água. Já a corrente é a consequência desta tensão, ou seja, no nosso exemplo anterior é similar ao fluxo de água pela tubulação, ou seja, o fluxo de água são os elétrons passando na fiação.

Agora, vamos voltar para a nossa frase “O que mata não é a tensão, mas sim a corrente”. Acho que deu para entender que a tensão não irá matar, pois ela só vai “empurrar” os elétrons e estes ao se movimentar geram a corrente que passará pelo corpo do trabalhador e dependendo da intensidade pode vir a matá-lo.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

INSPEÇÕES

há um mau contato em uma conexão elétrica, acaba havendo maior resistência da passagem dos elétrons e consequentemente aumento da temperatura que como já falamos em outro artigo pode vir a provocar um incêndio. No entanto, podemos realizar uma termografia, uma espécie de termômetro que por meio de infravermelho consegue informar a temperatura de acordo com parâmetros técnicos é possível verificar se

a conexão está sobreaquecida. Uma vantagem deste sistema é que a leitura é realizada a distância, mantendo a segurança do operador. No entanto, é interessante que a análise seja realizada durante o expediente normal para que os resultados demonstrem a realidade do sistema.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho e Editor do Jornal Segurito.


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ATERRAMENTO S

e você leu o texto sobre a diferença entre tensão e corrente acho que vai ficar mais fácil de entender sobre o isolamento e o aterramento. Lembrando que a tensão é quem empurra os elétrons e a corrente é consequência destes elétrons percorrendo determinado condutor. Mas imagine que determinada máquina está com fuga de corrente, ou seja, se você tocar nela pode receber os elétrons e levar um baita choque, para evitar este problema as máquinas são aterradas. O aterramento é a ligação desta máquina à terra com o intuito de desviar esta energia do trabalhador. Ou seja, se o equipamento estiver com alguma fuga, mas estiver aterrado, quando você encostar-se a ele os elétrons darão preferência de transitar pelo sistema de aterramento o qual facilita sua passagem.

ENTENDENDO O CHOQUE U

m questionamento comum dos profissionais de SST é referente ao risco produzido por um choque elétrico. Qual a tensão que pode resultar em morte? Partindo da premissa de que os efeitos danosos ao organismo humano são provocados pela corrente e que esta, pela Lei de Ohm (I = V/R, onde I = corrente, V = tensão, e R= resistência), é tanto maior quanto maior for a tensão, podemos concluir que os efeitos do choque são mais graves à medida que a tensão aumenta. Pela mesma Lei de Ohm, quanto menor a resistência do circuito, maior a corrente. Portanto concluímos que não existem valores de tensões que não sejam perigosos. Para condições normais de influências externas, considera-se perigosa uma tensão superior a 50 Volts, em corrente alternada e 120 Volts em corrente continua, fato este ratificado pelo item 10.6.1 da NR-10: ”As intervenções em

instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores habilitados, capacitados ou qualificados”.

Em muitas empresas este aterramento não existe ou nunca teve uma manutenção, como consequência pode vir a falhar e causar um sério acidente. Além disso, em algumas situações pode ser necessário ligar um equipamento apenas por um determinado período o que não impede a possibilidade de fuga de corrente, para estes casos é necessário a instalação de um aterramento temporário que irá proteger os trabalhadores durante o manuseio do equipamento.

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho e Editor do Jornal Segurito.

PIADINHAS No médico: - Doutor, minha mulher conversa com o abajur. - Como você sabe? - Ele me contou. Próximo do dia do aniversário a esposa dá uma dica para o marido: - Querido eu quero um presente bem legal. Algo que vá de zero a cem em menos de cinco segundos. No dia do aniversário a mulher encontra um pacote no quarto com uma balança dentro.

O corpo humano possui em média uma resistência na faixa de 1300 a 3000 Ohms. Assim uma tensão de contato no valor de 220V (quadro geral de distribuição e painéis de distribuição), se considerarmos a resistência do corpo humano com o valor máximo (3000 Ohms), resultará numa corrente de I = 220 /3000 = 73,30 mA; se considerarmos o valor médio da resistência do corpo humano (1300 ohms) resultará em uma corrente de: I = 220 /1300 = 169,20 mA. As perturbações produzidas pelo choque elétrico dependem da intensidade da

corrente que atravessa o corpo humano, e não da tensão do circuito responsável por essa corrente. Para as frequências industriais (50 - 60 Hz), desde que a intensidade não exceda o valor de 09 mA, o choque não produz alterações de consequências graves. Quando a corrente ultrapassa 09 mA, as contrações musculares tornam-se mais violentas e podem chegar ao ponto de impedir que a vítima se liberte do contato com o circuito. Se a zona torácica for atingida poderá ocorrer asfixia e morte aparente, caso em que a vítima morre se não for socorrida a tempo. Correntes maiores que 20 mA são muito perigosas, mesmo quando atuam durante curto espaço de tempo.

As correntes da ordem de 100 mA, quando atingem a zona do coração, produzem fibrilação ventricular em apenas 2 ou 3 segundos, e a morte é praticamente certa. Correntes de alguns Ampéres, além de asfixia pela paralisação do sistema nervoso, produzem queimaduras extremamente graves, com necrose dos tecidos; nesta faixa de corrente não é possível o salvamento, e a morte é instantânea. Pelos motivos explanados acima, concluise que todo cuidado é pouco quando se trabalha com eletricidade.

Autor: Guilherme José Abtibol Caliri Engenheiro de Segurança do Trabalho.

CORRENTE DE FUGA A

o avaliar os riscos de uma máquina muitos profissionais cometem um erro muito comum de priorizarem apenas os perigos mecânicos, porque quando se trata de máquinas e equipamentos as primeiras impressões são os riscos de emprensamento, cortes, fraturas, amputações que são gerados por partes móveis e partes cortantes, que são mais fáceis de visualizar. Porém existem riscos nas máquinas que não são perceptíveis em uma inspeção visual, mas são tão graves quanto os perigos mecânicos como, por exemplo, os perigos elétricos. Quem não se lembra daquela geladeira antiga da vovó que sempre que a porta era aberta gerava um pequeno choque elétrico? Esse fenômeno é vulgarmente conhecido como “fuga de corrente”. Isso acontece devido à incidência de emendas de fios mal feitas, fios desencapados e isolação desgastada em contato com as carcaças metálicas das máquinas. Esse é um perigo invisível que muitas das vezes só é detectado quando alguém sofre um

choque elétrico. Entretanto nem tudo está perdido. É possível detectar essas fugas de tensão através de medidores de isolamento elétrico. Como medida preventiva insira este teste de isolamento no check-list da máquina e solicite apoio da manutenção elétrica para realizar esses testes com segurança.

Vale ressaltar que a prevenção da fuga de corrente está prevista inclusive na NR-12 e na nova NBR ISO 12100, que pede que seja considerado o perigo de choque elétrico por energização acidental de partes da máquina.

Autor: Dayglis Silva – Téc. de Seg. do Trabalho e Consultor em Proteção de Máquinas.


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PROCEDIMENTOS E MAIS PROCEDIMENTOS

VÍDEO ELETRICIDADE

No

youtube você encontra uma excelente série de vídeos francesa, traduzida para o português com tudo sobre os conceitos básicos da eletricidade. Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=Kst1O KvXAIY

O trabalhador foi eletrocutado, e agora?

A primeira preocupação, em geral, é descobrir o culpado. E em boa parte, a “culpa” está clara foi irresponsabilidade do trabalhador, pois ele devia ter desligado a máquina, aberto a portinhola, puxado a alavanca, dado três saltos com o pé esquerdo e assoviar o hino do Brasil. Na verdade, eu só tenho uma pergunta: “Ele sempre seguia o procedimento?” Ah, professor, mas ele foi treinado e o procedimento diz exatamente o que deve ser feito.

Já que estamos fazendo perguntas, tenho mais uma: “Este funcionário já havia sido advertido em algum momento por não seguir o procedimento?” Mas professor, eu não sou babá, ele tem que saber o que é para fazer!!! Não, meu filho! O procedimento não é apenas um papel assinado, para ele ter realmente validade é preciso que seja exequível depois que o trabalhador seja formalmente treinado e é importantíssimo que ocorram inspeções periódicas para verificar se o trabalhador está seguindo. Só aproveito para lhe lembrar do Art. 157 do Capítulo V da CLT: é obrigação da empresa, cumprir e fazer cumprir as

É MUITA TENSÃO!!!

normas de segurança e medicina do trabalho.

ada equipamento ou ferramenta está associado a uma classe de tensão, ou seja, o isolamento elétrico é válido para determinado limite de tensão. Isto deve ser observado na aquisição das ferramentas e equipamentos e, principalmente, no momento de sua utilização, até porque uma mesma empresa pode possuir diferentes níveis de tensão em suas instalações.

Ou seja, precisamos comprovar este fazer cumprir, seja por meio de orientações, advertências, suspensões ou até mesmo demissões, com o objetivo de demonstrar que a empresa faz cumprir. Ou seja, é muito fácil colocar a culpa nas costas do trabalhador quando acontece um acidente, mas bastava dar uma olhada rápida no processo que estava claro que um dia isto iria acontecer. Pense nisso, antes da próxima análise de acidentes.

C

A pergunta não foi se havia procedimento, mas se ele sempre seguiu o procedimento, ou melhor, se a empresa não sabia que ele não seguia o procedimento? O gestor, o técnico de segurança do trabalho ou o colega de trabalho, ninguém sabia que ele não seguia o procedimento?

Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho

EVITE O USO DE “BENJAMINS” Essa preocupação é particularmente importante na utilização de equipamentos de medição e de testes, tais como voltímetros e amperímetros. Estes equipamentos possuem categorias de utilização que dependem da tensão dos circuitos bem como da potência de curto-circuito de cada ponto da instalação. A escolha errada pode não só danificar o equipamento, mas provocar acidentes tão graves quanto as explosões. As ferramentas de uso geral, como chaves de fenda e alicates, também dispõem de classes de isolamento. Qualquer alteração visível nesse isolamento deve ser considerada como não conformidade suficiente para descartar a ferramenta. Nesse caso, estão as trincas ocasionadas por quedas, a deterioração por umidade ou calor excessivo. Em alta tensão, especial atenção deve ser dada aos bastões ou varas de manobra, aos detectores de tensão (por aproximação ou contato) e aos conjuntos de aterramento temporário. Cada um desses equipamentos foi projetado para determinadas condições de operação e não representam em si, pelo simples fato de serem feitos de materiais isolantes – garantia de segurança. Eles devem ser inspecionados antes de cada utilização, bem como submetidos regularmente aos testes recomendados pelos fabricantes e pela normalização aplicável.

Fonter: Normas Regulamentadoras Comentadas – GVC – Giovanni Moraes de Araújo.

C

om o avanço tecnológico e o aumento do uso de equipamentos elétricos, aumentou também, a utilização de multiplicadores de tomadas ou “benjamins”.

Esses dispositivos têm a função de permitir a ligação de vários aparelhos em uma mesma tomada, provocando assim um risco muito grande de ocasionar incêndios em consequência da sobrecarga gerada pela soma de vários aparelhos instalados em uma única tomada. Uma tomada e uso geral, TUE, suporta normalmente em torno de 10 A.

Supondo que foi instalado em um “benjamin” (com a capacidade da tomada 10A) em uma tensão de 127V, uma torradeira elétrica (1.200W), um forno microondas (1.200W) e uma cafeteira elétrica (1.000 W), com um total de 3.400W, que pela lei de Ohm , I=P/V, I = 3400/127= teremos 26,7A, ultrapassando assim a capacidade da tomada, e que geralmente o disjuntor de proteção está dimensionado para várias tomadas, por esse motivo a proteção não irá acionar, ocasionando uma sobrecarga na tomada, aumentando a resistência do conjunto “benjamin” / tomada e através do efeito joule aquecerá os contatos podendo ocasionar um curto-circuito e consequentemente um possível incêndio. Conclusão, sugiro a não utilização desses dispositivos em comércio e nem em indústrias.

Autor: Henelito Nobre Malagueta – Eng. Eletricista e Eng. de Seg. do Trabalho

PIADINHAS Quem nunca deixou o canudinho entrar na caixa de Todynho não sabe o que é sofrer uma perda. Minha gordura é tão bem localizada que tem até comprovante de residência.

Querido fígado, tenho uma péssima notícia para você: - Estamos no mês do carnaval, por favor, seja forte. Seria ótimo se eu conseguisse deitar com o mesmo sono que eu acordo.


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