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Diretores Claudio Schleder Claudio Schleder Filho
Editor e Diretor Claudio Schleder Diretor Executivo Claudio Schleder Filho Fotos Melito Cerezo Redação Tatiana Sasaki Direção de arte RL Markossa Revisão e colaboração Maria Dolfina Diretora administrativa e financeira Tábata Schleder Impressão e acabamento Prol Gráfica POLO YEARBOOK é uma publicação de INBOOK EDITORA Rua Jerônimo da Veiga, 428 cj. 82 CEP 04536-001 Tel. (11)3078-7716 São Paulo Brasil © INBOOK Editora 2011. Todos os direitos reservados. ISSN: 2237-647X POLO YEARBOOK não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e anúncios ou mensagens publicitárias desta edição. As pessoas que não constam do expediente não têm autorização para falar em nome de POLO YEARBOOK. É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação sem autorização. Capa Pedro Zacharias da Seleção Brasileira de Polo nas Eliminatórias do Mundial. Foto de Melito Cerezo 14
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Refúgio ristretto Em todo o mundo, o polo tem um alto espírito
de confidencialidade e fraternidade. Laços fortes de respeito unem homens, cavalos e o meio ambiente, e redes de amigos são formadas em cada novo torneio. É perpetuado um estilo de vida sofisticado, mas casual, refinado e glamouroso, e ao mesmo tempo tradicional e moderno. Descobrir o mundo do polo significa aprender uma verdadeira lição de estilo, onde a vida é cheia de adrenalina e pontuada por galopes, chicotes e tacos, com chukkers de sete minutos de cavalgadas corridas atrás da bola, entremeadas com risos, choro e olhares. O ritmo de vida é acelerado e intenso, amplificado com energia e beleza. Após o jogo, as noites são feitas para comemorar com plenitude em jantares e festas. Depois de conquistar a Inglaterra, e fiel à sua tradição, o polo começou a se espalhar pelo planeta. Os ingleses conduziram esta paixão diretamente às planícies argentinas, nas estâncias isoladas onde cavalos selvagens vagavam na imensidão dos pampas. O primeiro jogo oficial aconteceu em 1875 e imediatamente floresceu como um genuíno estilo de vida argentino, considerado como esporte nacional. O criollo, um cavalo mais baixo e forte e de temperamento nervoso mostrou-se a montaria ideal. Eles foram gradualmente cruzados com puros-sangues, para aumentar a velocidade e aguçar o senso de competição. Hoje estes cavalos têm definido um padrão internacional, assim como os jogadores argentinos como Adolfo Cambiaso, Gonzalo e Facundo Pieres, os Novillo Astrada, os Heguy e os Merlos. No Brasil, o polo iniciou no começo do século passado, também trazido por ingleses que aqui chegaram para a construção de ferrovias. Inicialmente praticado em São Paulo, e no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul jogado por militares da Divisão da Cavalaria do Exército, teve seu desenvolvimento com a fundação do Helvetia Polo Country Club, que oferecendo seus campos, agregados aos campos particulares, chegaram a várias dezenas em poucos anos. No ano de 2007, mais um impulso no Helvetia com a abertura do Village, com oito novos campos e toda infra-estrutura que está sendo montada. Já temos nosso top player Rodrigo Andrade disputando a Tríplice Coroa e jogando Palermo pelo terceiro ano consecutivo, puxando o ranking seguido de João Paulo Ganon, Olavo Novaes, Rico Mansur, LP Martins Bastos entre tantos outros valores. Inquirido sobre como está o ranking mundial do polo neste final de 2011, o polista gaúcho Cabeto Bastos saiu-se com esta: “O respeitado site do argentino Pepe Heguy invariavelmente coloca o polo mundial nesta ordem de importância: Argentina, Brasil, Inglaterra e Estados Unidos.”
Claudio Schleder Editor
Torneios Abertos e de Alto Handicap 26, 22 e 18 gols Copa Vogue Copa Giorgio Moroni 81º Aberto do Estado de São Paulo 55º Campeonato Brasileiro Aberto do Helvetia
Quando o assunto é polo de alto handicap, só as maiores potências encaram a disputa. Alguns se destacaram e outros chegaram perto do pódio; mas a glória, quem garantiu foi o São José que, ao abocanhar os três principais torneios da temporada, se tornou bicampeão da Tríplice Coroa
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Ă‚ngelo Antonio Martins Bastos e Mariano Gonzales do Maragata em disputa com Salvador Ulloa e Rodrigo Pinheiro do ItanhangĂĄ
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Rodrigo Andrade do São José Polo-Audi à toda velocidade
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Fabio Diniz Junqueira do Invernada na briga com JosĂŠ Klabin do Tigres Azul
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Luiz Paulo Martins Bastos do Team Maragata prepara a tacada frente a Caio Siquini e Ubajara Andrade do Sharks no Aberto do Helvetia
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Rodrigo Andrade do SJP-Audi e Joรฃo Paulo Ganon do Villa Real ocupam o mesmo espaรงo no Aberto do Helvetia
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O estilo de Carlos Alberto Mansur Filho do Flamboyant no Campeonato Brasileiro
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No Campeonato Brasileiro, Felipe Prata defendendo a etiqueta negra do SJP-Audi
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Wolff Klabin, cap do Tigres Azul no Campeonato Brasileiro
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Trombada dos companheiros Felipe Garcia e Rodrigo Andrade do SJP na final do Aberto do Helvetia contra Invernada
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DomĂnio em alta velocidade de Pedro Zacharias
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No Aberto do Estado, Nando Pelosini do Itanhangรก toma a bola observado por Gustavo Toledo, Salvador Ulloa, Rodrigo Andrade e Pite Merlos
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Xandinho Junqueira e Henrique Junqueira do Guabi Polo, campeões brasileiros e André Ribeiro do Flamboyant
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Torneios Abertos e de Alto Handicap
POLO A TODA PROVA Em todo início de temporada, quando os jogadores começam a planejar seus times para colocá-los em campo, inevitavelmente surgem questões: será este ano tão competitivo quanto o anterior? Quais equipes se organizarão o suficiente para encarar os confrontos? Quem terá tropa, estrutura e craques bons o bastante para se sair melhor? A Copa Vogue (18 gols) deu a largada no alto handicap fornecendo indícios de que a briga seria das boas. Oito times entraram para a disputa, mas foram os jogadores do interior que, ao atravessarem com mérito a etapa classificatória, conquistaram o direito de estar na final. Sim, na grande decisão do primeiro torneio de alto handicap do ano eram os Junqueira – e apenas eles – os protagonistas. De um lado do palanque, os homens do tradicional Invernada, com José Eduardo “Dudu” Diniz Junqueira encabeçando a esquadra. De outro, a afiada turma de Orlândia, cujo Guabi Polo deu mostras de sua potência na semifinal contra Tigres. Neste jogo emocionante, no qual o tradicional time da família Klabin reagiu de forma espetacular, levando o placar de 7 a 1 no segundo tempo para 8 a 7 no quarto, o Guabi mostrou sangue frio e ataque eficiente nos últimos chukkers, quando voltou a anotar gols e, por 12 a 9, classificou-se para a grande final. Formado por Francisco “Chicão” Junqueira Netto, Gustavo Toledo e os irmãos Alexandre e Henrique Junqueira, o Guabi Polo tinha sido vencido pelo Invernada na fase classificatória, oponente na mesma chave. Esta derrota por um gol, no entanto, não os assustou, assim como o fato de os adversários serem todos parentes e amigos não fez o confronto ser menos disputado. Dentro de campo todos queriam ganhar e, neste reencontro valendo o título, cada ponto era um passo importante em direção ao pódio. Conhecidos pelo alto grau de entrosamento, os jogadores do Invernada impuseram pressão. Ao lado de Fabio Diniz Junqueira, Renato Diniz Junqueira e Antônio Cabral (substituindo Mauro Diniz Junqueira), o veterano “Dudu” exibiu suas qualidades de líder ao privilegiar o jogo em conjunto. Mas o Guabi estava com fome de bola, e não se sentiu intimidado nem quando o rival igualou o marcador no chukker final. Super bem montado, o time de Orlândia foi para cima, marcou dois gols e fechou o placar em 12 a 10. Destaque para a atuação de Henrique Junqueira, que, jogando na posição 2, foi nomeado melhor jogador. Ao começar o ano com o pé direito, o competitivo Guabi Polo provou que o domínio, ao menos nos torneios de 18 gols, tem tudo para ser do interior! 42
Copa Giorgio Moroni
A Copa Giorgio Moroni (22 gols) é daquelas competições nas quais os times entram imprimindo garra. Embora aconteça no início da temporada, quando as esquadras estão ainda testando a potência de seus cavalos, não há quem não encare a disputa com a maior seriedade, já que a vitória aqui significa escalar o primeiro dos três degraus valendo a Tríplice Coroa – composta, ainda, pelo Aberto do Estado de São Paulo (26 gols) e Aberto do Helvetia (22 gols). O São José, que não havia se inscrito na competição anterior, a Copa Vogue, entrou com força total no torneio que homenageia o fundador do Helvetia Polo Country Club. Pensava, obviamente, em repetir o feito do ano passado, quando foi coroado campeão da primeira edição da Tríplice Coroa. Para isso, investiu numa formação bem parecida com a da bem-sucedida temporada 2010, isto é, em Rodrigo Andrade e Willian Rodrigues desenhando, com José Eduardo Matarazzo Kalil, a base da equipe. Muito entrosados graças aos anos em que vêem jogando juntos, os três costumam exibir um exemplar jogo em equipe, transformando jogadas orquestradas em belos gols. No caso deste torneio não foi diferente: o trio manteve a sincronia inalterada apesar dos poucos dias de treinamento conjunto, já que Rodrigo chegara apenas uma semana antes dos Estados Unidos, de onde trouxe os títulos de campeão da Copa de Ouro e de vice do US Open. À esta base pra lá de sólida somaram-se a famosa tropa do São José e o argentino Felipe Gallego, que embora estreasse com o grupo não encontrou dificuldade em se adaptar aos companheiros ou aos cavalos. Um a um, São José foi deixando os adversários para trás, inclusive Villa Real de João Paulo Ganon, que na temporada passada foi espécie de pedra no caminho, e Itanhangá Sollys, time que, outra vez, contou com o craque argentino Juan Ignácio “Pite” Merlos, de 9 gols. “Esse foi talvez o jogo mais complicado do torneio”, lembra Rodrigo Andrade, do São José. “O Itanhangá vinha muito bem estruturado e bem montado”, completa ele, sobre a semifinal vencida por apenas 1 gol. Na grande final, foi Itanhangá Sollys II, segunda formação dos Pinheiro, o adversário do São José. Contando com Aluísio Vilella Rosa e os irmãos Olavo e João Novaes, o time de Igor Pinheiro tirou os dois gols de vantagem que o São José havia imposto no primeiro tempo, mostrando que a evolução de sua organização se traduz em
Igor Pinheiro voltou com toda forรงa aos torneios de alto handicap
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Torneios Abertos e de Alto Handicap
competitividade. Mas o São José não estava para brincadeira, e logo retomou a dianteira para fechar o placar em 9 a 6. “Nossa equipe jogou bem, isso foi determinante para sairmos com a vitória. Se a equipe toda não joga bem, é quase impossível ganhar um torneio”, considera o campeão Rodrigo Andrade. Ponto para o São José, que seguiu cheio de confiança ao Aberto do Estado, segunda etapa da Tríplice Coroa.
Aberto do Estado de São Paulo
Em sua 81ª edição, o Aberto do Estado de São Paulo (26 gols) é não só um dos mais tradicionais torneios do calendário como também é o de mais alto handicap jogado no país. Não por acaso apenas uns poucos e bem preparados times se atrevem a disputálo. Afinal, para encarar esse embate de gigantes onde todos jogam contra todos é preciso combinar jogadores de alto nível, com 6, 7 e 8 de handicap, além de tropa de altíssima qualidade, dessas que não deixam na mão. Quem nesta temporada reuniu tais características foram: Itaipava, de Rico Mansur com Pedrinho Zacharias; Maragata, dos irmãos Bastos com o argentino Mariano Gonzáles; São José, de José Eduardo Matarazzo Kalil com o craque brasileiro Rodrigo Andrade; Villa Real, encabeçado por João Paulo Ganon com Luis Carlos “Calão” Figueira de Mello; e Itanhangá, de Rodrigo Pinheiro. Por haver sido campeão deste torneio em 2009 e vice em 2010, quando fora derrotado pelo São José, o Maragata queria outra vez sentir o gostinho de estar na final. “É o torneio mais importante do ano, e todos os times grandes se preparam para ele”, afirma Luiz Paulo Martins Bastos. Seu time, no entanto, não estava do jeito que ele e seus irmãos desejavam: Mariano Gonzáles só chegou em cima da hora, não podendo treinar e se adaptar melhor aos cavalos; e Cachico, o caçula dos irmãos, foi substituído por Angelo Antonio depois de ter tido o dedo indicador da mão direita fraturado em acidente sofrido no torneio anterior, a Copa Giorgio Moroni. Assim, apesar de não estar com o time em ponto de bala como haviam planejado, os homens do Maragata partiram para a disputa de cabeça erguida, com Angelo de back, Mariano de 3, Luiz Paulo de 2 e João Gaspar de 1. E se saíram bem no primeiro duelo, contra São José, vencendo o time favorito por um gol; mas não tiveram a mesma sorte nos jogos seguintes, contra Itaipava e Itanhangá, acabando derrotados por um gol em ambas as ocasiões. O Itaipava de Rico Mansur, por sua vez, teve desempenho similar: se por um lado venceu Maragata, por outro sucumbiu diante de Villa Real e São José. Quem surpreendeu mesmo foi Itanhangá, que nas classificatórias só não bateu São José, com quem viria se encontrar novamente na final. E no campo 1 do Helvetia, valendo o título do torneio de mais alto handicap do país, a esquadra de Rodrigo Pinheiro mostrou suas armas. Além de Fernando Pelosini, que há alguns anos vem vestindo a camisa do time, o Itanhangá contou com reforços de peso: os argentinos Salvador Ulloa, de 7 gols, e Juan Ignacio “Pite” Merlos, de 9. “O Pite é um grande jogador, já teve 10 gols durante vários anos na Argentina, foi campeão de Palermo. É um jogador imprevisível, o que torna mais difícil jogar contra”, conta Rodrigo Andrade, do São José. 44
Aluisio Vilella do Prata e o ‘homem borracha’ Willian Rodrigues do SJP na Copa Ouro
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Torneios Abertos e de Alto Handicap
A equipe de Rodrigo, que novamente entrou com sua formação tradicional, isto é, José Eduardo Matarazzo Kalil, Willian Rodrigues e Gustavo Toledo, soube manter a liderança do início ao fim. O Itanhangá, por sua vez, ficou na cola do rival, não permitindo que o adversário ampliasse o marcador. Mas Rodrigo, em uma tarde pra lá de inspirada, exibiu seus dotes e, no último chukker, faltando menos de dois minutos para o fim do jogo, elevou a vantagem do São José para três gols. Ainda na briga, o Itanhangá anotou mais um, mas não foi suficiente. Por 12 a 10, São José outra vez abocanhou o título do Aberto do Estado, enquanto Rodrigo Andrade foi eleito o melhor jogador. Para o craque, merece destaque o fato de o Itanhangá estar chegando frequentemente às finais. “Acho que eles se estruturaram muito bem para esse ano, compraram vários cavalos, investiram bastante. Fizeram bem as coisas e estão colhendo os frutos”, elogia. A égua Bela do Itanhangá, aliás, foi o melhor animal em jogo. Estará, certamente, presente nos próximos desafios.
Campeonato Brasileiro
Como de costume, o Campeonato Brasileiro de Polo foi o torneio que o maior número de equipes atraiu aos campos do Helvetia. Somados alto, médio e baixo handicap, foram 33 times inscritos, o que dá 132 jogadores e em torno de 200 cavalos. Pelo quarto ano consecutivo patrocinadora do Brasileiro, a Mitsubishi Motors armou uma festa na tarde da grande final, o que reforçou o charme da competição. “O apoio da Mitsubishi tem sido de extrema importância para a realização e desenvolvimento do Brasileiro de Polo. A parceria tem dado muito certo, o que faz com que o evento seja um dos mais tradicionais e esperados do país”, afirma Pedro Bordon, presidente do Helvetia Polo Country Club. Na Villa Mit, espaço que a montadora 4x4 projetou na beira do campo 1, a plateia saboreou um brunch repleto de delícias e aproveitou a visão privilegiada da partida. Dali, polistas, convidados e familiares se dividiam na torcida por Guabi Polo e Tigres, os finalistas do alto handicap. “Chegar à final já foi uma enorme conquista, estar entre os dois melhores em um torneio de 11 times muito competitivos não é nada fácil”, comenta Sylvio Andrade Coutinho, número 2 do Tigres. Formado por Sylvinho, Aluísio Vilella Rosa, José Luiz Toledo e o capitão Bernardo Klabin, o Tigres passou as classificatórias sem derrotas e ainda venceu por 11 a 6 a equipe Confidence Cambio, que tinha o craque Rodrigo Andrade, na semifinal. “Foi uma partida muito especial, na qual nós jogamos realmente muito bem, acima do que havíamos jogado em todos os outros jogos”, explica Sylvinho. Por outro lado, Guabi Polo conquistou o posto de finalista ao derrotar São José-Prata Audi, que tinha Pedrinho Zacharias e Willian Rodrigues na formação com José Eduardo Matarazzo Kalil e Felipe Prata. Decidida no sétimo tempo, a partida foi duríssima. “Acho que neste dia o mais importante foi nossa tática, pois não podíamos abrir muito o jogo, e tentar controlar a posse de bola era fundamental”, lembra Francisco “Chicão” Junqueira Netto, do Guabi. Campeão da Copa Vogue (18 gols) com essa mesma escalação, o Guabi Polo se preparou para a temporada com extrema dedicação. “O projeto do nosso time começou no ano passado, com muita antecedência, portanto pudemos treinar, organizar a tropa e nos 46
dedicar. Outro fator importante foi o apoio do Paulo Toledo, cabeça da equipe que, além disso, conta com uma das melhores tropas do nosso país”, afirma Chicão. Dentro dos gramados, a equipe se encaixou muito bem com os irmãos Alexandre e Henrique Junqueira jogando no meio campo, além de Gustavo Toledo de 1 e Chicão de back. Na final do Brasileiro, depois da entrada dos times ao lado da L200 Triton da Mitsubishi, Tigres abriu o marcador, mantendo-se à frente por uma diferença pequena de gols. Aluísio Villela Rosa, bem montado e exibindo pleno controle da bola, segurava o jogo para que o adversário não ganhasse velocidade. Assim, Tigres liderou até o fim do quinto tempo, quando vencia por 2 gols. No último chukker, Guabi fez a partida alcançar os limites da adrenalina ao reagir surpreendentemente. Ao partir para o tudo ou nada, o time protagonizou uma virada emocionante, que chacoalhou a torcida. Faltando dois minutos para o fim do jogo, e perdendo por um gol, Gustavo Toledo anotou dois gols para Guabi Polo, sendo o da vitória a apenas 40 segundos antes de o sino tocar. Por 8 a 7, os jogadores de Orlândia conquistaram o título de campeões brasileiros do alto handicap. “Sem dúvida a marcação e a velocidade é uma marca registrada deles. São quatro jogadores de muito talento e muito bem montados, foi um ritmo forte durante toda a partida”, elogia o vice-campeão Sylvio Coutinho. Para o campeão brasileiro Chicão, eleito o melhor da partida, o ótimo desempenho dos cavalos de seu time foi decisivo para a conquista. “Agradeço ao Fabinho Junqueira, que disponibilizou a tropa que o Xande jogou. Sem esses animais não teríamos a mínima chance”, festeja. “O apoio do Grupo Guabi também foi importantíssimo, sempre com o acompanhamento dos nossos animais, potencializando suas performances”, destaca. A vitória neste torneio tradicional, somada à conquista da Copa Vogue, fez do Guabi Polo o grande destaque nos torneios de 18 gols da temporada do Helvetia, comprovando a tese de que a combinação de planejamento, organização e muita força de vontade é decisiva para fazer um time competitivo.
Aberto do Helvetia
Último campeonato de alto handicap da temporada, o Aberto do Helvetia (22 gols) foi também a etapa final da Tríplice Coroa de Polo, circuito criado e desenvolvido pelo Helvetia Polo Country Club em parceria com o Grupo RBS. Contando com a participação de cinco das maiores potências do polo nacional, o torneio foi repleto de jogos disputados. Um dos mais bonitos de ver foi o do São José contra Sharks, o time dos “meninos” que, ousando duelar contra os grandes, tem deixado claro a evolução de seu preparo. “Foi uma partida muito disputada, em nenhum momento eles (São José) conseguiram abrir uma larga vantagem”, comenta Cadu Camargo, jogador número 2 do Sharks. “Eles saíram na frente, mas ficamos sempre próximos, até que no fim eles fecharam o placar com uma diferença de dois gols”. Com Cadu Camargo, Caio Siquini, Gonçalo Matarazzo e Ubajara Andrade, o Sharks era o time de mais baixo handicap da competição, apenas 19 gols. Mesmo assim, venceu adversários de muita tradição em torneios de alto nível, como Maragata e Villa Real. Contra Invernada, no entanto, o Sharks não teve o mesmo
JosĂŠ Eduardo Kalil no corpo a corpo com Aluisio Vilella na Copa Ouro
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Torneios Abertos e de Alto Handicap
desempenho, sendo vencido na partida que ficou marcada pelo acidente do Cadu. “Foi uma grande falta de sorte. No quarto tempo, após travar o taco do Henriquinho, minha égua tocou a mão no pé do cavalo dele e tropeçou em uma velocidade muito alta”, lembra o jogador, que foi com o rosto ao chão, ficando desacordado. O susto foi grande, mas por sorte nem Cadu nem sua égua Caju sofreram ferimentos graves. O Invernada, por sua vez, fez uma campanha e tanto! Encabeçada por José Eduardo “Dudu” Diniz Junqueira, a equipe contou com um elenco que, embora não fosse a formação tradicional, tinha uma boa liga em campo. Com Fabinho Diniz Junqueira e os irmãos Alexandre e Henrique Junqueira, o time chegou invicto à grande decisão, derrubando nas classificatórias não só Sharks, mas também Villa Real e o próprio São José, com quem voltaria a se encontrar na grande final. Rivais históricos, São José e Invernada haviam duelado no ano anterior por este mesmo Aberto do Helvetia. Esse jogo, que contou com a transmissão do Canal Rural e com um grande número de espectadores na arquibancada, tinha, portanto, aquele gostinho de revanche. Invernada saiu na frente ao anotar o primeiro gol da partida, que começou extremamente amarrada. Ambas as equipes se estudavam em campo, já que nenhuma queria correr o risco de perder o controle da situação. Assim, pouquíssimos gols saíram até o fim do segundo tempo, quando São José assumiu a dianteira ao levar o placar a 2 a 1. No terceiro chukker, só deu São José. Com Felipe Garcia, jogador natural de Franca, funcionando como o quarto elemento da esquadra altamente entrosada, o trio José Eduardo Matarazzo Kalil, Rodrigo Andrade e Willian Rodrigues deu show de precisão em campo. Montados até os dentes, os três não só ganhavam em velocidade como criavam passes absurdos, antecipando jogadas. Destaque para o gol colocado de autoria de José Eduardo, o sexto do São José. Com o placar em 6 a 1 no início do quarto tempo, o Invernada decidiu reagir com força total. De repente, o time deixou a apatia dos primeiros chukkers e voltou ao jogo, acertando principalmente os gols de falta. Assim, se posicionou a dois gols de diferença do adversário, que liderava por 8 a 6. O oitavo ponto do São José, aliás, foi um golaço. Marcado por Rodrigo, que sem nem olhar taqueou direto, foi o gol mais bonito de toda a rodada. O chukker seguinte manteve-se equilibrado, com o São José dois pontos à frente. No último tempo, no entanto, o forte time de José Eduardo mostrou como faz para manter sua supremacia inabalada: colocou cavalos velozes pra correr enquanto Rodrigo Andrade anotou outro lindo gol, em jogada que começou com um back de Willian no meio do campo. Fim de jogo. Por 11 a 7 São José foi coroado hexacampeão do Aberto do Helvetia e bicampeão da Tríplice Coroa, já que a esta vitória somavam-se também as conquistas da Copa Giorgio Moroni e do Aberto do Estado. Willian Rodrigues, há anos com o São José, teve suas qualidades reconhecidas: foi eleito o melhor jogador da partida assim como o melhor da Tríplice Coroa. A égua Open Fé, de propriedade do São José e cria de Gonzalo Pieres, do Ellerstina, foi o melhor animal da final. Outra vez, São José comprovou sua hegemonia na temporada brasileira de alto handicap. Aos campeões, um brinde com champagne no pódio e uma festa animada na sede do clube, celebrando com estilo o fim de mais uma grande temporada! 48
Rico Mansur do Itaipava escapa para o gol perseguido por Carlos Eduardo Camargo e Caio Siquini do Sharks 49
Torneios de Médio Handicap 14, 10 e 8 gols Copa Cidade de Indaiatuba Copa Vogue Copa Andrea Moroni Copa de Prata Copa Estado de São Paulo Copa Einstein Copa Christofle
Quando os times de médio handicap se encontram para uma final no Helvetia, há uma única certeza: a disputa será levada às alturas. Super competitivos, eles se revezaram no pódio, fazendo de cada novo torneio uma verdadeira prova de fogo
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Roberto Souza Aranha do Casa Verde na briga com Rodrigo Correa no 10 gols da Copa Vogue
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As equipes Pec Vet e Carapuรงa disputam a final da Copa Einstein
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Leandro Rodrigues na bola com GG Garcia observados por Osvaldinho Mendonรงa do Villa D
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Rodrigo Pinheiro do Itanhangรก dispara a frente de GG Garcia do Villa D na Copa Cristofle
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Alexandre Junqueira da equipe Guabi Polo na final da Copa Cidade de Indaiatuba
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Roberto Villa Real Neto tenta travar Carlos Eduardo Camargo do Carapuรงa/Sharks na Copa Einstein
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Felipe D’Avilla do Villa D/Carapuça na Copa Estado de São Paulo
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Na final da Copa Cidade de Indaiatuba, Sylvinho Coutinho do Tigres-Azul, Pedro Zacharias do Prata, Aluisio Vilella e Bernardo Klabin do Tigres-Azul
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Torneios de Médio Handicap
COMPETIÇÃO A MIL Times bem preparados, jogadores motivados, cavalos em ponto de bala. No médio handicap, com seus torneios de 8, 10 e 14 gols, o que não faltam são equipes tradicionais lutando para conquistar a taça. Modalidade preferida de muitos polistas, é geralmente a que maior número de equipes atrai, o que eleva o nível das disputas nos gramados. Por isso, ao mesmo tempo em que sobra diversão, também abundam esquadras bem montadas, que levam a sério o compromisso de ser competitivas e investem como se deve em tropa e organização. E quando as águas de março fecham o verão e a temporada recomeça no Helvetia, é a Copa Cidade de Indaiatuba (14 gols), justo um torneio de médio handicap, que sinaliza aos times que é hora de voltar a campo. Como é de se esperar depois de alguns meses de recesso, eles de fato comparecem, doidos para sentir de novo a adrenalina de uma boa partida. Desta vez, entre as oito equipes inscritas havia até jogadores de handicap elevado, de 8, 7 e 6 gols, como Rico Mansur defendendo o Itaipava, Aluísio Villela Rosa do Tigres e Luis Carlos “Calão” Figueira de Mello, do Villa Real. Mas em meio a essa turma cheia de vontade, quem se destacou mesmo foi o Prata Audi. Apesar da ausência de seu capitão, o polista Felipe Prata, o time fez uma campanha exemplar, mostrando que tem tudo para garantir o status de favorita neste nível de competição. Apontado como uma das revelações do polo brasileiro, o jovem Pedrinho Zacharias, que até o ano passado integrava a equipe Villa Real, passou agora a figurar no elenco do Prata. Com esse reforço, e contando com José Luiz Toledo, André Coutinho e Luiz Antônio Ferraz Neto, o time protagonizou uma sequência de vitórias, contra Villa Real, Confidence Polo e Sharks, nas classificatórias. Na semifinal, o tradicional Casa Verde impôs resistência com o conjunto formado por José Eduardo e Roberto Souza Aranha, Gustavo Garcia e Deuler Junqueira Franco. “Esse jogo foi muito truncado. Os jogadores do Casa Verde fizeram uma ótima marcação”, conta Pedrinho Zacharias, do Prata. Para se ter ideia, o equilíbrio durou até o fim da partida, decidida apenas no sétimo tempo, quando José Luiz Toledo bateu com precisão a falta de 60 jardas que levou o Prata Audi à final. Seu adversário seria o vencedor do jogo entre Tigres e Sharks. E que jogo! Com Gonçalo Matarazzo, Caio Siquini, Cadu Camargo e Afranio Affonso Ferreira, o chamado “time dos meninos” impôs pressão e conseguiu manter-se na dianteira durante a maior parte da partida. Mas o Tigres de Bernardo Klabin é do tipo que não se 70
entrega. No último chukker, o time do polista carioca, que contava com Sylvio Coutinho, Antonio Moroni e Aluísio Villela Rosa no elenco, surpreendeu o rival marcando o gol de empate e, logo em seguida, o da vitória que o colocaria na grande final. No duelo valendo o título do primeiro torneio da temporada, Tigres mostrou suas garras e saiu na frente, liderando o marcador por dois gols de vantagem até o segundo tempo. Foi então que Aluísio, melhor jogador do Tigres, sofreu uma lesão na coxa. Ao mesmo tempo em que o rendimento do seu time caía, o Prata Audi crescia em campo, com Pedrinho e José Luiz liderando o ataque. “Nossa estratégia foi a marcação, deixando os grandes jogadores deles o mais longe possível da bola”, explica Pedrinho. Com isso, além de anotar gols, seu Prata neutralizou o rival, que viu a diferença no placar ser ampliada chukker após chukker. Por 12 a 7, Prata Audi levou a melhor, provando que dará trabalho nos próximos torneios da temporada.
Copa Vogue
Enquanto Guabi Polo derrotava Invernada no alto handicap da Copa Vogue, paralelamente no torneio de médio nada menos que 11 times de 10 gols enfrentavam-se em busca de um lugar ao sol na grande final. Se a classificação é difícil? “É bem difícil sim, pois uma simples derrota pode significar uma desclassificação, mesmo ganhando as outras partidas por boa diferença de gols”, comenta José Eduardo Souza Aranha, do Casa Verde. “Por ser só o segundo torneio do ano, todas as equipes estão com suas tropas preparadíssimas e sem baixas de cavalos. Sem contar a vontade de ganhar de todos, já que é apenas o início da temporada”. Seu time foi dos que mostrou que tinha entrosamento e bom taqueio para seguir adiante. E, apostando na estratégia de fazer a bola rodar de mão em mão, venceu adversários fortíssimos como o Carapuça, que contava com João Novaes e Bruno Pelosini. Embora não tenha deslanchado no marcador, o time de José Eduardo e do irmão Roberto Egydio, com Caio Junqueira Guarnieri e Serginho Figueiredo, dominou o jogo do começo ao fim e garantiu a classificação ao bater o rival por 11 a 9. Já o Flamboyant, outro finalista, buscou reforços na Argentina para encarar as disputas deste torneio. E contando com Martin Inchauspe, de 5 gols, encabeçando o grupo que tinha ainda Píer Paolo Braschi e o craque Flávio “Preto” Castilho, o time de Carlos Mansur chegou à final invicto.
Osvaldinho Mendonรงa do Villa D em busca da taรงa Cristofle
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Torneios de Médio Handicap
No confronto final valendo a decisão, o Flamboyant confirmou que valeu a pena contar com esse reforço. Apesar da ausência de Carlos e de Píer Paolo, substituídos por Rodrigo Correa e Dudu Parisi, o time não perdeu velocidade e abriu logo no começo uma larga diferença sobre o rival. Menos entrosados, os homens do Casa Verde não exibiram a eficiência apresentada nos jogos anteriores. Do começo ao fim, até tentaram marcar o argentino Martin Inchauspe, que dominou todas as ações da partida e soube ditar o ritmo do jogo apoiado por Flávio Castilho. “O Preto é um monstro no polo de 10 gols, e também destaco a atuação do Rodrigo e do Duduzinho, duas jovens promessas do polo brasileiro”, reconhece José Eduardo Souza Aranha, número 2 do Casa Verde. Seu time até descontou alguns gols no final. Mas estes não foram suficientes para reverter o placar, que por 13 a 10 coroou Flamboyant campeão.
Copa Andrea Moroni
No começo de maio, enquanto a bola rolava no alto handicap pela Copa Giorgio Moroni, oito times de 14 gols disputaram a Copa Andrea Moroni, que homenageia a esposa do fundador do Helvetia Polo Country Club. Entre os diversos times competitivos, destaque para a performance do Sharks, que dividiu-se em duas esquadras para esse torneio, ampliando suas chances de classificação. Com jogadores cheios de garra em ambas as formações, tanto o Sharks I como o II chegaram à seminal da competição enfrentando Tigres e Guabi Polo, respectivamente. Em ambas as partidas, o time dos meninos acabou derrotado por 10 a 7. Sempre competitivo em torneios de 14 gols, Tigres começou com os irmãos Wolff e José Klabin liderando o grupo formado por Jorge Junqueira e Rodrigo Costa Pinto. Nas classificatórias, protagonizou uma boa campanha, batendo times como Agudo e Villa D. Só foi derrotado por Guabi Polo, time com quem viria a se reencontrar na grande final. O Guabi, por sua vez, confirmou sua excelente fase. Com algumas modificações, claro, o time já havia vencido no alto handicap a Copa Vogue, e aqui na Copa Andrea Moroni voltou a se apoiar no entrosamento dos irmãos Henrique e Alexandre Junqueira para se dar bem. Contando ainda com o Paulo Toledo e com Fabio Junqueira Meirelles Neto, o time colocou seus fortes cavalos em campo e imprimiu ainda mais pressão sobre os Tigres, exibindo um festival de boas jogadas. Anotando gol após gol, o Guabi não parou de atacar, deixando o adversário sem reação. E por um amplo placar de 14 a 6, desbancou Tigres e garantiu o primeiro lugar do pódio. Destaque para a atuação de Xandinho, que pouco depois seria escalado para assumir a posição de titular na seleção brasileira de polo, disputando as seletivas sul-americanas no Helvetia, em junho.
Copa de Prata
Nada menos que 13 equipes de 10 gols de handicap se inscreveram para a Copa de Prata, torneio que sacudiu os campos do Helvetia no fim do mês de maio. Outra vez havia gente boa jogando, e disputar um torneio logo depois do outro parece não ter sido problema para ninguém. Ao contrário, os times pareciam aquecidos, com cavalos prontos para o que der e vier. 72
Rodrigo Pinheiro Ă vontade no jogo no campo ItanhangĂĄ pela Cristofle
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Torneios de Médio Handicap
Neste torneio a competitividade alcançou os mais altos patamares, principalmente porque não eram poucos os times com reais chances de chegar à final. Dessa vez, Guabi Polo, Tigres-Bela Vista e Prata Audi eram definitivamente os favoritos e, não por acaso, alcançaram as semis com certa facilidade. Adversários no torneio anterior, Tigres e Guabi voltaram a se enfrentar, agora na semifinal da Copa de Prata. Mantendo praticamente a mesma formação, a esquadra dos irmãos Junqueira com Paulo Toledo substituiu apenas Fabio Junqueira Meirelles Neto por Ziza Meirelles, e partiu para o ataque. Mas o Tigres estava com a derrota na Copa Andrea Moroni entalada na garganta, e queria porque queria vencer o oponente do interior de São Paulo. E o fez jogando entre amigos, já que no grupo encabeçado por José Klabin estavam seu primo David Klabin e os irmãos cariocas Humberto e Rodrigo Costa Pinto. “Foi decisivo o fato de conhecermos muito as características um dos outros. Sempre treinamos juntos, o que nos dá conhecimento da capacidade técnica de cada um”, conta José Klabin. Mas além do entrosamento, a tropa do Tigres, que uniu forças com Bela Vista, andou de maneira excepcional em toda a competição. Na semi contra Guabi Polo o desempenho não foi diferente, com os cavalos correndo de um jeito que pareciam querer ganhar. Também acertando com precisão as penalidades cobradas, os cariocas não deram espaço para os rivais, fechando o marcador em 13 a 10. “Esse jogo foi determinante para criarmos uma real crença de que poderíamos vencer o torneio”, afirma José Klabin. Assim, cheios de confiança, os cariocas seguiram para o duelo contra Prata Audi, o time que Felipe Prata preparou para a temporada apostando na contratação de Pedrinho Zacharias. Ligeiro e extremamente habilidoso, o jogador é sempre um desafio para qualquer adversário. Como neutralizá-lo? “Na verdade não sei. Naquele dia as coisas aconteceram para nosso time”, conta José Klabin, back do Tigres e responsável por parar o Pedrinho. “Na verdade meus animais andaram muito bem, e fizemos as trocas de cavalos nos momentos certos”. Exibindo o entrosamento das primeiras partidas, o Tigres saiu na frente e assim se manteve, tomando todo o cuidado para não permitir ao Prata, que tinha ainda Pedro Dantas e Joaquim Gilberto Américo, encostar. O duelo foi dos bons, embora com poucos gols. No sexto chukker, o placar em 5 a 5 levou o jogo para o tempo adicional e os ânimos às alturas. Foi então que Humbertinho Costa Pinto anotou o gol de ouro com um back de 60 jardas, garantindo aos Tigres a vitória. “O jogo foi decidido no detalhe, e o José Klabin jogou muito bem”, reconhece o vice-campeão Felipe Prata.
Copa Estado de São Paulo
Campeão da Copa Estado de São Paulo em 2009 e 2010, o Guabi Polo queria obter seu terceiro título na competição. E, sem dúvida, tinha tudo para se dar bem neste torneio, já que a sequência de bons jogos nas competições anteriores lhe garantia um certo favoritismo. Chegar lá, contudo, não era tarefa fácil. Afinal, este era mais um daqueles torneios cheios de competidores de altíssimo nível. Prata Audi, por exemplo, estava outra vez no páreo, ou melhor, na semifinal. Com José Carlos Matarazzo Kalil como o quarto 74
elemento ao lado de Felipe Prata, Pedrinho Zacharias e José Luiz Toledo, o time travou um duelo inesquecível com Casa Verde na busca pela classificação. “Havíamos perdido para o Prata no sétimo tempo numa outra semifinal. Portanto já sabíamos que seria um jogo muito difícil”, lembra Roberto Egydio Souza Aranha Filho, back do Casa Verde. Seu time, contudo, provou que jogo em conjunto e uma boa dose de garra são capazes de inverter qualquer suposta vantagem. Logo no primeiro chukker, os jogadores do Casa Verde souberam se posicionar em campo: enquanto Roberto e seu irmão José Eduardo Souza Aranha atuavam na defesa e no ataque, respectivamente, os amigos Sylvio Coutinho e Deuler Junqueira Franco cuidavam do meio campo. Embora tenham saído na frente, o duelo não foi fácil, já que durante toda a partida Pedrinho e companhia corriam atrás e conseguiam o empate. Para se ter ideia de quão parelho foi o jogo, o sexto tempo começou empatado. Neste momento em que um erro qualquer pode ser fatal, que qualquer deslize pode significar o fim da linha, o Casa Verde manteve a cabeça fria e anotou o gol da vitória nos segundos finais da partida. Seu adversário na final seria, portanto, o Guabi Polo, que vinha a mil por hora na luta pelo tricampeonato. Afinal, a turma de Orlândia, com Paulo Toledo, Jefferson Junqueira Franco e os irmãos Alexandre e Henrique Junqueira Franco, estava disposta a tudo para levar a taça. E como não poderia deixar de ser, o jogo foi duro. Com um grupo sem furo, com cada jogador cobrindo sua posição, Casa Verde saiu na frente, mantendo-se na liderança durante quase o jogo todo. ”Nossa tropa andou bem, e conseguimos correr junto com a tropa do Guabi, reconhecida como uma das mais fortes do torneio”, conta Roberto Egydio. Resistindo às fortes investidas do oponente, seu time fechou o marcador em 10 a 8, frustrando os planos do Guabi Polo. “Apesar de não termos nenhum alto handicap em nossa equipe, tivemos um entrosamento muito bom. Acho que o fato de não apresentarmos fraqueza em nenhuma posição acabou sendo decisivo”, considera o campeão.
Copa Einstein
Iniciativa do Helvetia Polo Country Club, o I Torneio Beneficente de Polo Einstein chamou a atenção dos polistas para as ações que o Departamento de Voluntariado do Hospital Israelita Albert Einstein realiza na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Jogado em três diferentes modalidades, 14, 6 e 2 gols, o torneio foi um verdadeiro sucesso, e terminou na tarde em que a seleção brasileira de polo se classificou para o Campeonato Mundial da FIP na Argentina. E logo depois de ver o Brasil vencer por 10 a 2 a Colômbia, o público conferiu Carapuça-Sharks e Pec Vet entrarem no campo 1 do Helvetia como finalistas da Copa Einstein de 14 gols. Protagonistas de uma disputa que levantou a torcida, as equipes mostraram aos espectadores quão forte e competitivo é o polo deste nível no Brasil. Pec Vet formou um time de amigos para se divertir e mandou bem. Além de Ubajara Andrade e Francisco Feres, a equipe contava com Jorge Junqueira e Jorgito, pai e filho, no primeiro jogo do polista de 13 anos em torneios deste nível. “O Jorgito me acompanha
José Eduardo Souza Aranha leva a bola e o campeonato na Copa do Estado de São Paulo
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Torneios de Médio Handicap
desde pequeno, é um prazer compartilhar o esporte que amo com ele”, conta Jorge, que confessa que sua grande preocupação, hoje, é que seu filho taqueie com prudência. “A única coisa que me preocupo é que ele jogue com cuidado e não se machuque, o resto deixo acontecer”. E o jogo realmente aconteceu. Pec Vet abriu o marcador, mas logo os homens do Carapuça-Sharks passaram à frente. Ocupando posições que estão acostumados a jogar, Rubens Zogbi Filho, Cadu Camargo, Bruno Pelosini e Gustavo Ribeiro Garcia se sentiam confortáveis em campo. Esse bom posicionamento se refletiu em gols e garantiu que o time liderasse o marcador, mesmo seguido de perto por Pec Vet. No quarto tempo, o elenco do Carapuça ampliou a vantagem para quatro gols, com Bruno e Cadu dominando a bola e comandando o ataque. Na plateia havia quem desse o jogo como ganho, mas no polo tudo é possível. Guerreiros que são, os homens do Pec Vet reagiram com vontade e igualaram o marcador em 10 a 10 no fim do quinto tempo. Assim, o último chukker voltou o jogo para o zero, qualquer time poderia sair dali campeão. Mas a indefinição durou pouco: Cadu anotou para o Carapuça aos três minutos do sexto tempo. O jogo terminaria ali? Não. Sempre na bola, Jorgito mostrou que carrega o DNA de craque e passou uma bela bola para Gegê, que com um back marcou o gol de empate para o Pec Vec. Os ânimos esquentaram ainda mais, o Jorge perdeu o cavalo em determinado momento, e em apenas três minutos o Carapuça-Sharks voltou a dominar o jogo, marcando mais dois gols. Por 13 a 11, fechou o placar e saiu de campo como o campeão da Copa Einstein. Destaque para a égua Mercedes, de Bruno Pelosini, considerada o melhor animal da partida. “Acho que desde o começo estávamos muito focados, atacamos bastante e acertamos a marcação. Isso nos ajudou, ficamos quase o jogo todo com uma vantagem de um ou dois gols”, conta o campeão Cadu Camargo. “O sexto tempo foi super equilibrado, no fim eles fizeram uma jogada de muita sorte e marcaram o gol. Mas foi um jogo ótimo, valeu”, diz o vice-campeão Jorge Junqueira. A tarde era de festa, e o lounge montado na lateral do campo 1 serviu de palco de confraternização. Ali, os jogadores receberam a premiação, e a turma do polo encontrou amigos, festejou as vitórias
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do dia e degustou um brunch repleto de delícias. A festa seguiu noite adentro, com o show da Thalma de Freitas. A Copa Einstein contou com patrocínio do Banco Votorantim, Banco Safra, Hochtief do Brasil, GloriaMundi, Liberty Seguros e Stella Artois.
Copa Christofle
A diversão tomou conta do Helvetia na Copa Christofle (10 gols). Com a iminência do fim da temporada, ninguém quis ficar de fora do torneio, que teve um total de 14 times inscritos. Para dar conta de tantos times, quatro chaves foram formadas e o melhor de cada uma delas se classificou para as semifinais. Itanhangá Sollys de Igor Pinheiro, que nesta temporada focou os torneios de alto handicap, estava na briga por uma vaga na final. Mas foi derrotado por Tigres Azul, sem dúvida uma das esquadras mais competitivas do médio handicap. Capitaneado por Wolff Klabin, o time contou com a experiência de Jorge Junqueira, que na Copa Einstein confirmou estar em grande fase, para chegar a mais uma final. Quem também se classificou foi Prata Audi, de Felipe Prata, ao vencer Pão-Colina por quatro gols de vantagem. Tão preparado quanto Tigres para este nível de torneio, o Prata manteve a base com Felipe, Pedrinho Zacharias e José Carlos Matarazzo Kalil, e agregou Miguel Sábio de Mello Neto, que depois viria a ser substituído por Felipe Garcia. Na grande final, conseguiu jogar por cima até o quinto chukker, quando vencia por 10 a 6. Foi a partir de então que Jorge, encabeçando o ataque do Tigres na companhia de seu filho Jorgito, colocou o resto do time para jogar. Com Sylvio Coutinho e Mario Junqueira, a esquadra da família Klabin realizou com competência uma inacreditável reação quando Prata se desconcentrou. E, assim, não só alcançou o adversário no tempo final como foi além: anotou o gol da vitória e levou a melhor. “Houve um afrouxamento por parte de nossa equipe”, considera o vice-campeão Felipe Prata. “Além disso, o Jorge está em grande fase, desta forma eles viraram o jogo”, completa. Ponto para Tigres que, com a vitória por um gol sobre o forte oponente, se posicionou como uma das mais competentes equipes do médio handicap do país, criando as melhores expectativas para a próxima temporada.
Bernardo Klabin do Tigres-Azul domina a bola em curva na Copa Cidade de Indaiatuba
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Torneios de Baixo Handicap 6 e 2 gols Copa Cidade de Indaiatuba Copa Vogue Copa Andrea Moroni Copa de Bronze Copa Estado de São Paulo Copa Einstein 55º Campeonato Brasileiro Copa Christofle
Praticar o esporte que mais adoram entre amigos é o que leva polistas aos torneios de baixo handicap no Helvetia. Aqui, sobram competitividade e, principalmente, companheirismo
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André Rodrigues do Cana Verde em disputa com Oswaldo Sábio de Mello Fº da equipe Patuá
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Muita ação na final da Copa Einstein de 2 gols de handicap entre Cana Verde e Haras Paulista
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Eduardo Soares Camargo da equipe Lincx/Jal escapa da marcação de Heitor Nogueira do Haras Paulista
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Caio Guarnieri do Royal Salute lado a lado com Luigi Cosenza da HĂpica Polo/ Itaguassu na Copa Estado de SĂŁo Paulo
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Zé ‘Ziza’ Meirelles do Cana Verde travando Alexandre Santini do Patuá na final da Copa Vogue de 2 gols de handicap
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Torneios de Baixo Handicap
QUANDO COMPETIÇÃO É DIVERSÃO A cada temporada mais competitivos, os torneios
de baixo handicap do Helvetia são especialistas em reunir gente motivada, verdadeiros apaixonados que, mesmo não tendo handicap elevado, levam o esporte a sério e não poupam esforços para fazer bonito em campo. Formados em sua maioria por polistas amadores, os times que aqui atuam conjugam o verbo competir com o divertir-se. Afinal, praticar o esporte preferido na companhia de amigos acaba sendo tão bom quanto vencer. Primeiro torneio de 6 gols da temporada, a Copa Cidade de Indaiatuba, disputada em março, foi do jeito que os polistas gostam: com adrenalina para dar e vender. Mais do que preparados para colocar o time em campo depois do recesso, os times queriam mesmo era testar o rendimento de seus elencos e de seus cavalos. “A tropa do nosso time andou muito bem, pois estava sendo preparada para o início da temporada desde fevereiro”, conta Eduardo Almeida, cujo Hípica Polo-De La Croix chegou à final com mérito, mostrando que tem tudo para se destacar na temporada. Com Gustavo “Gegê” Garcia, Luigi Cosenza e Bruno Pelosini, o time de Eduardo foi ganhando entrosamento ao longo das classificatórias, chegando à semifinal contra Bela Vista, dos irmãos Rodrigo e Humberto Costa Pinto, em ponto de bala. “Neste jogo já existia uma formação melhor de posicionamento, o que fez a diferença para vencermos e passarmos para a final”, diz Eduardo, que não só anotou três gols como fez uma boa atuação na marcação. O duelo, no entanto, não foi nada fácil: só acabou no sétimo tempo com gol de ouro de Bruno Pelosini para o Hípica Polo. Na grande final, seu adversário foi o Sucupira, de Fabio Berti, Fausto Solano, Gilberto Rodrigues e Vandré Luiz Vijal. Muito experiente, esse time soube controlar o jogo, o que tornou a partida pra lá de equilibrada. Em cada chukker, ambos os times jogavam e anotavam, o que manteve realmente pequena a diferença de gols. No último chukker, o tempo foi se esgotando, e o Hípica Polo perdeu um gol que se mostraria decisivo. O Sucupira, por sua vez, 90
manteve o controle da situação e fez o gol da vitória, levando o título de campeão da Copa Cidade de Indaiatuba ao fechar o placar em 11 a 10. Ponto para Sucupira, que largou na frente entre os mais mais do baixo handicap.
Copa Vogue
Paralelamente aos torneios de 18 e 10 gols, seis times de 2 gols disputaram o baixo handicap da Copa Vogue. Como nas modalidades mais altas, não faltaram aqui vontade de abocanhar a taça. A fome de bola era tanta que a diferença nos mostradores foi mínima, de 1 e até ½ gol. Um exemplo foi a semifinal que colocou frente a frente Cana Verde e Flamboyant, de Eduardo Monteiro. Disputado do início ao fim, o jogo terminou com a vitória por ½ gol do Cana Verde de Santiago Ayerza, Juan Astudillo, Victor Baez e André Rodrigues. Na outra semifinal, foi o Patuá que levou a melhor ao bater por 5 a 4 o Jal-3 Colinas, de Wilson Mello, João Locoselli, Julio Rodrigues e Eduardo Zacharias. A grande final não foi diferente: repetiu o equilíbrio apresentado nas semis. De um lado, o Patuá exibiu todo seu potencial ao impor pressão com Marcelo Reis, Alexandre Santini, Paulo Bardella e Oswaldo Sábio de Mello; de outro, o Cana Verde, que não só se defendia como armava contra-ataques com rapidez. Diante de tamanha disputa, o campeão seria aquele que mais finalizações acertasse sem descuidar da defesa. Ao fim, a vitória ficou nas mãos de Cana Verde, que fechou o marcador em 7 ½ a 7 comprovando que está no páreo, e mais forte do que nunca.
Copa Andrea Moroni
Com uma formação diferente da apresentada no torneio anterior, o Patuá voltou a figurar numa final durante a Copa Andrea Moroni (6 gols), tradicional competição em tributo à esposa de Giorgio Moroni, fundador do Helvetia. Dessa vez, Alexandre Santini contou com os irmãos Miguel e Oswaldo Sábio de Mello, além do
Mario Junqueira do Mata Chica na Copa de Bronze
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Torneios de Baixo Handicap Miguel Sábio de Mello do Patuá dispara na Copa Einstein
4 gols de handicap Guilherme Ribeiro, para derrubar adversários fortes. Um a um, passou Hípica Polo, Santa Lúcia, Cana Verde e também Flamboyant, chegando invicto à final. Quem também se destacou nos gramados foi o Invernada, que bateu Flamboyant e Tigres na chave classificatória e ainda venceu por um gol o Cana Verde na semi. Conhecido por privilegiar a forte marcação, o Invernada não deu trégua ao Patuá na final. Esbanjando experiência com o elenco formado por Fábio Berti, Alberto Diniz Junqueira, Lincoln Junqueira e Vandré Luiz Vijal, o time da família Junqueira fez sua aparição bem montado, como sempre. Não por acaso Invernada conseguiu se manter por cima e cravar um contundente 15 a 12 sobre Patuá, levando para casa o título de campeão da Copa Andrea Moroni.
Copa de Bronze
Enquanto a Copa de Ouro movimentava o São José Polo Club, a Copa de Bronze agitava os times de 2 gols de handicap nos campos do Helvetia. Desta vez, foi o Flamboyant que se deu bem na disputa depois de uma final dificílima contra Mata Chica. Com um elenco formado pelos venezuelanos Guilhermo e Arturo Bauder, além de Valdir e Gilberto “Pateta” Rodrigues, o Flamboyant começou ganhando. Enquanto Pateta, muito experiente, fazia a bola andar, chamando seus companheiros para o jogo, Valdir mostrava bom desempenho em seu primeiro torneio profissional. Por outro lado, o Mata Chica não estava para brincadeira. Afinal, a turma que treina na fazenda de Itu esbanja tradição em polo. E com Fábio Junqueira Franco Meirelles capitaneando a esquadra que contava com Rodrigo Junqueira Franco e seu filho Rodrigo e com Mário Diniz Junqueira, o Cana Verde soube resistir aos ataques do rival e, mais do que isso, igualar o marcador no último chukker. “O Fábio Meirelles, por ser de uma família tradicional do polo, jogou bem e tem tudo para ser um grande jogador”, elogia Pateta. Privilegiando especialmente o passe de bola em conjunto, seu time virou o jogo. A poucos minutos do fim da partida, a bola entrou no gol e, por um placar de 6 a 5, fez do Flamboyant o campeão da Copa de Bronze. O que foi fundamental para a vitória? “Muita concentração e vontade de ganhar”, afirma Pateta, com convicção.
Copa Estado de São Paulo
Na Copa Estado de São Paulo (6 gols), Hípica Polo voltou a figurar entre os finalistas. O time, que já tinha chegado à decisão da Copa Cidade de Indaiatuba no começo do ano, uniu forças ao pessoal do Itaguassu para outra vez ocupar lugar central no gramado da grande final. Embora fosse o primeiro torneio que Luigi Cosenza, Gustavo “Gegê” Garcia, Vandré Luiz Vijal e Fábio Berti estivessem jogando todos juntos, eles se mostraram bem posicionados em campo, o que facilitou muito o andamento do conjunto. Antes de reencontrar-se com Royal Salute na final, o Hípica Polo-Itaguassu já tinha vencido esse mesmo time nas classificatórias da chave B. Nesse primeiro confronto, o Royal Salute jogou bem, com Caio Guarnieri de back, Gabriel Villela Rosa no meio e Eduardo Monteiro e Oswaldo Mendonça revezando-se na frente. Com esse esquema, não só saiu na frente como liderou o placar até o quinto chukker, manejando o jogo com domínio da bola. A partir de então, no entanto, Vandico assumiu a responsabilidade pelo Hípica Polo e, 92
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Torneios de Baixo Handicap
com Gegê, foi responsável por virar e bater Royal Salute por um gol de diferença. A final seria, portanto, um tira-teima entre os dois times. Ninguém esperava que fosse fácil, e todos entraram armados, ou melhor, montados, até os dentes. Especialmente Gegê e Luigi, jogadores cujo investimento em tropa tem se revertido em resultado dentro de campo. E nessa prova de fogo, o Royal Salute manteve-se à frente até o segundo tempo. A partir de então, Hípica Polo retomou a liderança no placar destilando um festival de boas jogadas. “Saímos na frente, mas depois eles jogaram muito bem, lideraram o placar até o final”, lembra o rival Eduardo Monteiro, cujo Royal Salute ficou com o segundo lugar ao ser batido por 7 a 6. Para o campeão Gegê, seu companheiro de time, Luigi Cosenza, jogou muito bem. “Ele contribuiu muito para sermos campeões. Para mim, foi o destaque não só da partida como do torneio”, elogia.
Copa Einstein
Coroados na Copa Estado de São Paulo, os homens do Hípica Polo-Itaguassu se acostumaram com o sabor da vitória e decidiram que o primeiro lugar é o que melhor combina com eles. Por isso, na Copa Einstein de 6 gols, torneio que destacou o trabalho do Departamento de Voluntariado do Hospital Israelita Albert Einstein na comunidade de Paraisópolis, o time jogou tudo o que sabia e um pouco mais para vencer Patuá na final. Isso porque embora o adversário tivesse se inscrito na última hora, sua base, com Alexandre Santini, Miguel e Oswaldo Sábio de Mello e Guilherme Ribeiro, já tinha sido vice-campeã da Copa Andrea Moroni de 6 gols poucos meses antes. Eram, portanto, oponentes fortes, que ofereceriam resistência. “Nosso time era mais de guerrear, com bons marcadores como Gotcha e Ale, sendo o Gui o responsável pela armação da equipe e estratégia de jogo”, comenta Miguel Sábio de Mello Neto, do Patuá. Para fazer frente aos guerreiros do Patuá, o Hípica Polo abusou do bom entrosamento para abrir uma vantagem de 2 gols no primeiro tempo e manter-se na dianteira até o fim. “Conseguimos driblar a marcação do adversário e colocar a bola nas mãos do nosso jogador mais habilidoso, o Gegê, que fez a maioria dos gols”, revela Luigi Cosenza, do Hípica Polo. “A experiência e cabeça do Vandico foi um ponto muito forte na nossa vitória, e a dupla Vandico e Luigi funcionou muito bem, desarmando os ataques do Patuá”, completa. O Patuá até chegou a esboçar uma reação, mas Hípica Polo não permitiu a ofensiva e venceu o torneio de 6 gols com categoria, por 13 a 10. Já no torneio de 2 gols da Copa Einstein, o Patuá, com uma formação com o Cana Verde, é que se deu bem. O grupo era formado por Daniel Matheus, André Rodrigues, Alexandre Santini e Victor Baez, todos frequentadores dos treinos na fazenda Cana Verde, em Itu. “Nossa vantagem, a meu ver, foi o entrosamento: além de treinarmos toda semana juntos, somos todos amigos”, conta Alexandre Santini. Na final contra Haras Paulista, dos irmãos Heitor, Clovis e Fernando Nogueira, o Patuá-Cana Verde fez de tudo para estar sempre à frente no placar. “Um jogo de quatro tempos não permite 94
que você se recupere depois de um erro”, diz Alexandre Santini, sobre a estratégia usada por seu Patuá. Já a estratégia do Haras Paulista não foi das melhores. Rudinei Carvalho, quarto homem da equipe, jogou de back e pareceu ter perdido um pouco sua mobilidade em campo, já que tinha de permanecer recuado na defesa. Nem mesmo o jogo em família dos irmãos Nogueira, que lhes garante entrosamento e liberdade para cobrar atitude sem cerimônia, supriu outra falha: os erros nas definições. A turma de Itu, por sua vez, soube aproveitar a deficiência do adversário e o bom jogo de André Rodrigues, muito bem montado e inspirado, para colocar-se na dianteira. “Foi uma pena, mas na final nosso time não rendeu como deveria e perdemos várias oportunidades de empatar”, reconhece Fernando Nogueira. Seu Haras Paulista terminou derrotado por 6 a 3, em um jogo repleto de fair play. “Foi uma enorme satisfação ter o Haras Paulista como adversário, pois é um time familiar e muito honesto”, finaliza o campeão Alexandre Santini.
Campeonato Brasileiro
A sequência de bons jogos parecia não ter fim para o Patuá. Depois da vitória na Copa Einstein, o time teria os holofotes outra vez voltados para seus homens no Campeonato Brasileiro de Polo, que na modalidade 2 gols reuniu nada menos que 12 equipes. Patrocinada pela Mitsubishi Motors há 4 anos, a competição é das mais tradicionais e em todas as suas edições, sem exceção, atrai equipes dos mais diversos centros de polo do país. “O nível desse torneio de 2 gols foi muito forte, com vários times equilibrados, o que fez a disputa ser sempre resolvida no último chukker”, comenta Alexandre Santini, cujo Patuá, melhor da chave D, classificou-se para a final ao vencer Jal-Villa Real na semi. Seu rival na decisão do Brasileirinho foi a equipe Santa Fé, de Armando Tonon, José Fernando Rocha, Eduardo Monteiro e Gilberto “Pateta” Rodrigues. Numa partida pra lá de quente, na qual Pateta se comportou como verdadeiro maestro, o quarteto do Santa Fé não deu moleza para o Patuá, que por sua vez combinou vontade de ganhar e cabeça no lugar para amenizar o fato de nunca ter jogado com essa formação. Além de Alexandre Santini, o Patuá atuou sob o comando de Gabriel Villela Rosa, que impôs sua garra e força para ditar o ritmo da partida. E na batalha pelos gols valendo o título, somaram-se a experiência de Miguel Sábio de Mello e o entusiasmo do jovem Alexandre Sábio de Mello, o Xandinho, que provou em seu primeiro torneio oficial que idade não é documento. Ao fim, o placar em 8 a 7 registrou a vitória do Patuá. “Para nós foi muito importante esse título, ainda mais contando com a presença do Xandinho, jogador mais jovem da história do Brasileiro a ganhar com adultos”, festeja Alexandre Santini. Se no 2 gols a disputa foi das boas, o 6 gols do Campeonato Brasileiro também não deixou a desejar em competitividade. “É o torneio para o qual as equipes mais se preparam, colocam seus melhores cavalos. Por isso há sempre jogos equilibrados e bastante corridos”, diz João Roberto Souza Naves, atacante do Cana Verde. Seu time, que conquistou a cobiçada vaga na final, contou com Laerte “Alemão” Meirelles Filho segurando as pontas como back e
Gilberto Rodrigues do Flamboyant com domínio da ‘bocha’
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Torneios de Baixo Handicap
GG Garcia com categoria na final da Copa Einstein
distribuindo com maestria as bolas, além de Daniel Matheus e Paulo Bardella atuando no meio campo. O adversário de Cana Verde na final seria Prata-Samello, com José Carlos Matarazzo Kalil de back, Julio Martins Alves de 3, Miguel Sábio de Mello de 2 e Daniel Jardim no ataque. Esse time, verdadeiro mistério para os outros competidores por nunca haver jogado com essa formação, havia vencido o Cana Verde nas classificatórias por 11 a 5, isto é, com uma boa diferença de gols. “No primeiro jogo perdemos feito. Jogamos muito mal e errado”, lamenta João Roberto Souza Naves. Seu Cana Verde, no entanto, iria se redimir do jogo ruim protagonizando uma excelente final. No dia da grande decisão, seu time entrou em campo esbanjando motivação e conseguiu manejar a vantagem, pequena é verdade, que abrira. “Apesar de o jogo estar 96
equilibrado, em nenhum momento tivemos dúvidas da vitória”, completa João Roberto. No sexto tempo, quando o Cana Verde vencia por dois gols, Prata-Samello anotou um gol no finalzinho, mostrando que tem fôlego de sobra para não desistir nunca. Mas esse último gol não bastava, e por 8 a 7 os homens do Cana Verde foram coroados campeões brasileiros. O que garantiu ao Cana Verde a vitória? “Acredito que foi uma soma de fatores: os cavalos estavam muito bem, nossa marcação funcionou desde o início e queríamos muito ganhar”, afirma o campeão João Roberto. “Quando tudo se encaixa assim, fica mais fácil e é só correr pro abraço”. Miguel Sábio de Mello, do rival Prata-Samello, concorda. “Na final eles jogaram mais compactados, marcando melhor. Também contaram com a inspiração do Alemão, principal arma da equipe deles”, elogia o
Luigi Cosenza da Hípica Polo na final da Copa Cidade de Indaiatuba
vice-campeão, que considera o resultado de seu time pra lá de positivo. “Não é fácil chegar à final de um torneio tão badalado. O nível foi excelente uma vez que todos os jogos foram muito disputados, não havendo placares com grande diferença de gols”, completa.
Copa Christofle
Melhor equipe do Brasileiro de 6 gols, o Cana Verde foi surpreendido na Copa Christofle, jogada na modalidade 2 gols. Formado por Victor Baez, Alexandre Santini, João Roberto Souza Naves e André Rodrigues, o time tinha tudo para se sair bem, mas não andou da maneira que pretendia. A ideia de repetir o feito do torneio anterior foi pelos ares quando na final os homens da Cana Verde encontraram o sempre bem montado Invernada.
Embora Ziza Meirelles não costume treinar com os outros integrantes do Invernada, isto é, com Eduardo Junqueira, Guilherme Falzoni e Gabriel Villela Rosa, conseguiu adaptar-se rapidamente ao time. Também rapidamente seu time utilizou a inteligência para abrir uma vantagem ampla no placar, aproveitando o momento em que Cana Verde tentava ajustar a marcação. Gol após gol, e jogando de um jeito leve, entre amigos e por diversão, o Invernada disparou no marcador. Seu rival, desencontrado em campo, não teve forças para reagir, e por 9 a 3 o Cana Verde viu interrompido o sonho de manter sua sequência de vitórias. “O andamento da partida foi muito bom, pois abrimos muita vantagem no primeiro tempo”, considera o campeão Ziza Meirelles. O tempo é de alegria, festa, celebração no pódio, mas também de espera por outros desafios. 97
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Top Teams
JOGADA DE MESTRE É com organização, investimento em tropa e a escalação de craques de alto handicap que os supertimes do Helvetia se mantêm no topo
São José Polo-Audi: José Eduardo Kalil, Rodrigo Andrade, Willian Rodrigues e Felipe Gallego
Equilíbrio na base
O São José Polo de José Eduardo Matarazzo Kalil não tem do que reclamar: a temporada 2011 foi espetacular. Repetindo a façanha do ano anterior, o time conquistou a Tríplice Coroa, com a diferença que, desta vez, gabaritou, ou melhor, ganhou todos os três torneios que compõem a disputa. A performance inigualável nas canchas brasileiras deve-se a uma combinação de fatores que inclui profissionalismo e perfeccionismo. Para começar, o time encontrou o equilíbrio ideal ao manter sua base, com José Eduardo, Rodrigo Andrade e Willian Rodrigues. Graças aos longos anos jogando junto, o trio tem um entrosamento de tirar o chapéu. É claro que é importante contar com Rodrigo Andrade, craque de 8 gols que, com sua técnica, precisão e visão de jogo, pode muito bem definir uma partida. Mas 100
Villa Real: Leandro Rodrigues, João Paulo Ganon, Luiz Carlos F.de Mello e Roberto Villa Real Neto
mais que um jogador individual decisivo, o São José se sobressai com seu jogo em conjunto, refletido em antecipações de jogadas e nos belos passes de bola que se transformam em gols. Nesse jogo em grupo não se pode esquecer do desempenho de José Eduardo, que joga seu handicap, que sabe ser efetivo em sua posição, que contribui anotando gols. Willian Rodrigues também deu seu melhor: estava sempre bem posicionado em campo, pronto para armar uma jogada ou dar um passe preciso. Em ótima fase, foi reconhecido como o melhor jogador da Tríplice Coroa, em premiação oferecida pelo Helvetia ao fim da competição. Ao trio juntaram-se outros companheiros, todos escolhidos a dedo para somar forças ao time. Na Copa Giorgio Moroni, quem entrou foi o argentino Felipe Gallego; no Aberto do Estado, Gustavo Toledo, conhecido de outros carnavais e, portanto, entrosado com os jogadores do São José; e enfim o francano Felipe Garcia, que estreou no alto handicap com o pé direito, vencendo nada menos que o Aberto do Helvetia, de 26 gols. Com relação à estrutura, a tropa do São José outra vez fez a diferença. O investimento que o time tem feito nos últimos anos, com a aquisição de animais de primeira linha importados dos grandes criadores argentinos, além da cria que já rende bons frutos, sem dúvida é de vital importância para o alto rendimento dos jogadores dentro de campo. Correndo, parando e virando na hora exata em que tinham de correr, parar e virar, os cavalos deram provas de sua potência e qualidade, especialmente nos últimos chukkers, quando os melhores exemplares eram estrategicamente escalados para entrar e abalar. A tudo isso também se pode incluir às conquistas do São José a realização, pelo segundo ano, da Copa Ouro. Única competição a fazer parte do World Polo Tour, circuito internacional que ranqueia jogadores, o torneio foi um 101
Top Teams
Invernada: Renato Diniz Junqueira, José Eduardo Diniz Junqueira, Gustavo Toledo e Fabio Diniz Junqueira
sucesso do ponto de vista de evento, com direito a público e patrocinadores de peso. Porém, pode ser considerado a frustração esportiva da equipe: foi a única competição na qual o São José, jogando com sua formação tradicional, não saiu vitorioso da final. Nada, porém, que tire o brilho da mais vencedora equipe do polo brasileiro da temporada.
Tropa não é problema
Nas palavras de Cabeto Bastos, a temporada de 2011 para o Maragata foi totalmente atípica. “Em todos os torneios nos quais nos inscrevemos, de 18, 22 e 26 gols, não conseguimos jogar com a equipe principal. Em nenhum momento os três irmãos puderam jogar juntos. Primeiro por uma cirurgia delicada que o João Gaspar fez no pulso devido a uma lesão anterior. Depois, no primeiro tempo do primeiro jogo onde estariam jogando os três, o Cachico levou uma tacada no dedo, que o levou a colocar placa, enxerto e cinco parafusos. Então o time disputou este torneio todo improvisado, com duas ou três formações diferentes”. O Aberto do Estado, de 26 gols, era a grande meta, mas sem Cachico o Maragata teve novamente que improvisar. “O Ângelo Antonio chegou de surpresa e jogou com cavalos que nunca havia montado. Além disso, o nosso profissional argentino, Mariano Gonzáles, teve um problema de saúde familiar e quase não veio, só chegou porque não encontramos alguém para substituílo. Mesmo assim eu considero que fizemos uma boa campanha: ganhamos da equipe campeã, São José, fomos o único time a ganhar deles, e perdemos por um gol para as outras equipes com as quais nos defrontamos. No segundo semestre, o Cachico continuou fora, e nós soltamos todos os cavalos principais para que os novos pudessem entrar”. 102
Itanhangá Sollys II: Igor Pinheiro, Aluisio Villela Rosa, João Junqueira Novaes e Olavo Junqueira Novaes
Sob o ponto de vista pessoal, o Maragata teve grandes alegrias: “O Ângelo Antonio foi jogar a temporada de outono na Argentina e chegou à final da Copa Mitre, de 20 gols, e foi à semifinal da Copa de 22 gols do Ellerstina. O time formou com o Ângelo Antonio, Paco de Narvaez, Mathias Carrique e Pablo Llorente Hijo. Outra satisfação foi ver o João Gaspar representar o Brasil em um match no Chile e o LP jogar pela seleção do Brasil na Coronation Cup contra os ingleses na Inglaterra”. Quanto aos cavalos, Cabeto aposta na tropa nova, já testada durante a temporada. “Devem entrar quatro animais novos da cria, de nível superior, e fiz outras três aquisições importantes. Tropa não é problema. A falta de sorte é que desmotivou a equipe”. As aspirações do Maragata para a temporada de 2012 são as melhores. “Esperamos que os três irmãos possam jogar juntos, já que o Ângelo Antonio vai participar novamente da temporada de outono da Argentina, instalado numa casa maravilhosa com excelentes cocheiras. O Cachico voltou a bater bola e espero que não tenhamos mais estes percalços. No mais, vamos focar nos torneios de 22 e 26 gols”. Questionado sobre a Coronation Cup, torneio no qual o Brasil foi derrotado pela Inglaterra, Cabeto é enfático: “Meu ponto de vista tem um viés do polo amador. O fato de o Brasil ter sido convidado novamente para disputar este jogo é um tremendo reconhecimento do nível do polo brasileiro. E ter um filho representando o Brasil, não há palavra para descrever a alegria que traz. O resultado do jogo em si, a mim não surpreendeu. Fazer somente um jogo, com cavalos alheios e no fim da temporada... quem conhece polo sabe que estes jogos são mais exibição do que avaliação de uma equipe”. A respeito do ranking mundial do polo neste final de 2011, Cabeto argumenta: “O site do argentino 103
Top Teams
Maragata: Sylvio Coutinho, Flavio Castilho, Luiz Paulo Martins Bastos e Carlos Francisco Martins Bastos
Pepe Heguy tem abordado seguidamente esta questão, e invariavelmente coloca o polo mundial nesta ordem de importância: Argentina, Brasil, Inglaterra e Estados Unidos.”
Objetivos atingidos
A equipe Itanhangá vem investindo firme em cavalos há quatro anos, e reforçando a estrutura com peticeiros, veterinário e cocheiras. “É como uma equipe de Fórmula 1”, coloca Rodrigo Pinheiro. “Nesta temporada, o Noberto já havia comprado seis éguas do Pite Merlos, algumas estiveram em jogo na Argentina, inclusive no Aberto, e outras jogaram a Copa Ouro e a Copa da Rainha na Inglaterra. Os destaques são a Margarida, uma baia maravilhosa, além da Tiva e da Gevita, inglesas, todas do Noberto. As minhas são Jet Vicunha, da cria do Gonzalo Tanoira, e Japonesa. Para 2012 montei uma tropa com 16 cavalos, sendo 12 tops. O Pite trouxe sua própria tropa para jogar aqui, foi um dos melhores jogadores da temporada e acabou subindo para dez gols de handicap no Brasil, o que é um problema para a formação do time no próximo ano. Se não der para contar com o Pite, estamos pensando em trazer outro argentino de 9 ou 8 gols, ou convidar um brasileiro. Não existem muitas opções, mas podemos montar este jogador muito bem, a tropa é forte e ainda devemos comprar mais cavalos na Argentina”. Em 2011, o Itanhangá obteve ótimos resultados nos principais torneios: chegou à final do Aberto do Estado, de 26 gols, e da Copa Ouro, de 22, além da semifinal da Giorgio Moroni, de 22. “Na verdade estivemos em três finais porque o Itanhangá 2, com o Igor, também chegou à final da Giorgio Moroni. Acho que falta pouco para atingirmos nosso objetivo que é vencer os torneios. Nosso polo é amador, a gente treina e 104
Itanhangá Sollys: Rodrigo Pinheiro, Manoel Elizalde, Juan Ignacio Merlos e Fernando Pelosini
se dedica muito, mas é diferente de outras equipes profissionais. Por exemplo, na final da Copa Ouro, jogamos contra quatro profissionais, jogadores que se dedicam ao polo o dia inteiro. O Noberto não jogou este ano pois fez uma cirurgia na mão, já sentia dores desde o ano passado, quando jogou na Argentina e chegamos à final da subsidiária da Copa Província – no ano anterior chegamos à final da principal”. Sobre os planos para a temporada 2012, Rodrigo adianta: “É possível também que montemos três equipes, para mim, para o Noberto e para o Igor. Acabamos de acertar com o Caio Siquini para jogar pelo Itanhangá, é um jogador de grande talento, está bem montado, tem boa experiência na Argentina e é um dos melhores 5 gols do Brasil. E o Nando Pelosini, que além de ser o profissional contratado para jogar, é o manager que cuida de tudo na equipe. Nos torneios de 18 gols devemos jogar eu, o Igor, o Nando e o Caio, e para os de 22 gols estamos fechando agora, ainda não sabemos como vai ficar, existe a possibilidade de contarmos com um excelente 7 gols. Queremos inovar e fazer um time jovem, muito bem montado e competitivo. Sucede que às vezes você traz um argentino bom, mas que não tem o mesmo rendimento aqui no Helvetia, demora para se adaptar aos cavalos e a conhecer os adversários. Este final de ano não estamos indo jogar na Argentina. Vou lá só para experimentar e comprar cavalos e assistir a algumas partidas, e o fato de não jogarmos está sendo espetacular para a recuperação dos animais. Estamos também construindo um novo pavilhão de cocheiras com projeto de um arquiteto argentino, no mesmo tipo das do clube Centauro, e cada irmão terá seu conjunto com boxes independentes”. E completa: “Vou jogar os torneios altos e baixos, montar duas tropas diferentes, pois disputando com frequência você acaba adquirindo mais confiança no seu polo. E vamos voltar a disputar a temporada argentina em 2012”. 105
Coronation Cup
POLO À MODA INGLESA Luiz Paulo Martins Bastos conta suas impressões sobre a Coronation Cup, que colocou as equipes brasileira e inglesa frente a frente no aristocrático Guards Polo Club
A Coronation Cup é o evento mais tradicional
do polo inglês e um dos mais importantes do mundo, onde a seleção inglesa desafia, anualmente, a seleção de um país convidado em um jogo de 27 a 30 gols de handicap. Esta partida é disputada no Guards Polo Club, localizado no interior da Inglaterra, nos jardins do Castelo de Windsor. Em 2011 comemorou-se o centenário deste prêmio, e tive o prazer de fazer parte da equipe brasileira convidada para esta disputa. Foi uma experiência maravilhosa participar desse desafio ao lado de José Eduardo Kalil, Rodrigo Andrade e João Paulo Ganon, excelentes companheiros dentro e fora do campo. A temporada de alto handicap inglesa é extremamente competitiva com torneios de até 22 gols. Os melhores jogadores do mundo participam destes torneios, com uma cavalhada de altíssimo nível, sendo que alguns jogam Palermo, na Argentina. Como não tínhamos estrutura montada, cheguei na Inglaterra 15 dias antes do jogo acompanhado 106
A banda da Guarda Real abre a festa de polo da Coronation Cup no Guards Polo Club
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Coronation Cup
O cobiçado troféu em homenagem à coroação da Rainha Elizabeth II
Inglaterra: James Beim, Mark Tomlinson, Luke Tomlinson e Nacho Gonzalez
Brasil: Luiz Paulo Martins Bastos, Rodrigo Andrade, João Paulo Ganon e José Eduardo Kalil
pelo meu irmão Cachico e Gustavo Pereira Rocha, nosso manager de polo. Ficamos em uma casa perto de Guards. O nosso dia a dia era correr atrás de cavalos para experimentar, e campo e adversários para treinar. É importante dizer o quanto nos ajudou o Juraci dos Santos, que além de me deixar a disposição toda a tropa, foi essencial na busca por cavalos para todo nosso time, além de organizar toda a estrutura no dia do jogo. Contei também com a grande ajuda do Ali Albwardy (patrão do Dubai Polo, time no qual Cambiaso joga na temporada Inglesa), e do seu manager Martin Valent, que esteve sempre à disposição do time, nos emprestando a estrutura para treinos e cavalos para o jogo.
Ao todo conseguimos fazer por volta de sete treinos, mas nem todos com a equipe completa. Experimentamos, na média, 25 cavalos cada jogador, de inúmeros proprietários e de todos os níveis. Como tive a ajuda do Juraci e do Ali, não encontrei tanta dificuldade para montar minha tropa, mas não foi nada fácil achar cavalos a altura para montar quatro jogadores para um jogo de alto handicap como este. Ainda assim ficou nítida a superioridade de cavalos da seleção inglesa na partida. Além de possuírem uma excelente tropa eles alugaram alguns cavalos, sendo que o melhor do jogo era de propriedade de José Donoso, alugado por James Beim.
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Luiz Paulo Martins Bastos e Jo達o Paulo Ganon
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Coronation Cup
Disputa entre Rodrigo Andrade e o inglês James Beim
Nas tribunas, a elegância brasileira: Daniela e Mireya Bastos com amigas
Pepe Araya, Luiz Paulo e o pai Carlos Alberto Martins Bastos
Cavalos e cães é sempre atração na Inglaterra
No dia do match, como se podia esperar, tudo ocorreu como manda a cultura inglesa: a organização impecável, muita elegância na plateia e a famosa pontualidade. A partida, que começou 1 a 0 para os ingleses devido a diferença de handicap, foi muito dura e parelha. Os ingleses jogam um polo extremamente clássico e muito objetivo, com uma marcação muito dura e taqueando de primeira. Tivemos um pouco de dificuldade para encontrar a formação ideal para o nosso time, e por fim formamos com o José Eduardo de back, João Paulo de 3, Rodrigo de 2 e eu de 1. Além de ser o primeiro jogo com esta formação, sentimos a diferença do campo,
por ser muito mais pesado que os nossos do Brasil, e logicamente os cavalos que entraram para jogar conosco pela primeira vez. No final do terceiro tempo o José Eduardo torceu o tornozelo e teve que abandonar a partida. Em seu lugar entrou o Calão Mello. O jogo acabou 8 a 6 para eles, logicamente não foi o resultado que esperávamos mas valeu pela experiência de representar o Brasil em uma partida desta magnitude com mais de 25 mil espectadores presente além da transmissão ao vivo pela internet para o mundo inteiro. E ainda por cima tivemos a honra de receber o premio pelas mãos do Príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth II, que acompanhou toda a partida do Royal Box.
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A ‘allure’ da eterna top model Christie Brinkley
Luiz Paulo recebe o premio das mãos do Príncipe Philip
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PG, O BOM COMPANHEIRO Entusiasta, ícone, gentleman são palavras que os polistas do Helvetia adotam quando se referem a PG Meirelles. Na ativa há mais de 60 anos, o capitão do São Martinho coleciona amigos, que agora abrem o jogo e relatam passagens, curiosidades, memórias
Jogador franzino, não tem medo de cara feia por Didi de Souza Aranha
O meu relacionamento com o PG iniciou muito antes de ter começado a jogar polo. Quando moleques, ouvíamos as histórias que meu pai, Calu, contava sobre os jogos do Casa Verde contra a equipe São Martinho, formada pelo Tôto e Dario, pai e tio do PG, mais o Bimbo e o Geraldinho. A última partida do meu pai foi no Campo do São Martinho lá no Peri Peri, eu devia ter uns 10 anos de idade, e lembro bem porque foi a primeira vez que me deixaram montar um cavalo do meu pai. Eu, molequinho, montando naquela cavalhada forte e potente. O primeiro cavalo que ganhei também havia sido do PG, chamava Botina. Eu tinha uns 14 anos e ainda não jogava, pois meu pai só nos deixaria jogar depois de entrarmos na faculdade; mas foi marcante olhar aquele animal no piquete e realizar que era meu. Também me marcou uma visita que fiz com PG e o Augusto ao pai deles, seu Tôto, nos seus últimos dias de vida. E o primeiro jogo de polo do PG foi junto com meu pai, mais o Luizito Prates e mais um que não lembro. Nos anos 60, a rivalidade entre os times de São Paulo e do interior era enorme. Em 1962 formamos um time para jogar em Ribeirão Preto: o Lau Junqueira, o PG, eu e o Augusto Meirelles. Fomos lá e ganhamos todas as partidas, foi um espetáculo, não só contra os times, mas contra as torcidas. Eu lembro que no jogo com Franca, o PG era um jogador muito ligeiro, bom taqueador como segue até hoje, um jogador franzino que não tinha medo de cara feia, o Lau era ‘marrudo’, eu era forte e Augusto lá na frente, um bom finalizador. Quando o PG corria com a bola em direção ao gol, a torcida de Franca gritava “pega ele, pega ele”, entravam no campo, e faziam uma meia lua dentro das tábuas, gritando o 112
tempo todo. A partir daí este time nos deu muita satisfação. Logo em seguida, no ano de 1963, nós tivemos a oportunidade de viajar para o Chile para jogar a Copa Jorge Alessandri em homenagem ao presidente da republica. Foi nossa primeira viagem internacional. Nós quatro nos entendíamos muito bem em campo, ganhamos quase todas as partidas, o Augusto sofreu um acidente, foi uma comoção, teve que ser substituído. Ganhamos a Copa, o troféu está na Hípica Paulista, em São Paulo. Um fato curioso: eu tinha arrumado uma namorada chilena, e resolvemos sair pois não era véspera de jogo. O PG não resistiu e juntou-se a nós. Voltamos lá pelas 5 da madrugada, mas a Donata (mulher de PG e mãe do Kiko, P Gezinho e da Donatinha), que também estava em Santiago, não abriu a porta do quarto e deixou o PG na rua. No fim tudo se ajeitou, pois o estilo PG já era conhecido... Nesta época fundamos a Federação Paulista de Polo, até então éramos ligado ao hipismo, e não havia infra-estrutura nenhuma: tínhamos poucos campos, nenhum intercâmbio internacional e nem calendário. No ano de 1964 decidimos recuperar a Copa Vargas, disputada contra a Argentina alternadamente, lá e em São Paulo. Ela fora jogada até o final dos anos 50 e estava desativada. Eu, moleque ainda, era o presidente da Federação, animei a turma para recuperarmos a Copa, e com a ajuda do Luizito Prates fomos recomendados ao presidente da Associação Argentina de Polo, Charlie Videla, que era primo dele. Nosso time foi um selecionado paulista: o Guite Bueno, o Decito Novaes, eu e o PG. Com a cara e a coragem fomos para Buenos Aires, ficando hospedados no clube Hurlingham. Jogava-se uma partida contra o time civil e outra contra o time militar. No primeiro jogo perdemos para os militares, de pouco, o Guite jogando de 4, o Decito de 3, eu de dois e o PG de um. O Decito jogava muito polo, era a vedete do
Melito Cerezo
Personalidade do Polo
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Personalidade do Polo
Em 1962, campeão do Aberto do Interior em Ribeirão Preto: Augusto Meirelles, PG Meirelles, Didi Souza Aranha e Lau Junqueira
Os mesmos “meninos” em Ribeirão Preto: Lau, Didi, PG e Augusto
Equipe Pirajussara nos anos 50: Rodrigues, PG Meirelles, Cleon e Tito Zarvos
Defendendo a Soc. Hípica Paulista anos 1960: Albert Benayon, PG Meirelles, Didi Souza Aranha e Luiz Phelipe Cintra
time. Como sempre acontece nestas ocasiões, nos deram cavalos muito grandes, uns elefantes que só podiam ser jogados com taco 54. Durante o jogo, jogando de 3, o Decito só furava os backs com taco 52. Teimoso e ‘star’, dizia que com taco 54 não jogaria sob hipótese nenhuma. Conseguimos convencê-lo nós três então a jogar de 2, e não é que vencemos os militares? Ganhar na Cancha 2 de Palermo foi um acontecimento para nós. E daí em diante o Decito nunca mais jogou de 3, no nosso time. Em 1968, jogando com o PG, ganhei meu primeiro Aberto do Estado de São Paulo. No inicio dos anos 70 jogamos pelo Clube Hípico Santo Amaro, PG mais José Luis Herreros, José Carlos Kalil e eu, ganhamos tudo, um timaço... A partir daí, formei a equipe Casa Verde com meus irmãos, e o PG passou a jogar em outros times, mas continuamos sempre com essa convivência excepcional.
Em atividade há mais de 50 anos e participando de treinos e partidas, temos que reverenciar este companheiro, um dos grandes mitos do polo brasileiro. E que seja um exemplo para os nossos jogadores principiantes.
Um craque por Lau Junqueira
Não poderia deixar de homenagear e reverenciar o mais querido e antigo jogador de polo ainda em atividade: PG Meirelles! Eu o conheci nos anos 1950, em uma época de grandes eventos nos clubes onde se praticava nosso esporte. Já era um exímio cavaleiro e fazedor de gols brilhante. Jogamos juntos com seu irmão Augusto e com o Guite Bueno quase por uma década. Ganhamos torneios, viajamos algumas vezes e, juntamente com o Didi Souza Aranha, fomos para o Chile representando a Sociedade Hípica Paulista no torneio Jorge Alessandri, o qual vencemos três vezes, trazendo o troféu para os brasileiros. Em outras diversas ocasiões ganhamos torneios no interior, Colina, Ribeirão Preto, e até no Rio de Janeiro. 114
Um ícone do nosso polo por Ronnie Scott
A equipe São Martinho fundada pelo pai de PG, seu Tôto, e pelo tio Dario Meirelles, venceu em 1957 e 58 o torneio que todo jogador de alto handicap sonha ganhar, que é o Campeonato Aberto do Estado de São Paulo. O time era formado por Plínio e Jorge Kiehl, PG e seu irmão Augusto. O PG, depois jogando pela equipe Toca do Alcides Diniz, ganhou o Aberto do Estado em 1972 e 1999. Além do mais, ele foi campeão brasileiro de polo várias vezes. A maior atração da vida do PG sempre foi o polo a cavalo. Lembro dele indo jogar, levando os tacos numa motocicleta. PG jogou no Rio de Janeiro, na Inglaterra a convite do Ronaldo Xavier de Lima. Participou de torneios pela equipe Jockey Club com Lau Junqueira, Guite Bueno, que foi um grande jogador que chegou a ter handicap 6, o mais alto da época, e seu irmão Augusto Meirelles. No Chile, disputou a Copa Alessandri ao lado de Guite Bueno, Lau Junqueira e Didi Souza Aranha. Eu fui como chefe de equipe e jogador reserva. Foi a primeira vez que um time só de jogadores brasileiros levantou um título no exterior, jogado naquela beleza que é o Club de Polo San Cristobal, tendo os Andes como pano de fundo. O troféu ficou de posse definitiva da Hípica Paulista, e está até hoje exibido em sua sede. Hoje em dia, aos 76 anos ele não passa uma semana sem jogar duas ou três partidas, continua membro da comissão de handicap da Federação Paulista, sendo muito respeitado porque assiste a todos os jogos. E é um perfeito gentleman.
PG recebendo a taça em Ribeirão Preto. Ao fundo Didi e Lau. O garoto atrás do PG é o hoje sessentão Sergio Cardoso de Almeida
De hora em hora, PG melhora por Pedro Bordon
É de conhecimento de todos que adentrei o polo através do PG. Para a grande maioria tio PG, mas para mim, será sempre o ‘Seo PG’. São 25 anos de polo, e todos eles ao lado e junto dessa pessoa maravilhosa que, como todos sabem, é dos mais gentis e um dos maiores entusiastas de nosso esporte. Se hoje estou no polo, devo tudo a ele. Possuo inúmeras passagens e fatos que ilustrariam perfeitamente o que disse acima, porém esse espaço seria pequeno para descrevê-los. Prefiro me ater àquilo que a maioria desconhece desse corinthiano fanático, que adora tomar o café da manhã ao lado de familiares e amigos, grande devorador de jornais, por vezes do dia anterior, mas não deixa de ler uma matéria, telespectador assíduo de quase todos os telejornais, muitas vezes, dois ou três assistidos simultaneamente, grande pai, avô, sogro, tio, padrinho, patrão... Uma das pessoas mais simples e acessíveis que tive
oportunidade de conhecer e conviver. Sempre me espelhei muito em sua postura e simplicidade de levar a vida. Até pelo fato de ter perdido meu pai muito cedo, tive nele uma figura quase paterna, ouvindo seus conselhos. Polista inveterado, provavelmente um dos mais longevos em todo o mundo, segue treinando quase diariamente sem deixar de assistir a uma partida sequer. Seja uma “mata-cobra” ou um jogo de alto handicap, lá está ele, sempre prestigiando, sorridente, falante e simpático com todos... Parabéns ‘Seo PG’, obrigado por tudo, por me aturar por tantos anos. Serei sempre grato por sua ajuda e apoio, principalmente nos momentos mais difíceis de minha vida. Que possamos ainda por muitos anos seguir treinando e jogando juntos... Para terminar, uma de suas célebres frases: “De hora em hora, PG melhora.” 115
Personalidade do Polo
Viagem a Santiago do Chile: Didi Souza Aranha, Wilma (então esposa do Lau Junqueira), Donata (então esposa do PG), Miriam (então esposa do Augusto) e Ronnie Scott e sua então esposa Marie
Confraternização com os jogadores chilenos em Santiago
Viagem a Uruguaiana em 1999 para comemorar 50 anos de polo do Pito Telechea: José Henrique Castejon, Armando Klabin, PG, Didi, Kiko Meirelles, o piloto e Bernardo Klabin
Namorando e jogando polo por Cabeto Bastos
Conheci o PG no seu “ambiente”, namorando e jogando polo. Isto aconteceu em Uruguaiana na década de 50, eu era um guri de sete ou oito anos quando ele começou a frequentar a minha família, namorava uma prima e jogava polo com um primo, Pito, e com os militares aqui sediados. O polo daqui nesta época era um dos melhores do Brasil. Desde então, não perdemos mais o contato. Eu, polista, tive o prazer de jogar no mesmo time ou como adversário, e ele sempre foi um cavalheiro na melhor acepção da palavra e um craque fanático pelo esporte, fanatismo que até hoje, com mais de 75 anos o mantém treinando semanalmente. O PG é sem duvida um dos maiores apaixonados pelo nosso esporte, e conseguiu ser competitivo, mas sempre preservando aquilo que o diferenciou de todos nós polistas: mesmo na disputa acirrada o seu “fair play” prevalecia.
Ao vencedor, um carro por Augusto Meirelles
O PG e eu começamos a jogar muito cedo porque nosso pai, Augusto, e nosso tio Dario jogavam polo. Eles tinham um campo em Tatuí, que por causa da fábrica de tecidos chamava-se São Martinho, 116
nome do time do PG até hoje. O primeiro jogo do meu irmão foi aos 14 ou 15 anos, com o seu Calu Souza Aranha, que era um senhor jogador e amigo do papai. Mas desde pequenos treinávamos, o papai tinha um campo de polo na chácara no Jardim Peri Peri. Quando começamos pra valer, papai fez um time chamado São Martinho, éramos o PG, eu, o Jorge Kiehl e o Laerte Assumpção. O Laerte foi de longe o melhor jogador daquela época, um sujeito que não se entregava por nada. No campo era um terror, ficava histérico, fazia o diabo. Mas descia do cavalo e era uma moça, tanto que o apelido dele era Violeta. Nós éramos moleques, tínhamos uns 16, 17 anos. Ele tinha uns 38, era um craque e nos ensinou a jogar. Ele era tão fanático que ia nos buscar às 23h30 na festa que fosse, porque a gente tinha de dormir à meia-noite para jogar no dia seguinte. Jogamos juntos uns quatro anos, com muito sucesso. Tem uma passagem engraçada... O PG tinha acabado de fazer 18 anos, e o papai nos havia prometido um Fusca se nós passássemos de ano. Claro que nenhum dos dois passou. Isso foi em 1953, ano da coroação da rainha da Inglaterra. O Alfredo Sestini, o Francisco Sampaio Moreira, o Luis Felipe Cintra e mais
Jose Luiz Herreros, Antonio Palma, PG, o SAR Príncipe Charles e o juiz Luiz Phelipe Cintra
Em 1978 jogando contra a Equipe Cel. Suarez (40 gols): juiz Jose Carlos Kalil, Lau Junqueira, Antonio Palma, Raphael Palma, PG e os argentinos Alberto Pedro e Horacio Heguy, Juan Carlitos e Alfredo Harriot
um argentino jogaram esse torneio; e quando esse time voltou da Inglaterra campeão, quis fazer uma partida demonstração e nos chamou. Nós éramos moleques, mas jogávamos com o Laerte e ganhamos de 12 a 4, qualquer coisa assim. O papai, que era obcecado por polo, ficou tão feliz que nos deu não um Fusca, mas um carro inglês conversível. Mamãe queria matá-lo porque ele saiu do campo e nos comprou o carro de presente, tamanha satisfação. Depois entrou o Decito Novaes, que ficou no lugar do Laerte, seu primo. O Decito era outro esportista notável, tinha a medida corporal perfeita e dava certo em qualquer esporte. Jogava um polo que não tinha tamanho. Quando o Jorge saiu entraram o Lau Junqueira e o Didi Souza Aranha. Com esse time nós ganhamos um Aberto no interior, do time de Franca, que na época era o papa-tudo. Depois fomos em 1963 para Santiago jogar a Copa Jorge Alessandri, que era o presidente do Chile na época. Nós ganhamos, mas tive um acidente muito grave, fiquei em coma. Ficaram todos esperando que eu saísse do hospital porque o presidente Alessandri só entregaria a taça se eu estivesse presente, eu era o capitão do time. Eu andava meio torto, mas fui receber a taça.
Foi aí que a minha carreira acabou, pendurei as chuteiras. Mas o PG seguiu jogando, e em vários times. Isso porque ele é muito carismático e sempre pareceu uma formiga, de tanto que trabalha no campo. A tacada dele não é longa, mas precisa, sempre foi assim. Aos 73 anos ele ganhou o campeonato Aberto, fez um time para ganhar. Jogaram com ele o Rico Mansur e acho que os dois meninos Diniz, o André e o Fábio. Hoje o PG joga um polo mais society, mas treina bastante, normalmente quarta, sexta, sábado e domingo. O PG jogou em Bagatelle, na Argentina, na África do Sul e até no Quênia. E ainda na Inglaterra, com o Ronaldo Xavier de Lima. Em 1978, jogou com o príncipe Charles na Hípica Paulista. Na época eu era presidente da Hípica, e durante quatro dias tomávamos caféda-manhã e almoçávamos junto com o príncipe. Um dia, o príncipe resolveu oferecer um jantar aos jogadores. Falei com o Lacerda, maitre do Hippopotamus, para organizar uma festa fechada, para umas 40 pessoas, e ele disse que não dava, que a casa estava lotada. Então liguei para o Ricardo Amaral, que na hora mandou fechar. O lugar lotou de gente, teve briga na porta para entrar. O príncipe ainda não era casado e a mulherada ficava doida... E o PG estava sempre no meio disso tudo. 117
Copa Ouro
SONHO DOURADO Em final emocionante no São José Polo Club, Prata Audi vence Itanhangá Sollys na segunda edição da Copa Ouro. O torneio, idealizado por José Eduardo Matarazzo Kalil, é o único no país a fazer parte do circuito internacional “World Polo Tour”
Pelo segundo ano consecutivo, a Copa Ouro
movimentou os belos campos do São José Polo. Promovido pelo empresário José Eduardo Matarazzo Kalil, o torneio se insere no circuito internacional “World Polo Tour” e é considerado um dos mais competitivos do calendário nacional. De seus jogos super disputados só participam os mais preparados times do alto handicap, aqueles cuja organização inclui cavalos potentes e jogadores de alto nível cobrindo todos os lados do campo. Além disso, sua final é coroada por uma festa cheia de charme, com direito a arquibancadas lotadas, leilão de cavalos, patrocinadores de peso como a Audi e a presença de empresários e celebridades. Não por acaso é o palco onde todos os times lutam para estar. “A Copa Ouro está se equiparando aos grandes torneios internacionais pelo excelente nível das equipes que, por sua vez, estão cada vez mais organizadas. É realmente um torneio de 118
A equipe campeã Prata Polo-Audi: José Luiz Toledo, Aluisio Villela, José Carlinhos Kalil, GG Garcia e Pedro Zacharias festejam o dono do time Felipe Prata
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Copa Ouro
Itanhangá Chevrolet
Invernada
Prata Polo-Audi
São José Polo-Audi
Caio Siquini do Sharks no corpo a corpo com Roberto Villa Real
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Itanhangá Sollys
Maragata
Sharks
Villa Real
Disputa pelo ouro: SJP x Prata
Pedro Zacharias com bola e tudo
peso no calendário brasileiro, uma vez que seus resultados são acompanhados pelo mundo do polo”, comenta o polista Fernando Pelosini, do Itanhangá Sollys. Assim, por sua visibilidade e por somar pontos para o ranking internacional, não faltaram craques integrando as oito equipes participantes. No Itanhangá Chevrolet, por exemplo, estavam Rico Mansur e Olavo Novaes, enquanto no São José Audi era Rodrigo Andrade quem comandava o ataque. Os irmãos Luiz Paulo e João Gaspar Martins Bastos vestiram a camisa do Maragata Zapälla, e o Villa Real lutou pelo bicampeonato tendo João Paulo Ganon em seu elenco. Já o Itanhangá Sollys contou com o argentino Juan Ignácio “Pite” Merlos, de 9 gols de handicap. Considerado um dos melhores polistas do mundo, com passagens pelo Aberto de Palermo, o argentino exercia a função de capitão da equipe. “Eu, o Rodrigo (Pinheiro) e o Manuel (Elizalde) éramos como soldados para o Pite, jogador de maior experiência e mais alto handicap do time”, comenta Fernando Pelosini, sobre o sistema de jogo adotado por sua equipe. De fato, a estratégia foi produtiva: o Itanhangá Sollys protagonizou uma sequência de bons resultados, bateu todos os adversários que passaram por seu caminho e chegou invicto à final. E na grande decisão, seu rival foi Prata Audi, de Felipe Prata. Igualmente bem preparada e bem montada, a equipe entrou em campo com um conjunto sólido formado por Aluísio Villela Rosa, José Luis Toledo e Gustavo “Gegê” Garcia (substituindo José Carlos Matarazzo Kalil). Isso sem falar em Pedrinho Zacharias, jogador revelação cujo jogo ligeiro se mostrou uma arma no ataque do Prata Audi. Diante da plateia numerosa, o Itanhangá Sollys saiu na frente. Exibindo máxima concentração, o time imprimiu pressão e logo 121
Copa Ouro
Panorâmica do evento
Armando, Carola e José Klabin
A equipe vice-campeã Itanhangá Sollys: Rodrigo, Manuel, Pite e Nando 122
de cara abriu três gols de vantagem. Mas o Prata Audi, que na semifinal vencera o favorito São José Audi, não é do tipo que entrega os pontos: voltou para o segundo chukker disposto a se recuperar. E assim o fez ao tirar a vantagem inicial do oponente e, mais do que isso, anotar mais três na parcial, levando o placar a 6 a 3. A partir daí, o Prata Audi manteve-se à frente, fazendo um exemplar jogo em conjunto. “Acredito que o diferencial da equipe tenha sido o conjunto. Formamos um grupo homogêneo com grande vontade de superar barreiras”, explica o mentor Felipe Prata. Assim, enquanto Aluísio Villela Rosa marcava Pite Merlos, não dando espaço para o argentino jogar, Gegê e Pedrinho aproveitavam
Polistas concentrados nos lances do Leilão SJP
Viva o sucesso da Copa Ouro: José Luiz, Aluisio, José Carlos, José Eduardo, Felipe, Kakinoff, GG e Pedro
para atacar. Gol após gol, e contando com a precisão de José Luis Toledo na cobrança de faltas, o Prata Audi ampliou o marcador para 9 a 5 ao fim do terceiro tempo. O Itanhangá Sollys, que nesta temporada viu em suas boas colocações o resultado do investimento em tropa, ainda esboçou uma reação. Mas já era tarde, e o dia era realmente da equipe Prata que, ao cravar um contundente 13 a 10, saiu coroado campeão da Copa Ouro 2011. “Foi preciso tomar cuidado com o Pite o tempo todo”, conta Pedrinho Zacharias. “Ele não só constrói jogadas para o time como também faz gol”, completa ele. Com a vitória, Pedrinho se tornou bicampeão da Copa Ouro, já que no ano passado havia vencido o torneio defendendo Villa Real.
Para o vice-campeão Fernando Pelosini, do Itanhangá Sollys, o mérito do Prata Audi foi o espírito de equipe. “Todos os jogadores estavam muito bem, tanto que o Aluísio foi escolhido o melhor jogador da final”, elogia. “O Pedrinho vem amadurecendo cada vez mais, e a confiança de que poderiam ganhar, em minha opinião, foi o plus que fez com que a equipe Prata fosse vencedora”, completa. Também foram premiadas as equipes Sharks, campeã da final subsidiária, Lerosa, campeã da disputa feminina, e La Martina azul, pela vitória no jogo infantil. Depois da premiação, top DJs assumiram o comando das pick-ups, fechando o evento na pista de dança. A Copa Ouro São José Polo contou com o patrocínio de Audi, Veuve Clicquot, La Martina, Artefacto Beach Country e Royal Salute. 123
Campeonato Mundial de Polo
ELIMINATÓRIAS ANIMAM A TORCIDA CANARINHO Antes de disputar o IX Campeonato Mundial da FIP na Argentina, a seleção brasileira de polo venceu os concorrentes sul-americanos nas seletivas realizadas no Helvetia
Durante o mês de junho, o Helvetia sediou
as eliminatórias da zona sul-americana do IX Campeonato Mundial de Polo da FIP. Organizado pela Confederação Brasileira de Polo com apoio da Federação Paulista de Polo e do Helvetia Polo Country Club, o evento contou com a presença de quatro seleções que lutavam pela vaga para o Mundial em San Luis, na Argentina. Além do Brasil, tricampeão mundial na modalidade, participaram Uruguai, Colômbia e Peru. A seletiva começou com o sorteio de jogos e de cavalos entre as seleções participantes. “Felizmente contamos com o apoio da comunidade do polo, que através do empréstimo de animais e de campos fez o evento ser tão bem sucedido”, afirmou José Klabin, presidente da CBP. Assim, o Uruguai ficou com cavalos de Sérgio Cardoso, Maragata, Rubinho Zogbi e Kiko Meirelles, enquanto o Peru contou com os animais cedidos por Paulo Toledo, Humberto Costa Pinto, Casa Verde e Carlos Mansur. A seleção colombiana teve 124
A sele莽茫o canarinho comemora a vit贸ria nas eliminat贸rias do Mundial
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Campeonato Mundial de Polo
Brasil: João Novaes, Xande Junqueira, Pedro Zacharias e Beto Junqueira
Colômbia: Camilo Espinoza, Felipe Marques,Sebastian Aristizabal, Jose Torres
Peru: Mateo Cilloniz, Gustavo Rubio, Jose Mulanovich, Guillermo Li
Uruguai
à sua disposição as tropas de Agudo 1, Klabin 1, Sylvinho Coutinho e Invernada 1. Já o Brasil ficou com os animais disponibilizados por São José, Klabin 2, Invernada 2 e Agudo 2. O primeiro desafio da seleção brasileira foi contra o Peru. Contando com Pedrinho Zacharias, João Novaes, Alexandre “Xandinho” Junqueira e Beto “Peroba” Junqueira como titulares, o time do técnico Calão Figueira de Mello mostrou desenvoltura e venceu o oponente por 10 a 4. O segundo jogo foi também positivo para o time da casa: vitória por 13 a 8 sobre o Uruguai, comandado pelo técnico Daniel Gonzalez. No sábado, dia 25 de junho, o confronto contra a Colômbia valendo a vaga na Argentina teve a presença de uma animada torcida. Como nas partidas anteriores, os suplentes Henrique Junqueira, Gustavo Toledo, Caio Siquini, Gustavo Garcia, Guilherme Ribeiro e Serginho Figueiredo ficaram no palanque oferecendo suporte aos titulares que, dentro de campo, manejavam com comprometimento a pressão de ter de vencer em casa. Atendendo as instruções do técnico Calão, tricampeão mundial que, agora no papel de técnico, transmite aos jogadores toda sua experiência em Mundiais, a seleção brasileira entrou no campo 1 do Helvetia respeitando os colombianos, que nas classificatórias haviam feito uma campanha de nível técnico similar. A essa seriedade somaram-se a estratégia inteligente de entrada de cavalos
e a notável evolução de entrosamento. O resultado não poderia ter sido melhor: uma partida em que o time verde-amarelo liderou o placar do início ao fim. Além de sair na frente e levar o marcador a 4 a 0 no fim do terceiro chukker, o Brasil não permitiu que o grupo formado por Felipe Marques, Camilo Espinosa, José Torres e Sebastian Aristizabal jogasse. Neutralizados, os colombianos só conseguiram marcar seu primeiro gol no quarto tempo, quando a parcial em 2 a 2 não chegou a oferecer preocupação ao time da casa. No quinto e último chukker, o Brasil continuou ditando o ritmo. Gol após gol, fechou o placar com um contundente 10 a 2. Vitória do Brasil, que com a conquista garantiu o direito de lutar, na Argentina, pela cobiçada quarta estrela. Para Calão, comprometimento, espírito de equipe e habilidade para montar qualquer tipo de cavalo foram fundamentais para o bom desempenho da seleção brasileira nas eliminatórias. “Como há pouco tempo de adaptação aos cavalos, é preciso ter comprometimento e vontade de seguir evoluindo”, afirma. “Depois é preciso somar as habilidades individuais de cada jogador e fazer com que eles se reconheçam e joguem em grupo”, completa. Luis Lalor, vice-presidente da FIP e presidente da Associação Argentina de Polo, acompanhou de perto as eliminatórias. “Impressionaram-me a receptividade, a “buena onda” e a organização”, elogiou. O evento teve patrocínio da World Realty.
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O peruano Mateo Cilloniz e José Torres da Colombia numa bela travada
O uruguaio Guillermo Besossi e Pedro Zacharias observados por Xande Junqueira
Back de Guillermo Besosi observado de perto por Pipe Marques da Colombia
RESULTADOS
Quarta-feira, 22/06/11 Uruguai 07 x 10 Colômbia Brasil 10 x 04 Peru Quinta-feira, 23/06/11 Brasil 13 x 08 Uruguai Colômbia 13 x 06 Peru Sábado, 25/06/11 Uruguai 07 x 05 Peru Brasil 10 x 02 Colômbia OURO PRATA BRONZE Cidade do México 2008 Chile Brasil México Chantilly 2004 Brasil Inglaterra França Melbourne 2001 Brasil Austrália Inglaterra Santa Bárbara 1998 Argentina Brasil Inglaterra St. Moritz 1995 Brasil Argentina México Santiago 1992 Argentina Chile Inglaterra Berlim 1989 EUA Inglaterra Argentina Buenos Aires 1987 Argentina México Brasil
Sabor de vitória: Beto, Pedro, Xande e João 127
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Leilões do Polo
Os potros do São José Polo correm à solta na Fazenda Barrosa 130
GRANDES LANCES Animais de primeira linha, em treinamento ou em jogo, foram os destaques dos leilões do São José Polo e do Haras Itaguassú, principais remates da temporada
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Leilões do Polo
No III Leilão São José Polo foram leiloados produtos originados de garanhões como ‘El Coroado’
O alto nível da criação brasileira, que tem apresentado animais de genética comprovada, somado às condições de pagamento facilitadas, tem atraído cada vez mais compradores aos leilões de cavalos de polo. Dada a qualidade dos produtos oferecidos, um dos remates mais esperados da temporada foi o do São José Polo, de José Eduardo Matarazzo Kalil. Sua tradicional criação é baseada nas estruturas 132
argentinas e conta com matrizes e reprodutores importados de criadores renomados como Ellerstina, de Gonzalo Pieres. Na ocasião do III Leilão São José Polo, realizado durante a Copa de Ouro, foram oferecidos produtos de garanhões como Open Xerox, Machito, Travolta, Open Catolico, Chocolate, El Coroado e Espetáculo, e de éguas madres como Feiticeira, Reverita, Amorzinho, Vampira, Ariela, Pigmeia, Pastora, Open Xelene e Champagne.
Da cria do Haras Itaguassú, o garanhão My Chief é filho do recordista mundial dos 1000 metros Spark Chief, único dessa linhagem na criação de polo no Brasil
“Por suas condições e qualidades, o São José tem a capacidade de oferecer todo ano excelentes produtos”, afirma Ronnie Scott, da pioneira Scott Leilões, responsável pelo remate do São José. As vendas foram de animais em treinamento, como Astor, Ariba, Atila, Amon Ra, Ancora, Alegrete, Angelina e Andressa, além de animais em jogo, como Manuela, Natureza e Mariana. O destaque foi a égua Carisma, também em jogo, que bateu o recorde
do leilão. “Tivemos a aprovação dos compradores em 100% das vendas”, completa Ronnie. Outro grande remate da temporada foi promovido pelo Haras Itaguassú, de Francisco Pelosini. Com criação de cavalos de polo estabelecida desde 1968 em Avaré, interior de São Paulo, o criador aprimorou a qualidade de seu plantel com a importação, desde a década de 80, de matrizes argentinas de genética comprovada. Já 133
Leilões do Polo
O I Leilão Haras Itaguassu reuniu vinte animais de excelente genética
No Leilão São José Polo foram realizadas vendas de animais em treinamento, como o ‘Astor’
na década de 90, o Haras expandiu suas atividades para Argentina, criando e treinando animais de jogo em Pilar. “O resultado foi extraordinário e o plantel atingiu altíssima qualidade e desempenho, o que nos permitiu realizar o I Leilão Haras Itaguassú”, comenta Francisco Pelosini. Foram leiloados 20 animais, divididos em lotes duplos de potrancas com excelente genética, além de lotes duplos de garanhões, éguas jogando (todas participando dos melhores torneios da 134
temporada 2011) e um embrião. Segundo os organizadores, alguns lances ultrapassaram os R$ 200 mil, o que garantiu uma excelente média de preços, principalmente para as potrancas filhas de Polo Francisco, como Itaguassú Amanda e Esperanza. Com o sucesso das vendas, a família Pelosini pretende incorporar ao plantel novos garanhões Polo Argentino e aumentar o número de animais nascidos ao ano. A ideia é oferecer mais animais e embriões de alta qualidade para o próximo remate, já marcado para 2013.
Julgamento
CAVALOS NA PASSARELA
A égua Ferrari do Haras Itaguassu foi a vencedora da classe “Animais em Jogo” tipo médio
A criação de cavalos de polo no Brasil se desenvolve a cada ano e um bom termômetro para sabermos o que o “nosso vizinho” está fazendo é participando ou assistindo ao já tradicional julgamento organizado pelo H.P.C.C. desde 1979, sempre com a coordenação de Ronnie Scott. Este ano, realizado no dia 2 de setembro, entre as finais do Campeonato Aberto do Helvetia e inicio da Copa Christofle, com o adiamento de alguns jogos tivemos baixas de tradicionais expositores, porém “quem veio trouxe o que tinha de melhor” comentava Ronnie, tornando a pista pesadíssima e dando muito trabalho aos juízes, este ano formado pelos especialistas Mauro Egydio Souza Aranha e Sergio Roberto Aun. Os trinta animais participantes trazidos por dez expositores foram divididos em três categorias: Cria Nacional, Puro Sangue Inglês e Categoria Livre. Essas categorias são ainda subdividas em Cabresto e Domados para potros. E ainda Animais em Jogo, tipo leve até 1,54 metros, tipo médio até 1,58 metros e tipo pesado acima de 1,58 metros. No julgamento Cria Nacional Cabresto ganhou o animal ‘Veloz’ apresentado por João Pedro Souza Aranha na frente de ‘Chocolate’, também da Casa Verde. Nos Domados Cria Nacional saiu vitoriosa a ‘Oncinha’ apresentada pela Sucuriú do Cataco Linhares. Nesta categoria participaram mais três animais do Villa Hana: ‘Jackie Stewart’ que foi 2° colocado, e ‘Serena Williams’ e ‘Cockie’. Também da Sucuriú, ‘Raquele’ e ‘Boite’. Ainda na Categoria Cria Nacional, Animais em Jogo, o Haras Itaguassú do Chico e Nando Pelosini ficou na frente nas três subcategorias: Ganhando com ‘Ágata’ na categoria tipo leve que concorreu com ‘Amanda’ do Itaguassu e ‘Luk’ do Flamboyant. Ganhou com a ‘Ferrari’ a categoria tipo médio, concorrendo com ‘Caprichosa’ e ‘Brigite’, do criatório de Luiz Candido e ‘Presente’ do 136
Cataco Linhares. Levou também o primeiro lugar Tipo Pesado com a égua ‘Escalada’, à frente de ‘Zangão’ e ‘Revista’ do Sucuriu. No final dos trabalhos ‘Escalada’ sagrou-se a égua grande campeã do julgamento 2011, disputando com ‘Deusa’ do Itanhangá e também com ‘Simpatia’ do Flamboyant que ganharam respectivamente as categorias P.S.I. e Categoria Livre. Na pista do Puro Sangue Inglês, tivemos como vencedor da Categoria Tipo Leve a égua apresentada por Gustavo ‘GG’Garcia, a ‘Toa-Toa’. No tipo médio a ganhadora foi ‘Deusa’ da tropa do Itanhangá e no tipo pesado vitória para ‘Quality’, também apresentada pelo GG que disputou com a ‘Cote’ e ‘Ninguém Merece’ de Pedro Luiz Souza Pinto. Na última etapa do julgamento, Categoria Livre, tivemos uma única subdivisão de animais de 1,54 mts a 1,58 mts tipo médio. O time Flamboyant participou com a ‘Alegria’, ‘Guanabara’ e ‘Simpatia’, égua campeã desta categoria. Na pista tínhamos ainda a égua ‘Cigana’ do Marquinho Telechea que ficou com a segunda colocação. Na Categoria Reprodutores o campeonato ficou para o garanhão ‘Vento’ apresentado pela Villa Hana, que foi o único participante. Neste ano devido às chuvas que atrasaram vários jogos de torneios forçando a mudança de treinos alguns renomados expositores como Abacateiro e Sucupira e também novatos como o Confidence mesmo com excelentes produtos pré-inscritos não puderam participar. Pelo mesmo motivo, houve consenso entre a comissão organizadora, Sr Ronnie Scott, os Juízes Mauro Souza Aranha e Sérgio Aun de limitarem o julgamento apenas a parte morfológica, ou seja, foi analisado nos animais “seu tipo físico”. Já para o próximo ano, ressalta Sr Ronnie – “Voltaremos com a apresentação montada para animais em jogo” julgando assim além da morfologia sua aptidão para o esporte.
XXII Scott Junior Cup
PEQUENOS GRANDES CRAQUES Idade não é documento quando o assunto é polo. Prova disso é a Scott Junior Cup, que reuniu três times de polistas da nova geração Estimular o polo juvenil através de um torneio é a proposta da Scott
Junior Cup, que em sua 22ª edição reuniu nos campos do Helvetia doze garotos de 10 a 14 anos. Filhos, netos e sobrinhos de polistas, eles herdaram a paixão pelos cavalos da família e, mesmo com pouca idade, já dominam com desenvoltura seus tacos. O torneio de juniores foi criado por Ronnie Scott em 1979, quando era disputado paralelamente à Copa Vogue – Prêmio Rolex. Posteriormente foi nomeado como Scott Junior Cup em homenagem ao “tio Ronnie”, organizador e grande incentivador do polo juvenil. Este ano foram formados três times, com a participação de garotos de Uruguaiana, São Paulo, Itu, Indaiatuba, Orlândia e Franca. Pela equipe Casa Verde jogaram João Pedro Souza Aranha, Alexandre Mello, Maurilio Mendonça e Guilherme Maia. Defendendo o Helvetia estavam Ícaro Silva, Pedro Kalil, Patrick Menescal e Felipe Parker Maia. Já a equipe Cana Verde contou com Felipe Souza Aranha, Luiz Felipe Mainardi, José Carlos Hoop Meirelles e Eduardo Diniz Junqueira. A competição também prevê a participação dos jovens polistas no Concurso de Arreamento, uma ideia de Didi Souza Aranha que, há muitos anos, foi colocada em prática com o objetivo de complementar a formação dos jogadores. Entre as práticas de montaria previstas estão a colocação da sela, além de arreio e estribos. “Este ano, vários participantes empataram em número de pontos, não houve um vencedor”, afirma Ronnie Scott. Como o objetivo é competir, todos foram premiados com o troféu comemorativo. Além de ser uma maneira de compartilhar uma paixão, o torneio estimula a formação dos craques do futuro. Para Ronnie, prova do sucesso é o fato de “alguns juniores já estarem participando de torneios de 0 a 2 gols com adultos”. É entre essa turma que está a nova safra de talentos do polo.
É de menino que...
A Palavra do Presidente “Prezados polistas,
Nas edições anteriores, concentrei meus comentários sempre em cima da temporada de polo do ano corrente... Esse ano não poderia ser de todo diferente, foi repetido o sucesso e obtivemos um numero recorde de torneios disputados – 27 torneios no baixo, médio e alto handicap. Aconteceu também a segunda edição da Tríplice Coroa onde a equipe São José, capitaneada pelo nosso sócio José Eduardo Kalil, brilhantemente se sagrou bicampeã. Parabéns a todos que fazem parte da equipe São José e às equipes e jogadores que se mobilizaram para disputar o Calendário 2011 do Helvetia Polo Country Club. Contamos com todos para que 2012 seja ainda melhor...”
Pedro Bordon 138
Placar
Resultados dos torneios 2011 ALTO HANDICAP COPA VOGUE 18 gols 16/04/11 Flamboyant 09 x 13 Shark’s Invernada 12 x 11 Guabi Polo 17/04/11 Maragata 05 x 13 Tigres Shark`s 09 x 07 Tigres Azul Flamboyant 13 x 07 Villa Real 21/04/11 Villa Real 14 x 10 Shark`s Maragata 11 x 12 Invernada Flamboyant 05 x 09 Tigres Azul Tigres 11 x 12 Guabi Polo 23/04/11 Maragata 05 x 11 Guabi Polo Villa Real 10 x 12 Tigres Azul Tigres 08 x 11 Invernada 24/04/11 Tigres Azul 09 x 12 Guabi Polo Invernada 13 x 12 Shark`S 30/04/11 Guabi Polo 12 x 10 Invernada
COPA GIORGIO MORONI 22 gols 01/05/11 São José 10 x 09 Villa Real 04/05/11 15:00 Itanhanga II 16 x 14 Villa Real
81º ABERTO DO ESTADO DE SÃO PAULO 26 gols 29/05/11 São José 11 x 12 Maragata 31/05/11 Villa Real 13 x 09 Itaipava 01/06/11 15:00 Itanhanga 10 x 13 São José 02/06/11 Itaipava 11 x 10 Maragata 04/06/11 Maragata 09 x 10 Itanhanga Villa Real 09 x 10 São José 07/06/11 São José 10 x 05 Itaipava Itanhanga 11 x 10 Villa Real 11/06/11 Itaipava 07 x 11 Itanhanga 18/06/11 São José 12 X 10 Itanhangá
24/08/11 Sharks 06 x 14 Invernada 25/08/11 Maragata 08 x 11 São José 26/08/11 Villa Real 05 x 08 Sharks 28/08/11 Maragata 06 x 11 Villa Real Invernada 11 x 08 São José 02/09/11 São José 07 x 04 Villa Real 03/09/11 Sharks 11 x 09 Maragata
06/08/11 São José 14 x 07 Tigres Azul Sharks 07 x 08 Tigres Confidence 10 x 09 Guabi Villa Real 10 x 07 Invernada
07/09/11 São José 11 x 09 Sharks
07/05/11 Invernada 10 x 12 Itanhanga I
10/08/11 São José 11 x 09 Invernada
08/05/11 Itanhanga II 9 x 11 São José Invernada 11 x 12 Maragata
11/08/11 Villa D 07 x 10 Maragata
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CAMPEONATO ABERTO DO HELVETIA 22 gols
04/09/11 Villa Real 10 x 13 Invernada
05/05/11 Maragata 08 x 07 Itanhanga I
14/05/11 Itanhanga II 06 x 09 São José
27/08/11 Guabi Polo 08 x 07 Tigres
55º CAMPEONATO BRASILEIRO 18 gols
07/08/11 Maragata 10 x 11 Tigres Tigres Azul 07 x 11 Villa Real Villa D 11 x 12 Sharks Flamboyant 09 x 17 Guabi
12/05/11 Maragata 08 x 10 Itanhanga II São José 09 x 08 Itanhanga I
14/08/11 São José 09 x 10 Guabi Polo Tigres 11 x 06 Confidence
13/08/11 Invernada 09 x 07 Tigres Azul São José 14 x 04 Villa Real Maragata 11 x 10 Sharks Villa D 04 x 11 Tigres Confidence 11 x 10 Flamboyant
10/09/11 Invernada 07 x 11 São José
MÉDIO HANDICAP VII COPA CIDADE DE INDAIATUBA 14 gols 26/03/11 Casa Verde 14 x 05 Flamboyant Shark´s 13 x 09 Confidence Polo Prata Audi 13 x 11 Villa Real Itaipava 05 x 11 Tigres 27/03/11 Prata Audi 07 x 06 Confidence Polo Shark´s 13 x 10 Villa Real Flamboyant 13 x 08 Itaipava Casa Verde 12 x 13 Tigres
A Equine Care é pioneira no acompanhamento e análise de animais dentro de campo, na fisioterapia e na reabilitação, visando a excelência do desempenho atlético. Todos os torneios de alto handicap do Brasil e alguns dos principais da Argentina já foram vencidos por equipes assistidas pela Equine Care. Desde 2006 acompanhamos integralmente cavalos brasileiros em temporadas na Argentina. Nossos agradecimentos as equipes e jogadores de polo que confiam seus animais aos nossos cuidados. Junte-se a essas equipes !!! www.equinecare.com.br 19-8142-9909 | 19-8131-0123
Placar 02/04/11 Flamboyant 07 x 09 Tigres Casa Verde 12 x 08 Itaipava Prata Audi 13 x 11 Shark’s Confidence 07 x 06 Villa Real 09/04/11 Tigres 10 x 09 Shark’s Casa Verde 09 x 10 Prata 16/04/11 Tigres 07 x 12 Prata Audi
COPA VOGUE 10 gols 16/04/11 Casa Verde 09 x 08 Santa Lucia Pão 07 x 12 Bela Vista 17/04/11 Casa Verde 12 x 11 Confidence Toca do Gato 08 x 12 Santa Lucia Flamboyant 12 x 10 Prata Audi Pão 08 x 07 Itaguassu Bela Vista 08 x 07 Carapuça 21/04/11 Casa Verde 11 x 10 Toca do Gato Bela Vista 13 x 07 Itaguassu Pão 09 x 15 Carapuça Confidence 10 x 12 Santa Lucia Sucupira 11 x 12 Prata Audi 23/04/11 Toca do Gato 12 x 11 Confidence Itaguassu 09 x 10 Carapuça Flamboyant 12 x 10 Sucupira 24/04/11 Casa Verde 11 x 09 Carapuça Bela Vista 13 x 14 Flamboyant 30/04/11 Casa Verde 10 x 13 Flamboyant
COPA ANDREA MORONI 14 gols 30/04/11 Confidence 08 x 14 Sharks II Agudo 11 x 12 Tigres 05/05/11 Sharks I 07 x 09 Prata 06/05/11 Guabi 10 x 11 Agudo Tigres 12 x 07 Villa D 07/05/11 Confidence 10 x 13 Prata Villa D 07 x 10 Agudo Tigres 07 x 09 Guabi Sharks II 10 x 11 Sharks I 08/05/11 Villa D 03 x 09 Guabi Confidence 04 x 14 Sharks I Prata 11 x 12 Sharks II 142
14/05/11 Sharks I 07 x 10 Tigres Guabi 10 x 07 Sharks II 15/05/11 Tigres 06 x 14 Gabi Polo
COPA DE PRATA 10 gols 21/05/11 Aloha 13 x 10 Itaguaí Carapuça 05 x 09 Guabi Polo Patuá 14 x 10 Confidence Santa Márcia 04 x 09 Vila D 22/05/11 Invernada 11 x 06 Carapuça Flamboyant 12 x 05 Santa Márcia Confidence 07 x 12 Prata Patuá 10 x 09 Sucupira Tigres 12 x 07 Itaguaí 26/05/11 Prata 10 x 08 Sucupira 28/05/11 Confidence 10 x 08 Sucupira Guabi 11 x 05 Invernada Aloha 08 x 10 Tigres Vila D 08 x 06 Flamboyant 29/05/11 Tigres 13 x 10 Guabi 02/06/11 Patuá 08 x 09 Prata 04/06/11 Villa D 07 x 12 Prata 05/06/11 Tigres 06 x 05 Prata
COPA ESTADO DE SÃO PAULO 14 gols 04/06/11 Guabi Polo 09 x 08 Casa Verde Bela Vista 08 x 04 Tigres 05/06/11 Villa D 10 x 12 Shark’s 08/06/11 Villa D 07 x 11 Guabi Polo Casa Verde 12 x 11 Shark’s Prata Polo 11 x 08 Bela Vista 11/06/11 Prata Polo 07 x 08 Tigres Villa D 09 x 19 Casa Verde Shark’s 08 x 09 Guabi Polo 12/06/11 Guabi Polo 09 x 08 Bela Vista Prata Polo 10 x 11 Casa Verde 18/06/11 Casa Verde 09 x 08 Guabi Polo
COPA EINSTEIN 14 gols 17/06/11 Flamboyant 07 x 06 Carapuça Villa Real 09 x 06 PEC Vet 18/06/11 Confidence 07 x 08 PEC Vet 19/06/11 Villa Real 06 x 08 Flamboyant Carapuça 09 x 08 Confidence 21/06/11 Villa Real 06 x 10 Carapuça 23/06/11 Carapuça 11 x 07 PEC Vet Flamboyant 08 x 10 Confidence 24/06/11 PEC Vet 09 x 06 Flamboyant Villa Real 07 x 09 Confidence 25/06/11 Carapuça 13 x 12 PEC Vet
COPA CHRISTOFLE 10 gols 27/08/11 Casa Verde 08 x 11 Confidence Flamboyant 04 x 11 Pão/ Colina Coinvalores 05 x 09 Tigres Azul 28/08/11 Flamboyant 04 x 05 Sucupira Confidence 13 x 12 Prata Villa D 11 x 12 Itanhangá BTG Pactual 04 x 11 Pão Invernada 09 x 08 Casa Verde 03/09/11 BTG Pactual 12 x 11 Sucupira Prata 11 x 07 Invernada Agudo 04 x 07 Tigres Azul Itanhangá 09 x 07 Jal/ 3 Colinas 04/09/11 Sucupira 10 x 11 Pão Casa Verde 10 x 11 Prata BTG Pactual 06 x 10 Flamboyant Confidence 08 x 11 Invernada Villa D 08 x 06 Jal / 3 Colinas 07/09/11 Itanhanga 03 x 08 Tigres Azul Pão / Colina 04 x 08 Prata 10/09/11 Tigres Azul 11 x 10 Prata
COPA HPCC 14 gols 10/09/11 Villa D 08 x 09 Shark´s 11/09/11 Villa D 07 x 10 Villa Real Pec Vet 09 x 06 Prata 14/09/11 Shark´s 08 x 07 Villa Real 16/09/11 Pect Vet 10 x 08 Villa D 17/09/11 Prata 09 x 08 Sharks 21/09/11 Prata 08 x 10 Villa Real Pec Vet 11 x 09 Sharks 24/09/11 Prata 13 x 09 Villa D Pec Vet 10 x 13 Villa Real
BAIXO HANDICAP COPA HPCC 06 gols 10/09/11 Flamboyant 2 09 x 13 Flamboyant Hípica Polo 09 x 08 Coinvalores 11/09/11 Flamboyant 2 09 x 08 Confidence Abacateiro 06 x 07 Hípica Polo 17/09/11 Flamboyant 06 x 09 Confidence 18/09/11 Abacateiro 09 x 10 Coinvalores 24/09/11 Confidence 11 x 10 Coinvalores Hípica Polo 09 x 10 Flamboyant
VII COPA CIDADE DE INDAIATUBA 06 gols 26/03/11 Cana Verde 10 x 08 Santa Lucia Taquaral 04 x 09 Bela Vista 27/03/11 Cana Verde 09 x 08 Hípica Polo Sucupira 09 x 10 Bela Vista 02/04/11 Hípica Polo 06 x 03 Santa Lucia Sucupira 08 x 06 Taquaral 03/04/11 Bela Vista 14 x 15 Hípica Polo
09/04/11 Cana Verde 06 x 08 Sucupira 16/04/11 Hípica Polo 10 x 11 Sucupira
COPA VOGUE 02 gols
28/05/11 Jal 07 x 06 Santa Clara Cana Verde 08 x 04 Mata Chica Azeitona 04 x 06 Flamboyant 29/05/11 Cana Verde 04 x 06 Flamboyant 3 Colinas 05 x 07 Mata Chica
17/04/11 Samello 06 x 06½ Cana Verde Jal/3 Colinas 07 x 06 Flamboyant
04/06/11 Flamboyant 06 x 05 Mata Chica
21/04/11 Cana Verde 05½ x 05 Patuá Jal/3 Colinas 08 x 01 Cana Verde II
COPA EINSTEIN 02 gols
23/04/11 Samello 03 x 06 Patuá Flamboyant 08 x 02 Cana Verde II 24/04/11 Cana Verde 06½ x 06 Flamboyant Jal 04 x 05 Patuá
18/06/11 Lincx 05 x 06 Unipolo 19/06/11 Haras Polo 08 x 04 Unipolo Patua 07 x 05 Lincx 23/06/11 Patua 03 x 02 Haras Paulista
30/04/11 Cana Verde 07½ x 7 Patuá
25/06/11 Unipolo 06 x 07 Patuá Lincx 02 x 05 Haras Paulista
COPA ANDREA MORONI 06 gols
26/06/11 Patua 06 x 03 Haras Paulista
30/04/11 Hipica Polo 12 x 10 Santa Lucia Flamboyant 11 x 07 Tigres 05/05/11 Cana Verde 10 x 08 Santa Lucia 06/05/11 Hipica Polo 13 x 14 Patuá 07/05/11 Cana Verde 14 x 13 Hipica Polo Santa Lucia 07 x 11 Patuá Flamboyant 08 x 09 Invernada 08/05/11 Patuá 12 x 11 Cana Verde Invernada 10 x 07 Tigres 14/05/11 Patuá 13 x 07 Flamboyant Invernada 10 x 09 Cana Verde 15/05/11 Patuá 12 x 15 Invernada
COPA DE BRONZE 02 gols 21/05/11 Mata Chica 08 x 06 Jal Santa Clara 03 x 06 Cana Verde Azeitona 02 x 04 3 Colinas 22/05/11 Flamboyant 05 x 08 3 Colinas Mata Chica 08 x 01 Santa Clara 11:30 Cana Verde 05 x 04 Jal
COPA ESTADO DE SÃO PAULO 06 gols 04/06/11 C. Verde 09 x 08 Santa Márcia 05/06/11 H. Polo 08 x 05 São Jorge Peroba 09 x 08 Cana Verde S. Márcia 09 x 07 S. Lucia 08/06/11 H. Polo 09 x 08 Royal Salute Peroba 10 x 08 S. Lucia 11/06/11 São Jorge 07 x 11 Royal Salute C. Verde 15 x 09 Santa Lucia Peroba 09 x 08 Santa Márcia 12/06/11 Hipica Polo 10 x 07 Cana Verde Peroba 07 x 10 Royal Salute
55º CAMPEONATO BRASILEIRO 06 gols 06/08/11 Mata Chica 08 x 05 BTG Pactual Cana Verde 05 x 11 Prata Sharks 06 x 10 Colina Flamboyant 09 x 08 Coinvalores
Placar 07/08/11 Mata Chica 09 x 06 Sharks Prata 13 x 07 3 Colinas BTG Pactual 04 x 08 Colina Coinvalores 10 x 09 Hípica Polo 13/08/11 3 Colinas 03 x 13 Cana Verde Hipica Polo 12 x 11 Flamboyant Sharks 04x 06 BTG Pactual Mata Chica 09 x 07 Colina
55º CAMPEONATO BRASILEIRO 02 gols 06/08/11 Santa Fé 05 x 04 Santa Clara Taquaral 09 x 02 Marquesa Capão Alto 04 x 06 Pedra Negra Jal 04x 02 Posh-Cipher 07/08/11 Villa Suíça 04 x 08 Capão Alto Himex 07 x 04 Posh-Cipher Cana Verde 06 x 07 Santa Fé Patuá 06 x 04 Marquesa 13/08/11 Pedra Negra 06 x 04 Villa Suíça Jal 08 x 02 Himex Cana Verde 03 x 08 Santa Clara Patuá 07 x 05 Taquaral
14/08/11 Pedra Negra 06 x 07 Santa Fé Jal 04 x 06 Patuá 27/08/11 Santa Fé 07 x 08 Patuá
COPA HPCC 02 gols 11/09/11 Capão Alto 03 x 07 Cana Verde 3 Colinas 07 x 02 Villa Real
COPA CHRISTOFLE 02 gols
17/09/11 3 Colinas 07 x 08 Cana Verde Confidence 05 x 02 Villa Real
27/08/11 Posh-Cipher 05 x 04 Himex Capão Alto 03 x 11 3 Colinas
18/09/11 Capão Alto 06 x 05 Villa Real Confidence 04 x 04½ 3 Colinas
28/08/11 Flamboyant 05 x 06 Capão Alto Cana Verde 06 x 05 3 Colinas Villa Real 05 x 03 Posh-Cipher Invernada 08 x 01 Himex
24/09/11 Capão Alto 02 x 08 3 Colinas Confidence 05 x 06 Cana Verde
03/09/11 Vila Real 04 x 06 Invernada Flamboyant 05 x 0½ Cana Verde 04/09/11 Flamboyant 03 x 04 03 Colinas Cana Verde 06 x 02 Capão Alto Invernada 07 x 06 Posh-Cipher Villa Real 4½ x 04 Himex
25/09/11 Cana Verde 05 x 02 Villa Real Confidence 02 x 05 Capão Alto 01/10/11 Cana Verde 06 x 07 3 Colinas
07/09/11 Invernada 06 x 05 3 Colinas Cana Verde 08 x 07 Vila Real 10/09/11 Invernada 09 x 03 Cana Verde
TAQUERA HS
FABRICAÇÃO E CONSERTO DE TACOS DE POLO Envio para Consertos: Estrada Sapezal 742 Indaiatuba CEP 13 337-100 Tels.: (19) 3801-2705 • (19) 9825-6316 • ID 55*139*5351 144
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Nas Tábuas
E LA NAVE VA Inauguração do Helvetia Polo Country Club em 1975: PG Meirelles, Lau Junqueira, Ricardo Mansur e Sergio Aun
Toda a história do Helvetia reunida no primeiro jogo no Village em 2007
Mais um ano de polo está prestes a terminar
e cumpre-me fazer alguns comentários a respeito. Nosso polo hoje reúne uma grande quantidade de bons jogadores, alguns excepcionais. Os clãs continuam fornecendo cavaleiros muito bem preparados e eficientes. Os ‘mitos’ do polo vêm de longa data em nosso convívio, pois passam para os filhos e herdeiros toda habilidade e experiência do passado. Nomes tradicionais como Souza Aranha, Junqueira, Assumpção, Kalil, Aun, Martins Bastos, Klabin, Meirelles, Diniz, Mansur, Matarazzo, Pinheiro, Palma, Pelosini, Linhares, Andrade, Novaes, Moroni, Scott, Bardella, Cunha, Portugal Gouvêa, Siquini, Ganon, Pavan, Ribeiro, Coutinho, Camargo, Castejon, Figueira de Melo, Nogueira, Hafers, Herreros, Vilela Rosa, Villa Real, assim como famílias do Rio de Janeiro e Sul do Brasil são os bastiões deste esporte. Para fazermos uma comparação do polo atual com o da geração anterior, devemos considerar que é a mesma ‘cachaça’, quem começa dificilmente pára. Claro que tudo evoluiu, não só na criação apurada de cavalos, como o jogo em si, tecnicamente e de maior velocidade. Os jogadores de hoje, na maior parte descendentes de polistas assimilaram muito bem o contato argentino, tando amadores como profissionais. Lembramos com certa nostalgia dos jogadores do passado que marcaram época. Para citarmos algumas passagens e personagens teríamos que voltar aos anos dourados, charmosos e alegres. Alguns 146
jogadores famosos da geração mais antiga: Calú Souza Aranha, Laerte Assumpção, Fernando Delhome, Francis S. Moreira, Tito Zarvos, Roberto Reichert, Silvio Toledo Piza, Nicolau Aun, Conde Odivellas, Alfredo Sestini, Didu Souza Campos, Alvaro Catão, Armando e Daniel Klabin, Paulo Fernando Marcondes Ferraz, Sir Walter Pretyman, Mauricio Memória, Alexandre Pinto de Souza, Pito Telechea, Cabeto Bastos, Nenê Junqueira, Bié Junqueira, João Francisco, Roberto e Osorinho Junqueira, PG, Augusto, Lau, Guite, Decito, Jorge Kiehl... As mulheres paulistas disputavam com as cariocas festas, cocktails, jantares, tanto na Hípica Paulista como no Itanhangá no Rio de Janeiro. Jogadores argentinos famosos eram os papas do polo na época, que nos visitaram e jogaram na Hípica: Bebe Alberdi, Quito Alberdi, Charles Menditegui, os Cavanah, Andrada e outros. A leva seguinte já era de jogadores novos argentinos com uma escola magnifica como Juan Carlito Harriot, Alfredito, os Heguy, Daniel Gonzales, Catcho Merlos, Alex Mihanovich, Dorignac e Lalor, que vieram nos prestigiar e ensinar coisas novas do jogo. O polo de hoje ganhou mais adeptos pela sua procura e adaptação ao local mais importante do Brasil, o Helvetia Polo Country Club, um mundo colorido com o clima, os amigos e a tradição do polo brasileiro, juntamente com os clubes do interior do estado e do Brasil. (Por Lau Junqueira)
ISSN 2237647-X
9 772237 647006