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ISSN 2237647-X
YEARBOOK 2013/2014
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YEARBOOK 2013/2014 Editor e Diretor Claudio Schleder Diretor Executivo Claudio Schleder Filho Fotos Melito Cerezo Redatora Colaboradora Tatiana Sasaki Direção de Arte RL Markossa Revisão Maria Dolfina Diretora Administrativa e Financeira Tábata Schleder Impressão e Acabamento Prol Gráfica POLO YEARBOOK é uma publicação de INBOOK EDITORA Rua Jerônimo da Veiga, 428 cj. 82 – CEP 04536-001 – Tel. (11) 3078-7716 – São Paulo – Brasil www.inbook.com.br © INBOOK 2013 Todos os direitos reservados ISSN: 2237-647X POLO YEARBOOK não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e anúncios ou mensagens publicitárias desta edição. As pessoas que não constam do expediente não têm autorização para falar em nome de POLO YEARBOOK. É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação sem autorização.
Altos, bonitos, corajosos e velozes O Polo Yearbook cobre nesta edição a quinta temporada
consecutiva dos torneios do Helvetia Polo Country Club. A impressão mais marcante que ficou nestes cinco anos, é que o polo exerce uma atração indomada para quem joga, é uma espécie de desafio, verdadeira obsessão, um jogo de audaciosos empresários, fazendeiros, banqueiros, que também no seu cotidiano tomam riscos em seus diferentes business. Para uma turma de veteranos do Helvetia, aposentar os tacos ou se afastar do polo, nem pensar. Embora hoje só ocasionalmente joguem torneios, eles não abrem mão dos treinos no fim de semana. O polista veterano Cabeto Bastos confessa: “Me divirto muito treinando e minha temporada de polo é intensa, de 12 meses, não paro de jogar polo. Em janeiro na estância em Uruguaiana, no outono no Helvetia e toda primavera na Argentina. E acho que na minha idade não se deve parar de jogar polo, se parar é um desastre.” Outro polista veterano que tem segredos a revelar é Didi de Souza Aranha: “Não existe ninguém que, no momento em que a bola é atirada em jogo não sinta o aperto no estomago, se indagando: ‘Será que é desta vez?” Também veterano, Luizinho Matarazzo declarou para o livro Polo Brasil, editado por Nick Lunardelli nos anos 1990: “Quando um jogador está saindo do campo na maca, a caminho do hospital, a família em torno dele está perguntando: “Agora será que ele pára?” Ao passo que o jogador só está pensando numa coisa: “Em quanto tempo poderei voltar?” Isso acontece há dois mil anos, pois no Tibet caçava-se o rato almiscarado com cavaleiros portando seus bastões para matar o bicho, e na falta dos ratos, começaram a usar uma bola coberta de pele para fazer as vezes do mouse. Os persas entraram no jogo e o espalharam para a Grécia e Índia. Os ingleses aprenderam a jogar na Índia e o levaram para os americanos. Os argentinos o herdaram dos ingleses e devido às condições de crias, campos e caráter montaram uma estrutura espetacular. Aqui no Brasil, devemos o polo principalmente ao Exército, que o levou ao Sul e Rio de Janeiro, como explica Cabeto Bastos: “O polo gaúcho, e, aliás, o brasileiro, teve uma contribuição muito forte do Exército. Sabe-se do polo militar desde o ano de 1925, que teve uma predominância muito grande até os anos 70, o que é historicamente comprovado. Meu primeiro troféu é de 1965, jogando em campos militares em Uruguaiana.” O amor pelo polo é tanto que PG Meirelles, talvez o mais longevo polista em atividade no mundo, ainda bate uma bolinha e, mais do que isso, é presença confirmada na assistência de tudo quanto é torneio. Com uma carreira para lá de duradoura no polo, conhece todo mundo do meio porque nunca teve problema em entrar em campo com polistas de gerações posteriores à sua, sempre com bom humor e fairplay, além da experiência acumulada nas mais de seis décadas dedicadas ao esporte. Cabeto Bastos também conta que toda sua atividade social está ligada ao polo: pais, filhos, netos, jogadores e criadores e as crias dos animais... “É a forma de um ex polista seguir no ambiente, algumas pessoas me conhecem como ex jogador e outras como criador. Meu objetivo é ser o avô daquele rapaz que joga polo...” E o polista filósofo Luiz “Caribu” Hafers arremata: “Quando montamos a cavalo, nos tornamos altos, bonitos, corajosos e velozes. Nosso ego fica massageado como nenhum psicanalista jamais conseguiria elevar. O cavalo nos faz explodir, o polo é a síntese de nossa busca do infinito.”
Claudio Schleder Editor
A palavra do Presidente Prezados Polistas,
Após seis anos a frente da Diretoria de nosso clube, é com extrema satisfação que anunciamos para o ano de 2014 a inauguração de nossa nova sede social... É um sonho que começou a tomar forma, quando os conselheiros e o Presidente do Conselho autorizaram os estudos para a construção de uma nova sede... Há muito se discutia a real necessidade de um espaço exclusivo e que fosse principalmente uma sede com a nossa identidade... Fizemos um levantamento do melhor local, do arquiteto que melhor entenderia a nossa proposta, e depois de alguns meses de estudos e orçamentos, concluímos o projeto que está em curso e com previsão de inauguração para meados do próximo ano. O nosso Polo mais uma vez em 2013 bateu recordes de inscrição e números de torneios disputados... Esse é um dado muito importante, visto que nosso esporte carece de divulgação, o que nos faz crer que todo esse crescimento vem de fato da paixão que nutrimos e que conseguimos passar para os demais, e cada vez mais conquistar novos adeptos... Esperamos seguir nessa crescente e podendo proporcionar a todos um jogo de altíssimo nível, não só em termos de qualidade técnica, mas sim estruturalmente... Contamos com a participação e presença de todos em 2014! Pedro Bordon Presidente do Helvetia Polo Country Club
A nova sede do Helvetia Polo Country Club, projeto do arquiteto René Fernandes, será inaugurada em 2014
TORNEIOS ABERTOS E DE
ALTO
HANDICAP 26 窶「 22 窶「 18 GOLS COPA VOGUE COPA GIORGIO MORONI COPA OURO ABERTO DO ESTADO DE Sテグ PAULO CAMPEONATO BRASILEIRO / COPA MITSUBISHI ABERTO DO HELVETIA
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Garcia Grossi do Itanhangá Pine e Paco de Narvaez do São José Polo Audi em disputa na final do Aberto do Estado de São Paulo 21
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A final do Aberto do Helvetia entre São José Polo Audi e Guabi Polo Team 23
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Henrique Junqueira do Guabi Polo Team e o back com estilo de Luiz Paulo Martins Bastos do Maragata na final da Copa Vogue 25
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Na final da Copa Moroni, Rodrigo Pinheiro do Itanhangá RP Sports é marcado por Sylvio Andrade Coutinho do Itanhangá Brasil Insurance
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Renato Diniz Junqueira do Invernada-Pec Vet no Campeonato Aberto do Helvetia
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Gustavo Ribeiro Garcia do São José Polo Audi montando sua égua Toa Toa na final da Copa Ouro
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Guilherme Ribeiro do São José Polo Audi em disputa com João Paulo Ganon do Itanhangá Brasil Insurance na final da Copa Ouro
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Aluisio Villela Rosa do Itanhangรก Brasil Insurance no corpo a corpo com Leandro Rodrigues do Santa Mรกrcia na Copa Ouro
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José Eduardo Kalil do São José Polo Audi na Copa Ouro
34
Santiago Toccalino do Guabi Polo Team no Aberto do Estado de S達o Paulo
35
Francisco Junqueira do Prata Polo Audi seguido por Garcia Grossi e Guilherme Lins na Copa Ouro
JosĂŠ Klabin do Prata Polo Audi na Copa Ouro 36
Noberto Pinheiro Jr. do Itanhangá Pine e Carlos Francisco Martins Bastos do Julius Baer Maragata na Copa Ouro
André dos Santos Diniz do La Madrugada-BTG Pactual trava o taco de Juan Agustin Grossi do Itanhangá Pine na Copa Ouro 37
38
Willian Rodrigues do São José Polo Audi disputando palmo a palmo com Garcia Grossi do Itanhangá Pine na Copa Ouro 39
Henrique Junqueira do Guabi Polo Team no jogo final do Campeonato Aberto do Helvetia
Gonรงalo Matarazzo do La Madrugada-BTG Pactual no Aberto do Helvetia 40
Carlos Eduardo Soares de Camargo do BTG Pactual-Body Tech no 57° Campeonato Brasileiro
Julian Luzarreta do Itanhangá Pine na Copa Ouro 41
No Aberto do Helvetia, a classe das tropas do São José Polo e do Itanhangá Pine 42
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Alfredo Khouri Junior do Santa Márcia é marcado por Gonçalo Matarazzo do La Madrugada-BTG Pactual no Aberto do Helvetia
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Tiro e queda: no Aberto do Helvetia, Rodrigo Pinheiro do ItanhangĂĄ Pine cai mas o taco fica em pĂŠ...
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... e no Campeonato Brasileiro, André dos Santos Diniz aterrisa suavemente com muito “savoir faire” 47
TORNEIOS ABERTOS E DE
ALTO
HANDICAP 2013
DUELO DE GIGANTES Aqui, competência e competitividade são ingredientes indispensáveis para encarar qualquer confronto Um detalhe, por mais simples que pareça, é capaz de definir a vitória ou a derrota nestes tempos de extremo equilíbrio do polo brasileiro. As equipes, altamente competitivas, sabem disso e procuram cercar todas as frentes possíveis para colocar as mãos no título. Da atenção dada à tropa passando pela escolha do jogador para determinada posição, tudo é levado em conta quando a Copa Vogue abre a temporada de alto handicap do Helvetia. Este primeiro torneio é o momento de colocar as estruturas à prova, testá-las em campo, dar-lhes ritmo. E entre os nove times de até 18 gols participantes, quem saiu na frente foi Guabi/ John Deere, que venceu de virada Maragata/ Casa Verde, equipe que entrou na disputa com uma formação inédita e foi crescendo a cada partida. O jogo final começou melhor para Maragata, e o que mais surpreendeu foi o entrosamento da equipe, montada de modo que cada jogador aproveitasse ao máximo as suas características da posição. Deuler Junqueira Franco e Sylvinho Coutinho procuravam trabalhar na marcação e pressionar no ataque, garantindo não apenas segurança ao back Roberto Souza Aranha, mas principalmente liberdade a Luiz Paulo Martins Bastos. Dessa forma, LP ficou com bastante espaço para comandar o meio de campo do time, e usou cada centímetro disponível para avançar em direção ao gol. A vantagem sobre Guabi foi sendo ampliada, chegando a 10 a 6 ao fim do quarto tempo. “Começamos muito bem a partida, e chegamos a abrir 4 gols de diferença. Logicamente este não era o placar óbvio para uma final com dois times muito parelhos, mas vínhamos jogando melhor, e impondo nosso estilo de jogo, aberto”, comenta LP Bastos. De fato, aquele placar não era o esperado, e a partir do quinto chukker o panorama mudou. No Guabi, Alexandre Junqueira e Henrique Junqueira alteraram o jeito da marcação e começaram a parar as jogadas. A velocidade diminuiu e cavalos mais potentes foram escalados, permitindo que o jogo da dupla crescesse. A Xande e Henrique somaram forças Gustavo Toledo e Oswaldinho 48
Mendonça, que apesar de jovem já mostra muita personalidade em campo. Assim, as ações passaram a ser comandadas não mais por Maragata, mas por Guabi, que anotou quatro gols em um único chukker e, sem deixar o adversário se manifestar, igualou o marcador em 10 a 10. No último tempo, os homens do Guabi pareciam ainda mais confiantes. Se já tinham empatado, as chances de virar e levar a taça eram cada vez mais reais. Henrique Junqueira marcou um e Oswaldinho Mendonça, outro. Com uma espetacular reação, dessas que levantam a tribuna, o Guabi cravou a vitória por 12 a 10 no primeiro alto handicap do calendário. “O nosso time tem a característica de jogo rápido, sempre pegando a bola de primeira e buscando levar vantagem na velocidade. Faltou-nos cadenciar o jogo quando estávamos em vantagem no placar. Eles fizeram isso e conseguiram levar o título”, explica o vice-campeão Deuler Junqueira, que contou com animais novos como a égua Petúnia, um PSI de 5 anos que em sua primeira temporada já se destaca na tropa do jogador. O prêmio de melhor animal da partida, no entanto, foi para a égua India, de propriedade de Paulo Toledo e montada por Henrique Junqueira. O também vice-campeão Luiz Paulo Martins Bastos faz um balanço positivo da participação de seu Maragata. “No fim do ano passado montamos um time entre amigos, todos amadores, com o intuito de nos divertirmos, colocar a tropa em forma e, no meu caso, experimentar cavalos novos da cria. Fomos para a final de um torneio muito competitivo!”. Para ele, o torneio foi especial. “Foi a primeira partida de três éguas da cria. Foram elas que me deram a maior alegria, uma vez que jogaram muito bem todo o torneio”, comenta. Na tropa do jogador do Maragata, destaque para Quelinda, filha de Ellerstina Elegante com Bira, e Quirela, de Ellerstina Elegante com Milonga, que voltaríamos a ver nos torneios de 22 e 26 desta temporada que só começava.
Na Copa Moroni, Igor Pinheiro do Itanhangรก Brasil Insurance prepara a tacada observado por Gustavo Toledo do Guabi Polo Team
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Noberto Pinheiro Jr. do Itanhangá Pine conquista o Campeonato Aberto do Estado de São Paulo seguido por Gustavo Ribeiro Garcia do São José Polo Audi 50
Copa Giorgio Moroni
Se um desavisado olhasse as partidas finais da Copa Giorgio Moroni poderia facilmente pensar que tudo quanto é time se chama Itanhangá. Dos quatro semifinalistas do torneio que homenageia o fundador do Helvetia, três eram Itanhangás. Essa repetição não é obra do acaso e explica-se, como bem sabem os insiders, pelo fato de se tratar da esquadra dos irmãos Pinheiro, uma estrutura que pode desdobrar-se sem perder a qualidade. Cada um dos irmãos encabeçou um Itanhangá diferente neste torneio de 22 gols. Todos cientes que, para chegar longe, cedo ou tarde acabariam enfrentando-se uns aos outros. A primeira semifinal colocou Itanhangá RP Sports, de Rodrigo Pinheiro, frente a frente com Itanhangá Pine, de Noberto. Foi duríssima, e com muitos gols para ambos os lados. Enquanto de um lado Fernando Pelosini, João Gaspar Martins Bastos e Alexandre Junqueira defendiam a camisa do RP Sports, do outro estavam Rafael Villela Rosa, José Eduardo Diniz Junqueira e Garcia Grossi pelo Pine, que com gol do argentino empatou e levou a decisão para o tempo adicional. “Esse jogo foi incrível e com certeza o mais difícil. Não sei como ganhamos e eles não devem saber como perderam, mas o que aconteceu foi que acreditamos na vitória até o final, jogamos com muita pressão até acabar”, lembra João Gaspar. E acabou com gol de ouro numa 30 jardas convertida pelo Nando, que garantiu ao RP Sports uma vaga na final. A outra vaga seria conquistada horas mais tarde por Itanhangá Brasil Insurance, de Igor Pinheiro, que contou com o talento de João Paulo Ganon, Aluisio Villela Rosa e Sylvio Coutinho para vencer Guabi Polo por 12 a 9. A grande final, portanto, foi um confronto entre Itanhangás, o RP Sports de Rodrigo e o Brasil de Igor. Começou equilibrada, com os times se alternando na liderança, já que as diferenças não passavam de um ou dois pontos. O melhor momento do RP Sports foi a terceira e quarta parciais, quando todo o time jogava de modo orquestrado, com cada jogador encaixado e cumprindo sua função. “Acho que pegamos entrosamento rápido porque jogamos sem inventar muito, o que facilita. Sempre joguei com meus irmãos, e sair do meu esquema, entrar em outro e de cara ir para uma final de Aberto foi muito gratificante”, afirma João Gaspar Martins Bastos, do Maragata, sobre sua estreia no RP Sports. Destaque para a atuação de Nando Pelosini, cuja égua Cachaça receberia o prêmio de melhor animal da final. O placar marcava apenas um gol de vantagem para o RP Sports quando, no começo do quinto chukker, teve início o show de João Paulo Ganon. Em grande fase, talvez a melhor de sua carreira, o carioca mostrou pleno controle da bola e foi efetivo tanto nas jogadas diretas como também nas cobranças de falta. Pouco a pouco, e com o apoio de Aluísio, com quem faz uma dobradinha difícil de segurar, conduziu o Itanhangá Brasil à liderança no placar. A distância foi aumentando, aumentando, e o time de Igor tinha pleno domínio da situação. Quando o sinal tocou ao fim do sexto período, o placar em 15 a 10 cravou a vitória do Itanhangá Brasil na Copa Giorgio Moroni.
Copa Ouro
Desde que a Copa Ouro Audi foi criada em 2010, o São José Polo batia na trave e não conseguia o título. Neste ano, na quarta edição do torneio, o time de José Eduardo Matarazzo Kalil finalmente colocou as mãos na cobiçada taça, única que ainda faltava em sua coleção. 51
TORNEIOS ABERTOS E DE
ALTO
HANDICAP 2013
O feito teve sabor especial: significou não só abocanhar um título inédito, mas conquistá-lo em casa, na companhia dos amigos. A grande atração ficou para o período da tarde, quando entraram em campo São José Polo Audi e Itanhangá Brasil Insurance, esquadras que depois da maratona classificatória conquistaram o direito de brigar pelo título da Copa Ouro. E que bom confronto era esperado! Ambas as equipes haviam chegado invictas à decisão. Itanhangá, no entanto, havia sido campeã da Copa Giorgio Moroni pouco antes, o que lhe dava em certo grau um status de favorita. “Acho que não havia favoritismo mesmo a gente tendo vencido a Moroni”, contesta João Paulo Ganon, do Itanhangá. “Estávamos indo enfrentar um São José que nunca havia vencido a copa, e na casa deles. Havia que jogar e jogar bem para ganhar”, completa. Foi João Paulo quem abriu o marcador, anotando o primeiro gol para o Itanhangá. A equipe São José, por sua vez, não se intimidou: partiu logo para o ataque e começou a ampliar o placar, que no fim do segundo chukker marcava 5 a 3. Em relação à formação que disputara a Giorgio Moroni, o São José inverteu algumas posições e funcionava muito melhor. Guilherme Ribeiro passou a jogar de back e Gustavo Garcia de 1, enquanto José Eduardo e William Rodrigues cuidavam de armar as jogadas no meio campo. “Entramos na Copa Ouro com tudo e melhoramos jogo a jogo. Acredito que o time ficou mais ofensivo com a alteração de posições”, garante Gegê Garcia, do São José. Ao longo do terceiro período, um festival de gols para ambos os lados. Com sua tropa potente, São José seguia impondo pressão; Itanhangá, por sua vez, se mantinha na disputa ponto a ponto, com a dupla João Paulo Ganon e Aluísio Vilella Rosa comandando as ações, sempre apoiados por Igor Pinheiro e Sylvio Coutinho. O jogo estava aberto, corrido. Em plena forma, João Paulo e Aluísio são sempre uma ameaça a qualquer adversário, e o São José, ciente disso, usou de muito cálculo para freá-los. “JP e Aluísio são dois dos grandes jogadores do Brasil, é sempre muito difícil jogar contra eles, ainda mais juntos. Eu e William sabíamos disso e conseguimos marcá-los de perto”, comenta Gegê Garcia. Assim, intensificando a marcação, o time da casa conseguiu manter-se à frente, levando a partida a 9 a 6 ao fim do quarto tempo. No período seguinte, desejando reverter a desvantagem, Itanhangá Brasil adotou uma estratégia perigosa: resolveu apostar todas as fichas no ataque, mas acabou descuidando na defesa. Sagazes e muito rápidos, José Eduardo e Guilherme aproveitaram contra-ataques e marcaram para o São José, ampliando a vantagem para cinco gols. No último chukker, um acidente com Aluísio paralisou a partida por cerca de 10 minutos. Felizmente nada de grave aconteceu, e no retorno o jogo continuou quente, disputado. Willian Rodrigues, em grande dia, não desperdiçou as chances de mostrar seu talento, sendo efetivo tanto nas cobranças de falta do São José como nas jogadas em conjunto. O tempo corria, e o Itanhangá ainda descontou com gols de Igor Pinheiro e João Paulo Ganon. Os pontos, contudo, não foram suficientes. São José tinha uma boa diferença para manejar, e a torcida em seu palanque vibrava. Por 14 a 10, a equipe anfitriã conquistava pela primeira vez a Copa Ouro!
Aberto do Estado de SP
O Aberto do Estado de São Paulo é o torneio de mais alto handicap jogado no Brasil. Reúne times de até 26 gols de handicap e 52
é, sem dúvida, a competição brasileira de mais prestígio, aquela que todos os times sonham ganhar. É não só um desafio, mas o principal objetivo da temporada – daí todo o empenho, investimento e preparo que as equipes dedicam ao torneio. Neste ano, quem pode dizer com orgulho que é campeão do Aberto do Estado é Noberto Pinheiro, capitão do Itanhangá Pine. Seu time venceu de virada o São José Audi, uma das estruturas mais respeitadas do país. Como sempre, não faltaram craques dentro de campo. Para reforçar seu Itanhangá Pine, Noberto contou com três profissionais argentinos: os irmãos Martin e Nico Espain, além de “Flaco” Garcia Grossi. Em sua trajetória rumo ao título, o time mostrou seu poder de fogo: cravou 11 a 6 sobre Villa Real Polo Wear, que tinha Calão Figueira de Mello e Rico Mansur, e impôs 10 a 9 na semifinal contra Guabi. Só não se saiu bem em uma única partida das classificatórias, justamente contra o São José, time com quem travaria a final. Apesar de ser a esquadra de menor handicap do torneio, com 23 gols, o São José soube compensar a desvantagem com o bom entrosamento de seus integrantes. José Eduardo Matarazzo Kalil, Willian Rodrigues, Gustavo Garcia e o argentino Paco de Narvaez esbanjaram jogo conjunto para protagonizarem uma campanha impecável: venceram nas classificatórias todos os adversários, inclusive o Pine, e na semifinal tiraram da jogada o RP Sports, de Rodrigo Pinheiro com Nando Pelosini e Olavo Novaes. Assim, como era de se esperar de dois finalistas ultra competitivos, a decisão entre Pine e São José no campo 1 do Helvetia foi emocionante do princípio ao fim. O jogo começou melhor para a esquadra de Noberto, que largou na frente graças às faltas batidas com perfeição por Garcia Grossi. A vantagem, que era de dois gols ao fim do segundo tempo, durou pouco. Na terceira e na quarta parciais, Willian Rodrigues foi decisivo para o ataque do São José. Seus gols, somados à pressão que o conjunto passou a impor ao adversário, deram outro compasso à partida. A cada minuto, os pontos anotados pelos homens de preto deixavam a situação mais confortável para o São José, que fechou o quarto chukker em 10 a 7. Naquele momento, tudo levava a crer que a vitória estava nas mãos do São José. Mas polo é a arte de surpreender; portanto, virar o jogo, mesmo com o tempo se esgotando no relógio, não é tarefa impossível. Em tarde inspirada, Garcia Grossi voltou a anotar e, com a ajuda de Nico Espain, colocou o Itanhangá Pine um gol à frente quando faltavam apenas dois minutos para o fim da partida. O São José, por sua vez, não deixou barato. Correu atrás e, com uma falta convertida por Willian, igualou novamente o marcador. O placar apontava 13 a 13, qualquer um podia marcar e levar. E quem marcou foi, de novo, ele, Garcia Grossi, goleador do Itanhangá Pine. A égua Glória, montada pelo argentino e de propriedade de Noberto, foi nomeada o melhor animal da partida. Que jogo! Por 14 a 13, com direito a minutos finais eletrizantes, o Itanhangá Pine festejou a conquista do torneio de mais alto handicap do calendário nacional. Vice-campeão, Gustavo Garcia acredita que o São José fez uma ótima campanha no torneio, mas reconhece que seu time se desconcentrou. “Acredito que cometemos algumas faltas bobas e nos desconcentramos. E o time deles, que era muito bom, não perdoou. Num torneio de 26 gols não se pode bobear”.
Os craques João Paulo Ganon do Itanhangá Brasil Insurance e Rodrigo Ribeiro Andrade do São José Polo Audi dão show no Aberto do Helvetia
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TORNEIOS ABERTOS E DE
ALTO
HANDICAP 2013
Campeonato Brasileiro
Durante o mês de agosto, os campos do Helvetia foram outra vez palco do grande encontro que é o Campeonato Brasileiro de Polo. Nesta 57ª edição, e seguindo a tradição de atrair um grande número de jogadores, a competição contou com nada menos que 36 times inscritos nos torneios de 18, 6 e 2 gols. No alto handicap, onde as onze equipes participantes têm tropa de qualidade, a disputa fatalmente seria parelha. “O nível dos cavalos do 18 gols é alto, pois são os mesmos animais que jogam os 22 e o 26 gols”, comenta Rafael Villela Rosa. “Este torneio é um dos mais competitivos e todo jogo parece uma final”, afirma Igor Pinheiro. Seu Itanhangá Pine, confirmando a ótima fase na temporada de alto handicap, atravessou invicto a maratona classificatória, venceu São José na semi e classificou-se para a decisão contra Guabi/ John Deere. Para a empreitada do Brasileiro, Igor contou com Rafael Villela Rosa, Ziza Meirelles e Rodrigo Andrade, o craque de 8 gols de handicap que retornava às canchas brasileiras após uma temporada vitoriosa na Inglaterra, onde ganhara a Copa de Ouro e a Copa da Rainha. Com esse quarteto afiado, Itanhangá Pine largou na frente na grande final com direito a coquetel oferecido pela Mitsubishi. Nos primeiros chukkers, a plateia que conferia o confronto viu o time de Igor manter o controle da bola e privilegiar o jogo ofensivo. Rodrigo armava as jogadas e corria para o ataque, contando com o apoio de Igor, que procurava abrir-lhe espaço em campo. Com esta estrutura, o Itanhangá avançou no marcador e fechou a segunda parcial em 6 a 2, com destaque para os belos gols anotados por Rafael Villela Rosa. No quarto tempo a partida ganhou novos ares. Guabi voltou mais concentrado depois do intervalo, e o jogo coletivo que é característico da equipe começava a aparecer. Os irmãos Henrique e Alexandre Junqueira são do tipo que não se deixam abater pelo placar desfavorável, e lutam até o fim. A eles se somaram a raça de Gustavo Toledo e o comprometimento de Oswaldinho Mendonça, e o resultado não poderia ser outro: gols que diminuíram a diferença. Enquanto do lado do Itanhangá a bola não encaixava, do lado do Guabi foi importante ter reservado para os últimos minutos da partida os cavalos bons, aqueles que disparam e ganham a jogada. Guabi estava armado até os dentes, e o entrosamento de seus integrantes foi decisivo para o empate em 10 a 10 ao fim do sexto chukker. Tudo igual! O jogo estava para qualquer um e seria definido no tempo adicional. Quando a bola volta a rolar, um incidente com uma égua paralisa a partida por alguns minutos. A expectativa na plateia é grande, e em campo os nervos estão à flor da pele. O jogo é retomado e, enfim, o campeão brasileiro é definido no momento em que Henrique Junqueira faz uma cobrança de sessenta jardas para seu Guabi! O tiro foi certeiro, e por 11 a 10, com gol de ouro, Guabi conquista o título do Brasileiro de alto handicap e prova ser especialista em competições deste nível. “Prevaleceu o conjunto que o time do Guabi tem. Eles jogam juntos há muito tempo e isso faz diferença numa decisão”, elogia o vice-campeão Igor Pinheiro, sobre o adversário que tem estado presente em todas as finais de 18 gols desde o ano passado. 54
Aberto do Helvetia
Com a temporada chegando ao fim, ninguém quis ficar de fora do Aberto do Helvetia. Último alto handicap do ano, este 22 gols foi a oportunidade de os top jogadores da atualidade colocarem seus talentos à prova antes de embarcarem para a temporada argentina da qual alguns participam e outros tantos apreciam. Nos gramados do Helvetia, as duas chaves colocaram em confronto nomes como Rico Mansur pelo Santa Marcia, João Paulo Ganon e Aluisio Villela Rosa pelo Itanhangá Brasil, José Eduardo Diniz Junqueira pelo Invernada Pec Vet, André Diniz pelo La Madrugada/ BTG Pactual, Fernando Pelosini pelo Itanhangá Pine, entre tantos outros. Os verdadeiros protagonistas, no entanto, foram os homens do São José Polo, astros da final contra Guabi Polo. Cheio de moral em função da conquista do Brasileiro, o Guabi manteve sua base com Gustavo Toledo, Alexandre Junqueira e Henrique Junqueira e fez uma única alteração em sua formação: substituiu Oswaldo Mendonça por Guilherme Lins. Com isso, procurava repetir a performance que lhe garantira o título no torneio anterior, dobrando a aposta na estratégia baseada no jogo em equipe e na marcação cerrada. O começo do jogo saiu como planejado, e o Guabi foi efetivo no meio campo, armando jogadas que se concretizavam em belos gols. Marcou um, outro, e emplacou um contundente 5 a 2 sobre São José ao fim do segundo chukker. “O que acontece com o São José?” era a pergunta que não calava. O quarteto de José Eduardo Matarazzo Kalil havia feito um início de partida realmente ruim, mas no papel tinha time de sobra para reverter o placar. Tinha, afinal, Rodrigo Andrade na escalação, e atuando pela esquadra com a qual o craque mais títulos conquistou na vida. Era natural que cedo ou tarde o jogo fluísse, e foi isso o que aconteceu quando o ataque entrou no eixo a partir do terceiro tempo. De repente, uma injeção de ânimo tirou o time da apatia e o fez avançar em peso rumo ao gol adversário. Rodrigo voltava a brilhar orquestrando as jogadas. Eduardo Parisi, em sua primeira final de alto handicap, apoiava o grupo enquanto Gustavo Garcia, em boa fase, anotou dois gols que igualaram o marcador em 9 a 9. Como capitão que é, José Eduardo, por sua vez, marcou três pontos fundamentais para levar sua esquadra à liderança. O momento era de reação, e o quinto tempo terminava com o São José cravando 12 a 10 no placar. Adrenalina a mil – e ao Guabi restavam sete minutos para tirar a diferença e tentar o título. Descontou, é verdade, mas o São José tinha ativado o modo velocidade máxima e não deixava barato. As jogadas simplesmente aconteciam, e o momento mais bonito foi o gol marcado por Rodrigo em tacada por baixo da cabeça de seu cavalo. Faltando poucos segundos para o fim, Guilherme Lins ainda diminuiu a diferença. Mas não havia mais tempo, e por 14 a 13 o São José foi coroado pela sétima vez campeão do Aberto do Helvetia. “Saímos atrás, mas tínhamos o Jojo, melhor jogador do Brasil. Ele foi lá e liquidou a partida com dois golaços no final”, celebra o campeão Gustavo Garcia. “Rodrigo é um animal, e a cada ano que passa ele volta melhor”, acrescenta Gegê, primeiro colocado no ranking organizado pelo site 30 Jardas. Para os espectadores, não restou dúvida: ambos os times deram show de competência. Ponto para a competitividade e para Rodrigo, o bom filho que à casa torna para fechar com chave de ouro a temporada no Helvetia.
João Gaspar Martins Bastos do Itanhangá RP Sports na final da Copa Giorgio Moroni
O “stylish” Fernando Pelosini do Itanhangá RP Sports na Copa Giorgio Moroni
Sylvio Andrade Coutinho do Maragata Casa Verde na Copa Vogue 55
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TORNEIOS DE
MÉDIO HANDICAP 14 • 10 GOLS
COPA CIDADE DE INDAIATUBA COPA VOGUE COPA ANDREA MORONI COPA DE PRATA COPA ESTADO DE SÃO PAULO COPA CHRISTOFLE COPA HPCC COPA HELVETIA VILLAGE
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HĂpica Polo x John Deere Colorado no torneio de abertura da temporada 59
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Sebastian Borghi do Flamboyant Ê perseguido por Gustavo Ribeiro Garcia do Carapuça na Copa Andrea Moroni
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Gonรงalo Matarazzo do La Madrugada, Felipe Rodrigues do Corinthians e Caio Siquini do La Madrugada
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Carlinhos Mansur do Flamboyant manda para o gol
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Sebastian Borghi da equipe Flamboyant na semifinal da Copa Andrea Moroni
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Francisco Junqueira e Marcus Shalldack da Equipe Confidence seguidos por Gaston Otamendi do Flamboyant
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Luigi Cosenza da HĂpica Polo e Oswaldo Mendonça do Colorado John Deere na Copa Cidade de Indaiatuba
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CAÇADORES DE EMOÇÕES Para estes jogadores fervorosos, o sentido do polo está na adrenalina que uma boa partida proporciona Junte polistas fervorosos, estruturas que se aprimoram a cada ano e um clube que proporciona um extenso calendário de competições. O resultado é uma temporada movimentada e competitiva, cujos torneios de 10 e 14 gols não fogem à regra: convocam à ação, mas com a particularidade de reunirem jogadores de todos os tipos – de amadores a profissionais, de jovens iniciantes a experientes senhores com bons anos de cancha. O objetivo de todos, sem dúvida, é jogar mais e melhor – e, para isso, vale começar imprimindo força total na Copa Cidade de Indaiatuba. Com a participação de nove equipes de até 14 gols, o primeiro torneio do ano começou quente, com destaque para Flamboyant e Hípica Polo UK, os dois finalistas. Mas como as águas de março caíram mesmo em abril, postergando a realização de algumas partidas, os dois times só se enfrentariam pelo título no começo de setembro. O fato de a decisão ter sido adiada não foi um problema para as equipes. “Pelo contrário, deu mais tempo para os times se entrosarem”, afirma Luigi Cosenza, atacante do Hípica Polo. Sua esquadra, que nas últimas temporadas foi uma das revelações dos 14 gols, entrou em campo com uma alteração em relação à formação que iniciou a competição. André Coutinho, que disputava a Copa HPCC pela equipe São José Polo, foi substituído por Sérgio Figueiredo. “Entramos como uma estratégia bem definida, de muita marcação individual; e apesar de ser a primeira vez que estávamos jogando juntos, começamos o jogo muito bem”, conta Serginho. De fato, o Hípica Polo partiu para cima e, ao fim do segundo chukker, liderava o placar em 5 a 2. Em um dia particularmente inspirado, o back Aluísio Villela Rosa formou uma dobradinha com Gustavo Garcia. Aproveitando que Serginho ia abrindo caminho, cavando espaços, a dupla criou jogadas com mais liberdade, enquanto Luigi se posicionava como opção no ataque. A vantagem aberta, no entanto, não seria permanente. Flamboyant, como se sabe, é das equipes mais competitivas do médio handicap, 72
com jogadores preparados e uma tropa de muito respeito. Não iria deixar barato, e soube usar os dois tempos seguintes para pontuar e levar o marcador a 6 a 6. O time de Carlinhos Mansur contava com Guilherme Ribeiro, goleador acostumado com o estilo de jogo do time, além dos argentinos Sebastian Borghi e Gaston Otamendi. Quando tudo levava a crer que Flamboyant assumiria as rédeas do jogo, Hípica Polo se recuperou. “Foi o momento mais tenso, mas o time se recompôs. Tínhamos reservado a melhor tropa para os últimos dois chukkers e voltamos a abrir o placar”, comenta Luigi. No quinto tempo, o Hípica Polo conseguiu abrir a apertada vantagem de um gol, entrando no sexto tempo em 8 a 7. Na etapa final, manteve o jogo ofensivo e, sempre à frente, não permitiu ao Flamboyant se aproximar. “O jogo foi disputado até o último minuto, e o momento mais emocionante foi quando o juiz apitou o fim do sexto chukker e realizamos que tínhamos ganhado o torneio”, recorda Luigi, que entre os cavalos de sua tropa destaca a atuação de Nanica, Zaza e Feiticeira. Fim de jogo. Por 11 a 9, e depois do adiamento em função das chuvas, o Hípica Polo abocanhou o título da Copa Cidade de Indaiatuba.
Copa Vogue
Tradicional competição do calendário do Helvetia, a Copa Vogue movimenta times em três distintas categorias. Enquanto no alto handicap Guabi Polo vencia Maragata e no baixo era Villa Real que conquistava o título, no torneio de 10 gols a disputa ficou entre São José Polo e Invernada. Adversários históricos especialmente nos Abertos, os dois times se armam até os dentes quando têm de se enfrentar. E nesta Copa Vogue, se enfrentaram duas vezes, primeiro nas classificatórias e, depois, na final. No primeiro encontro, São José levou a melhor ao impor um contundente 9 a 5. No segundo, as coisas não foram tão tranquilas assim, já que Invernada, depois de
JosĂŠ Klabin da equipe Tigres concentrado no tiro
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ter vencido por 9 a 4 Colorado na semi, encarou o forte São José com mais atenção e confiança. A decisão começou equilibrada, já que nenhum dos times queria ceder um centímetro de espaço em campo. Tanto foi equilibrada que, ao fim do segundo tempo, o marcador empatado em 3 a 3 mostrava que para sair campeão dali seria necessária uma dose extra de garra e determinação. São José, como time respeitável que é em qualquer nível, começou a abrir vantagem a partir do terceiro tempo, chegando ao intervalo com dois gols à frente. Tinha, afinal, Willian Rodrigues e Xande Ribeiro para liderarem os ataques junto aos jovens José Eduardo Kalil Filho e Daniel Ribeiro. Invernada, por sua vez, tinha elenco similar ao do adversário, com dois polistas jovens, Eduardo D. Junqueira e Maurílio Mendonça, e dois nomes de peso, Dudu Diniz Junqueira e Alexandre Junqueira. E como é do tipo que não larga o osso, fez o possível e o impossível para dificultar as investidas do São José, que parecia incansável e nada disposto a permitir qualquer esboço de reação. O embate seguiu tenso, com gols para ambos os lados. Mas São José sabiamente soube conservar a margem e, quando Xande Ribeiro acertou uma falta de quarenta jardas diretamente no gol rival no fim do sexto período, seu time não só alargou o marcador como partiu para o abraço. Por 11 a 8, o São José sobrepôs seu jogo ao do Invernada, mostrando que é páreo para qualquer um – e temido em confrontos de qualquer nível.
Copa Andrea Moroni
Em homenagem à esposa de Giorgio Moroni, fundador do Helvetia Polo Country Club, se disputa há muitos e muitos anos este torneio. Entusiasta do polo e apoiadora das iniciativas do marido, Andrea sempre incentivou o esporte em todos os níveis. Por isso, a competição que leva seu nome é não apenas um tributo como também um convite para que as equipes se tornem parte de uma história que se renova a cada temporada. Ano após ano, o torneio segue convocando jogadores para bons duelos. E, desta vez, neste 14 gols, nove times encararam a maratona classificatória em busca de um lugar ao sol no campo 1, esse lugar onde se realizam as finais. Saíramse melhor Prata Polo, que defendia o título, e Flamboyant, que nessa categoria chega junto e é sempre candidato a colocar a mão na taça. À frente do Prata, o capitão Felipe Prata realizou mudanças na formação em relação ao ano anterior em função das alterações de handicap, e nesta competição incluiu Gabriel Villela Rosa e Arthur Junqueira, mantendo na base o jogador-revelação Pedrinho Zacharias. O time, no decorrer do torneio, foi adquirindo ritmo e chegou invicto à final, logo após bater Corinthians na semi. Na final, Prata saiu na frente, com Pedrinho impondo pressão. Mas o Flamboyant de Carlinhos Mansur também tinha munição de sobra: vinha com Guilherme Ribeiro e os argentinos Sebastian Borghi e Gaston Otamendi reforçando as ofensivas. E que ofensivas! A partir do quarto chukker, o Flamboyant passou a dominar as jogadas, especialmente porque soube neutralizar Pedrinho. “É muito difícil anulá-lo, mas tentamos focar nele sempre. E o fizemos jogar espremido e de costas para o jogo, sem deixá-lo armar jogadas”, explica Guilherme Ribeiro. “Até o meio do jogo estávamos encontrando dificuldade, mais tivemos 74
calma e, conversando bastante nos intervalos, soubemos aproveitar a tropa”, conclui o jogador, que contou com cavalos de Guilherme Shum Junqueira reforçando a tropa. A estratégia funcionou tão bem a ponto de o Flamboyant alcançar 13 a 9 no início do sexto período. O jogo, naquele momento, parecia ganho. Em menos de sete minutos o Prata conseguiria tirar a diferença, voltar a apresentar dificuldades ao rival? A resposta foi sim. A reação veio literalmente a galope, com Gabriel Villela anotando quatro gols e empatando o jogo em 13 a 13. Tudo igual, e o campeão seria definido no tempo suplementar. O jogo recomeça. Guilherme Ribeiro, com grande senso de oportunidade, aproveita uma falha da equipe adversária e mete a bola no fundo do gol. Ponto para Flamboyant, que com gol de ouro fecha o marcador em 14 a 13 e garante a conquista da Copa Andrea Moroni. “A partida foi realmente equilibrada”, diz o vice-campeão Felipe Prata. “Jogamos por cima até o terceiro tempo, mal no quarto e no quinto. Mas nos superamos, levando o jogo ao sétimo tempo, onde qualquer um poderia ter ganhado”.
Copa de Prata
Em junho, quando a Copa de Prata é disputada no Helvetia, jogadores e seus cavalos estão a mil por hora. Mais que aquecidos, estão cheios de energia, esbanjando vontade de ganhar. Nesse clima em que cada partida é disputada como se fosse uma final, nada menos que 12 times se inscreveram na competição. “Num torneio com tantas equipes é sempre difícil passar da primeira fase. São muitos jogos e contra times fortes, e esse torneio contou com vários jogadores de alto handicap, por isso foi de nível tão bom”, comenta Jorge Junqueira. Seu Invernada/Colorado passou da etapa classificatória – e, diga-se, invicto, vencendo Hípica Polo na semifinal. O outro finalista foi São José Polo, que igualmente foi tirando um a um os adversários que passavam por seu caminho. A decisão da Copa de Prata, portanto, foi a segunda final de 10 gols da temporada em que Invernada e São José se encontravam. E como não poderia deixar de ser, foi tensa, parelha, corrida. Começou com São José abrindo o placar, procurando avançar ao gol adversário com Alexandre Ribeiro e Willian Rodrigues. O Invernada, por sua vez, segurou as pontas, e o equilíbrio se fez notar pelo empate em 3 a 3 ao fim do terceiro período. Depois do intervalo, São José resolveu pressionar ainda mais. Com José E. Kalil Filho e Alexandre Sábio de Mello apoiando as iniciativas da dupla Xande e Willian, o time conseguiu controlar o jogo e ampliar a distância no marcador, que exibia 8 a 6 no quinto tempo. Naquele momento, o Invernada precisava se reinventar, reagir. Com Dudu Diniz Junqueira jogando de 3 e Jorge Junqueira de back, a equipe não se entregou. Embora com dificuldade para reverter o cenário desfavorável, também não permitia ao São José aumentar a diferença para além dos dois gols devido à estratégia de marcação e, principalmente, ao jogo em conjunto com Eduardo Diniz Junqueira e Marcelo Mendonça Camargo. No entanto, só ótimo entrosamento e a garra típicos dos jogadores do interior não bastavam. O São José estava mais veloz, desperto. E parecia ter mais cavalos. Por isso, no sexto chukker, a esquadra com Willian Rodrigues e Xande Ribeiro precisou apenas administrar o andamento da partida, que acabou em 9 a 7 quando o sino soou. Festa do São José, que com a conquista
João Novaes do La Madrugada na Copa Andrea Moroni Gustavo Ribeiro Garcia da equipe Hípica Polo
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da Copa de Prata garante sua segunda taça no médio handicap sobre o arquirival Invernada. “A final foi muito boa, mas acho que faltou um pouco de sorte para nossa equipe”, comenta o vice-campeão Jorge Junqueira. “Nossa tropa não andou muito bem, não havia se recuperado da semifinal, parecia cansada. Foi merecida a vitória do São José, que jogou muito bem”.
Copa Christofle
São José, Hípica Polo UK e Flamboyant são nomes a se respeitar, já que têm fome de vitória e com muita frequência se classificam para as finais. Na Copa Christofle, no entanto, foram outros os times que conquistaram o direito de lutar pelo título no campo 1 do Helvetia. Neste torneio de 10 gols, foram protagonistas Colorado e John Deere. Zebras? Na verdade, não. Ambos os times, com distintas formações, se destacaram em anos anteriores no médio e no baixo handicap, e em algum momento a boa fase iria ressurgir nessa temporada também. Seus elencos, afinal, têm jogadores famosos pelo caráter determinado e extremamente competitivo. Do lado do Colorado estavam Jorge Diniz Junqueira e seu filho Jorgito, além de Luiz Gustavo Diniz Junqueira e Marcelo Camargo. Dado o entrosamento que têm, conseguem antecipar jogadas e realizar lindos passes. Jorge, o mais experiente, atuou como um maestro, orquestrando o conjunto que saiu com um gol de vantagem devido à diferença de handicap. Diferença, aliás, que se ampliou logo no primeiro tempo, já que o time partiu para cima do John Deere e cravou um contundente 5 a 1. John Deere, por sua vez, não sucumbiu ao oponente e nem se desestabilizou. Ao contrário, teve sangue frio para encarar de frente o combate. Com Alexandre Junqueira assumindo o papel de líder, o time, que contava ainda com Maurílio Mendonça, Oswaldo Mendonça e Tulio Jacinto, reagiu no tempo seguinte e diminuiu a diferença para dois gols. O duelo seguiu parelho no terceiro chukker, mas em nenhum momento John Deere chegou de fato a ameaçar. Colorado mantevese à frente todo o tempo, e no quinto período o time de Jorge Junqueira vencia por 12 a 9. Sete minutos era o tempo que John Deere tinha para tentar reverter a desvantagem, e os dois belos gols anotados por Oswaldinho Mendonça ajudaram bastante ao levarem o placar a 12 a 11. O jogo estava corrido, e em ambos os lados os jogadores se esforçavam para não cometer nenhum erro, que àquela altura seria fatal. John Deere, que havia conseguido diminuir a diferença, jogava no limite da entrega. Mas já não havia mais tempo – e então, quando o sinal decretou o fim da partida, o placar em 12 a 11 deu ao Colorado a vitória na competição.
Copa Helvetia Village
Se a Copa Christofle trouxe para o topo do pódio Colorado, um time que não tinha demonstrado seu potencial até aquela competição, na Copa Helvetia Village foram Carapuça e Santa Márcia que assumiram o papel de finalistas. Embora esvaziada em função da proximidade do fim da temporada, o último torneio de 14 gols do ano foi quente para quem dele participou. Afinal, quem é entusiasta de polo vai às últimas consequências: quer jogar até o último minuto e só guarda os tacos quando as luzes do clube se apagam. 76
Na Copa Helvetia Village, o Carapuça de Rubens Zogbi Filho contou com Ziza Meirelles e os irmãos Olavo e João Novaes. Apesar de Olavo ter 8 gols de handicap, a somatória de seu time era inferior a do adversário, o que garantiu um gol de vantagem no início da partida. A esse gol se somaram vários outros, e o Carapuça, com Olavo encabeçando as jogadas, chegou a abrir 5 a 0 no segundo chukker. Santa Márcia, por sua vez, usou o terceiro e o quarto períodos para desfazer os erros que lhe deram tão mal começo. O time de Alfredo Khouri, que tinha em sua formação Leandro Rodrigues, Antonio Moroni e Cadu Camargo, soube se reinventar e, principalmente, melhorar seu desempenho. Pouco a pouco, Cadu começou a aparecer no jogo, colocando concentração e coração em cada tacada. Anotou um e outro, ajudando o Santa Márcia a encostar no adversário, que ao fim do quarto tempo ainda liderava por 6 a 5. Depois dessa chacoalhada no jogo, foi a vez de Carapuça abandonar a passividade e voltar a imprimir a pressão do início. Rubinho marcou um gol e Olavo outro, abrindo uma nova vantagem no quinto tempo. No sexto, com o jogo praticamente ganho, ao time não bastou apenas segurar o resultado. O Carapuça queria mais, e o gol era seu objetivo. Marcou de novo, segurou o rival e cravou o placar em 10 a 7. Fim de jogo e a equipe de Rubens Zogbi Filho comemorava sua primeira conquista.
Copa HPCC
Para fechar o ano em grande estilo, foi Carapuça quem voltou a dar as cartas na Copa HPCC, torneio de 10 gols que encerra a temporada oficial do Helvetia no médio handicap. Logo depois de abocanhar a taça na Copa Helvetia Village, a esquadra de Rubens Zogbi Filho se viu uma vez mais numa final. E uma vez mais enfrentando Santa Márcia. Em ambas as equipes as formações, claro, eram um pouco distintas das do torneio anterior em função do handicap. O time de Rubinho manteve Olavo Novaes, mas substituiu João Novaes e Ziza Meirelles por Luiz Felipe Queiroz e João Carlos Machado. Já o Santa Márcia de Alfredo Khouri preservou Leandro Rodrigues e agregou Marquinhos e André Rodrigues. O encontro dos dois times tão pouco tempo depois da vitória do Carapuça na Copa Helvetia Village tinha, no derradeiro torneio, sabor de revanche para Santa Márcia. Era a oportunidade tirar a limpo a derrota anterior e acabar bem o ano. Mas Carapuça não facilitaria para o rival e, de fato, iniciou melhor a partida decisiva. Olavo Novaes é um dos handicaps mais altos do país, e sabe chamar a responsabilidade para si como também colocar os companheiros para jogar. Sob seu comando, o Carapuça dominou os primeiros chukkers e abriu uma diferença considerável no placar. Por sua vez, Santa Márcia usou doses de estratégia e concentração a seu favor para tentar reverter a desvantagem. Leandro Rodrigues, que com 7 de handicap era o armador do time, foi decisivo para a reação que levou ao empate em 11 a 11 no sexto período. Placar igual, era hora do tudo ou nada. Olavo Novaes, em linda jogada, foi certeiro e anotou o almejado gol de ouro, décimo segundo do Carapuça. Fim de jogo e fim de temporada. Festa da turma de Rubinho, que aproveitou até os últimos instantes a adrenalina que proporciona uma boa partida de polo.
Guilherme Ribeiro do Flamboyant
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COPA CIDADE DE INDAIATUBA COPA VOGUE COPA ANDREA MORONI COPA DE BRONZE COPA ESTADO DE Sテグ PAULO CAMPEONATO BRASILEIRO / COPA MITSUBISHI COPA CHRISTOFLE COPA HELVETIA VILLAGE
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MaurĂcio Mendonça do Mau Mau Polo Team disputa a posse da bola com Dudu Zacharias da equipe 3 Colinas 81
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Carlinhos Mansur do Flamboyant no corpo a corpo com AndrĂŠ Rodrigues do Cana Verde
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Pedro Matarazzo do SĂŁo JosĂŠ Polo na Copa Andrea Moroni de 6 gols de handicap
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Jo達o Roberto Souza Naves da equipe Cana Verde no Campeonato Brasileiro de 6 gols de handicap
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Maurinho Junqueira da Invernada na Copa de Bronze
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Alexandre Sábio de Mello do São José Polo e Marcelo Mendonça Camargo do Invernada Colorado vêm com tudo para a bola na Copa de Prata
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Ziza e ZĂŠ Meirelles, pai e filho na Copa Bronze
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SOBRE POLO E PAIXÃO Para essa turma dedicada e cheia de disposição, os finais de semana de polo são sagrados, quase uma religião Quando o assunto é jogar polo e se divertir, aqueles que disputam os torneios de 6 e 2 gols do Helvetia são verdadeiros especialistas. Para essa turma sempre animada, estar em campo com amigos, dando boas risadas e fazendo o que estiver ao alcance para chegar a uma final, é um hobby sagrado, quase uma religião. Por isso, quando a festa – ou melhor, a temporada – é aberta, os finais de semana dedicados ao polo se tornam uma deliciosa obrigação. Neste ano, quem começou com o pé direito foi Cana Verde, time do interior que sintetiza bem o espírito de união e de fervor pelo esporte que se compartilha dentro de campo. Reunindo-se para treinar na Fazenda Cana Verde, em Itu, os polistas desse tradicional centro de polo adoram um bom desafio – e, por isso, não abrem mão de estar no Helvetia, encarando a série de competições do calendário esportivo. Na Copa Cidade de Indaiatuba, largaram na frente ao conquistar a primeira taça de 6 gols do ano em uma final disputadíssima, decidida no sétimo tempo. O adversário foi Santa Lúcia/ São Jorge, que nas classificatórias havia vencido Cana Verde por 11 a 8. A derrota na primeira etapa serviu de lição e motivou o time de Laerte “Alemão” Meirelles a alterar sua estratégia. E a alteração surtiu o efeito esperado: o time não apenas começou melhor como se manteve à frente a maior parte do jogo. A vantagem era pequena – de 4 a 3 na metade do jogo, e de 5 a 4 ao fim da quinta parcial – mas sem dúvida garantiu uma margem de segurança. Enquanto João Roberto Souza Naves atuava na frente, como atacante, no meio de campo foram decisivas as participações de Daniel Matheus e Oswaldo Arantes, que marcavam os adversários e liberavam espaço para Alemão. Do lado do Santa Lúcia, com Antonio Moroni, Keyne Silva e Leandro Fiúza, parecia complicado se livrar da marcação. Nem mesmo André Junqueira Franco, que encabeçava as ações e é sempre um jogador difícil de parar, encontrava terreno livre. “Nós mudamos 94
a marcação em relação ao primeiro jogo”, revela Daniel Matheus, do Cana Verde. “Passei a marcar o Leandro, e o Oswaldo, cuja tropa é mais rápida que a minha, passou a marcar o André”. Com isso, Oswaldo conseguiu acompanhar e neutralizar André, prejudicando os passes do Santa Lúcia. O resultado foi uma partida algo travada, com poucos gols. O panorama começou a mudar para o Santa Lúcia no fim do sexto tempo, quando o gol de André Junqueira Franco empatou o confronto em 5 a 5, levando a decisão para o tempo adicional. Tudo igual, e para abocanhar a taça bastava um gol, o de ouro. E quem o fez foi Oswaldo Arantes, que aproveitou uma sobra de bola quando Antonio Moroni travou Alemão. Fim de jogo e vitória do Cana Verde, que por 6 a 5 levou a melhor no primeiro torneio de 6 gols da temporada.
Copa Vogue
Jogada paralelamente ao 10 e ao 18 gols, a Copa Vogue de 2 gols viu Villa Real ser coroado campeão após a vitória sobre Sharks, time que era, na ocasião, considerado o favorito. A classificação dos dois times se deu em condições diferentes: enquanto Sharks assumiu a posição de liderança na competição graças à sequência de vitórias, a equipe Villa Real, que não havia feito uma boa campanha no início, conquistou a vaga na final após bater o próprio Sharks na última partida classificatória e ter seu pior resultado desconsiderado, segundo as regras do torneio. Assim, os adversários voltaram a se encontrar – e logo depois de a equipe de Robertinho Villa Real ter derrotado o “time dos meninos” por um gol. A decisão valendo o título tinha tudo para ser muito, muito, disputada. Começou parelha, com o placar anotando dois gols para cada lado ao fim do segundo chukker. O entrosamento do Sharks era um ponto forte. Decidindo as jogadas em função dos cavalos e do momento do jogo, o time se
Daniel Matheus da equipe Cana Verde na Copa Cidade de Indaiatuba de 6 gols de handicap 95
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movimentava ocupando todos os espaços do gramado. Enquanto André Coutinho e Antonio Moroni revezavam as saídas e a marcação na defesa, Pedro Dantas e Luiz Felipe Queiroz se organizavam no ataque. Na terceira parcial, foi Villa Real que mais se destacou. Com João Locoselli, Martin Eduardo e Marquinhos, a esquadra de Robertinho contou com sua boa tropa para ampliar a diferença, que chegou a 4 a 2. No quarto e último período (os torneios de 2 gols são jogados em quatro chukkers), Martin (substituindo Roberto pai) anotou mais dois tentos, levando o placar a 6 a 2. Durante os últimos minutos, o Sharks fez tudo o que estava em seu alcance para tentar reverter a situação. Mas o gol de falta cobrado por André Coutinho foi insuficiente para tirar do adversário o título. Por 6 a 3, Villa Real comemorava a conquista da Copa Vogue. “Começamos muito bem, mas desperdiçamos algumas chances boas de gol. Faltou finalizar e marcar melhor, especialmente pelo fato de os adversários terem uma tropa muito rápida. Com certeza eu ter machucado a mão no jogo anterior não ajudou”, comenta o vice-campeão André Coutinho. “É sempre muito divertido jogar em um time formado por bons amigos. E como foi o primeiro torneio do Luiz (Queiroz), acredito que chegar à final foi gratificante para todos os companheiros”.
Copa Andrea Moroni
Olha Villa Real aqui outra vez, gente! Na Copa Andrea Moroni, o time de Robertinho Villa Real voltou a ser protagonista. Tinha uma formação distinta da do torneio anterior, mas foi igualmente arrasador na decisão pelo título. Seu adversário, agora, era Saint Esteve/Pec Vet, de Felipe Maia, Eduardo Parisi, Luiz Gustavo Diniz Junqueira e Jorgito Junqueira. Logo de cara, o Villa Real mostrou seu poder de fogo. Com Gabriel Villela Rosa encabeçando os ataques, o time se mostrou ofensivo do início ao fim da partida. Durante todo o jogo, seus integrantes se posicionavam de modo a avançar ao gol e, claro, não permitir que o elenco do Saint Esteve tivesse espaço para jogar. Assim, anulando o rival, Gabriel e companhia anotaram um, outro e mais outro, abrindo quatro gols de vantagem no quarto chukker. Saint Esteve esboçou uma reação no quinto período, diminuindo a diferença para dois gols. Mas o dia era mesmo do Villa Real, e de Gabriel Villela Rosa, que estava realmente inspirado e anotou outros dois gols que levaram o marcador a 10 a 5. Nos últimos minutos do chukker final, Saint Esteve não teve meios de escapar daquela armadilha. Sem dó nem piedade, Villa Real ainda teve tempo de marcar mais um, finalizando a goleada de tirar o fôlego. Por 11 a 5, a esquadra de Robertinho Villa Real saía de campo com a taça da Copa Andrea Moroni de 6 gols. Um título e tanto, já que o torneio, um dos mais tradicionais do calendário do Helvetia, presta homenagem à esposa de Giorgio Moroni, fundador do clube.
Copa de Bronze
Foi no mínimo estranho o jogo em que Sharks/ Pec Vet venceu Corinthians e conquistou a Copa de Bronze. Estranho porque ninguém esperava numa final um placar tão largo, de 8 a 1, sobre 96
um time que vinha apresentando ótimo desempenho ao longo da competição. Na realidade, o percurso do Corinthians durante este torneio de 2 gols, último do primeiro semestre, havia sido irrepreensível. Com João Carlos Machado jogando de back, Miguel Sábio de Mello Neto de 3 e Alain Molnar e Alexandre Sábio de Mello revezando-se na frente, o time venceu Retiro/ Carapuça e também São Joaquim/ Futura, chegando invicto à final. “Foi uma campanha muito boa. Tivemos jogos difíceis, mas com muita garra e com a tropa inteira conseguimos nos sobrepor aos adversários”, comenta Miguel, que entre seus animais destaca o cavalo Johnny e a égua Aloha. A boa performance, no entanto, desapareceu na tarde em que o time enfrentou Sharks pelo título. Logo no primeiro tempo, a falta de atitude do Corinthians diante dos dois gols anotados pelo rival mostrou que se tratava de um jogo atípico. A coisa ficou mais complicada no segundo tempo, quando o Sharks, formado só por jogadores jovens, enfiou outros dois gols e se distanciou no marcador. Diante do bom jogo dos garotos, Corinthians não conseguia reverter a pressão sofrida. Seu único gol saiu no segundo tempo, numa cobrança de falta anotada por João Carlos Machado. O Sharks, por sua vez, crescia e aparecia. Com um elenco composto por Eduardo Diniz Junqueira, Jorgito Junqueira, Ziza Meirelles e Maurinho Junqueira, o time continuou dominando o meio de campo. Mais do que isso, chegava junto, ameaçava, e sem dificuldade marcava gols. Um atrás do outro, diga-se. Por 8 a 1, Sharks nocauteou o adversário e colocou as mãos na taça. Vice-campeão, Miguel Sábio de Mello atribui a goleada sofrida a uma combinação de fatores. “Estávamos completamente dispersos. Houve algumas baixas de cavalos, de todos os nossos jogadores, e o placar elástico também se fez com o mérito dos garotos do Sharks, que jogaram muito bem, totalmente entrosados, além de bem montados”.
Campeonato Brasileiro
Realizado anualmente em agosto, o Campeonato Brasileiro de Polo é a competição que atrai o maior número de equipes ao Helvetia. Em suas três categorias, conta com times vindos dos diversos centros de polo espalhados pelo país, todos interessados em se tornarem campeões brasileiros. O torneio de 6 gols teve doze inscritos – e deste dado pode-se ter uma ideia do nível de competência requerido. “Acho o Brasileiro um dos mais competitivos, pois a classificação é difícil, já que tem quartas de finais, semifinais”, afirma Guilherme Ribeiro. “Chegar à final é sinal de que o time andou muito bem, com entrosamento, tropa”. Seu Flamboyant, portanto, pode ser considerado um dos grandes: foi finalista da cobiçada competição, ao lado do Invernada. Além de Guilherme, na grande final Flamboyant contou com Eduardo Monteiro, Marcelo Mendonça e Oswaldo Mendonça (substituindo Carlinhos Mansur). O time jogou bem, mas não tanto quanto Invernada, que começou um gol à frente devido ao handicap inferior e soube aproveitar as oportunidades para pontuar. Com Gabriel Villela Rosa liderando o ataque, o Invernada fez um bem
Bernardo Klabin do Corinthians Polo Team na Copa de Prata
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orquestrado jogo em conjunto e levou o placar a 7 a 4 no fim do segundo chukker. Nas parciais seguintes, Flamboyant tentou reagir. No entanto, Invernada estava armado até os dentes, com tropa em ponto de bala e um elenco que, graças ao tempo que joga junto, era capaz de antecipar passes. Assim, esbanjando entrosamento, Beto Diniz Junqueira, Lincoln Junqueira e o jovem Eduardo Diniz Junqueira se posicionavam em todos os lados do campo para apoiar Gabriel, o artilheiro do time. “O destaque foi o Gabriel, que jogou muito bem”, elogia o vice-campeão Guilherme Ribeiro, do Flamboyant. “A partida foi equilibrada até o terceiro tempo. Depois eles dominaram o jogo, enquanto nós perdemos alguns gols”. Ao fim do sexto tempo, o placar em 12 a 8 garantiu ao Invernada a honra de ocupar o lugar mais alto do pódio. Enquanto a categoria de 6 gols se encerrava com a vitória do Invernada, a de 2 coroaria a equipe 3 Colinas como bicampeã. Com um número ainda maior de times inscritos, um total de treze, a competição viu 3 Colinas entrar em campo com uma formação um pouco distinta da do ano anterior. Em função da subida de handicap de alguns jogadores, o capitão Wilson Mello Neto manteve Dudu Zacharias e foi buscar reforços em Franca, sua cidade natal. De lá trouxe Alexandre Sábio de Mello e Danilo Chedid. “O entrosamento foi obtido com muitos treinos no campo do PZ Polo”, conta Wilson. E que ótimo entrosamento! Em busca da vitória pelo segundo ano consecutivo, o time fez 5 a 2 sobre Mau Mau ao fim da segunda parcial. Da metade do confronto em diante, o conjunto de Maurílio Mendonça com Marcelo Camargo, Oswaldinho Mendonça e Carlinhos Mansur teve uma espetacular reação e, efetivo na cobrança de faltas, diminuiu a desvantagem para apenas um gol de diferença. “Abrimos alguns gols na primeira metade da partida e depois tivemos que controlar porque o outro time era mais jovem e tinha uma tropa melhor que a nossa. No final prevaleceu a experiência do nosso time contra a garra e determinação da molecada”, comenta Wilson.
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De fato, foi no quarto e último chukker que a estrela de Dudu Zacharias brilhou. O jovem jogador, que já é uma das apostas do futuro, mostrou seus dotes de goleador e cravou dois gols para o 3 Colinas. Nos últimos minutos, Maurílio Mendonça pontuou para o Mau Mau. Mas isso não foi suficiente, e por 8 a 6 a equipe 3 Colinas saiu de campo com as mãos na taça. “Ser campeão de qualquer torneio no Helvetia é sensacional e para poucos. Ser campeão brasileiro é ainda mais especial. O que dizer então de ser bicampeão brasileiro em anos consecutivos?”, festeja Wilson Mello Neto. “É uma sensação maravilhosa, que justifica todos os sacrifícios que temos que fazer para viabilizar a participação nos torneios e o investimento financeiro realizado”, conclui.
Copa HPCC
A temporada ia chegando ao fim e, antes de amargar alguns meses de abstenção, ou melhor, recesso, os polistas mais fervorosos decidiram se despedir dos gramados do Helvetia participando da Copa HPCC, última competição do ano. Para fechar os trabalhos em grande estilo, a equipe 3 Colinas, que vencera o Brasileiro de 2 gols, encarou esse torneio de 6 gols e, diga-se, se saiu bem. Contava, para esse desafio, com Pedro Zacharias, Rafael Toledo, João Locoselli e Lauro Bacarense (substituindo Wilson Mello Neto), e com essa turma alcançou a final. Seu adversário no confronto decisivo foi a equipe Futura/ Academia 40, de João Carlos Machado, Julio Zacharias, Pedro Ivo e Alain Molnar. Com uma ótima performance em sua campanha rumo à final, Futura havia vencido por um gol o 3 Colinas na etapa classificatória. A final, portanto, era o momento tira-teima, a hora do vamos ver. E no tudo ou nada valendo o título, 3 Colinas foi superior. Durante quase toda a partida, o time dominou as ações no meio do campo e, graças ao talento da dupla Pedro Zacharias e Rafael Toledo, líderes natos, traçou seu caminho ao gol. Com a bola em jogo, 3 Colinas aproveitou as chances para marcar e cravou a vitória colocando 8 a 5 no marcador. Assim, encerrou com festa a temporada que já vai deixando saudades.
José Eduardo M.Kalil Filho do São José Polo e Oswaldo Mendonça do John Deere Colorado na Copa de Prata
Ziza Meirelles, Alan, Dudu Junqueira e Alexandre Sábio de Mello na Copa Bronze de 2 gols de handicap
Eduardo Diniz Junqueira Filho do Invernada Colorado na final da Copa de Prata
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ITANHANGÁ É BI NA TRÍPLICE COROA O Itanhangá leva no segundo ano consecutivo a Tríplice Coroa, pelo Pine ter vencido o Aberto do Estado de S.Paulo e por ter chegado à semifinal da Moroni e à semifinal do Aberto do Helvetia
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Garcia Grossi, Noberto Pinheiro e os irm茫os Martin e Nicholas Espain: o sabor da vit贸ria no Aberto do Estado de S.Paulo
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tríplice coroa
O Itanhangá dos irmãos Pinheiro montou três equipes em 2013, uma para cada irmão e provou que a estrutura pode desdobrar-se sem perder a competitividade. Assim, Noberto encabeçou o Itanhangá Pine, Igor montou o Itanhangá Brasil Insurance e Rodrigo o seu Itanhangá RP Sports. A estrutura dos três times é unificada, mas a organização e as tropas são separadas, cada um com seus próprios cavalos. E lógico, as três equipes treinam juntas. O Nando Pelosini gerencia os times RP Sports e Brasil Insurance, e o Rafael Villela cuida do Pine do Noberto. A temporada começou bem para a esquadra dos irmãos Pinheiro, pois dos quatro semifinalistas do torneio Giorgio Moroni de 22 gols de handicap, três eram Itanhangás e eles cientes que, para chegar longe, cedo ou tarde acabariam enfrentando-se uns aos outros, o que aconteceria em todos os torneios abertos da temporada. O Itanhangá RP Sports se inscreveu na Copa Moroni com um time novo, entrou o João Gaspar Martins Bastos, mas a base manteve-se a de 2012. O RP Sports de Rodrigo venceu na semifinal o Itanhangá Pine do Noberto e chegou à final para enfrentar o Itanhangá Brasil Insurance do Igor. Fazia oito anos que o Igor não participava dos Abertos, e ele acabou vencendo a Copa Moroni: “O time formou com João Paulo Ganon e Aluisio Villela, dois dos melhores jogadores do Brasil, que nunca haviam jogado juntos, e mais o Sylvinho Coutinho, foi uma aposta que fiz e que se encaixou muito bem, tanto que vencemos a Moroni e chegamos na final da Copa Ouro invictos, contra o São José. Também chegamos na final do Campeonato Brasileiro perdendo para a equipe Guabi no sétimo tempo. Foi lá que me machuquei, tive que operar, e não pude disputar o Aberto do Helvetia, se tivesse chegado aquela final poderia ter ganho a Tríplice Coroa” explica Igor. O Itanhangá Pine de Noberto Pinheiro venceu o Aberto do Estado de São Paulo, o torneio que os polistas dão a maior importância, já que tem o handicap mais alto jogado no Brasil, 26 gols. É o torneio que todos querem ganhar. Noberto comenta: “Vencemos porque tivemos bom planejamento e excelente preparação, e poupamos os cavalos nos torneios de 22 gols. Montei os quatro jogadores do time de 26 gols, três profissionais argentinos, os irmãos Martin e Nico Espain, além de “Flaco” Garcia Grossi. Todos os cavalos da equipe em campo eram meus, e algumas éguas como a Glória, a Tiva, a Carla e a Bela Alazã fizeram a diferença. Imagina a infra com peticeiros, veterinários, transporte... Foi um esforço enorme, mas valeu a pena.” A grande contratação para a temporada de 2014 fica por conta do Itanhangá RP Sports, que levou o passe de Rodrigo “Jojó” Andrade para todos os torneios abertos e de alto handicap. “Vou montá-lo com minhas melhores éguas” completa Rodrigo Pinheiro. O Pine de Noberto fechou com Rico Mansur para o próximo ano, e provavelmente com Gaston Otamendi, completando o time com o Rafael Villela. E Igor ainda faz segredo quanto aos players de seu Brasil Insurance, está ainda em fase de recuperação de uma cirurgia na patela (rótula), por conta do acidente no Campeonato Brasileiro. Noberto e seu Itanhangá Pine ganharam a Tríplice Coroa por ter vencido o Aberto do Estado e por ter chegado à semifinal da Moroni e à semifinal do Aberto do Helvetia. Igor comenta: “Nos abertos, entramos para ganhar e nesta temporada sempre havia um Itanhangá na final.”
As equipes Itanhangá Brasil Insurance e Itanhangá RP Sports, campeã e vice da Copa Giorgio Moroni de 22 gols 104
Noberto Pinheiro do Itanhangá Pine comanda a vitória sobre o São José Polo Audi na final do Aberto do Estado
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UM CERTO JOGADOR RODRIGO Um bate papo nas cocheiras com Rodrigo Andrade, nosso número 1 Como foi sua temporada americana em 2013? Este ano joguei pela equipe Orchard Hill, time tradicional nas copas americanas, participei das três de 26 gols, a CV Whitney Cup, a Copa de Ouro, e o US Open com Steve Van Andel e os irmãos argentinos Pablo e Matias MacDonough. Acabamos ganhando a subsidiária da Whitney, e chegamos às quartas de final do US Open. Tirando a temporada argentina, são os torneios mais altos do polo, não esquecendo também do nosso Aberto do Estado de 26 gols. Na Inglaterra jogam-se torneios de 22 gols. Já ganhou algum destes torneios nos Estados Unidos? Em 2011 no primeiro ano que participei, ganhei a Copa de Ouro com a equipe Audi, jogando com o Gonçalito e o Nico Pieres no time do Marc Ganzi, chegamos à final do US Open perdendo para La Lechuza. Em 2012 joguei as copas de 20 gols com a equipe Audi e cheguei numa final. Na Europa joguei com os cavalos da equipe Zacara, que tem uma estrutura muito grande, propriedade do magnata inglês Lyndon Lea. Na Argentina tenho alguma éguas minhas e outras do Zé Eduardo (Kalil)... A equipe La Natividad também me passa alguma coisa. O Facundo Pieres ganhou quase tudo este ano lá fora? Ele chegou à final da Copa de Ouro, ganhou o US Open, os dois torneios da Inglaterra, Copa da Rainha e Copa de Ouro, e ganhou as Copas de Bronze e Ouro na Espanha. Para jogar fora do Brasil, é melhor ter 8 ou 9 gols de handicap? Na Argentina é melhor com 9 gols, porque se classificam para os Abertos as seis equipes com maior handicap. Nos Estados Unidos e Inglaterra, eu jogando com 8 gols fica mais fácil para arrumar equipe. Com 9 gols você precisa ter mais cavalos e uma estrutura maior, e a cobrança também fica maior. E têm muitos jogadores argentinos de 9 gols que já estão organizados há muito tempo. Depois de uma temporada fora do Brasil, ao voltar qual foi tua impressão do polo brasileiro? Se pensarmos em termos de jogadores, acho que o Brasil hoje é a segunda força do polo, depois da Argentina. Em nível de torneios, ficamos atrás também dos Estados Unidos e da Inglaterra. Acho que o handicap dos jogadores aqui está um pouco super valorizado, um pouco acima da realidade. Na Europa, por causa das chuvas, 106
o campo fica mais picado e o jogo então fica mais “brigado”, mais parado, e como o handicap do torneio é de 22 gols, é um polo mais parecido com o nosso, são dois jogadores de alto, mais um de três ou quatro gols e o patrão. Algumas equipes também apresentam três jogadores de sete e o patrão. Eu estive muito bem montado, o torneio é extenso, jogam dezesseis equipes. Nossa semifinal da Copa da Rainha foi contra o Dubai do Adolfo Cambiaso e a final foi contra o El Remanso do Pelon. A Argentina hoje comanda o polo mundial? Tem argentino jogando polo no mundo inteiro, até aqui no Helvetia eles estão chegando. Isso é bom, porque aumenta a quantidade e a qualidade das equipes. Nos torneios de 26 gols, só com jogadores daqui, formariam menos equipes sem os argentinos.
Rodrigo Andrade vestirá a camisa do Itanhangá em 2014
Nos Estados Unidos tem 11 equipes com 26 e na Inglaterra 17 equipes com 22 gols, todas com jogadores argentinos. Como é a vida de um polista jogando no exterior? Eu comecei a jogar no exterior pela Argentina, fui muitos anos seguidos e fiz um bom relacionamento, se não fica muito difícil. No ano que passou a Daniela e minha filha Luísa fizeram toda a temporada americana, européia e argentina comigo. No tempo que sobra dos treinos e preparação para os jogos, dá para passear um pouco. A Inglaterra é um país muito bonito, morávamos perto de Windsor, o contryside é lindo, fomos também a Londres algumas vezes... Qual é a chance de uma equipe como a sua, La Natividad, vencer uma Ellerstina ou La Dolfina?
A única possibilidade é o nosso time fazer um jogo perfeito e eles não fazerem um jogo perfeito. Se você entrar em campo pensando que não vai ganhar, não tem por que entrar... Com é a briga Ellerstina e La Dolfina? Acho que a Ellerstina leva vantagem na qualidade da tropa, enquanto La Dolfina tem jogadores mais experientes, então depende um pouco de como está cada um no dia do jogo. Tudo bem no ano que vem? Como já tenho uma base nos Estados Unidos, vou jogar lá novamente no time do Marc Ganzi com o Gonçalito Pieres, mas para a Inglaterra desta vez não vai dar. Aqui no Brasil já fechei para jogar os torneios de alto handicap com o Itanhangá. 107
GG: “GOSTO MESMO É DE GANHAR NO POLO” A trajetória de Gustavo Ribeiro Garcia, o GG, é diferente da maioria dos polistas do Helvetia. Chegando de Franca há seis anos, firmou-se como um dos ganhadores no esporte Em sua casa em Franca ninguém jogava polo, só seus primos, sendo que a tia e madrinha Ana Maria, mãe do Rafael e do Gabriel Villela Rosa lhe presenteou com uma égua quando tinha 15 anos de idade. Foi quando começou a montar no clube em frente ao condomínio onde morava. Os pais não gostaram muito da nova atividade do GG, o que o obrigava a sustentar os gastos no polo com a própria mesada, deixando de ir na balada para economizar uns trocados para pagar o peticeiro e outros gastos do esporte. Enquanto jogava, estudou na faculdade de Direito em Franca, e quando se formou, não sabia ainda o que fazer: se prestava concurso para a Promotoria ou se seguia a carreira de polista, que na época, tinha somente 1 gol de handicap. E exatamente no dia da formatura, recebeu uma ligação do Keiny da Silva, que estava montando um time de 6 gols para jogar no Helvetia e lhe convidou para juntar-se à equipe. Decidiu-se pelo polo, veio com a cara e coragem e na sua segunda temporada aqui, juntou-se ao Luigi Cosenza da equipe Hípica Polo com quem está até hoje. Aos poucos foi se estruturando e comprando cavalos no Jockey. O Luigi achou interessante, acreditou no potencial do GG, investiu e formaram uma sociedade. Hoje eles têm quase sessenta cavalos, 108
compraram uma área e montaram cocheiras. Nestes seis anos, foi paulatinamente subindo de handicap e hoje já está com 5 gols. Durante a temporada de 2013, o site 30 Jardas organizou um ranking de polo, dando pontos aos jogadores melhor classificados nos torneios oficiais. E GG finalizou o ano em primeiro lugar com 250 pontos, seguido pelo Alexandre Junqueira com 220 pontos. “Na verdade tive a sorte de jogar em boas equipes, e todos os companheiros de time merecem este prêmio” explica GG, que se dedica inteiramente ao esporte, treinando todo dia. E se diz que é um cara que gosta de ‘estar barato’ dentro do handicap que joga. “No dia que estiver jogando muito bem para ser 6 gols, aí eu quero
GG comemora a vitória na Copa Ouro
subir ” diz ele. Outro desafio é o Mundial de Polo na Neve na China, que vai jogar no início do ano pela segunda vez contra Austrália, França, Argentina e China, entre outros. “Polo na neve é difícil, bola diferente, muito liso e principalmente muito frio”. Mas GG está treinando na areia, com a mesma bola da neve, acredita no time deste ano, que forma com Willian Rodrigues e Renato Junqueira, num torneio de 16 gols que inscreve equipes de três jogadores, com um premio para o vencedor de 180 mil dólares. Para a temporada de 2014, vai jogar os torneios de médio handicap e de 18 gols com o Luigi na equipe Hípica Polo e para os torneios de 22 e 26 gols já fechou por mais um ano com o São
José. GG se diz muito feliz e realizado, mas não acomodado. “Gosto mesmo é de ganhar no polo. Prestar concurso para ser juiz ou promotor, só em outra vida”. Resultados que levaram GG ao topo do ranking 30 Jardas em 2013: % Campeão Copa Ouro Brasil % Campeão Aberto do Helvetia % Vice-Campeão Aberto do Estado % Campeão Copa Cidade de Indaiatuba % Campeão Copa HPCC 109
THE NEW OLD BOYS Para uma turma de veteranos do Helvetia, aposentar os tacos ou se afastar do polo está fora de cogitação. Embora hoje raramente se aventurem em torneios, eles não abrem mão dos treinos no fim de semana. Afinal, são décadas e mais décadas vivenciando esse esporte, um caso de amor para toda a vida Entre os maiores entusiastas está PG Meirelles. Talvez o mais longevo polista em atividade no mundo, ele de vez em quando ainda bate uma bolinha e, mais do que isso, é presença confirmada na assistência de tudo quanto é torneio. Com uma carreira para lá de duradoura no polo, conhece todo mundo do meio porque nunca teve problema em entrar em campo com polistas de gerações posteriores à sua, sendo sempre descrito como um bom companheiro. Bom humor e fairplay são suas marcas, além da experiência acumulada nas mais de seis décadas dedicadas ao esporte. Em sua trajetória, troféus de Brasileiros e de Abertos, além de muitas histórias para contar. Uma delas reza que, em 1953, PG e seu irmão Augusto foram presenteados pelo pai, seu Toto, com um conversível inglês por terem desafiado – e, claro, vencido – um time fortíssimo que havia recém ganhado um torneio na Inglaterra. Na verdade, Toto Meirelles lhes havia prometido um Fusca caso passassem de ano na escola; acabaram com um carro ainda melhor por terem dado ao velho pai tamanha satisfação com a vitória! Também PG esteve metido na viagem ao Chile para jogar a Copa Alessandri em 1963, e na famosa passagem do príncipe Charles pela Hípica Paulista em 1978, com direito a festão no Hippopotamus e tudo mais. Ao longo dos anos, foram tantos amigos jogando pelo seu São Martinho que é até difícil nomear. Um que não se esquece das aventuras é o também veterano Didi Souza Aranha, que tinha uns 14 anos quando ganhou de PG seu primeiro cavalo, a égua Botina. Na época, o garoto Didi costumava taquear na chácara de sua família na zona norte de São Paulo. Mas ainda não tinha permissão para jogar torneios, já que o pai, seu Calu, era inflexível na determinação: “Só joga depois de entrar na faculdade”. Assim, no dia 3 de maio de 1959, depois de ingressar na Escola Politécnica, o primogênito do seu Calu estreou em um jogo oficial e desde então nunca mais abandonou os tacos. Na década de 1960, Didi, que mais tarde chegaria a 7 gols de handicap, fez suas 110
Time campe達o do Aberto do Interior de 1962: Augusto Meirelles, PG Meirelles, Didi Souza Aranha e Lau Junqueira. Continuam em atividade PG e Didi
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the new old boys
Sylvio Junqueira Novaes recebe o premio de vice-campeão da Coronation Cup de 1996, das mãos da Rainha Elizabeth II
Carlos Mansur: muita facilidade para o esporte, ele se dá bem tanto no polo como no golfe
Maragata, a força que veio do sul: o gaucho Cabeto com os paulistas Luiz Matarazzo, PG Meirelles e José Henrique Castejon
primeiras viagens internacionais de polo, à Argentina e ao Chile. Mas foi só quando Roberto, o caçula dos Souza Aranha, entrou para a faculdade, que os quatro irmãos passaram a fazer história pelo Casa Verde. Nos anos 70, o time foi um dos mais competitivos do período, competindo de igual para igual com equipes como Toca de Alcides Diniz e Rio Pardo de Ricardo Mansur. Juntos, Didi, Antônio Carlos, Mauro e Roberto venceram o Aberto do Estado de São Paulo em 71, 73, 76 e 77, além do Brasileiro e de uma série de outros torneios, incendiando os campos da Hípica Paulista e do recém-inaugurado Helvetia. No auge da formação, com Didi exibindo seu poderoso back de esquerda, o Casa Verde enfrentou a memorável equipe argentina de 40 gols Coronel Suarez, uma das maiores campeãs da história de Palermo. O envolvimento dos irmãos Souza Aranha com polo, no entanto, começara muito antes, talvez mesmo na barriga da mãe. Afinal, seu Calu era também um jogador apaixonado, que dizia a quem quisesse ouvir que queria ter quatro filhos para formar um time. De tanto falar, a anedota virou realidade: nasceram os quatro filhos, todos polistas!
Tempos depois, quem também veria realizado o sonho de ter quatro filhos polistas seria Cabeto Bastos. Seus guris, representantes do Maragata, dão continuidade à paixão que o gaúcho nutre por polo desde a infância em Uruguaiana. “Tive oportunidade de jogar polo no Rio Grande do Sul, Rio e em São Paulo, que são os três grandes centros do polo brasileiro. Comecei em Uruguaiana de guri, com sete anos de idade, taqueando na beira dos campos militares, pois o polo gaúcho, e, aliás, o brasileiro também, teve uma contribuição muito forte do exército. Meu primeiro troféu é de 1965, jogando em campos militares. Desde 1975, ainda morando em Uruguaiana, jogava em São Paulo, Orlandia, Ribeirão Preto, Avaré, na Hípica Paulista e é claro, no Helvetia. Nunca falhei um ano, era uma odisseia, nesta época os bons torneios se realizavam em junho ou julho, era pleno inverno gaúcho, vínhamos no pior momento nosso no sul, para o melhor momento de polo em São Paulo ou no Rio.” E Cabeto faz questão de valorizar a prática do polo amador: “Nossa ideia sempre foi competir, éramos todos amadores e a satisfação de poder jogar em bons campos contra bons jogadores
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Torneio Internacional em 1980 numa equipe de 22 gols: José Henrique Castejon, Joa Junqueira, Sylvio Novaes e Cabeto Bastos
O polo continua sendo a atividade mais importante de Cabeto Bastos: “Sigo treinando até hoje, mas deixei de competir”
aqui em São Paulo, valia o sacrifício. Em 1985 vim morar no Rio, jogava em Itaguaí e no Itanhangá, e em 1987 me estabeleci em São Paulo, montando aqui uma propriedade bem polista, com uma boa estrutura de cocheiras, competindo seriamente até meus guris começarem a disputar os torneios, dando sequencia à história do Maragata. Tive uma campanha muito boa, só não ganhei o Aberto do Estado de São Paulo, do qual fui vice-campeão duas vezes. Mas ganhei o Aberto da Hípica, o Aberto do Helvetia, Copa Vogue e Copa Moroni...” Mas o polo continua a atividade mais importante de Cabeto: “Sigo treinando até hoje, mas deixei de competir. Por varias razões: pelo meu temperamento dentro do campo, pela possibilidade de melhor montar os filhos e por ter cumprido uma etapa de polo muito boa, competindo em todos os bons torneios que se fez no Brasil.” Outro veterano inveterado é Luiz Matarazzo. Polista à moda antiga, ele começou a taquear aos 12 anos por influência do irmão, Olympio, e aos 14 disputou seu primeiro torneio. As experiências internacionais foram também precoces: aos 17, já com 4 de handicap, embarcou com cavalos e amigos para a Itália, e passou a temporada jogando na Europa. Nesta fase romântica em que o profissionalismo no esporte ainda não era prática, tudo era uma grande aventura repleta de improviso. Afinal, estar em Roma e de lá ir para o Marrocos jogar no aniversário do rei era, no mínimo, inesperado. Mas além de festa, Luizinho gostava de competir. Por isso, em 1979 encarou o desafio de jogar na Argentina o Torneio Internacional de Clubes, entre equipes de 26 gols de handicap. Um nível altíssimo para a época, e que ele, Ricardo Mansur, Joa Junqueira e Sylvio Novaes provaram serem páreos ao voltarem 113
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A equipe Casa Verde dos irmãos Souza Aranha: Mauro, Tonho, Didi e Roberto, na conquista do Aberto do Estado de S. Paulo em 1973
para casa com a taça de campeão. No Brasil, a diversão ficava por conta dos times com amigos, em especial Carcará, famosa equipe formada com Sérgio Aun, José Luiz Herreros e José Carlos Kalil. Afinal, competitividade e diversão se misturam nos mandamentos do polo de Luizinho, cujo filho Gonçalo é fiel seguidor com o Sharks. No time de veteranos também joga Sylvio Junqueira Novaes, um dos primeiros brasileiros a desbravar as canchas da Inglaterra. Seu polo tem origem no interior de São Paulo, na região de Colina. E, claro, vem carregado daquele espírito aguerrido, marcador, que caracteriza os polistas do interior, tradicionalmente ligados ao campo e à criação de cavalos. Considerado um dos melhores de sua geração, Sylvio chegou a 8 de handicap. Seu talento o levou a jogar em diversos países do mundo, mas foi na Inglaterra que ele se destacou. Entre 1982 e 1989, morou em Cirencester e em Cowdray Park, jogando profissionalmente. E conquistou alguns dos títulos mais cobiçados, a Queen´s Cup e a Coronation Cup. É dessa época um “causo” famoso, de quando a rainha Elizabeth II reconheceu Elke, a égua de Sylvio que fora eleita o melhor animal em ambos os torneios. “Esta égua de novo?”, teria perguntado a rainha, que entregava pessoalmente a premiação. Outro que também rodou o mundo jogando polo foi Vico Coutinho. Ele entrou para o mundo equestre através do hipismo, 114
De volta para o passado: a equipe Montezuma formada por Sergio Machado, Sergio Coutinho, Vico Coutinho e Sergio Aun. Sergio e Vico continuam no jogo
mas como era neto e filho de polistas, logo abandonou as pistas de salto pelos tacos. A primeira aventura internacional de Vico aconteceu em 1967, quando Marcos Uranga o convidou para participar do Mundialaço
Armando Klabin comanda a equipe com Didi Souza Aranha, Daniel Klabin e José Carlos Kalil durante Torneio Internacional do Rio de Janeiro em 1972
na Argentina. Daí pra frente deu a volta ao mundo em 80 tacadas, fazendo uma coleção de amigos das mais diferentes nacionalidades antes mesmo de se tornar embaixador da FIP. No fim dos anos 70, chegou a 4 de handicap. E, praticando um polo social, frequentou canchas francesas, holandesas, mexicanas, inglesas, chilenas, uruguaias. Nas andanças por destinos exóticos como Paquistão e Jordânia, montou até camelos e elefantes, e na Índia foi recebido pelo marajá de Jodhpur! Em território nacional, Vico formou com o irmão Sérgio um time famoso nos anos 80, o Montezuma; hoje, a família, representada pelos filhos dos dois, defende a camisa do Abacateiro. O polista veterano Lau Junqueira foi quem orientou Carlos Mansur nos primeiros passos e tacadas no polo, ainda bem jovem no início dos anos 1980. Segundo Lau, o Carlos tem muita facilidade para o esporte, e se deu bem tanto no polo como no golfe: “O Carlos continua jogando e passa todo seu legado no polo para o filho Carlinhos, que tem tudo para ser um bom jogador, também recebendo ensinamentos do primo e craque Rico Mansur”. Carlos criou a equipe Flamboyant que lhe muitas alegrias e vitórias, contando com o apoio técnico de Juan Carlos Otamendi. Entre seus maiores lauréis está a conquista do Aberto do Estado de São Paulo em 1988 com Sylvio Junqueira Novaes, Juan Carlos Otamendi e Eduardo Soares de Camargo.
Das canchas cariocas veio Armando Klabin e seu Tigres. Seu início está ligado a Baby Monteiro de Carvalho, que apresentou o esporte a ele e a seus irmãos Israel e Daniel. Embora já saltassem na Hípica carioca, os Klabin foram fisgados pelo polo, e a partir da década de 1950 foram protagonistas de jogos memoráveis. No Gávea, em Jacarepaguá, em Itaguaí e principalmente no Itanhangá, travaram embates duríssimos contra equipes paulistas, já que na época a rivalidade era enorme. Armando e Daniel, acompanhados por Tony Mayrink Veiga e Álvaro Catão, mostraram suas garras e venceram o time paulista de Decito Novaes e Lau Junqueira no Campeonato Brasileiro disputado no Itanhangá em 1959. Desse período, é impossível não lembrar outros tantos nomes que agitavam a cena carioca, como Paulo Fernando Marcondes Ferraz e Ronaldo Xavier de Lima. Com esses dois companheiros, Armando jogou em vários países no mundo, entre eles Peru e na Colômbia, numa temporada que rendeu muita história para contar. Às vitórias e memórias do Rio se somam muitas outras vividas no interior de São Paulo. E também no Helvetia, cuja temporada a família passou a prestigiar. Foram Brasileiros, Abertos, Copas Vogue, jogados entre amigos e na companhia dos filhos Wolff, José e Bernardo. Com direito até a filhotes de tigres para apimentar a história. Afinal, são estes momentos que marcam a trajetória dos veteranos que respiram polo com o entusiasmo de quem se apaixona à primeira tacada. 115
XXIV
SCOTT
JUNIOR CUP 2013
JOVENS PROMESSAS Os novos talentos do polo brasileiro em ação
Premiação da Scott Junior Cup durante o Campeonato Brasileiro de Polo
O primeiro torneio da vida de muitos craques que atualmente participam da temporada do Helvetia foi a Scott Junior Cup. Feita para incentivar os jogadores de até 14 anos, esta competição foi disputada pela primeira vez em 1979 e hoje conta com a participação dos filhos daqueles que participaram outrora. São gerações que se sucedem, com jovens promessas transformando a paixão por polo em realidade. Em sua 24ª edição, a competição neste ano foi denominada Copa Ronnie Scott em homenagem aos 80 anos de seu idealizador. Como é de costume, teve o Concurso de Arreamento, no qual os participantes devem obrigatoriamente encilhar seus cavalos, observando diversos procedimentos como a colocação da sela e da manta, a altura do freio, o aperto da barrigueira. Tudo sob a supervisão de “tio” Ronnie e de Mauro Souza Aranha. Durante três finais de semana, três equipes de juniores participaram dos jogos realizados no campo da Casa Verde. Pela equipe Santa Edwirges estavam Murilo Mello, Icaro Matheus Silva, Felipe Souza Aranha Mammana, João Pedro Souza Aranha e Hugo Brum. Pela Orlândia, Antônio Junqueira Franco, Pedro Paulo Kalil, João Junqueira Franco, Matheus Lima, Alexandre Mello e Guilherme Maia. E pelo São José, Pietro Poltronieri, José Guilherme Kalil, Henrique Kalil, Maurilio Mendonça e Felipe Maia. Na classificação final, Santa Edwirges conquistou o primeiro lugar, com 9 pontos. Em segundo, com 7 pontos cada, empataram São José e Orlândia. 116
Resultados 1º fim de semana: Santa Edwirges 03 x 01 Orlândia São José 03 x 01 Orlândia São José 03 x 01 Santa Edwirges Resultados 2º fim de semana: Santa Edwirges 02 x 02 Orlândia Orlândia 01 x 01 São José São José 02 x 02 Santa Edwirges Santa Edwirges 03 x 01 Orlândia Orlândia 03 x 02 São José Santa Edwirges 04 x 01 São José Resultados 3º fim de semana: Santa Edwirges 02 x 02 Orlândia Orlândia 04 x 01 São José São José 01 x 03 Santa Edwirges
JULGAMENTO DE CAVALOS 2013
A égua Amanda, campeã de Cria Nacional ‘em jogo’, propriedade do Itanhangá Polo
OS REIS DOS ESTÁBULOS Com o objetivo de estimular os criadores, o Julgamento de Cavalos de Polo é realizado anualmente no Helvetia Polo Country Club. Idealizado
e organizado por Ronnie Scott desde 1979, a edição 2013 do evento aconteceu em agosto, na época do Campeonato Brasileiro, e como de costume avaliou e premiou os melhores animais em três categorias. José Luis Toledo, além de Gabriel e Rafael Villela Rosa, fizeram parte da comissão julgadora, substituindo Mauro Souza Aranha e Sérgio Aun, que durante diversas temporadas atuaram com dedicação na função de juízes. Mauro elogiou como “perfeito” o trabalho da nova comissão. Pela manhã, os animais foram avaliados por sua morfologia na etapa eliminatória. À tarde, os melhores foram montados por seus proprietários – ou pessoas por eles nomeadas – na prova funcional, de modo a demonstrarem os movimentos recorrentes do esporte. Na categoria Cria Nacional, a equipe Sucupira foi vencedora da
modalidade Cabresto com Bambolet, enquanto Maragata, cujos cavalos são criados na Estância Itapitocai, levou a melhor com Itapitocai Relinda pela modalidade Domados. Ainda em Cria Nacional, Amanda, de propriedade do Itanhangá, foi eleita a melhor égua em jogo. Entre os animais da categoria Puro-Sangue Inglês, os destaques foram Mulata Lady Santinha, de Alexandre Ribeiro; e Querida, do Haras Santa Lúcia, que abocanhou também o prêmio oferecido pela Associação Brasileira dos Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida ao melhor PSI em jogo. Na categoria Livre, o prêmio ficou com JYN, de propriedade de Fernando Pelosini. Montando seus próprios animais e os do Itanhangá, Pelosini também terminou eleito Melhor Cavaleiro do Julgamento, após disputa com Alexandre Ribeiro, Gustavo Rocha e Xibiu. Também chamou atenção João Pedro Souza Aranha, de 12 anos, montando seu cavalo Carioca.
Premiação do Julgamento 2013 CRIA NACIONAL Vencedor Cabresto » Bambolet (Ellerstina Elegante x Astúcia) | Proprietário: Sucupira Vencedor Domados » Itapitocai Relinda (Ellerstina Elegante x Xuxa) | Proprietário: Itapitocai Vencedor Em Jogo » Amanda (Polo Francisco x Vim Ver) | Proprietário: Itanhangá PURO-SANGUE INGLÊS Vencedor Domados » Mulata Lady Santinha (Spring Halo x La Demonia) | Proprietário: Alexandre Gomes Ribeiro Vencedor Em Jogo » Querida (Norba x Live and Love) | Proprietário: Santa Lúcia (*) Recebendo o prêmio oferecido pela Associação Brasileira dos Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida.
Rafael Villela Rosa recebe o premio do Itanhangá
CATEGORIA LIVRE JYN » Proprietário: Fernando Pelosini
MELHOR CAVALEIRO Fernando Pelosini
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FLASH BRASÍLIA 2013
POLO NO CERRADO
Time campeão do Torneio Integração: Cel. Moura Alves, José Eduardo, Fabio Estrela, Cap. Silas Rabelo e Cel. Marques, comandante do 1 RCG
III Edição do Torneio das Nações de polo feminino
A Federação Brasiliense de Polo (FBP) é uma das mais jovens associações junto à Confederação Brasileira de Polo. Foi criada em 1999 para organizar, administrar e intensificar a prática do polo em Brasília, que veio junto com os militares, no final dos anos 1960, com a transferência do 1o. Regimento de Cavalaria de Guardas, o Regimento Dragões da Independência, do Rio de Janeiro para Brasília. Atualmente, a FBP, junto com os “Dragões”, promove e realiza diversos torneios e campeonatos nacionais e internacionais nos três campos do Regimento. Jogam aqui militares e civis e, ultimamente, surgiram novos adeptos. Esposas, filhas e amigas de
jogadores antes assistência assídua, passaram a integrar a lista de jogadores. Para 2014, já estão agendados o Campeonato do Exército de Polo, quando reúnem-se os melhores jogadores militares do Brasil, o Torneio das Nações, exclusivamente feminino, estará em sua quarta edição e traz jogadoras de todo o Brasil e do exterior e o Torneio com os amigos profissionais de São Paulo, Aluisio Villela, Renato D. Junqueira, Claudio Novaes, Lincoln Junqueira e Mauro Junqueira, que trazem sua experiência e técnica para aprimorar os jogadores da Capital Federal. Assim, a continuidade da prática do polo está garantida no Cerrado Brasileiro!
Encerramento do Campeonato de Polo do Exército
118
PLACAR
RESULTADOS DOS TORNEIOS 2013 ALTO HANDICAP COPA VOGUE 18 GOLS 18/04/13 Santa Marcia 09 x 12 Guabi 19/04/13 Prata Audi 12 x 13 Villa Real Mitsubishi Maragata 13 x 11 Hípica Polo 20/04/13 Flamboyant 04 x 10 Guabi Invertigrata 13 x 08 Villa Real Carapuça 13 x 12 Hípica Polo 21/04/13 Maragata 08 x 09 Carapuça Prata 07 x 06 Invertigrata Flamboyant 11 x 10 Santa Marcia 25/04/13 Invertigrata 11 x 12 Maragata Carapuça 08 x 09 Guabi Polo 27/04/13 Maragata 10 x 12 Guabi Polo
COPA GIORGIO MORONI 22 GOLS 30/04/13 Vila Real 05 x 11 São José Polo 01/05/13 Invernada 08 x 10 Guabi Polo
26/05/13 Invernada 09 x 14 Itanhangá BR Insurance Santa Márcia 11 x 10 Villa Real Polo Wear Prata Polo Audi 12 x 07 Itanhangá Pine 01/06/13 Santa Márcia 06 x 11 São José Polo - Audi 04/06/13 Itanhangá Pine 16 x 11 Itanhangá Ducati Invernada 07 x 08 São José Polo - Audi Santa Márcia 09 x 10 Itanhangá BR Insurance Prata Polo Audi 11 x 08 Julius Baer Maragata 06/06/13 São José Polo - Audi 11 x 09 Itanhangá Pine Prata Polo Audi 10 x 12 Itanhangá BR Insurance 08/06/13 São José Polo - Audi 14 x 10 Itanhangá BR Insurance
83º ABERTO DO ESTADO DE SÃO PAULO 26 GOLS 12/06/13 Guabi 11 x 08 Maragata 13/06/13 São José 10 x 06 Villa Real Invernada 12 x 13 Itanhanga RP Sports
02/05/13 Itanhanga Pine 10 x 11 Itanhanga Brasil
16/06/13 Guabi 12 x 11 Itanhanga RP Sports Maragata 11 x 12 Invernada Villa Real 06 x 11 Itanhanga Pine
04/05/13 Vila Real 09 x 13 Itanhanga Brasil
18/06/13 São José 10 x 09 Itanhanga Pine
05/05/13 São José 05 x 11 Itanhanga Pine Invernada 09 x 08 Itanhanga RP Sports
19/06/13 Maragata 07 x 08 Itanhanga RP Sports Invernada 09 x 13 Guabi
08/05/2013 Guabi 12 x 13 Itanhanga RP Sports
21/06/2013 Guabi 09 x 10 Itanhanga Pine São José 08 x 07 Itanhanga RP Sports
09/05/2013 Vila Real 08 x 09 Itanhanga Pine São José 12 x 10 Itanhanga Brasil 11/05/13 Itanhanga Pine 14 x 15 Itanhanga RP Sports Guabi Polo 09 x 12 Itanhanga Brasil 18/05/13 Itanhanga RP Sports 10 x 14 Itanhanga Brasil
COPA OURO 22 GOLS 22/05/13 La Madrugada 12 x 14 Itanhangá BR Insurance Itanhangá Ducati 06 x 11 Prata Polo Audi Julius Baer Maragata 09 x 10 Itanhangá Pine 23/05/13 Invernada 08 x 07 Villa Real Polo Wear 25/05/13 Itanhangá Ducati 10 x 09 Julius Baer Maragata La Madrugada 10 x 11 São José Polo - Audi
23/06/13 Itanhanga Pine 14 x 13 São José
57º CAMPEONATO BRASILEIRO / MITSUBISHI 18 GOLS 03/08/13 Santa Márcia 08 x 06 BTG Pactual Vila Real 06 x 14 Invernada Guabi Polo 09 x 08 Pec Vet Itanhanga 16 x 07 Itanhanga RP Sports 04/08/13 BTG Pactual 09 x 11 Hípica Polo Pec Vet 11 x 10 Vila Real Invernada 09 x 10 Guabi São José Polo 09 x 06 Santa Marcia
10/08/13 BTG Pactual 08 x 11 São José Polo Itanhanga 11 x 10 SP Investiments Pec Vet 08 x 15 Invernada Guabi Polo 05 x 05 Vila Real Hípica Polo 14 x 06 Santa Márcia 15/08/13 Itanhanga Pine 12 x 10 São José Guabi 13 x 06 Hípica Polo 17/08/13 Itanhanga Pine 10 x 11 Guabi Polo
CAMPEONATO ABERTO H.P.C.C 22 GOLS 20/08/13 Itanhanga Brasil 11 x 12 Guabi 22/08/13 São José 08 x 05 La Madrugada Itanhanga Pine 10 x 07 Santa Márcia 23/08/13 PEC Vet 09 x 08 Guabi Polo 24/08/13 La Madrugada 12 x 08 Santa Márcia 25/08/13 Pec Vet 09 x 14 Itanhaga Brasil Itanhanga Pine 12 x 13 São José 27/08/13 La Madrugada 09 x 11 Itanhanga Pine São José 11 x 10 Santa Márcia 29/08/2013 Guabi Polo 07 x 06 Itanhanga Pine São José 12 x 07 Itanhanga Brasil 31/08/13 Guabi 13 x 14 São José
MÉDIO HANDICAP IX COPA CIDADE DE INDAIATUBA 14 GOLS 30/03/13 Casa Verde 06 x 09 Tigres Santa Márcia 07 x 08 La Madrugada Villa D 07 x 15 Flamboyant 31/03/13 Corinthians 14 x 09 Santa Márcia Hípica Polo 10 x 11 Tigres Prata 07 x 18 Flamboyant 07/04/13 La Madrugada 15 x 13 Corinthians Hípica Polo 14 x 09 Casa Verde Prata Polo 11 x 06 Villa D 03/05/2013 La Madrugada 08 x 10 Hípica Polo
07/08/13 São José Polo 11 x 10 Hípica Polo
10/05/2013 Tigres 08 x 10 Flamboyant
08/08/13 Investiments 06 x 09 Itanhanga RP Sports
07/09/13 Hípica Polo 11 x 09 Flamboyant 119
placar
COPA VOGUE 10 GOLS
20/04/2013 São José 11 x 10 Flamboyant 21/04/2013 Vila D 09 x 10 Invernada 03 Colinas 13 x 12 La Madrugada Guabi 07 x 08 Colorado 27/04/13 Colorado 13 x 11 03 Colinas Guabi 10 x 11 La Madrugada Invernada 05 x 09 São José Flamboyant 07 x 05 Vila D 28/04/13 Villa D 09 x 08 São José Invernada 10 x 08 Flamboyant Guabi 09 x 07 03 Colinas Colorado 09 x 10 La Madrugada 01/05/2013 Invernada 09 x 04 Colorado São José 13 x 11 La Madrugada 04/05/2013 Invernada 08 x 11 São José
COPA ANDREA MORONI 14 GOLS 04/05/13 Santa Marcia 06 x 14 Tigres 05/05/13 Flamboyant 07 x 06 Corinthians Prata 13 x 10 Villa D Santa Marcia 08 x 09 La Madrugada 10/05/13 Guabi 03 x 10 Prata 12/05/13 Carapuça 07 x 10 Corinthians Tigres 10 x 09 La Madrugada 18/05/13 Carapuça 09 x 10 Flamboyant Villa D 09 x 10 Guabi 19/05/13 Prata 10 x 08 Corinthians Tigres 05 x 12 Flamboyant 25/05/2013 Prata Polo 13 x 14 Flamboyant
COPA DE PRATA 10 GOLS 25/05/2013 Guaiuvira 09 x 13 Invernada 26/05/2013 Hípica Polo 13 x 12 Aloha Villa Real 09 x 10 São José Villa D 13 x 11 Guaiuvira John Deere 09 x 05 Flamboyant 01/06/2013 John Deere 13 x 08 Carapuça Corinthians 12 x 08 Villa Real Aloha 13 x 10 La Madrugada 08/06/2013 Invernada 10 x 05 Villa D 09/06/2013 Corinthians 11 x 12 São José Carapuça 13 x 06 Flamboyant Hípica Polo 12 x 09 La Madrugada 15/06/13 Hípica Polo 10 x 14 Invernada São José 10 x 09 John Deere 16/06/13 São José 09 x 07 Invernada 120
COPA CHRISTOFLE 10 GOLS 24/08/13 John Deere 09 x 08 São José Casa Verde 11 x 10 Carapuça Guabi 09 x 08 Vila D
25/08/13 Vila D 10 x 11 Colorado SP Investiments 08 x 07 Carapuça Flamboyant 09 x 10 John Deere 31/08/13 São José 09 x 04 Flamboyant Guabi 08 x 05 Colorado SP Investiments 06 x 07 Casa Verde 01/09/13 Colorado 10 x 09 São José John Deere 09 x 07 Casa Verde 07/09/13 Colorado x John Deere (Não houve a final)
COPA ESTADO DE SÃO PAULO 14 GOLS 07/09/13 São José 09 x 06 La Madrugada Santa Márcia 13 x 11 Prata Hípica 11 x 09 Flamboyant 08/09/13 Itanhanga 09 x 06 La Madrugada Master 11 x 10 Prata São José 10 x 09 Tigres Hípica Polo 07 x 08 John Deere 11/09/2013 Itanhanga 09 x 08 Tigres 14/09/2013 John Deere 08 x 09 Flamboyant 15/09/2013 Tigres 10 x 06 La Madrugada São José 10 x 05 Itanhanga RP Sports Santa Márcia 11 x 10 Master 21/09/13 Santa Márcia 08 x 11 São José Hípica Polo 10 x 09 Master 22/09/13 São José12 x 14 Hípica Polo
COPA HELVETIA VILLAGE 14 GOLS 28/09/2013 Carapuça 13 x 11 Santa Lucia Santa Márcia 12 x 09 Polo UK 29/09/13 Santa Lucia 07 x 10 Polo Uk Santa Márcia 11 x 15 Carapuça 06/10/13 Santa Lucia 04 x 13 Santa Márcia Hípica Polo 06 x 14 Carapuça 12/10/13 Carapuça 10 x 06 Santa Márcia
COPA HPCC 10 GOLS 13/10/13 Haute 05 x 09 Santa Márcia Santa Lucia 07 x 12 Carapuça 19/10/13 Haute 08 x 10 Carapuça Santa Márcia 10 x 06 Santa Lucia 20/10/13 Santa Márcia 08 x 12 Carapuça 26/10/13 Santa Márcia 10 x 11 Carapuça
BAIXO HANDICAP IX COPA CIDADE DE INDAIATUBA 06 GOLS 30/03/13 Cana Verde 08 x 11 Santa Lucia 31/03/13 Cana Verde 11 x 06 03 Colinas Donostia 06 x 11 Santa Lucia 07/04/13 03 Colinas 14 x 09 Donostia 20/04/13 03 Colinas 08 x 09 Santa Lucia Donostia 10 x 11 Cana Verde 21/04/13 Cana Verde 06 x 05 Santa Lucia
COPA VOGUE 2 GOLS 20/04/2013 Vila Real 03 x 04 Haras Paulista 21/04/2013 Villa Real 03 x 05 Carapuça 27/04/2013 Carapuça 06 x 07 Haras Paulista Cana Verde 04 x 05 Sharks 28/04/2013 Sharks 07 x 02 Haras Paulista Villa Real 06 x 04 Cana Verde 01/05/2013 Cana Verde 06 x 03 Haras Paulista Sharks 07 x 06 Carapuça 04/05/2013 Carapuça 07 x 08 Cana Verde Vila Real 06 x 05 Sharks 05/05/13 Villa Real 06 x 03 Sharks
COPA ANDREA MORONI 6 GOLS 04/05/13 Bom Retiro 07 x 08 Aloha 11/05/13 Villa Real 10 x 08 Cana Verde Santa Lucia 11 x 08 Aloha Saint Esteves 14 x 08 Sharks 12/05/13 03 Colinas 11 x 12 Cana Verde São José 05 x 12 Sharks 18/05/13 03 Colinas 09 x 10 Villa Real Santa Lucia 11 x 06 Bom Retiro Saint Esteves 08 x 07 São José 19/05/2013 Villa Real 12 x 07 Sharks Santa Lucia 07 x 11 Saint Esteve 25/05/13 Villa Real 10 x 05 Saint Esteves
COPA DE BRONZE 2 GOLS 01/06/2013 Futura 02 x 06 Pec Vet Corinthians 05 x 04 Carapuça 08/06/2013 Corinthians 07 x 05 Futura Pec Vet 04 x 02 Carapuça
09/06/2013 Futura 03 x 05 Carapuça 15/06/2012 Sharks 08 x 01 Corinthians
COPA ESTADO DE SÃO PAULO 06 GOLS 15/06/2013 Futura 13 x 11 Pz Polo Santa Lucia 10 x 09 São Jorge 16/06/2013 São Jorge 07 x 14 Cana Verde Santa Lucia 05 x 11 São Pedro 22/06/2013 Corinthians 12 x 13 Futura Invernada 14 x 06 Pz Polo Santa Lucia 10 x 16 Cana Verde São Jorge 03 x 13 São Pedro
04/08/13 03 Colinas 14 x 08 Mata Chica Flamboyant 13 x 06 Santa Lucia Bom Retiro 06 x 11 Cambaúva Guabi 08 x 09 Itaguai
11/08/13 Pedra Negra 06 x 07 03 Colinas Cana Verde 03 x 08 Mau Mau
10/08/13 03 Colinas 11 x 12 Invernada Flamboyant 12 x 07 Vila D Guabi 12 x 09 Cana Verde Bom Retiro 09 x 13 São Jorge
COPA CHRISTOFLE 02 GOLS
11/08/13 Invernada 12 x 06 São Jorge Itaguaí 05 x 10 Villa D Flamboyant 12 x 10 Cana Verde Cambauva 10 x 09 03 Colinas
24/08/13 Santa Márcia 09 x 04 Pedra Negra São Joaquim 06 x 05 São Jorge
18/08/13 Invernada 12 x 08 Flamboyant
31/08/13 São Jorge 05 x 07 Santa Márcia Pedra Negra 07 x 08 São Joaquim
08/08/2013 Invernada 11 x 09 São Pedro
04/08/13 Haras Paulista 03 x 08 Pedra Negra Unipolo 03 x 09 03 Colinas Cana Verde 05 x 04 Usina Esmeralda Mau Mau 06 x 05 São Joaquim Cana Verde II 03 x 07 Saccaro
57º CAMPEONATO BRASILEIRO / MITSUBISHI 06 GOLS
09/08/13 Cana Verde 12 x 04 Jaguari
03/08/13 Cana Verde 11 x 13 Itaguai Cambaúva 12 x 10 São Jorge Vila D 13 x 12 Santa Lucia Mata Chica 11 x 12 Invernada
10/08/13 Saccaro 05 x 08 Haras Paulista Cana Verde II 03 x 09 Pedra Negra Unipolo 04 x 06 Academia 40+ São Joaquim 04 x 07 Rancho Fundo
29/06/2013 São Pedro 11 x 08 Futura Cana Verde 07 x 14 Invernada
18/08/13 Jal 05 x 08 Pedra Negra
25/08/13 São Joaquim 09 x 07 Bom Retiro Santa Márcia 07 x 03 Jal
03/08/13 Cana Verde II 01 x 08 Haras Paulista 03 Colinas 13 x 05 Academia 40+ Jaguari 02 x 05 Usina Esmeralda Mau Mau 04 x 04 Rancho Fundo Pedra Negra 05 x 07 Saccaro
28/06/2013 Corinthians 09 x 11 Invernada
17/08/13 São Jorge 05 x 04 Bom Retiro
17/08/13 Flamboyant x Cambauva Invernada x Villa D
57º CAMPEONATO BRASILEIRO / MITSUBISHI 02 GOLS
23/06/2013 Invernada 10 x 08 Futura Corinthians 12 x 07 Pz Polo Cana Verde 06 x 07 São Pedro
17/08/13 03 Colinas 08 x 06 Mau Mau
01/09/13 Santa Marcia x São Joaquim (Não houve a partida final)
COPA HPCC 06 GOLS 07/09/2013 03 Colinas 11 x 08 Santa Lucia 08/09/13 Colorado 11 x 12 03 Colinas 13/09/13 Futura 08 x 10 Santa Lucia 14/09/13 03 Colinas 06 x 07 Futura Santa Lucia 11 x 10 Colorado 15/09/13 Colorado 06 x 11 Futura 21/09/13 03 Colinas 08 x 05 Futura
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