Polo 2009 issuu

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FOTOS MELITO CEREZO

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Editor e diretor Claudio Schleder Fotos Melito Cerezo Redação Tatiana Sasaki Direção de arte RL Markossa Colaboradores fotógrafos Dawis Villar, Marcelo Spatafora, Tábata Schleder Revisão e colaboração Maria Dolfina Diretor Comercial Claudio Schleder Filho Impressão e acabamento Ibep Gráfica POLO YEARBOOK é uma publicação de Om.Com Comunicação Redação e Administração Rua Jerônimo da Veiga, 428 cj. 82 CEP 04536-001 Tel. (11)3078-7716 São Paulo Brasil

POLO YEARBOOK não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e anúncios ou mensagens publicitárias desta edição. As pessoas que não constam do expediente não têm autorização para falar em nome de POLO YEARBOOK. É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação sem autorização. Todos os direitos reservados. 16


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Polo, um estado de espírito Meu primeiro contato com o polo foi no final dos anos 70, quando um amigo americano muito divertido me carregou para passar uma tarde de domingo num novo clube próximo à Indaiatuba. Ao chegar, logo fui apresentado a um polista com pinta de lorde inglês, que coordenava o evento. Era Ronnie Scott, braço direito de Giorgio Moroni, um italiano que veio da Argentina, onde freqüentava o Tortugas Country Club, que lhe serviu de modelo para fundar aqui o Helvetia Polo Country Club, e um loteamento de luxo na área adjacente. Jogava-se nesta tarde, a partida final da Copa Vogue, cuja disputa era motivada por um belíssimo troféu, e incentivada ainda mais pelo premio de um relógio Rolex para cada jogador campeão, que seriam entregues pelo editor da revista, Luis Carta. A primeira dama do clube Andréa Moroni era a hostess perfeita, socialite e personagem da coluna social doTavares de Miranda na Folha de S.Paulo, decoradora que havia organizado um garden party repleto de convidados com sobrenomes, hors d’oeuvres e champagne comme il faut. Antes do jogo de polo, uma parada com banda de música e senhoritas desfilando sobre os paralamas de carrões. Tout São Paulo social descobria a sofisticação do polo no campo, e a badalação conseqüente conduzia a força do jogo para o interior próximo, à uma hora de carro da capital, que, com seus poucos campos – dois na Sociedade Hípica Paulista e um no Clube Hípico de Santo Amaro – não suportavam o crescimento do esporte. Apesar de uma resistência inicial, para quem a criação de um novo centro esportivo enfraqueceria o polo, a iniciativa logo ganhou mais e mais entusiastas. José Luiz Herreros, seduzido pelo clima agradável e pelo baixo índice pluviométrico propício para a prática do jogo, foi o primeiro a estabelecer uma casa no condomínio, e foi seguido pelas famílias Souza Aranha, Diniz, Kalil e Mansur, que construiriam seus haras com seus próprios campos. Hoje o Helvetia é uma realidade, com os torneios mais importantes do Brasil, Aberto do Helvetia, Aberto do Estado e Campeonato Brasileiro. A Confederação Brasileira e a Federação Paulista regem os regulamentos e handicaps, transformando a temporada em Indaiatuba num evento de nível internacional. O POLO YEARBOOK se associa a esta realidade, oferecendo aos polistas um livro anual para colecionar com todos os torneios do ano, ilustrado pelo trabalho do melhor fotografo de polo do mundo, Melito Cerezo, natural da Província de Buenos Aires. Melito é dono de um olho clínico e grande conhecimento do esporte, que lhe permite adivinhar com alguns segundos de antecipação, o que vai acontecer numa jogada. E a melhor maneira de relatarmos tudo que aconteceu neste ano de 2009 é com suas fotos e com as matérias preparadas por nossa equipe. Até o próximo ano.

Claudio Schleder Editor

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Torneios de Alto Handicap Copa Giorgio Moroni Aberto do Helvetia Aberto do Estado de São Paulo Copa Vogue Campeonato Brasileiro de Polo Copa de Ouro Com organizações de padrão mundial e cavalos super potentes, craques de primeira grandeza travam confrontos de elevado nível técnico. É aqui, nos torneios de alto handicap, que a elite do polo brasileiro se encontra para duelos em que a adrenalina sobe para seu máximo grau.

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Fabio Diniz Junqueira comanda o ataque do Invernada marcado por Rodrigo Andrade

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Ubajara Andrade e Rodrigo Pinheiro em velocidade no Aberto do Helvetia 22


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Luiz Paulo Martins Bastos, do Maragata, conduz a bola seguido por Dudu Diniz Junqueira 24


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Olavo Novaes e Willian Rodrigues na final do Aberto do Estado

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Dudu Diniz Junqueira, do Invernada, mostra talento ao cruzar por baixo do pescoรงo de seu cavalo

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Rodrigo Pinheiro e Rodrigo Andrade duelam na final do Aberto do Helvetia

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Com pleno domĂ­nio da bola, Rico Mansur rouba a cena

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Sylvio Andrade Coutinho e Renato Diniz Junqueira na Copa de Ouro

Xandy Ribeiro enfrenta a marcação de Cachico Bastos, Renato Junqueira e LP Bastos, do Maragata 31


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Robie Bilbao e Aluísio Villela Rosa: esforço máximo para ganhar a jogada 33


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João Novaes no gol defendendo as cores do Itanhangá

Renato Junqueira e Gustavo Toledo na final do Brasileiro

João Paulo Ganon enfrenta a marcação de João Novaes 35


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SĂŁo JosĂŠ e Maragata em duelo de grandes na semifinal do Aberto do Estado de SP

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Luiz Paulo Martins Bastos, do Maragata, pronto para o ataque 38


Rico Mansur alcança a bola no ar seguido por JosÊ Eduardo M. Kalil

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Fábio Junqueira e Wolff Klabin, do Invernada, enfrentam Rodrigo Andrade e José Eduardo Kalil, do São José 41


Jo達o Paulo Ganon e Rodrigo Pinheiro em jogada corpo a corpo 42


Xandy Ribeiro e Leandro Santos em velocidade na Copa de Ouro

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São José e Agudo pela Copa de Ouro 45


Torneios de Alto Handicap

Pelotão de Elite

A temporada começou quente no Helvetia.

Logo na Copa Giorgio Moroni (18 gols), primeiro torneio de alto handicap do ano, a presença de dez times inscritos, com quarenta jogadores e mais de 200 cavalos, deu provas de que por aqui não faltam bons jogadores, em quantidade e qualidade. “Os torneios de 18 gols no Brasil são muito competitivos porque conseguem reunir um número grande de equipes equilibradas”, afirma Sylvinho Coutinho, vice-presidente do Helvetia e comandante do Abacateiro. O equilíbrio deu o tom da competição, já que na maior parte dos jogos os placares exibiram diferenças pequenas de gols. Invernada, Maragata e Tigres classificaram-se como os melhores de suas chaves, enquanto Abacateiro, segundo melhor colocado, garantiu um lugar na semifinal ao vencer Itaipava, de Rico Mansur, por 14 a 11. Precisávamos ganhar por um bom saldo de gols, e nos últimos dez segundos o Robertinho marcou o gol da classificação. A bola entrou chorando”, lembra Sylvinho Coutinho, que contou com Roberto Souza Aranha, Bruno Pelosini e Alexandre Ribeiro como companheiros de equipe. O mesmo cenário competitivo se repetiu nas semifinais, quando Bruno Pelosini anotou o gol de ouro, de falta, para o Abacateiro, acabando com os sonhos de Invernada de conquistar uma vaga na decisão. A semifinal entre Tigres e Maragata foi igualmente parelha. De um lado, o time dos Klabin contava com os irmãos José e Bernardo, além de Ubajara Andrade e Cadu Camargo, que substituiu Luiz Junqueira. De outro lado, Luiz Paulo, João Gaspar e Cachico Bastos dificultavam o jogo do adversário ao fazer jogadas cheias de sincronia, daquelas que refletem o entrosamento típico de irmãos acostumados a jogar juntos. Durante toda a partida não era possível prever qual time levaria a melhor, e só no fim do sexto tempo que Maragata anotou o gol de desempate, marcando 12 a 11 e deixando Tigres sem tempo para reagir. “Logo que se soltou a bola no throw-in, o sino bateu e foi aquele alívio”, comenta Cachico Bastos, cujo Maragata alcançava, com esta vitória, a vaga na final. Para Bernardo Klabin, número 2 do Tigres, 46

a derrota no último segundo do sexto tempo demonstra que, mesmo com o desfalque na tropa, seu time andou bem. “Infelizmente alguns dos nossos animais sofreram lesões leves e ficaram impossibilitados de jogar”, lamenta o semifinalista. Na decisão da copa que homenageia o fundador do Helvetia, Maragata dominou a primeira metade da partida, com Luiz Paulo Bastos marcando e abrindo caminho para o irmão João Gaspar, atuando de 3. Entrosada e com uma tropa de primeira, a equipe liderou o placar impondo um volume maior de jogo. O domínio, no entanto, durou até meados do quarto tempo, quando Alexandre Ribeiro, do Abacateiro, se contundiu, parando a partida por alguns minutos. A pausa parece ter desestabilizado o Maragata que, errando passes, viu o adversário terminar o quinto chukker com a vantagem de um gol. Enquanto Robertinho Souza Aranha atuava como back do Abacateiro, Alexandre Ribeiro distribuía a bola, fazendo todo o time andar. Destaque para Bruno Pelosini, que exibiu excelente taqueio e ótimas cobranças de faltas, e para Sylvinho Coutinho, cujos golaços anotados sem dúvida trouxeram novo ânimo à equipe. No sexto tempo, Maragata voltou disposto a tentar reverter o placar, colocando seus melhores cavalos em campo. A estratégia, contudo, não foi suficiente para frear o jogo crescente do Abacateiro. “O que vimos foram 3 ou 4 gols do Abacateiro, de todos os lados, por baixo do pescoço, de longe, entrando com bola e tudo”, lamenta Cachico Bastos, back do Maragata. Para o campeão Sylvinho Coutinho, a marcação disciplinada e a vontade com que ele e seus companheiros entraram no último chukker foi fundamental para o resultado de 11 a 8 que seu Abacateiro impôs sobre o rival. “Nosso time funcionou muito bem, mas quem assistiu à partida sabe que qualquer um poderia vencer”.

Equilíbrio de gols no Aberto do Helvetia

Nos meses de abril e maio, sete das grandes equipes do polo nacional travaram uma maratona de duelos pelo Campeonato


Aberto do Helvetia (22 gols). O São José, de José Eduardo M. Kalil, mostrou seu poder de fogo, provando que tem como meta repetir a campanha impecável realizada ano anterior, quando fora campeão das principais competições brasileiras. Para isso, mais uma vez contou com Rodrigo Andrade, único 10 gols de handicap da história do Brasil. Apesar de jogar com uma tropa nova, já que parte dos cavalos havia ficado na Argentina, São José venceu um a um os adversários que atravessaram seu caminho. Na grande decisão, o time encarou Itanhangá, de Rodrigo Pinheiro, que para esta temporada reestruturou sua organização com tropa e com a contratação de profissionais do porte de Fernando Pelosini e os irmãos Olavo e João Novaes. O elenco de primeira em ambos os lados transformou a partida em um festival de lances disputadíssimos, dignos de grandes finais. São José saiu na frente, contando com o jogo em conjunto do trio José Eduardo, Rodrigo Andrade e William Rodrigues. O reforço extra ficou por conta do argentino Robie Bilbao, que apesar de ter apenas 16 anos se mostrou um excelente marcador. “Ele marca muito bem, mesmo os jogadores de handicap mais alto, e ainda aproveita as oportunidades para fazer gols”, elogiou Rodrigo. Mas o Itanhangá não estava para brincadeira, e lutou até o último minuto por um bom resultado. Mesmo nos momentos em que o adversário disparava à frente no marcador, o time de Rodrigo Pinheiro imprimia uma dose a mais de garra. No sexto chukker, quando o placar exibia quatro gols de vantagem para o São José, o quarteto do Itanhangá reagiu, reduzindo a diferença. “Mudamos a estratégia tentando gastar um pouco de tempo com a posse de bola. O Itanhangá, ao contrário, partiu para cima para fazer gols. Como a equipe deles tinha muita qualidade, conseguiu diminuir bem a diferença”, reconhece Rodrigo Andrade, do São José. Apesar da espetacular reação do Itanhangá, que por pouco não empatou a partida, o time de José Eduardo M. Kalil venceu a disputa por 13 a 12, garantindo sua primeira vitória no ano. Antes de enfrentar o São José pelo título, Itanhangá encarou na semifinal o Villa Real, de Roberto Villa Real Jr. com os craques André Diniz, João Paulo Ganon e Calão Mello. O time, apesar de muito competitivo, não suportou os ataques eficazes da dupla Olavo e Nando, sendo derrotado por 8 a 7. “Tivemos uma chance boa para empatar, mas não conseguimos. Mas foi um jogo bonito e leal, saímos satisfeitos com tudo o que fizemos”, diz João Paulo Ganon, que com a derrota viu escapar pelas mãos a chance de disputar o primeiro lugar do pódio. Na outra semifinal, Tigres teve a difícil missão de jogar contra o favorito São José. E desempenhou bem seu papel, contando com José Klabin, além de Ubajara Andrade, Alexandre Ribeiro e Sylvinho Coutinho. “Fizemos nossa parte, mas sabíamos que o nível de cavalos da equipe São José era superior, sem falar na qualidade do Rodrigo, que tem um caráter de vencedor”, afirma José Klabin.

Festival de emoção no Aberto do Estado

Durante o mês de maio, o Helvetia foi palco de eletrizantes disputas pelo Aberto do Estado de São Paulo, torneio de 25 gols de handicap, nível mais alto disputado no país. “É o torneio que mais gosto de jogar no Brasil”, diz Rico Mansur. “Apesar do número

reduzido de equipes, é a competição mais difícil”, considera ele, que nesta edição lutava pelo terceiro título. Dentro de campo, os jogadores do São José, Maragata, ItaipavaInvernada e Itanhangá não decepcionaram, protagonizando jogadas nas quais a adrenalina se traduzia em seu máximo grau. Embora todos os times mantivessem o equilíbrio de 25 gols de handicap, São José, por sua trajetória de vitórias nas últimas temporadas e por contar com o 10 de handicap Rodrigo Andrade, era favorito ao título. Sua campanha, no entanto, não foi das melhores. Após a vitória sobre Itanhangá nas classificatórias, o time de José Eduardo M. Kalil não se saiu bem no jogo contra Itaipava-Invernada, quando foi derrotado por 3 gols. “Para vencê-los, a equipe adversária tem que jogar o melhor de si, fazer uma marcação muito forte, principalmente no Rodrigo”, explica Rico Mansur, sobre a estratégia que seu Itaipava-Invernada adotou para bater o mais temido time do Helvetia. “Além de ter um jogador como o Rodrigo, que decide a partida, o São José possui uma das melhores organizações do mundo, com os melhores cavalos”, elogia. Na partida seguinte, contra Maragata, São José entrou com uma formação diferente, com Calão Mello e João Paulo Ganon substituindo Rodrigo Andrade e Bruno Pelosini, que cumpriam suspensão. Após um embate duríssimo, com direito a belíssimos lances em ambos os lados, o empate em 10 a 10 garantiu aos irmãos Bastos, por saldo de gols, a desejada vaga na final. Assim, a partida decisiva entre Itaipava-Invernada e Maragata definiria o melhor entre os melhores. O desafio estava lançado, e os filhos de Cabeto Bastos enfrentariam uma equipe de respeito, formada pela união de Rico Mansur e José Eduardo Diniz Junqueira, além de André dos Santos Diniz e de Fabinho Diniz Junqueira. “Cada jogo é um jogo, e entramos na final com essa cabeça”, disse João Gaspar, atacante do Maragata. Até meados da partida, grandes jogadas, velocidade elevada e muitos gols foram os fatores responsáveis por manter a decisão equilibrada. A partir do quarto chukker, Marataga impôs um jogo direto e objetivo, disparando no marcador com o apoio de Mariano Gonzalez, craque argentino que somou forças à equipe. “Ele impôs o ritmo e fez a gente jogar e marcar de forma diferente do que vínhamos fazendo”, considera João Gaspar. Enquanto Mariano armava jogadas e distribuía a bola exibindo a performance que o faz ser 8 gols de handicap nas canchas argentinas, Luiz Paulo destacava-se por sua determinação e Cachico Bastos atuava como back, sem esquecer da marcação. Mas o Itaipava-Invernada não é do tipo que se entrega, e no último chukker conseguiu reduzir a diferença. “Tomamos uma falta técnica no sexto tempo, mas os juízes acabaram invertendo essa falta para eles baterem e tomamos um gol”, lembra João Gaspar, sobre o momento em que a vantagem passou a ser de apenas um gol. “Foi complicado, mas no final conseguimos fazer mais um”. O resultado foi a vitória por 12 a 10 sobre Itaipava-Invernada, em partida na qual os filhos de Cabeto mostraram que, como o pai, têm polo no DNA. “Foi um jogo difícil, pois não tivemos nossa melhor performance nesse dia”, afirma o vice-campeão Rico Mansur. “Tentamos reagir e quase chegamos a empatar, mas eles mereceram a vitória”, completa. Para o campeão João Gaspar, a conquista em família teve um sabor especial. “É o resultado do trabalho em equipe, de tantos anos jogando juntos”, festeja. 47


Cantando na chuva na Vogue

Foi a Copa Vogue (22 gols) que, no mês de junho, voltou a reunir os times de alto handicap no Helvetia. Na final, Villa Real e Invernada faziam um jogo cheio de disputas até que, no quinto tempo, a chuva inviabilizou o final da partida. Villa Real, bem representado por João Paulo Ganon, Pedrinho Zacharias, Leandro Santos e Gustavo Toledo (substituindo Roberto Villa Real), largou na frente, mas não por muito tempo. Afinal, o Invernada de José Eduardo Diniz Junqueira, Aluísio Villela Rosa, Fábio Diniz Junqueira e Bruno Pelosini estava mais que preparado para reverter a situação. E foi exatamente isso o que fez: colocou em campo seus cavalos mais potentes e jogou com a garra que é típica dos jogadores do interior. Com isso, conseguiu ameaçar o adversário, que teve de suar a camisa para voltar a ter domínio do jogo. “Só no meio do terceiro tempo é que voltamos a tomar as rédeas da partida”, lembra João Paulo Ganon. Muito bem montado, João Paulo fez a diferença e, comandando um conjunto que tinha no entrosamento uma de suas principais qualidades, colocou todo o time para andar. Foi então que um temporal começou a se formar, obrigando que o jogo fosse finalizado com um empate. “Estávamos confiantes para o último tempo”, lamenta João Paulo Ganon. “O Gustavo (Toledo) nos ajudou muito, pena que não pudemos terminar por causa da chuva”, completa. Mas se a final deixou um sentimento de coisa mal resolvida, as semis foram para lá de quentes. Enquanto o empate com Zoff Club garantiu ao Invernada, por saldo de gols, a vaga na grande final, Villa Real classificou-se após a vitória contundente de 12 a 9 sobre Itanhangá. “Entramos com excesso de confiança”, reconhece o semifinalista Nando Pelosini, do Itanhangá. “De repente as coisas não saíam como planejadas, as jogadas não davam certo. Acabamos não conseguindo tirar a diferença do início, o que mostra que no polo não existe jogo ganho”, completa Nando.

Um Brasileiro duro de roer

Invernada, vice-campeão da Copa Vogue, voltou a brilhar em uma final durante o Campeonato Brasileiro de Polo (18 gols). Desta vez, o rival foi o São José, com Rodrigo Andrade encabeçando a esquadra composta por José Eduardo M. Kalil, Gustavo Toledo e o estreante em torneios de 18 gols Rodrigo Correa. Invicto, São José vinha de uma vitória suada na semifinal, quando bateu por um só gol o Maragata dos irmãos Bastos. Na ocasião, os filhos de Cabeto saíram na frente, e só na metade da partida é que o São José conseguiu virar. “O sexto tempo foi emocionante”, lembra o semifinalista Luiz Paulo Bastos. “Com apenas um gol atrás, ficamos praticamente o tempo todo no ataque, mas não conseguimos a finalização”, completa o camisa 2 do Maragata, que com a derrota por 9 a 8 perdeu a chance de brigar pelo título. No dia da final, o campo 1 do Helvetia serviu de palco para o duelo. A plateia, que assistia a tudo torcendo por seus favoritos, viu Invernada liderar a primeira metade da partida. Com um elenco coeso, o time andou bem graças ao desempenho sincronizado de Wolff Klabin e Fabinho Diniz Junqueira. Destaque para a atuação de Renato Diniz Junqueira que, em ótima forma, foi eleito o melhor jogador da partida, e para José Eduardo Diniz Junqueira, decisivo nas finalizações que mantiveram o Invernada à frente no marcador até o quarto chukker.

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Rodrigo Andrade, craque do São José, claramente não estava em seu melhor dia, perdendo lances que um craque como ele não costuma perder. Errou, por exemplo, uma bola na cara do gol. Mas se por um lado São José não conseguia finalizar as jogadas, por outro também não permitia ao adversário anotar gols. Graças a uma forte marcação, o time de Rodrigo e companhia manteve a partida travada, para no quinto tempo conseguir virar. Memorável o golaço anotado por José Eduardo M. Kalil montando seu tordilho. A vantagem, contudo, não durou muito: Invernada voltou a empatar, ameaçando o adversário com uma série de ataques. Apesar do jogo ofensivo, o ataque do Invernada falhou quando, a poucos segundos do fim do sexto tempo, a equipe perdeu a oportunidade de marcar o gol da vitória. O placar anotava 8 a 8, e o campeão brasileiro seria decidido no tempo suplementar. “Realmente este jogo, como previsto, foi o mais duro do torneio”, reconhece Rodrigo Andrade. No sétimo tempo, Invernada outra vez desperdiçou uma boa oportunidade, errando uma falta de 60 jardas. Após uma saída de fundo, São José conseguiu uma falta a seu favor. Rodrigo bateu e marcou o gol de ouro, fechando o placar em 9 a 8. Fim de jogo. De virada, São José comemorou o título de campeão brasileiro.

Cavalos velozes, tacadas de Ouro

Duas semanas após a final do Brasileiro, São José e Invernada voltaram a se encontrar em uma decisão, agora pela Copa de Ouro (22 gols), último alto handicap da temporada brasileira. Com status de clássico, o jogo entre os dois grandes rivais tinha gosto de revanche. Mas apesar da vontade imensa de vencer e da qualidade elevada da equipe, não foi desta vez que Invernada deu o troco. Extremamente bem montado, São José entrou em campo com a mesma formação que vencera o Aberto do Helvetia, isto é, com o argentino Robie Bilbao completando o entrosado conjunto de José Eduardo M. Kalil, Rodrigo Andrade e William Rodrigues. Em todas as partidas da competição, a equipe derrotou de goleada os rivais, todos bem preparados. Para se ter ideia, venceu por 10 a 4 a semifinal contra Agudo, de Francisco Junqueira Netto, Pedrinho Zacharias, Leandro Santos e Ubajara Andrade. “Nossa estratégia foi nos defender primeiro, para depois pensar em atacar”, conta Chico Junqueira. A tática funcionou até o quarto tempo, com São José mantendo-se apenas dois gols à frente. “No quinto eles abriram mais dois, e aí partimos para o tudo ou nada, nos expondo aos contra-ataques, que eles souberam aproveitar muito bem”, completa o semifinalista. Nem mesmo o Invernada foi capaz de resistir às fortes investidas do São José durante as classificatórias, sendo derrotado por um contundente 13 a 4. Por isso, na decisão, José Eduardo Diniz Junqueira, Fabinho Junqueira, Aluisio Villela Rosa e Cadu Camargo entraram com cautela, sem vacilar na marcação. Todo cuidado era pouco para evitar uma goleada, já que o São José vinha fazendo uma campanha perfeita, sem nenhuma derrota. Mas o craque Rodrigo estava realmente inspirado neste dia, jogando tudo o que podia. Com cavalos velozes, ele parecia voar em campo, fazendo jogadas precisas que apenas reforçaram o valor de seus 10 gols de handicap. Enquanto Invernada tentava segurar o jogo, São José ampliava o marcador com gols e mais gols. O dia era do São José, que fechou o sexto chukker em 14 a 10, em uma performance impecável – e inesquecível.


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Torneios de Médio Handicap Copa Cidade de Indaiatuba Copa Christofle Copa Estado de São Paulo Copa Vogue Copa de Prata Copa Alcides Diniz O grande número de equipes em torneios de 8 e de 14 gols movimentam os campos do Helvetia e tornam as disputas ainda mais acirradas. Em nosso médio handicap, quantidade tem a ver com qualidade – o que faz do Brasil uma potência em campeonatos mundiais

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Pedro Henrique Ganon tenta travar o taco de Jo達o Novaes na Copa de Prata

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Marcus Shalldack e Humberto Costa Pinto em ação na Copa Alcides Diniz

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JosĂŠ Carlos M. Kalil sendo travado por Roberto Villa Real Neto

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Jo達o Novaes em disputa na Copa de Prata

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Paulo Bardella, do Villa D, se prepara para bater enquanto VandrĂŠ Luiz Vijal pede falta

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Felipe Prata em ação, seguido por Gonçalo Matarazzo na Copa Christofle

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Francisco M. Junqueira Neto, Roberto Souza Aranha e José Eduardo Souza Aranha, do Casa Verde, pedem falta de José Luiz Toledo

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Guilherme Ribeiro do Abacateiro tenta entrar com bola e tudo na Copa Alcides Diniz

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Jo達o Novaes do Sta.Carolina/Abacateiro na Copa do Estado de S.Paulo

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Roberto Villa Real Neto na briga com Pedro Henrique Ganon, do Prata-Audi 65


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Sylvio Coutinho Neto dรก tacada com estilo na Copa Alcides Diniz

Paulo Almeida Toledo em velocidade pelo Guabi Polo Team

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AndrĂŠ Ribeiro Andrade e Guilherme Ribeiro na Copa Christofle 69


Torneios de Médio Handicap

A mil por hora

Quando a temporada recomeça no Helvetia,

é hora de tirar as botas do armário e deixar os animais em ponto de bala. Para matar a vontade de entrar em campo, oito times do médio handicap inscreveram-se na Copa Cidade de Indaiatuba (02 a 08 gols), torneio que abre a temporada no final de março e que, nesta edição, contou com a presença de polistas do Helvetia, do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro. “O nível foi muito forte para um torneio de 8 gols. Quase todos os jogos foram decididos no último minuto, uma correria só”, considera o carioca Wolff Klabin, cujo Tigres alcançou a semifinal contra Villa D após cumprir uma maratona de jogos que classificou os dois melhores colocados de cada chave. No encontro com Villa D, o Tigres de Wolff, Bernardo Klabin, Guilherme Lins e Gil Sabie manteve-se por cima durante toda a partida. No início do último chukker, dois gols de vantagem quase davam a vitória como certa, mas o empate no finalzinho levou a disputa para o tempo adicional. “Foi um dos mais dramáticos que já joguei. Parecia até que iria para o oitavo”, lembra Wolff. “Perdemos uma sessenta jardas. E aí é aquela velha história: quem não faz leva”, completa ele. Foi assim que o Villa D classificou-se para a final contra Shark’s, de Gonçalo Matarazzo, João Novaes, Sérgio Dhelomme e Keiny da Silva. Embora houvesse sido derrotado por Villa D nas classificatórias, Shark’s não se intimidou quando, após vencer a semifinal contra Sucuriú-Villa Real, de Roberto Villa Real Neto, Eduardo Linhares, Rodrigo Gimenes e Pedrinho Zacharias, teve de reencontrar o adversário novamente, agora valendo o primeiro lugar no pódio. “Foi um grande confronto, eles estavam extremamente bem montados e dispostos a serem campeões”, conta Gonçalo. Assim, o que se viu foi um verdadeiro festival de grandes jogadas, com Keiny e Gonçalo suando a camisa no meio de campo, e Sérgio Dhelomme jogando no ataque. Destaque para a performance de João Novaes, cujo espírito batalhador foi fundamental para Shark’s vencer por 10 a 9 Villa D, de Luiz Felipe D’Avilla, Paulo Bardella, Rodrigo Pinheiro e Guilherme Ribeiro. “Não acreditei quando ganhamos. Não era nosso dia, mas posso dizer que foi um dia de sorte”, comemorou o campeão Gonçalo.

O campeão saiu da toca

Em abril, os times de médio handicap entraram em ação pela Copa Christofle (02 a 08 gols), e Villa D, agora com Bruno Pelosini 70

no lugar de Rodrigo Pinheiro, mais uma vez garantiu uma vaga na final. O time, que perdera um único jogo nas classificatórias, mostrou durante a competição toda sua competência em torneios de 8 gols, tornando-se um dos grandes da modalidade. Na partida final, porém, a esquadra de Luiz Felipe D’Ávila e Paulo Bardella amargou o segundo lugar ao ser derrotado por 12 a 11 por Toca do Gato-Platanos, de Gil Sabie, Afranio Affonso Ferreira, Vandré Vijal e André Ribeiro Andrade. A derrota, no entanto, não tirou o brilho da equipe e nem deixou Paulo Bardella, camisa 2 do Villa D, esquecer a emocionante semifinal, contra Tigres. “Como sempre, jogar contra os Klabin é tenso, e o Guiga é um excelente jogador”, comenta Paulo, sobre a semifinal decidida no sétimo tempo. “Acabamos nos classificando graças a um gol de falta de 60 jardas do Gui Ribeiro”, completa ele, vice-campeão do torneio.

Como se fosse um mundial

Durante a segunda quinzena de maio foi a Copa Estado de São Paulo (14 gols) que chacoalhou os gramados do Helvetia, com nove equipes enfrentando-se em três chaves. A presença de polistas que costumam brilhar no alto handicap, como Aluísio Villela Rosa, Alexandre Ribeiro, Calão Figueira de Mello e Jorge Junqueira, acrescentou uma pitada de vigor à competição. Apesar do bom desempenho dos astros, foi a turma de Orlândia, com Paulo Toledo jogando com o filho Gustavo, que levou a melhor. Com um elenco entrosado e sem furo composto ainda por Alexandre e Henrique Junqueira, o Guabi Polo venceu por dois gols a equipe Pratas, de Felipe Prata, André Ribeiro Andrade, José Carlos M. Kalil e José Luiz Toledo. Para o vice-campeão Felipe Prata, que começou a disputar torneios em 2008, o nível das esquadras que se inscrevem no médio handicap é muito parelho. “Creio que não havia um favorito, mas sim algumas equipes mais entrosadas”, afirma. Tanto foi assim que, no jogo que valia o título, o confronto foi dos bons, com diferença mínima no marcador. Apenas no último tempo é que Gustavo Toledo, do Guabi Polo, mostrou que é um dos bons jogadores de sua geração, fazendo toda a diferença ao participar das jogadas que levariam seu time a vencer por 9 a 7 o rival. “Nós perdemos a partida toda, teve o momento que empatamos no quinto tempo mas eles fizeram mais um gol e entramos perdendo de um no sexto tempo”, conta Gustavo Toledo. Foi então que seu time montou seus


melhores cavalos, anotou 3 gols e virou o jogo. Gustavo considera que a performance da tropa teve papel fundamental. “Ganhamos jogadas importantes pelo desempenho dos cavalos, como aconteceu no último tempo da final contra o Pratas”. As semifinais foram igualmente equilibradas, exigindo tropa de primeira e muita garra e entrosamento em campo. Semifinalista da Copa Estado de São Paulo, Roberto Egydio Souza Aranha, do Casa Verde, acredita que os times brasileiros esbanjam competência na modalidade médio handicap. “É o nível que se disputa os campeonatos mundiais, nos quais as seleções brasileiras têm se destacado em todas as edições”, afirma ele, que contou com a companhia do irmão, José Eduardo, além de Sylvinho Coutinho e Chico Junqueira na semifinal. Embora Pratas tenha saído um gol à frente em função da diferença de handicap, seu Casa Verde conseguiu reverter o placar no quarto tempo, fazendo um jogo para lá de parelho. Mas José Luiz Toledo, em um dia de belas jogadas individuais, conseguiu impor o jogo do Pratas, atrapalhando os planos do Casa Verde de chegar à final. “No fim, erramos muitos gols, ao contrário da equipe adversária, que aproveitou melhor as oportunidades, e acabou virando novamente a partida”, lamenta Roberto, sobre a derrota por um gol.

Estilo Vogue

Para fechar o primeiro semestre em grande estilo, a Copa Vogue (08 gols) reuniu nada menos que nove times inscritos no médio handicap. Itanhangá, de Rodrigo Pinheiro, fez ótima campanha com João Novaes, Paulo Bardella e Raphael Guinle, mas foi freado na final pelo 3 Colinas. O time, representando os polistas de Franca através de Wilson Mello Neto, André Ribeiro Andrade, Gustavo Ribeiro e João Roberto Souza Naves, chegou invicto à final, quando derrotou o rival por apenas um gol. As semifinais também não deixaram a desejar, com os conjuntos exibindo competitividade do início ao fim. Um exemplo foi a equipe Flamboyant, verdadeiro modelo de superação. No quarto tempo, o time de Eduardo Monteiro perdia de 9 a 1 para Itanhangá, mas em uma surpreendente reação, Eduardo, Gilberto Rodrigues, Vandré Luiz Vijal e o jovem Carlinhos Mansur, de apenas 13 anos, transformaram o Flamboyant numa máquina de fazer gols, levando o placar a 10 a 10 no fim do sexto chukker. Com o empate,

a decisão foi levada para o tempo adicional, quando Itanhangá teve mais sangue frio para anotar o desejado gol de ouro. “Tivemos duas oportunidades para fazer o gol, mas as desperdiçamos”, lembra Eduardo Monteiro, do Flamboyant. “Mas fomos bem, pois mesmo com handicap inferior, de 7 gols, chegamos à semifinal, perdendo somente no sétimo tempo”.

Prata que vale ouro

Disputada paralelamente à Copa de Ouro (22 gols), a Copa de Prata (14 gols) de médio handicap coroou Villa Real-Zoff, de Gonçalo Matarazzo, Robertinho Villa Real, Pedrinho Zacharias e Leandro Rodrigues. A equipe, completamente focada na vitória, derrotou na final a forte esquadra Pratas-Audi, que ao longo da temporada mostrou seu potencial firmando-se como uma das mais competitivas da modalidade. Apesar da qualidade do time de Felipe Prata, que além de Pedro Henrique Ganon e José Luiz Toledo ainda contou com a entrada de José Eduardo M. Kalil no lugar do irmão José Carlinhos, o Villa Real-Zoff dominou toda a partida exibindo marcação firme e rapidez no throw-in e nas saídas de fundo. Destaque também para a participação de Pedrinho Zacharias, jogador habilidoso cujos gols anotados foram de grande relevância para Villa Real-Zoff garantir a vitória por 10 a 6. Mesmo com a vantagem no placar, o campeão Gonçalo não considerou a partida fácil, já que os investimentos feito pelo time adversário ao longo da temporada o tornou extremamente competitivo. “Acredito que Pratas será a equipe favorita para o polo médio no ano que vem, pois conta com cavalos de alto handicap jogando o médio”, prevê.

Bela Vista no Cidão

Durante a Copa Alcides Diniz (14 gols), o equilíbrio ficou evidente nos placares justos. As cinco equipes participantes enfrentaram-se todas contra todas, e a melhor foi Bela Vista, de Rodrigo e Humberto Costa Pinto, André Ribeiro Andrade e Flávio Castilho. Bem montada e fazendo um belo jogo em conjunto, Bela Vista protagonizou uma campanha e tanto: primeiro venceu Villa Real, em seguida bateu Abacateiro e, enfim, levou o título de campeã ao vencer Pratas Audi por 9 a 6. Sua única derrota – e por apenas um gol – foi contra o forte Buddha Bar, de Rubens Zogbi com João Novaes, Gustavo Garcia e Guilherme Lins. 71


Fabiano Carvalho Polista, joga pela equipe Santa Carolina desde 2008.

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GAZ

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Torneios de Baixo Handicap Copa Estado de São Paulo Campeonato Brasileiro Copa de Prata Copa Alcides Diniz Apesar do handicap baixo, eles competem – e se divertem – como gente grande. Para esta turma sempre animada, que faz questão de estar na festa, o que importa é entrar em campo e levantar poeira

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Alexandre Junqueira, do Invernada, no momento do gol

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Gustavo Ribeiro Garcia, do Bela Vista, prepara o golpe na Copa de Prata 76


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Humberto Costa Pinto do Bela Vista na Copa de Prata

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Bernardo Klabin dos Tigres, voando no Campeonato Brasileiro

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Guilherme Lins do Tigres tenta travar o ataque de Plinio Torquato Junqueira da equipe Datagro 81


Luiz Raphael Guinle em velocidade na Copa Alcides Diniz

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Lucia Tosta Junqueira, bela representante do polo feminino, na Copa Estado de S達o Paulo

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Sergio Delhomme escapa da marcação de Rodrigo Costa Pinto

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Bruno Martin no corpo a corpo com Miguel Sรกbio de Mello Neto no Campeonato Brasileiro

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Marcus Shalldack, do Arena Polo, em arrancada em meio ao Invernada 87


Ricardo Junqueira Pimenta em disparada com Bernardo Klabin, do Tigres, no Campeonato Brasileiro

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José Eduardo Souza Aranha escapa de André Rodrigues na Copa Alcides Diniz

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Torneios de Baixo Handicap

Pequenos grandes times

Veteranos ou iniciantes, são tão fanáticos

quanto os jogadores que disputam os Abertos e, embora tenham handicap baixo, não abrem mão de organizar seus cavalos e seus times para exibir competitividade na modalidade de 0 a 6 gols. Para contemplar esta numerosa fatia de polistas de baixo handicap, há uma série de torneios integrando o calendário do Helvetia. Entre eles está a Copa Estado de São Paulo (6 gols), que contou com a participação de seis equipes no começo do ano. São Jorge, de Antonio Moroni, Pedro Dantas, Plínio Junqueira e André Coutinho, largou na frente na competição, com duas importantes vitórias que o levaram à semifinal. “Não esperávamos começar tão bem, já que nosso time era o único que não contava com profissional, era apontado como azarão”, afirma Antonio Moroni, back do São Jorge, sobre as vitórias sobre Villa D e 3 Colinas na etapa classificatória. Na semifinal, mais emoção. Com handicap inferior, Bela Vista começou o jogo dois gols à frente, o que exigiu de São Jorge um esforço extra para tirar a diferença. Disputada até o minuto final, a partida foi decidida apenas no sétimo tempo, quando André Rodrigues, do Bela Vista, anotou o gol de ouro. “Além de muito entrosado, o time deles contava com um jogador diferenciado, o André, que é profissional e estava montando cavalos muito bons”, considera Antonio Moroni. Com esta vitória, o time de Humberto Costa Pinto Jr., Saul Madeira, Rodrigo Costa Pinto e André Rodrigues encontrou na final Água Fria, que ao longo do torneio apresentou performance crescente. “Nosso time levou uns dois jogos para se entrosar, tanto que vencemos o Bela Vista no primeiro jogo do torneio com dificuldade, no sétimo tempo”, diz Lucia Junqueira, que contou com Sérgio Dhelomme, Vandré Vijal e Gabriel Villela Rosa como companheiros de equipe. Na grande final, destaque para o ótimo desempenho de Gabriel, fundamental para ajudar o Água Fria a vencer Bela Vista por 10 a 6. “Na final já estávamos mais entrosados e conseguimos ganhar com mais facilidade”, completa Lucinha, que estreou em torneios no Helvetia este ano – e com o pé direito.

Para fazer história

Em sua 53a edição, o Campeonato Brasileiro de Polo reuniu nada menos que 12 times na modalidade 2 a 6 gols. Como era de

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se esperar de um torneio tradicionalmente conhecido por atrair participantes de diversos cantos do país, a disputa foi acirrada durante a maratona classificatória. Todos, afinal, tinham um mesmo objetivo: fazer história. “As equipes não entram em torneios de baixo como esse apenas para prestigiar”, afirma Ricardo Pimenta, capitão do Datagro. “Elas se organizam e buscam formar conjuntos completos do ponto de vista tático, sempre muito bem montadas”, completa ele, cujo time, composto por Plínio Junqueira, Sérgio Cardoso Almeida Filho e Daniel Jardim, enfrentou a esquadra carioca Tigres, de Bernardo Klabin, pela final da categoria Aberto. Em partida recheada de lances disputados, na qual não faltaram raça e vontade de vencer, as equipes revezavam-se na liderança do marcador. Ora Datagro colocava-se à frente, ora Tigres, que não dava trégua, virava o jogo a seu favor. Impondo pressão adicional com o transcorrer da partida, o conjunto de Bernardo Klabin, Guilherme Lins, Pedro Dantas e David Klabin parecia ter a vitória assegurada quando, a 15 segundos do fim do jogo, uma falta de 30 jardas garantiu ao adversário a chance de empatar, levando a decisão para o chukker adicional. “No sétimo tempo optamos por cavalos mais fáceis, que viram mais, enquanto eles escolheram animais de velocidade. Conseguimos bloqueá-los até a porta do gol, e num contra-ataque marcamos o gol”, comemora Ricardo Pimenta, autor do golden gol que deu ao Datagro a vitória na categoria Aberto do Brasileiro. “Perdemos para o melhor time, sem dúvidas. O Ricardo é um “macaco velho”, campeão brasileiro algumas vezes, inclusive em 1993 pelo Tigres, jogando com meu pai”, elogia o vice-campeão Bernardo Klabin. Pela outra categoria, a Handicap, a equipe Samello-Água Fria, de Miguel Sábio de Mello Neto, Lincoln Junqueira, Gabriel Villela Rosa e Guilherme Falzoni, enfrentou a forte esquadra de Felipe Prata. Tido como uma das revelações da temporada, Pratas outra vez destacou-se nos gramados do Helvetia exibindo seriedade na organização e bom jogo em conjunto. Contando com Alfredo Khouri Jr. para cuidar da marcação e com os experientes Gustavo Garcia e José Carlos M. Kalil para colocar a bola para rolar, a equipe controlou o ritmo do jogo, mantendo o rival um ou dois gols atrás durante toda a partida. O domínio se estendeu até o sexto chukker, quando o placar em 11 a 9 garantiu ao Pratas o título de campeão brasileiro de polo.


Na modalidade 0 a 2 gols do Brasileiro, foi Itanhangá que levou a melhor entre os seis pequenos grandes times participantes. Com Manuel Lins, Carlos Andrade, Bruno Martin e Rafael Toledo, o time havia sido derrotado por Polo UK nas classificatórias, mas surpreendeu a todos quando reencontrou o rival na final. Cheio de fôlego, mostrou superioridade e manteve-se sempre à frente graças à ótima performance de Rafael Toledo, no começo marcado por Miguel Sábio de Mello Neto e depois por Gustavo Garcia. Com Eduardo Almeida e Luigi Consenza jogando no ataque, Polo UK sentiu com a falta de cavalos. “Tivemos alguns desfalques na tropa devido a data do jogo ter coincidido com a semifinal da modalidade 6 gols, em que eu e o Miguel estávamos jogando”, lamenta o vicecampeão Gustavo Garcia, cujo Polo UK foi derrotado por 5 a 3 pelo Itanhangá.

Elenco forte para a vitória

Se no Brasileiro a equipe Polo UK deixou o título escapar, o mesmo não aconteceu durante a Copa de Prata (2 gols). Com Sérgio Dhelomme no lugar de Eduardo Almeida, a esquadra exibia mais entrosamento a cada partida, e acertou as posições com Gustavo Garcia, de back, despachando a bola para Miguel, que cuidava de distribuí-la para os companheiros Sérgio e Luigi Consenza. Nas classificatórias, primeiro venceu Goitaca por 8 a 6, e em seguida bateu Água Fria. Na final, quando voltou a encontrar Goitaca, abriu o marcador e impôs respeito ao conquistar uma diferença para lá de considerável. “Em um dos tempos Polo UK abriu grande vantagem, o que não conseguimos buscar nos tempos seguintes”, comenta Niasi Abdo Neto, número 1 do Goitaca, que contou com Antonio Moroni, Helio Leite e Luiz Ferraz Neto como companheiros. Sem conseguir reagir, o time de Niasi viu o rival anotar gols e mais gols, e vencer a competição por um elástico 8 a 3. Em grande fase, o campeão Gustavo acredita que determinação de todos os integrantes foi um fator a mais para o bom resultado conquistado por seu time. “Acho que a vitória foi decorrente da combinação de entrosamento e organização”. Na modalidade 6 gols da Copa de Prata, o Invernada dos Junqueira, com Mauro, Beto, Marcos e Alexandre, é que saiu-

se melhor entre os oito times participantes. Depois de vencer na semifinal Bela Vista, o time classificou-se para a grande decisão, voltando a encontrar Arena Polo – por quem havia sido derrotado nas classificatórias. Na partida que valia o título, no entanto, o Invernada mostrou que tem elenco forte até no baixo handicap. Seus integrantes jogaram com a raça e a marcação que são características dos jogadores do interior, vencendo por 12 a 9 Arena Polo de Mauricio Cirillo, Marcus Schalldack, Leonardo Zunstein e Guilherme Ribeiro.

Soltando os cavalos

Antes que a temporada chegasse ao fim, foi a Copa Alcides Diniz (06 gols) que agitou os gramados do clube. Embora muitos já houvessem soltado os cavalos para o recesso do fim do ano, seis times bastante competitivos entraram dispostos a fazer de tudo para ganhar. O favorito era Hípica Polo-Cana Verde, com Gustavo Garcia e Laerte Meirelles formando uma dobradinha de peso. Acompanhada por Luigi Consenza e João Roberto Souza Naves, a dupla conduziu o time em uma campanha invicta até a final contra Taquaral, de Vandré Vijal, Sérgio Dhelomme, José Eduardo Souza Aranha e Oswaldo Arantes. Mesmo tendo sido derrotado por Hípica Polo em jogo classificatório, Taquaral estava confiante para a partida decisiva, acreditando que era possível levar a melhor. Para obter um bom resultado, corrigiu os erros do passado e mostrou superação. Oswaldo, por exemplo, jogou com a mão machucada e ainda anotou gols importantes para sua equipe. Com tamanho empenho, Taquaral ficou na frente o tempo inteiro, a não ser em um breve momento no quinto chukker, quando o adversário conseguiu empatar. “Mas logo retomamos o controle do jogo”, afirma José Eduardo Souza Aranha, número 3 do Taquaral. “O Vandico tem um jogo muito eficiente. Nos entrosamos bem por ser a primeira vez que jogávamos juntos”, completa o jogador, cuja participação nas finalizações e na armação das jogadas foi decisiva para a vitória por 12 a 9. “Acho que consegui marcar o Alemão e o Vandico se deu bem com as jogadas em cima do GG”, completa o campeão da Copa Alcides Diniz. Uma vitória e tanto para fechar a temporada em grande estilo. 91


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Top Players

Os reis do gramado Destaque em suas categorias, eles dominam os campos do Helvetia com precisão e talento. Seja no alto, médio ou baixo handicap, ganham torneios e, claro, elogios pela performance altamente competitiva

Maiores valores do polo brasileiro,

o G10 do Helvetia é formado pelo grupo de dez polistas com handicap igual ou superior a 7. Nas competições por aqui disputadas, eles empregam suas várias qualidades, como técnica, visão de jogo e pleno domínio do animal, em prol do time que defendem, buscando a jogada que definirá a partida. Quando se encontram em lados opostos, protagonizam lances repletos de adrenalina, como os frequentemente observados nos torneios de alto handicap. Abrindo a lista dos 10 mais está Rodrigo Andrade, grande destaque da temporada 2009. Integrante do temido São José, ele ao longo deste ano mostrou seu poder de fogo com vitórias no Aberto do Helvetia, Campeonato Brasileiro e Copa de Ouro. Dono de um talento nato, conseguiu há pouco mais de um ano um feito inédito na história do polo brasileiro: alcançar os sonhados 10 gols de handicap. Natural de Franca (SP), começou a jogar com parentes e amigos no interior, e seu jogo rapidamente evoluiu, garantindo-lhe vaga na seleção brasileira campeã mundial em Melbourne (2001) e vice em Santa Bárbara (1998). Em 2007, quando já abocanhava com o São José os principais campeonatos nacionais, Rodrigo encarou o desafio de substituir Adolfo Cambiaso, melhor jogador do mundo, na final do Aberto de Hurlingham, na Argentina. E quem acreditava que o craque brasileiro já havia alcançado o ápice se enganou. Em outubro ele foi vice-campeão do Aberto do Jockey com Chapa Uno e, até o início de dezembro, disputa com a mesma equipe os prestigiados torneios da Tríplice Coroa argentina. Quem também seguiu rumo à vizinha Argentina em meados de outubro foi João Paulo Ganon. Com 8 gols de handicap, o polista defendeu a equipe La Indiana no Aberto do Jockey depois de, em território brasileiro, ter uma atuação elogiada na Copa Vogue e no Aberto do Helvetia, quando foi, respectivamente, finalista e semifinalista com a equipe Villa Real. Para o carioca acostumado a jogar em canchas europeias, o início da temporada já havia sido promissor, pois com outros brasileiros fora vice-campeão da Copa de las Naciones, espécie de mundial de alto handicap realizado na Argentina, em abril último.

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Em ótima fase, Olavo Novaes também manteve seus 8 gols de handicap. Com um estilo de jogo agressivo capaz de acelerar os companheiros e colocar o time todo para andar, nesta temporada ele integrou o elenco do Itanhangá, sendo vice-campeão do Aberto do Helvetia e semifinalista da Copa Vogue. Bicampeão mundial em St. Moritz (1995) e Melbourne (2001), sua carreira internacional segue de vento em popa: no segundo semestre ele embarcou para a França, onde jogou com o patrão Hugues Morin a Copa de Ouro de Saint-Tropez e o Aberto da França, no qual foi semifinalista. Isso tudo depois de, em 2008, ter dado um giro pelo badalado circuito internacional, com passagem pela Itália e Áustria. Outro jogador cuja coleção de conquistas internacionais o impede de sair da lista dos mais mais é Fábio Diniz. Embora neste ano tenha disputado um único torneio, o Campeonato Brasileiro, Fábio tem um impressionante histórico de temporadas e mais temporadas jogando como profissional nos Estados Unidos. São desta época vitórias no U.S.Open e no Pacific Coast Open, além da participação no Aberto de Palermo de 2000, com Ellerstina. Com um estilo clássico e preciso de taquear, ele é do tipo que entra em campo e impõe respeito. Não por acaso “Fabulous Fábio”, como era chamado nos Estados Unidos, manteve seus 8 gols por aqui. Com 7 gols de handicap, Luiz Paulo Martins Bastos não tem do que reclamar. Seu Maragata venceu o Aberto do Estado de São Paulo, torneio de mais alto handicap da temporada brasileira. Muito bem montado, LP também foi vice-campeão da Copa Giorgio Moroni e semifinalista do Brasileiro, em ano no qual sua equipe optou por disputar apenas os torneios de 18 gols em diante para, assim, entrar em campo com a formação original, isto é, com os irmãos João Gaspar e Cachico. Vice-campeão do Aberto do Estado com Itaipava-Invernada, Rico Mansur também manteve seus 7 gols de handicap para a próxima temporada. Conhecido por sua habilidade e por seu taqueio exemplar, ele costuma levar o público ao delírio quando domina a bola no ar. Esta precisão nas jogadas já o levou aos mais diferentes países do mundo onde se pratica polo, da Inglaterra à Rússia. Entre as mais relevantes conquistas de sua carreira talvez estejam a vitória


Dawis Villar

São José Polo na Copa de Ouro: Bilbao,Willian C.Rodrigues, Rodrigo Ribeiro Andrade e José Eduardo M.Kalil

Itanhangá no Campeonato Brasileiro: Fernando Pelosini, Fabio dos Santos Diniz, Rodrigo Pinheiro e Bruno Junqueira Andrade

no Aberto do Jockey em 1997 ao lado de Cambiaso, quando este ainda jogava pela equipe Ellerstina, e a participação na temporada inglesa, quando recebeu o troféu da rainha Elizabeth II. Também com 7 de handicap, André Diniz costuma fazer bonito em campo, exibindo um estilo clássico de montar. Por ter jogado durante muitos anos nos Estados Unidos, onde conquistou, entre outros torneios, o Pacific Coast Open, André tem experiência e talento de sobra para enfrentar de igual para igual os mais temidos times brasileiros. Nesta temporada, não alcançou o primeiro lugar do pódio, mas deu trabalho aos adversários, sendo vice-campeão do Aberto do Estado com Itaipava-Invernada e semifinalista do Aberto do Helvetia com Villa Real.

Outro que há alguns anos integra a lista dos 10 mais é Aluísio Villela Rosa. Campeão mundial em Melbourne (2001) e melhor jogador da temporada 2005 pelo Grand Prix Mercedes-Benz de Polo, tem 7 gols de handicap e é visto como um jogador ágil e potente. Atacando ou armando jogadas, tem papel fundamental dentro do Invernada, time com o qual foi vice-campeão na Copa de Ouro e finalista na Copa Vogue. Veterano em torneios no Helvetia, Alexandre Ribeiro, o Xande, também tem feito valer seus 7 gols. Com um estilo de jogo que privilegia a marcação, qualidade típica dos jogadores do interior, ele nesta temporada trabalhou para que o Abacateiro fosse campeão da Copa Giorgio Moroni e semifinalista da Copa de Ouro. 95


Agudo na Copa de Ouro: Francisco Junqueira Neto, Leandro Santos, Ubajara Andrade Jr e Pedro Zacharias

Villa Real no Aberto do Helvetia: Luiz Carlos F. Mello, André dos Santos Diniz, Roberto Villa Real Jr e João Paulo Ganon

Quem também integra o top 10 do Helvetia é Ubajara Andrade Jr. Com 7 gols de handicap, o campeão mundial em St. Moritz (1995) teve um desempenho e tanto, ajudando diversos times em suas campanhas. Jogador do tipo “raçudo”, que busca o resultado até o minuto final, foi semifinalista do Aberto do Helvetia e da Copa Giorgio Moroni com Tigres, do Brasileiro com Villa D-Agudo e da Copa de Ouro com Agudo.

Médio e baixo handicap

Enquanto no alto handicap os astros do G10 garantem o show, nos demais campeonatos alguns nomes foram destaque ao longo da temporada. A começar por João Novaes, que com seus 5 gols de 96

handicap obteve bons resultados tanto nos torneios de médio como nos de alto. Apontado como promessa da nova geração, o caçula de Sylvio Novaes normalmente joga na posição 2 e esbanja vivência no polo internacional, já que no ano passado atuou profissionalmente na Espanha, Itália e França. Por isso, encarou numa boa os torneios de alto handicap, sendo vice-campeão do Aberto do Helvetia e semifinalista da Copa Vogue. Sua performance ainda foi útil para a conquista do título de campeão da Copa Cidade de Indaiatuba (8 gols) pelo Shark’s. Quem também deu o que falar foi André Ribeiro Andrade, o “Gordura”. Natural de Franca (SP), terra de talentos como o primo Rodrigo Andrade, André exibe 4 gols de handicap, joga no meio do campo e está em ascensão. Só este ano, foi campeão da Copa


Itaipava/Invernada no Aberto do Estado: André dos Santos Diniz, Ricardo Mansur Filho, José Eduardo D.Junqueira e Fabio D.Junqueira

Maragata no Aberto do Estado: João Gaspar M.Bastos, Mariano Gonzalez, Luiz Paulo M.Bastos e Carlos Francisco M.Bastos

Alcides Diniz (14 gols) e das Copas Christofle e Vogue (ambas de 8 gols), e vice da Copa Estado de São Paulo (14 gols). No alto handicap, alcançou a semifinal da Copa de Ouro com Abacateiro. Também de Franca, Guilherme Ribeiro segue os passos do pai Xande e mostra versatilidade em campo. Atualmente com 4 gols, ele foi vice nas copas Cidade de Indaiatuba (8 gols) e Christofle (8 gols) jogando pela equipe Villa D. Nos torneios de médio e baixo handicap, o destaque foi Gustavo Garcia. Dedicado e buscando resultados para Polo UK, não raro jogou dois campeonatos ao mesmo tempo. Ao longo da temporada, foi campeão da Copas Vogue (8 gols) e Alcides Diniz (2 gols), do Brasileiro (6 gols), além de vice-campeão do Brasileiro (2

gols) e da Copa Alcides Diniz (6 gols). Não por acaso seu handicap subiu de 3 para 4 gols. Aos 49 anos de idade, Sérgio Dhelomme está satisfeito com seu desempenho. Com –1 de handicap, ele joga polo há apenas 4 anos, e nesta temporada conquistou uma série de vitórias para lá de especiais, como as Copas Cidade de Indaiatuba (8 gols), Estado de São Paulo (6 gols), Alcides Diniz (6 gols) e de Prata (2 gols). Polista veterano, o Miguel Sábio de Mello Neto também não pode se queixar. Com 1 de handicap, fez uma temporada competitiva, disputando os torneios de baixo ora com a equipe Samello ora com Polo UK. Contabilizando tudo, conquistou a Copa de Prata (2 gols) e foi vice no 6 e no 0 gol do Campeonato Brasileiro. 97


Polo Power

Onde os fracos não têm vez Trajando camisas cujos brasões identificam clãs do polo, São José, Maragata, Invernada e Itanhangá contratam profissionais e investem pesado em tropa.Tudo para jogar um polo de altíssimo nível, onde só obtêm resultado as estruturas mais poderosas

Por trás de um grande time de polo há sempre uma grande estrutura. Afinal, para que os jogadores possam brilhar, uma série de profissionais atua continuamente nos bastidores, trabalhando para que tudo esteja em perfeito estado na hora de entrar em campo. A começar por veterinários, peticeiros e domadores, que garantem que a tropa esteja devidamente selada e amarrada para o jogo, todos têm papel fundamental para o bom desempenho de uma equipe. Quanto mais alto o nível, maior a organização e o investimento necessários para colocar o time em campo, em ponto de bala para jogar e ganhar. Nesta categoria em que apenas os fortes sobrevivem, São José, Maragata, Itanhangá e Invernada são as esquadras brasileiras que se diferenciam pela seriedade com que conduzem suas estruturas, investindo em tropa e, por que não, contratando jogadores profissionais. Com organização de primeira linha, esquadrão afiado e cavalos impecáveis, São José Polo tornou-se o mais temido time do alto handicap brasileiro. Na temporada 2009, a equipe festejou no alto do pódio o Aberto do Helvetia, o Campeonato Brasileiro e a Copa de Ouro. “Nestes últimos cinco anos jogamos mais de vinte finais no campo 1 do Helvetia e ganhamos todas que participamos”, orgulhase José Eduardo M. Kalil, o comandante do SJP. A começar pelo trabalho obstinado de José Eduardo, os bons resultados se devem a uma combinação acertada de fatores. O primeiro é poder contar com Rodrigo Andrade, atualmente o melhor jogador do Brasil, com 10 gols de handicap. Sua performance, tal qual a dos craques argentinos, não raro decide torneios, e está apoiada na tropa super potente que José Eduardo faz questão de manter e de aprimorar. A tropa, aliás, é o segundo ponto importante para o histórico vitorioso do SJP, que embora tenha utilizado nesta temporada cavalos mais novos, já que 25 animais haviam sido deixados na Argentina desde a temporada passada, coloca à disposição de cada jogador um mínimo de nove cavalos por partida. “O ideal é apear de um e montar no outro sem sentir diferença nenhuma na performance, e esse nível vamos atingir daqui uns três anos”, afirma José Eduardo, que tem investido na criação de cavalos de polo para manter a qualidade da tropa de seu time. Anualmente são produzidos em torno de 40 animais. “Aproveitamos 20 e 98

vendemos os outros 20”, afirma ele, que destaca Predileta, Nova Trix e Rebeca como as melhores da sua tropa no Brasil. “Tem também a Kátia, que joga com o Rodrigo, comprada num leilão do Jockey de Sorocaba, e mais a Lua e a Miss”. O terceiro fator determinante é o bom entrosamento dos jogadores. Há anos José Eduardo, Rodrigo e William Rodrigues jogam juntos, variando apenas o quarto homem. “A estrutura da equipe é sempre a mesma, mas com nossos handicaps sempre subindo vimos alternando o jogador convidado, que precisa cada vez ter um handicap menor”, explica José Eduardo, que aos 43 anos acaba de ter seu handicap elevado de 5 para 6 gols. “Vamos ver se consigo segurar estes gols”. Para ele, que está disputando na Argentina a Copa de Ouro Ellerstina, a fórmula do sucesso é muito simples: “Com um jogador como o Rodrigo, tropa excelente e um bom conjunto, os resultados aparecem”.

Em família, pero no mucho

A temporada 2009 foi uma das melhores do Maragata. “Só não foi completa por não estarem jogando juntos os meus quatro filhos”, afirma Cabeto Bastos, pai dos “guris” e coach do time que, este ano, não contou com a presença de Ângelo Antônio, o primogênito dos irmãos Bastos. A felicidade de Cabeto explica-se pelos resultados alcançados em família: além de semifinalista do Brasileiro e vice-campeão da Copa Giorgio Moroni, o Maragata foi campeão do Aberto do Estado de São Paulo, torneio de 25 gols, mais alto handicap disputado em território nacional. Para ocupar a vaga de Ângelo Antônio, os irmãos João Gaspar, Luiz Paulo e Cachico contaram com o apoio de diferentes “agregados”, dependendo do nível do torneio. No Brasileiro foi Sérgio Figueiredo, na Giorgio foi Bruno Junqueira, no Aberto do Helvetia foi Paique Ganon e no Aberto do Estado o reforço ficou por conta de Mariano Gonzalez, profissional argentino que sem dúvida ajudou o Maragata a imprimir mais pressão na final contra ItaipavaInvernada. “Ganhamos bem, pois vencemos na final o time com quem havíamos decidido a chave”, festeja Cabeto, que na temporada 2005 viu os quatro filhos, juntos, serem coroados os melhores pelo Grand Prix Mercedes-Benz de Polo. Com handicap elevado para amadores – LP tem 7, João Gaspar tem 6 e Cachico tem 4 –, eles conciliam o polo com o trabalho


Jos茅 Eduardo Kalil do SJP/Audi: mais de 20 finais no campo 1 e vit贸ria em todas

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Dawis Villar

Dudu Diniz Junqueira com os filhos Eduardo e Catarina: o Invernada foi nesta temporada o maior rival do São José

Rodrigo Pinheiro (à direita), com Nando Pelosini: o maior investimento do Itanhangá hoje é com cavalos, são 40 animais em jogo

ou os estudos. Dentro de campo, exibem estilos diferentes, porém complementares: Cachico trabalha como back, sem jamais esquecer da marcação; LP atua mais no meio campo, exibindo velocidade e precisão no taqueio; João Gaspar faz as vezes de atacante, aproveitando as oportunidades criadas pelos irmãos. Além do jogo conjunto aprimorado a cada temporada graças à frequência com que têm jogado juntos, a bem sucedida campanha do Maragata deve-se também à qualidade da tropa. “Foi um ano que nossa cavalhada não nos desiludiu, não tivemos nenhum tipo de problema com os cavalos, ainda que duas éguas encerraram seus trabalhos definitivamente. A melhor égua do João Gaspar, a Escócia, foi para cria, mas tínhamos suplentes, se não à altura 100

no momento, mas que serão tão boas numa próxima temporada”, afirma Cabeto, que não deixa de dedicar as conquistas aos tratadores e a todos os profissionais que diariamente trabalham pelo bom andamento do Maragata.

A força do interior

Há bem mais de vinte anos o Invernada marca forte sua presença no polo. Se antes os irmãos José Eduardo, Beto e Rô Diniz Junqueira enfrentavam Toca, Rio Pardo e Santo Amaro, hoje é o São José o principal rival do Invernada nos torneios de alto handicap. Só neste ano, os dois times se encontraram nas finais da Copa Vogue e do Brasileiro, em duelos cheios de adrenalina.


Cabeto Bastos com o filho Cachico: o Aberto do Estado de São Paulo era o título que faltava ao Maragata

“Chegamos a várias finais, mas é duro ganhar. No Brasileiro estávamos melhor, não merecíamos perder”, comenta Dudu Diniz Junqueira, o cabeça do Invernada, sobre a derrota no sétimo tempo, depois de um jogo inteiro à frente. Habilidoso, experiente e perito em finalizações, é ele quem comanda o time da família, atualmente formado por Aluísio Vilella Rosa e os sobrinhos Renato e Fabinho. Com jogadores em plena ascensão, o time faz bonito nos gramados, e é sempre um adversário forte entre os grandes. Além de efetividade no taqueio, agilidade e visão de jogo, todos eles têm como característica o fato de serem excelentes na marcação. Além disso, o tempo com que vêm jogando juntos, no Helvetia e no interior, garante um jogo em conjunto capaz de desnortear os rivais. “A gente só se olha e já sabe que jogada o outro vai fazer”, afirma Dudu, que aos 46 anos mantém seus 6 gols de handicap. “O Renato e o Fabinho tiveram seus handicaps aumentados agora para 6 cada um. Precisamos dar um jeito na formação do time para continuarmos jogando sempre juntos”, afirma ele, cuja esquadra chegou também à final da Copa de Ouro. A estrutura do Invernada mantém seu poderio graças à tropa que, sem dúvida, soma pontos a favor na campanha por bons resultados. Os cavalos usados pelos jogadores exibem potência e velocidade à altura de torneios de tão alto nível. Em geral, os animais provêm da tradicional criação da família em Orlândia, de onde saem em média 40 animais ao ano. “São 20 cavalos para cada um, montamos todo mundo”.

Um novo Itanhangá

Há cerca de quatro anos, desde que retornaram do exterior, os irmãos Pinheiro voltaram à ativa no polo e reiniciaram o plantel de cavalos. Para a temporada 2009, Rodrigo e Noberto montaram uma tropa competitiva, contrataram profissionais e estão mais

que satisfeitos com os resultados. “Fizemos uma boa campanha. Para o Aberto do Helvetia começamos a treinar com um mês de antecedência”, explica Rodrigo Pinheiro, sobre o torneio em que seu Itanhangá, com Nando Pelosini e os irmãos Olavo e João Novaes, foi derrotado em uma final duríssima pelo São José. “Foi um esquema que deu certo, nossa organização foi muito bem conduzida pelo Nando Pelosini, que supervisionou os trabalhos da tropa e do time, e também jogou como nosso profissional”. Além deste vice-campeonato, o time, com Noberto no lugar de Rodrigo, alcançou ainda a semifinal da Copa Vogue. “Também fui vice num torneio de 8 gols. Jogando um polo assim, com jogadores de handicap mais baixo, você é que precisa comandar a equipe, dominar o jogo, tocar a bola na hora certa”, comenta Rodrigo, que para a próxima temporada terá o handicap aumentado de 3 para 4 gols. Para o polista, uma tropa de qualidade faz toda a diferença no resultado. “Nosso maior investimento hoje é com cavalos, temos uns 40 animais em jogo. Em nosso esquema, compramos cavalos puros no Jockey, cavalos prontos para jogar na Argentina, e cavalos já domados no Sul”. Preparados para encarar na vizinha Argentina os torneios promovidos pela AAP, os irmãos Pinheiro alugaram campo e cocheiras na propriedade de Alfonso Pieres, para onde já embarcaram 12 dos melhores animais. “Jogar lá é muito bom, um aprendizado. Nos organizamos para disputar torneios e vamos aproveitar para experimentar cavalos argentinos em treinos e comprar aqueles que mais agradarem”. Com o objetivo de chegar a 5 ou 6 gols, Rodrigo antecipa que o seu irmão Igor também voltará aos campos de polo. “Em 2010 continuamos com a supervisão do Nando e vamos iniciar a temporada com 15 cavalos para jogo cada um, sendo seis deles top”. 101


Classificação

Handicaps 2010 Baseada no desempenho dos jogadores ao longo do ano, a Comissão Técnica e de Handicap da Federação Paulista de Polo definiu a lista da temporada 2010. Confira o sobe e desce ATLETA CLUBE HANDICAP RODRIGO RIBEIRO ANDRADE..............................FPC............................10 FABIO DOS SANTOS DINIZ....................................SHP............................08 JOÃO PAULO GANON.............................................HPCC.........................08 OLAVO JUNQUEIRA NOVAES...............................CHC...........................08 ALEXANDRE GOMES RIBEIRO..............................FPC............................07 ALUISIO VILLELA ROSA..........................................SHO...........................07 ANDRE DOS SANTOS DINIZ.................................SHP............................07 LUIZ PAULO MARTINS BASTOS...........................HPCC.........................07 RAFAEL SILVA............................................................HPCC.........................07 RICARDO MANSUR FILHO....................................HPCC.........................07 UBAJARA ANDRADE JUNIOR...............................SHO...........................07 FABIO DINIZ JUNQUEIRA......................................SHO...........................06 FERNANDO MORGANTI PELOSINI.....................APC............................06 FLAVIO DE ABREU CASTILHO..............................CMU..........................06 JOÃO GASPAR MARTINS BASTOS......................HPCC.........................06 JORGE DINIZ JUNQUEIRA.....................................SHO...........................06 JOSE EDUARDO MATARAZZO KALIL.................HPCC.........................06 JOSE EDUARDO DINIZ JUNQUEIRA . ................SHO...........................06 JUAN CARLOS OTAMENDI....................................HPCC.........................06 LEANDRO SANTOS..................................................HPCC.........................06 LUIZ CARLOS FIGUEIRA DE MELLO . .................APC............................06 LUIZ EDUARDO RODRIGUES DA CUNHA .......HPCC.........................06 RENATO DINIZ JUNQUEIRA .................................SHO...........................06 WILLIAN CEZAR RODRIGUES...............................HPCC.........................06 ANGELO ANTONIO MARTINS BASTOS.............HPCC.........................05 CARLOS EDUARDO S. CAMARGO.......................HPCC.........................05 CARLOS FRANCISCO MARTINS BASTOS..........HPCC.........................05 GASTON OTAMENDI...............................................HPCC.........................05 HENRIQUE JUNQUEIRA..........................................FPC............................05 LUIZ GUSTAVO DINIZ JUNQUEIRA.....................SHO...........................05 JOÃO JUNQUEIRA NOVAES..................................CHC...........................05 JOSE LUIZ TOLEDO..................................................HPCC.........................05 PEDRO HENRIQUE GANON..................................HPCC.........................05 PEDRO HENRIQUE ZACHARIAS..........................HPCC.........................05 RAFAEL VILLELA ROSA...........................................FPC............................05 SERGIO MELO JUNQUEIRA...................................SHO...........................05 ALEXANDRE JUNQUEIRA......................................FPC............................04 ANDRE ALMEIDA R. ANDRADE...........................FPC............................04 102

ATLETA CLUBE HANDICAP ANDRE RODRIGUES SANTOS...............................HPCC.........................04 BRUNO DE MELO PELOSINI..................................HPCC.........................04 CAIO SIQUINI.............................................................HPCC.........................04 CARLOS AUGUSTO DAHER...................................CHC...........................04 DEULER JUNQUEIRA FRANCO NETO................CHC...........................04 GONÇALO MATARAZZO........................................HPCC.........................04 GUSTAVO JUNQUEIRA FRANCO TOLEDO........CHC...........................04 GUSTAVO RIBEIRO GARCIA...................................FPC............................04 GUILHERME LINS.....................................................RIO.............................04 GUILHERME ZULCOLO RIBEIRO..........................FPC............................04 JOAQUIM GILBERTO AMERICO...........................HPCC.........................04 JOSE CARLOS MATARAZZO KALIL.....................HPCC.........................04 JOSE KLABIN..............................................................HPCC.........................04 JURACY SOUZA SANTOS.......................................HPCC.........................04 LAERTE GARCEZ MEIRELLES FILHO...................HPCC.........................04 PEDRO ZACHARIAS.................................................HPCC.........................04 RODRIGO ESTEVES PINHEIRO..............................HPCC.........................04 RICARDO JUNQUEIRA PIMENTA.........................SHO...........................04 SANTIAGO OTAMENDI...........................................HPCC.........................04 SYLVIO ANDRADE COUTINHO............................HPCC.........................04 VANDRE LUIZ VIJAL DA SILVA..............................HPCC.........................04 WILSON DIAS CASTEJON NETO..........................APC............................04 AMARILDO PEREIRA DOS SANTOS....................FPC............................03 ANDRÉ DE ANDRADE COUTINHO......................HPCC.........................03 ANDRE LUIZ JUNQUEIRA FRANCO....................CHC...........................03 BERNARDO KLABIN.................................................HPCC.........................03 CAIO JUNQUEIRA FRANCO GUARNIERI...........CHC...........................03 DORIVAL RODRIGUES.............................................HPCC.........................03 EDSON SABINO........................................................HPCC.........................03 EDUARDO DUARTE LINHARES............................HPCC.........................03 EDUARDO DINIZ JUNQUEIRA..............................SHO...........................03 EDMILSON BIÁ..........................................................HPCC.........................03 FRANCISCO MARCOS JUNQUEIRA NETO........SHO...........................03 FRANCISCO FERES JUNQUEIRA..........................HPCC.........................03 GABRIEL VILLELA ROSA.........................................FPC............................03 GILBERTO RODRIGUES...........................................HPCC.........................03 GILBERTO TOLEDO..................................................HPCC.........................03 GUSTAVO FERRAZ ROCHA....................................RIO.............................03 GUSTAVO ROCHA....................................................HPCC.........................03 HELIO JUNQUEIRA MEIRELLES............................HPCC.........................03 HENRIQUE JUNQUEIRA NOVAES........................CHC...........................03


ATLETA CLUBE HANDICAP JEFFERSON JUNQUEIRA FRANCO NETO..........SHO...........................03 JOÃO CARLOS RIBEIRO RAMIRES.......................HPCC.........................03 JOSE EDUARDO SOUZA ARANHA......................HPCC.........................03 JOSÉ LUIZ DO POZZO............................................HPCC . ......................03 LEONARDO ZUNSTEIN JACINTO........................FPC............................03 LUIZ CARLOS S JERONIMO...................................HPCC.........................03 LUIZ FELIPE SANTOS DINIZ..................................HPCC.........................03 LUIZ ROBERTO C. RIBEIRO.....................................FPC............................03 NORBERTO NOGUEIRA PINHEIRO JR................HPCC.........................03 PEDRO VICTOR DE LAMARE FILHO ..................HPCC.........................03 RAFAEL TOLEDO . ....................................................HPCC.........................03 RICARDO PORTUGAL GOUVEA FILHO.............HPCC.........................03 ROBERTO EGYDIO SOUZA ARANHA FILHO....HPCC.........................03 SIDINEY QUINTINO..................................................HPCC.........................03 SERGIO DE A. COUTINHO FILHO........................HPCC.........................03 WOLFF KLABIN.........................................................HPCC.........................03 ADRIANO PEREIRA DOS SANTOS.......................FPC............................02 ALESSANDRO PASTORE.........................................HPCC.........................02 ALEXANDRE SPINELLI J. VILLELA........................FPC............................02 ALVARO JUNQUEIRA FRANCO............................SHO...........................02 ARTHUR JUNQUEIRA PINTO................................CHC...........................02 BHAWANI........................................................................................................02 CARLOS FERNANDO JACINTO.............................FPC............................02 CICERO T JUNQUEIRA FRANCO..........................SHO...........................02 CLAUDIO NOVAES H. DA FONSECA..................CHC...........................02 CLAUDIO MANFRIN................................................SHO...........................02 DANILO PALMA CHEDID.......................................FPC............................02 FRANCINALDO MIGUEL DOS SANTOS ............HPCC.........................02 FABIO JUNQUEIRA MEIRELLES NETO................SHO...........................02 FERNANDO DINIZ JUNQUEIRA...........................SHO...........................02 FLAVIO AUGUSTO JUNQUEIRA FRANCO.........HPCC.........................02 FLAVIO FIORAVANTI NETO...................................CHC...........................02 GUSTAVO LUPO HOTZ...........................................CHC...........................02 HENRIQUE CALEIRO VEGA PALMA....................HPCC.........................02 HUMBERTO COSTA PINTO NETO........................RIO.............................02 IGOR ESTEVES PINHEIRO.......................................HPCC.........................02 JOÃO CARLOS LUIS MACHADO..............................................................02 JOSE ANTONIO MAGALHAES LINS....................HPCC.........................02 JOSÉ CARDOSO DE ALMEIDA..............................SHO...........................02 JOSÉ CARLOS GARCEZ MEIRELLES....................HPCC.........................02 LEONARDO PALMA CHEDID................................FPC............................02 LUIZ AUGUSTO RODRIGUES DA CUNHA JR....HPCC.........................02 LUIZ CANDIDO JUNQUEIRA FRANCO FILHO.....CHC...........................02 MARCOS TELLECHEA..............................................HPCC.........................02 MARCOS DINIZ JUNQUEIRA.................................SHO...........................02 MARIO DINIZ JUNQUEIRA.....................................SHO...........................02 MICHAEL HENRIQUE PARRA................................HPCC.........................02 OSWALDO SABIO DE MELLO FILHO..................FPC............................02 RENATO JUNQUEIRA FRANCO............................CHC...........................02 REINALDO SALOMÃO.............................................FPC............................02 RICARDO JUNQUEIRA FRANCO..........................CHC...........................02 RICARDO PAVAN......................................................HPCC.........................02 RIVALDO MARCHEZZI JR.......................................SHRP.........................02 RODOLFO CURBELLO.............................................HPCC.........................02 RUDINEI CARVALHO...............................................HPCC.........................02 SYLVIO JUNQUEIRA NOVAES...............................CHC...........................02 TULIO JACINTO CERDEIRA LIMA........................FPC............................02 ADOLPHO DE SOUZA NAVES NETO..................HPCC.........................01 ANTONIO GIORGIO MORONI...............................HPCC.........................01 ALBERTO DINIZ JUNQUEIRA................................SHO...........................01 BRUNO JUNQUEIRA DE ANDRADE....................CHC...........................01 CAIO C. RIBEIRO SANDOVAL................................FPC............................01

ATLETA CLUBE HANDICAP CARLOS IVAN MARSSON.......................................HPCC.........................01 CARLOS JORGE FURLONG....................................HPCC.........................01 CELSO T. JUNQUEIRA FRANCO............................SHO...........................01 DANIEL MATHEUS ..................................................HPCC.........................01 DELPHO PELOSINI SOBRINHO.............................APC............................01 EDUARDO DE SOUZA NAVES.............................HPCC.........................01 EDUARDO DE C. LEÃO MONTEIRO....................HPCC.........................01 EDUARDO SOARES DE CAMARGO.....................HPCC.........................01 EDSON LEITE MORAES FILHO..............................SHO...........................01 ENRIQUE ARMANDO SCARNATI ALMADA......HPCC.........................01 FABIO SLUCKI............................................................APC............................01 FELIPE AUGUSTO NAPOLI.....................................HPCC.........................01 FERNANDO ANTONIO R. NOGUEIRA................HPCC.........................01 FRANCISCO JOSE G. MEIRELLES.........................HPCC.........................01 GUILHERME ANTONIO FALZONI.........................SHP............................01 GUILHERME SHUNN DINIZ JUNQUEIRA..........SHO...........................01 HEITOR LUCIANO NOGUEIRA FILHO.................HPCC.........................01 HENRIQUE SPINELLI................................................FPC............................01 JULIO CEZAR RODRIGUES....................................HPCC.........................01 JOAQUIM EGYDIO DE S. ARANHA.....................HPCC.........................01 JOÃO LUIZ S. D. HERREROS..................................HPCC.........................01 JOSE ANTONIO FRANCO DE TOLEDO...............HPCC.........................01 LEOPOLDO WISNESCK...........................................HPCC.........................01 LINCOLN DINIZ JUNQUEIRA DE AZEVEDO.....SHP............................01 LUIZ ANDRE MATARAZZO....................................HPCC.........................01 LUIZ FELIPE CHAVES D’ AVILLA...........................HPCC.........................01 LUIZ RAPHAEL GUINLE..........................................HPCC.........................01 LUIZ CANDIDO JUNQUEIRA FRANCO...............CHC...........................01 LUIZ FERNANDO OTTONI CANDIDO.................HPCC.........................01 LUIZ JAIME SMITH VASCONCELLOS FILHO.....SHO...........................01 LUIZ MAURO DE SOUZA ARANHA.....................HPCC.........................01 MARCELO DE ALMEIDA RIBEIRO.......................FPC............................01 MARCELO DINIZ JUNQUEIRA FILHO.................SHO...........................01 MARCELO RIBEIRO DE MENDONÇA..................SHO...........................01 MARCELO RODRIGUES...........................................HPCC.........................01 MÁRIO SÉRGIO ROMERO......................................FPC............................01 MATHIAS DO VAL ROCHA.....................................FPC............................01 MARCUS SCHALLDACH.........................................HPCC.........................01 MAURO EGYDIO DE SOUZA ARANHA.............HPCC.........................01 MIGUEL SABIO MELLO NETO...............................FPC............................01 NEWTON JUNQUEIRA FRANCO NETO . ...........CHC...........................01 OSWALDO ARANTES NOGUEIRA NETO...........FPC............................01 PAULO BARDELLA CAPARELLI.............................HPCC.........................01 PAULO ALMEIDA TOLEDO.....................................SHO...........................01 PEDRO BORDON NETO..........................................HPCC.........................01 PLINIO TORQUATO JUNQUEIRA..........................SHO...........................01 RAFAEL BRUSQUE MARTINI.................................HPCC.........................01 RENATO JUNQUEIRA PIMENTA...........................SHO...........................01 RENATO RIBEIRO JUNQUEIRA ............................SHO...........................01 RENATO RODRIGUES FILHO.................................HPCC.........................01 ROBERTO SÉRIO.......................................................SHO...........................01 ROBERTO EGYDIO DE SOUZA ARANHA...........HPCC.........................01 ROBERTO JACINTHO DINIZ JUNQUEIRA..........SHO...........................01 ROBERTO LUIZ JUNQUEIRA NETO.....................SHO...........................01 ROBERTO VILLA REAL JUNIOR.............................HPCC.........................01 RODRIGO CORREA...................................................HPCC.........................01 RODRIGO COSTA PINTO........................................HPCC.........................01 RODRIGO JUNQUEIRA FRANCO.........................CHC...........................01 RONALDO DINIZ JUNQUEIRA..............................SHO...........................01 RONALDO GANON..................................................HPCC.........................01 SERGIO CARDOSO DE ALMEIDA FILHO...........SHO...........................01 SERGIO CARDOSO DE ALMEIDA NETO............HPCC.........................01 SERGIO DE ANDRADE COUTINHO.....................HPCC.........................01 103


Classificação ATLETA CLUBE HANDICAP SÉRGIO FIGUEIREDO NETO..................................HPCC.........................01 SYLVIO DE ANDRADE COUTINHO NETO..........HPCC.........................01 SYLVIO JUNQUEIRA NOVAES FILHO..................CHC...........................01 THOMAS HELOU .....................................................HPCC.........................01 ABEL FERREIRA ROCHA ........................................RIO.............................00 ADRIANO MARIO PIO FRIOLI...............................HPCC.........................00 AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO................HPCC.........................00 ALESSANDRA FINARDI...........................................HPCC.........................00 AMAURY CORREA DA SILVA NETO.....................HPCC.........................00 ALFREDO KHOURI JR..............................................HPCC.........................00 ANNIBAL MENDES GONÇALVES NETO.............HPCC.........................00 ANTONIO DE ALMEIDA PRADO..........................SHP............................00 ANTONIO CARLOS TINOCO CABRAL.................SHO...........................00 ANTONIO JULIO JUNQUEIRA QUEIROZ ..........CHC...........................00 ANTONIO PEDRO A MORONI..............................HPCC.........................00 AUGUSTO NAPOLI...................................................HPCC.........................00 AUGUSTO MEIRELLES REIS...................................HPCC.........................00 BETINA HOFFMANN...............................................SHP............................00 BERNADINO PUCCI NETO.....................................FPC............................00 CAIO LELLIS VIEIRA..................................................CHC...........................00 CAIO RIBEIRO DE ANDRADE................................FPC............................00 CARLOS ALBERTO MARTINS BASTOS...............HPCC.........................00 CARLOS ALBERTO MANSUR FILHO...................HPCC.........................00 CARLOS ALBERTO MANSUR.................................HPCC.........................00 CARLOS EDUARDO GANON.................................HPCC.........................00 CELSO MONTEIRO NETO.......................................SHP............................00 CLAUDIO RIBEIRO SANDOVAL FILHO...............FPC............................00 CLAUDEMIR APARECIDO SIQUINI......................HPCC.........................00 CLOVIS HELADIO R NOGUEIRA NETO...............HPCC.........................00 DAVID KLABIN...........................................................HPCC.........................00 EDWARD KENNETH SCOTT...................................HPCC.........................00 FABIANO CARDOSO DE CARVALHO.................HPCC.........................00 FELIPE PRATA.............................................................HPCC.........................00 FELIPE JUNQUEIRA FUIN......................................CHC...........................00 FLAVIO FIORAVANTI JR..........................................CHC...........................00 GABRIEL FERES JUNQUEIRA.................................HPCC.........................00 GILBERTO SABIE.......................................................HPCC.........................00 HELIO DE ALMEIDA LEITE.....................................SHP............................00 JOSE CARLOS KALIL................................................HPCC.........................00 JOÃO ALMEIDA SAMPAIO FILHO ......................CHC...........................00 JOÃO JOSE JUNQUEIRA FRANCO......................CHC...........................00 JOÃO MANOEL CARRANO LOCOZELLI.............SHP............................00 JOÃO ROBERTO DE SOUZA NAVES....................SHP............................00 JOSÉ ADÃO FRANCO TOLEDO............................HPCC.........................00 JOSE CARLOS CHAGAS..........................................FPC............................00 JOSE ANTONIO H. CAMARGO PINTO................CHC...........................00 KEINY DA SILVA.........................................................HPCC.........................00 LAURO BRACARENSE FILHO................................HPCC.........................00 LUCIA TOSTA JUNQUEIRA.....................................SHP............................00 LOURENÇO AUGUSTO MEIRELLES REIS...........HPCC.........................00 LUIZ ANTONIO FERRAZ QUEIROZ NETO..........HPCC.........................00 MANOEL LINS JUNIOR...........................................SHP............................00 MAURICIO CIRILLO..................................................HPCC.........................00 MAURO DINIZ JUNQUEIRA...................................SHO...........................00 MARCELO JULIÃO MARCONDES........................SHO...........................00 MARCELO MANSUR MURAD................................HPCC.........................00 MARCOS VILLELA ROSA.........................................SHO...........................00 NIASI MELHEM ABDO NETO................................HPCC.........................00 OSCAR BARCELOS NETO.......................................CHC...........................00 PAULO ROBERTO F. JUNQUEIRA FILHO............CHC...........................00 PEDRO MORAES DANTAS.....................................SHP............................00 RICARDO MANSUR..................................................HPCC.........................00 104

ATLETA CLUBE HANDICAP RICARDO PEREIRA PORTUGAL GOUVEA.........HPCC.........................00 RUBÉNS ELIAS ZOGBI FILHO................................HPCC.........................00 RODOLFO JUNQUEIRA FRANCO BERTAZZI....CHC...........................00 ROBERTO VILLA REAL NETO.................................HPCC.........................00 RICARDO CASALI PAVAN.......................................HPCC.........................00 ROBERTO JUNQUEIRA MEIRELLES TREZ..........SHO...........................00 ROWIN VON REININGHAUS . ...............................CHSA.........................00 RUY ASSUMPÇÃO NETO........................................HPCC.........................00 SERGIO WAJSBROT..................................................HPCC.........................00 WILSON NEWTON DE MELLO NETO..................HPCC.........................00 ANDRÉ LUIZ NOGUEIRA NEVES..........................SHP.......................... -01 ALEXANDRE LUCATO..............................................HPCC....................... -01 ARMANDO KLABIN..................................................HPCC....................... -01 ANDRÉ KISSAJIKIAN................................................HPCC....................... -01 ALVARO GOMIDE PIMENTA CAMARGO...........HPCC....................... -01 ARTHUR MOSANER ARTIGAS TROPPMAIRR...HPCC....................... -01 CLAUDIA TOSTA JUNQUEIRA...............................MPC......................... -01 CARLOS JOSÉ BOTELHO ESCOREL.....................HPCC....................... -01 DANIEL BARCELLOS DE MORAES JARDIM......FPC.......................... -01 FABIANO JOSÉ RAMOS BITTENCOURT.............SHP.......................... -01 FABIO AIDAR..............................................................CHC......................... -01 FELIPE GARCIA..........................................................FPC.......................... -01 FELIX VON PLANTA..................................................SHP.......................... -01 FABIO BERTI...............................................................HPCC....................... -01 FERNANDO AUGUSTO SERRANO.......................SHP.......................... -01 FRANCISCO MORGANTI PELOSINI.....................APC.......................... -01 GUILHERME ARANHA DECOURT........................SHP.......................... -01 GUSTAVO DECOURT...............................................SHP.......................... -01 GUSTAVO JUNQUEIRA MORENO........................CHC......................... -01 HEITOR LUCIANO GUALBERTO NOGUEIRA....HPCC....................... -01 HUMBERTO COSTA PINTO JR...............................HPCC....................... -01 JULIO PARENTE NETO............................................HPCC....................... -01 JOÃO CARLOS JUNQUEIRA ENOUT...................SHO......................... -01 JOÃO CARLOS SERRANO.......................................SHP.......................... -01 JOÃO CARLOS SERRANO JUNIOR .....................SHP.......................... -01 JOSÉ ARTHUR JUNQUEIRA PINTO FILHO........CHC......................... -01 JOSÉ DE SÁ.................................................................SHP.......................... -01 LUCIANO FERREIRA VARELLA..............................HPCC....................... -01 LUIGI COSENZA........................................................SHP.......................... -01 LUIZ CARLOS DA SILVEIRA BUENO....................SHP.......................... -01 LUIZ FERNANDO SECALI.......................................SHP.......................... -01 LUIZ LEMOS DE TOLEDO NETO...........................CHC......................... -01 MARCOS ANTONIO JUNQUEIRA FRANCO......SHO......................... -01 MARCOS AUGUSTO STAVALE JOAQUIM..........HPCC....................... -01 MARCOS EDUARDO MONTEIRO.........................SHI........................... -01 MARCUS JUNQUEIRA DE OLIVEIRA...................CHSA....................... -01 NICOLAS MAHLER...................................................SHP.......................... -01 NELSON JOSÉ LARA O. RIBEIRO..........................HPCC....................... -01 PAULO SETUBAL NETO..........................................HPCC....................... -01 PEDRO LUIZ SOUZA PINTO..................................FPC.......................... -01 PLACIDO GONÇALVES MEIRELLES.....................HPCC....................... -01 RAFAEL RIBEIRO ANDRADE..................................FPC.......................... -01 RENATO BARISON....................................................HPCC....................... -01 RENE EDUARDO HOTZ...........................................CHC......................... -01 RODRIGO GIMENES.................................................HPCC....................... -01 RODRIGO PIMENTEL...............................................CHC......................... -01 ROSA MARIA SOARES CAMARGO......................HPCC....................... -01 SILVIO TORQUATO JUNQUEIRA...........................SHO......................... -01 SERGIO DHELOMME...............................................SHP.......................... -01 ULISSES GODOY.......................................................HPCC....................... -01 VICTOR EDUARDO BAEZ.......................................HPCC....................... -01


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Criação

Criadores e criaturas

Para jogar um polo de qualidade, é consenso no meio que se deve investir em tropa. Dependendo do nível do torneio, um bom cavalo pode corresponder a 80% do jogador, dizem os entendidos. E para estar sempre com a tropa em dia, com éguas que exibam temperamento, boa “boca”, velocidade e potência, alguns brasileiros vêm investindo pesado na criação de cavalos de polo. Embora a prática seja recente no país, tenha bem menos tempo que na vizinha Argentina, já começa a apresentar resultados. Cada vez mais animais de cria nacional são usados em torneios de alto handicap no Helvetia. Alguns, aliás, acabam fazendo carreira internacional, sendo montados por craques argentinos nos torneios da Tríplice Coroa. Uma consagração que valoriza o “passe” do animal e, claro, da criação. Um destes casos é a égua Itapitocai Koca, da cria de Cabeto Bastos, montada pelo melhor do mundo, Adolfo Cambiaso, nos Abertos de Hurlingham e Palermo. “Atualmente tenho duas éguas jogando com o Cambiaso, Itapitocai Koca e Itapitocai La Tijo Cicatriz, ambas já com embriões e potros nascidos”, explica Cabeto. As duas éguas são provenientes da criação que o polista mantém na Chácara La Correntina, na província de Corrientes, na Argentina. Outra parte da cria de Cabeto está instalada na Estância Itapitocai, em Uruguaiana, e os cerca de 20 animais que historicamente nascem 106

Marcelo Spatafora

Como negócio ou para uso próprio, os criadores de cavalos de polo usam as técnicas mais modernas de reprodução para apurar a raça. E já têm obtido exemplares de qualidade elevada, como Vitória, Kátia, Itapitocai Koca, Aluada e Carícia

Cavalos de polo: Puro Sangue Inglês, Crioulo e Raça Argentina

ao ano abastecem a tropa do Maragata. “As raças que criamos são PSI e Polo Argentino, além de Crioulos para trabalho na estância”, afirma Cabeto, que tem no Ellerstina Elegante, garanhão importado de Gonzalo Pieres, sua principal aposta para aprimorar a linhagem da criação. Quem também viu seus cavalos fazerem bonito nas canchas argentinas foi Francisco Pelosini. Com criações estabelecidas em Junín, província de Buenos Aires, e no Haras Itaguassú, em Avaré, ele e seu filho Nando não escondem o orgulho de terem visto Aluada, Vimve e Carícia serem montadas por Pite Merlos na temporada passada. Enquanto a primeira geração de potros nascidos em Junín estará pronta para jogo este ano, em Avaré, onde a criação está completamente estabilizada, há cerca de 150 animais, entre potros, garanhões, éguas de cria e cavalos na cocheira.


Outra “égua-sensação” foi Vitória, de José Eduardo Matarazzo Kalil. Sacrificada depois de um acidente na Argentina, ela foi montada no ano passado por Facundo Pieres durante final em Palermo. “Foi uma perda irreparável, morreu com sete anos de idade, era excepcional e poderia ter sido a melhor égua do mundo”, lamenta o comandante do São José. “Ela produziu apenas um embrião, que vendi ao Roberto Villa Real, filho dela com o Open Xerox, de procedência da Ellerstina”. Apesar da perda, não faltaram na tropa do São José animais de destaque, como Kátia, Predileta e Nova Trix. Isso porque a criação que José Eduardo mantém há 15 anos na fazenda Barrosa, perto de Ribeirão Preto, produz um número elevado de animais para os padrões brasileiros. Com cerca de 80 potros para entrar em atividade, sua estrutura baseia-se nas grandes organizações argentinas e foi

iniciada a partir de um garanhão comprado no Jockey e de éguas antigas importadas nos anos 70 e 80 por seu pai, José Carlos Kalil. “Hoje aqui no Helvetia tenho ‘encocheirados’ 75 cavalos, mais 25 na Argentina. Entre cria e doma são mais uns 200 cavalos”, afirma José Eduardo, que há cinco anos tem trabalhado com transferência de embriões. “O apuro da linhagem se faz com meia dúzia de éguas excepcionais, das quais extraio os óvulos”, explica.

A tecnologia como aliado

Para a maioria dos criadores, a evolução da criação brasileira deve-se à combinação da melhora do nível das éguas colocadas em cria e da escolha dos garanhões com origens poleiras. No entanto, nos últimos anos nada teve um papel mais importante que o uso da transferência de embriões. “Com esta técnica a cria do cavalo de 107


Jose Guilherme Martini

Marcelo Spatafora

Tábata Schleder

Zangão, garanhão do plantel de Cataco Linhares: porte físico, velocidade, docilidade e resistência

Os potrinhos na Fazenda Invernada de Dudu Diniz Junqueira:“hoje é tudo puro sangue”

Tarsila, égua do haras Villa Hana de Vera Diniz, vencedora no Julgamento do Helvetia

polo evoluiu bastante, pois podemos multiplicar a melhor genética em um menor tempo”, afirma Francisco “Chicão” Junqueira Netto, cujo Haras Agudo, em Orlândia, produziu 31 potros em 2008, sendo 21 de transferência de embriões. Hoje comandada por Chicão, a criação do Agudo foi iniciada na década de 50 por seu avô Francisco e retomada por seu pai, José Mário. “As matrizes são filhas e netas de éguas jogadoras. Nos anos 80, meu pai comprou algumas éguas na Argentina que são a base de nossas matrizes”, conta. Para se ter ideia de como a criação é coisa antiga, este ano a égua Zazá, de 24 anos, irá gerar um potro cujo nome começará com a letra Z. “Nomeamos os animais pelo ano de nascimento, e este ano iremos outra vez dar a volta no alfabeto”, afirma ele, que em 2006 investiu em um garanhão da raça Polo Argentino. “Durante muito tempo só usávamos garanhões PSI, mas o Nonthue Sobrino, cria da família Araya, pareceu ser interessante para cruzar com éguas puras e apuradas de sangue PSI”, comenta ele, que planeja comercializar coberturas de tal garanhão. Além de multiplicar a genética, a transferência de embriões fascina os criadores por lhes permitir manter em jogo uma égua

de boa linhagem e excelente desempenho. “Com a transferência de embriões é possível tirar muitos filhos de uma égua excepcional e que ainda está jogando”, afirma Paulo Toledo, que produz de 15 a 20 animais ao ano, sendo 70% com uso da técnica. Para ele, que tem a cria e a doma dos animais baseadas na Fazenda Água Comprida, em Minas Gerais, e o treinamento para polo na Fazenda Barreiro, em Orlândia, os avanços em nutrição e medicina veterinária preventiva com utilização de equipamentos de ponta também foram importantes aliados para a evolução da cria nacional. Sua criação, embora iniciada recentemente, em 2003, chama atenção por ter como base o cruzamento de éguas PSI com as quais seu filho Gustavo vem jogando, como Cenoura, Harmonia e Evolução, e garanhões como Legal Case, Nodo e Roqueiro Danz. Quem também utiliza os animais da própria criação para uso dos polistas da família é Cataco Linhares. Com um plantel de aproximadamente 60 éguas na Fazenda Santa Izabel do Rio Bonito, em Três Lagoas (MS), ele tira anualmente 40 potros, a maior parte para uso do filho Dudu e do genro Rodrigo Gimenes, e outros colocados à venda. “Minhas éguas de cria são criteriosamente

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Ellerstina Elegante, garanhão importado de Gonzalo Pieres pela Estancia Itapitocai de Carlos Alberto Martins Bastos, principal aposta para aprimorar a linhagem da criação

selecionadas e criadas de forma natural, ou seja, bastante rústica. Acho a rusticidade um fator primordial, claro que em pastagens boas e atendendo a todas as necessidades nutricionais”, explica. Criador incansável, Cataco está sempre na busca do cavalo ideal, o “atleta que tenha porte físico, velocidade, docilidade e resistência”. Para isso, conta com reprodutores de ascendência PSI, como Sail Through, Blau Fontein e Toque Mágico, e éguas como Fantinha, Antonela e Revista. “Nossos cavalos são destinados a torneios de médio e alto handicap, mas também existem os universais, que servem para todos os níveis”.

O futuro da criação

Se na Argentina as condições especiais, a começar pelo modo de vida voltado ao campo, às fazendas de gado e aos valores que passam de geração em geração, fazem do país uma potência no mercado internacional de cavalos de polo, no Brasil o imenso potencial já começa a dar resultados graças ao empenho de criadores apaixonados que buscam o constante aprimoramento da tropa. Para Cabeto Bastos, embora nossos vizinhos tenham muito mais tradição

na criação de cavalos, produzindo-os em quantidade elevada, a qualidade já pode ser comparada à produção nacional. “Asseguro que se analisarmos individualmente, aqui se produz animais de mesma qualidade, apenas em menor quantidade”, afirma. José Eduardo Diniz Junqueira, do Invernada, igualmente acredita na excelência da tropa nacional. “Temos um volume muito menor, mas a qualidade é parecida”, afirma. Para ele, o desenvolvimento da cria é espelho da melhora da tropa. “Antigamente, o Alcides Diniz tinha uma tropa excelente e os demais tinham um ou dois cavalos bons. Hoje mudou muito, todos têm boa tropa, é difícil ver um cavalo ruim jogando”, afirma ele, que com os irmãos Beto e Rô Junqueira tira em média 40 cavalos para jogo ao ano. “Precisamos de muitos cavalos, pois no Invernada jogamos eu e meus dois irmãos, além de meus três sobrinhos Renato, Luis e Fabio. E chegaram mais dois sobrinhos para o jogo, o Lincoln e o Mauro”, conta ele, cuja base da criação está estabelecida na Fazenda Invernada, em Orlândia (SP). “Inicialmente eram os Mangalarga. Depois vieram os MeioSangue e hoje é tudo Puro-Sangue”. 109


Julgamento de Animais de Polo

A saudosa égua Vitória recebe o premio de melhor animal do Aberto do Helvetia

Outra iniciativa que começa a se esboçar – e que possivelmente promoverá um salto na organização da cria nacional – é a fundação de uma Associação Brasileira de Criadores de Cavalos de Polo, aos moldes da que já existe na Argentina. “Será um passo importante, e os estatutos já estão prontos”, afirma Ronnie Scott, que há 26 anos promove leilões de cavalos de polo no Helvetia, de criadores como Rancho Fundo-Uruguaiana, Capuava, Sucuriú, Rio Pardo e Haras Reunidos. Para ele, os leilões dão aos criadores a possibilidade de oferecer publicamente lotes de animais de maneira democrática, para que todo jogador possa adquirir um animal de genética importada por preço justo. “Chegamos a um denominador comum, com cavalos bons para baixo, médio e alto handicap”, afirma. Além disso, trata-se de uma ferramenta de negociação que também auxilia a estabelecer os preços do mercado nacional. Durante o 8º leilão Rancho Fundo-Uruguaiana deste ano, a égua Zazá, filha de Brasília e Lisa, foi arrematada por R$ 91 mil, maior preço pago em leilões de polo no Brasil. “É uma égua de cria própria em sociedade com o Du Cunha”, afirma Luiz Candido Junqueira Franco. Os cerca de 15 animais de linhagem PSI que ele tira ao ano na Fazenda Santa Helena, em Barretos, ora são vendidos ora servem para abastecer a tropa da família. “De 45 cavalos que tenho para meus três filhos e eu jogarmos, apenas seis foram comprados. Os outros 39 são todos de minha própria cria”, explica ele, que entre as principais éguas destaca América, Miriam e Polo Suerte. Um caminho natural que começa a se delinear é o de leilões de potros. “Acho que em um futuro próximo temos que promover leilões de potros e, assim, apresentar a nossa evolução na criação de cavalos de polo”, afirma Jorge Junqueira. Sua criação, situada na Fazenda Boa Esperança, em Santa Vitória, Minas Gerais, apresenta cerca de 15 animais ao ano, frutos de cruzamentos de éguas jogadoras com garanhões PSI e Polo Argentino. “Com Luiz Fernando Ottoni, recentemente investi em Don Rico, um garanhão Polo Argentino. Também tenho duas éguas, Novela e Osaka, em cujo potencial acredito muito”. Enquanto o mercado interno começa a esquentar, há quem já planeje lançar seus animais internacionalmente. De olho no mercado externo, José Eduardo M. Kalil pretende vender seus cavalos lá fora a partir de 2011. “A moeda para um jogador conseguir bons contratos é ter bons cavalos, então o Rodrigo Andrade vai desempenhar um papel importante na futura venda de cavalos no exterior. E eu tenho duas moedas, o Rodrigo e a tropa”, afirma. 110

Com o objetivo de prestigiar criadores, tratadores e todos os que elevam a qualidade da cria no país, o Julgamento de Animais de Polo é realizado anualmente no Helvetia sob a supervisão de Ronnie Scott. Este ano, devido ao aumento da criação nacional, cerca de 70 animais foram inscritos, provenientes de jogadores e criadores de Uruguaiana, Rio de Janeiro, Helvetia, Franca, Orlândia, Colina e São Paulo (capital). Os animais foram avaliados pelos juizes Ubajara Alves Andrade Filho, Luiz Olmedo e Flávio de Abreu Castilho, em três categorias principais: Cria Nacional, Puro Sangue Inglês e Livre. Depois de passar pelo julgamento morfológico, os classificados passaram para a prova funcional, na qual eram apresentados montados. A grande campeã do julgamento foi a égua Itapitocai Matera, de propriedade do Maragata. “Para se ter ideia de quanto o julgamento é levado a sério pelos criadores, a égua Tarsila, vencedora da categoria em jogo (tipo médio), havia vencido no cabresto em 2007 e domada em 2008”, afirma Ronnie Scott. Grande campeão do julgamento: Itapitocai Matera (Maragata) Melhor cavaleiro: Gustavo Rocha

CATEGORIA CRIA NACIONAL Reprodutor: Toque Mágico Cabresto: Riacho (Fazenda Capuava) Domada: Itapitocai Matera (Maragata) Em jogo Tipo leve: Lokie (Flamboyant) Tipo médio: Tarsila (Villa Hana) Tipo pesado: Zangão (Sucuriú) Campeã Cria Nacional: Itapitocai Matera (Maragata)

CATEGORIA PSI – Puro Sangue Inglês Domada: Spacey (Tigres) Em jogo Tipo médio: Olho de Gato (Vila Fal) Tipo pesado: Keland (Sta. Edwirges) Campeão PSI: Olho de Gato (Vila Fal)

CATEGORIA LIVRE Domada: Sinona (Gilberto Toledo) Em jogo Tipo leve: Bem-Me-Quer (Tropmaier) Tipo médio: Bem Venida (Sta. Edwirges) Campeã Categoria Livre: Bem Venida (Sta. Edwirges)


Plantando futuro, colhendo qualidade.

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w w w. f l o r e s t e c a . c o m . b r 111


Haras

Estilo dos Hamptons, astral do Helvetia Com arquitetura inspirada nas casas de veraneio dos Hamptons, é na Villa Hana que Vera Diniz curte arte e cavalos de polo, suas duas paixões

A casa é uma delícia. Mesmo em um dia bastante quente, bate um ventinho gostoso que, graças ao estilo da construção, faz lembrar até a brisa suave dos Hamptons, badalado balneário cujas deslumbrantes casas de veraneio serviram de inspiração para a morada de fim de semana de Vera Diniz. Situada na Estrada do Fogueteiro, pertinho do Helvetia Polo Country Club, a Villa Hana tem projeto de Marcos Tomanik. Por trás de sua imponente fachada está um refúgio aconchegante e ao mesmo tempo sofisticado, que permite relaxar e receber amigos para almoços descontraídos em um cenário deliciosamente cercado pela natureza. Apesar da referência ao balneário nova-iorquino, a propriedade tem o astral do Helvetia. Isso porque a casa, abraçada pela natureza, tem a partir da piscina vista para o campo de polo, frequentemente usado para treinos, taqueio e jogos. A influência do esporte que há décadas é paixão entre os membros da família Diniz não para por aí. Além de ser amante das artes plásticas, Vera também extravasa na Villa Hana sua paixão por cavalos de polo. Com um gosto estético apurado, ela aprecia as coisas belas da vida e enxerga no animal o porte elegante, as formas perfeitas e o caráter batalhador. 112


Marcelo Spatafora

A casa é uma delícia e mesmo em dias quentes, bate um ventinho gostoso que faz lembrar até a brisa suave dos Hamptons

O haras Villa Hana possui uma pista de areia e um complexo de 14 cocheiras, incluindo uma instalação para atendimento veterinário. São 14 piquetes com grama Coast Cross e Tifton 113


Marcelo Spatafora Tábata Schleder

Tábata Schleder

Villa Hana tem o astral do Helvetia. Isso porque a casa, abraçada pela natureza, tem a partir da piscina vista para o campo de polo, frequentemente usado para treinos, taqueio e jogos

Noviça, filha de Jerusa de origem da Fazenda Capuava

A égua Georgia jogou com Gonçalo Matarazzo, muito rápida e boa de boca

Daí sua Villa Hana ser toda equipada para abrigar os animais de sua criação que, apesar de recente, já mostrou a qualidade de seus exemplares em torneios de alto handicap. A propriedade possui uma pista de areia e um complexo de 14 cocheiras, incluindo uma instalação para atendimento veterinário. Há também 14 piquetes forrados com grama Coast Cross e Tifton, perfeitos para o treinamento dos animais criados no haras, e uma nova área está sendo preparada para a formação de novos piquetes. Anualmente nascem na Villa Hana de 8 a 10 animais, filhos do cruzamento de

reprodutores Puro Sangue Inglês (PSI) com tipo aprovado para polo com éguas ex-jogadoras com bom pedigree, isto é, que estão há várias gerações atuando no esporte. Apesar de recente, a criação do haras tem lugar de destaque entre os criadores nacionais por estar baseada em éguas jogadoras de reconhecidas linhagens, inclusive internacionalmente. Isso porque a primeira geração de potros, nascidos a partir do ano 2000, se originou a partir da tropa de Alcides e Arnaldo Diniz, que nos anos 70 e 80 muito contribuíram para o aprimoramento da cria

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Tábata Schleder Tábata Schleder

Marcelo Spatafora

Campeã da exposição do Helvetia,Tarsila, irmã de Natasha, joga atualmente com André Diniz

Marilia é reputada como a melhor égua do haras, matriz dos destaques da Villa Hana

Égua de boa índole e boa boca, Noemia é muito dócil e tem grande velocidade

nacional com a importação, da Argentina, de éguas jogadoras de Abertos. Naquele período, dizia-se que Alcides tinha a melhor tropa do mundo, e são herança dos irmãos Diniz as éguas Ella, Brigitte, Emília, Passalacqua, Oba-Oba, Libra, Jerusa, Gretchen e Ilíada. A mais importante, que com diferentes garanhões deu origem a vários filhos bons, é Marília. Com Choctaw Ridge, Marília gerou Natasha, eleita melhor égua do Aberto do Estado de São Paulo. Com Poutioner, deu Frida, que está em doma, e Tarsila, que no Julgamento de Animais de Polo realizado no Helvetia ganhou,

ao longo de três anos consecutivos, os prêmios “No Cabresto”, “Domada” e “Jogadora”. Nascidas no haras, Meia Noite, Maria e Frida se encontram em treinamento, enquanto Geórgia, Noviça, Noêmia, La Fontaine, Lago Azul e Chagall, todos descendentes dos melhores exemplares dos Diniz, já estão em jogo, com polistas de 4 e de 7 gols de handicap. Afinal, a beleza e o porte atlético dos animais têm que ser contemplados em campo, lugar ideal para que apresentem todo o esplendor. 115


Paisagismo

Jardins Helvetianos Roberto Riscala semeou projetos paisagísticos no Helvetia e transformou meros gramados em verdadeiros edens particulares. Aqui, vale plantar de tudo para colher beleza e sonho

Um cenário inspirador que traga conforto, beleza e sensação de bem estar. Assim são os projetos assinados por Roberto Riscala, arquiteto de exteriores responsável pelo paisagismo de algumas das mais charmosas propriedades do Helvetia. Apaixonado pelo clássico e profundo conhecedor de botânica, seu estilo atemporal reflete-se em seus jardins, pensados e realizados para durar por gerações e mais gerações. Não por acaso a autenticidade de sua estética seduziu as famílias do polo, que buscam para suas moradas de fim de semana a combinação de requinte, aconchego e discrição. Seja no jardim de Bianca e Afrânio Affonso Ferreira ou no de Gisela e Zeca Rudge, o segredo de Riscala está no projeto. Nas criações do paisagista, a combinação de flores, árvores e arbustos ganha status de arte por meio de jogos de texturas, cores, contrastes e volumes. A ideia, afinal, é despertar sensações e tornar o contato com a natureza ainda mais agradável. Também são destaque fontes, gazebos, lagos e estufas, elementos que além de embelezar a paisagem proporcionam a convivência em família. São cantinhos perfeitos para aqueles que não abrem mão de curtir o quintal em um dia de sol. Assim, uma trilha de pedrinhas, por exemplo, pode conduzir a um pergolado cercado de verde, que surge como uma área para 116


Canteiro de arbustos e forraçþes onde se destacam os jogos de textura e as cores da salvia vermelha

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as refeições ao ar livre. Já as espreguiçadeiras, bancos e redes estrategicamente instalados sob a sombra de árvores centenárias são ideais para relaxar ou colocar a leitura em dia, em deliciosos e necessários momentos de absoluta contemplação. O primeiro passo de qualquer projeto é conhecer os gostos e costumes dos moradores. Com esta informação em mãos é que Riscala detecta necessidades e, então, desenvolve um jardim que seja capaz de traduzir um modo de vida. Para ele, árvores, folhagens e canteiros, com o frescor de suas diversas tonalidades de verde, devem necessariamente interagir com o todo, destacando a arquitetura das construções. “Paisagismo é como a moldura de um quadro, que complementa o todo”, afirma. No Helvetia, onde é autor de diversos projetos, cada jardim tem um estilo diferente, que reflete fielmente o jeito de ser de cada família. O da Riccy Souza Aranha é clássico, com espécies como fícus, pinheiros e buchinhos rodeando toda a casa. O clima de vila italiana fica por conta dos pátios circulares e da varanda, ricamente ornados com primaveras, orquídeas e azaleias. Destaque para as enormes árvores centenárias, preservadas no projeto para manter a temperatura sempre agradável nas tardes quentes de verão, quando os polistas da família festejam as vitórias em charmosos garden parties. Já o jardim do Maragata teve como fonte de inspiração as paisagens gaúchas. Com terreno aplainado e canteiros adornados com vegetação da região, mescla bom gosto e despojamento na medida das típicas das estâncias do Sul do país, fazendo uma referência direta aos pampas de Uruguaiana, terra natal de Cabeto Bastos. Vale também encher os canteiros com árvores frutíferas, hortaliças e temperos, que além de fornecer um perfume sedutor ainda mantêm os pássaros sempre por perto. Na propriedade de Noelia e Jaime Pinheiro, o paisagismo foi totalmente concebido para destacar a construção arquitetônica inspirada nos palacetes franceses. Aqui, as alamedas repletas de grevilhas, ciprestes italianos, hortênsias e azaleias não apenas interligam as edificações da propriedade, como ajudam a criar um imponente impacto visual. Repletos de tuias e gardênias, os caminhos traçados pelos paralelepípedos guardam surpresas a cada esquina. Não é raro o visitante se deparar ora com uma fonte em mármore de Carrara, ora com um lago envolto por kaizukas. Outra delicada surpresa é o pavilhão japonês, com direito a ponte e muitas carpas, bem ao modo oriental. A trilha até o campo de polo, onde um toldo fixo abriga os expectadores nos dias de jogo, é sempre um passeio gostoso de fazer. Em meio a tanto verde, o jardim simétrico se completa com um belo espelho d’água, que transmite uma suave sensação de tranquilidade. Verdadeiro paraíso para os amantes da natureza, o jardim foi ganhando forma e esplendor ao longo dos anos, no dia a dia, graças à paciência de quem valoriza as coisas feitas para durar e sabiamente aguarda o tempo necessário para, de camarote, assistir a um carvalho se desenvolver. Como já dizia o poeta, o segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você. 118


Canteiro florido emoldurando a entrada da propriedade, numa mistura de plantas tropicais e europĂŠias

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Dossier

Helvetia Polo Country Club Com um passado ligado a entusiastas movidos a tacadas, o Helvetia é o reduto dos jogadores do país, com campeonatos de nível mundial

Quando Giorgio Moroni fundou com um grupo

de polistas o Helvetia Polo Country Club, não podia imaginar que este se tornaria o principal centro de prática do esporte no país. Referência no Brasil pelo polo de nível mundial praticado em seus campos, é no Helvetia que os times se reúnem para disputar os mais competitivos torneios do calendário nacional, como o Campeonato Brasileiro de Polo, o Aberto do Estado de São Paulo e o Aberto do Helvetia. Em nossos campos, o polo é fundamentalmente amador e familiar. Praticado por algumas famílias tradicionais, é passado de pai para filho e possui um número ainda pequeno de profissionais. Mesmo com estas características, conta com jogadores amadores de qualidade elevada, que frequentemente fazem bonito em canchas internacionais. Das vitórias nos Campeonatos Mundiais da FIP – St. Moritz, Melbourne e Chantilly – passando por conquistas individuais de profissionais que, concorrendo com os argentinos se aventuram pela Europa em busca de um lugar ao sol, tudo isso foi possível em função da existência de um clube que assegurou condições para a prática do esporte. Somado ao talento de cada um de nossos atletas, foi graças ao fomento proporcionado pelo Helvetia que se pode atribuir a melhoria do nível técnico de nossos jogadores e,

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consequentemente, os excelentes resultados por eles conquistados no exterior.

Do abacaxi para o polo

A história do Helvetia está ligada a um grupo de entusiastas movidos a tacadas. Sua origem remonta à década de 70, período em que o polo conquistava um número cada vez maior de adeptos em São Paulo e os dois campos da Hípica Paulista tornavam-se insuficientes para suprir a necessidade dos novos jogadores. Era hora de expandir para crescer e, enxergando esta demanda, Giorgio Moroni idealizou um empreendimento fora de São Paulo com campos onde pudesse reunir os amigos. Imigrante italiano com passagens pela Argentina e Uruguai, Giorgio comandava no Brasil uma indústria de aço e era fanático por esportes. Seu interesse ia das corridas automobilísticas aos esportes náuticos, mas o foco de suas atenções mudou quando PG Meirelles o apresentou ao polo, modalidade que de cara o fascinou. Empreendedor, Giorgio saiu em busca de uma área onde pudesse desenvolver um loteamento com campos de polo. E em Indaiatuba, cidade situada a uma hora da capital paulista, encontrou a propriedade ideal na área onde suíços cultivavam uma plantação de abacaxi. Vem daí a origem do nome Helvetia.


Giorgio Moroni estoura o primeiro champagne no Helvetia em maio de 1975

Vista aérea do clube na época da inauguração 121


Inauguração do campo com a benção do bispo de Campinas

Garden party organizado por Andréa Moroni na festa inaugural

A platéia na arquibancada e no lounge na final do Brasileiro 2009 no campo 1

Apesar da resistência de alguns, para quem a criação de um novo centro esportivo enfraqueceria o polo em São Paulo, a iniciativa logo ganhou mais e mais entusiastas. Com a adesão de nomes como os irmãos Souza Aranha, a família Diniz, Decito Novaes, Carlos Baptistella, Ronnie Scott, José Carlos Kalil e os Mansur, o negócio prosperou e se desenvolveu. José Luiz Herreros, seduzido pelo clima agradável e pelo baixo índice pluviométrico propício para a prática do polo, foi o primeiro a estabelecer uma casa no condomínio. Sua iniciativa foi seguida por outras famílias que, extrapolando os limites dos dois loteamentos, construiriam na redondeza maravilhosos haras com campos de polo privados. Hoje, a exemplo de Pilar, na Argentina, a região abriga mais de 30 campos, entre particulares e do clube. O garden party de inauguração foi organizado por Andrea Moroni, e reuniu 600 convidados no dia 15 de maio de 1975, aniversário de seu marido Giorgio. Andrea era dona de uma loja de decoração na sofisticada Oscar Freire, sendo uma das mulheres 122

mais elegantes da época, figura preferida de Tavares de Miranda, colunista social de então. Frequentadora das rodas mais exclusivas, ajudou a tornar a cena social do polo mais divertida na medida em que atraía para o Helvetia a alta sociedade paulistana. Ainda nos anos 70 surgiu a Copa Vogue, torneio mais importante do período. Foi também nesta época que times como Toca, de Alcides Diniz, Rio Pardo, de Ricardo Mansur, Casa Verde, dos irmãos Souza Aranha, e Santo Amaro, de José Carlos Kalil, elevaram o nível da disputa ao trazer craques argentinos para jogar em nossos campos, e a importar cavalos que abasteceriam nossa tropa.

E nasce o Village

Ao longo das décadas de 80 e 90, o polo brasileiro ganhou destaque na cena mundial. Com campos, cavalos e estrutura de alto nível para treinar, filhos e netos dos fundadores do Helvetia tiveram a oportunidade de aprimorar a qualidade técnica do nosso jogo e,


Com a palavra, o presidente

Pedro e Camila Bordon Torcida elegante em final de torneio nos anos 70

A entrada do Village

Os fãs do pólo em jogo do Brasileiro 2009 no Village

como resultado, conquistaram importantes vitórias em campeonatos no exterior, trazendo ao Brasil reconhecimento internacional. Para manter o grau de desenvolvimento e dar novo impulso ao esporte, em 2006 foi inaugurado o Helvetia Village. Extensão do Helvetia Polo, a área conta com oito novos campos, além de loteamento e de Vila Hípica com mais de 60 conjuntos de cocheiras. Forrados com Tifton 419, grama menos escorregadia e de melhor recuperação, os novos campos agora equiparam o Brasil com o que há de mais moderno no exterior. Além disso, a qualidade do piso somada à quantidade de campos dá ao clube a estrutura necessária para receber eventos de porte mundial. Com a nova área, que já está em pleno funcionamento, sediando treinos e campeonatos, o esporte ganha condições ainda mais propícias para continuar crescendo e se desenvolvendo no país. Um legado que, assim como o Helvetia, trará resultados para o polo das futuras gerações.

Há dois anos à frente do Helvetia Polo Country Club, Pedro Bordon faz um balanço da temporada e fala sobre os principais desafios e conquistas de sua gestão Promover o maior número possível de torneios numa única temporada, aprimorar a qualidade dos campos de polo e abrir as portas do Helvetia para os jogadores iniciantes foram alguns dos objetivos de Pedro Bordon e de sua diretoria ao longo dos dois últimos anos. Tudo isso, claro, respeitando as características do polo brasileiro, predominantemente familiar e amador. Para prestigiar e incentivar os iniciantes, na atual gestão foi criada a categoria “Sócio-Taqueador” e foram mantidos no calendário os torneios de até 2 gols de handicap. “Hoje o Helvetia é aberto para quem quiser jogar, seja sócio ou não. Temos taxas acessíveis para a disputa de torneios e participação em treinos”, afirma o presidente do maior clube de polo do Brasil. O recorde de 21 torneios jogados durante o biênio 2008-2009 mostra que não faltaram competições para todas as categorias. “Reeditamos a Copa Vogue, trouxemos de volta para o Helvetia o Campeonato Brasileiro e dobramos o número de torneios de alto handicap”, explica. Mais do que realizar os campeonatos estabelecidos no calendário, a atual gestão também instituiu o prêmio de melhor jogador, dado ao destaque dos principais torneios, e promoveu as finais nos fins de semana, integrando os sócios ao ambiente do clube. “A ideia é que os sócios e praticantes aproveitem o famoso sétimo tempo na sede para conversar e debater mais sobre os jogos”. Quando o assunto é a infraestrutura do clube, Pedro e sua diretoria dirigiram investimentos aos campos para nivelá-los ao padrão dos melhores da Argentina. “Investimos na manutenção dos campos do Village e convertemos a grama do campo 2 para tifton, apesar das restrições de orçamento”. Segundo ele, nossos campos estão prontos para sediar os mais importantes torneios de polo, inclusive os de alcance mundial. “Para os próximos anos, nosso desafio é melhorar ainda mais a qualidade dos pisos e construir a sede do Village e a Vila Hípica, onde teremos mais de 100 cocheiras para abrigar animais de sócios e convidados”. Outro foco da gestão foi a busca por parcerias com marcas de peso. Para o presidente do Helvetia, o polo tem potencial para ser um canal de divulgação por atingir um nicho de mercado exigente e formador de opinião. “É extremamente importante trazermos para o polo fortes patrocinadores. Nosso objetivo sempre foi fortalecer parcerias, a exemplo do que tem sido realizado com a Mitsubishi e a Chandon”. Para a próxima gestão, caso seja eleito, Pedro pretende manter a mesma linha de planejamento: proporcionar aos sócios uma das melhores estruturas do mundo para a prática do polo e abrir o clube para aqueles que desejam começar a jogar. “Queremos trazer novos praticantes e, assim, aumentar não só o número de sócios, mas principalmente o número de polistas ativos”. 123


Memória

Tacadas de história Pertencente à linhagem de uma das famílias mais tradicionais do polo paulista, Didi Souza Aranha revela alguns momentos de seus 50 anos de polo

A coleção com dezenas de troféus não deixa dúvida de que muitas das histórias de Didi Souza Aranha se confundem com momentos marcantes do polo no Brasil. Integrante de uma das famílias mais tradicionais do esporte, o filho primogênito de Calu Souza Aranha, um dos precursores do polo paulista, foi junto com Giorgio Moroni fundador do Helvetia e protagonista de jogos memoráveis com os irmãos Antônio Carlos, Mauro e Roberto. Do pai, cujo desejo era ter quatro filhos homens para formar um time de polo, Didi herdou a paixão pelo esporte, começando a praticá-lo aos nove anos de idade, na chácara da família no bairro da Casa Verde, em São Paulo. “Cada um de nós, três irmãos mais velhos, pois o Roberto era pequeno, tinha um cavalo e taqueamos muitos anos num potreiro na Casa Verde”, lembra. A entrada definitiva para o mundo do polo, no entanto, aconteceu no dia 3 de maio de 1959. “Foi a primeira partida que joguei, já handicapado com dois gols”, lembra Didi. “Mas só quando entrei na Engenharia da Politécnica em 1960, disputei minha primeira temporada, pois meu pai só nos deixava jogar depois de ingressar na faculdade”. Desta data em diante, Didi nunca mais abandonou os tacos, passando então a disputar torneios na Hípica Paulista, no Clube Hípico de Santo Amaro e no Clube de Campo de São Paulo. Em 1962, jogou o primeiro torneio fora da 124

capital, em Ribeirão Preto, com o Lau Junqueira, o PG e o Augusto Meirelles. “Ganhamos de todo mundo, foi show de bola. Havia uma rivalidade tremenda com Franca, para ganhar deles era muito difícil, a torcida era fanática, chegava a entrar no campo, e ficava torcendo dentro das tábuas”. Com este mesmo time, Didi embarcou em sua primeira viagem internacional de polo, indo jogar em Santiago, no Chile. “Foi interessante e vitoriosa esta oportunidade de jogar fora do país e, pela primeira vez, com cavalos emprestados que não conhecíamos”, comenta ele, que na época já estava com 4 gols. Com o handicap em ascensão, em 1964 Didi disputou, com Guity Bueno, Decito Novaes e PG Meirelles, a Copa Vargas, contra a Argentina, no campo 2 de Palermo.


Calu Souza Aranha, que sonhava ter quatro filhos para vê-los formar um time de polo, com Antonio Carlos, Didi, Mauro e o Roberto

Um carrossel chamado Casa Verde

A década de 70 presenciou o auge do polo dos irmãos Souza Aranha. Depois que Roberto, o mais novo, obteve do pai autorização para jogar, os quatro irmãos passaram a disputar torneios juntos. “O time jogava por música. Não tínhamos posições fixas, o time rodava”. O Gordo (Deto) era um back atacante, às vezes marcava mais gols que o Mauro, que era número 1 e o mais tranquilo do time. O Tonho (Antonio Carlos) tinha um beque de esquerda que era uma “paulada” fantástica. Trocávamos de posição o tempo todo, como num carrossel”. Com o Casa Verde, os quatro irmãos venceram o Aberto do Estado de São Paulo nos anos de 71, 73, 76 e 77, além de muitos

outros torneios sediados na Hípica e no recém-inaugurado Helvetia. Enfrentando os mais temidos times da época, como a Toca, de Alcides Diniz, Rio Pardo, de Ricardo Mansur, e Santo Amaro, de José Carlos Kalil. “O Zé Carlos era um número 1 fantástico, ligeiro toda vida, podia estar junto das tábuas, sem ângulo, ele metia dentro do gol. Era um jogador especial”. Em 1977, o Casa Verde, com 24 gols, enfrentou na Hípica Paulista a equipe Coronel Suarez, de 40 gols de handicap e maior campeã de todos os tempos de Palermo. “Apesar do handicap máximo, eles não encontraram a facilidade que imaginavam, de vir aqui e dar um passeio na gente. Perdemos de 12 a 7, sendo que no quarto tempo estávamos empatados. Foi um show com a Hípica lotada”. 125


José Carlos Kalil, PG Meirelles, Didi e José Luiz Herreros, campeões do Aberto do C.H. Santo Amaro em 1969

Os irmãos Mauro,Tonho, Didi e Roberto conquistaram o Aberto do Estado de S. Paulo com o Casa Verde em 1973

Jorge Khiel, Armando Klabin, Didi, Daniel Klabin e José Carlos Kalil durante Torneio Internacional do Rio de Janeiro, em 1972

Outro jogo memorável, este jogado no Helvetia no mesmo ano, foi contra outro time argentino, de 32 gols de handicap. “Jogamos de igual para igual, mas errei uma bola na porta do gol, no sétimo tempo, e perdemos por 10 a 9”, lembra. “O pior é que meu pai havia prometido um cavalo argentino para cada um dos filhos, caso ganhássemos o jogo”, conta ele, que desde 1973, passou a viajar com os irmãos para a Argentina para reformular a tropa. “Neste ano, fomos com o Rui Celidônio comprar cavalos com o Cacho Merlos. Mas a tropa do Casa Verde nunca foi igual à do Alcides nem do Kalil”. Em 1983, então com 6 gols de handicap, Didi e José Luiz Herreros disputaram o Mundialito em Buenos Aires, torneio integração em que os argentinos convidavam dois jogadores 126

brasileiros. “O time foi completado com o Angel Paz e o “Gordo” Moore, que foi o precursor do polo moderno, neste estilo de carregar a bola de “vassourinha”, que tem no Adolfo Cambiaso seu maior expoente”. Até então, poucos brasileiros haviam jogado e vencido no campo 1 de Palermo.

Descobridor dos sete mares

Rodar o mundo foi um dos maiores prazeres que o polo proporcionou a Didi. “Em 1970, fiz a primeira viagem para jogar polo na Europa, junto com o José Carlos Kalil e o José Luiz Herreros. Joguei em Bagatelle, com o Claude Terrail, que era dono do Tour d’Argent, um dos mais famosos restaurantes de Paris de todos os tempos. E também joguei um final de semana em Roma, contra o Conde Pasquini”.


Com Ronnie Scott e Lau Junqueira, Didi entrega a taça a PG Meirelles

Em 1970, Lau Junqueira, Sergio Aun, Didi e José Carlos Enout festejam a vitória em Santiago

Uniformizados, os netos Luiz Fernando, Luiz Eduardo e Luiz Felipe tomam gosto com o avô

Na companhia da esposa Gilda, torcedora número 1

Com Cabeto Bastos na inauguração do campo Ronaldo Xavier de Lima, no Rio

Em Jaipur com Paulo Fernando M. Ferraz, José Luiz Herreros e Luiz Hafers

Nos anos 80, quando começou a “pensar um pouco antes de fazer uma jogada perigosa”, o polo internacional passou a ser nova prioridade. Os convites se intensificaram, e Didi continuou suas andanças pelo mundo. Além das inúmeras viagens à Argentina, jogou em países como Inglaterra, Holanda, Estados Unidos, Uruguai, França, Itália, Chile, Zimbábue, África do Sul, México, Costa Rica, Guatemala, Peru e Índia. “Em Jodhpur passamos uma maravilhosa virada do milênio, jogando polo”. Sempre como amador, Didi com estes convites para jogar em todo mundo, estabeleceu um importante intercâmbio esportivo que abriu as portas para outros tantos polistas brasileiros. Hoje, com meio século de polo e dezenas de troféus para contar história, Didi não tem mais como meta disputar torneios. Mesmo

assim, a competitividade do passado ainda se faz presente toda vez que o polista entra em campo. Afinal, os treinos no Casa Verde são fortes, têm até placar e juiz. “Nosso time, quando formado pelos “velhos” (os Souza Aranha, Cardoso de Almeida e Coutinhos), se chama “Hasta cuando””, conta Didi, aos risos, sobre os rachas contra a terceira geração de polistas da família, representada pelo filho Calu e pelos quatro sobrinhos. “Hoje nenhum de nós (ele e os irmãos) pretende jogar como craque, mas ainda fazemos jogadas inteligentes, num jogo mais de conjunto”. Nos finais de semana na Casa Verde, ele ataca de avô coruja e ensina as crianças da família a montar. “Tenho quatro netos que podem ser jogadores no futuro, tudo é possível, vamos dar tempo ao tempo”, afirma ele, com aquela pontinha de esperança que todo polista tem de, como uma herança, ver sua paixão transmitida. 127


Centro hípico

Helvetia Riding Center A partir do sonho de criar um centro de equoterapia voltado para o tratamento de pessoas com necessidades especiais, nasceu o Helvetia Riding Center, centro de treinamento cujas modernas instalações estão aptas para sediar eventos de diversas modalidades hípicas

é industrial e aficionado por hipismo. Decidiu montar o Helvetia Riding Center em uma área de 55 mil metros quadrados no Km 49 da Rodovia Santos Dumont, no município de Indaiatuba, a partir da criação de um Centro de Equoterapia. “O HRC surgiu com a ideia da criação de um Centro de Equoterapia para tratamento de pessoas com necessidades especiais, inclusive com pista de treinamento paraolímpica”, explica o empresário. “Mas o Centro foi se desenvolvendo, e como eu tinha esta grande área, resolvi montar um centro hípico, inicialmente para meu uso pessoal. Neste meio tempo conheci o Guilherme Jorge e o Duto, que passaram a trabalhar comigo no desenvolvimento do HRC”. O resultado é um centro hípico funcional e moderno, que tem como objetivo o treinamento e estabulagem de cavalos e a realização de eventos de diversas modalidades hípicas, como salto, adestramento, equitação paraolímpica, volteio e rédeas. “É um centro hípico compacto, que prima pelo charme e pela funcionalidade”. Suas instalações estão preparadas para a realização de competições esportivas e também de eventos sociais e corporativos, como clínicas de salto, leilões, exposições de animais, festas e lançamentos de produtos.

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Marcelo Spatafora

Milton Jorge Minello


O treinador e instrutor Duto, salta com SS Fantรกstica na pista do Helvetia Riding Center

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Marcelo Spatafora

O HRC está inteiramente apto a realizar eventos de porte internacional

Milton Minello, entusiasta e incentivador do hipismo

São três pistas de grama, duas de dez mil e outra de cinco mil m2, irrigadas eletronicamente com modernas técnicas de drenagem

Com infraestrutura completa, o HRC dispõe de um picadeiro coberto para provas indoor com as dimensões oficiais da FEI (Federação Equestre Internacional), com camarotes para 100 pessoas e arquibancadas com capacidade para 400 pessoas. Além disso, há três pistas de grama, duas de dez mil e outra de cinco mil metros quadrados, totalmente irrigadas eletronicamente com modernas técnicas de drenagem. Os cavaleiros contam ainda com uma pista de areia de 100 por 50 metros, além de pistas de distensão e desembarcadouros de cavalos. O projeto é de Antonio David Vicente Jr. e o paisagismo é de Roberto Riscala. Como os cavalos são os astros, as instalações para eles são de primeira linha. Os confortáveis estábulos têm revestimento termoacústico e dispõem de bebedouros e comedouros em aço inoxidável, material 130

nobre, higiênico e de fácil limpeza. O corredor dos estábulos é totalmente emborrachado nas cores bege e vermelho para maior conforto e proteção dos animais. O centro hípico tem duchas e secadores para banho dos cavalos, esteira com estágios para passo e galope e rodador simultâneo para seis animais. A cem metros do empreendimento existe um hospital veterinário específico no atendimento a cavalos com mesa cirúrgica. “Em breve teremos uma esteira de acqua-trainning, onde os cavalos se exercitam na água, durante quinze minutos por dia”, afirma Minello. A sede do empreendimento está equipada com onze suítes com serviço cinco estrelas, restaurantes, cozinha gourmet, lounge, serviço completo de internet, som, projetor, telão e sala independente para receber clientes. A segurança é feita por uma empresa especializada em monitoramento 24 horas por dia.


Picadeiro coberto para competições esportivas e eventos sociais e corporativos, clínicas de salto, leilões, exposições de animais, festas e lançamentos de produtos

As instalações dispõem de confortáveis estábulos com revestimento termoacústico

A equipe HRC: Duto, Milton Jorge Minello, Antonio David Vicente Jr e Guilherme Jorge

A equipe do centro hípico é formada por Ismar Augusto Ribeiro Neto (Duto), treinador de cavalos e instrutor; Guilherme Jorge, organizador de eventos e um dos três únicos “course designers” da América Latina credenciados pela FEI para armar percursos em uma Olimpíada; e Leopoldo Palácios, que é o atual consultor técnico para assuntos equestres do Comitê Organizador das Olimpíadas de Londres. Na opinião de Luiz Roberto Giugni, presidente da CBH – Confederação Brasileira de Hipismo, “o Helvetia Riding Center é um projeto muito bem idealizado e executado, e pretendemos já no próximo ano realizar alguns concursos em suas pistas.” Segundo Minello, o HRC está inteiramente apto a realizar eventos de porte internacional. “Já fechamos uma parceria com a empresa AD-Staltops, de Athina Onassis e Doda Miranda em

sociedade com Jan Tops, medalhista olímpico pela Holanda e idealizador do Global Champions Tour, e que hoje é um dos maiores comerciantes de cavalos de hipismo de qualidade no mundo”, afirma. A partir do início do próximo ano, eles enviarão cavalos da Europa para ficarem alojados e treinarem no HRC. Vale lembrar que o centro hípico dispõe de uma área de apoio aos eventos, com desembarcadouros funcionais e estrutura para receber cavalos e tratadores com funcionalidade e conforto. Não por acaso, visitantes como Nando Miranda, irmão de Doda e representante da AD-Staltops no Brasil, acreditam que em um futuro próximo o novo centro hípico naturalmente passará a receber eventos do porte de um CSI 5* (Concurso de Salto Internacional 5 estrelas da FEI). 131


Federação Paulista de Polo

Que a força esteja com o Polo Fundada em 1963, a entidade que regula o polo no Estado de São Paulo reúne hoje seis clubes e cerca de 320 jogadores ativos

Na FPP em 1978, Lau Junqueira, Sylvio de Andrade Coutinho Filho, Ronnie Scott, Didi Souza Aranha, Sylvio Junqueira Novaes e Antonio Alonzo Moreno

Reunir todas as associações desportivas do

Estado de São Paulo que cultivam o polo, assim como organizar e intensificar a prática do esporte junto aos clubes federados são atribuições da Federação Paulista de Polo (FPP). Fundada em 1963, a entidade tem como uma de suas principais funções a de estipular anualmente o handicap dos cerca de 320 jogadores ativos dos seis clubes atualmente federados – a Sociedade Hípica de Orlândia, o Mata Chica Polo Clube, o Franca Polo Clube, o Clube Hípico de Colina, a Sociedade Hípica Paulista e o Helvetia Polo Country Club. “A lista de handicap é uma atribuição da Federação que, através da sua comissão técnica, avalia durante a temporada todos os jogadores”, explica o presidente da FPP, João Gaspar Martins Bastos. “No final do ano a comissão se reúne para discutir e fazer as alterações necessárias, mantendo, subindo ou descendo o handicap dos jogadores”, completa. Com o objetivo de aperfeiçoar o nível técnico dos torneios, que nos últimos anos vêm apresentando considerável ascensão em função da melhora da qualidade dos campos e dos jogadores, a FPP está desenvolvendo novas normas a serem cumpridas por árbitros e polistas. “Junto com a Confederação Brasileira de Polo (CBP) estou atualizando nosso regulamento de jogo e criando algumas novas regras que visam aprimorar nosso profissionalismo na arbitragem e melhorar o conhecimento técnico dos nossos jogadores”, afirma João Gaspar. A origem da Federação Paulista de Polo remonta ao ano de 1962, quando uma comissão liderada por Ronnie Scott iniciou

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um movimento para desvincular o polo da Federação Paulista de Hipismo (FPH), que então regulava os esportes equestres em geral, do salto ao adestramento. “Buscávamos autonomia para que o polo continuasse se desenvolvendo”, lembra Ronnie Scott, que em 28 de novembro de 1963, data da fundação, foi eleito primeiro presidente da entidade. Integraram a primeira diretoria da FPP Luiz Clovis Habeyche, Sylvio de Andrade Coutinho Filho, Ruy Celidônio Filho, Joaquim Egydio Souza Aranha, Felix Daud, Augusto Freire Meirelles, Fernando Dhelome, Décio Assumpção Novaes, Octaviano de Souza Bueno Filho e Eduardo Canê. Nos anos 70, período áureo do polo brasileiro, a Federação promoveu torneios e trouxe juizes argentinos para apitá-los. Tais iniciativas, somadas ao crescente intercâmbio dos brasileiros com a Argentina, ajudaram a proporcionar o salto quantitativo da modalidade. A evolução está registrada em documento datado de 1978, que por ocasião da disputa do Aberto do Estado de São Paulo também prestou homenagem aos ex-presidentes da entidade. O documento atesta que, no intervalo de quinze anos que se seguiu à fundação da FPP, o número de campos saltou de 4 para 40, o de jogadores subiu de 24 para 240, e o de cavalos, de 100 para 1000. Além disso, a criação da FPP serviu de incentivo a Estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul que, inspirados pela iniciativa paulista, organizaram-se em torno do estabelecimento de suas próprias federações.


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Sétimo Tempo

Uma temporada inesquecível

Reencontro de galãs: PG Meirelles e Rico Mansur

SJP/Audi, campeão do Brasileiro 18 gols de 2009

Rodrigo e Ana Luiza Pinheiro com as filhas Stella e Helena

Invernada, campeão na Copa de Prata 6 gols

Prata/Audi, vice campeão da Copa de Prata 14 gols

Villa Real/Zoff, campeão da Copa de Prata 14 gols

Lalizinha Mansur e Cadu Camargo

Itanhangá, campeão do Brasileiro 2 gols

Bernardo e Rosa Klabin

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Gonçalo e Tatá Matarazzo

Luiz Felipe D’Avila e Ana Diniz D’Avila

Sylvio e Victoria Coutinho, Roberto e Tathiana Souza Aranha com Detinho

Afranio e Bianca Affonso Ferreira com o filho Antonio

Os irmãos José Henrique e José Guilherme Matarazzo Kalil

Delalba com o neto e Fernando Pelosini

Adriana, Robertinho e Roberto Villa Real

Arena Pólo, vice-campeão da Copa de Prata 6 gols

Bela Vista, vice campeão da Copa do Estado de S.P., 6 gols

Água Fria, campeão da Copa do Estado de S.P., 6 gols

Guabi, campeão da Copa do Estado de S.P., 14 gols

Tigres e Datagro, campeão e vice do Brasileiro Aberto 6 gols

Rodrigo Andrade e Daniela

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Dawis Villar

Sétimo Tempo

Arquibancada do São José em tarde de polo

Ubajara Andrade Jr com as filhas Mariana e Maria Laura

Gil e Andrea Sabie com Maria Antonia

Didi Souza Aranha

Ronnie Scott, Pedro Bordon e Luiz Paulo M. Bastos

Sr. e Sra. Sergio Delhomme

Maria Antonia faz graça...

Aluisio Villela e Luiz Carlos F. de Mello

O jipe Itanhangá

e Daniela também...

Fabiano Carvalho e Kaká Ravagnani

Rô, Beto, Dudu e Maria Helena Junqueira

Dawis Villar

Dete Pelosini, Denise Junqueira e Mireja Bastos

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Dawis Villar

Sétimo Tempo

José Ademar e Daniela Sarahyba Klabin

Miguel Sábio de Mello

Sergio Aun

Polo espresso

The Car of the Year

Lolô Junqueira e Rosa Camargo

José Carlinhos M. Kalil

O juiz Guilherme Ribeiro

Dawis Villar

Victoria com a filha Catarina, Lucia e Alice Coutinho, e José Eduardo Souza Aranha

André dos Santos Diniz 138


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Scott Junior Cup

Escola de craques No torneio promovido por Ronnie Scott, garotos de 10 a 14 anos mostram desenvoltura com tacos e cavalos e provam que serão os craques de amanhã

Disputa na Junior Cup entre Helvetia e Orlandia e a premiação com Ronnie e Eunice Scott com o neto André, Dudu Diniz Junqueira e a equipe Orlandia

Idade não é documento para a nova geração

de polistas do Helvetia. Filhos, netos ou sobrinhos de jogadores de polo, doze garotos disputaram a Scott Junior Cup, torneio idealizado por Ronnie Scott que visa promover o polo entre os pequenos. Disputado no Helvetia desde sua primeira edição, durante a Copa Vogue de 1979, há exatos 30 anos, o torneio de garotos de 10 a 14 anos reúne anualmente as gerações que vão dar o que falar no futuro. “O interessante é que os jogadores atuais são filhos de exparticipantes do torneio, como Jorge Diniz Junqueira, José Eduardo e José Carlos M. Kalil, Renato Pimenta e José Carlos Meirelles”, afirma o organizador Ronnie Scott. Este ano foram formadas três equipes, com a participação de jogadores de São Joaquim da Barra, Uruguaiana, Franca, Orlândia, Itu e Helvetia. 140

Enquanto Carlos Eduardo Zacharias, Alexandre Samello, Eduardo T. Menezes de Almeida e José Eduardo M. Kalil defenderam as cores da equipe HPCC, pela equipe Orlândia jogaram Oswaldo Mendonça, Jorge Diniz Junqueira Filho, Gustavo Junqueira P. e Eduardo Diniz Junqueira. Já pela equipe Fazenda Conceição jogaram Marcelo Mendonça Camargo, Luiz Felipe Mainardi, Pedro Kalil, José Carlos Meirelles Filho e Eduardo Parisi. Todos os jovens polistas também passaram pelo Concurso de Arreamento Eunice de Toledo Scott, que inclui a colocação de sela, o aperto da barrigueira e dos estribos, entre outras práticas da montaria. “São técnicas básicas que todo polista tem que saber fazer”, explica Ronnie Scott. Empatados em primeiro lugar ficaram Carlos Eduardo Zacharias, José Eduardo M. Kalil, Luiz Felipe Mainardi, Eduardo Parisi e Eduardo T. Menezes de Almeida.


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Placar

Resultados dos torneios 2009 Alto handicap COPA GIORGIO MORONI 14 a 18 gols 11/04/09 Vila Fal 08 x 10 Invernada Agudo 13 x 11 Sucuriu Itaipava 10 x 14 Tigres 12/04/09 Abacateiro 08 x 09 Tigres Maragata 11 x 08 Agudo Budha Bar 12 x 08 Sucuriu Itanhangá 10 x 14 Invernada 16/04/09 Maragata 14 x 13 Budha Bar 18/04/09 Abacateiro 14 x 11 Itaipava Budha Bar 13 x 11 Agudo Vila Fal 12 x 10 Itanhangá Maragata 09 x 08 Sucuriu 19/04/09 Invernada 10 x 11 Abacateiro Tigres 11 x 12 Maragata 25/04/09 Maragata 08 x 11 Abacateiro

CAMPEONATO ABERTO DO HELVETIA 22 gols 26/04/09 Tigres 09 x 07 Invernada 01/05/09 Villa Real 10 x 06 Zoff Club São José 09 x 07 Maragata Invernada 11 x 12 Itanhangá 02/05/09 Maragata 12 x 11 Zoff Club

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03/05/09 São José 12 x 06 Villa Real Tigres 08 x 09 Itanhangá 06/05/09 São José 11 x 06 Zoff Club Maragata 09 x 10 Villa Real 09/05/09 Itanhangá 08 x 07 Villa Real São José 16 x 11 Tigres

14/06/09 Invernada 14 x 14 Zoff Club Itanhangá 09 x 12 Villa Real 27/06/09 Invernada x Villa Real (Este jogo foi interrompido no 6º tempo por motivo de chuva, e o título foi dividido entre as equipes)

17/05/09 São José 13 x 12 Itanhangá

CAMPEONATO BRASILEIRO / MITSUBISHI 18 gols

79º ABERTO DO ESTADO DE SÃO PAULO 25 gols

08/08/09 Villa D 07 x 10 São José Zoff Club 07 x 09 Itaipava Invernada 12 x 06 Vila Fal

17/05/09 Itaipava 11 x 12 Maragata 21/05/09 São José 12 x 11 Itanhangá 23/05/09 Itaipava 12 x 09 São José 28/05/09 São José 10 x 10 Maragata

09/08/09 Abacateiro 10 x 14 Invernada Itanhangá 07 x 10 São José Maragata 13 x 09 Itaipava 15/08/09 Maragata 11 x 05 Zoff Club Abacateiro 06 x 11 Vila Fal Villa D 14 x 10 Itanhangá

30/05/09 - FINAL Itaipava 10 x 12 Maragata

16/08/09 Maragata 08 x 09 São José Invernada 08 x 06 Villa D

COPA VOGUE 22 gols

29/08/09 São José 09 x 08 Invernada

06/06/09 Invernada 10 x 09 Villa Real Itaipava 05 x 09 Itanhangá 07/06/09 Villa Real 13 x 11 Tigres/Abacateiro Itaipava 13 x 12 Zoff Club 13/06/09 Itanhangá 12 x 14 Zoff Club Invernada 13 x 10 Tigres/Abacateiro

COPA DE OURO 22 gols 28/08/09 Maragata 07 x 11 Abacateiro 30/08/09 Agudo 10 x 09 Abacateiro Itanhangá 08 x 11 Invernada 01/09/09 São José 15 x 09 Itanhangá


02/09/09 Invernada 04 x 13 São José 03/09/09 Maragata 09 x 07 Agudo 12/09/09 Abacateiro 04 x 09 Invernadas São José 10 x 04 Agudo 13/09/09 Invernada 10 x 14 São José

MéDIO HANDICAP VII COPA CIDADE DE INDAIATUBA 2 a 8 gols 28/03/09 Santa Clara 09 x 14 Villa D Tigres 13 x 10 Casa Verde Arthros 06 x 10 Sucuriu Abacateiro 07 x 09 Shark’s 29/03/09 Villa D 11 x 08 Abacateiro Shark’s 11 x 06 Santa Clara Casa Verde 08 x 09 Arthros Tigres 08 x 09 Sucuriu 04/04/09 Tigres 09 x 07 Arthros Casa Verde 08 x 09 Sucuriu Santa Clara 07 x 08 Abacateiro Shark’s 09 x 11 Villa D 05/04/09 Sucuriu 10 x 14 Shark’s Tigres 08 x 09 Villa D 11/04/09 Villa D 09 x 10 Shark´s

COPA CHRISTÓFLE 2 a 8 gols 25/04/09 Bela Vista 10 x 12 Agudo Pratas 09 x 08 Toca do Gato 26/04/09 Bela Vista 08 x 09 Toca do Gato São Jorge 09 x 12 Tigres Agudo 09 x 01 Pratas S. Carolina 06 x 09 Villa D 01/05/09 Agudo 08 x 09 Toca do Gato São Jorge 08 x 11 Villa D Bela Vista 08 x 12 Pratas Tigres 09 x 07 Santa Carolina 02/05/09 São Jorge 07 x 05 Santa Carolina Villa D 05 x 10 Tigres 03/05/09 Agudo 11 x 16 Villa D Tigres 09 x 10 Toca do Gato 09/05/08 Villa D 11 x 12 Toca do Gato

COPA ESTADO DE SÃO PAULO 14 gols

30/05/09 Casa Verde 09 x 10 Pratas Guabi Polo 11 x 09 Polo S/A 31/05/09 Pratas 07 x 09 Guabi Polo

COPA VOGUE 2 a 8 gols 06/06//09 Pratas 06 x 03 Santa Carolina Bela Vista 05 x 08 Flamboyant Plátanos 07 x 09 Sucuriu 07/06/09 Itanhangá 15 x 07 Santa Carolina Plátanos 08 x 09 3 Colinas Bela Vista 14 x 06 Santa Clara 13/06/09 S. Clara 07 x 08 Flamboyant Itanhangá 10 x 11 Pratas 3 Colinas 13 x 12 Sucuriu 14/06/09 Flamboyant 11 x 12 Itanhangá Pratas 11 x 12 3 Colinas 15/06/09 Itanhangá 10 x 11 3 Colinas

17/05/09 Casa Verde 12 x 08 Santa Clara Zoff Club 08 x 09 Guabi Polo Time Tigres 09 x 08 Villa Real

COPA DE PRATA 14 gols

23/05/09 Guabi Polo 13 x 08 Pratas Polo S/A 12 x 09 Villa Real S. Clara 12 x 11 Santa Carolina

29/08/09 Villa D 07 x 14 Villa Real

24/05/09 Casa Verde 12 x 10 Santa Carolina Tigres 10 x 11 Polo S/A Zoff Club 05 x 11 Pratas

23/08/09 Villa D 11 x 10 Sucuriu

30/08/09 Pratas 11 x 09 Sucuriu 12/09/09 Villa Real 14 x 12 Pratas

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Placar

13/09/09 Villa D 07 x 08 Pratas 20/09/09 Villa Real 10 x 06 Pratas

COPA ALCIDES DINIZ 14 gols 19/09/09 Buddha Bar 06 x 07 Pratas Audi Bela Vista 09 x 08 Villa Real 20/09/09 Abacateiro 09 x 12 Bela Vista 26/09/09 Buddha Bar 06 x 10 Abacateiro Villa Real 13 x 10 Pratas Audi 27/09/09 Abacateiro 12 x 09 Pratas Audi Bela Vista 12 x 13 Buddha Bar 30/09/09 Abacateiro 12 x 09 Villa Real 03/10/09 Villa Real 10 x 11 Buddha Bar Bela Vista 09 x 06 Pratas Audi

30/05/09 Água Fria 08 x 07 3 Colinas São Jorge 06 x 07 Bela Vista 31/05/09 Água Fria 10 x 06 Bela Vista

CAMPEONATO BRASILEIRO / MITSUBISHI 0 a 2 gols 08/08/2009 Polo UK 06 x 03 Pedra Negra Franca 04 x 03 Apregoa.com 09/08/2009 Apregoa 02 x 08 Unipolo Pedra Negra 05 x 05 Itanhangá 15/08/2009 Franca 03 x 02 Unipolo Itanhangá 04 x 07 Polo UK

COPA DO ESTADO DE SÃO PAULO 6 gols 17/05/09 3 Colinas 14 x 12 Villa D Água Fria 07 x 06 Bela Vista 23/05/09 São Jorge 07 x 06 Villa D Água Fria 11 x 05 PZ Polo 24/05/09 São Jorge 11 x 09 3 Colinas Bela Vista 07 x 05 PZ Polo 144

13/09/09 Arena Polo 10 x 09 Pedra Verde Bela Vista 08 x 14 Invernada 19/09/09 Arena Pólo 09 x 12 Invernada

COPA DE PRATA 2 gols 23/08/09 Polo Uk 08 x 06 Goitacá Unipolo 05 x 08 Água Fria 29/08/09 Polo Uk 07 x 05 Água Fria Unipolo 01 x 03 Goitaca

16/08/09 Franca 06 x 07 Itanhangá Polo Uk 07 x 06 Unipolo

12/09/09 Goitaca 03 x 08 Polo Uk

30/08/09 Itanhangá 05 x 03 Polo Uk

COPA ALCIDES DINIZ 6 gols

COPA DE PRATA 6 gols

baixo HANDICAP

12/09/09 Satsanga 09 x 07 Arena Polo Invernada 09 x 08 Flamboyant Bela Vista 07 x 06 Pedra Verde Santa Clara 09 x 11 Itaguaí

23/08/09 Satsanga 11 x 13 Invernada Arena Polo 11 x 10 Flamboyant 29/08/09 Invernada 06 x 09 Arena Polo Santa Clara 09 x 12 Pedra Verde

19/09/09 Itaguaí Pólo 08 x 11 Taquaral Arthros 05 x 07 Santa Marcia 20/09/09 Coinvalores 09 x 10 Santa Marcia Hipica Polo 09 x 06 Taquaral 26/09/09 Coinvalores 10 x 09 Arthros Hipica Polo 10 x 09 Itaguaí Polo

30/08/09 Pedra Verde 08 x 07 Itaguaí Bela Vista 11 x 09 Santa Clara Flamboyant 11 x 06 Satsanga

27/09/09 Santa Marcia 11 x 12 Taquaral Hipica Polo 11 x 10 Coinvalores

11/09/09 Itaguai 09 x 11 Bela Vista

04/10/09 Taquaral 12 x 09 Hípica Pólo


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A Chubb é um objeto de desejo Acacio Queiroz é presidente, CEO e presidente do conselho da seguradora Chubb, acaba de ser eleito “Homem de Seguro do Ano” e envia uma mensagem para a comunidade do polo Uma seguradora é igual a um banco?

É bem próximo. Os Bancos assumem riscos financeiros quando de suas operações, em especial as de empréstimos. A Seguradora assume riscos ao subscrever uma apólice de seguro de Vida, Patrimonial e Responsabilidade Civil, dando tranquilidade ao segurado e garantindo seu patrimônio.

Como é a atuação no mercado?

A Chubb tinha uma concentração muito grande em automóveis de luxo, praticamente 50% do movimento, mas hoje expandimos. Uma de nossas especialidades é seguro de residências, mansões, iates, aviões privados e veículos diferenciados. Além disso, oferecemos seguros para transporte nacional e internacional, seguro de shopping centers, apólice de vida e acidentes pessoais. Atuamos em todas as linhas de negócios, com exceção de saúde e previdência, trabalhando em nichos específicos. Aqui no Brasil temos oito ou nove concorrentes neste segmento de luxo, mas dominamos 50% do mercado, com cerca de 70 mil carros segurados. Nos Estados Unidos, 60% das pessoas mais ricas são segurados Chubb, e temos sido classificados pela revista Fortune todos os anos, como uma das cinco companhias mais admiradas pelo serviço, pela seriedade e pelo requinte no negocio. Nosso crescimento se deve em primeiro lugar à expansão geográfica, pois éramos muito concentrados em São Paulo e no Rio, mas hoje atuamos em todo Brasil. Outro fator importante foi a diversificação, pois a cada três meses lançamos uma novidade no mercado. Agora mesmo estamos anunciando um produto novo que é o Seguro Platinum para Mulheres, em que oferecemos com exclusividade baby sitter e nutricionista.

O que difere o seguro da Chubb dos demais?

Eu costumo dizer que onde se vende Mont Blanc, não pode se vender Bic. E vice versa.Trabalhar com carros de luxo é uma coisa bem distinta do que trabalhar com carros populares. Por exemplo, alguém raspa no seu retrovisor, isto vai custar 25 mil reais, dependendo do retrovisor pode custar até 40 mil - é lógico que quem trabalha com carros populares não tem idéia destes valores. Existe carro mais caro que avião, nós já seguramos uma Mercedes McLaren que custava três milhões de reais. A técnica que empregamos em nossos produtos é única. As outras seguradoras oferecem 200 quilômetros para atendimento fora da base, nós oferecemos 500 quilômetros. As outras oferecem um carro reserva, e nós oferecemos um carro com motorista. E mais importante, concedemos ao cliente livre escolha da 146

oficina, para ele e também para o terceiro. Nosso nível de aprovação pelo cliente é de 93%, que é considerado excepcional. O seguro Chubb é um objeto de desejo.

Como é ganhar “O Oscar do Seguro”?

Fiquei muito feliz por receber o premio “O Homem de Seguro do Ano”, do Clube Vida em Grupo (CVG) do Rio de Janeiro, que é um reconhecimento aos profissionais que contribuíram ao desenvolvimento do segmento e dos profissionais do setor.


aos amigos do polo A importância da alimentação em nossas vidas é de tal magnitude que não podemos jamais esquecer que somos o que comemos, como afirmava o eminente gastronomista Brillat Savarin no século XlX. Acredito piamente que alimentação saudável, promoção da saúde e qualidade de vida estão intimamente relacionadas. O Polo é um esporte ideal, em virtude de aproximar tanto o expectador quanto o jogador à Natureza-Mãe, ou seja, dos preceitos clássicos de sustentabilidade ecológica, econômica e social. Parabéns a todos pela continuidade de um trabalho frutífero às seguintes gerações. Carlos Iglésias Nutrólogo

rua leopoldo couto de magalhães jr., 1142 - São paulo - sp tel.: 3077-1111

www.restauranteportorubaiyat.com.br 147


Ação Social

Por um mundo melhor Com atividades que contemplam esporte, cultura e educação, a Associação Comunitária do Helvetia vem trabalhando há 11 anos pela inclusão social de crianças e jovens do Jardim Aldrovandi

Criar oportunidades para que crianças e jovens do Jardim

Aldrovandi, em Indaiatuba, possam ter um futuro melhor sempre foi a meta dos voluntários, funcionários, diretores e mantenedores da Associação Comunitária do Helvetia. Para transformar este sonho em realidade, a entidade vem promovendo, ao longo de seus 11 anos de existência, iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida e estimular o pleno exercício da cidadania dos moradores da região. Entidade beneficente sem fins lucrativos criada por um grupo de senhoras do Helvetia, a ACH atua em diversas frentes e conta com o apoio de pessoas e empresas socialmente engajadas. Desde sua fundação, em setembro de 1998, tem levado melhorias significativas ao bairro e aos seus moradores ao promover atividades que enfatizam a educação e a capacitação profissional, a preservação ambiental, a promoção da ética na política e nos negócios, o acesso à cultura e a defesa dos direitos. Entre as diversas atividades realizadas pela Associação, vale destacar a desenvolvida na área de esportes. Em parceria com a Secretaria de Esportes de Indaiatuba, a entidade promove cursos e torneios de diversas modalidades com o objetivo de estimular habilidades motoras e estabelecer a convivência em grupo. Este ano, cerca de 70 jovens frequentaram as aulas de caratê e mais de 100 participaram da escolinha de futsal, ambas ministradas no Ginásio de Esportes. O projeto de informática é outra frente de atuação da ACH. Capaz de despertar o raciocínio lógico e de estimular a criatividade, o computador é um importante aliado na inclusão digital. Em um laboratório moderno e climatizado, cerca de 120 adolescentes se preparam para o competitivo mercado de trabalho através do curso de informática profissionalizante ministrado pela People Educação. Já o projeto de informática pedagógica beneficia 370 alunos da

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EMEB Profª Maria Albertina Bannwart Berdu que, acompanhados por professor responsável, têm acesso ao conteúdo programático de forma lúdica e prazerosa. As aulas acontecem uma vez por semana, com uma criança por computador. Os recursos para o projeto são provenientes do Funcri (Fundo da Criança e Adolescente). Outro programa que tem dado o que falar é o “Helvetia Encanta”, projeto de educação musical que oferece a crianças e adolescentes de 5 a 16 anos o aprendizado de instrumentos como flauta doce, xilofone e violões, além de canto coral. Com bagagem teórica e prática, os alunos não apenas desenvolvem o potencial artístico como também têm a possibilidade de fazer da música uma profissão. A sede da ACH abriga ainda um programa de artes, através do qual as crianças confeccionam brinquedos e bonecos e conhecem as diversas técnicas artísticas, da pintura à escultura, e um programa de bordado e crochê cuja finalidade é estimular a criação de peças artesanais que possam complementar a renda das moradoras da região. Além de atividades como estas, a Associação Comunitária do Helvetia atua no dia-a-dia da comunidade oferecendo instalações, equipamentos e infra-estrutura para atendimento médico e odontológico preventivos. Graças à parceria com a Secretaria de Saúde, cerca de 1000 famílias são atendidas pelo Programa de Saúde da Família (PSF). “Tudo isso só é possível, além da dedicação e eficiência dos professores e funcionários, com a parceria da própria comunidade, dos moradores do Helvetia e da Prefeitura de Indaiatuba”, afirma Tereza Moroni, presidente da ACH.

Associação Comunitária do Helvetia Av. Ângelo Bertelli Neto, 1000 – Jardim Aldrovandi – Indaiatuba Tel.: (19) 3885-4423


O complexo da Associação Comunitária do Helvetia compreende a área de esportes, cursos de informática e atendimento médico

A área de informática abrange cursos pedagógicos e profissionalizantes

O projeto “Helvetia encanta” revela a música para as crianças 149


Bye 2009, hello 2010

As Brazil’s major polo center, the Helvetia Polo Country Club hosts the country’s most important championships. With 13 fields of international standards, the club is located within an area that holds a total of 43 playing fields and attracts players from all over the world for its season that begins in April and continues until October. To meet the profiles of its nearly 200 members, its tournament calendar includes high, average and low handicaps, among which are the Brazilian Championship, the São Paulo State Open and the Helvetia Open. For the equestrian enthusiast, it also offers shot training fields and for beginners, a Polo School with qualified instructors. Located in the city of Indaiatuba, it enjoys a privileged location: close to the Viracopos International Airport and just an hour’s drive from São Paulo, which makes it easy for polo players from abroad to come to the world-class polo played in Brazil. Contacts: Helvetia Polo Country Club Rodovia Santos Dumont, Km 60 - Indaiatuba - SP Phone: +55 (019) 3875-4566 www.helvetiapolo.com.br 150


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