Talk20 issu

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Nº 20 • 2014 • R$ 9,90

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Traveler chic Bahia | Rússia | Londres | St. Barth | Patagônia | Bourgogne Portfolio David Bailey | Daniel Klajmic

Traveler

chic Bahia

Rússia Londres St. Barth Patagônia Bourgogne

portfolio David Bailey Daniel Klajmic

cover girl

jean shrimpton

por david bailey




| Notebook de Claudio Schleder | Diretores Claudio Schleder Fabio Curi

Diretor Editor Claudio Schleder Direção de Arte RL Markossa Colaboradores Redação Bronie Lozneanu Camila Fremder Cosette Jolie Izabel Mandl Melina Schleder Tatiana Sasaki Colaboradores Fotografia Marcelo Spatafora Tábata Schleder

She is a model

Jean Shrimpton foi a primeira supermodelo do mundo e um dos rostos que definiram os anos 60. Naquela década, só aristocratas apareciam nas revistas de moda, em poses rígidas vestindo conjuntinhos e pérolas. E então apareceu David Bailey e a “Shrimp”. O encontro casual do talentoso fotógrafo, filho de um alfaiate de East End, e a bela Jean Shrimpton, filha de um agricultor dos arredores de Londres abalaria a cidade como um terremoto. Ele tinha 22 anos e era casado e ela apenas 17. Mas seu caso de amor e as imagens revolucionárias de seu primeiro trabalho para a Vogue conquistaram o planeta.

Revisão Patricia Mendes

Diretor Comercial Fabio Curi Gerente de Publicidade Claudio Schleder Filho Contato de Publicidade Rafael Curi Tratamento de imagem e Pré-impressão RL Markossa Impressão e Acabamento Prol Gráfica TALK é uma publicação de Om.Com Comunicação e Mídia Manager Publicidade Redação e Administração Rua Jerônimo da Veiga 428 Cj.: 82 – CEP: 04536-001 Tel.: 3078-7716 – São Paulo – SP

cover girl

Jean Shrimpton foto

David Bailey

ano

1961

TALK não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome de TALK ou a retirar qualquer tipo de material se não tiverem em seu poder uma carta em papel timbrado assinada pelo diretor.


SĂ­mbolo de ExcelĂŞncia

CONHEÇA AS LOJAS WORLD WINE: SĂƒO PAULO: Jardins - Rua Padre JoĂŁo Manuel, 1269 - Tel. (11) 3085-3055 - Itaim - Rua Amauri, 255 - Tel. (11) 3168-1255 Vila OlĂ­mpia - EAT... EmpĂłrio Restaurante Av. Dr Cardoso De Melo, 1191 - Tel. (11) 5643-5353 s RIBEIRĂƒO PRETO: Boulevard Rua JoĂŁo Penteado, 420 - Tel. (16) 3931-6008 s RIO DE JANEIRO: SĂŁo Conrado - Shopping Fashion Mall - 1Âş piso 4EL s TELEVENDAS: 4003-9463 (capitais) ou 0800-880-9463 (demais localidades) s VENDAS CORPORATIVAS: s VENDAS ONLINE: WWW WORLDWINE COM BR s FANPAGE: facebook.com/worldwinebrasil




| The Talk Of The Town |

A Copa

do Mundo é dela

Eu não podia imaginar que quando meu iPhone tocou, era a parisiense, para quem não conhece, aquela minha velha amiga que aterrisa sempre na hora errada. “Estou aqui chérrie em Guarrrulhôs, morrendo de calooorrr, minhas baggage demoraram duas horrras para chegar, quel medo de perder minhas preciosas Vuitton. Maintenant je suis numa fila quilométrica na duane, mais de 500 personnes! E me disseram que para conseguir um taxi é uma verdadeira gincana, ou pior, um leilão. Mon Dieu! Imagine toi na Copa... E eu quero pelo menos conhecer oito cidades, e assistir jogos com você chérrie, bien sûr!” Meu sangue gelou nas veias ao ouvir este último comentário, eu não iria nem que fôsse para sentar ao lado de Mr. Beckham, sem Victoria, claro... Odeio, não quero saber e tenho raiva de quem gosta de futebol. E la parisienne já estava fazendo planos para o jantar. “Quero ir na nouvelle Trattoria do Rogerinho Fasano, embaixo daquele grand building, restô todo decorado com camisas e flâmulas des équipes de football. Já estou super motivée...” – Oh Meu Deus, ainda faltam dois meses para a tragédia anunciada, e ela já está neste estado de empolgação. Eu acho que vai se repetir o mesmo cenário da Copa de 50 no Maracanã, quando os brazucas morreram na praia e perderam para o Uruguai no jogo final. Este mesmo Maracanã que já foi super faturado naquela época, a história como sempre se repete. Após uma longa espera, a atarantada chegou chez moi, pronta para atacar um polpettone. Seguimos em frente

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para o Itaim Bibi, conformadas em esperar uma hora pela mesa. “J’ai l’habitude, vamos pedir um Negroni com Punt e Mes” gritou ela toda empolgada, atraindo os olhares da fila que já saía pelo jardim. Um vizinho de fila no bar, reconhecendo imediatamente a energia do futebol, perguntou para quem a parisiense iria torcer, França ou Brasil? “Je vais décider conforme o desenrolar das etapas, torço para o time que tem os garçons plus beaux, ops! Queria dizer, o jogo mais bonito.” Ah, então a bandida está mais interessada num colírio para os olhos, no fundo ela é como eu, não entende nadinha de nada de futebol, está mesmo ligada nas coxas e bunbuns. “Enfin, à table!” exclamou a parisiense encantada com a atmosfera da trattoria, e suspirou, “J’adore o décor d’Isay, classique et moderne em même temps. Estou louca pelo polpettone do chef, e toi, pourquoi não pede um orecchiette com linguiçe e brócolis, aí podemos fazer um meio de campo n’est ce pas? No decorrer do jantar, penso em mil e uma maneiras de dizer à minha amiga que não posso acompanhá-la nesta jornada biruta, pois vou mesmo tomar refúgio num retiro tibetano, repetindo incessantemente os mantras om, om, om... Preciso mandar boas vibrações para que nada de mais terrível aconteça aqui na Copa: apagão, black bloc, aeroportos em pane, e tutti quanti... A parisiense não se abala nem um pouco, e de sopetão completa: “D’accord, mas só se você me acompanhar numa visita que já programei online para o Itaquerão!” – Cosette Jolie



| Traveler chic girl |

No monumento escrito AHAVA, que significa “amor” em hebraico, em Israel A globetrotter Sheila tentando se situar com o mapa na High Line em NYC

pé no jato A paulistana SHEILA MUELLER responde pela comunicação e RP da Leading Hotels of the World, e isso quer dizer que respira viagem dia e noite. Ela é apaixonada por hambúrguer, cerveja, whisky e adora sair para comer fora. Acredita que viagem é a única coisa que se pode comprar para enriquecer. E de voo em voo ela se torna uma pessoa do mundo

GPS

Meus lugares favoritos: Israel por que abre o céu mais bonito do mundo, sem contar que o país tem uma energia incomparável; New York que é a cidade onde me sinto mais em casa e São Paulo, em que tenho tudo ao alcance 24 horas por dia.

Em boa companhia

Adoro a Turkish Airlines pelo serviço impecável, a American Airlines por que melhorou muito com os novos e maravilhosos Boeing 777 e a Azul, sem dúvida a melhor para viajar no Brasil, com mais espaço e melhor atendimento.

É sempre bom ter novos amiguinhos na Disney

Um recuerdo dos bons momentos de Nápoles Do Brooklin para Manhattan

Laptop

Viajo muito a trabalho pelo Brasil e vou sem parar ao Rio de Janeiro. Estive agora a pouco em Buenos Aires, Londres, Edimburgo e Amsterdam.

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Minha praia

A Ponta do Mutá em Barra Grande com sua vista incomparável; Moreré que não chega a ser uma praia, mas um recife maravilhoso com águas cristalinas na Bahia e a Playa Del Carmen no México, porque não existe nada como aquele mar azul.


“Quero sempre retornar à Veneza”

Navegando pelas águas turquesa de Capri

O chef sugere

Em Stonehenge, alinhamento megalítico e misterioso da Idade do Bronze no sul da Inglaterra

Curtindo um friozinho em Milão

Sempre viajando descubro novos restaurantes, e curti muito o Jamie’s Italian em Londres onde devorei um Honeycomb Canneloni; recomendo pedir o Duck Confit do Balthazar em New York, e uma Shawarma no restaurante Moshiko em Jerusalém. Em São Paulo a dica é o Nou para um bife à Milanesa com risoto de cogumelos trufados; vou muito ao Shake Shack em New York para um burguer, é claro! Em hotéis, espetaculares são os estrelados Michelin: o três estrelas Epicure no Le Bristol em Paris, e o duas estrelas L’Olivo no Capri Palace.

Life is a hotel room with a view

Fasano no Rio de Janeiro, Capri Palace em Anacapri, The Pierre em New York e Presidente Intercontinental em Cozumel.

Eu quero As amenities que despertam meu desejo são os produtos Santa Pele do Emiliano de São Paulo e o kit do Grand Velas Riviera Maya de Playa Del Carmen.

Spa Os melhores: Acqualina Resort & Spa on the Beach em Miami, Marquis Reforma Hotel & Spa na Cidade do Mexico e Hotel Las Arenas Balneario Resort em Valencia na Espanha.

Between the sheets Lençóis divinos, não dá vontade de sair da cama: Hotel Villa Magna de Madri e Belmond Copacabana Palace no Rio.

Breakfast No Ciragan Palace de Istambul são diversos buffets separados por regiões do mundo; no Hotel de Crillon em Paris é como se fosse em Versailles; e na minha opinião, o The Setai em Miami Beach tem o melhor brunch do planeta.

No topo, após subir 248 degraus em Teotihuacan no México

Bar is open

Para mim nada como um bar com uma grande seleção de cervejas ou whisky. Gosto de andar pelas ruas de New York e parar em bares diferentes para provar cervejas novas e que não se encontra em qualquer lugar. O Ain’tNothin’But em Londres tem ótima variedade de cervejas além de Jam sessions de blues; lá também o The Nightjar em Shoreditch serve bebidas “grandes” para compartilhar entre amigos com um twist diferente, como o Picardy Punch que é uma ótima pedida; o The Jazz Bar de Edimburgo tem top jazz sessions e um fantástico gin tonica shaked com Hendricks e pepinos. Bar de hotel sempre é uma curtição: recomendo o Scotch Bar no Roccoforte Balmoral Hotel em Edimburgo, e o Freddy’sBar do Hotel De L’Europe de Amsterdam.

Brindando no Mercado San Miguel em Madrid

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BOSS Stores São Paulo Brasília Belo Hor


rizonte Rio de Janeiro Recife Porto Alegre


| talk Show |

Máxima altitude O engenheiro paulistano Cid Ferrari atingiu o topo da Pirâmide Carstensz, a maior da Oceania. Agora ele está a apenas um passo de completar o projeto “Sete Cumes” – que divide o globo em sete regiões e elege a montanha mais alta e desafiadora de cada uma delas. »

O alpinista Cid na imensidão da Cordilheira Branca no Peru

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Elegance is an attitude “It’s time to make dreams come true.“

The Longines Master Collection

www.longines.com - SAC: (11) 3035-1010

Andre Agassi


| talk Show |

Como parte dos treinamentos para o Everest, Cid escalou o Aconcágua na Argentina pela segunda vez, para preparar o fôlego, as pernas e o espírito A aventura faz parte do DNA de Cid Ferrari. Estas experiências o ajudam a descobrir sua válvula de escape, sua paixão: atividades nada convencionais em meio à natureza, com direito a muita adrenalina, aqui escalando o Pequeno Alpamayo, na Bolívia

»

Na bagagem, o aventureiro já tinha as conquistas dos montes Kilimanjaro na África, Elbrus na Europa, McKinley na América do Norte, Vinson na Antártica e Aconcágua na América do Sul. Seu próximo desafio será escalar o Everest, no Himalaia, onde esteve em 2011, quando só não chegou ao cume devido a uma doença congênita em que quase perdeu o pé. Após vencer este desafio, ele passará a integrar a seleta lista de três brasileiros que completaram os sete cumes: Manoel Morgado, Waldemar Niclevicz e Eduardo Keppke. A Pirâmide Carstensz, na Nova Guiné, é um impressionante paredão de 4.884 metros, ponto culminante do continente e também o maior do mundo situado em uma ilha. Chegar até sua base já é uma aventura – são horas de voo em um pequeno avião, cinco dias de caminhada pela mata com chuvas intensas, pernoites próximos a aldeias indígenas e muita negociação com as tribos locais para permitir que o grupo siga viagem, devido aos constantes conflitos políticos. Cid Ferreira conta como é sua vida de alpinista. “A aventura faz parte do meu DNA. Fui escoteiro quando criança e, servi ao Exército no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. Estas experiências me ajudaram a descobrir minha válvula de escape, minha paixão: atividades nada convencionais em meio à natureza, com direito a muita adrenalina. Sempre fui muito ativo e quando estou em São Paulo, onde moro, pedalo na USP, caminho e frequento a academia regularmente. Hoje posso dizer que sou aficionado por altitude. Fui fisgado pelo montanhismo durante um safári na África, em 2005, ao ser apresentado ao Monte Kilimanjaro. Decidi tentar chegar ao topo após a sugestão de um amigo e, depois de uma semana de caminhada, cheguei ao cume. A paisagem estonteante e aquela montanha imponente – um dos meus cenários preferidos no mundo – bem como o mar de possibilidades que ela me oferecia, foram suficientes para me lançar de vez no montanhismo e nos esportes de ação. Em abril deste ano, voltarei ao Everest para tentar encerrar o projeto

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“Sete Cumes” e, depois disso, o plano é me aventurar pelos polos Norte e Sul. Como parte dos treinamentos para o Everest, em janeiro escalei o Aconcágua, na Argentina, pela segunda vez. Para preparar o fôlego, as pernas e o espírito, me dedico também a muitas escaladas em locais como Itatiaia, Agulhas Negras e Serra Fina. No entanto, o principal exercício é subir escadas, cerca de 30 andares, diversas vezes, pelo menos duas vezes por semana. Toda a preparação que envolve a escalada me fascina, desde o equilíbrio emocional, que é imprescindível, até o acompanhamento médico, esportivo e nutricional, bem como toda a logística que as viagens exigem – transporte, alimentação, equipamentos e equipe, só para começar. Além disso, muitas vezes também preciso estar alerta sobre as condições que enfrentarei no local, sejam climáticas ou sociais – aspectos que me forçam a sair da bolha da cidade grande e conviver com outras realidades, nem sempre fáceis.” Cid segue confiante rumo à conquista dos Himalaias.



Midnight Carbon Homenagem ao maior motor Bentley, o famoso 6,75 litros que impulsiona as luxuosas limos Mulsanne, o cronógrafo Bentley 6.75 é lançado numa série limitada de 1.000 exemplares, totalmente revestida de preto. Esta imagem da cor da noite, obtida por tratamento ultra-resistente à base de carbono, reforça o estilo desportivo da caixa em aço acetinado, com as suas linhas dinâmicas e a sua lunete com relevo serrilhado, inspirado nas famosas grades do radiador Bentley. O mostrador joga igualmente com a nota sombria, realçada por uma decoração vertical recortada, que deixa vislumbrar o movimento. Surpresa na parte traseira da caixa: a estrela de cinco pontas, que retoma o design típico das rodas de liga leve Bentley, destaca-se igualmente em preto no fundo metálico. O Bentley 6.75 tem braceletes em pele de crocodilo, metálica Speed ou borracha. breitlingforbentley.com

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Três jóias: o cronógrafo Bentley 6.75, o motor 6,75 litros e a top limo Mulsanne


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Ele nasceu no Rio de Janeiro em 1976. Inicialmente Daniel KlajmiC flertou com a música, e depois sendo assistente do top fotógrafo Luiz Garrido no estúdio Casa da Foto, sua vida tomou outro rumo por Bronie Lozneanu

paixão é o meu

FOCo Com Garrido ele aprendeu tudo sobre fotografia de moda que precisava saber e se entusiasmou. Aos 24 anos de idade ele já exibia um portfólio de top photographer, com trabalhos publicados no Sunday Times, The Face e Visionaire, além da campanha mundial para a marca de beleza Max Factor e marcas brasileiras como M.Officer, Rigy e Alice Tapajós. Em 2004 também foi escolhido com outros 12 fotógrafos do mundo como um Hasselblad Master. Em 2006, participou da exposição New Photographers em Cannes com curadoria da Getty Images. Corria uma lenda que ele era protegido da poderosa editora inglesa de moda Isabella Blow, a excêntrica fashionista que já tinha em seu currículo a descoberta de modelos como Stella Tennant, Sophie Dahl e do designer de moda Alexander McQueen, de quem ela adquiriu todos os modelitos de seu desfile de graduação. Todo mundo no meio fashion dizia que ela tinha descoberto Daniel, mas a verdade é que ele já desenvolvia um trabalho bem antes de encontrá-la. “Eu a conheci no Morumbi Fashion e naquela época, em 2001 eu estava aqui em São Paulo, mas já trabalhava no Rio, e minha carreira era mais ou menos consistente por lá e estava começando a despontar por aqui. O jornal O Globo me pediu para fazer uma foto dela, daí nós conversamos e eu contei que tinha feito uma foto da Carine Roitfeld, outra poderosa übber editora de moda, que trabalhava muito com o fotógrafo Mario Testino. Ela ficou curiosa para ver o que eu já tinha feito, mostrei meu portfólio que ela achou interessante, e me pediu uma matéria para o Sunday Times, o jornal do qual ela era editora, e queria fazer uma reportagem sobre São Paulo e a moda brasileira. Eu fotografei e a convite dela, acabei indo

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a Paris para conhecer os editores. A Isabella achou que tinha alguma coisa acontecendo com esse meu trabalho, daí a gente fez uma série de ensaios.” Outros ensaios foram marcos na sua trajetória: aos 27 anos ele era o fotógrafo mais jovem a fazer parte do acervo da coleção Pirelli no MASP de São Paulo. Ele se lembra que já em 2002 fez seu primeiro ensaio documental sobre o Piscinão de Ramos no Rio. Este trabalho foi exposto em São Paulo para o evento “Extra Bienal” com curadoria de Isabela Prata, duas fotos deste ensaio fazem parte hoje do acervo da coleção do MAC –SP. Um fotógrafo que ele admira muito é Nick Knight, mas o hors-concours é Man Ray, pois ele fazia em 1940 o que os fotógrafos estão fazendo hoje, e depois dele, a distância entre fotografia e arte diminuiu de uma maneira incrível. Man Ray foi a pessoa que trouxe para a fotografia esse caráter artístico e comercial, pois conseguia elaborar as duas linguagens. Para ser um grande fotógrafo é preciso combinar paixão e foco no trabalho. Daniel gostaria que as gerações futuras se entusiasmassem com seus cliques, como ele foi inspirado a criar imagens a partir de mestres como os já citados Man Ray e Nick Knight. Atualmente ele está bastante empolgado com uma nova experiência na sua carreira, e tem se dedicado a dirigir comerciais para a produtora Prodigo. “Tenho me concentrado em todas as etapas do processo que envolve direção, roteiro e trabalho com os atores, e para quem só dominava a fotografia impressa isto tem sido bastante desafiador.” www.danielklajmic.com


Alinne Moraes com tatoos tribais para Rolling Stone


| Daniel KlajmiC |

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O deslumbrante Rio serve de cenário para matéria da revista Visionaire

Inf luencias da cultura de praia para Big

Fernanda Tavares, sereia pós-moderna para Vogue Pirelli

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| Daniel KlajmiC |

Chiara Gadaleta, musa de Daniel posa com seu pet para Vogue

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A gaĂşcha Jeisa Chiminazzo brinca de esconde-esconde com estampa carioca para Vogue


| Daniel KlajmiC |

Isabella Blow, editora do Sunday Times para Vogue; matĂŠria Vogue Africa; ensaio para Sunday Times e charme de Veneza para a revista Tatler

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A Ăźber top Naomi Campbell joga seu charme para a ĂĄguia na Vogue


| traveler chic |

St. Barth

French créole connection St. Barth não se destaca por ter enormes hotéis, campos de golfe nem tampouco cassinos. O que faz todo charme da ilha é sua irresistível e poderosa beleza natural

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No porto de Gustavia os super iates desfilam na maravilhosa baía, se exibindo para ver quem tem a maior vela, o melhor Beluga, o champagne mais millésime e o cenário com gente mais linda no convés


| traveler chic | Inúmeros são os refúgios de luxo espalhados pelas 22 praias da ilha, todas abençoadas com uma tropicalidade exuberante

Para os eternos amantes do luxo, o centrinho de Gustavia acompanha o que há de melhor no preview da moda européia, jóias, perfumes, relógios e sapatos a preços de freeshop

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A pista de pouso tem um dos mais difíceis “approach” do mundo, entre a montanha e a praia, o que significa que quem estiver nadando na baía, pode observar a alguns metros de distância, os pequenos aviões decolando e aterrisando

ara pertencer a certos lugares, é preciso ter os atributos físicos corretos. Assim em Aspen é de bom tom ter um corpo esculpido para os exercícios na montanha. Já em Capri os corpos são mais voluptuosos e deliciosamente bronzeados, basta pensar em Sophia Loren. St. Barth é um lugar especialmente renomado pela beleza de suas mulheres, e é claro, os homens não ficam muito atrás. Como no caso da Garota de Ipanema, todos são lindos e cheios de graça. A ilha é uma colônia francesa, reputada por suas praias de imaculadas areias brancas, onde faz verão o ano inteiro, suas águas cor de turquesa, seus refúgios de luxo e pela qualidade de seus restaurantes. St. Barth tem locações naturais paradisíacas, e talvez seja por isso que fotógrafos como o francês Patrick

Démarchelier elegeram a ilha como seu refúgio. Segundo ele, que é o feliz proprietário de uma charmosíssima Villa, “a ilha é bem pequena, mas os caminhos são tão diversos que você pode ficar por uma semana sem encontrar ninguém conhecido”. A top Alessandra Ambrósio costuma passear suas curvas – e exibir as lingeries Victoria’s Secret em suas areias. Os paparazzi não tem descanso, e registram gulosos fotos de celebrities em praias semi desertas, que ancoraram seus barcos em Gustavia, em busca de sombra e água Perrier, pois a árida ilha não possui água potável, seu precioso suprimento vem em navios pipa. Surpresa: numa sorveteria em Gustavia, você cruza de repente com Donatella Versace ou Kate Moss. A lista de stars do show biz e da moda é interminável: Marc Jacobs, Mariah Carey, Beyoncé, Gisele Bündchen, Naomi Campbell, Ivanka Trump, Paris Hilton, Anna Wintour, David Letterman, Steve Martin, Paul Allen (leia-se Microsoft), Ronaldo Fenômeno, Calvin Klein, Jack Nicholson, Scarlett Johannson, Anthony Bourdain, Diane von Furstenberg...

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| traveler chic | La dolce vita esportiva, al mare, com tudo em cima

O Hotel Guanahani & Spa na praia de Grand Cul de Sac, com seus chalés de coloridos vibrantes, do amarelo ao índigo ou púrpura até o verde claro são espalhados entre bungavilias, hibiscos e coqueirais que se estendem entre o oceano e a lagoa

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Os paparazzi não tem descanso, e registram gulosos as fotos de celebrities: a inesquecível Lady Di, Kate Moss, Jay-Z, Beyonce Knowles e Mariah Carey numa festa de réveillon no Nikki Beach, Ashton Kutcher e Demi Moore nos bons tempos do casal, o bilionário Roman Abramovich e sua Dasha Zhukova, Marc Jacobs e Alessandra Ambrósio cuidando do bronze no pier

O bilionário russo Roman Abramovich, dono do time de futebol inglês Chelsea é quem deu uma das mais badaladas réveillon parties que se tem notícia, ela custou só cinco milhões de dólares com show do Black Eyed Peas. Mas mesmo nos meses de high season entre o fim do ano, existe uma vida mais calma por aqui, pois os genuínos “A-listers” – Tom Hanks, Harrison Ford, George Lucas ficam bem abaixo do radar, escondidos em suas villas. E no porto de Gustavia, os super iates desfilam na maravilhosa baía, se exibindo para ver quem tem a maior vela, o melhor Beluga, o champagne mais millésime e o cenário com gente mais linda no convés. Para os eternos amantes do luxo, St. Barth acompanha o que há de melhor no preview da moda européia, jóias, perfumes, relógios e sapatos a preços de freeshop. A ilha está muito ligada nas terapias de bem estar, oferecendo linhas de produtos orgânicos certificados, como o Belou, com tratamento para o cabelo e corpo com nomes que já fazem sonhar: Chauvette à base de sândalo e lima, Columbier de flor de lis e jasmim, e Lorient de tuberosa, gardênia, narciso e Iris. A vida noturna por aqui é influenciada pelo charme da metrópole, com inúmeros e refinados bares e clubs, como Yacht Club e Casa Nikki em Nikki Beach. Como uma boa ilha francesa, St. Barth tem na gastronomia um de seus pontos fortes. Restaurante dos mais queridos do balneário é o Maya da chef Maya Gurley, nascida na ilha da Martinica, criada na ilha de Guadalupe, e crescida na França. Seu avô e seu pai eram especialistas na fabricação de rum, e foi aí no meio das plantações que ela aprendeu seu ofício com os cozinheiros créole. Quando há 27 anos Maya e o marido Randy assumiram o restaurante Chez Jackie, o local era mais uma área de picnic com bancos e luzes de neon, sendo necessário deslocar-se até a ilha vizinha de St. Martin para abastecer a cozinha, e mesmo com tantos desafios, Maya venceu a aposta, pois ela fez sempre questão que os freqüentadores se sentissem à vontade, como em casa. Na cozinha, alguns pratos são créole, outros são thai, sempre é servido muito peixe fresco, de apresentação impecável, com vista espetacular de Gustavia e do mar. Cada praia da ilha tem restaurantes “parisienses de praia” ou seja charmosos, aconchegantes, com vista deslumbrante e cuisine 3 étoiles. O Le Bartolomeo fica no Hotel Guanahani na praia de Grand Cul de Sac, onde a dica é provar a degustação Prestige: King Crab do Alasca, Creme de alcachofras de Jerusalém, Brotos de feijão e Caviar Osetra. O Case de l’Isle é o restaurante do Hotel Isle de France, ótimo para almoçar e jantar, onde o must é saborear a Travessa de Lagosta e Legumes, Salada à Vinaigrette, Manga e Maracujá. O Les Pêcheurs fica no Hotel Sereno e os frutos do mar são divinos: vá de Robalo Mapple Miso com chips de berinjela. E não deixe de fazer uma degustação de Ceviches e Tiraditos no Bonito de Gustavia, sempre ao ritmo caribenho. Uma das pioneiras em hotéis de luxo na ilha foi Genevieve Jouany’s, francesa de La Rochelle, que no início dos anos 60 atravessou o Atlântico num pequeno barco junto com o marido. Um dia aportaram em St. Barth e ficaram

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| traveler chic |

O Eden Rock está localizado na baía de St. Jean, em um rochedo cercado por praias de areias brancas e por um recife de corais, banhado por um mar azul turquesa, e tem restaurante da prestigiosa Rede Relais & Chateaux

As villas do Le Toiny são maravilhosas, com excelente café da manhã e staff muito prestativo e simpático. As piscinas das villas são privé e tem uma vista incrível

O Case de l’Isle é o restaurante do Hotel Isle de France, ótimo para saborear uma lagosta

O Les Pêcheurs fica no Hotel Sereno e os frutos do mar são divinos: vá de Robalo Mapple Miso com chips de berinjela

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Para tomar um drink esperando o pôr do sol à beira do bar no Guanahani

encantados com a ilha. Criaram um pequeno hotel de luxo, o Les Castelets que fez história, se tornando na época o favorito dos bailarinos Mikhail Baryshnikov e Rudolf Nureyev, que foram logo seguidos por todo beautiful people do jet set, que hoje se deleitam nos inúmeros refúgios de luxo espalhados pelas 22 praias da ilha, todas abençoadas com uma tropicalidade exuberante, algumas mais selvagens e de difícil acesso, e outras mais familiares. É necessário alugar um Mini Cooper ou jipão 4X4, para poder curtir todos os cenários que St. Barth oferece. A Grand Cul de Sac é a praia dos surfistas, tem restaurantes rústicos e aluguel de barcos. A Shell Beach é ótima para quem coleciona conchas, e a Grand Fond para os amantes de tesouros do fundo do mar, onde se adquire contas de vidros coloridos, turquesa, cobalto, amarelas, vermelhas e pretas, de navios naufragados. Para os connoisseurs, são tão preciosas quanto pérolas. Mergulhe para pegá-las. St. Jean é a praia onde o aviador Rémy de Haenem aterrisou com seu avião em 1940, e se situa o atual aeroporto da ilha, o que significa que quem estiver nadando na baía,

pode observar a alguns metros de distância, os pequenos aviões decolando e aterrisando, um tanto barulhento, mas fascinante, sobretudo para as crianças. A Colombier está situada a noroeste da ilha e tem difícil acesso. Ela é conhecida, pois foi onde o magnata David Rockefeller construiu sua casa que ainda existe e comprada recentemente pelo bilionário Roman Abramovich. A praia é acessível por barco, helicóptero ou mesmo a pé. É um refúgio de tartarugas e pássaros. Flamands é para quem fica no hotel Isle de France, e você precisa ser hóspede para usufruir da praia. A Saline é selvagem com salinas e atrai nudistas. Então se prepare! Gouverneur está situada no extremo sul, ótima para caminhadas matinais ou ao cair da tarde, protegida por montanhas, onde você tem a sensação de estar acompanhado apenas pelas cabras. Nadar em suas águas é uma das experiências mais sensuais e maravilhosas que se pode ter neste cantinho de paraíso. Aqui você pode partir da badalação para o máximo de simplicidade, e esta ambigüidade é que faz de St. Barth um luxo total.

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o p a o L ap L

e iat ue F a q o d lli, ens r i e m o e rd i Agn s ho und e h n o m n ĂŠ Gian um d s do n a e o lk cone rad ant E Ă­ g e po o id le La to d ons is e ne oi c ma f

Lapo, dandy moderno com terno impecĂĄvel e polainas uptodate para compor com a Ferrari prata

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ua avó era Marella Agnelli, aristocrata, colecionadora de arte e das 10 mais elegantes do jet set de todos os tempos, e seu irmão John Elkann é o atual CEO da Fiat – império que engloba Ferrari, Maserati, Abarth e toda linha Chrysler. A família é dona de meia Itália, e podemos citar o Juventus F.C. de Turim, bem como o jornal La Stampa como símbolos de poder do clã. Lapo não só herdou os automóveis do avô, como seu guarda-roupa e sua elegância, e foi muito além, se tornando o garoto propaganda das marcas. Há muitos anos ele vem desenvolvendo uma grife própria, com ênfase no esporte e totalmente luxuosa. Agora, seu estilo inimitável está à disposição numa coleção cápsula que ele elaborou com a diretora criativa da Gucci, Frida Giannini. A parceria começou em 2011 quando ela customizou o Fiat 500 by Gucci, puro objeto de desejo. Agora são 23 looks para homens e mulheres com ternos, acessórios de couro, sapatos e jóias. “Foi uma experiência maravilhosa construir esta coleção cápsula com a Frida, pois nós compartilhamos do

mesmo amor e respeito pela tradição, porém não temos medo de ousar e experimentar. O resultado pode ser conferido nas peças que criamos.” Este trabalho foi elaborado com ênfase nos tecidos, na qualidade dos forros e acabamentos, com inúmeras possibilidades de cores e combinações. “Fashion é uma coisa que não dura, é efêmera”, Lapo esclarece, “Por isso me concentrei nos detalhes, que fazem com que esta coleção contenha mais estilo do que moda.” Ela está disponível nas boutiques Gucci de Milão, Paris, Londres, Nova York, Tóquio e São Paulo. Frida Giannini comenta: “Lapo resume perfeitamente o estilo italiano, uma maneira individual, instintiva e sofisticada de interpretar a moda, pois ele presta extrema atenção aos detalhes e nunca tem medo de ousar.” É claro que o look total Lapo Elkann requer pequenos detalhes como um par de tênis Nike para combinar com os ternos multicoloridos, um relógio Swatch usado por cima das abotoaduras, como fazia seu avô Agnelli e um monte de tatuagem. Nada mau para alguém que começou a carreira em 2001 como personal assistant de Henry Kissinger.

Lapo jet setter: acorda em Turim, almoça em Londres e dorme na Cortina d’Ampezzo sem medo de ousar

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Em 1937 os tintos da Borgonha foram excepcionais e constituĂ­ram os melhores vinhos do millĂŠsime

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O grande espetáculo do

vinho A história do século passado é permeada por fabulosas conquistas e retumbantes fracassos. O mesmo se dá com os vinhos que acompanham com grandes ou pequenas safras as peripécias da humanidade. Aqui só vamos falar dos vinhos majestosos

1937 La Tâche

Vosne-Romanée

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| O grande espetáculo do vinho – 1937 |

1937 Enquanto o luxuoso navio Normandie bate o recorde de tempo na travessia Europa-Estados Unidos, a França obtém o maior sucesso com a Exposição Universal em Paris. Esta foi marcada pela “guerra” entre os pavilhões da Alemanha de Hitler que apelavam ao anticomunismo extremo, e o da União Soviética que difundia o comunismo. O famoso quadro “Guernica” de Pablo Picasso foi exibido nesta feira pela primeira vez, no pavilhão da Espanha, em protesto à sangrenta guerra civil, ao bombardeio desta cidade e a aniquilação de sua população ordenada pelo ditador Franco. Uma revolução também está ocorrendo na moda, um território mais ameno, pois o francês Dupont de Nemours patenteia uma nova fibra, o nylon, que vai mudar todo o conceito da elegância feminina no mundo. Neste mesmo ano, o dirigível gigante Hindenburg, uma das maravilhas da era, se aproxima de Nova York depois de uma jornada de 60 horas vindo de Frankfurt. Seus passageiros têm a oportunidade de admirar uma vista da cidade de tirar o fôlego. Mas a viagem vai ter um fim trágico, pois o colosso dos ares se choca com um prédio, se incendeia e deixa mais de cem vítimas fatais num espetáculo de horror. Enquanto isso, a indústria dos sonhos, o cinema, e Hollywood em particular estão numa fase dourada. Branca de Neve e os Sete Anões de Walt Disney deslumbram plateias infantis e adultas. A Dama das Camélias interpretada pela über star Greta Garbo faz suspirar milhões de fãs. Os astros da época são Robert Taylor, Cary Grant, Tyrone Power, Alice Faye, Clark Gable e Olivia de Havilland...

A über star Greta Garbo fez suspirar milhões de fãs

Já aqui, no Brasil, se inicia o Estado Novo com o golpe do Presidente Vargas que implanta a ditadura. Na imprensa, como uma forma de resistência, eram publicadas caricaturas do ditador Vargas como um ‘führer’, e se acerba cada vez mais a luta entre a esquerda e a direita no país. Em 1937 o morro também está de luto, pois desaparece Noel Rosa, o sambista maior de Vila Isabel, que sucumbe de tuberculose aos 26 anos de idade após uma vida de boemia.

Entre um recorde e outro, o Normandie posa de cartão postal na Baía da Guanabara

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Os tintos da Borgonha conservaram uma pequena nota nervosa, um toque que normalmente desequilibraria um Bordeaux, mas que neste caso destaca o frutado da uva Pinot encontrada no domaine La Tâche

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arece estranho que o ano de 1937 seja representado por um vinho tinto. É notório que este é um ano dos brancos, tanto pelos Bordeaux secos e licorosos Yquem 1937, sempre pleno e majestoso, como pelos vinhos do Vale do Loire. Impossível não pensar nas safras de 1928, 37 e 47 para os mais antigos millésimes. É preciso ter degustado o Vouvray Mousseux 1937 de Huet ou o Château Moncontour deste mesmo ano, para saber que jamais um champagne oferecerá aromas tão finos e complexos de chá e de tília, que somente as cepas mais antigas de chenin podem produzir. 1937 é também um ano excepcional na região de Champagne, na Alsácia e na Alemanha, onde os riesling renanos não tinham produzido nada tão suntuoso desde 1921... Então porque La Tâche? Por que neste ano os tintos da Borgonha são excepcionais e constituem os melhores vinhos do millésime. A acidez um pouco marcada que caracteriza o ano, amplificou os vinhos brancos e se incorporou aos tintos da Borgonha. Certo, eles conservaram uma pequena nota nervosa, um toque que normalmente desequilibraria um Bordeaux, mas que neste caso destaca o frutado da uva Pinot. La Tâche 1937? Um vinho raro em todos os sentidos do termo. Precioso, pois excelente, foi totalmente consumido, pois a Segunda Guerra Mundial perturbou a sua expansão normal.

Segredos do La Tâche 1937

Sua roupagem é escura, típica destas vinhas que tem muita cor. A densidade se revela na boca, mas há um paradoxo entre as notas redondas e uma nervosidade fresca, um tom acima daquilo que se espera. Seu bouquet é flamboyant e rico, tão característico de sua cepagem, que podemos pensar que é um vinho que faz escola. Ele parece dizer: “A Pinot é isto!” O frutado da Pinot resiste aos aromas terciários, mas o toque defumado não mente. Seu final é nervosamente untuoso e prolongado. Certas garrafas parecem imbatíveis. Seus millésimes só podem ser comparados aos anos de 1921 e 29. Disponibilidade raríssima, só possível de ser adquirido em leilões a preços estratosféricos.

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| traveler chic | Sonho dourado, viajar em cima de todas as Vuitton

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Bagagem & Co Quem te ama te segue. Ela é uma boa companheira, já rodou o mundo com você e seu maior medo é ficar perdida em algum saguão de aeroporto...

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magina o stress para recuperá-la, você foi para as ilhas Seychelles e ela foi parar em Timbuktu. Ou pior ainda, reencontrá-la toda estraçalhada, lancetada e com as ferragens de dar dó... A grande tragédia: ela sabe de tudo sobre a sua vida, conhece até a cor de sua roupa íntima. Agora, você tem que começar outra relação, com uma mala novinha em folha.

Viajando na estrada do tempo Esta história é tão velha quanto o mundo. A primeira viagem foi feita por Adão quando foi expulso do Jardim do Éden. Provavelmente ele tinha muito pouca bagagem, dado o modo abrupto como foi decidida sua partida, e seu guarda-roupa limitado, que

entrou para a história como costume “adamítico”. Mas após este primeiro evento, a trouxa, a sacola e todas as alternativas possíveis estão sempre ligadas à imagem do viajante. É do filósofo Cícero, que viveu cem anos antes de Cristo, a frase Omnia mea mecum porto, que exprime perfeitamente a ideia do viajante que leva tudo na bagagem. Mas o que carregava o viajante da época? Para imaginarmos basta pensar em como ele se locomovia. O modo mais comum era via terra, sendo que a alternativa pela água do mar ou de rio não era sempre possível. Os meios de transporte mais difundidos eram a cavalo, no dorso de asno ou mula ou pelos portadores escravos que carregavam as liteiras. Obviamente os compartimentos de bagagem deviam se adaptar aos meios de transporte: ou a garupa de um quadrúpede, ou as costas e a cabeça do homem, e deviam ser também resistentes e impermeáveis. Portanto o material ideal era o couro, que servia a inúmeras tarefas pela sua praticidade. O couro tratado endurecia, sendo possível moldá-lo para se tornar um recipiente rígido, em forma de frascos e caixas. O couro oportunamente curtido se tornava macio e elástico e se adaptava para se produzir calçados, sacolas, cordas e arreios para os cavalos. Todo o setor de transportes era dominado pelo couro: vivo, dútil e resistente, que permeia toda a história da bagagem.


Pé no jato, mala na mão e bon voyage: Roger Moore, Brad Pitt, Bradley Cooper e Justin Timberlake

A mala chega No filme Viagem à Darjeeling de Wes Anderson, as malas são customizadas por Mark Jacobs, inspirado nos arquivos de época da Louis Vuitton

A mala no sentido moderno chega ao fim do século XVII. A palavra deriva do árabe “waliha”, que provém do saco de grãos. No famoso romance de Gil Blas, pode-se ler “Fui muito bem recebido e a minha mala foi caridosamente carregada nas costas de um servente”. Nesta época, com o uso das carroças difundiu-se o formato atual da mala, originalmente duas partes simétricas que abriam pela metade, amarradas por uma tira dupla.

Época de ouro O romance histórico, o folhetim e o cinema mil vezes nos presentearam com heróis e heroínas galopando em direção à aventura, e as diligências dominaram o imaginário das estradas da Europa e da América. No final do século XVIII graças à troca frequente dos cavalos, o percurso de 500 quilômetros entre Paris e Lyon podia ser completado em cinco dias. Já os viajantes e as cartas tomavam a diligência. Toda a história das bagagens é diretamente influenciada pelos meios de transporte. Com o advento da ferrovia dá-se um impulso aos artigos de bagagem e desenvolve-se assim o gosto pelas viagens a negócios ou a passeio. Isto é um grande incentivo para se criar acessórios práticos, capazes de conter todos os itens necessários ao conforto do viajante.

Mala de dandy by Lapo Elkann

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Compre as malas e leve a Ferrari. Abrindo o porta malas do Rolls, o picnic está pronto, basta degustar os canapés e brindar; Para vôos curtos, malas enxutas. Malas modernas combinam com o jatinho da Embraer

Malas para viajantes refinados Na Europa o nascente turismo de massa engatinhava, enquanto que na America dava-se uma alucinante corrida ao ouro: sonhadores, desesperados e especuladores invadiam a Califórnia para escavar e descobrir as míticas pepitas de ouro. A América é percorrida de leste a oeste pela ferrovia da Union Pacific, que permitiu o desenvolvimento de milhares de artefatos para agradar este público. As malas made in USA eram robustas, construídas para agüentar quedas, trancos, incêndio, chuva e até naufrágio! Já na Europa, os grandes artesãos das malas eram Asprey em Londres, com o lema “É possível se fazer de tudo”, Vuitton e a selaria Hermès em Paris e Franzi e Prada em Milão. Um clássico do viajante elegante da época deveria ser necessariamente em crocodilo (convenhamos, o must do must até hoje), se compondo de dez baús, seis malas, uma chapeleira, dois porta-jóias e uma nécessaire. O interior de cada mala era forrado em luxuoso tecido marroquino e seu exterior tinha obrigatoriamente as vistosas iniciais do dono em ouro.

Viajando perigosamente Na passagem para o século XX as viagens são de pleno conforto no esplendor de navios de cruzeiro e no luxo do Orient Express. São tempos também de aventuras radicais, expedições de reconhecimento de terras estranhas, viagens de aventura, campanhas militares e colonialistas. As bagagens para estes destinos devem ser funcionais, práticas e comedidas, qualquer frivolidade deve ser banida, é preciso pensar em tudo. A mala não deve ser mais forrada de tecido marroquino, mas sim robusta, com cobre e zinco, de fechamento hermético que preserva dos insetos e da umidade e protege as roupas e os artefatos pessoais de quem viaja para os países tropicais. O Dr. Livingstone nas suas aventuras por Zanzibar viajava com malas de estanho adquiridas de um amigo inglês, que sobreviveram intactas a todas as peripécias no território. Passado os áureos tempos de conquistas as viagens continuam por terra, mar e ar, com seus bólidos, heróis, viajantes e claro, a bagagem, que felizmente não se perdeu, mas continua se transformando conforme a viagem.

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David Bailey clicado por Patrick Lichfield na década de 1960. Lord Lichfield, nobre britânico que se tornou o fotógrafo oficial da Família Real, se celebrizou pelos retratos de casamento do Príncipe e da Princesa de Gales

smemorie tardust s O livro comemorativo da exposição na National Portrait Gallery, Bailey’s Stardust teve curadoria e direção de arte do próprio Bailey

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Eu sempre simplifico tudo, tendo como pano de fundo uma tela branca, sem distrações. Eu não me incomodo com a composição ou qualquer coisa do gênero. Eu só quero retratar a emoção da pessoa com a qual entro em contato.” David Bailey


Kate Moss é provavelmente a modelo mais fotografada do mundo e queridinha da maioria dos fotógrafos. Saiu incólume de inúmeros escândalos e continua top forever. É claro que Bailey não perderia a chance de colocar Kate na sua exposição

David Bailey

Bailey casou com a “vênus gelada” Catherine Deneuve, que não resistiu ao seu charme em 1965. Mas logo a união desandou. Bailey comenta: “Foi uma verdadeira torre de babel, eu falava em inglês e ela respondia em francês, no fim ninguém se entendia. E deu no que deu.”

é um dos fotógrafos que mais contribuíram para a fotografia e as artes visuais, criando constantemente portraits provocativos e imaginativos. Agora a National Portrait Gallery homenageia cinco décadas da carreira do fotógrafo com a exposição Bailey’s Stardust, uma série de 250 imagens apresentadas por temas através de salas contrastantes com atores, escritores, músicos, diretores de cinema, designers, modelos e artistas, todos inesquecíveis: Terence Stamp, Mick Jagger, Johnny Depp, Catherine Deneuve, Jean Shrimpton, Kate Moss, John Lennon, Salvador Dali, Francis Bacon, Jude Law, Michael Caine, Bob Dylan, Andy Warhol e tutti quanti...

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Jean Shrimpton, modelo e musa nos sixties

O pintor e amigo Francis Bacon

Eu sempre procurei fazer fotografias que não ficassem datadas. Sempre procurei pela simplicidade.” David Bailey

O roqueiro Bob Dylan

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O ator Michael Caine

O rolling stone Mick Jagger

Todas as imagens

O ator Jude Law

O artista Andy Warhol

foram meticulosamente selecionadas, reveladas e ampliadas com novos prints de gelatina por Bailey himself. Ele também fez a direção de arte do livro que acompanha a exibição, e escolheu o lineup de uma das salas exibição com as musicas do álbum Great American Songbook do roqueiro Rod Stewart. Tudo começou em 1959 quando David Bailey trabalhava como assistente de John French sendo contratado pela Vogue inglesa no ano seguinte. Depois vieram todas as Vogue do mundo, capa de álbum dos Rolling Stones, comerciais de TV, e filmes documentários, incluindo ensaios sobre o fotógrafo Cecil Beaton, Luchino Visconti e Andy Warhol. Suas fotos se tornaram referência cultural da cena dos anos 60, imortalizando personagens do mundo fashion, música, arte e cinema. Ele é claro, também não demorou a se tornar uma celebridade. O cult movie “Blow-Up” de Michelangelo Antonioni de 1966, conta a história de um fotógrafo de moda, inspirado no próprio David, levando toda uma geração a se apaixonar pela fotografia. Recentemente sua vida e obra serviram de novo para inspirar o filme “We’ll Take Manhattan”. Aos 76 anos de idade, ele continua sendo um dos fotógrafos mais conhecidos do mundo, desde que começou sua trajetória na swinging London dos anos 1960. Segundo a diretora do museu Sandy Nairne, a mostra explora todas as facetas do trabalho de Bailey desconhecidos do público. Longe do fashion e da estreita relação com os Rolling Stones, há um interessante documentário sobre o East London, onde ele passou sua infância e de suas viagens à Austrália. Imagens de Delhi e de Naga Hills, assim como fotos sobre a fome no leste da África em 1985 que ele documentou para a organização Band Aid, formam um amplo caleidoscópio sobre mais de meio século de arte e vida dedicados à imagem.

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O décor do hotel One Aldwych é ultra contemporâneo com lindos arranjos f lorais num edifício de estilo eduardiano no coração de Covent Garden com amenidade extra, a piscina de 20 metros para nadar e rolar nas nuvens

breaking news Chá com flores e

cinema com champagne

O edifício de estilo eduardiano do hotel One A ldwych em Covent Garden, todo em granito norueguês, com grande domo de cobre, abrigou no inicio do século XX, o já extinto jornal Morning Post. Ao contrário do que se imagina, o décor do hotel é ultra contemporâneo com lindos arranjos florais que quebram a formalidade do ambiente. Basta admirar a escultura de um cão todo decorado com tiras de comix, sugerindo ao hóspede um séjour divertido. A localização não pode ser mais perfeita em meio a teatros e museus, basta consultar o concièrge para conseguir todos os tickets desejados. Para os que gostam de curtir uma soirée num tetêa-tête, o hotel sugere o “film & fizz”, uma sessão particular numa sala aconchegante dentro da casa, com cocktail ou taça de champagne Lallier Grand Réserve. A programação acompanha os lançamentos. Em Londres é impossível deixar de participar da cerimônia do afternoon tea e no One A ldwych ela vem sempre acompanhada de um tema floral. Os chás são divinos, como Organic Lavender Grey de uma linda cor dourada que harmoniza perfeitamente com aqueles delicados sanduíches bem ingleses e itens como a panna cota de baunilha com folhas de violetas e uma lâmina de chocolate com geléia de flor de laranjeira. É uma experiência única para o paladar e para a visão, mesmo se lá fora você se deparar com o típico cinza londrino. lhw.com

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Luxo mediterrâneo em mansão vitoriana com décor barroco no Baglioni Hotel, com hospitalidade meridional: la dolce vita em Kensington Park

Kensington Toscana alla

Acordar numa mansão vitoriana com vista para o Kensington Park é um sonho que pode se transformar em realidade. Esta é uma experiência que está reservada aos hóspedes do Baglioni Hotel. E logo se percebe que neste hotel há uma mistura peculiar de aconchego italiano, basta admirar as fotos da diva Sophia Loren e mergulhar na atmosfera marcante do luxo mediterrâneo, com retratos em preto e branco que remetem à dolce vita. Seus 67 quartos, a maioria suítes, são ricamente decorados proporcionando conforto luxuoso. O Baglioni fica bem perto do Museu de História Natural e do Royal Albert Hall e não muito distante da Harrods, coisas que todo viajante que se preza adora fazer quando aqui está. A mansão é tão solar que resolveu apostar num terraço externo que dá para a Kensington High Street, onde simpáticos garçons italianos servem o aperitivo, nostálgicos dos raios de sol do Mediterrâneo. E claro, tudo isso acompanhado de um bom prato de antipasti e de queijos típicos, salgados e doces, com um frutado Martini. E tudo que é bom, se torna ainda melhor, você pode esticar no restaurante Brunello. O décor é barroco com enormes e confortáveis cadeiras de veludo, candelabros de vidro, tudo em tons de dourado e verde. O chef Claudio Milani adora interpretar a cozinha clássica mediterrânea e o hit é uma deliciosa tortelli de queijo burrata com manteiga queimada e avelãs. Agora é só usufruir do melhor dos dois mundos, e observar o entorno. Quem sabe com um pouco de sorte, fazer um toast da janela para o casal vizinho, Kate e William. lhw.com/BaglioniLondon

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As linhas horizontais repletas de metal cintilam na fachada do 45 Park Lane, puro art déco. A suite Penthouse se estende por mais de 170 metros quadrados com mordomo e elevador privativo. O churrasco é exclusivo da suíte, preparado pelo chef Wolfgang Puck

Barbecue no

HYDE PARK

Com um design de tirar o fôlego, o 45 Park Lane é luxuoso, aconchegante, equipado de moderna tecnologia e se destaca na paisagem londrina. Suas linhas horizontais repletas de metal cintilante na fachada, reinterpretam com classe o supra sumo do art déco. Seu lobby é pura geometria com tons terrosos de mármore e serigrafias do mídia artist Damien Hirst. Aqui o tratamento é de boutique, pois o hotel só possui 45 quartos, os hóspedes são chamados pelo nome e acolhidos pelo staff com British savoir-faire que inclui mordomo em meio a muitos outros mimos. Para os privilegiados que quiserem obter total privacidade, a suite Penthouse do 45 Park Lane se estende por mais de 170 metros quadrados cobrindo todo a cobertura do hotel e é acessada através de um elevador privativo controlado por chave. A suite possui dois quartos, uma sala de jantar, sala de estar e um terraço com vista panorâmica para o Hyde Park. E quando o verão britânico der o ar de sua graça, provocando um clima eufórico na cidade, os hóspedes da suite Penthouse podem usufruir de uma experiência singular: um churrasco preparado pelo lendário chef Wolfgang Puck no terraço da cobertura. Algumas delícias do menu: BBQ Shrimp Poppers, servido com Jalapeno Honey, espetos de carne com molho de amendoim tailandês e BBQ Chicken Wings com mel picante de mostarda, Wagyu Beef Sliders e o Spicy Tuna Tartar Cones. Agora é hora do brinde com um champagne rosé millésime, da mesma cor do pôr do sol. dorchestercollection.com/45PL

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SABORES

Uma gota da mágica resina vegetal da aroeira, no momento da extração.

Ela é prima-irmã do pistache, o que já dá uma idéia de sua nobre procedência. Miski...(ou ainda Mastiha ou Mastic). Gotinhas mágicas de sabor e aroma inconfundíveis, que os mediterrâneos descobriram há milênios, perfurando a casca da aroeira em períodos restritos (entre junho e outubro). As gotas devem cair sobre uma manta de bicarbonato de sódio e passam em seguida por um ritual de higienização e preparo, até atingir toda sua exuberância aromática. Com essa resina vegetal se faz maravilhas na cozinha, sendo absolutamente imprescindível no preparo de vários quitutes da culinária. Para se ter uma idéia de sua dimensão entre os gourmands, embora possa ser obtida na maior parte das aroeiras do Mediterrâneo, a


No Almanara, o legítimo Malabie à base de Miski em duas versões... (foto abaixo)

Miski autêntica é proveniente da região de Chios ( Grécia), no mar Egeu e por isso recebe a honorífica “Denominação de Origem Controlada”. No século VI, a partir da Grécia e Turquia, a fama da Miski se alastrou e conquistou todo o Oriente Médio. No Líbano, passou a integrar receitas sensacionais da culinária árabe. Um exemplo é o “Malabie”, sobremesa cuja deliciosa receita você encontra em Casas tradicionais como o Almanara. Ali, o manjar é servido em duas versões diferentes: com as caldas de ameixa ou de damasco, em perfeita combinação. Escolher uma delas...? Bem, se possível, prove as duas... E não se espante caso, ao degustar esta iguaria ...uma lágrima escorrer. Pois há séculos a Miski já era conhecida com o sugestivo nome de “lágrima dourada”. ... com calda de damasco ou de ameixa. Duas delícias.


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O nome da penĂ­nsula, MaraĂş, significa luz do sol ao amanhecer, e era uma aldeia indĂ­gena, situada no sudeste da Bahia

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Península

Com mais de sete quilômetros de extensão, coqueiros gigantes, recifes de corais e areia branca, a praia de Taipú de Fora é a mais procurada da Península de Maraú

luz e do de ndê

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A Península, que se originou de Mayrahú, significa luz do sol ao amanhecer, e era uma aldeia indígena que foi descoberta em 1705 pelos Frades Capuchinhos italianos. Situada no Sudeste do estado da Bahia, na Costa do Dendê, a Península de Maraú fica em uma das extremidades da Baia de Camamú, uma das mais belas e a terceira maior do País. Nesta região podemos encontrar 40 quilômetros de praias primitivas, piscinas em recifes de corais, coqueirais a perder de vista, cachoeiras, ilhas e manguezais. É no meio deste paraíso ecológico que se encontra a Pousada Taipú de Fora. Situada na lindíssima praia de mesmo nome, ela oferece passeios de jardineira ou barcos, trilhas ecológicas e mergulho nas piscinas naturais... Esta praia foi eleita a sexta mais bela do país pela mídia nacional e foi considerada uma das melhores praias do Brasil pelo canal de notícias norte-americano CNN. A grande atração do lugar são as imensas piscinas naturais que se formam na maré baixa entre os recifes de corais. Com águas cristalinas, cheias de peixes, são propícias para mergulho livre e observação submarina. Para curtir plenamente estas piscinas, é ótimo ir na época de lua cheia e lua nova, quando a maré seca, oferecendo mais um espetáculo, expondo os corais. Nas noites de lua cheia, porém, um novo cenário se apresenta: a claridade natural, sem a interferência de luzes artificiais, desvenda uma paisagem prateada e quase etérea. Das muitas atrações da natureza, o passeio às cachoeiras é algo que não se deve dispensar jamais.

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Na Baía de Camamú, em meio ao mar de águas límpidas, matas, rios e mangues, o Rio Maraú despenca em uma queda d’água alucinante de 30 metros de largura por 5 metros de altura, formando um grande lago, ideal para recarregar as energias e aproveitar toda a natureza do lugar. Ponto de encontro do rio com as águas salgadas do mar, o resultado é um banho refrescante na temperatura ideal. O visitante ainda pode se deliciar na hidromassagem natural aos pés da queda d’água. Uma pequena trilha leva ao topo da cachoeira, moradia de extensos seringais. Ali existe também uma curiosa serraria abandonada movida a água e um antigo canal de uma pequena usina hidrelétrica que funcionou no local. Para chegar a este pedacinho do paraíso, a melhor opção é seguir de lancha pelos rios do Céu e de Maraú, passando por manguezais selvagens e rústicos, até chegar à cachoeira.


Águas cristalinas, cheias de peixes, propícias para mergulho livre e observação submarina, com coqueiros a perder de vista. São quarenta quilômetros de praias primitivas, piscinas em recifes de corais, coqueirais a perder de vista, cachoeiras, ilhas e manguezais. É no meio deste paraíso ecológico que se encontra a Pousada Taipú de Fora

Para os que curtem ornitologia, a observação de pássaros, existe um programa de parceria com o biólogo e mestre em Ecologia João Carlos de Castro Pena, com excursões oferecidas para grupos de no mínimo seis pessoas que acontecem durante as quatro primeiras e quatro últimas horas do dia, período de maior atividade da avifauna brasileira. As caminhadas são feitas no entorno da pousada, área de Reserva Legal, e por lugares próximos, definidos após a avaliação dos locais com maior potencial para observação das aves – entre espécies como caracará, sabiá da praia e tico-tico do banhado entre inúmeras outras identificadas e atraídas por meio de gravações que reproduzirão o canto típico de cada pássaro. Entre julho e final de outubro, centenas de turistas desembarcam na Bahia para presenciar um espetáculo inesquecível: a migração das baleias jubarte, que nadam

mais de quatro mil quilômetros para fugir das águas geladas da Antártica e chegar aos mares do Hemisfério Sul. O turismo de observação de baleias vem crescendo em todo o planeta e a Pousada desenvolveu uma ação especial para incentivar a atividade. Depois de tantas aventuras em contato com a variada e belíssima natureza, retornar a pousada e se deleitar no Taoca restaurante, numa imensa varanda descortinando o mar, quando a autêntica cozinha baiana pode ser degustada: Casquinha de siri, Moqueca mista de camarão e peixe, Vermelho inteiro assado com manteiga de garrafa, Lagosta Grelhada na manteiga de garrafa, Arroz de Polvo e como sobremesa cocada branca são pedidas obrigatórias. E logo, vai dar para lembrar aquele refrão: “I wanna to go back to Bahia!” www.taipudefora.com.br

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A Terra do Fim do Mundo A Patagônia por si só, já é um destino remoto. O Patagonia Camp consegue tornar uma temporada austral ainda mais integrada com a natureza por Tábata Schleder

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Foto de TĂĄbata Schleder

Vista para o lago Nordenskjold e Cuernos del Paine, com forte contraste da f lora atingida pelo grande incĂŞndio em 2011

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Foto de T谩bata Schleder

| patag么nia |

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Patagonia Camp nas margens do Lago Toro, ao fundo o maciço Paine; Presente em toda a Patagônia, o simpático guanaco está protegido por lei dentro do parque; Interior do luxuoso Yurt, sua cúpula central permite acompanhar o movimento do céu patagônico

O

Parque Nacional Torres del Paine foi criado em 1959 e declarado reserva da Biosfera pela Unesco em abril de 1978. Com uma área de aproximadamente 227.000 hectares, sua flora e fauna são protegidas por lei. Entre os animais, vivem na área do parque diversas aves, como o imponente condor, flamingos e cisnes e também guanacos, raposas e o puma. O hotel Patagonia Camp é o primeiro acampamento de luxo da América do Sul e foi desenhado e construído através de uma arquitetura pouco invasiva, que se adapta harmonicamente a um lindo bosque de coigues, árvores nativas da região, para que se um dia o hotel precisar deixar o local, a natureza continuará intacta. São 18 yurts – luxuosas barracas circulares – de 28 metros quadrados e independentes, com vista para o grande lago Del Toro, o maior da região, e o Maciço

Paine. Cada yurt possui banheiro privativo, sistema de calefação central e são decorados com tecidos e móveis fabricados por artesões locais. O atrativo do yurt é uma cúpula central que permite acompanhar o movimento das nuvens durante o dia e admirar o maravilhoso céu estrelado à noite. O programa all inclusive, oferecido pelo Patagonia Camp, inclui todas as refeições e excursões pelo parque Nacional Torres del Paine. O restaurante oferece o melhor da gastronomia local, com centola, salmão, cordeiro e a merluza austral, harmonizando com o vinho da casa da vinícola orgânica Matetic. As excursões de destaque são o Trekking Bases das Torres, Trekking Mirante Ferrier, Trekking Los Cuernos, além das exclusivas Pesca no lago Del Toro, Trekking Cascada Lago del Toro, Caiaque e pesca Laguna Bonita. hotel patagonia camp | www.patagoniacamp.cl

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Foto de T谩bata Schleder

| patag么nia |

Torres del Paine, a oitava maravilha

Base das Torres, ap贸s quatro horas de dura caminhada, o visual vale a aventura

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No coração do parque Nacional Torres Del Paine está localizado o Hotel Las Torres com arquitetura tradicional e decoração rústica que remetem à uma típica estância gaúcha chilena por Tábata Schleder

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A

Estância Cerro Paine tem 4400 hectares e é a única propriedade particular no interior do parque, onde se encontra o Hotel Las Torres. O Hotel oferece o serviço all inclusive, que inclui todas as refeições, traslados para Punta Arenas, Puerto Natales e El Calafate e todas as excursões. As refeições têm um cardápio orgânico, culinária gaúcha e vinho da casa. O hotel produz a maioria dos alimentos oferecidos no restaurante “Coiron” em sua horta, onde se cultiva uma grande variedade de delícias como morangos, framboesas e cerejas. A privilegiada localização do hotel nos pés do magnífico Cerro Almirante Nieto, início do trekking às bases das Torres, é entrada garantida para os principais passeios do parque. Entre as excursões oferecidas, está o trekking do Valle Francês, uma caminhada de doze quilômetros, que passa pelo belo lago Skottsberg, terminando na belíssima vista para os Cuernos Del Paine e lago Nordernsköld. Todas

as excursões são acompanhadas por um guia do hotel, que possui um total de doze guias divididos pelos grupos de hóspedes. Fazer a subida até as bases das torres estando hospedado no Las Torres, devido à sua localização tem a vantagem de não precisar passar em torno de uma hora na van para chegar até o parque, basta acordar, tomar um ótimo café da manhã e começar o trekking. São quatro horas de subida passando por diferentes vegetações e temperaturas. A última etapa é a mais difícil, mas a mais emocionante, pois quando se depara com o visual da chegada e a sensação de superação, vale a pena a aventura. No final a pedida é tomar uma cerveja austral ou um Pisco Sour no charmoso bar “Pioneiro” do hotel. Outros passeios que valem a pena são Laguna Azul, Valle Encantado, Trilha do Puma e também uma cavalgada por toda a estância. O Hotel Las Torres é ideal para quem busca uma autêntica experiência na natureza. hotel las torres | www.lastorres.com

Foto de Tábata Schleder

Cavalgadas desde as cocheiras do hotel até os mais deslumbrantes destinos; Bar Pioneiro, ideal para um drink após um longo dia de trekking; Fachada do hotel Las Torres, arquitetura rústica inspirada nas estâncias gaúchas; O belíssimo glacial Del Francés faz parte do circuito Valle do Francês, nome dado após a morte de um alpinista francês em avalanche durante escalada de montanha do vale

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Foto de Tábata Schleder

| patagônia |

Remota em todos os sentidos

Puerto Natales é a porta de entrada para o Parque Nacional Torres Del Paine. Esta charmosa cidade portuária também tem seus tesouros patagônicos, entre eles o Remota por Tábata Schleder

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Vegetação sobre o hotel, harmonia da arquitetura com a natureza; Lounge do Hotel Remota com decoração indígena pré-hispânica, pé direito alto e muito vidro para melhor interação com o exterior; Spa com vista para o belo Cerro Ballena; Suites com decor rústico e supremo conforto, sem tv no quarto e wi-fi somente no lobby, para manter o desligamento com a vida das grandes cidades

C

onsiderado um hotel design, o Remota é um destino único da Patagônia Chilena. Sua privilegiada vista para o Fiorde Última Esperanza e o Cerro Ballena proporcionam um espetáculo à parte no final do dia. O projeto sustentável é do famoso e premiado arquiteto chileno, German del Sol, e possui um design sofisticado e aconchegante, totalmente diferente do convencional, com um estilo inspirado no rústico e no natural. Pode-se encontrar pelo hotel uma fantástica coleção de utensílios indígenas pré-hispânicos, feitos exclusivamente para o Remota. A idéia é poder sentir o aroma de uma madeira nativa de 400 anos, por todo o ambiente. O hotel proporciona aos seus visitantes a oportunidade de vivenciar inesquecíveis experiências e conhecer a Patagônia por completo, com altos níveis de excursões, pois os hóspedes são guiados por especialistas nas

áreas de história, geologia, fauna e flora e ornitologia entre outros. A gastronomia do Remota é considerada a melhor da região, onde o chef René Espinoza aplica sua vasta experiência adquirida na Europa e Nova York, confeccionando os melhores pratos gastronômicos locais e internacionais, com produtos frescos e naturais, colhidos das hortas e pomares da região. Além das mais procuradas excursões dentro do Parque Nacional, o Remota também oferece exclusivas da região de Puerto Natales como Laguna Sofia, Cueva de Milodón, Fiordes do Sul e Serra Dorotea. Vale a pena também fazer a navegação até o Glacial Cerrano, um passeio de barco pelo Fiorde Última Esperanza e Rio Cerrano até o glacial com parada para almoço em uma típica estância gaúcha. No caminho é possível avistar colônias de aves marinhas, os cormorões, lobos marinhos e se der sorte, o barco ainda pode ser escoltado por curiosos golfinhos. remota hotel | www.remotahotel.com

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| patagônia |

Entre lagos e vulcões A parte chilena da Patagônia compreende a extremidade meridional do Chile e a bela região dos lagos, onde se encontram majestosos vulcões e lagos de cor esmeralda

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por Tábata Schleder

uerto Varas é uma romântica cidade, localizada na região dos Lagos, a cerca de novecentos e sessenta quilômetros ao sul de Santiago e em frente ao belo lago Llanquihue, segundo maior do Chile e o terceiro maior da América do Sul. Ela é o resultado da mescla da cultura nativa dos Huilliches e dos colonizadores alemães que chegaram à região em 1852. A cidade é cercada por um dramático cenário, incluindo a vista para os vulcões Calbuco, Osorno, Tronador e o grande lago Llanquihue. Com vista para o famoso e imponente Osorno, o hotel Colonos del Sur, foi totalmente reformado em 2009 e apesar do moderno projeto manteve a tradicional arquitetura colonial alemã. Localizado no primeiro piso do hotel, o restaurante Balandra possui personalidade própria e sua cozinha mescla características do sul

do Chile com a gastronomia internacional. A vinte quilômetros de Puerto Varas, fica Puerto Montt, capital da região dos lagos. Seu porto conecta a região com outras importantes como Aysén e Magallães e seu aeroporto internacional El Tepual com os principais terminais aéreos do país. A pequena cidade Frutillar é conhecida pela arquitetura alemã e pelo maravilhoso cenário onde se encontram lindas praias na beira do lago Llanquihue, além de seus coloridos jardins de rosas e dálias. Entre os principais e imperdíveis passeios está a subida ao Osorno de teleférico, que proporciona a vista mais incrível do lago e dos outros vulcões da região. Saindo de Peulla até Puerto Blest, em Bariloche, o cruzeiro Andino oferece uma proximidade com a natureza da região, passando por vulcões, fauna e flora intactas e quedas d’água dos glaciais, que tornam a cor do lago esmeralda.

| www.colonosdelsur.cl | www.lstravel.cl cruce andino – travessia dos lagos até puella ou bariloche | www.cruceandino.cl seasons travel | www.seasonstravel.cl operadora venturas | www.venturas.com.br gran hotel colonos del sur ls travel

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Foto de Tábata Schleder

Foto de Tábata Schleder

Foto de Tábata Schleder

Vulcão Osorno, o mais charmoso e ativo da região dos Lagos; restaurante Balandra do hotel Colonos del Sur, em Puerto Varas; em Frutillar, seu moderno Teatro del Lago e uma das belas vistas para o lago Llanquihue

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O charme de El Calafate

Na província de Santa Cruz, esta pequena cidade se encontra às margens do Lago Argentino, recebendo os visitantes com excelentes hotéis, boa gastronomia e muitas lojinhas para compras de artesanato e roupas de inverno por Tábata Schleder

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E

l Calafate é uma charmosa cidade argentina, muito próxima a fronteira com o Chile, e a oitenta quilômetros do Parque Nacional dos Glaciais. Declarado patrimônio da humanidade em 1981, o parque possui extensão de 725 mil hectares. Lá se encontram a maior geleira em extensão horizontal do mundo, o famoso e magnífico Glacial Perito Moreno e a importante geleira Glacial Upsalla. El Calafate possui clima frio, com média anual de sete graus e está em franco desenvolvimento turístico, com ótima gastronomia argentina e várias opções de hotéis, entre elas o Design Suites. Com uma vista privilegiada para o Lago Argentino, o hotel harmoniza perfeitamente com o ambiente patagônico, e se destaca pelo desenho austero em madeira e pedra. Os passeios de El Calafate são o Minitrekking e Big Ice, caminhadas com variações de dificuldade sobre o gelo entre fendas e lagoas no glacial Perito Moreno, e também o cruzeiro Todo Glaciares, uma navegação em um catamarã em direção aos glaciais Upsala, Spegazzini e Perito Moreno. E muito procuradas são as atividades na Estancia Cristina, incluindo travessia 4x4 com vista para o glacial Upsala, trekking entre rochas graníticas e lindos bosques do “Cañadón de los Fósiles”. Para aqueles que desejam avistar as coloridas aves da região e entrar

Foto de Tábata Schleder

em contato íntimo com a natureza de Calafate, a reserva Laguna Nimez é um prato cheio. Este aviário natural abriga em torno de 80 tipos de aves nativas, como flamingos, patos, cisnes e falcões. Para chegar a Calafate, é necessário voar de Santiago para Punta Arenas. Vale a pena dormir uma noite na cidade e aproveitar para visitar a Ilha Magdalena, onde habitam em torno de 140.000 pinguins de magalhães, gaivotas austrais e leões marinhos. De Punta Arenas o próximo destino é Puerto Natales, aproximadamente três horas de van e de lá mais três horas de ônibus para El Calafate. Um pit stop em Santiago é sempre bem vindo e a dica é o hotel boutique The Aubrey, instalado no bairro Bellavista, um dos mais tradicionais e boêmios da cidade. Um dos pontos altos do hotel é o concorrido Piano Bar, indicado por diversos guias da cidade como atração obrigatória para um happy hour ou jantar. Por se tratar de um destino que engloba grandes extensões territoriais de dois diferentes países, e que por esta razão oferece dezenas de possibilidades de passeios, o ideal para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a Patagônia é consultar uma operadora que seja especialista na região. A sugestão é a Venturas, como sinônimo de boa sorte e aventuras designando as tantas novas experiências que criam para oferecer às pessoas.

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santiago the aubrey punta arenas

Fotos de Tábata Schleder

Foto de Tábata Schleder

Glacial Perito Moreno, com sua magnitude em tamanho e beleza é a principal atração de El Calafate; quarto top do hotel Design Suites com vista para o belíssimo Lago Argentino; Pinguim de Magalhães na Ilha Magdalena; Cauquene, Gavião-cinzento e a Banduria são aves nativas que podem ser vistas de perto na Reserva Laguna Nimez

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| traveler chic |

From

russia Art with

Ao chegar a Moscou me surpreendi com uma cidade limpa e funcional e a luz dourada do fim do dia em São Petersburgo é algo para jamais se esquecer Texto e fotos de Cristina Schleder

M

oscou tem uma excelente programação visual que, mesmo para quem é leigo em cirílico, oferece um entendimento imediato para uma fácil circulação pela cidade. Agitada e efervescente, ela deixa suas cúpulas douradas, prateadas ou coloridas das construções antigas brilharem tranquilas sob o sol do verão. Época em que o sol se põe às 23h. É necessário tempo para ver e visitar tudo o que ela tem a oferecer. Moscou, que guarda muitos tesouros, não se resume à Praça Vermelha ou ao maravilhoso K remlin

Catedral de São Basílio Toda colorida, fica na ponta da Praça Vermelha. Dentro de cada uma das cúpulas existe uma capela. Quem encomendou sua construção foi Ivan, o Terrível, em 1552. Conta a lenda que Ivan ficou tão deslumbrado com a beleza da obra que mandou cegar seu arquiteto, Postnik Yakovlev, para que nunca mais houvesse algo semelhante

Igreja do Sangue Derramado Foi construída onde o Czar Alexander II foi assassinado em 1881. Internamente ela é decorada com uma infinidade de mármores e pedras. Sua arquitetura, um mix de neo clássico e barroco, com suas cúpulas esmaltadas, utiliza diversos materiais como tijolos, granitos, cerâmicas e metais

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com suas basílicas, museus, jardins e história. Seus espaços imensos conseguem passar a exata sensação da grandeza e opulência que foi a época dos czares. Ela nos conta a história do seu passado. Se aprofundar na cidade, tanto em cima como embaixo nas estações do metrô, trará um enriquecimento para a alma. E como um plus, vale a pena percorrer os monastérios do Cinturão de Ouro. Em São P etersburgo a luz dourada do fim do dia é sensacional, pois ela incide de uma forma muito especial sobre os edifícios centenários, fazendo com que suas cores sejam únicas. Esta cidade foi idealizada e construída por Pedro, o Grande, e cultivada e embe-


Cúpula Dourada da Catedral do Cristo Salvador Reconstruída em 1995 no mesmo local da catedral original que foi destruída pelos comunistas em 1931 por ser um símbolo dos czares, hoje suas cinco cúpulas douradas brilham nesta que é a mais alta e maior catedral de Moscou

Catedral de Santo Isaac Sua enorme cúpula dourada pode ser vista de toda São Petersburgo. Internamente é impressionante em tudo: tamanho, vários tipos de mármore, ouros, afrescos, ícones, metais e principalmente por suas enormes colunas de malaquita e lapiz lázuli

lezada por Catarina, a Grande. Ela está incrustada em ilhotas e cortada pelo rio Neva e por inúmeros canais. São P etersburgo nos passa um ar de férias, claro que no verão, pois no inverno são apenas três horas de luz do sol. Toda a cidade é um museu a céu aberto... Basta prestar atenção e visitar tudo. O H ermitage é maravilhoso, um caso a parte, imperdível. E isso com apenas dez por cento do seu acervo exposto, imagine quanto tempo levaríamos para ver tudo que está guardado e longe dos nossos olhos. Indispensável também é ver um balé no T eatro M ariisnki. Dois lugares fora da cidade são must: o palácio azul de verão de Catarina, o Tsarskoye S ole que fica a 25 quilômetros e abriga a famosa sala de âmbar. Com vista para o golfo da Finlândia, o P eterhof, palácio de Pedro o Grande, fica num braço do mar Báltico, proporcionando um passeio diferenciado para quem vai de barco até lá conhecer as enormes fontes de seus jardins. Museus, palácios, arquitetura, design, basílicas, igrejas, jardins, teatros, restaurantes, enfim uma infinidade de informação que fará crescer sua bagagem cultural. www.newage.tur.br

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hightech, seguro e esperto Compacto, atlético e robusto, o Audi A3 Sedan é preciso e diferenciado de A a Z

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m termos estruturais, o Audi A3 Sedan fica entre o design típico de um notchback e o de um conversível. Seu teto curvado se inclina elegantemente no sentido da traseira e se incorpora sem divisões à linha de ombros. Essa transição expressa a personalidade dinâmica do carro. A tampa compacta do portamalas termina em um arco pronunciado, formando uma borda de contorno e a lâmina do defletor traseiro. A traseira do A3 Sedan é típica da Audi. Ela é nitidamente tridimensional e mostra uma transição contínua do para-choque para a placa. A largura do veículo é ainda mais acentuada pelas grandes e achatadas lanternas traseiras, que se afinam para dentro. Faróis em forma de cunha com a borda inferior ondulada dão a esse novo modelo um ar de determinação. Nos módulos xenon plus, luzes de uso diurno em LEDs formam um contorno luminoso visualmente uniforme


Elegante, refinado, limpo: o estilo do Audi A3 Sedan tem uma curva longa e contínua acompanhando o pára-brisa, de porta a porta. Esta característica, conhecida como wrap around aparece nos modelos maiores da marca

nas bordas superior e inferior. As lanternas de sinalização direcional ficam no canto interno, sob uma faixa cromada. Elegante, refinado, limpo: o interior do Audi A3 Sedan reflete o estilo externo. Uma curva longa e contínua acompanha o para-brisa, de porta a porta. Esta característica, conhecida como wrap around aparece nos modelos maiores da Audi. O esguio painel de instrumentos, à frente, reforça a impressão de espaço. Os dois bancos dianteiros do A3 Sedan oferecem excelente apoio, graças às medidas precisas e contornos ergonômicos. O volante é de três raios, com controles multifuncionais e aletas para troca de marchas. Como em outros veículos da Audi, a ergonomia do A3 Sedan é intuitiva. O sistema de operação do pacote de rádio

MMI, com monitor extensível elétrico, é equipamento de série. O freio de estacionamento eletromecânico, operado através de um botão, substituiu a antiga alavanca. Com um design clássico, inspirado nos jatos, quatro grandes saídas de ar são um componente típico dos modelos compactos da Audi. O Audi A3 Sedan oferece amplo espaço para cinco pessoas. Graças à grande distância entre eixos, o acesso ao interior é fácil e há bom espaço para as pernas, mesmo na traseira. Os apoios de cabeça em forma de L afetam pouco a visibilidade quando recolhidos. A capacidade do portamalas, 425 litros, pode ser aumentada para até 880 litros com o rebatimento dos encostos dos bancos traseiros.

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O esguio painel de instrumentos reforça a impressão de espaço. Os dois bancos dianteiros do A3 Sedan oferecem excelente apoio, graças às medidas precisas e contornos ergonômicos. O volante é de três raios, com controles multifuncionais e aletas para troca de marchas. Como em outros veículos da Audi, a ergonomia do A3 Sedan é intuitiva. Graças à grande distância entre eixos, o acesso ao interior é fácil e há bom espaço para as pernas, mesmo na traseira

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A Audi não usa atalhos, mesmo em lugares raramente vistos pelos clientes. O carpete do porta-malas não é de feltro, mas de veludo. Quando o capô é aberto, é mantido na posição por uma mola pneumática. Qualidade premium e excelência ultraleve não são um paradoxo para a marca. Na verdade, os engenheiros do Audi A3 Sedan eliminaram cada grama desnecessária do seu interior. Os bancos, por exemplo, são extremamente leves. O modelo chega ao Brasil com o motor 1.8 TFSI, potência de 180 cv e 250 Nm de torque máximo. A Audi se atém decisivamente ao seu compromisso com o downsizing, como de costume: a troca de altas cilindradas pela turboalimentação aumenta tanto o desempenho quanto a eficiência no consumo. Dentro deste contexto, as tecnologias da plataforma modular de eficiência da Audi desempenham um papel fundamental. O motor 1.8 TFSI demonstra a especialização da Audi em alta tecnologia por meio de numerosas inovações. O torque máximo, 250 Nm, permanece constante entre 1.250 e 5.000 rpm. A potência chega a 180 cv. Este motor de quatro cilindros também proporciona um desempenho esportivo, necessitando de apenas 7,3 segundos para levar o A3 Sedan até 100 km/h, que atinge um máximo de 235 km/h. Uma das principais inovações do 1.8 TFSI é a injeção indireta de combustível adicional. Quando o motor funciona sob carga parcial, ela ajuda a injeção FSI. O sistema injeta o combustível na ponta do coletor de admissão logo acima dos tumble flaps, que provocam um redemoinho, misturando o combustível com o ar. Isto melhora a carburação, reduzindo consequentemente o consumo de combustível e as emissões de partículas. A injeção direta de combustível, que gera pressão de até 200 bar, funciona na partida do motor e sob solicitações relativamente altas. O turbocompressor gera pressão de forma ágil e rápida. O A3 Sedan é equipado com o câmbio S tronic de sete velocidades. Como em todas as transmissões da Audi, o intervalo de relações das marchas é amplo. As marchas mais baixas têm relações relativamente curtas, enquanto a mais alta é comparativamente longa, para reduzir a rotação do motor em longos trajetos em velocidades moderadas. O S tronic de sete marchas combina o conforto de uma transmissão automática clássica com o dinamismo e a eficiência de uma transmissão manual.

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O motor 1.8 TFSI demonstra a especialização da Audi em alta tecnologia por meio de numerosas inovações. O torque máximo, 250 Nm, permanece constante entre 1.250 e 5.000 rpm. A potência chega a 180 cv

O sistema de assistência de direção contribui para a eficiência do Audi A3 Sedan. Como o motor do sistema é montado diretamente na cremalheira, não consome energia quando o carro anda em linha reta. O A3 deixa a fábrica com rodas de liga leve de 17 polegadas. Por trás das grandes rodas, freios poderosos oferecem uma rígida sensação no pedal, para frenagens mais precisas. O freio de estacionamento eletromecânico está integrado aos freios traseiros. Caso necessário, o freio de estacionamento pode funcionar como freio de emergência. Os sistemas de informação e entretenimento disponíveis no modelo posicionam o A3 Sedan à frente da concorrência. O Infotainment foi concebido como um conjunto de componentes modulares. A versão topo de linha do sistema é o MMI Navigation Plus com MMI touch e dispõe de um drive de memória interna de 40 GB de capacidade, assim como de um drive DVD, rádio com triplo sintonizador e oito alto-falantes. Essa versão também conta com dois leitores de cartões de memória, Audi Music Interface (AMI) e uma interface Bluetooth para integração com dispositivos móveis e smartphones. O comando de voz permite que o motorista simplesmente informe o seu destino, além de operar sem esforço o telefone, serviços de conexão e execução de músicas. Um indicador de limite de velocidade mostra dados em tempo real. Quando o sistema de operação MMI é ligado, sua tela colorida de 7 polegadas emerge automaticamente do painel de instrumentos. Ela oferece imagens verdadeiramente nítidas em cores vivas, graças à resolução de 800 x 480 pixels. A iluminação por trás é feita por LEDs e a camada de vidro é unida diretamente à superfície da tela TFT por meio de um processo especial de laminação, que não deixa espaço livre. O alojamento preto em alto brilho, feito de magnésio com baixo peso reforça a elegância do visual e conta com apenas onze milímetros de espessura. A Audi também é líder no que diz respeito a sistemas de assistência à condução. O sistema de navegação, opcional no modelo brasileiro, possui tela colorida e recomendação de descanso. A tecnologia de recomendação de descanso analisa os movimentos da direção, entre outros pontos, em velocidades entre 65 e 200 km/h. Caso o sistema considere que a atenção do motorista está declinando, recomendará uma parada para descanso, acendendo um indicador no sistema de informação do motorista e soando um sinal acústico. www.audi.com.br

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TMAX É SINÔNIMO DE SOFISTICAÇÃO, AGRESSIVIDADE E CONFORTO Motocicleta da Yamaha, mais vendida na Europa, vencedora do prêmio internacional “Red Dot Design Award’’, chega ao Brasil

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A TMAX apresenta um novo conceito de motocicleta executiva, unindo design, esportividade, exclusividade e luxo

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| nÉcessaire | Os designers da TMAX observaram a natureza, buscando harmonia entre motociclista e motocicleta, beleza e performance. As linhas agressivas da frente e da traseira ajudam na estabilidade do veĂ­culo e lembram os traços agressivos de aves de rapina.


A nova TMAX,

da Yamaha, apresenta um novo conceito de motocicleta executiva, unindo design, esportividade, praticidade, exclusividade e luxo, proporcionando “kando” – filosofia japonesa seguida pela empresa que mostra como a beleza influencia os sentidos – provocando emoções únicas. A motocicleta é utilizada pelo heptacampeão mundial de motovelocidade “il Dottore” Valentino Rossi no dia a dia, sendo facilmente encontrada nas estradas, avenidas das metrópoles e ruas seculares da Europa, sendo conduzida por homens e mulheres. Sofisticada, ela não ilustrará somente as paisagens europeias, agora é possível encontrá-la e apreciá-la pelos cenários brasileiros. Apresentada pela marca no último Salão Duas Rodas, assim que anunciada, formou fila de espera entre os que estavam dispostos a pagar

R$ 42.500,00 pela obra. A TMAX é uma moto que agrada tanto aqueles que pensam em começar a pilotar quanto os mais familiarizados com veículos de duas rodas. Uma moto, de fácil pilotagem, com câmbio automático e freio ABS, otimizando as frenagens e a tornando mais segura. Ela conta com motor de 4 tempos e 4 válvulas, responde muito bem ao comando e não deixa nada a desejar para uma esportiva de alta cilindrada. Os primeiros 50 compradores se mostraram muito satisfeitos durante um evento exclusivo, promovido pela marca na Fundação Oscar Americano, em São Paulo. O guidão, que na versão 2013/2014 da moto está mais baixo, aproxima a posição de pilotagem de outras motocicletas, o escapamento com ponteira esportiva emite notas bojudas, excitantes e encorpadas quando se acelera o motor de 530cc a injeção eletrônica e refrigeração líquida. Afinal, a influência da beleza sobre os sentidos

O charme também está no painel completo, com medidores em forma multiangular, com conta-giros analógico e computador de bordo digital

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| nÉcessaire | O chassi “double swing arm”, é construído com um processo de fundição de metais, aprimorando o balanço da rigidez para salientar os efeitos do motor e foi projetado em forma de bumerangue, adicionando beleza ao projeto. Funcional, sob o banco encontra-se o compartimento de bagagem

não se limita apenas ao tato e a visão. Uma moto de pilotagem suave, ela serve tanto para a ida ao trabalho quanto a passeios na cidade e nas estradas. A carenagem e a regulagem do escudo frontal, em dois níveis, contribuem para proporcionar mais conforto ao piloto, pois aumenta a aerodinâmica. Outro norte para os designers da marca é a observação da natureza, buscando harmonia entre motociclista e motocicleta, beleza e performance. As linhas agressivas da frente, que ajudam na estabilidade do veículo, lembram os traços agressivos de aves de rapina. Na lente, dos dois lados do pisca-alerta, o formato dá a impressão de unhas de gavião segurando o pneu dianteiro. O chassi “double swing arm”, braço de alumínio fundido, é construído com um processo de fundição de metais, aprimorando o balanço da rigidez para salientar os efeitos do motor e foi projetado em forma de bumerangue, adicionando beleza ao projeto. Funcional, sob o banco, um compartimento de bagagem com cerca de 30 L de volume, porta-luvas dianteiros, com chave e volume de 1,6L e outro com 0,3L. O charme da motocicleta também está no painel completo, com medidores em forma multiangular, com conta-giros analógico e computador de bordo digital. A elegância e gosto esportivo também são traduzidos nas cores em que a motocicleta é apresentada, o “Buish White Cocktail” e “Matte Dark Grey Metallic”. A nova TMAX, lançada na Europa em 2012, recebeu o prêmio “Red Dot Design Award”, um dos mais importantes do segmento, organizado pelo “Design Zentrum Dordrhein Westfalen”, da Alemanha. Especialistas de todo o mundo usam os critérios como inovação, funcionalidade, qualidade e ergonomia para escolherem os melhores produtos entre automóveis, motocicletas, eletrodomésticos, móveis, casas, óculos e câmeras. A Yamaha levou o prêmio, com a TMAX, na categoria “design de produto”. www.yamaha-motor.com.br

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Foto de Walter Coll

| chat room |

No final do século XIX os viajantes podiam subir até o topo da pirâmide de Queóps

Em busca dos faraós A grande pirâmide de Queóps em Giza no Egito tornouse a partir de 1880 um destino turístico, pois a viagem de aventura em países longínquos estava na ultima moda. Um detalhe curioso é que os viajantes podiam subir até o seu topo de 146 metros de altura com a ajuda de guias, pois na antiguidade as pirâmides eram lisas, cobertas de blocos de mármore, que foram arrancados no decorrer dos séculos para construir as mesquitas do Cairo. O viajante da época se deparava com um Egito muito diferente dos dias atuais. Alexandria era então uma cidade borbulhante e de incrível luxo, com uma população cosmopolita de gregos, judeus, cipriotas, italianos e árabes. Foi um grande centro de comércio e a língua francesa era o segundo idioma como no Cairo.

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Sua população ficou rica vendendo algodão, enviando mercadorias para os quatro cantos do mundo. Alexandria era Beirute antes do seu tempo, onde aconteciam jantares suntuosos servidos por núbios vestidos com djellaba de seda listrada, quando eram debatidas as ultimas fofocas de Paris, Londres, Bagdá e Cairo, em todas as línguas ao mesmo tempo. É claro, o mítico Farol de Alexandria não podia ser comparado com o fausto de outros tempos, assim como sua biblioteca e universidade que acolheu todos os estudiosos do mundo, antes do nascimento de Cristo. É bom lembrar também que foi nesta terra que Marco Antonio e Cleópatra viveram seu romance e que seus restos permanecem escondidos em meio às estas ruínas indecifráveis.


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