Custos e Formação do Preço - aula 06

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CRO

CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO AULA 06 ANÁLISE CUSTO - VOLUME - LUCRO

AULA 06 - ANÁLISE CUSTO - VOLUME - LUCRO

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ANÁLISE CUSTO - VOLUME - LUCRO Uma das preocupações constantes dos gerentes é conhecer e avaliar os reflexos, no lucro, da variação de volume e de custos fixos e variáveis. A significativa influência das variações de custos fixos e variáveis sobre os preços de venda fica clara no estudo dos conceitos de Custo/Volume/Lucro. O conhecimento, por parte dos empresários e administradores, da estrutura de custo relacionada com o preço de mercado de seus produtos proporciona as condições necessárias para reações. O objetivo é incrementar ainda mais o resultado positivo ou corrigir planos que resultem em resultados melhores e maiores, conforme a estrutura da empresa. Sem dúvida, num mercado globalizado e altamente competitivo como estamos vivenciando, o conhecimento profundo das relações custo/volume/lucro é uma das ferramentas mais poderosas da Contabilidade Gerencial, a serviço da Gestão empresarial. A análise dos custos fixos e variáveis possibilita uma visão mais abrangente dos gastos relacionados com os volumes produzidos e vendidos pela empresa em dado período. Através desse conceito, podemos verificar pontos essenciais nos volumes, bem como tomar decisões de aumento ou diminuição nos volumes de produção. A análise do Custo-Volume-Lucro abrange três grandes conceitos de gerenciamento de rentabilidade de um negócio: •

Margem de Contribuição

Ponto de Equilíbrio

Alavancagem Operacional

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Chama-se Margem de Contribuição de um produto e de uma linha de produtos, a parcela de receitas que resta, depois de deduzidos os custos variáveis, unitários e ou totais. Significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará um determinado valor, que multiplicado pelo total vendido, resultará na margem de contribuição total. Os custos variáveis totais são por linha de produtos e composto dos custos variáveis (ou proporcionais) de produção e de venda.

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A margem de contribuição é, pois, um valor restante destinado a cobrir os custos fixos (periódicos regulares e ou programados) e ainda formar o lucro desejado. R - CV = MC = CF + L Por sua vez, a margem de contribuição é unitária ou total. Unitária quando a contribuição é oriunda de um só produto; total, quando provem de diversas unidades ou diversos produtos. A Margem de Contribuição total de uma linha de produto indica quantitativamente - a importância do produto no desempenho global da empresa. A Margem de Contribuição unitária é fixa por produto, bem como o preço de venda e os custos variáveis por unidade. Este aspecto deve ser ressaltado porque é mais fácil analisar com valores estáveis do que com valores instáveis. Partindo-se do pressuposto de que cada unidade vendida de um determinado produto propicia uma contribuição unitária para cobrir os custos fixos e alcançar lucro, podemos com certa facilidade simular situações de quantidades vendidas, determinandose assim qual o volume de vendas que devemos atingir para um determinado resultado. Esse modelo de decisão deve ser acompanhado da análise dos fatores limitativos ou restritivos internos e externos que podem afetar o fluxo normal previsível imposto tanto pela produção quanto pelo mercado. Por esse motivo, a análise conjunta com as restrições encontradas vai proporcionar uma decisão mais equilibrada. Como restrições mais comuns, podemos ter: •

Demanda de mercado inelástica;

• Matérias primas e componentes temporariamente esgotadas ou sem condições de suprimento adicional; •

Escassez de mão de obra especializada;

Falta de capacidade operacional dos equipamentos;

• Os distribuidores dos produtos não têm condições de aumentar a capacidade de imediato; • Capacidade de investimentos em instalações de novos fatores de produção limitados;

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Necessidades de aumentar o capital de giro;

O mercado financeiro não oferece linhas de crédito para aumentar as vendas.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL O cálculo da margem de contribuição percentual destina-se à determinação da parcela, em termos relativos, do preço de venda de um produto, que é considerado contribuição para a empresa. Margem de Margem de Contribuição Unitária Contribuição Percentual = x 100 Preço de Venda Unitário

Margem de Margem de Contribuição da Receita Contribuição Percentual = x 100 Preço de Venda Unitário A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POSSIBILITA O conhecimento da margem de contribuição de cada produto permitirá ao dirigente da empresa: •

Controlar o comportamento dos custos por linha de produção;

• Orientar a produção e as vendas para maximizar os lucros, através do aumento do esforço de produção e das vendas dos produtos de maior margem de contribuição percentual; • Maximizar os lucros ou reduzir os prejuízos pela retirada de produtos ou linhas de produtos da produção;

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Decidir sobre preços mínimos em caso de concorrências;

Definir ou alterar políticas de vendas;

Decidir sobre novos investimentos;

Conhecido o conceito de margem de contribuição - consequência lógica e imediata do sistema de custeamento direto - o analista de custos tem dados básicos para adotar este sistema por absorção. Embora haja autores que considerem as contas do “Lucros e Perdas” também como um sistema de custeio, preferimos assim não entender porque: • As contas de lucros e perdas são pertinentes em tudo à contabilidade e regidas pelos princípios contábeis; • Os dados delas derivados são históricos e, na realidade, quase nunca apurados mensalmente; •

As contas de despesas diferidas influem nos custos por antecipação;

• Não oferecem as condições de análise e são adotadas mais por imposição legal do que por interesse da empresa; Portanto, restam, a nosso ver, apenas duas alternativas em que o custeamento por ordem de produção não é factível: o sistema por absorção e o sistema de custeamento direto. Em decorrência, a comparação deverá ser feita entre esses dois sistemas:

Como Vantagens do Custeamento Direto, poderemos citar:

• A margem de contribuição poderá ser calculada, sem dificuldades, por produto, por linha de produtos, por cliente, por áreas de mercado, por setor da empresa, etc., o que permite uma análise mais objetiva; • A limitação do rateio dos custos variáveis indiretos elimina várias operações de cálculos, reduzindo a probabilidade de erros; •

O lucro do período não será afetado pela produção no mesmo período, pois os

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custos periódicos não sendo rateados à produção, não são levados às contas de estoques (produtos em processo e produtos acabados) como ocorre com o sistema por absorção; • Permite todas as análises com as informações do custeio por absorção, com menor dispêndio de tempo e eliminação da burocracia.

O Sistema de Custeamento Direto tem também suas desvantagens:

• A adoção do custeamento direto pode levar o administrador a relegar os custos fixos da empresa, não lhes dispensando a atenção devida quando da tomada de decisões; • A mudança do sistema de absorção pelo de custeamento direto envolve uma série de aspectos negativos, em especial, a necessidade de se revalorizar os estoques.

Diferenças fundamentais entre custamento DIRETO

Classifica os custos em fixos e variáveis - não classifica os custos Classifica em diretos e indiretos

Classifica em diretos e indiretos

Debita apenas os custos

Debita ao segmento os custos diretos

diretos ao produto

e indiretos (fixos)

Resultado em função do volume de vendas

Resultado em função do volume de produção

Critério administrativo gerencial interno

Critério legal fiscal externo

o regime decompetência

regime de competência

Contraria aparentemente

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ABSORÇÃO

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Aliado aparente ao


Partindo do pressuposto de que cada unidade vendida do produto nos traz uma contribuição unitária para cobrir os custos fixos e ainda formar o lucro, com a simulação a seguir, podemos visualizar os resultados com algumas variações nas quantidades vendidas:

Margem de Lucro e volume de Produção/Vendas

Preço Unitário

Vendas

Margem de Contribuição

Custos Variáveis

Quantidades vendidas em unidades 1

2

3

4

1.750

1.750

3.500

1.225.000

1.226.750

800

800

1.600

560.000

560.800

950

950

1.900

Custos Fixos

560.000

560.000

Resultado Operacional

(559.200)

(558.400)

665.000

560.000

665.950

560.000 800

Desenvolvida pelo Autor

Conforme observamos, quando atingimos uma venda de 700 unidades, mantidos o preço de venda e os custos, não teremos resultado algum, lucro zero. Isso significa que estamos numa situação de equilíbrio, pois quando vendemos uma unidade a mais, passamos a obter um lucro equivalente àquela unidade vendida, Estrutura de Custos apresentada por duas empresas

Desenvolvida pelo Autor

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Os gestores das empresas gostariam de conhecer os reflexos se ocorresse a venda de mais 100 unidades,

Desenvolvida pelo Autor

Conforme demonstrado, a empresa A possui uma estrutura de custos fixos mais conservadora, embora apresente uma margem de contribuição mais baixa. Isso lhe proporciona menores flutuações nos lucros, se comparada com a empresa B. Esta tem maior risco operacional, (custo fixos) mas uma margem de contribuição maior e obteve um maior crescimento em seu resultado operacional, da ordem de (20% - 15%) 5%, enquanto a empresa A alcançou um crescimento de apenas (15% - 17%) 2% em percentual no seu lucro.

PONTO DE EQUILÍBRIO Ponto de equilíbrio, ponto de nivelamento ou ponto de ruptura (break even point) é o ponto de produção e vendas para que a empresa consiga pagar todos os custos e despesas fixas, abaixo do qual ela tem prejuízo e acima do qual passa a gerar lucros, ou seja, neste ponto, a empresa não tem lucro ou prejuízo. Essa informação é de suma importância, pois identifica o nível de atividade em que a empresa, posto de trabalho ou divisão deve operar. Embora seja atribuído como uma ferramenta de curto prazo, pois nenhuma empresa poderá operar por muito tempo com lucro zero, uma vez que não podemos imaginar o desenvolvimento da atividade empresarial sem a obtenção de lucro em um prazo muito longo, sem a remuneração dos capitais investidos, esta é a principal justificativa para ser considerado como uma ferramenta de curto prazo.

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A pergunta mais comum que o empresário faz é: qual o volume de produção e de vendas que a empresa deve realizar de modo a não incorrer em prejuízos? Sabemos que o preço de venda é função de mercado e que, de certa forma, influencia a sua fixação. É aceitável que um número elevado de empresas não vê e não procura as conveniências em mudá-lo. Por outro lado, é do nosso conhecimento que o custo unitário de um produto cresce quando a produção diminui. Poderá ocorrer, então, que a produção chegue a um ponto tal que o custo unitário seja maior que o preço de venda. Este ponto crítico é o marco inicial da marcha da empresa ao prejuízo e, em consequência, ao insucesso do empreendimento.

Sabemos que: Vendas = Custos Variáveis + Custos Fixos + Lucro

Como se busca uma equação em que lucros é igual a zero, temos: Vendas = Custos Variáveis + Custos Fixos

Desenvolvida pelo Autor

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Portanto: Ponto de Equilíbrio

Para se calcular o ponto de equilíbrio, podemos utilizar às seguintes fórmulas:

PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL É o ponto em que o volume de vendas cobre todos os custos, considerando os seguintes dados: •

Receitas de vendas

Custos variáveis – custos dos produtos vendidos/produzidos

Custos fixos

Custos fixos totais

Ponto de equilíbrio em quantidade =

Margem de Contribuição Unitária

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PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO

Neste cálculo, incluiremos as despesas e receitas financeiras

Custos fixos totais + despesas financeiras Ponto de equilíbrio em quantidade =

Margem de Contribuição Unitária

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO Este é uma variante do ponto de equilíbrio econômico, excluindo-se as depreciações, pois esta é uma despesa não desembolsável. Custos fixos totais - depreciações Ponto de equilíbrio em $ =

Margem de Contribuição Unitária

PONTO DE EQUILÍBRIO META É outra variante do ponto de equilíbrio em valor. Adicionam-se os desembolsos dos efeitos financeiros e um valor de lucro mínimo desejado, na maioria dos casos, este valor é a remuneração desejada dos acionista/quotista, ou seja, um retorno sobre o capital investido, que deve ser, no mínimo, a taxa de mercado. Custos fixos totais + Lucro desejado (meta) PE Meta em quantidade =

Margem de Contribuição Unitária

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PONTO DE EQUILÍBRIO EM % Custos fixos totais Ponto de equilíbrio em % = X 100

Margem de Contribuição Total

MARGEM DE SEGURANÇA A margem de segurança pode ser definida como o volume de vendas que excede as vendas calculadas no ponto de equilíbrio, ou seja, uma quantidade que irá salvaguardar qualquer eventualidade.

ALAVANCAGEM OPERACIONAL A capacidade de usar custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das variações em vendas sobre o Lucro da empresa. É a medida da extensão de quanto os custos fixos estão sendo usados dentro da organização. O termo “alavancagem” vem da possibilidade de aumentar os lucros líquidos em proporções maiores do que o normalmente esperado, através da alteração correta da proporção dos custos fixos na estrutura de custos da empresa.

Contribuição Marginal ou Margem de Contribuição Total Grau de Alavancagem Operacional = Resultado Operacional

Quanto maior for a participação dos custos fixos no total, maior será a variação proporcional do resultado operacional, dada uma alteração no volume. Vejamos no exemplo:

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Situação 1:

Estrutura de Custos apresentada por duas empresas

Desenvolvida pelo Autor

Situação 2:

Os gestores das empresas gostariam de conhecer os reflexos se ocorresse a venda de mais 100 unidades,

Desenvolvida pelo Autor

Grau de Alavancagem Operacional - GAO •

Situação 1

800.000

Empresa A = = 3,20

250.000

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1.200.000 Empresa B = •

= 4,80 240.000

Situação 2 800.000

Empresa A =

= 3,20 250.000

1.200.000 Empresa B =

= 4,80 240.000

Vamos comprovar o contido na situação 1:

Um aumento

de vendas de 10%

Aumento

Situação 1

Vendas

Empresa A

10%

Empresa B

10%

GAO

Aumento

Aumento

Lucro

Lucro %

Lucro $

Aumento

80.000

330.000

3,20 4,80

32,00 48,00

250.000 250.000

120.000

Após

370.000

Interpretação: Havendo um aumento de 10% no volume, representará um aumento de 32% no resultado operacional da empresa A e de 48% no resultado da empresa B.

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O conhecimento, por parte dos administradores, da estrutura de custo relacionada com o preço de mercado de seus produtos proporciona as condições necessárias para reações visando a incrementar ainda mais o resultado positivo ou agir visando a corrigir planos que resultem em resultados melhores e maiores, conforme a estrutura da empresa. Para poder atuar com maior segurança, a utilização dos conceitos de margem de contribuição, seja unitária, total ou percentual, oferece maior visualização das ações, além da apuração constante do ponto de equilíbrio dos produtos e da empresa como um todo. São ferramentas gerenciais indispensáveis aos gestores atuais.

FORMAÇÃO DE PREÇO O preço ideal de venda é aquele que cobre os custos do produto ou serviço e ainda proporciona o retorno desejado pela empresa. Pois em um mercado competitivo, os preços são formados pela lei da oferta e procura. Então, dado um determinado nível de preço no mercado para seu produto ou serviço, a empresa avalia se seu preço ideal de venda é compatível com aquele vigente no mercado. Em alguns casos, podem ocorrer imperfeições temporárias de mercado, permitindo que uma empresa pratique seu preço ideal de venda, que, com grande frequência, é calculado incorretamente. A metodologia dominante de formação de preços consiste na aplicação de um percentual (mark up) sobre o custo de produção ou operação. O percentual de mark up é geralmente aplicado sem um embasamento mais profundo. Pode ser uma imitação do líder setorial, decisão administrativa, tradição, etc. Esse procedimento acarreta uma rentabilidade efetiva menor (caso mais raro) ou maior. Quando a rentabilidade efetiva é menor do que a calculada, há perda de eficiência. Ocorre aquilo que, em linguagem de negócios, se chama deixar dinheiro sob a mesa. No caso mais frequente, rentabilidade efetiva maior, a empresa experimenta, algum tempo depois, uma perda progressiva de mercado. Um importante princípio econômico estabelece que nenhuma empresa consegue manter lucros excessivos no longo prazo.

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O excesso de rentabilidade de uma empresa tende a elevar seus custos de produção por inércia. Quando um concorrente ataca o mercado de uma empresa com retorno excessivo, esta pode ter dificuldades para reagir. É possível que produtos e serviços deficitários estejam sendo subsidiados por aqueles com rentabilidade excessiva. Este fato pode dificultar a reação ao concorrente. A formação de preços pode ser definida como o processo de apuração do custo econômico do produto. Define-se custo econômico como a soma de todos os insumos envolvidos no processo de produção de bens e serviços, incluindo o custo-oportunidade do capital investido. O método de formação de preço com base no mark up sobre o custo difere daquele baseado no conceito de custo econômico, pois aquele consiste na apuração do custo de produção ou operação sobre o qual é aplicado o mark up desejado. No cálculo do custo de produção ou operação, há uma distorção causada pelo uso da depreciação linear, um procedimento de uso bastante generalizado. Entretanto, podemos ter outras distorções importantes, como é caso do tratamento dispensado aos custos indiretos. A depreciação linear considera que recursos financeiros a ela correspondentes ficam no caixa da empresa com remuneração zero. Uma vez que esses recursos são continuamente utilizados pela empresa (na verdade, a depreciação não é dinheiro carimbado), implicitamente, estão sendo remunerados. É sobre essa hipótese que repousa o método da anuidade para cálculo da depreciação. Por esse método, a depreciação corresponde ao valor de uma anuidade para gerar um valor futuro, considerando a vida útil do bem utilizado e a taxa de juros que é representada pelo custo-oportunidade de capital da empresa. Este valor futuro é o valor de reposição do bem. Uma adequada fórmula para formação de preços tornou-se essencial, a partir da década de 90, para o estabelecimento de qualquer estratégia competitiva. A velha equação Custo + Lucro = Preço de Venda não é mais aceita pelo mercado (leia-se consumidores). Os clientes não estão mais dispostos a remunerar desperdícios e má qualidade nos processos e serviços executados pelas empresas. Sendo assim, é imprescindível que os gestores atentem para a nova fórmula que se tornou obrigatória na formação de preços (Preço de mercado) - Margem de Lucro necessária = Custo). Mais do que uma inversão na fórmula, este é um novo paradigma nas estratégias corporativas de empresas preocupadas com a globalização e sobrevivência num mercado dinâmico e competitivo.

Variáveis a serem analisadas numa política de definição de preços: Preço do Produto = Custo do Produto + (Custo do Produto X Porcentagem) ou Preço do Produto = Custo do Produto X (1 + Porcentagem)

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A porcentagem é o Mark-up ou margem de lucro. A margem de lucro deverá cobrir todas as outras despesas ainda não incluídas nos custos do produto ou serviço, além de permitir um retorno razoável aos investidores. O conceito de Mark-up, que traduzido quer dizer multiplicador sobre os custos, é uma metodologia para calcular os preços de venda de forma rápida a partir do custo por absorção de cada produto. Esse conceito é largamente utilizado por empresas de qualquer porte e segmento. Ressaltamos, porém, que o mark-up é um multiplicador aplicado sobre o custo dos produtos. A sua construção está ligada a percentuais sobre o preço de venda, ou seja, todos os componentes do mark-up estão ligados a relações percentuais sobre os preços de vendas aplicados sobre os custos dos produtos.

Os elementos do mark-up I são:

Despesas administrativas

Despesas comerciais

Outras despesas operacionais

Custos financeiros de produção e vendas

Margem de lucro

Os elementos do mark-up II são os impostos sobre as vendas:

ICMS

PIS

COFINS

Você pode ter estranhado a não inclusão do IPI. É que este imposto é tratado pelo legislador fiscal como um imposto que não faz parte do preço de venda do produto. Contrariamente ao que ocorre com o ICMS, que já está dentro do preço,o IPI é considerado um tributo exclusivo do contribuinte final, onde cessa o processo.

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O mark-up é extraído da estrutura da demonstração de resultado do exercício, partindo-se do custo dos produtos vendidos. O mark-up I parte do custo industrial e o multiplicador adotado determina o preço de venda antes dos impostos sobre a venda do produto. Esse preço cobre o custo industrial, as despesas operacionais, os custos financeiros e a margem de lucro desejada. Já o mark-up II parte do preço de venda sem os impostos para obter o preço de venda com os impostos: este é o preço que interessa ao cliente e consta na lista de preços.

Veja a seguir:

MARK-UP E DRE Receita Operacional Bruta (com impostos) (-) Impostos sobre as vendas

(20,00)

(-) Custo dos Produtos Vendidos (absorção)

(60,00)

(8,00)

(=) Receita Operacional Líquida (preço de venda sem impostos)

100,00

Materiais diretos

Mão de obra indireta

(12,00)

Depreciações

(7,00)

• •

Mão de obra direta Despesas Gerais

(25,00)

(8,00)

(=) Lucro Bruto

40,00

(-) Despesas Operacionais e financeiras

(28,00)

(10,00)

Comerciais

Financeiras

Administrativas

(=) Lucro Líquido antes do IRPJ e CSLL

(12,00) (6,00) 12,00

(-) IRPJ e CSLL

(4,08)

Preço de venda sem impostos

100,00

Mark-up I (100 / 60)

1,667

(=) Lucro Líquido após os impostos MARK-UP I Custo Industrial

7,92

60,00

MARK-UP II

Preço de venda com impostos

120,00

Mark-up II (120 / 100)

2,000

Preço de venda sem impostos

60,00

Mark-up Total

Preço de venda com impostos

120,00

Mark-up Total (120 / 60)

2,000

Custo Industrial

60,00

OU

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120,00

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Mark-up Total Mark-up I

1,667

Mark-up II

1,200

Mark-up Total (mk I x mk II)

2,000 Desenvolvida pelo Autor

MARK-UP GENÉRICO De acordo com o enfoque do custo por absorção, o mais comum é a utilização de um mark-up genérico para todos os produtos da empresa. Isso quer dizer que o índice multiplicador que será aplicado sobre o custo por absorção será o mesmo para todos os produtos, englobando todos os custos, impostos e despesas. Um dos pontos polêmicos é com relação à margem de lucro desejada, que está ligada ao conceito de rentabilidade do investimento. Como está ligada à eficiência de geração de vendas – giro do ativo, a margem a ser imputada no preço de venda dos produtos tem que atender a estes requisitos. A rentabilidade do investimento é um conceito de custo de oportunidade de investimento de capital. Assim, além dos componentes do giro e da rentabilidade, os custos dos capitais investidos pelos proprietários dos recursos devem ser cuidadosamente analisados quanto à sua remuneração. Devem ser considerados, no mínimo, três parâmetros básicos para cálculo da margem de lucro desejada, quais sejam: • Vendas •

Lucro operacional

Investimentos (ativos)

Custo de oportunidade do capital

Essa margem é particular de empresa para empresa, pois o lucro que se deseja é bastante variável, pois além dos elementos citados, temos ainda: •

Setor de atuação da empresa;

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Tipo de produto;

Reposição dos ativos;

Competitividade setorial;

Situação econômica do país;

Escalas de produção;

Grau de alavancagem operacional;

Elasticidade da demanda;

Taxa interna de retorno dos investimentos;

• Tempo de retorno do investimento (payback - período de recuperação do investimento efetuado em um projeto, por exemplo). •

Objetivos da empresa;

Ambiente social em que a empresa está inserida;

Cultura empresarial;

Participação dos colaboradores empregados, etc.

Devemos ainda considerar os parâmetros externos para determinar a margem desejada, pois a inversão de capitais em uma atividade empresarial supõe obter ganhos superiores aos do mercado financeiro. Assim, uma remuneração superior aos rendimentos obtidos, no caso do Brasil, a poupança, ou entre 12% a 18% líquidos, já é um rendimento com relativa atratividade.

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Matematicamente, podemos determinar a margem de lucro desejada para o

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mark-up, mas, primeiramente, devemos diferenciar que margem de lucratividade é um conceito de lucro sobre as vendas e rentabilidade é um conceito de rendimento do capital investido. Desse modo, a margem desejada a ser aplicada nos preços de vendas dos produtos formados pelo custo deve ser resultante da rentabilidade desejada sobre o capital investido. A fórmula Dupont (ROI – Retorno sobre o investimento = lucro operacional dividido pelos investimentos) é convergente da lucratividade das vendas com o giro do ativo ou patrimônio líquido. O conceito de giro está ligado ao conceito de produtividade do capital investido: quanto maior o giro, maior a produtividade e maior o potencial de geração de lucros para os investidores. Este método pode ser aplicado para o lucro operacional e para o lucro líquido, como segue:

Rentabilidade do Ativo =

Lucro Operacional Ativo Operacional

Decompondo o método Dupont: Rentabilidade do ativo = giro do ativo x margem operacional

Sendo:

Giro do ativo = Margem Operacional =

Vendas Ativo

Lucro Operacional Vendas

Assim sendo:

Vendas Lucro operacional Rentabilidade do ativo = x Ativo Vendas

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Vendas Rentabilidade do PL = x PL

Lucro líquido Vendas

Empresa tem por política que o preço do produto será determinado por meio de uma porcentagem de 100% sobre seu custo: Preço do Produto = R$ 8,00 + (8,00X100%) = R$ 16,00

CÁLCULO DO MARK-UP Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse índice deve ser suficiente para cobrir os impostos e taxas incidentes sobre as vendas, as despesas administrativas fixas, as despesas de vendas fixas, os custos indiretos fixos de fabricação e ainda formar o lucro.

Seja um produto com os seguintes valores: Matérias-primas R$ 350,00 Outros Custos Variáveis R$ 250,00 Total do Custos R$ 600,00

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“Como foi dito, o mark-up cobre uma série de contas. Assim, considere os seguintes valores usualmente fornecidos como uma percentagem do preço de venda”(COGAN 1999, p.133): CÁLCULO DO PREÇO COM

VALORES

100% SOBRE O CUSTO

Matérias Primas

350,00

Outros Custos Variáveis

250,00

Total

600,00 IMPOSTOS E TAXAS INCIDENTES NAS VENDAS

ICMS

18,00%

PIS

0,65%

COFINS

3,00%

Comissões sobre Vendas

3,00%

Total dos Impostos e Taxas Incidentes

24,65%

MARGEM (CUSTOS FIXOS + LUCROS) Despesas de Administração Fixas

3,00%

Despesas de Vendas Fixas

4,00%

Custos Indiretos de Produção Fixos

6,00%

Lucro

18,00%

Total (MC - Margem de Contribuição)

31,00%

Preço de venda

100,00% MENOS

Total dos Impostos e Taxas Incidentes

24,65%

Total (MC - Margem de Contribuição)

31,00%

Mark-up divisor

44,35%

OU

Mark-up Multiplicador (100% / 44,35%)

2,25479

1.352,87 1.352,87 Desenvolvida pelo Autor

Equilíbrio delicado: O pressuposto é extremamente lógico. “O preço máximo de um produto não pode ultrapassar o que os clientes podem e querem pagar”,

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Na hora de fixar preços, o empresário não pode perder de vista o binômio competitividade e lucratividade; a harmonia entre o preço possível e o necessário para financiar o capital de giro da empresa, formar reservas, realizar investimentos e remunerar o capital investido, incluindo a distribuição de lucros a sócios e colaboradores. Trata-se de uma receita diretamente influenciada por fatores externos, internos e até mesmo pela estratégia adotada pela empresa. Entre os fatores externos, é preciso considerar não só quanto os clientes estão dispostos a pagar, como também a abundância ou escassez de matérias-primas, que influem diretamente no custo do produto, a política econômica governamental, a qual estimula ou inibe o consumo e, especialmente, a atuação da concorrência.

Outro exemplo de Mark-up genérico:

Os empresários projetaram suas vendas para um período. Sobre esse faturamento, desejam obter uma remuneração sobre o capital investido da ordem de 15%. Queremos conhecer qual o mark-up a ser utilizado: MARK-UP GENÉRICO MARGEM DE LUCRO DESEJADA LÍQUIDA DE IMPOSTOS

Patrimônio Líquido Médio ((PL inicial + PL Final)/2)

6.198.500

Rentabilidade desejada para o PL

15%

Valor do Lucro a ser Obtido

929.775

Taxa efetiva de Impostos sobre o Lucro ICMS

18,00%

PIS

0,65%

COFINS

3,00%

IRPJ

15,00%

CSLL

9,00%

Total dos Impostos efetivos

45,00%

Valor do Lucro a ser obtido antes dos Impostos FATURAMENTO ESTIMADO PARA O PERÍODO

UNIDADES

Produto A

13.200

Produto C

1.580

Produto B

6.600

Total do faturamento estimado Margem de Lucro sobre Preço de Venda Margem de Lucro a utilizar no mark-up

24

1.690.500

CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO

PREÇO UNITÁRIO 120

1.584.000

8.380

13.240.400

1.140

7.524.000

22.348.400 7,56 7,56%


FORMAÇÃO DO PREÇO EM FUNÇÃO DO CUSTO PLENO Neste método, iremos somar todos os custos do produto, acrescentando uma margem de lucro a ser obtido pela empresa: CUSTOS DO PRODUTO X

VALORES $

Matéria prima

20,00

Mão de obra direta

10,00

Custos Indiretos de fabricação

5,00

Custo de Produção

35,00

Custo de Produção e Venda

47,00

Despesas com Vendas e Administrativas

12,00

Margem de Lucro antes dos Impostos

14,10

(ex. 30% do custo de produção e vendas) Preço de Venda

61,10 Desenvolvida pelo Autor

FORMAÇÃO DO PREÇO EM FUNÇÃO DO RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO A característica deste método é a preocupação dos gestores em garantir uma remuneração ou retorno sobre o capital investido, ou seja, os detentores do capital que fora investido desejam um retorno (rendimento) de 15% sobre os valores investidos da ordem de $ 1.000.000,00. A empresa apresenta custos totais de $ 350.000,00 para um volume de vendas de 100.000 unidades. Por quanto devemos vender cada unidade?

Temos: Preço de venda X quantidade = custo total + % retorno almejado x capital investido

AULA 06 - ANÁLISE CUSTO - VOLUME - LUCRO

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Ou

Preço de Venda =

Custo total + ROI + Capital Investido Unidades

Preço de Venda =

350.000,00 + (0,15 x 1.000.000,00) 100.000

Preço de venda = R$ 5,00

Várias são as formas de se determinar preços de venda dos produtos. Vimos, neste tópico, algumas e você com certeza já ouviu ou até pratica outros cálculos. Mas qual delas é a mais correta? O custo meta, a determinação da margem de contribuição, o ponto de equilíbrio e o grau de alavancagem, demonstram claramente o que a empresa está ganhando. Faça uma análise dos procedimentos adotados em sua atividade e compare qual será a melhor maneira de remunerar dignamente os capitais investidos através das vendas dos produtos da empresa. Ou, simplesmente, pratique o que uma grande maioria faz: se o meu concorrente pode vender mais baixo, a minha empresa também pode. Não levando em consideração a perenidade no mercado e a remuneração dos capitais investidos, os seus recursos, ao invés de crescerem passam a decrescer, aumentando sobremaneira as dívidas, culminando com o fechamento da empresa, a perda do capital investido e os prejuízos sociais que este ato causa.

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CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO


Escolha, em sua empresa, no mínimo dois produtos e avalie qual é o mais interessante. Em primeiro lugar, em termos de rentabilidade; em seguida, considere os demais fatores que afetam a produção e venda dos produtos, como a compra de matéria prima, tempo de utilização do processo produtivo e aspectos mercadológicos. Qual é o melhor produto?

AULA 06 - ANÁLISE CUSTO - VOLUME - LUCRO

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BRUNI, Adriano Leal, FAMÁ, Rubens, Gestão de custos e formação de preços : com aplicações na calculadora HP 12c e Excel – São Paulo – Atlas, 2002. COGAN, Samuel , Custos e preços, formação e análise – São Paulo – Pioneira, 2002. GOLDRATT, Eliyahu M., A meta, São Paulo – Editora Educator – 1994 GOLDRATT, Eliyahu M., Mais que sorte um processo de raciocínio, São Paulo – Editora Educator – 1994. GOLDRATT, Eliyahu M., A síndrome do palheiro: garimpando informações num oceano de dados, São Paulo – Editora Educator – 1991 GOLDRATT, Eliyahu M.; FOX, Robert E., A corrida pela vantagem competitiva, São Paulo – Editora Educator – 1992. HORNGREN, Charles; FOSTER, George; DATAR, Srikant M., Contabilidade de custos – Rio de Janeiro – LTC Editora – 2000. LEONE, George Sebastião Guerra, Custos: planejamento, implantação e controle – São Paulo – Atlas, 1981. LOPEZ, Jose Emilio Nava; MARTIN, Luiz Angel Guerras, La direccion estratégica de la empresa, teoria y aplicaciones - 2 ed. Madrid – Civitas – 1999. MARTINS, Eliseu, Contabilidade de custos 7 ed – São Paulo – Atlas 2000. NAGLE, Thomas T., HOLDEN, Reed K., Estratégia e táticas de preços : um guia para decisões lucrativas, 3 ed. - São Paulo – Prentice Hall, 2003.

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CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO


NAKAGAWA, Masayuki, ABC custeio baseado em atividades – 2 ed – São Paulo – Atlas, 2001.

CRO

NOREEN, Eric W., A teoria das restrições e suas implicações na contabilidade gerencial – São Paulo - Editora Educator – 1996. PADOVEZE, Clóvis Luís, Curso básico gerencial de custos – São Paulo – Pioneira Thomson Learnig, 2005. SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa, Gestão prática de custos – Curitiba – Juruá, 2004. SHANK, John K, GOVINDARAJAN, Vijay, A revolução dos custos: como reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos, - 2. ed. Rio de Janeiro – Campus, 1997. TORRECILLA, Angel Saez; FERNANDEZ, Antonio Fernandez; DIAZ, Gerardo Gutierrez, Contabilidad de costes y contabilidade de gestion – Madrid – McGraw-Hill – 2000. VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez, NEVES, Silvério das, Contabilidade de Custos : um enfoque direto e objetivo 4. Ed rev. e ampl. – São Paulo – Frase Editora, 1995.

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