UNIDADE
18
RELATÓRIO
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
RELATÓRIO Caro(a) Aluno(a), Nesta unidade, trataremos apenas do documento chamado Relatório. E, por que uma unidade inteira para falar dele? Esta e outras perguntas serão respondidas o longo deste estudo. Então, mãos à obra!
Fig.1
Bons estudos!
Este tipo de documento normalmente vem coberto de dúvidas tanto entre os profissionais quanto entre os universitários, pois não é tarefa fácil de ser executada. (BRAGA, 2013, p. 57). Ele requer uma estrutura própria, assim como a manutenção da objetividade. Segundo o dicionário Soares Amora (2009, p. 623), relatório significa: 1. exposição escrita e circunstanciada de fatos relativos a um determinado assunto; 2. conclusões a que chegaram os encarregados de uma pesquisa, de um estudo, de uma comissão. (AMORA, 2009, p. 623).
Assim, Rodrigues (1999, p. 60) afirma que: [...] quem relata, conta fato passado ou experiência vivida. A função equivale à de narrador. O relatório é um produto que depende mais comumente da narração. Constitui documento de correspondência e tem por objetivo o controle de atividades próprias ou alheias, de estados ou processos. A coisa controlada por ele nos fornece diretamente o assunto. Dadas essas características, é texto pragmático e requer palavras neutras, nunca solenes ou vulgares, pede significados monossêmicos, nunca inferências ou ambiguidades. (RODRIGUES, 1999, p. 60)
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Por meio de um relatório, muitas decisões podem ser tomadas visando a mudanças e/ou medidas necessárias para a melhora, correção, solução, ou adequação ao trabalho que vem sendo realizado.
Braga (2013, p. 59) destaca que [...] para que um relatório cumpra com sua finalidade e produza os efeitos desejados, é importante que o relator estabeleça, em primeiro lugar, os objetivos gerais e específicos do documento. As perguntas que seguem servem de orientação para o redator deste texto. a)
O que é um relatório?
b)
Por que fazer um relatório?
c)
Qual é o objetivo geral do relatório?
d)
Quais são os objetivos específicos?
e)
O que se pretende com o relatório?
f)
Qual o nível das informações?
g) Como redigir? (apenas narrar ou descrever ou opinar, criticar sugerir?) h)
A quem se destina o documento?
i)
Quem vai ler?
j)
De onde partir? (de uma premissa?)
k)
Quais são as informações mais relevantes
Fig.2
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Neiva (2004), citado em Braga (2013, p. 59), relata que o relatório pode ser relatório interno ou externo. • Rotineiro: para atender às exigências do trabalho; pode ter um formulário próprio com espaços para preenchimento. • Não rotineiro: de modo geral, é informativo e tem a finalidade de provoca reações que determinem ações específicas. • Formal: relata, formalmente, resultados obtidos em investigações de pesquisa e desenvolvimento. Normalmente, possui formato preestabelecido. • Informal: é muito empregado nas empresas, e o relator anota tudo em tópicos. (BRAGA, 2013, p. 59-60)
Já, Salvador (2015, p. 79), sugere que se respondam as perguntas: O quê? Quem? Como? Quando? Onde? Por quê? E quanto? O quê?: é o objetivo do estudo. Deve-se definir em uma frase qual é o tema central do relatório.
Quem?: a pergunta e para e identificar quem são os envolvidos.
Como?: é importante para contextualizar o tema do relatório, identificando as circunstâncias que o motivaram. Quando?: para nortear o início e o término do projeto/ideia/ problema.
Onde?: determina o universo que pretende atender.
Por quê?: apresenta as razões para que o relatório seja executado. Quanto?: visa quantificar o impacto financeiro no resultado da empresa, departamento, cliente etc. (SALVADOR, 2015, p. 79-80). A autora ainda destaca o desafio que surge no momento de se identificar as conclusões e as recomendações diante dos fatos relatados no relatório. Sendo que, na conclusão, se apresenta os resultados apurados e recomendação são sugestões de ações a serem otimiza-
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das diante da conclusão. (SALVADOR, 2015, p. 80). Segundo a autora, o modelo do relatório segue a seguinte ordem: I – Introdução; II – Histórico; III – Discussão e IV – Conclusões e recomendações. Este é o modelo mais comum. No entanto, a comunicação moderna está surgindo uma inversão desta ordem. Com isso, a conclusão viria já no início do trabalho, pois se observou que era a primeira parte a ser lida. (SALVADOR, 2015, p. 81).
Assim, o modelo do relatório ficaria como segue:
I. escopo; II. conclusão; III. recomendações; IV. histórico; V. discussões.
A autora também reforça que cada um destes tipos de relatório pode apresentar subitens, dependendo da complexidade ou tamanho do trabalho. (SALVADOR, 2015, p. 82). Na sequência, Salvador (205, p. 82), destaca que: [...] que faz a diferença entre um modelo e outro é a definição do título. Se o autor for capaz de resumir o escopo do documento em apenas uma linha, a apresentação das conclusões e recomendações serão complemento da leitura. Se for impossível por se tratar de tema complexo, pode-se o tópico “contexto” ou “escopo”. Nesse, será possível explicar de forma resumida o objetivo do trabalho.
Como o modelo mais conhecido é o primeiro com: introdução, histórico, discussão, conclusões e recomendações, no momento da redação deste, é melhor consultar a pessoa que solicitou este documento, porque o segundo modelo é mais recente e nem todos estão habituados com este tipo de apresentação, o que pode ocasionar certo desconforto em quem solicitou. Porém, como Salvador (2015, p. 82) afirma: “Diga que vai experimentar escrever um modelo mais
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moderno, direto e eficiente e observe a reação de sua audiência à primeira vista do documento”. Destaca-se ainda que, se a empresa possui um manual para este documento e ela não abre mão do modelo ali formatado, fica mais difícil fazer com que as pessoas aceitem novas propostas. Não havendo negociação, segue-se com o modelo indicado. O importante é que este documento siga a trajetória aqui indicada. Para Luizari (2014, p. 86), os elementos que devem fazer parte do relatório são postulados a seguir. • Apresentação Cabeçalho – local e data. Remetente – autor do relatório: nome, função, departamento etc. Destinatário – nome, função etc. Assunto – síntese do conteúdo. • Texto Exposição do assunto – linguagem simples, correta, objetiva. Verbos na 1ª pessoa do plural (“fórmula de delicadeza”: percebemos, sugerimos, verificamos etc). • Fecho Parágrafo conclusivo. Assinatura. • Anexos – cópias, documentos, gráficos, tabelas e quaisquer outras informações complementares.
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Fig.3
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Com estas informações e outras já apresentadas em unidades anteriores, não há dúvida que a produção do relatório será uma tarefa mais fácil.
LISTA DE IMAGENS
Img.1 - https://www.bill.com Img.2 - http://br.freepik.com Img.3 - LUIZARI, K. Comunicação empresarial eficaz: como falar e escrever bem. 2 ed. Curitiba: InterSaberes, 2014.
GLOSSÁRIO Circunstanciada: relativo à circunstância. 1. particularidade que acompanha um fato; 2. situação, requisito; 3. estado das coisas, em dado momento; 4. cerimônia; 5. importância. (AMORA, 2009, p. 147)
Monossêmico: com um único significado. (autor)
Narrador: que, ou o que narra. (AMORA, 2009, p. 480). Pragmático: 1. relativo à pragmática; 2. relativo ao pragmatismo; 3. objetivo, prático. (AMORA, 1999, p. 564).
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REFERÊNCIAS BRAGA, M. A. S. Redação empresarial [livro eletrônico] – Curitiba: InterSaberes, 2013. GOLD, M. Redação empresarial: escrevendo com sucesso na era da globalização 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. GOLD, M. Redação empresarial. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2010. LUIZARI, K. Comunicação empresarial eficaz: como falar e escrever bem. 2 ed. Curitiba: InterSaberes, 2014. RODRIGUES, P. S. Técnicas de redação. 136 ed. Academia Municipalista de Letras do Brasil, 1999. SALVADOR, A. Para escrever bem no trabalho: do WhatsApp ao relatório. São Paulo: Contexto, 2015.
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