mecaradar: o guia das bandas para você ficar de olho — pág. 20
endereços para encontrar mimos de presente de natal — pág. 05
essentials: os objetos do coração de andré peniche — pág. 09
the biggest smallest cultural platform
mecajournal Distribuição g ratuita
Número #017 — Dezembro, 2017
2017 highlights 04 festivais (MECAInhotim, MECAUrca, MECAMis e MECAIberê), 04 MECATalks, 08 MiniMECAs e mais. Relembre os melhores momentos do nosso ano!! pág. 12
[A]
o mundo pós-millennials trends — Nascidos entre 1995 e 2010, representantes da “geração Z” serão maioria no mercado. O que eles querem, pensam e consomem — pág. 10
agenda cultural —
O que conhecer, ouvir e assistir no mês de dezembro em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre pág. 04
tudo sobre internet cool people — Pioneira em cultura de internet no Brasil, Bia Granja criou o YouPix Festival e fez pontes entre criadores online e o mercado — pág. 21
[b]
mecagoods family & friends around the world playlists
Uma rota com 08 endereços para se refrescar durante o verão pág. 23
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Arte, Conhecimento, Cinema, Esportes, Gastronomia, Moda & Música
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MECAJournal
welcome
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MECAGoods Está na busca por mimos para presentar alguém especial neste fim de ano? Venha ao MECASpot, nossa casinha em Pinheiros. Aqui temos cristais, incensos, velas, canecas, cadernos e tote bags, além de uma seleção incrível de achados feita durante nossas viagens pelo mundo. São itens para equilibrar as emoções e fortalecer o espírito para o ano que chega ou apenas deixar um ambiente mais bonito e cheiroso. Tudo o que a gente gostaria de ter – e tem – nos nossos refúgios particulares. Vem conhecer. 1
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1 – O MECASpot funciona como coworking gratuito e café. Aqui você também encontra os nossos goods 2, 3, 4, 5 e 6 – Caderninhos; pedras e cristais; incensos; canecas; velas – para se presentear ou dar para os amigos
fotos: MARI CALDAS
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MECACrew
MECASpot
Ana de Souza Dantas, Andrea Soares, Brett Kincaid, Eloá Orazem, Fernanda Grahl, Helder Ferreira, Guil Salles, Guga Roselli, Igor Cavalera, Juli Baldi, Laima Leyton, Leo Galvão, Letícia Ippolito, Luisa Martini, Maíra Miranda, Manuela Rahal, Marcela Zanon, Mark Daniel, Mariana Caldas, Matheus Barros, Matthew Rowean, Max Pollack, Natália Albertoni, Paula Englert, Pedro Valério, Peèle Lemos, Renata Magueta, Roberto Martini, Rodrigo Santanna, Rony Rodrigues, Seth Kallen, Thabata Guerra, Thum Thompson, Victória Cordiolli, Yentl Delanhesi e muitos mais!
Rua Artur de Azevedo, 499 Pinheiros – São Paulo – Brasil, CEP 05404-011 +55 (11) 2538-3516
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Assine o MECAJournal e receba, mensalmente, um exemplar em sua casa. Envie um e-mail para: contato@meca.love
#hellocidades são paulo
loja – Maiô
abre pop-up no MECASpot Entre dezembro e janeiro, a figurinista Lelê Barbieri abre
O ano foi lindo e passou voando. Para se despedir, segue a curadoria final de 2017 com endereços para você experimentar a cidade Praia de paulista
Drink it
place - Cartel 011 abre anexo
O drink de Ale Pierozan
ao ar livre para curtir o verão
Extensão ao ar livre do Cartel 011, que reúne loja, galeria e restaurante, a Praça 011 acaba de ser inaugurada no terreno vizinho. O anexo temporário receberá festas, restaurantes e outras atividades até dia 17/12 – e apenas nos fins de
“Gosto muito do Hibisc Gin Tonic. Peço sempre. O amargo do hibisco acentua o amargo do gim, além de dar um sabor mais forte e singular. É um drink com personalidade.”
semana. O espaço de convivência é aberto ao público, grátis e inclui uma prainha, além de uma praça de alimentação com opções de endereços hypados da cidade como Fitó e Bro Burguer. R. Artur de Azevedo, 511.
Luxo canadense música - Duo
mescla rock e country
Na contramão de uma série de bandas que não querem assumir gênero, o duo canadense Les Deuxluxes assume com gosto sua opção pelo rock. Em turnê pelo Brasil, a banda de
Ingredientes - 5 cl de gim - 1 água tônica Schweppes - 3 flores de hibisco - Gelo Preparo Num copo, coloque as flores de hibisco e o gim. Deixe em infusão por alguns minutos. Num copo alto, coloque o gelo e despeje a infusão no copo arrefecido. Preencha, cuidadosamente, com a água tônica. Mexa ligeiramente. Sirva.
uma pop-up store no MECASpot para apresentar a coleção de verão 2018 da sua marca de beachwear, a Maiô. Intitulada Des Maiô, a seleção reúne peças versáteis, duplaface e com muito brilho, que funcionam na praia ou na balada. A novidade principal fica a cargo dos biquínis, que entram na onda pela primeira vez. Tudo até R$ 340. Já de olho no Carnaval, Lelê ainda traz peças mais festeiras para cair na folia. E mais: exemplares das coleções passadas em liqui. Apenas corra! R. Artur de Azevedo, 499.
Montreal chega a São Paulo no dia 8/12, com show no Sesc Belenzinho. Lá, Anna Frances Meyer (voz e guitarra) e Étienne Barry (bateria, guitarra e vocais) apresentam “Springtime Devil”, com influências que vão do rock de garagem ao blues rock. Os ingressos custam até R$ 20. R. Padre Adelino, 1.000.
Rock’ n’ roll station
noite - V.U. celebra banda de Lou Reed
Diálogos não ditos teatro - Peça
com Grace Passô no Sesc
É possível assistir à aclamada peça “Preto”, em cartaz
no Sesc Campo Limpo, até o dia 17/12. Escrita por Marcio Abreu em conjunto com as dramaturgas Grace Passô e Nadja Naira, a trama se desenvolve em torno de uma mulher negra que
reflete sobre uma série de questões como o racismo. A partir da fala dela, os atores, incluindo Renata Sorrah, desenvolvem jogos de cena e de linguagem, ora se aproximando da dança, ora da performan-
ce. O espetáculo da Cia. Brasileira de Teatro tenta mostrar como a sociedade dialoga e lida com as diferenças. Os ingressos custam até R$ 30. R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120.
4
Replicado na fachada do novo clube, o icônico álbum “VU”, do Velvet Underground, não deixa dúvidas quanto à homenagem à banda de Lou Reed. Recém-aberto na Barra Funda, o V.U. é uma casa de rock com direito a coquetelaria e cinema. O espaço terá programação fixa.
Às segundas, foco em drinks exclusivos. Às terças, projeção de filmes de Tarantino, Spielberg e Hitchcock. Já as quintas serão de pop, as sextas, reservadas ao lado B do rock e, finalmente, os sábados, voltados para o indie rock. Rua Lavradio, 559.
Mariana Torquato, é
dona do canal do YouTube “Vai uma Mãozinha Aí”. Lá, ela, que não tem uma das mãos, fala sobre inclusão.
Como falar sobre deficiência e minorias virou trabalho? Na verdade não é trabalho, creio que é a minha missão. Sentia necessidade de falar sobre isso e, quando comecei, não tinha ninguém falando. Qual a importância de falar disso hoje? Na TV, sempre se ouviu especialistas, como médicos ou pedagogos, falarem sobre o assunto. Ninguém pensa que alguém com deficiência possa ter a autoestima tão boa quanto a sua, por exemplo. Isso choca. A importância é poder representar outras pessoas com deficiência e que se veem presas num mundo onde elas parecem invisíveis. E as maiores barreiras sobre o tema? Uma das principais barreiras é pensar em rampas, em vez de atitudes, quando se pensa em acessibilidade. O que, na verdade, é falta de informação sobre o tema porque não se fala disso. Seu must-have de make? O batom nude da Faces. Está sempre na minha bolsa.
fotos: divulgação; [a] DIVULGAÇão/haroldo saboia; [b] Pedro ferreira/divulgação
Desmaio de verão
#hellocidades são paulo
Risky business
turn the music on
feira - Evento discute cenário musical Entre os dias 6 e 10/12, a Semana Internacional de Música de São Paulo reúne representantes do mercado da música nacional e do mundo no Centro Cultural São Paulo. A programação diurna contempla debates, workshops e rodadas de negócios que circundam temas relacionados ao novo mercado da música. A ideia é colocar em evidência novos conceitos e propostas que estão transformando esse cenário, além de capacitar e conectar profissionais da área. Considerada a maior convenção de música da América Latina, a SIM apresenta uma série de showcases gratuitos e abertos ao público, que dão um clima de festival para o evento. Entre
by Rafael Gregorio
Magia etílica
bar - Drinks por preços atraentes
[a]
as atrações confirmadas estão o Venga Venga, MC Dellacroix, Soledad
e Kroy (fotos). Uma das novidades é a mostra Sêla, que ocupa paralelamen-
mulher na música. O valor varia com o pacote adquirido. simsaopaulo.com
te a Casa Natura Musical no dia 9/12 para festejar o protagonismo da
partir do seu poema visual “Medo da Forma” (1972) e da introdução de uma nova matéria-prima em seu trabalho, a cerâmica. O material serviu de base para pequenas esculturas, as “Máscaras de Mão”, que
Pisa na paúra
arte - Mostra
discute medo e violência
Lenora de Barros criou a exposição “Pisa na Paúra” a
Bah, tchê
O Paramount, o boteco de melhor custo/benefício que você conhece em São Paulo, acaba de ganhar filial. O Majestic Drinks, aberto na Vila Madalena, repete a fórmula que garante clientela fiel: receitas etílicas de qualidade até R$ 25,90 e acompanhamentos bem-servidos como as empadinhas de palmito (R$ 8 cada). Segue à frente da empreitada o bartender Neto, ex-Astor. Rua Delfina, 130. parecem luvas. Há ainda intervenções e a videoinstalação “Alvos”, filmada numa escola de tiros. Até 20/12, no Anexo Milan, a mostra discorre sobre a violência. Grátis. R. Fradique Coutinho, 1.416.
listicle Bom Dia, Rock’ N’ Roll — Erasmo Carlos
“Para começar o dia bem: tomando vento na cara na janela, de óculos escuros, pensando em fazer um monte de besteiras.”
Chiclete com Banana — Gilberto Gil
“Gilberto Gil e seus três cérebros + um punhado de grama para nela rolar = sucesso.”
Baby — Devendra Banhart
“Correção imediata de vibes para caso a ideia errada ouse chegar junto.”
Summer Wind — Frank Sinatra
“Quem nunca perdeu alguém para a brisa de verão (com elegância, claro) atire a primeira pedra.”
bar - Erva-
mate é chave em nova casa
Queridinha dos gaúchos e de países vizinhos ao sul, a erva-mate ganhou morada em Pinheiros – e com todos os apetrechos aos quais os fãs da bebida têm direito. Recém-aberto, o Yerba Mate Bar oferece opções
— Vocalista do Circo Motel indica cinco músicas para um dia ensolarado de verão.
quentes servidas na cuia acompanhadas de garrafa térmica com 500 ml de água quente (R$ 10). Há ainda infusão da erva feita com água fria, mais comum no Paraguai, e opções de chás gelados com mistura de
frutas. Se estiver com tempo, aproveite para fazer uma pausa na varanda no fundo do bar petiscando medialunas com manteiga ou doce de leite (R$ 10). R. Mateus Grow, 174.
Happy — The Rolling Stones
“Keith toca e solta a voz como o príncipe torto do rock que eternamente será. Impossível resistir.”
[b]
talentos e valorizar a criação autoral, foi realizado na Praça das Artes. Em parceria com o TNT Lab, laboratório móvel da marca de energéticos, passaram por lá nomes importantes do segmento. É o caso
Endereços com mimos fofos de Natal
Tocar a campainha da My Fots faz parte do charme da loja com cara de casa instalada num sobrado no Baixo Pinheiros. Lá você acha peças atemporais até para bebês. Tudo básico e lindo. R. Padre Carvalho, 379. Plantinhas charmosas, como suculentas e pendentes podem ser encontradas no Jardin do Centro. Aproveite e fique para o coffee break ali mesmo. R. General Jardim, 490. Recém-lançado, o Projeto Base é uma marca fofa e nacional de calçados veganos. Em dezembro, seis modelos são vendidos na Endossa. R. Domingos de Morais, 725.
por TNT Energy Drink
resistência — Gente que não se rende às dificuldades do dia a dia No último mês, a Casa dos Criadores comemorou 20 anos com talks sobre temas como o mercado de modelos plus size e transgêneros na moda. O evento, reconhecido por fomentar novos
A cidade é inquieta. A cada instante, algo novo acontece. Por isso, a Motorola criou o HelloCidades, que convida todo mundo a dar um Hello para as novidades que a cidade respira. Algumas delas estão aqui e outras, nas nossas redes sociais! @motorolabr
de Lorenzo Merlino, Eduardo Costa e a jornalista e image designer Igi Ayedun. Ela, que mediou uma mesa sobre moda consciente, dá, aqui, dicas de como resistir nesse competitivo mercado.
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Persista “Tenha paciência. Construir uma carreira sólida nessa área, que é bastante competitiva, requer muito tempo, atenção, dedicação e, principalmente, subtração de egos.”
Seja você “Seja sempre fiel ao que você acredita. Não siga tendências, mas não seja alienado. Informe-se em boas fontes, tenha consciência e respeito pelo mundo à sua volta.”
Work hard “Estude muito. Tenha fundamento e embasamento para bancar tudo o que disser com propriedade. E nunca tenha medo de se renovar e aprender coisas novas.”
#hellocidades são paulo
taste city - explorar e expandir os horizontes é necessário Renatathe Brandão, CEO da Conspiração Filmes Thiago Pethit, cantor e compositor O músico, que atualmente se dedica a um projeto em que interpreta canções e poemas de Patti Smith, elegeu seus lugares favoritos do centro de São Paulo.
Música e larica
COMIDA – Conceição Discos tem cura para ressaca A chefe Thalita é uma das pessoas mais queridas que conheço. É ela quem atende
clientes no balcão e escolhe as trilhas e os vinis que dão nome ao restaurante.
No sábado, peça o pão de queijo recheado de pernil e ovo frito – a melhor invenção para curar uma ressaca de sexta. R. Imaculada Conceição, 151.
Clássico moderno
[c]
Café diário
ARTE – Pivô
COMIDA –
[d]
Takkø é ponto de encontro
recebe artistas no Copan Para fãs de arte contemporânea e como eu, admiradores do
Quem mora em Santa Cecília ou frequenta bastante o centro sabe que este é o ponto de encontro da região. Todos passam por lá para tomar o melhor café da cidade ou saborear um dos doces: o meu preferido é o pão de mel. R. Dr. Cesário Mota Júnior, 379.
arquiteto Niemeyer, a Pivô é uma ótima desculpa para visitar o Edifício Copan. O espaço de três andares tem entrada gratuita e fica embaixo do prédio icônico. O ‘centro cultural’ abriga ateliês onde jovens artistas podem desenvolver e expor seus trabalhos. E o garoto da recepção é um gentleman. Av. Ipiranga, 200.
Noite antropofágica
FESTA – Mamba Negra agita galpões do Bom Retiro Itinerante e com endereço divulgado apenas 24h antes, a festa atrai aos galpões do Bom Retiro os fãs de techno. Não se engane pelo cli-
ma dark berlinense, as apresentações da banda Teto Preto são o grande destaque antropofágico brasileiro. @mambanegra holes
#tastethecity é uma plataforma criada para oferecer uma jornada de descobertas e um novo olhar sobre o que há de mais incrível na cidade de São Paulo. @ tastethecitybr
Natal criativo
Fora do eixo
ARTE – Nova
FEIRA – Mais de 80 marcas independentes
A AB Galeria mal abriu suas portas na Barra da Tijuca e já está desempenhando papel ativo na descentralização do circuito artsy carioca. Fundado por Liliam Albuquerque e Fabiana Brandão, ambas com menos de 30 anos, o espaço expositivo
Para fugir dos shoppings lotados no Natal, uma boa pedida é O Mercado, feira de estilistas independentes que
galeria na Barra
Virada selvagem FESTA – Entre
em 2018 na Habemus
começou fazendo barulho: inaugurou uma mostra exclusiva do renomado grafiteiro paulistano Rafael Sliks e fechou uma parceria com a Good Mother Gallery, de São Francisco, para
levar a arte do brasileiro aos EUA. No Rio, aliás, a exposição fica em cartaz durante todo o mês de dezembro, exceto no período de festas. Av. das Américas, 3.301.
No Espaço Carioca, no Alto da Boa Vista, rola mais uma edição da Habemus Réveillon. Com um diversificado time de DJs, como Dorly
e Isabela Catão, as pistas terão opções para todos os gostos: do pop ao EDM. Diverso também é o open bar, que parte da catuaba para chegar no espumante, e o bufê repleto de delícias. Vá de roupa de banho, porque a piscina estará liberada a noite toda. A entrada sai por R$ 300. Est. das Furnas, 590.
acontece nos dias 16 e 17/12, em Laranjeiras. Além de ampla variedade de marcas autorais, o evento conta com apresentações de DJs e barraquinhas de sanduíches, ceviches, doces e chope artesanal. A entrada é gratuita. R. Álvaro Chaves, 41.
We used to wait
SHOW – Arcade Fire abre turnê na Lapa No dia 8/12, o Arcade Fire sobe ao palco da Fundição Progresso em mais uma parada da turnê do álbum “Everything Now”, lançado em julho deste ano. Os ingressos custam a partir de R$ 140. No dia seguinte, os canadenses partem para São Paulo, onde se apresentam na Arena Anhembi. R. dos Arcos, 24.
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fotos: DIVULGAÇÃO; [a] DIVULGAÇÃO/bruna cabral; [b] reprodução/jade liz; [c] reprodução/fernando moraes; [d] reprodução/ giuliana nogueira
rio de janeiro
#hellocidades belo horizonte
Filha do Carnaval
Lançamento –
Laiê! vai vestir a folia em 2018 O ano ainda não acabou, mas a Laiê!, como todo bom brasileiro, já está pensando no Carnaval. Recémlançada, a marca de
roupas especializadas em folia acaba de inaugurar loja virtual e começa a marcar presença nas feirinhas da cidade, como a Arco Íro. Entre as peçasdesejo, tops babado e triângulo, hot pants, bodies e saias mullet – tudo confeccionado com tecido metalizado. @laieatelie
Arte à mineira
[a]
FEIRA - Bazar junta artistas independentes O bazar de arte independente JUNTA está de volta para uma terceira edição. O objetivo é promover e fomentar a cena artística local. Durante dois fins de semana, nos dias 9, 10, 16 e 17/12, das 10h às 20h, o evento reúne 40 nomes das artes visuais mineiras na galeria Mama/ Cadela., no bairro de Santa Tereza. R. Pouso Alegre, 2.048.
[b]
[b]
Sem censura Três vezes indie SHOW – Young
Lights lança disco novo
Dica para os amantes do indie brazuca: no dia 15/12, a banda mineira Young Lights lança seu novo disco – que
leva o nome do grupo – junto dos cariocas do Baleia. Na abertura do evento, no Galpão Cine Horto, também rola um pocket
ARTE – Erotismo
show de Arthur Melo, novidade da cena musical de BH. O ingresso antecipado sai por R$ 30. R. Pitangui, 3.613.
é tema de exposição
Nordeste e Sudeste se conectam na Mostra de Arte
Erótica, que realiza mostras simultâneas em Natal e Beagá. De 6 a 8/12, na Velma Danceteria, há rodas de conversa que transitam pelo tema censura e oficinas que vão do pole dance à massagem
erótica. Já no dia 9, na festa de encerramento, há também feira de artes e produtos eróticos. Os ingressos, à venda no Catarse, custam a partir de R$ 15. Av. Silviano Brandão, 2551.
porto alegre
Gluten & lac free
Museu + música
Comida – Para saborear sem medo
ARTE – Ritmos
da Tropicália no Iberê
Sempre aos domingos, até 17/12, a Fundação Iberê Camargo recebe o projeto #músicamudatudo, da Rádio Unisinos, comandado pelo DJ Porã. O projeto realiza setlists de música brasileira no museu gaúcho para acompanhar a exposição “Vivemos na melhor cidade da América do Sul”. A programação passeia pelos ritmos da Tropicália, da MPB
e de outras referências ligadas à mostra, que inves-
tiga noções contraditórias de tropicalidade e identi-
dade nacional, partindo da paisagem estética e política
do Rio de Janeiro. Av. Padre Cacique, 2.000.
Revolução campestre
edição na zona rural nos arredores de Porto Alegre. Além de shows de bandas de indie rock locais, o evento conta com farta oferta de comidinhas e duas dezenas de torneiras de chope artesanal de fabricação própria. Crianças são também muito
bem-vindas. Para elas, o principal atrativo são os animais de estimação que correm soltos pela vasta propriedade. Na venda antecipada, o ingresso, com transporte incluso, sai por R$ 27. Est. Capororoca, 94740000.
FESTIVAL – Ao
ar livre, shows e comidinhas
Propondo uma fuga da rotina estressante da cidade, o Zapata in Concert realiza sua terceira
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Aberta no ano passado, a MOOD Cafeteria caiu nas graças não apenas dos celíacos e intolerantes à lactose, mas de todos aqueles que apreciam a boa comida. No endereço é possível se deliciar com um brownie de avelãs, goji berry e sorvete – sem açúcar, glúten, leite ou soja – acompanhado de um tradicional Matcha Latte. R. Azevedo Sodré, 25.
Movimentos virtuais
DANÇA – Cia Muovere faz apresentações de “Choking” O premiado espetáculo de dança da Muovere Cia de Dança, “Choking”, chega à capital gaúcha para três apresentações no Instituto Ling, de 7 a 9/12. Mediado por dispositivos e interfaces digitais, ele foi inspirado
nas relações estabelecidas entre realidade e ficção na interação cotidiana com a internet. As coreografias dialogam sobre noções de violência, movimento, sincronismo e anacronismo. A entrada é gratuita. R. João Caetano, 440-B.
#quemteinspira
conversas sinceras
Destaque no teatro, Michelle Ferreira escreve a partir de músicas, notícias e papos com desconhecidos
Para Michelle Ferreira, uma das dramaturgas de maior destaque na cena teatral paulistana, as questões do mundo podem estar contidas dentro de um apartamento. E é por isso que o espaço se repete como cenário de suas peças, que abordam temas contemporâneos como a febre dos reality shows ou o caos emocional de uma relação amorosa. Formada como atriz na Escola de Arte Dramática da USP e como autora no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), Michelle escreveu 12 peças – entre elas “Os Adultos Estão na Sala”, que ficou dois anos em cartaz e foi indicada ao Prêmio Shell. Transitando pela comédia, ela quer ser popular. Por isso, também se aventura na TV. Aqui ela fala um pouco sobre o que a motiva a criar – tanto.
“quem não pode lidar com a crítica nem deveria escrever. apanhar me fez mais forte”
O que te inspira? A música talvez seja o principal. Ela me permite colar imagens que coleciono desde a infância e posso transformar em texto. Abrir o jornal também tem sido uma fonte intensa de inspiração nos últimos dois anos. Me entristece, mas ao mesmo tempo joga uma real do que está acontecendo e me dá uma ideia de como posso interferir nas obras. Além das histórias que eu ouço. Presto muita atenção nas pessoas, próximas ou desconhecidas, que gostam de se abrir. E gosto que elas se abram comigo. Fico, de propósito, tentando arrancar informações, acessar seus universos.
Você é atriz, escreve para o teatro e para o cinema. Como é seu processo e como se divide entre tantas frentes? Depende muito do que estou fazendo. Faço questão de manter uma rotina para escrever, porque é como eu funciono na escrita. Então, eu corro, por exemplo. Sou uma fumante que tenta correr 18 km por semana (risos). E tenho dificuldade de atender uma parte que é mais operacional. Queria ficar mais tempo só criando. Mas a gente não é mais uma pessoa. A gente é uma empresa, tem um CNPJ. E, pra quem é ligado em astrologia, ser do signo de gêmeos ajuda muito.
E por que fazer televisão? Escrevi um seriado (“Entre o Céu e a Terra”) para a TV Brasil e foi uma experiência muito legal. Não tenho preconceito com linguagem alguma. E tenho um desejo grande de ser popular, que é aquilo que consegue dialogar com muitas pessoas. E ao mesmo tempo conecta porque fala do homem. Persigo isso, mas é difícil. Se alguém um dia falasse “a Michele Ferreira, que é uma dramaturga popular”, eu ia achar um dos melhores elogios do mundo.
Qual a dimensão do CPT (Centro de Pesquisa Teatral) na sua trajetória? Foi lá que eu comecei minha carreira como dramaturga e tive a oportunidade de ouvir o Antunes Filho [um dos principais diretores do país] falar da minha produção. Foi um processo de autoconhecimento a busca da minha linguagem. E devo minha autoralidade a ele. Consegui crescer porque fui bem criticada, algo muito difícil de fazer. É preciso cultura, humanidade e amor à arte para criticar a obra de alguém.
8
E como escrever depois da crítica? É difícil ter o trabalho criticado, mas é fundamental. O Antunes falava: eu te critico porque eu te amo. Alguém precisa falar a verdade para você melhorar. No teu embrião ali, num sentido pedagógico, não nesse pós de crítica de jornal. E tem de mandar jogar [material] fora sim. Quem não pode lidar com isso não deve escrever. Senão faz um pacto com a mediocridade. Apanhar desde sempre me fez mais forte. Nadar contra a maré faz músculo.
foto: MARI CALDAS
Qual você enxerga ser o seu papel como dramaturga num cenário em que tem se falado muito sobre a visão da mulher em determinados espaços? O homem nunca foi cobrado porque ele sempre foi o “sujeito”. Nós sempre fomos objeto e agora estamos no lugar de sujeito. Eu tenho um lugar nesse cenário como criadora e não respondo e não preciso responder a nada em relação a isso que a gente construiu do que é o feminino. Ao mesmo tempo, sei da minha responsabilidade, mas não posso falar em nome de ninguém.
ESSENTIALS 1. A guitarra Giannini Apolo 1964 que foi do meu tio. Aparece em quase todos os clipes que faço. 2. A banda Swervedriver autografou o jogo Road Rash, de 3DO, onde os conheci. 3
3. Aparelho de som National SG110, de 1972, onde escutei os meus primeiros discos.
2
André Peniche —Fotógrafo e diretor
Dono da gata Miu (foto) e fã da saga americana “De Volta para o Futuro”, André é conhecido pela direção autoral de clipes para bandas como Júpiter Maçã e Maglore – há um da Sebadoh a caminho. Nas horas vagas ele coleciona discos, videogames e outros itens um tanto curiosos
4. Disco “Yesterday and Today”, dos Beatles, com a infame capa “Butcher”, que foi proibida e logo tirada de circulação. 5. Toddy. Não vivo sem Toddy. 4
6. Trilogia do filme Back to the Future em VHS, que ganhei de um vizinho quando morava em Santos. 7. Script da quarta revisão do filme “De Volta para o Futuro”. 8. Réplica do Hoverboard do filme “De Volta Para o Futuro II” feita pela Mattel e dada a colecionadores de itens originais usados no filme.
1
9. Atari 2600 “Heavy Sixer”. Fabricado apenas no primeiro mês do lançamento, em 1977.
7
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10. Foto original tirada pela Jo McCaughey no set de filmagem de um clipe da banda Dead Weather.
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11. Retrato de meu avô Luiz Gonzaga Ferreira, que faleceu em 2000, no Porto de Santos.
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12. Primeiro single do Nirvana 428/ 1000 “Love Buzz / Big Cheese” dado por uma ex que o encontrou no sótão da casa de sua irmã.
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fotos: MARI CALDAS
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13. Vitrola Garrard (1966), onde ouço todos os meus discos. Ganhei quando filmávamos o curta “Thomás Tristonho”. 14. Disco autografado enviado por Ben Blackwell, sócio de Jack White na Third Man Records.
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trends
True Gen: uma geração em busca da verdade
Mais pragmática e realista que a Millennial, a Geração Z, nascida entre 1995 e 2010, quer mudar o mundo com os dois pés bem fincados no chão
comportamento —
Certa vez, ao participar de uma competição de poesia Slam fora de sua cidade, a poeta MC Gabz se viu como a única mulher entre o grupo de competidores. Quando chegou sua vez de subir ao palco, a carioca de 18 anos foi recebida pela plateia com uma enxurrada de comentários. Não eram observações sobre sua pouca idade ou a respeito da surpresa em encontrar ao menos uma representante do gênero feminino ocupando aquele espaço dominado por homens. Em vez disso, foram ouvidos assovios e gritos sobre sua aparência e corpo. “Gostosa” foi uma das palavras ouvidas e uma das poucas publicáveis. A moradora do Irajá não se deixou abalar. Iniciou a apresentação e cantou sobre ser uma mulher negra, sofrer numa sociedade machista e ter seu corpo objetificado. Quando terminou, encontrou o público totalmente emudecido. Eles tinham percebido o erro e compreendido um pouco do que era estar no lugar de Gabz. Relatada na série documental “1/4 Dela”, com previsão de estreia na plataforma Hysteria no dia 22 de janeiro de 2018, a cena simboliza um dos traços comuns aos jovens nascidos a partir de 1995: a defesa de causas identitárias por meio do diálogo. Alocados sob um guarda-chuva chamado “Geração Z”, eles são o grupo etário sobre o qual o projeto audiovisual idealizado por Julia Anquier se debruça. A cineasta se ancorou em longas entrevistas com seis mulheres de 18 a 20 anos, que, apesar de oriundas de diversas classes sociais, aparentam ter mais semelhanças que diferenças. “Todas elas falam sobre viver o presente, estar no momento atual para poder agir. Sempre agir. Elas não vão ficar paradas, estão aí para balançar todas as nossas ideias obsoletas de sociedade”, conta Julia. “É uma juventude que está se formando num país sem perspectiva de emprego, de direitos, de qualidade vida e de felicidade. Elas precisam viver no presente para conseguir construir um futuro mais humano”, conta. O grupo que chama atenção da realizadora é o mesmo que tem como representantes mundiais a editora de moda de 21 anos Tavi Gevinson, que conquistou uma rede de seguidores aos 12 e criou a revista “Rookie” aos 15, e o ator de 19 Jaden Smith, filho de Will Smith, que se tornou o embaixador genderless da Louis Vuitton. É também o foco de um estudo inédito no Brasil realizado pela agência de pesquisa de consumo Box1824 em parceria com a consultoria McKinsey para entender como os sucessores dos millennials se comunicam, em que acreditam e quais são suas escolhas. Após três meses de pesquisa de campo, realizada entre junho e outubro de 2017, os pesquisadores, psicólogos e cientistas sociais puderam delinear um perfil detalhado da geração que foi batizada de True Gen, a geração da verdade, graças ao modo como busca autenticidade e transparência em todos os setores de sua vida.
Para além de sua ampla e rápida capacidade de cognição, fruto de seu crescimento imerso na internet, a primeira geração totalmente nativa digital apresenta três padrões comportamentais principais que a diferencia fortemente da anterior. Intitulado “Undefined ID”, o primeiro diz respeito à importância que os Z dão a construir sua identidade da maneira mais autêntica possível. “Através das redes sociais, eles expandiram seu universo de referências para além de suas casas, escolas e famílias, e entendem que a construção de identidade pode ser algo mais fluido, sem estereótipos e que exalta individualidades”, conta Luísa Bettio, diretora de planejamento da Box1824. O segundo, “Realistic”, significa que, ao contrário dos idealistas e sonhadores mil-
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trends
Conexão Z Quatro marcas que se conectam com os anseios da True Gen
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1 e 3 – Tavi Gevinson e Jaden Smith, representantes mundiais da Geração Z 2 – Os integrantes do coletivo MOOC, criado por oito jovens moradores da periferia 4 – A poeta de Slam MC Gabz, uma das personagens da série “1/4 Delas” 5 – Um dos eventos da Nike voltados a experiências dinâmicas
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Spotify
A plataforma de streaming é exemplo de consumo de acesso, onde é possível aproveitar sem precisar possuir.
Nike
A marca esportiva alcançou a geração Z ao criar um ecossistema de relacionamento que vai além dos produtos que comercializa.
Amazon
A varejista permite que clientes também gerem renda realizando entregas esporádicas.
Patagonia
A marca de roupas dialoga com os valores éticos dos Z ao destinar 1% de seu lucro à preservação ambiental.
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lennials, a Geração Z tem os pés no chão: 42% dos entrevistados já exerce atividade remunerada e 70% valoriza empregos com carteira assinada. “Mais pragmático e realista, esse grupo passou pela ascensão econômica do país e hoje vive uma das maiores crises que o Brasil já enfrentou. Dentro de casa viram a situação mudar com os pais perdendo o emprego, mudando sua realidade”, explica a publicitária. Já o terceiro, “Dialoger”, diz respeito à sua capacidade de diálogo e de compreender outras verdades. Por isso, são mais pacientes quanto a opiniões diferentes das suas e acreditam que toda mudança deve vir com diálogo. “Os três comportamentos estão conectados e são coerentes”, analisa
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fotos: DIVULGAÇão; [a] Miro/divulgação/; [b] WesleyAllen /i hate flash; [c] Theodora Duvivier/divulgação
“A geração z exalta as diferenças e foge de estereótipos” — Luísa Bettio
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Luísa. “Essa é a maior quebra de estereótipos jovem que poderíamos destacar, afinal, por gerações os jovens foram considerados rebeldes. Hoje seguem sendo transgressores, porém, com atitudes pacíficas e controladas”, aponta. Essas particularidades também refletem nos hábitos de consumo da True Gen. Segundo o estudo, antes de escolher uma marca, seus representantes avaliam acesso, singularidade e ética. As empresas que mais a atraem são, portanto, as que não baseiam seus negócios na venda de produtos padronizados, e sim em plataformas de produtos, serviços e experiências ligadas à marca. Além disso, a mesma expectativa de autenticidade e transparência é estendida para a relação entre os consumidores e as marcas. “Não basta que as marcas adotem um discurso abrangente e ‘politicamente correto’. É fundamental que as causas adotadas sejam congruentes com os valores da empresa e praticadas não somente da porta para fora, mas também da porta para dentro”, afirma a diretora. Citada como exemplo pela BOX1824, a Nike passou a estabelecer diálogo direto com a geração ao perceber a multidimensionalidade desses jovens. “Um corredor também assiste futebol, coleciona os tênis, é DJ no fim de semana e adora andar de skate com a galera no centro. A Nike procura ser uma parceira dessa galera, falando sua linguagem e participando das suas rotinas sem demandar interrupções”, explica Barbara Casara, diretora de marca para futebol da Nike do Brasil. “Procuramos ser relevantes e construir uma relação por meio de experiências dinâmicas e autênticas, valores genuínos para a geração Z.” Outra iniciativa que conversa diretamente com os valores da True Gen, o MOOC (Movimento Observador Criativo), coletivo de arte, moda e design criado por oito jovens negros da periferia, atua no mercado publicitário criando conteúdos híbridos com enfoque na diversidade e representatividade. “Ao desenvolver nosso trabalho, vemos pessoas sendo inspiradas a transformar a sociedade de forma positiva”, conta Levis Novaes, um dos integrantes. “Esse público absorve esse conteúdo porque sempre sentiu a necessidade de se ver representado e, principalmente, inserido dentro de novos contextos que fogem do caricato”, finaliza ele, ao ressaltar uma das principais características da True Gen: a recusa de qualquer tipo de caricatura.
especial
2017, um caso de amor Foram mais de 30 encontros com muita música, arte, natureza, design, conhecimento e – o mais importante – pessoas incríveis do mundo inteiro. E a gente se despede de tudo isso com o coração cheio e a certeza absoluta de que uma plataforma cultural é uma ferramenta poderosa de transformação
Sonho que se constrói junto vira realidade. E, em alguns felizes casos, supera todas as expectativas. Pelo retrovisor, vemos 2017 como um ano de crescimento - na relevância e no alcance, mantendo a qualidade das experiências e das relações. Exatamente como planejou o idealizador do MECA, Rodrigo Santanna, há 08 anos. “Sempre que surgia a oportunidade, eu ia para festivais na Europa e nos EUA. O que não fazia sentido, considerando que alguns dos lugares mais incríveis do mundo são no Brasil! Comecei a construir, então, o que eu chamaria de The Biggest Smallest Cultural Platform, uma plataforma que soma aquela experiência que conheci no exterior à cena cultural, às pessoas e aos cenários cinematográficos que só existem aqui”, comenta. Depois de consolidar o MECAInhotim na lista dos melhores festivais do país – e não foi a gente que disse! –, realizamos mais três festivais que promoveram a simbiose entre música, arte e natureza. Primeiro, o MECAIberê coloriu com as luzes do arco-íris a fachada da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, em duas noites focadas na música eletrônica. Em São Paulo, o MECAMis, no Museu da Imagem e do Som, ganhou uma agenda extensa voltada a painéis, talks e workshops. E, pra fechar, o MECAUrca, no Morro da Urca no Rio de Janeiro, com a vista da cidade como um dos headliners. Além dos grandes eventos, continuamos a gerar o conteúdo que gostaríamos de consumir. Por exemplo, este jornal que você lê agora, distribuído (gratuitamente!) todo mês, e a MECANews, uma newsletter (também gratuita!) enviada semanalmente. Já fomos de uma conversa com o artista Ai Weiwei a um bate-papo com um ciborgue; de reportagens sobre uma nova política a outra sobre um novo consumo; de rotas com os pontos que celebram todas as formas de amor em SP a um trajeto entre os projetos arquitetônicos mais impressionantes de Belo Horizonte. E o ciclo virtuoso continuou com os projetos especiais do MECAWorks, que incluíram curadorias de eventos – como o lançamento do Fiat Argo e uma das noites do Bud Basement –, seeding pra Converse e Ray-Ban, branded content pra Farm, brand experiences pra TNT Energy Drink, cobertura de conteúdo pra Motorola, entre muitos outros. Aliás, essa é uma boa hora pra agradecer o apoio de todos que estiveram com a gente nesse ano inesquecível: muito obrigado! <3
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MECAWorks – Ativações, curadorias e projetos especiais para marcas relevantes Um dos grandes acertos para o MECA em 2017 foi o estreitamento de laços com grandes marcas. Elas viabilizaram nossos eventos e nós fizemos ativações e curadorias musicais para projetos especiais de marcas como FIAT, Budweiser e TNT. Prova de que boas parcerias rendem ideias e experiências incríveis.
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especial
fotos: arquivo meca; [a] david argentino/ I HATE FLASH; [b] fernando schlaepfer/ I HATE FLASH; [c] helena yoshioka/ I HATE FLASH; [d] Diro Blasco
MECAInhotim – A consolidação de um festival que une arte e música num dos lugares mais especiais do país Com as bênçãos de Jorge Ben Jor, patrono da música brasileira, o MECAInhotim viu sua segunda edição mais longa – com três dias consecutivos – se consagrar como um novo parâmetro de sucesso na cena de festivais. Parte da experiência realizada em parceria com o Instituto Inhotim (MG) está ligada ao line-up, que trouxe nomes como Karol Conka, Lia Paris, Ventre, Tássia Reis, Pional, Silver City e Lumen Craft, este chamando a atenção com seu jogo de luzes. Otimizar a vivência do parque, que por si só é uma atração, foi outro acerto. Além das atividades espalhadas pelo espaço, como a yoga matinal da WAKE, e palestras com mentes brilhantes – a exemplo de Bárbara Soalheiro e Felipe Anghinoni –, foram criadas visitas guiadas, como a que apresentava as plantas psicoativas cultivadas nos jardins do instituto. Para coroar, foram destaque as ações de parceiros como Taste the City, que disponibilizou um balão de ar quente; a Motorola, com uma sensacional projeção de vídeos; a TNT, com um palco para chamar de seu; a Natura, embelezando os convidados; e a Melissa, que cobriu a folia de glitter.
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“Foi uma experiência de muita energia. Ali no palco, pude sentir três momentos muito marcantes: quando toquei ‘Tombei’, ‘Lalá’ e ‘É o Poder’” Karol Conka, cantora e headliner do mecainhotim 2017
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“mais do que música, é a experiência a principal atração dos festivais, e o MECAINHOTIM não foge à regra” [a]
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uol
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“essa foi minha segunda vez no festival e estou apaixonada. prometi a mim que não perco um”
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Laura vicente
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especial
MECAIberê – O retorno às origens gaúchas com a proposta de agregar cultura e conteúdo à experiência da plataforma
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“Há anos frequento os eventos do MECA, mas tocar no festival é muito massa. é, na verdade, incrível . e eu espero que seja o primeiro de muitos!” [b]
paula varga, vencedora do budmecachallenge 2017
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fotos: [a] RAUL ARAGão/I Hate Flash; [b] Alexandre Woloch/ I Hate Flash; [c] Giulia Müller
Em um relacionamento sério com a arte contemporânea, a Fundação Iberê Camargo recebeu de braços abertos o retorno do MECA à Porto Alegre, terra natal da plataforma, que ali nasceu em 2014. Entregue à música eletrônica, a festa contou com a intensidade do projeto novaiorquino The Shelter, a potência da DJ Posada, a brasilidade de Trepanado, do duo Selvagem, e a originalidade de Carrot Green, um dos artistas mais promissores do cenário musical eletrônico brasileiro. Gabriell Cevallos, 2Brothers e Paula Vargas, vencedora do BudMECAChallenge, também brilharam no evento, que contou ainda com painéis sobre temas contemporâneos. São exemplos: “A festa nunca termina, mas se transforma: hedonismo, negócios e ativismo, como equilibrar?”, com representantes da cena local falando de eventos alternativos como a festa Bronx, e “Produção cultural como ferramenta de discussão de gênero e representatividade”, que ressaltou a importância de colocar minorias como protagonistas da programação e da curadoria de eventos.
especial
fotos: Helena Yoshioka/I Hate Flash
MECAMis – Uma programação de talks e workshops para pensar, dialogar e contestar o que é essencial à cidade Mais do que uma busca por cenários incríveis para abrigar uma agenda vasta que contempla temas como música e conhecimento, o MECA tem como objetivo promover uma troca cultural com espaços que também entendam a arte, a arquitetura e a natureza como ferramentas para melhor compreender o mundo. A parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS) refletiu bem essa confluência de ideias e vontades. Com as portas abertas, o MECAMis trouxe ao holofote discussões importantes, como amor e sexo nos tempos modernos, as novas políticas e a liberdade na arte. Para quem buscava uma “viagem guiada”, o evento reservou palestras solo, como a de autonomia afetiva, conduzida por Anna Haddad, a de wearables, encabeçada por Lina Lopes, ou de ativismo racial on e offline, ministrado por Silvana Bahia, da Olabi. A mesma versatilidade marcou presença nas picapes, por onde passaram a americana Nomi Ruiz, referência na comunidade LGBTQ por narrar sua história como transexual em composições, e a brasileiríssima Pathy Dejesus, que não deixou ninguém parado com um setlist de alta voltagem com suas preciosidades em vinil. Cacos, o vencedor do BudMECAChallenge, também fez valer cada um dos votos populares que recebeu. A cereja no bolo foi a première do longa “Híbridos, os Espíritos do Brasil”, dirigido por Pricilla Telmon e Vincent Moon, que mostra a jornada musical de diferentes rituais religiosos pelo país.
“Ah, foi muito legal ver tanta gente interessante e interessada participando do evento. Essa possibilidade de estabelecer um diálogo é realmente enriquecedora” Gabriel Guerrer, doutor em física pelo CBPF e palestrante do MECAMIS 2017
“Participar do MECAMis foi uma oportunidade de me conectar com gente diferente da minha bolha, o que proporcionou uma troca muito rica” Silvana Bahia, diretora do Olabi e coordenadora da PretaLab e palestrante do mecamis 2017
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especial
MECAurca – Com ingressos esgotados, festival reforça veia indie com shows de Homeshake e Washed Out
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“festivais marcam a carreira de grandes artistas, como o Woodstock foi para Jimmy Hendrix, sabe? O MECAUrca foi, sem dúvida, especial assim na nossa trajetória” Pedro Chagas, vocalista da banda O Grito, vencedora do BudMECAChallenge 2017
fotos: derek mangabeira/i hate flash
Em um dos cartõespostais do Rio de Janeiro, o MECAUrca toruxe ao Brasil o dream pop dançante do canadense Homeshake, que estreou em solo brasileiro, e o chillwave do americano Washed Out – caracterizado pelo uso de efeitos sonoros, sintetizadores, loops e samples de vocais melódicos. O cenário de paisagens deslumbrantes e a “carona” de bondinho colaboraram para arrematar perfeitamente o clima. O resultado: os ingressos se esgotaram antes mesmo de a festa começar. No palco principal, Nomi Ruiz voltou a marcar presença. E, além dos headliners, se dividiram pelas outras duas pistas o duo Balako, de Diogo Strausz e Rodrigo Peirão, que fez um set dançante de funk eletrônico com muito groove, e Pathy Dejesus, que assumiu novamente picapes com hiphop, clássicos do rap nacional e doses de samba, soul e MPB. Festas com personalidade também tiveram espaço. O coletivo Minha Luz É de Led, que no Carnaval de 2017 chegou a mobilizar 15 mil foliões pelas ruas do Rio, apresentou seu mix de tecnobrega com Daft Punk. Já o Heavy Baile, que tem single com Tropkillaz e MC Carol, foi representado pelo MC Tchelinho e o DJ Leo Justi, que mostraram a nova cara do funk, com sintetizadores e vocais. Completaram a programação os DJs Filipe Raposo, Larissa Busch e Pedro Zuim. A banda vencedora do BudMECAChallenge, O Grito, apostou em canções originais na sua estreia em festivais. Para terminar, a última atração foi uma gentileza à parte: o nascer do sol visto do bondinho descida abaixo. Não poderia ser melhor.
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especial
MECATalks – Encontro semanal para discutir temas como música, educação e produção audiovisual Como sociedade, precisamos admitir e aceitar que é impossível ignorar o elefante no meio de sala: determinados assuntos carecem de discussões qualificadas, embasadas em argumentos concretos. Foi a partir dessa constatação que nos sentimos motivados a abrir o deck do MECASpot todas as quartasfeiras para uma roda de conversa significativa. Gratuito e sem restrição etária, o evento conectou ideias e pessoas interessantes a partir da discussão interna de temas sobre os quais tínhamos dúvidas ou que gostaríamos de nos aprofundar – material rico que acabou retroalimentando nossa plataforma de conteúdo.
Smpre envolvendo especialistas em suas respectivas áreas de atuação. A relevância dos videoclipes no atual contexto abriu o projeto. Para tanto, contamos com a presença do mestre dos videoclipes nacionais André Peniche (leia mais na pág. 09), o músico Vinícius Lepore, também o último programador de clipes da MTV, além do baixista Guilherme D’Almeida, d’O Terno. Na sequência foram contemplados bate-papos sobre a moda como instrumento de resistência, alternativas de educação nos tempos modernos, e os caminhos do cinema em plataformas digitais de streaming.
“O formato original , o ambiente e as perguntas certeiras dos talks permitem uma espontaneidade que a juda a coisa toda a fluir. A experiência foi ótima” Tey Yanagawa, innovation consultant do Grupo Cia de Talentos e palestrante de um dos MECAtalks 2017
fotos: arquivo meca
MINIMeca – Um versão mini dos nossos festivais, com vivências, shows, DJ sets e market de produtores locais Encontro mensal do MECA focado em música e arte, o MiniMECA estreou em março no MECASpot. Com a proposta de ser radar da cena independente, o projeto trouxe todo primeiro sábado do mês shows, DJ sets, um pequeno market com produtos autorais e atividades como uma oficina de upcycling, além de uma vivência sobre diversidade com o coletivo MOOC e uma conversa com o Pink Bullish sobre empoderamento financeiro direcionado a mulheres. Para embalar tudo isso, passaram pelo nosso QG nomes como o britânico Chad Valley, Kafé, Rico Dalasam, Luiza Lian e a banda Jules, todos com novidades nos respectivos
repertórios. O evento gratuito também marcou a chegada de cada nova edição deste MECAJournal, que apresenta o melhor das agendas de São Paulo, Belo Horizonte,
Porto Alegre e Rio de Janeiro, reportagens de cultura e comportamento, perfis de gente que está fazendo diferença no mercado e entrevistas acerca de processos criativos.
“O clima intimista do MiniMECA fez com que eu me sentisse em casa; me sentisse realmente muito acolhida. De uma forma geral , foi uma experiência bem gostosa!” Luiza lian, cantora e uma das atrações do minimeca 2017
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around the world
Menu Musical
listicle Beat the summer: as melhores sorveterias para viver o lado doce do verão
Sydney - Arte e
gastronomia em harmonia
Cinema no deserto
Dubai - Festival promove talentos locais
Um dos principais eventos da cultura árabe, o Festival Internacional de Cinema de Dubai acontece entre 6 e 13/12, no Madinat Jumeirah. Em sua 14a edição, o festival promove a exibição de 120 longas originais feitos, sobretudo, por talentos locais.
França - Música e esporte se encontram nos alpes O inverno francês vive uma onda de calor durante o Rise Festival, que este ano acontece entre
Building a movement
A proposta é mostrar ao mundo outras percepções da região, além de propagar a força dos cineastas árabes como contadores de histórias. Apesar do apelo regional, a festa atrai grandes nomes internacionais: Tom Cruise, Samuel L. Jackson e Cate Blanchett são alguns dos que já prestigiaram o evento. Os ingressos começam em US$ 10 por filme. dubaifilmfest.com
Rise and shine
16 e 23/12, nos alpes Le Deux. A cerimônia é um misto de música eletrônica e esportes de neve,
Ice Cream City Nessa cidade do sorvete, em Tóquio, os visitantes escolhem entre 50 sabores – e há alguns bem inusitados, como ostra frita, shoyo e tinta de polvo. Toshima 170, Tokyo, Ikebukuro.
Devon House I Scream A mansão que abrigou o primeiro milionário negro da Jamaica continua firme em sua missão de nobreza: hoje recebe uma das mais bem conceituadas sorveterias. Ali encontramos sabores clássicos, como pistache e coco com manga. 29 Sovereign North, 6, Barbican Rd, Kingston, Jamaica.
África - Festa, cultura e resistência
O que começou como um pequeno festival independente é hoje um movimento completo. O Afropunk é um projeto de dois dias que condensa música, cinema, artes visuais e storytelling em um ambiente multicultural, regido pela diversidade. Com edições acontecendo em diversas cidades cosmopolitas, a celebração faz escala em Joanesburgo nos dias 30 e 31/12, quando acendem as luzes do Constitution Hill. As atrações englobam talentos locais e
e a cada ano vê o número de presentes aumentar. Além de curtir a pista incendiada pelos melhores DJs europeus, os participantes podem se lançar nos mais de 200 km de pista
própria para a prática de esqui e snowboard. Para ter acesso ao festival é preciso desembolsar US$ 135 por dia, ou optar por pacotes especiais. risefestival.co.uk
Então é Natal Berlim -
Mercados especiais 18
internacionais, como Theo Parrish, Anais B, Pussy Party e outros. A entrada é liberada
para maiores de 13 anos e custa o equivalente a R$ 30. afropunkfest.com/ johannesburg
A capital da Alemanha tem muitos atrativos, mas fica particularmente sedutora aos visitantes em dezembro, quando
dezenas de mercados natalinos ocupam a cidade, promovendo música, cultura, gastronomia e diversão. O Berliner Weihnachtszeit am Roten Rathaus é um dos mais tradicionais, enquanto o Weihnachtszauber am Gendarmenmarkt é o queridinho de quem gosta de comprar achados. berlin.de
Antico Caffè Spinnato Esqueça casquinhas ou potinhos: os sorvetes aqui são servidos como sanduíches, entre fatias fresquinhas de brioches. Via Principe di Belmonte, 107, 90139 Palermo PA, Itália. 18 Smaker Os sabores variam de acordo com a estação, já que tudo ali é orgânico. Espere encontrar exatas 18 opções de sorvete. Hornsgatan 64, 118 21 Stockholm, Suécia.
fotos: divulgação
O ano está chegando ao fim e você está ansiando pelas férias? Confira aqui o que conhecer, comer e ouvir pelo mundo em dezembro
O que era para ser uma playlist se tornou o restaurante Kid Kyoto: a obscuridade de “Black Hole”, do Soundgarden, inspirou o prato de pork belly; e a psicodelia do Red Hot Chili Peppers é a trilha sonora dos cogumelos defumados em wok. Essa concepção inusitada, de música e gastronomia, é obra de dois sócios apaixonados pelos dois universos, e que confessam ter pensado no negócio como quem pensa em um álbum. kidkyoto.com.au
around the world
Dormindo com a arte LA - Quartos de
hotel têm vista para mural
Get inked
Hong Kong -
Uma ode às cores
Em todo o continente asiático, a Ink Asia é a única feira
integralmente dedicada às “tintas” e reúne mais de 50 galerias de dez países diferentes. A proposta do evento é promover a valorização e conscientização da versatilidade das tintas, usadas em pinturas clássicas,
grafites e afins. Em sua segunda edição, o evento acontece entre 15 e 17/12, no Hong Kong International Convention Center. Totalmente gratuita, a feira não tem nenhuma restrição de idade. inkasia.com.hk
Freezing fun
Depois de um breve hiato, o comediante Terry Alderton está de volta ao lineup do Altitude Comedy Festival, que acontece entre 11 e 17/12, em Mayrhofen, nos alpes austríacos. Com a proposta de tornar ainda mais divertidos os
esportes de inverno, a festa conta com o talento de Zoe Lyons, Daniel Sloss, Lou Sanders e muitos outros. Longe dos palcos, os visitantes podem curtir ainda mais de 600 km de pistas cobertas de neve, com inclinações para todos os níveis de esquiadores. Os preços variam de acordo com o artista altitudefestival. com
em sociedade, a experiência acontece entre 22 e 26/12, e custa US$ 290 por pessoa, além de estadia e alimentação. Os interessados em mergulhar ainda mais fundo podem estender a vivência
para o retiro silencioso, que começa na sequência e convida os presentes a se desconectarem por completo da vida externa e ouvir apenas o que diz o coração. pachamama.com
Áustria -
Comédia como programação
Jornada do eu Costa Rica -
Mindfulness para iniciantes Utilizando técnicas zen tradicionais, a vivência “Who is
In?”, facilitada na comunidade Pachamama, na parte oeste do país, é um intensivo de autoconhecimento. Com o intuito de expandir a consciência e tirar as “armaduras” que criamos para viver
Quartos com vista para a cidade ou para a arte: o Freehand Hotel, aberto em Downtown Los Angeles, diz seu propósito cultural logo na reserva. Com 220 quartos disponíveis, sendo alguns compartilhados, a propriedade conta com restaurante, café, floricultura e cobertura com piscina e lounge. A assinatura do hotel é o mural feito pelo duo local CYRCLE, que dedicou dias à obra. freehandhotels. com/los-angeles
Festa no vizinho
BSAS - Música
indie na Argentina
Nossos hermanos argentinos estão prestes a celebrar mais um Festival BUE, que teve sua estreia em 2004. Neste ano, o evento tem data marcada para os dias 15 e 16/12, e acontece em Tecnópolis. O evento traz ao país nomes como Arcade Fire, Major Lazer, Gorillaz, Brazilian Girls e outros gigantes da cena indie. Os ingressos começam em cerca de R$ 350 para a área comum, mas há opções de pacotes e camarotes VIPs. festivalbue.com
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True Characters
Budweiser
sad boys club
Giovanna Rouvier,
No álbum de estreia, “Utopia”, o ator, cantor e compositor Thalles Cabral canta os anseios e sonhos de uma geração ao som de um indie rock melancólico com muitas guitarras
música –
Qual o seu jingle preferido? Aquele: “O que é, o que é, Maaack color... a etiqueta que cola até no tubo de cola, até no vidro do carro e na parede da escola” (risos). Melhor jingle. A inspiração para criar a sua linguagem? Muito desenho animado. “Punky a Levada da Breca” também. Juntou essa bagagem desenhística a uma família bem pancada e, aí, saiu isso aqui (risos). As composições melancólicas do álbum “Utopia” foram criadas em quartos de hotéis
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MECARadar — Bandas para você ficar de olho
por Bananas Music Branding
handsome (Austrália) Dobrando as barreiras de gênero, a cantora de Sydney se autodescreve como “um mix de pop-bofinho e eletrônica”. Ser
mulher e ser handsome (em vez de “beautiful”) é assumir a identidade queer contemplando a liberdade. Sua única música
lançada, “Late Night Ball Game”, mistura downtempo com vocais distorcidos e é uma delícia de ouvir – é só ir ao Spotify.
Para o começo de 2018, um EP está prometido para sair do forno. Fique de olho e ouvidos atentos.
Gorduratrans (Brasil) No seu segundo disco, “Paroxismos”, a dupla carioca firma a identidade noise guitarreira e finca bandeira no indie nacional, com lançamento pela onipresente Balaclava Records. As músicas continuam dialogando com ritmos pulsantes e guitarras bem barulhentas. Shoegaze ao máximo!
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YMA (Brasil) Brasil é terra de de chillwave sim! A cantora e compositora paulista Yasmin Mamedio já lançou dois singles que mostram seu potencial artístico. Cantando em português, com pitadas de dream-pop, “Sabiá” é um jogo de palavras e sintetizadores interessantíssimo e necessário na cena brasileira.
miles from Kinshasa (Rep Democrática do Congo) Com seu RnB pra frentex repleto de experimentalismos, o congolês residente em Londres alia referências de sua terra natal e residência atual. De flerte com o pop e bons refrões, como em “Kaya”, o recém-lançado disco “LIMBO” faz The Weeknd até parecer boring.
O que ouve para curtir a fossa? E para sair dela? Para curtir: o disco novo do Tim Bernardes, “Recomeçar”. Para sair: uma Simone e Simaria ou Pennywise. O que gosta de fazer quando não está trabalhando? Trabalhar. Amo inventar desculpas pra fazer o que amo, como desenhar ou fotografar. O que não muda por nada? Minha “criança interior”, que carrega a parte leve da vida, que transforma as coisas simples.
Assim como a cerveja, que há mais de um século tem sua receita inalterada, a Bud acredita em pessoas autênticas, genuínas e que fazem as coisas do seu próprio jeito. Alguns desses exemplos estão nesta página!
fotos: DIVULGAÇÃO; [a] divulgação/ Matheus Aguiar
Outro dia, Thalles Cabral ganhou de um fã uma camiseta com os dizeres “Sad Boys Club” acompanhada de uma imagem do seu prório rosto. Logo abaixo do perfil do cantor, a identificação: “líder”. O músico lembra aos risos. Título de uma das faixas de “Utopia”, “Sad Boys Club” já dá a pista do que você vai encontrar no álbum de estreia do rapaz, que também é ator. “O disco tem muito da minha personalidade. Mas, ao mesmo tempo, falo da minha geração, que é sonhadora e idealiza tudo. Busca algo que não vai se realizar, que é utópico”, explica. Em tempos de amores líquidos, ele narra a fragilidade de relacionamentos descartáveis, a ansiedade e a dependência da comunicação instantânea nas relações. Tudo ao som de um indie rock com violão e guitarras. Para além dos temas, há uma melancolia que atravessa até as canções mais “pra cima” do disco. Refletem um tempo de isolamento do artista, que começou a produzir nos intervalos das gravações da novela global “Amor à Vida”. “Passava muito tempo em quartos de hotéis, que são muito confortáveis, mas impessoais. Me sentia isolado ao mesmo tempo que estava muito exposto. Eu era acionado por muita gente, mas sentia que não conhecia ninguém. Então, peguei o violão e comecei a escrever sobre tudo isso”, diz. O resultado você pode assistir no canal de Thalles no YouTube. Prepare os lencinhos.
artista e produtora de elenco para publicidade, leva bom humor ao seu trabalho.
cool people behind cool projects
all you need is internet
foto: Gabriel Cabral/Reserva
Criadora do YouPIX e uma das principais referências em cultura de internet no Brasil, Bia Granja ajudou a fazer a ponte entre os criadores do universo online e o mercado A seleção natural também se aplica à internet: só sobrevive no habitat virtual a espécie que se adapta e se mantém relevante – exatamente como o YouPIX fez. E ainda faz. Cria da paulistana Bia Granja, a plataforma “multiuso” – que, atualmente, também é um dos principais eventos de cultura da internet no Brasil – nasceu como uma revista impressa, em 2006. Espelho da curiosidade da própria fundadora, a “Pix Magazine” trazia um apanhado de coisas legais do universo online, focando sobretudo nas novidades tecnológicas da época.
A publicação gratuita era distribuída em São Paulo e no Rio de Janeiro com sucesso quando Bia pensou em reunir presencialmente os criativos que estampavam suas páginas. E, assim, o encontro da internet fora da internet foi realizado pela primeira vez em 2009. Oito anos depois, a essência do projeto continua mais ou menos a mesma, mas seu campo de atuação e sua abrangência cresceram: hoje o YouPIX se propõe a discutir marketing digital, comunicação e tecnologia tanto em sites e redes sociais como em eventos próprios. Mais recentemente, a plataforma
também passou a atuar com educação, organizando cursos de curta duração ligados à sua área de expertise. Coerente, mas não linear, a trajetória é similar à de Bia, que se formou em turismo e mudou de área para focar no desenvolvimento do projeto. “Nós já tivemos muitas fases diferentes mesmo, porque a coisa é toda muito orgânica e flui de acordo com os meus interesses reais. Tivemos uma época bem divertidona, de fazer coisas com a Inês Brasil [vlogueira e webcelebridade] e tal, mas agora estamos numa fase bem business”, explica Bia.
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A transição tem a ver com a maturidade da criadora, mas é também uma resposta direta ao próprio movimento do mercado, que, passada a fase de celebrar o universo digital e o boom dos criadores, começa a questionar como gerar valor – e rendimento. Para tanto, são considerados a mudança de mindset e das relações de poder, o capital social associado a iniciativas que surgem nesse contexto e até a forma como elencamos e quantificamos nossas habilidades. “O que eu acho bem legal é que a gente talvez seja a única instituição realmente isenta, que pode ajudar o ecossistema como um todo. Não somos agências, agentes nem creators, somos apenas ‘o cara’ que ama tudo isso e quer ajudar todo mundo a crescer, porque sabe que, quanto mais trabalhos maduros, melhor para todo mundo”, conclui.
family & friends [A]
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OUTRAS PALAVRAS 1. Guilherme Bcheche,
estrategista e fundador da Polifonia — “A melhor coisa dos últimos tempos foi descobrir como regular minha energia: fazendo esporte cedo pela manhã e meditando logo depois.”
2. Ludmila Kaminskas,
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3. Renata Leticia,
produtora do MIS — “Se o mundo acabasse amanhã, eu botava um biquíni e convocava as pessoas mais especiais da minha vida para criarmos uma playlist colaborativa para irmos à praia.”
4. Eduardo Biz,
fundador do Artikin — “A maior catarse provocada pela arte é o autoconhecimento. Libertar-se do que corrompe sua essência é uma forma de vencer a ignorância.”
fotos: DIVULGAÇÃO
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account manager da VICE — “Um amigo português me deu um conselho que carrego sempre comigo: ‘Continua assim como tu és’. Guardo para seguir no meu caminho quando bate uma insegurança.”
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route
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jardins paraíso
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itaim bibi parque ibirapuera
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Inspirados pela chegada do verão e o aumento da temperatura, selecionamos 8 lugares para você se refrescar na cidade Jardim botânico – Sombra, amigos e um vinho branco gelado são a melhor pedida para aplacar o calor. Fuja dos parques óbvios e faça um piquenique à beira do Lago das Ninfeias. A “viagem” e o preço do ingresso (R$ 10) valem a pena. Av. Miguel Estefno, 3.031.
Tivoli Mofarrej – Quem prefere um rolê mais sofisticado e menos esportivo pode adquirir um pool day (R$ 250) no hotel da Alameda Santos. O passe dá direito a um dia na piscina e o valor pode ser consumido em bons drinks no bar. Al. Santos, 1.437.
Comedoria gonzales – No restaurante do chef Checho Gonzales, come-se bem mesmo no verão. Peça o cebiche em leite de coco com laranja, feito com os peixes mais frescos do Mercado de Pinheiros, onde a casa está alocada. R. Pedro Cristi, 31.
Lar mar – Tire os sapatos e finque os pés nas areias do quintal desta casa recém-inaugurada em Pinheiros. Misto de loja, restaurante, ateliê, espaço de convivência e eventos, ela traz para a selva de pedra um pouquinho da vibe praieira. R. João Moura, 613.
Piscina do pacaembu – De terça a domingo, é possível se refrescar nas águas profundas da piscina olímpica do Estádio do Pacaembu. Basta levar uma foto 2x2 e cópias do RG e comprovante de residência para fazer a carteirinha. Grátis. Pça David Ben Gurion, 2.
tanit – Nesse restaurante inspirado no clima do litoral espanhol, sente na varanda e imagine-se numa praia em Ibiza enquanto beberica um refrescante G&T Hibiscus, que leva gim infusionado com hibisco e camomila, e tônica. R. Oscar Freire, 145.
Frida & mina – Nada mais clássico do que um sorvete para encarar o verão. Aqui, você encontra sabores que podem ir do tradicional baunilha ao pitoresco cachaça com mel e limão. Todos artesanais e orgânicos. R. Artur de Azevedo, 1.147.
air rooftop – Com vista para o Viaduto do Chá e o Theatro Municipal, o topo do Shopping Light recebe agenda variada de festas. Neste mês, o agito é por conta dos DJs Boni e Ashibah (15/12) e por uma edição da Pilantragi (16). R. Cel. Xavier de Toledo, 23.
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Produzimos os eventos que a gente gostaria de ir. Geramos o conteĂşdo que a gente gostaria de consumir. ConstruĂmos os lugares que a gente gostaria de frequentar. Criamos os produtos que a gente gostaria de comprar. Investimos nos negĂłcios que a gente gostaria de participar. Aproximamos as pessoas com quem a gente gostaria de conviver. Conectamos as marcas que a gente gostaria de trabalhar. Simples assim. Celebrating, since 2010