mecaradar: o guia das bandas para você ficar de olho — pág. 12
mecaintro: projeto apresenta novos artistas. nesta edição, narowé — pág. 14
5 mulheres vitais para sua playlist, por camila garófalo — pág. 05
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal Distribuição g ratuita
Número #018 — Março, 2018
the paper lover No mês da Plana Festival, mergulhamos no universo das publicações independentes. Conheça a mulher por trás do maior evento nacional desse circuito: Bia Bittencourt pág. 13
[A]
agenda cultural —
o artista imprevisível QUEM TE INSPIRA — Ao deixar espaço para o improviso em seu processo criativo, Fabio Zimbres expande o alcance de sua arte — pág. 09
[B]
O que conhecer, ouvir e assistir no mês de março em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras capitais pág. 04
multiplicar e dividir REPORTAGEM — Feiras dedicadas ao mercado editorial independente iniciam nova fase: a segmentação de conteúdo e público — pág. 10
insider tips: onio q&a: dom l around the world playlists
Uma rota com 08 endereços para imergir no mundo das publicações indie pág. 15 [C]
www.meca.love
Bem-vinda de volta ao MECA!
WELCOME
Salve, 2018! O MECAJournal começa o ano de 2018 neste mês de março, em sua 18º edição. Porque gostamos de números e de coincidências numéricas, recapitulamos todas as nossas capas até então. Em um ano e seis meses de vida, muitas pessoas, ideias, projetos, dicas e reportagens interessantes foram conectadas através das nossas páginas. E, para celebrar, muitas novidades a caminho. Acompanhem!
a cantora mahmundi lista suas referências musicais — pág. 04
true characters: todas as fases da atriz pathy dejesus — pág. 16
os itens do coração do fotógrafo fernando schlaepfer — pág. 17
os objetos prediletos da diretora criativa karina mota — pág. 17
the biggest smallest cultural platform
caio braz revela seus programas favoritos no rio — pág. 07
Distribuição g ratuita
MECAInhotim
arqueologia urbana
taste the city
ARQUITETURA — Renata Pedrosa e Isabel Nassif, do Sub Estúdio, assinam alguns dos projetos mais cool da cidade como o do bar Mandíbula — pág. 13
— Sugestões culturais para curtir São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte pág. 04
sinta-se em casa EMPREENDEDORISMO — A fórmula de sucesso do grupo Chez, que se mantém em evidência abrindo espaços nos endereços mais hypados de SP — pág. 05
MÚSICA — Mais de 200 mil votos mobilizaram o desafio em que o público escolheu a última atração do MECAInhotim, a banda Senhor do Bonfim — pág. 16
08 endereços na Barão de Tatuí para você conhecer a pé pág. 19
taste the city — Sugestões culturais para curtir São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte pág. 04
do afrikaburn ao coachella, o que fazer pelo mundo neste mês — pág. 10
um roteiro das feiras mais famosas de são paulo — pág. 19
apps que ajudam na cozinha, nas finanças, nos estudos... — pág. 08
hallo, berlin
sem pedir licença
BAR — Novo endereço em Santa Cecília, o Kraut é inspirado em casas berlinenses, serve chopes artesanais e receitas como o schnitzel — pág. 04
— Eles são “pretos, gays e trans” e estão chamando atenção ao desafiar padrões cantando suas realidades pág. 10
conte até dez CIDADE — De restaurante a loja de móveis vintage, as empresas mais legais de SP que adicionaram números aos nomes, como a Cine 732 — pág. 05
negócio conceitual
— Como o Cartel 011 se tornou o principal vetor em apontar tendências da moda e da cultura na cidade pág. 06
Distribuição g ratuita
mesa & cadeira around town o lado b de pinheiros around the world
barba, cabelo e bigode
around town
GROOMING — Uma seleção de salões em que os velhos clichês foram deixados de lado a favor de ambientes mais modern0s e atemporais — pág. 07
inhotim, 10 anos
— Sugestões culturais para curtir São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte pág. 04
VIAGEM — O museu mais incrível do mundo completa uma década abert0 ao público com uma extensa programação cultural — pág. 10
family & friends chasing festivals update or die! novas bandas
08 dicas de lugares próximos a estações de metrô pág. 19
meca.love
didi effe escolhe os itens essenciais da sua vida — pág. 17
a arquitetura gentil e inspiradora de marko brajovic — pág. 13
mecaradar: izem, bruna mendez, brookzill e buscabulla — pág. 12
balako, o novo projeto de diogo strausz e rodrigo peirão — pág. 16
Distribuição gratuita
route vegano
PONTO DE VISTA — Um dos convidados do MECAInhotim, o escritor e economista provoca: “Qual é o Brasil que vocês querem?” — pág. 11
moda genderless
— Nossa seleção de endereços em SP para comer e comprar produtos que não tenham origem animal pág. 19
andré carvalhal, o nome por trás da nova era da moda no brasil — pág. 17
mind blowing: as ilhas de teshima e naoshima, no japão — pág. 18
felipe morozini escolhe os itens que traduzem sua vida — pág. 10
gilda midani escolhe os itens que traduzem quem ela é — pág. 15
Distribuição gratuita
TENDÊNCIA — Na onda de quebrar paradigmas, marcas como a Farm se renovam e criam peças que podem ser usadas sem distinção de gênero — pág. 07
guga roselli, o nome por trás das incríveis festas mareh — pág. 17
Número 007 — Edição especial de verão, 2017
MECAJournal Distribuição g ratuita
Número #008 — Março, 2017
gente é pra brilhar
as inspirações de bob wolfenson
Com a ajuda de um povo que entende do gingado, como o bloco Tarado Ni Você (foto), fizemos um especial com uma rota foliona e dicas para aproveitar o Carnaval pág. 12
family & friends what design can do? insider tips: méxico taste the city
pai, profissão moderna
O fotógrafo conta seu processo criativo e os temas da vida que o motivam por trás das lentes pág. 11
endless summer
PONTO DE VISTA — Em tempos de feminismo, qual é o papel do homem na família? Marcos Piangers, pai de duas meninas, nos dá uma luz — pág. 11
— Sempre é verão em algum lugar. E nós selecionamos os melhores destinos para seguir o sol o ano todo. pág. 08
estilo à beira-mar MODA — Neste verão, as tendências de beachwear vão de tons metálicos a transparência e recortes profundos. Conheça nossas marcas favoritas — pág. 05
family & friends roteiros para suar surf em são paulo agenda cultural
o futuro do trabalho
belo horizonte
ESPECIAL — Como empresas jovens e companhias tradicionais estão moldando as novas formas de se trabalhar pelo mundo — pág. 12
— Um roteiro arquitetônico para conhecer a capital mineira com outros olhos pág. 19
08 dicas para se refrescar no verão do Rio de Janeiro pág. 19
o rock onírico e sentimental do quarteto terno rei — pág. 20
modern farmers: o estilo de vida do campo chegou à cidade — pág. 19
minimeca: quem passou pelo nosso evento mensal no mecaspot — pág. 21
o que pensa um dos nomes por trás do burning man — pág. 18
o universo em movimento do fotógrafo marcelo gomes — pág. 17
family & friends marrakesh e holger maquiagem masculina agenda cultural
Distribuição gratuita
minimeca: quem passou pelo nosso evento mensal no mecaspot — pág. 21
a expansão da consciência, o último continente perdido — pág. 18
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal
Número #011 — Junho, 2017
TENDÊNCIA — As iniciativas que estão fazendo cada vez mais pessoas a focarem sua dieta numa alimentação livre de proteínas animais — pág. 09
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the biggest smallest cultural platform
MECAJournal Distribuição gratuita
tudo verde
04 bandas novas que você precisa conhecer (e ouvir!) agora pág. 10
www.meca.love
minimeca: quem passou pelo nosso evento mensal no mecaspot — pág. 21
as ideias visionárias de bernardo paz, o criador do inhotim — pág. 14
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal
Número 006 — Dezembro de 2016
eduardo giannetti
meca.love
the biggest smallest cultural platform
the biggest smallest cultural platform
Número #010 — Maio, 2017
family & friends FRASES — Rica Benozzati, Laima Leyton, Fê Paes Leme e André Faria, da Aldo, The Band (foto), revelam alguns de seus segredos e peculiaridades — pág. 14
Experimenta!
Novas formas de realizar atividades comuns surgem para quebrar a rotina, como o Lano Alto (foto), que propõe exercícios de reconexão com o nosso lado primitivo pág. 14
Da Suécia à Austrália, 04 bandas para ouvir agora! pág. 08
meca.love
de tatuagens a queijos, endereços 100% vegans em l.a. — pág. 10
Número 003 — Setembro de 2016
meca.love
fim de semana no parque
MECAJournal
Número #009 — Abril, 2017
perfil: wolf menke around town de bike: barra funda around the world
LISTA — Uma seleção de lugares onde é permitido fumar sem incomodar ou ser incomodado — pág. 07
07 novidades para curtir o verão de Nova York pág. 08
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal Distribuição g ratuita
cafés e cigarros
Os rituais do cantor Peter Hook, ex-New Order e Joy Division pág. 06
minimeca: quem passou pelo nosso evento mensal no mecaspot — pág. 21
MECAJournal Distribuição g ratuita
refugees social club
meca.love
the biggest smallest cultural platform
Número 002 — Agosto de 2016
Refugiados de países como Angola, Congo e Síria estão criando uma nova e vibrante cena cultural em São Paulo. O músico Leonardo Matumona (foto) é um deles. pág. 10
Uma retrospectiva em fotos, frases e highlights do MECAInhotim, que aconteceu nos dias 5 e 6/11 no mais incrível museu a céu aberto do mundo pág. 14
family & friends joias masculinas insider tips: l.a. serge erege
por dentro da nova e fértil cena musical do interior — pág. 05
family & friends
08 endereços onde a arte de rua é destaque pág. 19
meca.love
essentials: a poesia nos objetos do dia a dia de verena smit — pág. 15
superpoderosas COMPORTAMENTO — Projetos fotográficos feitos por mulheres transformam elementos singulares do sexo feminino em símbolos de força — pág. 05
o que fazer neste mês em tóquio, kuala lumpur, portland... — pág. 12
the biggest smallest cultural platform
Michi Provensi (foto), Apolinário, Bruno Bocchese e Carla Lamarca revelam seus prazeres ocultos e peculiaridades pág. 14
Poderoso Chefão
bud mecachallenge
Distribuição gratuita
Número 001 — Julho de 2016
Convidado de honra do MECAInhotim, André Midani conta em entrevista por que o futuro da música brasileira está nas mãos das mulheres compositoras pág. 14
family & friends vera egito pitchfork paris moto custom
essentials: os objetos prediletos de marina sanvicente — pág. 17
MECAJournal
MECAJournal Distribuição g ratuita
way out west: o festival mais sustentável do planeta — pág. 12
o dj mexicano william revela sua playlist do coração — pág. 04
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal
Número 005 — Novembro de 2016
Programado para 5 e 6 de novembro, o festival ocupará o museu mais incrível do mundo com shows de Caetano Veloso, Liniker e outros, e uma agenda de palestras e workshops durante o fim de semana pág. 14
essentials: os objetos que victor collor não vive sem — pág. 13
playlists: giuliana viscardi e chico cornejo — pág. 09
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal
Número 004 — Outubro de 2016
sem sacanagem: bordéis do centro viram cenário para festas — pág. 06
the biggest smallest cultural platform
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal Distribuição g ratuita
winnin, a plataforma de batalhas de vídeos que é um sucesso — pág. 13
o sucesso por trás de bares como negroni e barouche — pág. 04
Número #012 — Julho, 2017
MECAJournal Distribuição g ratuita
Número #013 — Agosto, 2017
jorge ben jor Principal atração do MECAInhotim, o grande patriarca da música popular brasileira anima a noite de sábado com seu suíngue irresistível e inúmeros hits pág. 16
o imaginário d’osgemeos Mundos paralelos, hip-hop, família, sexo, e Pink Floyd são alguns dos universos inspiracionais dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo pág. 11
olhe para o outro lado
A escritora Alexa Clay conta como hackers, piratas e mafiosos podem salvar a economia em crise pág. 14
[A]
verdade nua
reflexão
COOL PEOPLE — Como o StyleLikeU dominou o YouTube com vídeos em que as pessoas tiram a roupa para revelar suas histórias mais íntimas — pág. 17 [C]
— “Não precisamos apenas respeitar e conviver com as diferenças. Precisamos dar aos diferentes o protagonismo” pág. 05
arte para quem quer
family & friends
TRENDS — Ateliês e residências artísticas se proliferam por São Paulo e estimulam cada vez mais pessoas a criar — pág. 09
minimeca [B]
MÍDIA — Publicações como a “Monocle”, de Tyler Brûlé (foto), estão ditando uma nova onda de revistas independentes pelo mundo — pág. 16
agenda cultural suzana apelbaum
ponto de vista
— “Quando nos permitirmos agir guiados pela razão em conexão com nossa intuição, uniremos o ordinário com o extraordinário” pág. 18
members club TRENDS — Em países da Europa, Ásia e América Latina, os clubes exclusivos que estão ressignificando o conceito de comunidade criativa — pág. 09
family & friends lugares incríveis agenda cultural espaço guaja
mecainhotim vem aí...
FESTIVAL — A segunda edição do nosso mais esperado evento volta a ocupar o mais incrível museu a céu aberto do mundo nos dias 7, 8 e 9 de julho — pág. 16
toda forma de amor
— Um roteiro com oito endereços que acolhem todas as formas de amor para celebrar o Dia dos Namorados em São Paulo pág. 23
Roteiro zen: 08 dicas para ter momentos de paz em SP pág. 23
www.meca.love
FOTOS CAPA: [A] THAYSBITTAR; [B] ALEXBATISTA; [C] FRANCISCO COSTA
MECAInhotim Os shows, os talks, os workshops, as festas, as ativações e o público que fizeram os 03 dias do festival serem absolutamente mágicos! pág. 11
[A]
print matters
Em SP, comunidades urbanas ganham força e tendem a crescer pág. 12
black mirror da vida real: rob spence e seu olho-câmera — pág. 09
karol conka Uma das principais atrações do MECAInhotim, ao lado de Jorge Ben Jor, a cantora conta, na base do improviso e da rima, o que a inspira no dia a dia pág. 11
veja quem passou pelo minimeca, nosso evento mensal — pág. 17
reflexão: o mundo precisa de mais líderes inclusivos — pág. 11
ponto de vista: ricardo darín e a libertação do cinema — pág. 10
Número #014 — Setembro, 2017
o set como playground
INSPIRAÇÃO — Convidada do MECAInhotim, a atriz Alice Braga conta seu processo de criação e o que a inspira no dia a dia, dentro e fora do set — pág. 15
summit: brett leve
veja quem passou pelo minimeca, nosso evento mensal e gratuito — pág. 21
a arte matemática e colorida da estilista flávia aranha — pág. 15
mecaradar: o guia das bandas para você ficar de olho — pág. 20
os melhores museus ao redor do mundo para quem ama música — pág. 11
depois a louca é ela: tati bernardi e seu processo criativo — pág. 12
mecaradar: o guia das bandas para você ficar de olho — pág. 20
consciência fashion
Distribuição gratuita
endereços para encontrar mimos de presente de natal — pág. 05
NOVA ERA — A jornada do stylist e produtor José Camarano em busca de uma vida em que sucesso é viver sem apego e com qualidade de vida — pág. 14 [A]
agenda cultural family & friends
música, diversão e arte MECAIBERÊ — Os argentinos do Silver City e o americano Timmy Regisford são alguns dos destaques do festival que acontece em outubro em POA — pág. 11
around the world
cinema para telinhas
— Cineastas discutem perdas e ganhos do novo território a ser explorado pelo audiovisual, o streaming pág. 16
um lance de dados COOL PEOPLE — Um dos nomes por trás do sucesso do Museu do Amanhã, Alexandre Fernandes fala sobre o acervo high-tech e os planos da instituição — pág. 8
playlists
agenda cultural family & friends
[A]
porto alegre é uma festa MECAIBERÊ — Em outubro, o MECA lançou um trio de festivais que promove a simbiose entre arte, música e arquitetura. Veja como foi a estreia no Sul — pág. 21
around the world
sex and the city
— Um roteiro para explorar a sexualidade com opções que vão de um curso de tantra a uma festa de sexo no centro pág. 23
run the world COOL PEOPLE — Rhuan Santos e Clara Soares: nomes por trás da festa Bronx, que se firma como espaço de liberdade e protagonismo negro — pág. 13
Distribuição gratuita
family & friends around the world agenda cultural true characters
mecaradar: o guia das bandas para você ficar de olho — pág. 12
mecaintro: meca apresenta novos artistas. nesta edição, narowé — pág. 14
5 mulheres vitais para sua playlist, por camila garófalo — pág. 05
the biggest smallest cultural platform
Número #017 — Dezembro, 2017
family & friends
MECAJournal Distribuição g ratuita
Número #018 — Março, 2018
the paper lover
[A]
o mundo pós-millennials TRENDS — Nascidos entre 1995 e 2010, representantes da “geração Z” serão maioria no mercado. O que eles querem, pensam e consomem — pág. 10
Em uma edição dedicada à Plana Festival, conversamos com a mulher por trás do maior evento nacional de publicações independentes: Bia Bittencourt. pág. 10
[A]
agenda cultural
— O que conhecer, ouvir e assistir no mês de dezembro em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre pág. 04
tudo sobre internet COOL PEOPLE — Pioneira em cultura de internet no Brasil, Bia Granja criou o YouPix Festival e fez pontes entre criadores online e o mercado — pág. 21
Uma rota com 08 endereços para se refrescar durante o verão pág. 23 [C]
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3
[B]
mecagoods family & friends around the world
o artista imprevisível
agenda cultural
QUEM TE INSPIRA — Ao deixar espaço para o improviso em seu processo criativo, Fabio Zimbres expande o alcance de sua arte — pág. 09
[B]
— O que conhecer, ouvir e assistir no mês de março em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras capitais. pág. 03
multiplicar e dividir REPORTAGEM — Feiras dedicadas ao mercado editorial independente iniciam nova fase: a segmentação de conteúdo e público — pág. 09
around the world
Uma rota com 08 endereços para imergir no mundo das publicações indie. pág. 14 [C]
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insider tips: onio q&a: dom l
playlists
playlists
playlists
[B]
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agenda cultural
around the world
Headliner do MECAMis e do MECAUrca, Nomi Ruiz canta os dilemas no palco pág. 10
Uma rota para curtir a sétima arte no mês da Mostra Internacional de Cinema de SP pág. 23 [B]
www.meca.love
PONTO DE VISTA — Mente por trás de campanhas da Chanel e do Google, Brett Kincaid, da Matte Projects, fala sobre o mercado de criação — pág. 16
de olhos bem vendados
playlists
Um roteiro com endereços para ouvir, dançar e comprar novos e velhos sons pág. 19
o futuro do conteúdo
Qual é o papel do artista? Frente às recentes tentativas de censura à arte, conversamos com nomes como o chinês Ai Weiwei (foto) e Cibelle Cavalli Bastos pág. 14
[A]
vida com propósito
essentials: os objetos do coração de andré peniche — pág. 09
04 festivais (MECAInhotim, MECAUrca, MECAMis e MECAIberê), 04 MECATalks, 08 MiniMECAs e mais. Relembre os melhores momentos do nosso ano!! pág. 12
moda sustentável
cozinha sensorial
— O maior menor festival do mundo pelos olhos do jornalista inglês Frederick Bernas, colaborador da revista “Monocle” pág. 9
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2017 highlights
Depois do minimalismo, o upcycling traz ainda mais consciência ao consumidor com a proposta de dar nova cara a peças que seriam descartadas pela indústria pág. 9
— Para ter mais controle da própria rotina e, ao mesmo tempo, liberdade para criar, a chef Bel Coelho inventa novos formatos de serviço pág. 08
reflexão mecainhotim
COOL PEOPLE — Para Rudá Cabral, idealizador da Planalto, a publicidade do século 21 está na produção de cultura e entretenimento — pág. 19
MECAJournal
Número #016 — Novembro, 2017
Diante da crise de representatividade, nomes como Carlota Mingolla assumem a frente de grupos que propõem a retomada do real sentido do que é fazer política pág. 12
COOL PEOPLE — Fabiana Batistela, idealizadora da maior convenção de música do Brasil, a SIM São Paulo, que chega à quinta edição em 2017 — pág. 15
um novo discurso
Uma rota para fazer a pé e tomar os 8 melhores drinks autorais dos bares de SP pág. 23
nova democracia
embaixadora da música
family & friends around the world agenda cultural true characters
COOL PEOPLE — Jackson Araujo quer selecionar jovens talentos para repensar formas de consumo. Ele também estará no MECAInhotim — pág. 10
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal
Número #015 — Outubro, 2017
— Tudo o que você precisa saber para curtir os 03 dias de festival está nas 04 páginas centrais. Para destacar, consultar e guardar págs. 11 – 14
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MECAJournal Distribuição g ratuita
guia mecainhotim
Vai pro MECAInhotim? Siga a nossa rota com 08 dicas para aproveitar MG pág. 23
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MECAJournal Distribuição g ratuita
PONTO DE VISTA — Para Lourenço Bustani, da Mandalah, a busca por propósito é resposta a um modus operandi de ambições exageradas — pág. 14
Around the world: os principais festivais do verão europeu pág. 08
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vida com sentido
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AGENDA CULTURAL (SÃO PAULO)
Deve ser aqui
[A]
COMIDA – O
O rapper cearense radicado em São Paulo Don L não manda recado, solta o verbo em composições inteligentes no disco recémlançado – Roteiro pra Aïnouz, Vol. 3. O nome do álbum é só mais uma das várias referências que caracterizam seu último trabalho.
mais novo hype em Pinheiros
DRINK IT Luisa Dantas, diretora da BASA
“Meu drink predileto é o red snapper – variação do bloody mary com gim. O lance dele é ser o primeiro da noite – com suco de tomate e meio salgado, funciona quase como entrada.” Ingredientes • 2 doses de gim • 4 doses de suco de tomate • ½ dose de suco de limãosiciliano • ¼ de dose de xarope simples • 4 gotas de molho worcestershire • 7 gotas de molho de pimenta • 2 pitadas de pimentado-reino • 2 pitadas de sal de aipo Preparo Bater todos os ingredientes com gelo e servir em um copo com mais gelo.
A todo vapor
[B]
[C]
por Gabriela – o reconhecido Chou. R. Cônego Eugênio Leite, 808.
Pode misturar
[D]
GASTRONOMIA – Sorveteria lança
SHOW – Depois de um hiato,
menu com sabores inusitados
Chico volta aos palcos Ausente dos palcos desde 2012, um ano depois de lançar seu último álbum, Chico Buarque retorna com a turnê “Caravanas” – título de seu novo trabalho –, que, em São Paulo, começou em março e vai até o início de abril.
[B]
O disco mostrou que um dos maiores nomes da MPB continuou afiado com o que é relevante nos dias de hoje, sem perder a ternura jamais. Ingressos a partir de R$ 240. R. Bragança Paulista, 1.281.
Amora com gim. Pitanga com pimenta. Bolo de cenoura. Essas são apenas algumas das muitas combinações inusitadas de
sabores oferecidas pela Walnuts, sorveteria localizada na Vila Mariana. A parte mais legal: as dez combinações do menu mudam a cada 15 dias, tornando idas esporádicas à casa uma experiência surpreendente. O cardápio também inclui milkshakes e sundaes. R. Morgado de Mateus, 195B.
[E]
Senhor cidadão
MÚSICA – Exposição celebra os 80 anos de Tom Zé
Sagrado e profano
EXPO - Brasilidades e cultura afro no Masp Aleijadinho e Maria Auxiliadora inauguram o ciclo 2018 do Masp, dedicado às histórias afroatlânticas. Imagens
do Aleijadinho apresenta o trabalho do artista – que é uma das principais referências de arte sacra, barroco e
De 13 de março a 20 de maio, a Caixa Cultural homenageia a vasta obra de um dos maiores artistas do país com a mostra Tom Zé – 80 Anos. Misturando detalhes da vida pessoal e profissional do ícone da Tropicália, a exposição,
rococó no país –, enquanto Maria Auxiliadora: Vida Cotidiana, Pintura e Resistência trará 82 obras da artista autodidata que pintou cenas da cultura afro-brasileira. Av. Paulista, 1.578.
4
que teve curadoria de André Vallias, contará com instrumentos inventados por Tom, além de fotos de seu acervo pessoal. Também será possível ouvir detalhes e histórias de suas composições. Praça da Sé, 111.
O que o público pode esperar do show no Ginásio do Ibirapuera, dia 16 de março? Vai ser o show do “Roteiro pra Aïnouz” completo, com as participações todas, a cenografia e luz que a gente criou para trazer a experiência completa do disco. O time vai estar completo. Qual artista nacional você anda ouvindo muito? Atualmente não estou ouvindo muita coisa – o contrário do que sempre fiz na vida: ouvir até furar os discos. Acabei de colocar o álbum da Xênia França para ouvir com o coração no fone e na rua – como eu gosto de conhecer música nova. Também tem o disco do Nego Gallo, que não saiu ainda. Eu escuto porque tenho esse privilégio. É um disco épico, e sai este ano. Qual sua música favorita de “Roteiro pra Aïnouz, Vol 3”? No momento é a “Se Num For Demais”, porque tem a ver com o momento de renovação que eu tô vivendo.
TEXTO: LUCAS BARANYI
Festivais, cursos, exposições de arte, sabores, música e bons drinks para se despedir do Carnaval multiplicando as boas energias
Um total de 400 m², três galpões integrados, pé-direito de 5 metros e muita criatividade. Esse é o Futuro Refeitório, nova casa de Gabriela Baretto, em sociedade com a irmã Karina Baretto. Elas transformaram o terreno de um estacionamento em um dos lugares mais hypados da São Paulo atual. Com café da manhã, almoço, brunch e jantar – além de panificação, viennoiserie e torrefação –, traz a mesma qualidade da outra casa comandada
AGENDA CULTURAL (SÃO PAULO)
Para todos os gostos
Conexão Minas-SP
FESTIVAL – Lollapalooza mistura
turn the music on
clássicos e revelações
À exceção de sua segunda edição, em 2013, o festival Lollapalooza sempre teve dois dias de atrações. Mas sua sétima edição, que será realizada pela quinta vez consecutiva no Autódromo de Interlagos, repetirá a fórmula de três dias (23, 24 e 25 de março) – como foi em 2013, no Jockey Club de São Paulo. A coincidência não para nestes números: The Killers e
by Camila Garófalo
Pearl Jam, headliners da segunda edição do evento, voltam a se apresentar no Lolla – Red Hot Chili Peppers completa o trio de atrações principais, além dos (nada veteranos) Chance the Rapper e Lana Del Rey e destaques da cena nacional, como O Terno, Rincon Sapiência e Tropkillaz. Av. Sen. Teotônio Vilela, 261.
— Cinco músicas de autoria feminina necessárias para sua playlist, segundo a cantora, compositora e idealizadora do projeto SÊLA – cuja proposta é criar e fortalecer uma aliança entre as mulheres no mercado da música.
[F]
CINEMA – Mostra Tiradentes
invade Cinesesc
Mais uma vez, o Cinesesc traz a São Paulo a Mostra Tiradentes. Considerada a maior plataforma de lançamento do cinema autoral nacional, já foram 21 edições realizadas na charmosa cidade do interior de Minas Gerais, que dá nome à mostra. A programação, especialmente desenhada para São Paulo, traz 32 filmes (14 longas e 18 curtas), nove sessões de
cinema, 10 batepapos com realizadores, um laboratório, uma oficina e um debate conceitual. O tema é “Chamado Realista”, e a mostra vai de 15 a 21 de março. R. Augusta, 2.075.
INSIDER TIPS ONIO indica 4 expositores imperdíveis da Plana Festival
Brasiliense desde 1980, o artista pinta as ruas desde 98. Na Plana (23 a 25/03, na Cinemateca Brasileira), ele vai fazer arte nos tênis Converse dos visitantes.
TODXS PUTXS — Ekena
É um hino para a libertação dos padrões sociais impostos às mulheres.
LAURA — Marina Melo
FOTOS: DIVULGAÇÃO; [A] FRAN PARENTE; [B] GUI GALEMBECK; [C] LARISSA ZAIDAN/CORTESIA VICE BRASIL; [D] LEO AVERSA; [E] ANDRE CONTI; [F] MARIANA ROSA; [G] PEDRO HUMMEL
Essa música fala sobre estupro e a mensagem é pesada. Coisas que precisamos ouvir.
ESSE CALOR — BEL
Imersão life-changing
CURSO - Inteligência emocional
na The School of Life Entre 21 e 25 de março, a The School of Life trará
aulas desenvolvidas pelo filósofo Alain de Botton, criador
da escola, em seu Novo Intensivo de Inteligência Emocional de 2018. Dividido em cinco temas centrais da vida, a ideia é criar uma imersão
Acabamos de lançar esse single pelo nosso site mulhernamusica. BEL fala sobre visibilidade lésbica como nunca.
dentro de temas que não são ensinados no sistema educacional comum – desde a reflexão sobre relacionamentos e talentos profissionais até a compreensão de gratidão, serenidade, ansiedade e a necessidade de manter-se focado em metas. Além de propor o desenvolvimento de habilidades emocionais, a programação ainda inclui um jantar de conversas para estimular o hábito de criar diálogos profundos e transformadores. R. Medeiros de Albuquerque, 60.
CAMARIM — Camila Garófalo
Essa canção deu origem ao SÊLA. Uma homenagem a outra cantora, sobre processos criativos e bastidores. Onde tudo começou.
Shake it!
DRINKS – Aprenda a fazer com Alexandre D’Agostino Que tal oferecer algo além de vinho e cerveja para seus amigos? O curso de coquetelaria de Alexandre D’Agostino, do Apothek Cocktails & Co., no Lab 74, pode vir a calhar. Com uma abordagem prática, a promessa é passar pela teoria
(ingredientes e temperos) e entender a história das bebidas e misturas – tudo isso durante o preparo dos drinks. Após cada rodada de preparo, a recompensa (que não poderia ser outra): degustação. R. Souza Lima, 318.
O MECA acaba de lançar uma nova programação de eventos mensais em sua sede, em Pinheiros, para marcar a reformulação do MECACafé. Entre as novidades (acompanhem!)
está uma série de talks e workshops com curadoria de amantes e empreendedores do café. A primeira convidada da programação é a jornalista Kelly Stein, idealizadora do
P.U.T.A — Mulamba
Trata-se de um hino sagrado. Essa banda formada só por mulheres de Curitiba (PR) está pronta para explodir no Brasil inteiro.
portal COFFEA – um podcast de destaque no circuito dos coffee lovers. Em cerca de 30 minutos, os programas de áudio trazem reflexões aprofundadas em torno do consumo,
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SHN “Coletivo que admiro e respeito, além de serem grandes amigos. Utilizam diferentes suportes para imprimir desenhos simples e impactantes. Com foco em serigrafia, produzem também objetos, além de arte impressa.” Art Foundry “Editora de gravuras baseada em Brasília, já fez parceria com dezenas de artistas brasileiros e estrangeiros, de estilos variados. Na minha opinião, é dos melhores estúdios de serigrafia do Brasil.”
ESPECIAL — NOVA PROGRAMAÇÃO PARA OS AMANTES DE CAFÉ NO MECASPOT [G]
Editora Causa Mortis – “Criada por Dimas Forchetti, é uma das editoras de publicação independente que mais curto em SP. Oferece publicações com foco em ilustração e design.”
do mercado e da cadeia produtiva do café, além de curiosidades sobre o grão e o estilo de vida que se criou a partir dele. O projeto é o primeiro podcast de café do Brasil,
e se mantém graças a uma rede colaborativa que, além de consumir o conteúdo realiza contribuições financeiras livres. R. Artur de Azevedo, 499. portalcoffea. com
CCBSB “Editora comandada por mim. Trabalhamos basicamente com zines, gravuras, adesivos e originais, além de edições exclusivas com artistas parceiros.”
AGENDA CULTURAL (BRASIL) RIO DE JANEIRO
Festa de papel
petiscos do happy hour, que têm como carro-chefe os bolinhos de tapioca com carne-seca e catupiry. Para acompanhar, a boa é o negroni, um dos clássicos que compõem a carta de drinks do gastrobar botafoguense. R. Álvaro Ramos, 170.
Beber e petiscar
FEIRA –
3ª edição do festival Gramatura
BAR – Novo gastrobar em Botafogo
Com a proposta de reunir editoras independentes e artistas que produzem em diferentes formatos e suportes, a Gramatura chega maior à sua terceira edição, que rola no centro da cidade em 17 de março. Desta vez, além da feira de arte impressa, o evento organizado pela nanoeditora terá uma programação ampliada, com rodas de conversa, oficinas e exposição. A entrada é livre. R. Benedito Hipólito, 125.
Funcionando do meio-dia às primeiras horas da madrugada, o "1928" vai do menu executivo do almoço aos
Double feature
SHOW – Spoon e The National tocam no Circo Voador Para deleite dos fãs cariocas que não vão ao Lollapalooza em São Paulo, duas das mais aguardadas bandas de indie rock desta edição do festival se apresentam no Circo Voador em 22 de março. Os texanos do Spoon abrem a noite com as canções animadinhas de seu mais recente álbum de
estúdio, o elogiado “Hot Thoughts”. Em seguida, o The National, de Ohio, acalma os ânimos e encerra a noite com o tom melancólico e poético das canções de “Sleep Well Beast”, o oitavo disco do grupo, lançado ano passado. Os ingressos custam a partir de R$ 140. R. dos Arcos.
Vozes femininas
SHOW – Cantoras se encontram no CCBB-Rio
Nos dias 17 e 18 de março, quatro mulheres formam duetos no CCBB para discutir gênero e suas definições, desvendar as diversas facetas do feminino e a importância de sua força na sociedade, e também cantar. São elas: a veterana Elza Soares, que dividirá o palco com a roqueira Pitty no sábado, e Xênia França, recente revelação da música nacional que se junta às vocalistas da banda As Bahias e a Cozinha Mineira no domingo. Os ingressos custam R$ 10. R. Primeiro de Março, 66.
PORTO ALEGRE
Hot spot
Noite de climão
RESTAURANTE –
Porkaria faz sucesso no no Centro
Pela primeira vez na capital gaúcha, a cantora Letrux sobe ao palco do Agulha, em 24 e 25 de março, para apresentar "Letrux em Noite de Climão", eleito o melhor disco de 2017 pelo Prêmio Multishow. Os shows integram o Projeto Concha, iniciativa mensal que leva mulheres para tocar na casa . R. Conselheiro Camargo, 300. [B]
[A]
Morada fashion
LOJA – Casa Modaut abre as portas Depois de reunir mais de 5 mil pessoas e 60 marcas em quatro eventos realizados na cidade,
a Modaut sentiu a necessidade de evoluir de feiras esporádicas para um espaço fixo. Dessa vontade, somada ao propósito de conectar marcas e público de moda de forma consciente, nasceu no início deste mês a Casa Modaut. A
loja funciona como um misto de escritório e showroom de cinco grifes residentes e outras cinco convidadas. Lucas Moraes, Mudha e Sueka são algumas delas, que, em comum, têm a essência autoral e sustentável. R. Miguel Tostes, 897.
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Porto Alegre ganhou recentemente um restaurante totalmente dedicado à carne suína. Inspirado na famosa Casa do Porco, do chef paulistano Jefferson Rueda, o Porkaria oferece sanduíches, pratos e petiscos que têm o porco como protagonista: de um sofisticado muffin de pernil com espuma de bacon a um tradicional escondidinho. R. Coronel Genuíno, 116.
Mão na massa
CURSO – Aprenda a produzir um fanzine para chamar de seu Nos dias 15 e 17 de março, o Centro Cultural Érico Veríssimo recebe duas edições de uma oficina de zine e colagem, fruto da parceria entre a Fuzina Oficinas e a Experimentos Impressos. Os participantes
serão introduzidos ao fanzine como instrumento de expressão e às diferentes possibilidades artísticas da colagem para, em seguida, colocar a mão na massa. O investimento é de R$ 115. R. dos Andradas, 1.223.
TEXTO: HELDER FERREIRA
SHOW – Letrux se apresenta no Agulha
AGENDA CULTURAL (BRASIL) BELO HORIZONTE
Corrida com calma
Foco nos drinks
ROLÊ – Grupo exploras as ruas da cidade
Todas as noites de terça e quinta-feira, um grupo de não atletas se reúne para correr pelas ruas de BH. Batizado de Calma, o crew não tem a performance como principal objetivo, mas a exploração de diferentes espaços da cidade, dos bairros centrais aos alocados nas margens da metrópole mineira.
BAR –Nimbos
vai do clássico ao autoral Adepto de um cardápio enxuto, baseado em
hambúrgueres elaborados com ingredientes de fabricação artesanal e poucas porções, o Nimbos deixa espaço para seu protagonista brilhar: a carta de drinks elaborada pelo mixologista
Felipe Brasil, que parte de clássicos, como mojito e Jack & Coke, para chegar aos autorais, como o Passion Vanilla, que leva vodca de baunilha, suco de maracujá e um ingrediente secreto. R. Alagoas, 608.
Verde gourmet
RESTAURANTE –
Green Up abre casa-conceito [C]
O percurso compreende paradas em bares e é sem-
pre acompanhado por música. Para participar, é só colar
no local anunciado no Instagram @CALMAcria.
Byrne em turnê
Paulo, Curitiba e Rio, ele encerra a pequena turnê com uma apresentação no Km de Vantagens Hall BH, no dia 29 de março. O líder e fundador do Talking Heads apresentará “American Utopia”, seu primeiro disco inédito desde 2004. Av. Sra. do Carmo, 230.
SHOW – Músico apresenta disco inédito David Byrne aproveitou a vinda ao Lollapalloza para fazer vários shows pelo Brasil. Depois de passar por Porto Alegre, São
Parceria entre três executivos e o chef Felipe Rameh, a rede de restaurantes que une gastronomia e comida saudável acaba de abrir sua casaconceito na Savassi. É a primeira franquia da rede a reunir todos os elementos idealizados no projeto Green Up: menu autoral, serviço de comida para viagem feita na hora, mercado e aulas de gastronomia. R. Alagoas, 851.
BRASIL
FOTOS: DIVULGAÇÃO; [A] ANA ALEXANDRINO/DIVULGAÇÃO; [B] MARLON ARRUDA; [C] BERNARDO BIAGIONI; [D] FELIPE BASTOS; [E] GONÇALO SANTOS
BRASÍLIA
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RECIFE
Tutano feminista
De casa nova
mulheres no Ossobuco
do Vinil em Pina
PALESTRA – Só
No dia 27 de março, no teatro do CCBB, acontece mais uma edição do Ossobuco, evento mensal que, em toda última terçafeira do mês, convida pessoas comuns para compartilharem experiências pessoais em palestras de dez minutos. Em
FESTA – Terça
homenagem ao mês da mulher, o evento reúne quatro mulheres, de diferentes origens e formações, para falar sobre temas que vão da "arquitetura e joalheria como forma de
expressão" ao "mito da mulher forte", passando pela aceitação do cabelo e identidade racial. Depois das palestras, ainda rola um show no Food Park. SCES Trecho 2 Lote 22.
BELÉM
Arte e drinks
BAR – Ouriço
tem agenda agitada
Com mais de 10 anos de história, a Terça do Vinil, uma das festas mais tradicionais da cena alternativa de Recife, trocou o Largo Santa Cruz,
no centro, pelo quintal da Galeria Joana D'arc, no bairro de Pina. A farra segue comandada pelo DJ 440, que promove uma verdadeira viagem pelos mais diferentes ritmos e épocas da música brasileira. A entrada é livre, mas é possível reservar mesas nos bares do local, Anjo Solto e Haus Lajetop. Av. Herculano Bandeira, 513.
CURITIBA
Vai e vem
Misto de bar e galeria de arte, o Ouriço é uma boa opção no centro histórico de Belém para quem quer comer, beber, ouvir música brasileira e apreciar obras de artistas locais. Da cozinha comandada pela chef Grace Benitez saem iguarias como pastel de caranguejo com pimenta e
jambu e caldinho de feijão, além de porções de peixe frito e salada. Das coqueteleiras, um bom pedido é a diferente caipirinha de hibisco. Com programação agitada, a casa também recebe festas e shows durante todo o mês. R. Gaspar Viana, 9.
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SHOW – Mallu na Ópera de Arame Durante rápida passagem pelo Brasil, Mallu Magalhães vai a Curitiba para apresentar as músicas de "Vem", seu quarto disco – que, em 2017, figurou em diversas listas de melhores do ano. O show acontece na noite do dia 18 de março,
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na Ópera de Arame, e conta também com repertório de hits, como
“Velha e Louca”. Os ingressos custam a partir de R$ 40. R. João Gava, 970.
AROUND THE WORLD
Música no gelo
LISTICLE Nova York: 3 galerias de arte obrigatórias no Brooklyn
FESTIVAL – Hip-
hop e eletrônica na Islândia
Art in General A organização sem fins lucraapoia novos artistas, nacionais e estrangeiros, há mais de 30 anos. Até abril, fica em cartaz a primeira exposição solo do artista Zach Blas: ContraInternet, com investigações em vídeo, animações CGI e instalações acerca do tema. artingeneral. org
De encher os olhos
EXPO – Fotografia
moderna no MoMA
A cada dois anos, o Museu de Arte Moderna de Nova York apresenta a exposição New Photography. O objetivo é simples: celebrar ideias relevantes e urgentes em forma de fotos. Em 2018, o tema é “Being”, e o desafio proposto aos artistas é, como não poderia deixar de ser, reflexivo: compreender o que significa ser humano. Aïda Muluneh, Em Rooney e Paul Mpagi Sepuya são três dos 17 nomes da fotografia
Performance pioneira
VIDEOARTE – Joan Jonas ganha mostra em Londres No auge da sua juventude, aos 81 anos, a artista Joan Jonas, pioneira em perfomance e videoarte, é homenageada em mostra inédita na Tate Modern. Em cartaz até 5 de agosto, é a maior pesquisa já produzida no Reino Unido sobre a americana. Os primeiros trabalhos de Joan, do
contemporânea selecionados, de todo o mundo – o Brasil será representado por Sofia Borges. Com estreia em 18 de março, fica em cartaz até 19 de agosto. moma.org
Oriente hermano GASTRONOMIA – Cardápio
oriental com sotaque portenho
Com um ambiente predominantemente vermelho e decoração vintage, o restaurante Niño Gordo poderia facilmente ser locação de um filme de samurais
dos anos 1970. Com uma proposta ousada, pretende combinar a culinária asiática – focada em comidas japonesas, coreanas e chinesas – com as tradições da culinária argentina. Inaugurado este ano, é liderado pelos donos dos já respeitados Chori e La Carnicería, também em Buenos Aires. @xniniogordox
Austin, Texas FESTIVAL –
Mais um SXSW
Cinema, música e tecnologia juntos para trazer as novi-
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final da década de 1960, são apresentados ao lado de instalações recentes sobre mudanças climáticas e extinção. O momento especial da mostra acontece entre os dias 16 e 25 de março, quando a veterana irá performar ao vivo, junto a outros artistas. tate.org.uk dades culturais mais interessantes: esse é o South by Southwest, que acontece anualmente em Austin, capital do Texas. Além de ser um radar do que vai rolar nas rádios, telas e smartphones nos próximos meses, o evento vai transformar a cidade em um organismo vivo: ocupando casas de show, lojas e bares. Warpaint, Kelela e The Shacks são alguns dos destaques musicais que a gente quer ver e ouvir. sxsw.com
A.I.R. Um marco na história feminista, a galeria foi fundada em 1972 por mulheres para artistas femininas. Geralmente abriga três exposições simultâneas. Take Back Your Body, da ucraniana Daria Dorosh, correlaciona feminismo, arte e tecnologia e fica em cartaz até abril. airgallery.org
Pioneer Works Construída em um antigo depósito, a galeria é dedicada à experimentação e desenvolve uma ampla programação de mostras, residências, performances e cursos. A mostra Compositions, do japonês Shuta Hasunuma, traz esculturas e vídeos com sons cotidianos e fica em cartaz até abril. pioneer works.org
TEXTO: LUCAS BARANY I FOTOS: DIVULGAÇÃO
Um mês de grandes festivais, exposições de fotografia, videoarte e instalações pelo mundo – você não vai querer perder nada, certo?
Um dos festivais de música mais respeitados do mundo, o Sonar desembarca na Islândia e traz consigo grandes destaques da cena moderna da música atual. Danny Brown, um dos rappers mais promissores desta geração, é o maior destaque do evento. Artistas igualmente relevantes, como Denis Sulta (house) e Nadia Rose (grime), prometem fazer barulho na terra gelada – literalmente. sonarreykjavik. com
QUEM TE INSPIRA
espaço para a improvisação
Entre galerias e publicações, narrativas e abstrações, Fabio Zimbres expande as áreas de atuação do artista
Em um panorama em que feiras de publicações de arte são uma das fontes mais interessantes de novos artistas, movimentações estéticas e experimentações multidisciplinares, o artista Fabio Zimbres é incontornável. Desde os anos 1980 tensionando os limites da narrativa e da composição, ele consegue, por exemplo, fazer histórias em quadrinhos inovadoramente conceituais em zines, mas também colocar desenhos de cachorrinhos em grandes galerias de arte contemporânea e museus. Pensando em highlights dos últimos anos, vale mencionar que Zimbres foi artista homenageado pela Feira Miolo(s) de 2015; em 2016, expôs no Japão o projeto “Desenhomatic LTDA”, que realiza com o artista Jaca; e no ano passado foi residente do projeto/revista/ocupação “Baiacu”, além de apresentar exposições individuais nas galerias da Bolsa de Arte, em São Paulo e em Porto Alegre.
TEXTO: LUCAS PEXÃO | FOTO: ALEX BATISTA
Você está sempre criando novos processos de trabalho, tanto para os quadrinhos quanto para obras de arte. Existe um método? Os trabalhos em geral começam depois de pensar um tempo neles, sem nem mexer num lápis. Em seguida, os desenhos apontam para caminhos diferentes, mas, como criei algo na cabeça que me parecia interessante, tento fazer uma média entre o real e o imaginado. É uma dialética entre a teoria e a prática. O resultado é uma terceira coisa, imprevista. O único método que eu sigo é sempre deixar espaço para a improvisação. Crio uma estrutura que depois vou preenchendo, na ação. Aparecem obstáculos em seu fluxo de produção? Sempre tem obstáculos, porque algumas soluções não satisfazem e você precisa ficar insistindo. Mas às vezes a melhor solução é parar um pouco e se distanciar. Nesse processo de criar uma estrutura e depois ocupála pode acontecer de não surgir a coisa certa. Foi esse caso no “Música para Antropomorfos” (livro e disco em parceria com a banda Mechanics), em que eu tinha definido o que aconteceria em cada capítulo, mas não os visualizava. Empacava até conseguir imaginar que estilo de desenho usaria e que tipo de ação se desenrolaria. Mas, em geral, isso de deixar espaços esperando funciona criativamente, põe minha cabeça em movimento, e entro num ritmo contínuo. Como acontece o projeto “Desenhomatic LTDA” e como é desenhar ao vivo, no meio das feiras? É ótimo para mim e péssimo para o Jaca, por isso fizemos algumas poucas vezes. Trabalho bem com a
“O QUE EU GOSTO MAIS, NA VERDADE, É ESSA SENSAÇÃO DE MOVIMENTO, COM GENTE NOVA, OS MAIS ANTIGOS EVOLUINDO.”
parte da equipe de curadoria e montagem. O que eu gosto mais, na verdade, é essa sensação de movimento, com gente nova, os mais antigos evoluindo. As coisas estão acontecendo, e isso está atraindo mais gente para o Museu do Trabalho. Gosto também de encontrar os núcleos que estão reunindo diversos meios de impressão e experimentando com tudo isso.
adversidade, a urgência e o descompromisso. O Jaca acha muito perturbador as pessoas olhando e perguntando, etc. Por isso paramos com essa parte ao vivo. O “Desenhomatic LTDA” surgiu de uma necessidade de fazer o Jaca viajar mais, mas ao mesmo tempo foi uma maneira de colocar certas ideias dele que precisavam de um empurrão para serem testadas. Os zines automáticos foram uma ideia dele, e o resto meio que foi surgindo daí.
O que tem pela frente neste ano? Tenho uma participação no festival Fumetto, em Lucerna, a partir de um projeto da revista “Strapazin”, que reuniu autores suíços e brasileiros. Acabei de fazer um cartaz para o
Qual sua relação com a feira de publicações Parada Gráfica, em Porto Alegre? Ajudo na organização e faço
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projeto Além da Página, da Editora Par(ent)esis, de Florianópolis, por convite do Pedro Franz. E, neste exato momento, estou fazendo coisas novas para levar para a Plana. O coletivo Charivari também tem um projeto novo para a Plana, e eu vou participar. Estou conversando com o Luis Alegre, da Stolen Books, para fazer um livro, e tem também um pessoal na Argentina interessado em recolher meus quadrinhos num livro. Dois trabalhos longos que eu gostaria de enfrentar logo, se possível junto com outro projeto longo que é o livro com o Beto Galvão e com o Mateus Acioli. Quanto mais livro, melhor.
ESPECIAL
MUTIPLICAR E DIVIDIR Às vésperas da maior feira de publicações independentes do Brasil, a Plana, o jornalista, escritor e expositor Ronaldo Bressane bate um papo com artistas e empreendedores apaixonados pelo que fazem e reflete sobre os desafios futuros desse fenômeno recente no mercado editorial
Lembro como se fosse hoje: março de 2014, toda a galera descolada de São Paulo dava as caras, as tattoos e as barbas no Museu da Imagem e do Som (MIS) para ver a exposição do David Bowie e zanzar pela Feira Plana. A barraca do coletivo La Tosca, do qual faço parte, tinha sido agraciada com a sorte de um lugar bem à entrada. Eu lançava o meu primeiro romance, “Mnemomáquina”, pela Editora Demônio Negro, em uma tiragem artesanal de 50 cópias. Em menos de duas horas vendi todos os livros. Meus parceiros Eva Uviedo e Eduardo Kerges acabaram esgotando todos os seus cartazes, aquarelas, desenhos e zines. No fim da feira, um cara de barba azul, chapéu, botas sete-léguas, camiseta furada e calção dos anos 70 passou pela nossa banca e ofereceu 200 reais pelo par de pinguins de porce-
lana simplória que usávamos como decoração da mesa. Devia ter vendido. De 2014 para cá, já não temos tantos compradores distraídos. Ao contrário: há um público exigente curtindo uma explosão de pequenos selos, microlojas, produtores artesanais de todo tipo de impresso de alta qualidade gráfica em dezenas de feiras pelo país – a Plana Festival criada por Bia Bittencourt (ver pág. 13) é a principal vitrine. É o encontro do deus do mercado com o deus das pequenas coisas. Em outras palavras, o “oligopólio em franja”, na teorização do cientista social José Muniz Jr., autor de tese sobre o fenômeno do mercado editorial independente, em que aponta um número reduzido de grandes players no centro do sistema – Amazon, Livraria Cultura, Saraiva – cercados por uma infinidade de
pequenas empresas que se dedicam aos nichos de públicos específicos. “Esse fenômeno das feiras independentes lembra a revalorização do comércio local, do pequeno produtor, da pequena escala, do artesanal, do slow e do contato direto entre produtor e comprador. Tendências visíveis no caso dos alimentos orgânicos e da produção de cervejas artesanais”, contempla Muniz. A novíssima cena cultural das feiras de impressos gráficos, mercado editorial cujos números são crescentes, é protagonizada por jovens empreendedores com paixão – ou melhor, loucura – pelo que fazem. Caso de João Varella e Cecilia Arbolave, da Editora Lote 42, nome incontornável de toda feira indie. Além de curarem algumas – como a Miolo(s), na Biblioteca Mário de Andrade, e a
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Printa-Feira, no Sesc 24 de Maio –, participam de cerca de 60 eventos por ano. Eles se desdobram para, durante a semana, criar preciosidades como os livros dos cartunistas Troche, Kioskermann e André Dahmer e, nos fins de semana, ficar o dia todo de pé com a barriga no balcão. O que dá mais prazer? “A oportunidade de conversar direto com editores e autores”, diz o gaúcho Varella. “Nessas trocas, a gente consegue dividir angústias, compartilhar truques de impressão, acompanhar o trabalho dos colegas, se nutrir de referências”, conta o editor. Quer dizer: as feiras indies são as verdadeiras redes sociais do mundo editorial. “O contato com as pessoas é o mais rico. É legal ter a oportunidade de explicar pessoalmente o trabalho e também
FOTOS: [A] FRANCISCO COSTA; [B] DIVULGAÇÃO; [C] SIMONE CANTUÁRIA; [D] GEORGE LEONE; [E] CECILIA SCHIAVO; [F] CAMILA PASTORELLI ; [G] LUIZ PINTO
[A]
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1 – A pioneira Plana, maior evento de pulicações independentes do Brasil 2 – Tokyo Art Book Fair: uma das feiras expoentes na cena internacional 3 e 4 – A Editora Quelônio, criada por Sílvia Nastari e Bruno Zeni, destaca-se pelas obras literárias impressas em técnicas diversas, como tipografia 5 – O casal Douglas Utescher e Daniela Utescher – organizadores da Ugra Fest 6 – O casal João Varella e Cecilia Arbolave – criadores da editora Lote 42, da Banca Tatuí e organizadores das feiras Miolo(s), Tinta Fresca e Printa-Feira. 7 – “Fachadas”, de Rafael Sica, da Lote 42 8 – Publicações do coletivo Beleléu
A cena gringa O circuito também cresce lá fora. A argentina Cecilia Arbolave indica as melhores feiras: NY Art Book Fair (EUA) Tokyo Art Book Fair (Japão) Libros Mutantes Madrid Art Book Fair (Espanha) Paraguay Feria de Arte Impreso (Argentina)
[G]
Impresionante (Chile) Microutopias (Uruguai)
3 [C]
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Fora do eixo Além das 12 paulistanas, cerca de 30 feiras movimentam o Brasil, entre veteranas e novas
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Gramatura, Pique Nique Fantasma, Porto Pirata Zine Fest, Tihuana e Tombo (Rio de Janeiro)
“O CARÁTER TÁTIL DOS LIVROS ARTESANAIS RECONECTA O LEITOR COM A EXPERIÊNCIA LENTA E PRAZEROSA DA FEITURA” – Bruno Zeni
SUB (Campinas) [F]
Papelera, Parada Gráfica (Porto Alegre) e-cêntrica (Goiânia) Dente, Motim e A Outra Margem (Brasília)
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[E]
receber direto o feedback”, descreve Uviedo. “É uma forma de sair de nossa rotina de casa/produção e encontrar amigos do meio. Tenho muito prazer em falar sobre nossas publicações para o público e oferecer algo de qualidade, sem intermediários. Nem toda feira tem um público conhecedor e consumidor de publicações alternativas, então é uma chance de nos apresentar a um novo público”, descreve o quadrinista Tiago Lacerda, do coletivo carioca Beleléu. Se as feiras indies são as verdadeiras redes sociais, é porque os produtos lá vendidos não cabem no mundo virtual. “Nem todas ideias cabem na tela de um smartphone; arquivos digitais não são colecionáveis e dificilmente mexem com nossa memória afetiva”, desenvolve o paulistano Douglas Utescher, edi-
tor e organizador da Ugra Fest, feira especializada em quadrinhos. “O artesanal e as técnicas de impressão tradicionais (tipografia, xilogravura, serigrafia etc.) ou renovadas (risografia) têm uma qualidade gráfica e material que o digital não tem”, justifica o escritor e editor para-naense Bruno Zeni, da Quelônio. “A materialidade, as cores, o relevo e o caráter tátil dos livros artesanais/experimentais reconectam o leitor com a experiência profunda, lenta e prazerosa da feitura, das escolhas pessoais, da leitura de qualidade, da leitura não utilitária, da leitura desinteressada e inspirada. O digital não deixa marcas na memória do corpo e do sentidos; já o livro artesanal não se interessa no imediato e no pragmatismo, mas em prazer, invenção e arte”, pensa o escritor.
A FAVOR DA MULTIPLICAÇÃO, A SEGMENTAÇÃO O mercado das feiras independentes se multiplicou – ao menos em São Paulo, onde, além das pioneiras Plana e Tijuana (esta agora também no Rio de Janeiro), das citadas Miolo(s), Printa e Ugra Fest, há ainda mais oito feiras de destaque: a Desvairada (especializada em poesia, no espaço Aldeia 445), a Des.Grafica (especializada em quadrinhos, no MIS), a Kraft (Unesp), a Zine Die (Fatiado Discos), a Relâmpago (Instituto Cervantes), a EBAC Zines Fair, a Tinta Fresca (Porto Seguro), a Lambes na Laje (RB Station) e a Folhetaria (Centro Cultural São Paulo). “Estamos numa fase que necessita de mudanças: circulação de editoras e entrada de um pes-
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Baronesa, Carretel, Grampo, Solar, Fósforo (Curitiba) Dobra (Londrina)
Ladeira e Paraguassu (Salvador) Faísca (Belo Horizonte) Flamboiã e Parque Gráfico (Florianópolis) Cria (João Pessoa) Ninja (Natal) Índice (Fortaleza) Casa da Porta Amarela (Paraty)
soal mais novo, para colocar mais lenha na fogueira. Cada feira precisa buscar algum diferencial, e sempre renovar os participantes”, adverte Lacerda sobre as possibilidades futuras. Talvez o caminho natural seja, além da segmentação, a expansão para um circuito além do Sudeste. “Sobreviverão as feiras com personalidade, proposta definida, algo diferente para oferecer. Adoraríamos ver mais feiras em outros pontos do país – tem muita coisa boa precisando de espaço!”, torce Utescher. Apesar da concentração, é fato: a expansão das feiras indies pelo país se confirma nas 27 feiras consolidadas em outros 11 estados do Brasil. E tantas outras ainda por vir. É muita novidade, e o espaço acabou. E também acabou o tempo – com licença, preciso fechar meu zine.
MECARADAR
por Bananas Music Branding
GINGERLYS (EUA)
JOSYARA (BRASIL)
O recém-lançado LP de estreia do quinteto liderado por Jackie Mendoza é um frescor na cena indie de Nova York. Tem guitarras maravilhosas e vocais em camadas que parecem um sonho. A banda é muito boa e o disco, muito bem acabado. Altamente recomendado para fãs de Alvvays e Camera Obscura, somados a uma sujeirinha meio lo-fi – com certeza deixaria Stephen Malkmus orgulhoso.
Ela é muitas em uma: cantora, compositora, instrumentista e arranjadora. A baiana é uma força impossível de ser ignorada no novo cenário nacional. Com seu violão poderoso muito bem tocado, em linhas que acompanham sua voz marcante, Josyara canta um Brasil que parece estar ainda à espera do descobrimento. Algo nos diz que vamos ouvir muito dela em 2018.
PAPISA (BRASIL)
CASTLECOMER (AUSTRÁLIA)
Alter ego da paulista Rita Oliva (que já integrou o duo Parati), Papisa é a epítome da autonomia em seu trabalho – tocou, gravou e produziu tudo sozinha. As percussões ajudam a pontuar os rituais sagrados femininos que são seus shows. Intitulados “Tempo Espaço Ritual”, contam com uma banda de apoio de peso e flertam com o indie eletrônico e influências psicodélicas.
Pega o Two Door Cinema Club e o Bloc Party e bate no liquidificador, taca um tico de sotaque australiano e uma pitada de Franz Ferdinand: tá pronto o Castlecomer. Pode parecer um pouco datado, mas a banda liderada pelo vocalista Bede fez a lição de casa direitinho, e soa quase atual. Rock bom para dançar, fazer air guitar e se acabar (em pistas onde ainda tocam rock).
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
bandas para você ficar de olho
COOL PEOPLE BEHIND COOL PROJECTS
TEXTO: HELDER FERREIRA | FOTO: THAYS BITTAR/DIVULGAÇÃO
impressões sobre o sucesso
nenhuma experiência como produtora cultural, mas já cultivava certa proximidade com o universo das publicações inBia Bittencourt, idealizadora da Plana, compartilha as reflexões que transformaram dependentes. “Quando trabalhava na a feira de publicações independentes em um grande festival MTV, ficava de madrugada na impressora fazendo livrinhos. E também tinha muitos amigos punks que faziam zines”, relembra ela, que decidiu apresentar o Bia Bittencourt é o nome por trás do ra a mente reflexiva e autocrítica da ca- ros, e não só experimentação em cima projeto da feira ao MIS, que lhe cedeu maior evento dedicado a publicações pricorniana de 33 anos repensar as rela- de experimentação”, explica a paulista- espaço e 2 mil reais para realizar a priindependentes do Brasil: a Plana Festi- ções de consumo estimuladas pelas fei- na, que possui formação em artes visuais meira edição da feira. Durante um único val. Idealizado e organizado por ela ras. “Não quero que a Plana estimule um e cinema. Dessa reflexão nasceu o tema sábado, o evento reuniu 200 editoras e desde 2013, o festival assumiu propor- colecionismo fetichista. Se for colecio- niilista deste ano – “O retorno ao nada” 3 mil pessoas no saguão do museu. Nos anos seguintes, o projeto tomou ções admiráveis no ano passado, quan- nismo, que seja um consciente do valor e –, dando continuidade às inquietações do atraiu mais de 18 mil visitantes à Bie- potencial artístico daqueles materiais”, do tema do ano anterior: “O fim do corpo, atraiu patrocinadores e se transnal de São Paulo, além dos quase 300 explica. “Também não quero que tudo se mundo”, abstrações autocríticas do pró- formou em um grande festival. No entanto, para sua criadora, ele continua prio fazer artístico. expositores. Em sua sexta edição, que resuma a compra e venda.” A evolução ascendente sequer foi sendo um projeto pessoal motivado por ocupa a Cinemateca Brasileira entre 23 Bia ressignificou o conceito do sue 25 de março, a Plana traz novidades, cesso consolidado no ano anterior, imaginada quando, há seis anos, nascia a sua paixão pela arte impressa. “A Plana multiplica a programação por três e usando números para construir qualida- ideia de criar o evento, depois de uma vi- continua sendo um projeto pessoal, mas transforma o formato de curadoria úni- de, e não só quantidade. “De alguma sita à New York Art Book Fair. Na época, um em que consegui envolver diversas ca em uma polifonia de 20 criadores. forma, eu me sinto responsável por fa- ela trabalhava como editora na TV Folha pessoas, e que acabaram transformanOs números superlativos, resultantes zer com que esses materiais produzidos – emprego que deixou no começo de do-o em seus projetos pessoais tamda edição de 2017, foram a motivação pa- para a Plana sejam consistentes, madu- 2017 para se dedicar à Plana. Não tinha bém”, conclui a curadora.
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MECAINTRO
narowé
Juan Narowé (1993), ou simplesmente Narowé, como assina, inaugura o projeto MECAIntro: uma série de primeiras exposições individuais de novos artistas no MECASpot. A exposição também integra a programação paralela da Plana Festival 2018. Natural de Mariana (Minas Gerais), radicado em São Paulo e prestes a se mudar para a Espanha, Narowé ganhou visibilidade no cenário das feiras de publicações independentes de arte, como a Tokyo Art Book Fair. Participou de exposições como Morre em Tokyo, também na capital nipônica, e integra o coletivo de artistas e designers Pardo. A seleção de desenhos sobre papel para a primeira mostra individual de Narowé, no MECAIntro, inicia com a obra em grande formato “A Queda”, um desabamento caótico e fascinante que fez parte da comunicação visual da Plana Festival do ano passado, da qual participou como artista convidado. Entre as obras inéditas presentes na mostra está uma série de observações dos elementos do ateliê do artista, incluindo desenhos de desenhos e desenhos sobre impressões prontas. A soma de diversas plataformas e meios, em um trânsito constante entre analógico e digital, dá personalidade à sua criação. Até chegar ao resultado final, a obra provavelmente foi escaneada, editada no computador, impressa ou projetada e pintada. O artista ainda desenvolveu exclusivamente para o MECA, em parceria com o Estúdio Elástico, uma serigrafia edition varie – técnica de impressão que resulta em uma obra múltipla que é parte reprodução, parte original. A obra pode ser adquirida no MECASpot.
Sem título, 2017. Óleo sobre papel
MECAIntro Narowé Abertura 17 de março Visitação até 28 de abril R. Artur de Azevedo, 499, São Paulo
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TEXTO: LUCAS PEXÃO | FOTO: REPRODUÇÃO
O mineiro de 25 anos é o convidado estreante do MECAIntro – uma série de primeiras exposições individuais de artistas contemporâneos que vão movimentar o MECASpot em 2018
ROUTE
CONVERSE
ALTO DA LAPA
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PERDIZES
5 CENTRO VILA MADALENA
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BUTANTÃ
JARDINS PINHEIROS PARAÍSO
VILA MARIANA
ITAIM BIBI PARQUE IBIRAPUERA
VILA PROGREDIOR
MOEMA
SAÚDE CAMPO BELO
No mês da Plana Festival, selecionamos lugares para comprar publicações independentes e desenvolver a criatividade B_ARCO – Tem vontade de começar um zine ou publicar um livro, mas não consegue destravar a escrita? Esse centro cultural oferece diversas oficinas literárias. A mais famosa é a ministrada pelo escritor Marcelino Freire. R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426.
UGRA PRESS – Nessa loja dedicada aos quadrinhos e à contracultura, a especialidade são as HQs independentes. Entre os milhares de títulos, é possível encontrar obras nacionais e importadas que vão muito além das histórias de super-heróis. R. Augusta, 1.371.
TAPERA TAPERÁ – Nesse híbrido de biblioteca e livraria, alocado no segundo andar da Galeria Metrópole, é possível adquirir ou pegar emprestado diferentes tipos de obras independentes. Eventos de lançamento também ocorrem com frequência. Av. São Luís, 187.
TIJUANA – Em Higienópolis, a banca que pertence aos mesmos responsáveis pela feira de arte impressa homônima vende livros e catálogos de arte publicados por editoras dos mais diferentes cantos da América Latina. R. Minas Gerais, 350.
ATELIER PIRATININGA – Se sua pegada é mais visual que literária, talvez se interesse pelos cursos desse ateliê mantido pelos artistas do Coletivo Gravura. Por lá, é possível aprender técnicas como xilogravura e fotogravura. R. Fradique Coutinho, 934.
RIZOMA – Essa distribuidora de editoras independentes mantém um ônibus escolar amarelo repleto de livros de selos como n-1 edições e Elefante. Batizado de booktruck, ele fica estacionado em frente ao restaurante Al Janiah, no Bixiga. R. Rui Barbosa, 269.
BANCA TATUÍ – Na banca idealizada pela Editora Lote 42 é possível encontrar títulos de mais de 160 pequenas editoras que passeiam por diferentes gêneros e costumam chamar a atenção por seus projetos gráficos ousados. R. Barão de Tatuí, 275.
PARQUE BUENOS AIRES – Agora que você provavelmente está com as sacolas cheias de zines e livros, que tal se estirar na grama e dedicar algumas horas à leitura? Esse parque fica a apenas 15 minutos de caminhada da Tijuana. Av. Angélica, s/n.
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TEXTO: HELDER FERREIRA
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Produzimos os eventos que a gente gostaria de ir. Geramos o conteĂşdo que a gente gostaria de consumir. ConstruĂmos os lugares que a gente gostaria de frequentar. Criamos os produtos que a gente gostaria de comprar. Investimos nos negĂłcios que a gente gostaria de participar. Aproximamos as pessoas com quem a gente gostaria de conviver. Conectamos as marcas que a gente gostaria de trabalhar. Simples assim. Celebrando, desde 2010