6 músicas instrumentais avant-garde por frederico finelli — pág. 05
q&a: linn da quebrada fala sobre o premiado “bixa travesty” — pág. 04
mecaintro: fernando martins recria a natureza em cliques sutis — pág. 09
the biggest smallest cultural platform
MECAJournal Distribuição g ratuita
Número #020 — Maio, 2018
PIETRO BARONI
a voz do recomeço do mundo
No auge da carreira, a convidada especial do MECAInhotim Elza Soares questiona seu tempo, ergue bandeiras e prova que a sua música está mais jovem do que nunca pág. 11
por um mundo mais vegan TENDÊNCIA — O crescimento de marcas e iniciativas sociais transforma o veganismo em uma realidade mais possível — pág. 08
agenda cultural —
O que conhecer, ouvir e assistir no mês de maio em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras capitais pág. 04
lá de longe CULTURA — De instalações futurísticas na Holanda a brechó em Nova York, passando por botecos na Rússia, 08 dicas de lazer ao redor do mundo — pág. 10
MECAInhotim: um bate-papo com as principais atrações do festival de 2018 pág. 12
www.meca.love
insider tips: dj mzk mecaradar: 4 artistas para ficar de olho a rota do vinil em sp
Elza Soares Cordel do Fogo Encantado Alice Caymmi Rubel Letrux Iconili E muito mais! MECAInhotim 29 de junho a 01 de julho www.meca.love
WELCOME
Acontece no MECASpot O mês de abril marcou a estreia de vários projetos que vão movimentar a nossa sede em São Paulo ao longo de 2018. O MECASpot se transforma em um mini espaço cultural e educacional, com uma programação gratuita de palestras, exposições de arte, pocket shows, DJs e artistas. A casa também recebe regularmente editoras e selos de música independentes, além de especialistas em café, coquetelaria e gastronomia. O objetivo é incentivar a cena da cultura local, desenvolver o mercado, preparar novos profissionais e ajudar na construção de um futuro melhor. Em todos os eventos e palestras, os convidados chegam cerca de 40 minutinhos antes para conversar com o público, trocar contatos profissionais, compartilhar experiências e ideias sobre carreira.
Atenção, coffee lovers!
FOTOS:DIVULGAÇÃO
Todo mês, o MECASpot recebe alguma iniciativa, projeto ou produto do saboroso mundo dos cafés para um bate-papo, degustação ou lançamento. Em maio, é a vez da Amigo Cold Brew movimentar a casa. A marca vai
MECACrew
MECASpot
Andrea Soares, Bernardo Biagioni, Camilo Raesh, Dimas Henke, Felipe Seffrin, Guil Salles, Helder Ferreira, Fernanda Lensky, Fernanda Branco Polse, Kelly Kimie, Letícia Ippolito, Lívia Aguiar, Lucas Pexão, Luisa Dantas, Luisa Martini, Maíra Miranda, Maurício Barcellos, Mariana Rufino, Matheus Barros, Paula Chang, Paula Englert, Renata Miwa, Roberto Martini, Rodrigo Peirão, Rodrigo Ribeiro, Rodrigo Santanna, Rony Rodrigues, Thaís Tolentino, Thum Thompson
Rua Artur de Azevedo, 499 Pinheiros – São Paulo – Brasil, CEP 05404-011 +55 (11) 2538-3516
3
criar drinks especiais com café gelado em uma tarde de música, djs e vibes. 12/5, 18h amigocold brew.com.br
Assine o MECAJournal e receba, mensalmente, um exemplar em sua casa. Envie um e-mail para: contato@meca.love
AGENDA CULTURAL (SÃO PAULO)
FESTIVAL - Path
movimenta Pinheiros
Shows, exposições, filmes, peças de teatro, restaurantes, bares e diversos outros bons motivos para você não ficar em casa DRINK IT
[A]
dias, 19 e 20/5, no Instituto Tomie Ohtake e em outros espaços de Pinheiros. Nomes como Regina Casé, Rincon Sapiência e David Schurmann integram a programação de palestras. Já a programação musical conta com destaques como Dona Odete, Castello Branco, Luedji Luna, além de festas como Batekoo e Pratododia. Workshops sobre lambelambe, estêncil e hand lettering, exibição de documentários, feira de games e feira de startups também estão na agenda. Os ingressos variam de R$ 120 a R$ 190. festival path.com.br
Encontro de estilos
[C]
SHOW – Lia Paris toca com
O drink de Fernanda Tiné
orquestra na Funarte No dia 6/5 acontece a terceira e última apresentação do show “Lua Vermelha e Orquestra”, da cantora Lia Paris em parceria com a Filarmônica Jovem Camargo Guarnieri, na Funarte. O show tem direção artística da guru da moda Erika Palomino e traz composições do
“Gosto muito de gim-tônica e quase todas as variações de drinks com gim. Um dos preferidos é o Aviation, do Quincho Bar. Tem um sabor muito exótico, que eu amo.”
álbum “Lia Paris” e do EP “Lva Vermelha”, com novos arranjos da camerata. Além da mescla de linguagens musicais diferentes, o espetáculo é marcado por diversas inserções digitais, com desenho de luz e projeções da dupla Miwí. Al. Nothmann, 1058.
Ingredientes • 60 ml de gim Beefeater • 15 ml de suco de limãosiciliano • 10 ml de licor maraschino • 5 ml de licor de violetas • 1 cereja maraschino Preparo Misture todos os ingredientes em uma coqueteleira com gelo e bata vigorosamente. Coe sobre uma taça de coquetel. Decore com uma cereja maraschino.
maio. Em ritmo de virada cultural, o evento de inovação e criatividade traz 500 palestrantes e 22 shows – que acontecem em dois
Novidade veggie COMIDA - Pelo
reinado das frutas e legumes
Inaugurado no começo de abril, o Homa é o mais novo restaurante vegetariano de Pinheiros. A casa é comandada pelo chef-executivo do Eataly, José Barattino, e pelos sócios Gilson de Almeida (dono da
hamburgueria Na Garagem) e Philippe Nogueira. Pelas palavras de Barattino, o lema é claro: “Aqui o vegetal é rei”. Com grandes mesas coletivas e autosserviço, o ambiente interno segue a tendência dos restaurantes contemporâneos. Na cozinha, maravilhosidades saudáveis como o arroz cremoso de beterraba. R. Benjamim Egas, 275.
No limite da loucura
TEATRO – Peça de
Marie NDiaye estreia no CCSP
Demorou, mas voltou EXPOSIÇÃO – Bill Viola marca
reabertura do Sesc Paulista Foram quase oito anos de espera, mas a unidade do Sesc Avenida Paulista está de volta. O prédio de 19 andares foi reinaugurado no
dia 29 de abril, com ótima programação. O destaque vai para a exposição “Visões do Tempo”, de um dos mais renomados videoartistas con-
temporâneos, o americano Bill Viola. A mostra, que fica em cartaz até 9/9, aborda questões como nascimento, morte, transcendência e fluidez – provocações características na obra do artista. Além dos espaços de programação
artística, a unidade conta com biblioteca, local para atividades físicas, salas para crianças e restaurante. No topo do prédio, a cafeteria com o melhor mirante 360º da região, que deixou saudade nesse hiato. Av. Paulista, 119.
4
A premiada escritora francesa Marie NDiaye, autora de livros como “Coração Apertado” e “Três Mulheres Fortes” – já publicados no Brasil pela saudosa Cosac Naify –, tem sua primeira obra teatral em cartaz no Centro Cultural São Paulo. A peça “Hilda” propõe reflexões sobre
afeto e subordinação entre um casal e a nova empregada doméstica, em uma dinâmica que beira o delírio. A montagem com Cácia Goulart, Zé Geraldo Jr. e Beatrix Oliva está em cartaz aos fins de semana. Ingressos a R$ 30. R. Vergueiro, 1000.
Linn da Quebrada,
atriz, cantora de funk e pop, e ativista transexual fala sobre o documentário “Bixa Travesty”, protagonizado por ela e premiado no Festival de Berlim de 2018.
[B]
Que mensagem você quis transmitir em “Bixa Travesty”? Utilizei o filme como um processo pessoal de escavação, uma investigação arqueológica da minha própria identidade. Do meu papel e do meu corpo. Enquanto comunidade, parece que ainda estamos batalhando por um espaço legítimo. O que o filme representa para o movimento LGBT brasileiro? Tenho trabalhado com foco em pluralidades identitárias, e acho que o filme é uma expressão importante disso, principalmente sobre o poder dos nossos corpos diante do momento histórico que estamos construindo. Como recebeu a premiação? Me senti muito bem recebida, querida, valorizada profissionalmente, principalmente por expor uma parte muito íntima de mim.
Uma destilaria, oito alambiques, nove botânicos e três destiladores especializados produzem o sabor especial do gim mais premiado do mundo. A cultura e a energia de Londres traduzidas em uma única bebida.
FOTOS: DIVULGAÇÃO; [A] JULIA RODRIGUES; [B] VIVI BACCO; [C] GIL INOUE; [D] REPRODUÇÃO INSTAGRAM; [E] WAGNER GODOI
Para a inspiração das mentes criativas e inquietas, vem aí a 6ª edição do Festival Path, no terceiro fim de semana de
Intensivo cultural
AGENDA CULTURAL (SÃO PAULO)
Buena onda
INSIDER TIPS turn the music on
MÚSICA – Para
a nossa alegria: Balaclava Fest
by Frederico Finelli
A sétima edição do festival organizado pelo selo Balaclava Records acontece no dia 13/5, no espaço Tropical Butantã. A principal atração do evento é a banda americana Future Islands, do carismático vocalista Sam Herring – conhecido pela voz dramática e pelas dancinhas irreverentes. A única apresentação do trio de synth-pop no Brasil foi em 2011, quando eles ainda eram pouco conhecidos por aqui. O line-up do Balaclava Fest também traz o grupo americano de folk rock Sun Kil Moon, a banda de rock argentina Un Planeta e outros nomes brasileiros de sucesso como Holger e Mahmundi. Ingressos a partir de R$ 90. Av. Valdemar Ferreira, 93.
A culpa é dos astros?
CURSO – O que o cosmos diz sobre política
[D]
Dose dupla
SHOW – Espaço das Américas traz
duas grandes turnês mundiais [D]
Cinema em foco
CONFERÊNCIA – Reflexões sobre a produção audiovisual brasileira Cinéfilos de carteirinha têm uma boa oportunidade para descobrir detalhes da vida por trás das câmeras. Realizada desde 2002, a Semana da Associação Brasileira
“Assim no mundo como no céu.” Esse é o lema de uma série de aulas que a Gaia Escola de Astrologia vai promover mensalmente até o mês de novembro. Ministrado pelo astrólogo e historiador Rui Sá Silva Barros, o ciclo propõe a interpretação do contexto histórico atual da humanidade através dos astros. “Brasil: mudança ou restauração?” é o tema da aula de estreia, no dia 5/5. A participação custa R$ 60. R. Frei Eusébio da Soledade, 74.
de Cinematografia (ABC) reúne diversos profissionais do mercado audiovisual. A edição deste ano acontece de 9 a 11/5, na Cinemateca Brasileira, com entrada franca. A programação inclui
O Espaço das Américas traz duas atrações internacionais esperadas na agenda deste mês. Os britânicos do The Kooks se apresentam no dia 12/5, com a turnê mundial de “The Best of... So Far” – que reúne todos os sucessos do quarteto indie – até agora. E, no dia 29, é a vez de Harry Styles. O ex-vocalista da boyband One Direction segue construindo sua persona mais cool e vem ao Brasil pela primeira vez com a turnê do seu primeiro disco solo. R. Tagipuru, 795.
— À frente do selo Submarine, que completa 20 anos este ano, Fred conecta artistas de SP e Chicago. Aqui, ele indica seis sons experimentais, avantgarde, desse cenário da música instrumental.
YOUNG AT HEART —Muhal Richard Abrams
Esse senhor, que partiu ano passado, foi como um facho de luz (e de esperança) que caiu sobre mim. Espero que sua música chegue cada vez mais às pessoas.
TNT — Tortoise
Banda do coração. Este ano, o álbum “TNT” também celebra 20 anos.
AGE OF ENERGY — Chicago Underground Duo
Sabores da serra
FEIRA – Manhã de comidinhas
artesanais na Vila Madalena
No dia 5/5, a dica é ir para a pizzaria pela manhã. A Carlos abre suas portas mais cedo, às 10h, e convida o público para um café espe-
cial e uma feira com produtos artesanais da Serra da Mantiqueira. O evento vai reunir produtores de queijos de cabra,
pães artesanais, grãos de café selecionados, mel, azeite, frutas e verduras orgânicas, entre outros. No almoço, será servida a pizza Mantiqueira (R$ 52), novo sabor da casa, com presunto assado, queijo cacauzinho, nibs de cacau e escarola orgânica – todos ingredientes de pequenos produtores artesanais, sem precisar pegar estrada. R. Harmonia, 501.
O Rob Mazurek é uma figura muito criativa e fundamental para o selo Submarine – e na vida. Ao lado do baterista Chad Taylor, o duo é um dos seus projetos que eu mais gosto.
ORGAN —Kevin Drumm
Um dos pilares do noise/drone, tem também uma voz muito firme na improvisação livre. Assistir a um show dele é uma bela experiência.
DREAMER OF DREAMS — Matana Roberts Uma gigante. Saxofonista, a Matana tem um trabalho muito lindo, bem poderoso musicalmente e nas ideias.
debates sobre montagem, fotografia, roteiro, som e direção de arte para diversos veículos. Entre os convidados estão o diretor de fotografia Lula Carvalho, a diretora de arte Vera Hamburger e o escritor e roteirista Marçal Aquino. Largo Sen. Raul Cardoso, 207.
BULAWAYO — Hurtmold
Meus irmãos. Vinte anos juntos. A escolha dessa faixa é sentimental, traz boas lembranças.
5
03 minilugares perdidos no centro de SP que fascinam o DJ MZK Effendi Casa de culinária armênia, próxima à Rua das Noivas. O ambiente é simples e os quitutes são saborosos. Me conquistou com suas deliciosas esfihas de basturma – carne curada típica da Armênia. R. Dom Antônio de Melo, 77, Luz. [E]
Salão Genial Essa barbearia, inaugurada há 40 anos, fica escondida em uma ruazinha na República. O salão conserva os mesmos móveis simples e a estética original em um corredor estreito, além da maneira tradicional de fazer cabelo e barba. R. Basílio da Gama, 77. Pequenas vitrines da Galeria Itapetininga Vitrines cheias de brinquedos antigos nos corredores de galerias do centro atraem minha atenção há décadas. Os vendedores geralmente ficam ao lado das vitrines ou deixam uma plaquinha com seus contatos. R. Barão de Itapetininga, 267.
MZK comanda live sets em vinil toda quartafeira, às 19h, no MECASpot, em parceria com a PP Acessórios. Acompanhe a programação da sede do MECA em @mecaspot
AGENDA CULTURAL (BRASIL) RIO DE JANEIRO
Back to 2002
[A]
Atrações alcoólicas
BAR – HØC lança novos drinks
Os boêmios de Copa mal tiveram tempo de desbravar a variada carta de drinks do HØC, que abriu as portas em dezembro, e a casa já lançou uma nova leva de criações etílicas. Desta vez, a bartender Laura Paravato se inspirou nos pontos turísticos da Cidade Maravilhosa. Da empreitada, nasceram bebidas como o ''pedra do sour", que leva gim, limão e clara de ovo. R. Ronald de Carvalho, 161-B.
Em 18/5, o Kasabian terá, enfim, uma chance para se redimir com os fãs cariocas, que não foram lembrados durante as pas-
Versão estendida
terá a chance de rever, ao ar livre, grandes sucessos da sétima arte, de “Titanic” a “Pantera Negra”. E, como nem só de grandes sucessos de bilheteria vive o cinema, há também espaço para cults como “Pulp Fiction”, “Clube dos Cinco” e “Cinema Paradiso”. Av. Infante Dom Henrique.
SHOW – Pela 1ª vez, Kasabian toca no Rio
SHOW – Simple Plan toca no Circo Voador Depois de uma apresentação em 2016, o Simple Plan volta ao Rio com um objetivo um tanto nostálgico: o show de comemoração dos 15 anos do lançamento de “No Pads, No Helmets... Just Balls”, trilha sonora onipresente na vida de muitos adolescentes do começo dos anos 2000. A banda
For singing out loud
canadense liderada por Pierre Bouvier sobe ao palco do Circo Voador na noite de 30/5 para tocar todas as
faixas do álbum de 2002 – o que, na prática, significa um setlist cheio de hits, como "Perfect", "I'm Just a Kid" e
"Addicted". Uma ótima oportunidade para voltar à adolescência por algumas horas. R. dos Arcos.
CINEMA – Open
Air ganha nova edição
Entre 16/5 e 3/6, a Super Tela do Shell Open Air, com seu tamanho equivalente a uma quadra de tênis, volta a ocupar a Marina da Glória. O público
sagens que a banda inglesa fez pelo Brasil nos anos de 2007 e 2015. No KM de Vantagens Hall, eles apresentam as novas do bem recebido “For Crying Out Loud”, seu mais recente álbum de estúdio que, desde o ano passado, tem sido divulgado pela banda em uma turnê mundial. Mas, para o alívio dos fãs, também não deixam de lado hits antigos, como “Club Foot” e “Fire”. A partir de R$ 120. Av. Ayrton Senna, 3000.
Mais do que ondas sonoras. Música é uma experiência completa, para ser sentida e cantada a plenos pulmões. Junto com Heineken, selecionamos nesta página algumas oportunidades para você viver a música do seu jeito. #LiveYourMusic
Noite para recordar
SHOW – Emicida comemora 10 anos de carreira com DVD Emicida sobe ao palco do Opinião, na noite de 10/5, para o lançamento de seu 1º DVD ao vivo, “10 Anos de Triunfo”, que comemora o aniversário de uma década de lançamento da faixa. Como a ideia é relembrar a trajetória do rapper paulistano, não faltarão hits no repertório do [C]
show, que passeia pelas diversas composições do autor de “Para Quem Já Mordeu um Cachorro…”. Antes rola um show de abertura com o rapper Coruja BC1, nova promessa do hiphop nacional. A partir de R$ 46. R. José do Patrocínio, 834.
Panorama cênico
Para olhos e bocas
[B]
TEATRO – Sesc
RESTAURANTE –
Pratos lindos e saudáveis
leva mais de 50 peças a POA
O festival Palco Giratório Sesc chega a sua 13ª edição com uma programação recheada de mais de 50 espetáculos de teatro, circo e dança, além de atrações musicais, exposições, seminários, oficinas e bate-papos. Entre os destaques estão o grupo Teatro da Vertigem, que comemora seus 25
anos com encenações da peça “O Filho”, e a Cia Margi-
nal, da Favela da Maré, com seu “Eles Não Usam Tênis
Naique”. O evento ocorre de 4 a 26/5, em diversos locais
da cidade, com ingressos a R$ 20. sesc-rs.com.br
Virada artística
manhã. É que na data ocorre a 3ª edição da Noite dos Museus, evento que convida o público a explorar os acervos das instituições entre uma e outra atração musical. Neste ano, a festa museológica ganha uma hora extra de programação. @noitedosmuseus
ARTE – Noite dos
Museus chega à 3ª edição
[D]
6
Na noite de 19/5, a Iberê Camargo, a Pinacoteca, o MACRS e outros nove centros culturais esticam seus expedientes até 1h da
O Grão Real Food prova que é possível criar pratos sem açúcar refinado, glúten e lactose altamente saborosos e “instagramáveis”. De sua cozinha, saem pães (sem glúten), queijos (de castanhas), pudins de leite (vegetal). Entre os carros-chefes está o Crema, um salpicão de frango orgânico e maionese de painço (tipo de cereal) cremosa. R. Alameda Alípio Cesar, 114.
FOTOS:DIVULGAÇÃO; [A] CHAPMAN BOEHLER; [B] ELISA MENDES; [C] DARYAN DORNELLES; [D] DILSON FERREIRA; [E] BRENO GALTIER/REPRODUÇÃO INSTAGRAM
PORTO ALEGRE
AGENDA CULTURAL (BRASIL) BELO HORIZONTE
Vamo comer?
COMIDA – Novo gastrobar no bairro Sion O gastrobar Caê é a nova casa do chef Caetano Sobrinho. Por lá, dá para só petiscar uma seleção de queijos artesanais entre
goles de cerveja ou se deliciar com uma refeição completa, com entrada (ovo caipira assado com linguiça e cebola caramelizada), prato principal (badejo grelhado com molho de camarão), sobremesa (queca de castanhas brasileiras com sorvete) e vinho. R. Outono, 314.
Bethânia + Zeca
[C]
SHOW – Dueto de gigantes da MPB em BH De uma ponte aérea criativa entre a cidade de Maria Bethânia e onde reside Zeca Pagodinho, nasceu o show “De Santo Amaro a Xerém”. No dia 5/5, eles sobem ao palco do Km de Vantagens Hall para interpretar sucessos e músicas criadas especialmente para o projeto, como "Amaro Xerém" (Caetano Veloso) e "A Surdo 1" (Adriana Calcanhoto). A partir de R$ 140. Av. Sra. do Carmo, 230.
[D]
Festa dos quadrinhos
Made in Gerais
FEIRA – Compre de locais na Mercado.ria
No 1º domingo do mês (6/5), a Mercado.ria reúne marcas locais de moda, cosméticos, arte e decoração numa grande feira livre na
sede da Filarmônica de Minas Gerais. Além de fomentar a economia colaborativa, os visitantes podem se refestelar em barraquinhas
FESTIVAL –FIQ chega a sua 10ª edição
gastronômicas, aprender a fazer mandalas e terrários e curtir um show do trio Choro Vadio. R. Tenente Brito Melo, 1.090.
Depois de atrair mais de 80 mil visitantes em 2015,
o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ BH) chega a sua 10ª edição, que será realizada na Serraria Souza Pinto, de 30/5 a 3/6. Neste ano, o evento homenageia a quadrinista brasileira Érica
Awano, além de promover discussões com artistas e profissionais da área, oficinas e uma grande feira de HQs. A entrada é livre. Av. Assis Chateaubriand, 809.
MAIS CIDADES [E]
BRASÍLIA
RECIFE
Marco zero
Frozen vegan
SHOW – Scalene
BAR – Jazzlato surpreende com
sorvetes veganos artesanais
toca em casa
O bom filho à casa torna. Scalene finalmente lança seu elogiado terceiro disco, “Magnetite”, em Brasília – sua cidade natal. A banda toca em 19/5 no Arena Futebol Clube, com ingressos a partir de R$ 30. SCES trecho 03 lote 01. GOIÂNIA
7 noites de polifonia FESTIVAL –
Bananada tem line-up diverso Gilberto Gil, Pabllo Vittar, Nação Zumbi e Boogarins são alguns dos nomes que vão estremecer as estruturas do Passeio das Águas Shopping, lugar onde ocorre o 20º
Veganos e simpatizantes da cozinha plant-based ganharam recentemente mais um lugar para aplacar o calor em Recife: a Jazzlato. Nessa sorveteria artesanal, dá para escolher entre sabores tão diferentes quanto manga com frutas vermelhas e peanut butter com chocolate chips – todos livres de produtos de origem animal. R. Capitão Zuzinha, 22.
MANAUS
Festival Bananada, de 7 a 13/5. O lineup desta edição conta também com atrações internacionais, como Lee Ranaldo, do Sonic Youth, e a portuguesa Ermo, entre outros. Completando a frente nacional estão também BaianaSystem, Ava Rocha e Carne Doce. O passaporte sai a partir de R$ 115. Av. Perimetral Norte, 8303.
Para além do coado
BAR – Cidade ganha novo café Aberta em meados de abril no V8 Center, a cafeteria Coa.do é o mais novo “go-to place” para os amantes de café manauaras. Por lá, é possível provar diferentes tipos de extração
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da bebida, além de quitutes como pão de mel, waffle, bolo de banana e caboquinho mineiro, mistura de pão de queijo com tucumã.
Para suavizar o calor amazônico, a casa também oferece refrescantes cafés gelados. Av. Efigênio Salles, 2574.
TRENDS
O futuro é vegan? CONSUMO — Bons ventos sopram a favor de hábitos mais sustentáveis: o crescimento de marcas e iniciativas sociais desenha possibilidades mais acessíveis para o consumo de produtos veganos
instituições que servem refeições em larga escala, como escolas, hospitais e restaurantes populares, sugerindo a implementação de um cardápio vegetariano uma vez por semana. “Ao adotar pequenas mudanças no cardápio, essas instituições estão contribuindo para uma sociedade mais saudável e sustentável”, afirma Renata Scarellis, gerente de Políticas Alimentares do projeto ACB. Sustentabilidade ambiental, aliás, é um dos motivos que levam pessoas a boicotar a exploração animal. “A pecuária é a maior fonte de poluição do ar e causa enormes desperdícios de água”, argumenta Gustavo Guadagnini, diretor brasileiro do The Good Food Institute. Fundada em 2016, a ONG busca transformar a indústria a fim de criar uma cadeia de produção de alimentos mais humana, sustentável e saudável. Para isso, a instituição trabalha para desenvolver o mercado de proteínas vegetais e de carne limpa (tecidos animais cultivados em laboratório). “Pesquisas mostram que a maioria das pessoas é contra a crueldade animal, mas consome carne por causa do sabor e comodismo. Por isso, temos que criar produtos gostosos, no preço certo e bem distribuídos para atender às massas”, explica ele, que acrescenta que a escassez de recursos naturais tem feito as empresas olharem para alternativas menos danosas. “A indústria de alimentos está passando pelo maior momento de disrupção da história – e isso é uma grande oportunidade para todos!”, conclui.
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Veganismo acessível 03 iniciativas em prol da popularização da dieta vegana The Good Food Institute
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Criada em 2016, a ONG americana trabalha com cientistas, investidores e empreendedores para desenvolver e popularizar alimentos sem origem animal, como proteínas vegetais e carnes desenvolvidas em laboratório. gfi.org
Alimentação Consciente BR
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[A]
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1 e 2 – Sapatos da Insecta e Barbara Mattivy, fundadora da marca de upcycling 3 – Renata Scarellis, gerente de Políticas Alimentares do projeto ACB 4 – A apresentadora Alana Rox 5 – Gustavo Guadagnini, diretor do braço nacional da The Good Food Institute 6 e 7 – As criadoras da UNNA e um dos produtos comercializados pela e-boutique
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Desde 2017, o programa da ONG Mercy for Animals foi aderido por diversas instituições brasileiras. Quando todas já tiverem implementado os novos cardápios, o impacto será de 22 milhões de refeições sem carne por ano. alimentacaocons ciente.org
Segunda Sem Carne
Lançada em São Paulo em 2009, a campanha mundial conscientiza o grande público a respeito do impacto ambiental provocado pelo consumo de produtos de origem animal. segundasemcar ne.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO; [A] RODRIGO PRATA
A catarinense Alana Rox viu muita coisa mudar no Brasil desde que se tornou vegana. Há 14 anos, quando ela decidiu se abster de qualquer tipo de produto de origem animal, pouco se falava sobre esse estilo de vida e tampouco se encontrava com facilidade produtos destinados a quem o adotava. Hoje, depois de alcançar fama na internet ao compartilhar suas receitas no Instagram (@theveggievoice) e ganhar seu próprio programa de lifestyle no canal GNT, o “Diário de uma Vegana”, ela fala com entusiasmo sobre o crescimento do mercado. “Foi uma verdadeira avalanche nos últimos anos. Já é possível encontrar uma boa variedade de produtos alimentícios vegetais, escolher entre diversas marcas de cosmetologia cruelty-free, pedir opções veganas em restaurantes sem ser tratada como um ET pelo garçom”, enumera a também autora de um livro de receitas publicado pela Editora Globo. A experiência de Alana é emblemática da crescente popularidade do veganismo, tanto por sua penetração na mídia, suscitando debates sobre sustentabilidade ambiental e social, quanto pela infinidade de marcas e estabelecimentos lançados nos últimos anos. A Insecta Shoes, grife gaúcha de calçados veganos e ecológicos fundada em 2014, é um dos exemplos. Do início modesto, com 20 pares produzidos artesanalmente, a iniciativa cresceu para virar um negócio de faturamento milionário, com duas lojas físicas e pontos de venda nos EUA, Canadá, Alemanha e Espanha. O sucesso estrondoso mostra que a marca transcendeu o nicho vegano para dialogar com um público mais amplo. “Eu não diria que nosso público é majoritariamente vegano, e sim que possui um perfil mais consciente da sua relação com o meio ambiente e da maneira que consome e o que consome”, explica Barbara Mattivy, sócia-fundadora da Insecta. Lançada recentemente, a loja virtual de cosméticos naturais UNNA segue pelo mesmo caminho. Apesar de 80% de seus produtos serem veganos, a e-boutique mira em uma parcela mais ampla da população. “Nosso público-alvo são mulheres iniciantes e inexperientes na beleza limpa, vegana e eco-friendly”, relatam as sócias Ana Carolina Romeiro e Bianca Gabriel. “Por isso investimos muito em conteúdo e informação, para aproximar ainda mais essa consumidora.” O setor de consumo não é o único responsável pelo crescimento do veganismo: há também instituições sociais trabalhando nos bastidores para conscientizar diferentes camadas da população e aumentar o acesso a esse estilo de vida. É nesse grupo que se insere o Alimentação Consciente Brasil (ACB), programa da ONG internacional Mercy For Animals, que, desde 2017, promove a redução de produtos de origem animal em
MECAINTRO
fernando martins ferreira
TEXTO: LUCAS PEXÃO | FOTOS: REPRODUÇÃO
O projeto MECAIntro apresenta a primeira exposição individual do fotógrafo carioca. Através do registro de sutilezas da natureza, Fernando cria um novo sentido para o seu olhar criativo A primeira exposição individual do fotógrafo Fernando Martins Ferreira pode surpreender quem conhece seu trabalho dos anos em que viveu em São Paulo. Registros de músicos, artistas e outras manifestações culturais – em capas e reportagens da saudosa revista “+Soma” –, ou ainda suas elegantes fotos de manobras em diversas revistas de skate, formam um corpo de trabalho urbano, visto também no mundo da arte, como aconteceu na exposição coletiva “I/LEGÍTIMO”, no Paço das Artes. Na busca pela conexão com o mundo, o artista desintoxicou-se do caos e do concreto para redescobrir a natureza. Dessa travessia, nasceu a série de fotos “Todo Caminho”, criada essencialmente a partir de registros do período em que viveu na Ilha de Boipeba, na Bahia, em 2014. Descalço, percorreu a beira do mar, de rios e do encontro dessas diferentes massas de água. Apontando a câmera para baixo, construiu imagens cósmicas e potentes. São movimentos da areia submersa, padrões se formando e desaparecendo, reflexos e sopros aquáticos, entre outras sutilezas da natureza que, através do olhar do fotógrafo, fazem remissão ao surgimento do universo – ou, como ele próprio define, a um “modelo pessoal de cosmogonia”. As fotos ganharam cada vez mais sentido para o artista, à medida que se aprofundou nos estudos de psicologia, filosofia e religião comparada. O conjunto, selecionado entre mais de 100 imagens, agora é finalmente apresentado no MECAIntro como uma narrativa do universo. Segundo Fernando, a exposição surge do “exercício dessa espreita, de andar no mundo e deixar ele me cativar, encontrando a amplitude da existência 1 na coisa diminuta”.
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1. “Raio, Sopro, Verbo”, 2014.
2. “Gênese I”, 2014
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MECAIntro Fernando Martins Ferreira De 5 de maio a 2 de junho de 2018. R. Artur de Azevedo, 499, São Paulo Visitação: segunda e terça, das 13h às 19h; e de quarta a sábado, das 13h às 22h.
AROUND THE WORLD
Overdose musical
LISTICLE Três lugares para comer e beber como um autêntico russo em Moscou:
de 200 atrações no Primavera
Cinema, brechó, arte, comida e música: uma seleção de rolês ao redor do mundo para agradar os mais diferentes gostos
A lista de atrações do Primavera Sound já dá uma dimensão do tamanho do festival. Nada menos que 195 bandas e DJs convidados para quatro dias de shows, de 30/5 a 4/6, em Barcelona. Numa conta rápida, cerca de 50 apresentações por dia. Nomes como Björk, Arctic Monkeys, HAIM, e Lykke Li são alguns dos destaques. O Brasil está muito bem representado pelos paulistanos da Metá Metá. primavera sound.com
Natureza codificada
ARTE – Instalações futuristas no
maior museu da Holanda
De volta para o passado por conta das peças de roupas e acessórios nos estilos glam rock e grunge minimalistas, com estampas de
animais, além de jaquetas cravejadas de enfeites. Nos cabides estão desde roupas antigas, garimpadas ao redor do mundo, até peças exclusivas, desenhadas para a loja. sparkpretty.com
No cardápio estão pratos excêntricos, como tacos de bacalhau preto, carne defumada no chá, pizza de sashimi de salmão e caranguejo picante
com abacate. Além da experiência gastronômica, o bolso agradece: o prato mais caro custa 14 libras. freakscene. london
LOJA – Spark Pretty resgata a moda dos anos 80 e 90 A loja abriu recentemente no East Village, em Nova York, com foco em roupas vintage. A especialidade fica
Cannes mon amour
CINEMA - “O Grande Circo Místico” é um dos destaques de 2018 A edição de Cannes deste ano, de 8 a 19/5, rejeitou produções da Netflix e reforçou a presença de grandes diretores. Aos 87 anos, o lendário Jean Luc-Godard corre mais uma vez atrás de sua primeira
Culinária inusitada
COMIDA – Freak
Scene reinventa a comida asiática Só o nome já diz (quase) tudo. Após funcionar sem endereço fixo, o restaurante Freak Scene inaugurou um espaço permanente no Soho, em Londres. O local se inspira nos vendedores ambulantes em Cingapura e outros países do Sudeste Asiático.
Maior museu de arte moderna e contemporânea holandês, o Stedelijk
recebe até agosto a exposição “Coded Nature”, do Studio Drift, formado por Lonneke Gordijn e Ralph Nauta. A dupla é conhecida por experimentações que unem tecnologia, arte e biodesign para criar instalações que dão um tilt na cabeça de qualquer um. Uma das obras mais famosas é um gigantesco monolito de concreto que, de alguma forma, flutua. stedelijk.nl
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Palma de Ouro com o experimental “Le Livre d’Image”. Já passou da hora, mas Spike Lee, Asghar Farhadi e Lee Chang-Dong também estão no páreo. Fora de competição, Lars Von Trier volta a Cannes após ser banido em 2011 por comentários antissemitas, Win Wenders mostra um documentário sobre o papa Francisco e o brasileiro Cacá Diegues apresenta “O Grande Circo Místico”. festivalcannes.com
Razvedka Bar As paredes repletas de objetos e retratos antigos faz com que qualquer visitante viaje no tempo da história russa. O bar é especializado em drinks autorais e temáticos como “Beleza Russa”, “Lágrimas do Komsomol” (organização juvenil do PC) e “Soro da Verdade”. razvedka.bar Cheburechnaya URSS A decoração simples, com mesas brancas e cartazes com a tipografia soviética característica, dão o tom desse restaurante localizado em um subsolo nos arredores do Museu Pushkin. Para comer, a especialidade são os cheburekys, espécie de pastéis russos. chebureky.ru Stolovaya nº 57 As stolovayas são uma espécie de bandejão russo, onde senhoras sisudas servem os pratos dos clientes com comidas típicas como borscht (sopa de beterraba) e pelmeni (massa recheada). Esta fica no GUM, antiga loja de departamentos soviética transformada em shopping em plena Praça Vermelha. gum.ru/cafe/ stolovaya-57
FOTOS: DIVULGAÇÃO
FESTIVAL – Cerca
QUEM TE INSPIRA
a mulher do recomeço do mundo
No auge da carreira, a convidada especial do MECAInhotim de 2018, Elza Soares, lança disco novo e confirma: sua voz está cada vez mais potente, libertadora e política Elza Soares dispensa apresentações. Cantando e arrebatando plateias mundo afora há 60 anos, a Mulher do Fim do Mundo está no auge e não cansa de se reinventar. Este mês, ela lança o 81º disco (isso mesmo!) de sua carreira, “Deus É Mulher” – o segundo com músicas inéditas, escritas e produzidas especialmente para ela. E, no próximo mês, teremos a honra de receber a deusa no palco, como atração mais que especial do MECAInhotim de 2018. Em conversa com a jornalista mineira Lívia Aguiar – com inabalável bom humor e gargalhada inconfundível –, a cantora fala sobre seu novo disco, liberdade criativa e as bandeiras pelas quais luta. Você é uma das cantoras mais vanguardistas do Brasil. Existe algo que a Elza de 2018 busca na música que a Elza de 1950 não buscava? Cara, sou muito inquieta, sempre busquei aprimorar meu trabalho. Hoje eu canto o que realmente acredito, a minha música hoje tem que trazer alguma mensagem para melhorar este mundo, que está um caos, meu Deus! Antes eu vivia a ditadura das gravadoras, não tinha muita voz para lutar ou escolher, mas graças a Deus hoje eu tenho meus dois anjos Juliano Almeida e Pedro Loureiro [responsáveis pela direção criativa e produção], que me ajudam a pensar como planejar essa carreira. Hoje eu tenho liberdade com minha gravadora, a Deck, para gravar somente aquilo em que acredito.
FOTO: PIETRO BARONI
O novo disco foi feito com mais participação de mulheres do que o anterior (tem Mariá Portugal, Tulipa Ruiz, Ilú Obá de Min). Você também gravou com Pitty, cantou com Karol Conka e MC Soffia… Como vê a atual colaboração entre as mulheres – na música e fora dela? Eu sempre digo e repito: as mulheres não podem competir umas com as outras. Para romper as barreiras e chegar à vitória, as mulheres têm que se unir. Juntas somos mais fortes! Não podiam faltar mulheres ma-ra-vi-lho-sas [ressalta cada sílaba] nesse novo trabalho, elas agregaram e deixaram o disco muito mais potente! Quais as diferenças entre a luta das mulheres negras de quando você começou sua carreira e de hoje em dia? A mulher negra hoje está mais atenta, inconformada, não aceita qualquer coisa. Está mais sábia e experimentada na vida. Suas canções passam mensagens de poder que alimentam mulheres, 1 negros e pessoas LGBT a lutarem pelos seus, pelos nossos, direitos. Como você
“SEMPRE DIGO QUE O ARTISTA TEM QUE QUESTIONAR SEU TEMPO. ESSA É A FUNÇÃO DE UM ARTISTA”
Depois do “Fim do Mundo”, o que vem? Depois do fim vem o renascimento, vem “Deus É Mulher”! [Risos.]
acredita que a sociedade pode contribuir para que a morte de Marielle Franco não seja mais uma estatística? A mulher, o negro, o gay são minhas bandeiras, vou lutar até o fim. A melhor forma de conseguirmos algo positivo é não deixar de conversar sobre esse assunto, levantar diariamente debates sobre esse tema.
Em entrevistas, você disse que “Deus É Mulher” é uma continuação do processo iniciado com “A Mulher do Fim do Mundo” e que nele tem mais Elza sendo Elza... O novo disco, “Deus É Mulher”, tem a mesma equipe criativa do “A Mulher do Fim do Mundo”, mas não é uma continuação dele. Esse disco é mais solar, mais para cima, embora eu coloque o dedo na ferida levantando as questões que me interessam. Há muito tempo já venho alertando meu público com denúncias em minhas músicas.
Como você vê a importância da voz dos artistas e da cultura nesses contextos? Muito importante, sempre digo que o artista tem que questionar seu tempo. Essa é a função de um artista. Acredito que somente assim a arte faz sentido!
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O que te inspira a continuar se reinventando e arriscando, depois de quase 60 anos de carreira? Essa juventude que me segue, que me acompanha, eu até brinco que estou no auge! Estou muito feliz! Você conhece o trabalho dos outros músicos que vão tocar no festival? Quais novos nomes da música brasileira te chamam atenção? Sim, conheço Alice [Caymmi] e adoro Cordel do Fogo Encantado! Estou sempre atenta a essa meninada talentosa que está aí, estou ligada! São nestas fontes que eu bebo! [Gargalhada.]
ESPECIAL MECAINHOTIM
“O MECA É MÁGICO” Com saudade e ansiedade no coração, o jornalista mineiro e curador de arte independente Bernardo Biagioni relembra momentos inesquecíveis dos três anos de MECAInhotim e bate um papo com as principais atrações do festival de 2018
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ALICE CAYMMI em um convite para ficar e resistir!
vo mundo. Cordel do Fogo Encantado, depois de um hiato de oito anos, preparado para inflamar. Letrux, uma feiticeira em formação. Alice Caymmi, com seu convite para ficarmos e resistirmos. Rubel, entre o estouro e a explosão. E o Iconili, quente e ácida representação da cena local. Entrevistar alguns desses personagens me despertou uma forte saudade do futuro. Desde 2015, o MECA proporciona a experiência de nos sentirmos novos aqui, viajantes do acaso a tatear sensações de conhecimento e encantamento com artistas, grupos e projetos iluminados. Logo em breve estaremos todos juntos novamente. Conspirando uma revolução fantasiosa sobre a praça mágica do mestre Hélio Oiticica, que foi pensada para permanências e convivências. Permanecer e conviver. Estes são os caminhos.
Alice Caymmi e Inhotim. Dois projetos voltados para o futuro. Essa combinação faz sentido? Fui duas vezes ao Inhotim. Sou apaixonada. Já conhecia o festival e estava super a fim de participar. Estar perto de obras de arte, poder brincar com estética de uma maneira diferente, especial, em um lugar como o Inhotim, vai ser uma honra. E me sinto super à vontade, porque vivo muito as artes plásticas na vida.
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E partilhar o festival com a querida Elza Soares? A Elza é uma cantora da história da música brasileira, que se situa da melhor maneira no contexto atual. Ela sempre fez o que havia de mais moderno. Sempre lutou pela classe, pelas mulheres negras. E só agora vislumbra alguma possibilidade de justiça. O fato de uma mulher, que sofreu tanto, só poder ter essa esperança a essa altura da vida, é
uma coisa que me assusta, mas ao mesmo tempo me deixa encantada, com ela e com a intensidade dessa luta. Carreira internacional... algum plano? Não tenho planos para fora do Brasil. A gente quer ir cada vez mais para cidades menores. E não sair daqui, sabe? Expandir para dentro do Brasil. Ainda mais agora, com tudo isso que o país vive. Com esses cortes das verbas de Cultura,
essa sabotagem ao conhecimento de uma forma geral, a massa pensante não pode sair. É um momento de fortalecer, né? Total. Olha o tamanho deste país, a quantidade de gente que tá a fim de conhecer a gente! Tem muita gente LGBT que precisa do meu trabalho para se libertar em suas cidades, em suas opressões, e precisam conversar. Essas pessoas precisam da gente agora!
FOTOS: [A] DARYAN DORNELLE/DIVULGAÇÃO, [B] ANA ALEXANDRINO/DIVULGAÇÃO
Gosto de pensar que existe toda uma Gente Maravilhosa espalhada pelos caminhos do planeta. São pontos flamejantes de luz que brilham como placas de letreiros luminosos indicando que há vida, há fogo, há noite, há esperança. Quando entrei no Inhotim naquela sexta-feira de 2015, senti imediatamente um encontro mágico desses pontos incandescentes. Uma das muitas montanhas de Minas Gerais estava em festa. O primeiro MECAInhotim foi como um sonho – transformado em realidade. AlunaGeorge e Citizens. Dois shows que redesenhariam a noção do que o Instituto Inhotim poderia ser, para além do que ele já era. Essa Gente Maravilhosa brotava de todos os cantos do país. Se perderam por entre galerias e jardins. Todos dançaram como se não houvesse amanhã – até porque não haveria mesmo. Caía mais uma parede da fronteira entre um museu e a experiência de algo novo, musical, experimental e, sim, transcendental. Enfim, o embrião de um Festival em Inhotim. Um ano depois veio a segunda edição. Maior, mais completa. Um fim de semana dedicado à expansão da consciência a partir de palestras, workshops, mesas e debates. Shows com Caetano Veloso, Liniker, Jaloo, Mahmundi e Dônica. E, para mim, uma das experiências audiovisuais mais marcantes da vida – a apresentação alucinógena do francês Vincent Moon, mixando imagens de rituais indígenas ao vivo. Não consegui chegar até a barraca. Dormi no carro, feliz, com a sensação de que não poderia existir lugar melhor para se estar. Não poderia ficar melhor, mas ficou. Voltei em 2017 com um colchão no porta-malas do carro e com partes da programação anotadas no braço. Dessa vez teria Jorge Ben e Karol Conka pela frente. Tive que me segurar para conseguir acordar a tempo de uma expedição às plantas psicoativas do Inhotim, guiada pelo engenheiro agrônomo do museu, Juliano Borin. Terminou o rolê e eu saí para dar uma corridinha. Correr no Inhotim! Cortando a paisagem de plantas, galerias, oficinas, palestras e debates. O MECA é mágico, o MECA é místico. E a mística está na curadoria de artistas e pensadores que se juntam para redesenhar a percepção do presente e do futuro. Vide a programação deste ano. Elza Soares, a mulher do começo do no-
ESPECIAL MECAINHOTIM CORDEL DO FOGO ENCANTADO, a saudade e o retorno dos encantados 2018 começou com o fim de um hiato de oito anos do Cordel. O que mais motivou a volta? (Lirinha) O principal motivo é o público, que manteve aceso esse fogo encantado durante todo esse tempo de pausa. O desejo de participar desse novo mundo que encontramos depois de oito anos. E, também, a vontade de
mandar uma nova mensagem, a mensagem de agora do Cordel do Fogo Encantado. Penso que a música do Cordel se tornou urgente. Faz sentido? (Lirinha) Sim. É um momento delicado, não só no nosso país. No mundo inteiro é um momento de amargura, um momento de fim das utopias.
E a música do Cordel, sim, se torna importante, devido à nossa mensagem, principalmente essa mensagem do raiar, da imagem do sol como força acesa, de vida, de amor, amor cósmico. Como está a expectativa para a apresentação no MECAInhotim? (Lirinha) Já estive
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no museu uma vez, apresentando um espetáculo de poesia, chamado “Poesia Eletrônica”. É impressionante – tanto a estrutura quanto a experiência – que é vivenciada nesse museu. Estou muito feliz. Realmente Minas Gerais faz parte da história do Cordel. Desde o primeiro espetáculo, a banda leva tudo
que constrói para Minas Gerais. Existe outra presença bastante especial no festival, que é a Elza Soares. O que ela representa para o Cordel? (Clayton) A Elza é o apocalipse. A vitória de Elza Soares simboliza bastante para a gente. Ela é um símbolo de luta e de força, que inspira.
LETRUX em noite de climão e lua cheia Como foi receber esse convite de tocar no Inhotim? Você já esteve lá? Nunca fui! É uma curiosidade muito antiga. E eu vou matar essa curiosidade da melhor maneira, né? Que é fazendo um show também. Acho o Inhotim um lugar supermístico – e toda entrevista contigo vai para esse lado.
É isso mesmo? [Risos.] Adoro! A minha mãe é pisciana, meu pai é da Umbanda. A família inteira é muito espiritualizada. Cresci com uma vida normal, tomei remédio, vacina, não é nada radical. Mas quando eu tinha dores de cabeça, minha mãe falava: “Deita aqui para eu colocar esse cristal”. [Risos.]
Li por aí que você é capricorniana… Sou muito capricórnio! Muito terra, muito responsável no trabalho. E, de alguma maneira, sei que a montanha é grande... Mas tenho gêmeos na casa do trabalho, então acho que é por isso que tenho tantos interesses genuínos... Amo literatura, amo teatro, amo performance,
amo música. Meu trabalho engloba todas essas minhas paixões.
ser uma viagem mística. Tô muito hippie no papo, perdão! [Risos.]
Ouvi dizer que o MECAInhotim vai acontecer em noite de lua cheia! Pô, demais! Acho maravilhoso – e místico. Vamos nos preparar para um show forte. E vai ser lindo, porque parece que a banda inteira vai junta, em um ônibus. Vai
Vai ser também na temporada de Câncer... Signo pelo qual sofremos eu e a nossa musa Elza Soares. Alguma previsão para a gente? [Risos.] Não, sou só uma estudante. Ainda não tenho essa capacidade de ser feiticeira.
plataformas artísticas para além da música – e junto com a música. Pensar os clipes, pensar as artes, os pôsteres do show, a iluminação. A minha grande onda é construir um certo universo, um universo para cada disco.
representa para você? Eita, nossa. A Elza é um pilar da música brasileira. Ela tem discos fodas desde os anos 1950 até 2016. São cerca de 60 anos fazendo música ativamente. Ela é uma figura de resistência muito forte. Isso, por si só, já é um exemplo incrível de pessoa que faz música independentemente de qualquer coisa.
ICONILI, os anfitriões e um compromisso com o groove Iconili no Inhotim. Faz todo sentido! Já aconteceu isso antes? (André Orandi) Nunca tocamos no Inhotim! O lugar é foda. E com essa programação... estamos bem felizes! Vai ter uma galera de responsa. Cordel do Fogo Encantado! A gente escutava há um tempão. Engraçado isso, né? Demais! Hoje,
quando falamos de afrobeat, vocês são uma das referências no Brasil. Dá pra dizer que existe uma cena? Existe, sim. Em São Paulo tem o Bixiga 70, no Rio tem o Abayomy; em Salvador tem o IFÁ, no Pará tem o Zebrabeat... Acho que o afrobeat já influenciou uma galera legal. Considero que a gente não faz o afrobeat original,
mas somos muito influenciados. Algumas inspirações absolutas para a banda? Fela! [Fela Kuti] A gente gosta muito da onda psicodélica, tipo Sun Ra, Funkadelic, esse tipo de coisa. Uma coisa meio futurista na parte das guitarras, com muitos efeitos. E isso misturado com percussão...
Temos sempre um compromisso com o groove. Mas investimos muito na psicodelia, nas texturas. Vamos ter Elza Soares no mesmo palco do Iconili. Ela é referência para vocês, de alguma maneira? Acho que sim, ainda mais pensando no jeito que ela tratou esse último disco. Se a gente
tivesse um terço da sagacidade, da criatividade que eles tiveram no disco... É uma mensagem supercontemporânea, achei foda. Ela é um ícone da música brasileira. Ver ela é um negócio que arrepia. Tem muita coisa ali. Ela representa a mulher, a mulher negra, a música do gueto, enfim, toda uma potência.
RUBEL e seus universos sinestésicos Primeira vez no Inhotim ou primeiro show no Inhotim? É a primeira vez. Já toquei em BH e algumas vezes no interior. Estou bem feliz de participar do festival. Ouvi dizer que saiu uma versão sua de “Medo Bobo”, de Maiara e Maraisa, em um show em SP. É bom ver essa
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quebra de barreiras e paradigmas na música brasileira... A gente está em um momento de repensar as heranças culturais das últimas décadas. Crescemos em um país muito machista, muito racista, muito elitista, que perpetua muitos privilégios. Acho que, de alguns anos para cá, as pessoas começaram a olhar para
isso com mais senso crítico e repensar, contestar e reinventar esses modos. Como é a sua relação com as artes plásticas? Eu me formei em cinema, na realidade. Meu sonho sempre foi fazer cinema. A música surgiu como um acidente. E, para mim, é muito legal pensar as outras
Você vai subir no mesmo palco que a Elza Soares. O que essa mulher
MECARADAR
bandas para você ficar de olho [A]
por Bananas Music Branding
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DRIK BARBOSA (Brasil)
SIDNEY GISH (EUA)
A rapper paulistana já está na cena do hip-hop há 11 ( ! ) anos, coleciona participações em feats e faz parte do supergrupo feminino Rimas & Melodias. A novidade para ficar de olho é o lançamento do EP solo “Espelho”. O álbum, que é o primeiro disco físico da cantora com cinco composições autorais, foi gravado pelo selo Laboratório Fantasma, do rapper Emicida, com quem já colaborou no passado. Drik reforça o coro das minas no ainda ultramasculino mundo do rap nacional, e mostra maturidade na nova fase solo. @drikbarbosa
A americana Sidney Gish é a materialização do indie em 2018. Ela, que surgiu com a publicação de músicas isoladas no Bandcamp, lançou não apenas um álbum, mas dois – com todos os instrumentos gravados no seu quarto, entre as provas da faculdade de Music Business. Não faltam letras irônicas autodepreciativas, vídeos com estética GIF e músicas com pegada indie-pop irresistíveis. Para completar, você ainda pode ver a moça fazendo covers no YouTube, de bandas como Yo La Tengo (lógico) a cantoras como Dionne Warwick. @sidneygishmusic
[D]
WC NO BEAT (Brasil)
KING PRINCESS (EUA)
Se tem uma coisa, entre as milhares de outras, que os produtores musicais brasileiros sabem fazer muito bem, é a fusão de estilos. Para o produtor capixaba WC no Beat, a mistura entre trap e funk veio macia e caiu perfeita. Diretamente ligado no pós-trap-internet-2.0, lançou recentemente o próprio álbum “18K”, cheio de participações de peso, como Luccas Carlos, Rincon Sapiência, Sain e MC Pocahontas, em misturas inusitadas. WC sabe o que faz, e certamente vai te fazer dançar. @wcnobeat027
Trinta milhões de streams, em um único single, só no Spotify. A nova-iorquina King Princess é realmente esse prodígio todo – equilibra pop, indie e downtempo na faixa “1950” (a mesma dos 30 mi). Lançada com um clipe lindo, é um début de respeito, em homenagem aos que quebraram as barreiras do amor queer nos anos 1950 – década que dá nome à composição autobiográfica da cantora. A moça vem firme e já caiu nas graças de Harry Styles e do uberprodutor Mark Ronson, que assinou com ela para seu recém-criado selo Zelig Recordings. @kingprincess69
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FOTOS: [A] LUCIANA FARIA/DIVULGAÇÃO; [B] DIVULGAÇÃO ; [C] REPRODUÇÃO INSTAGRAM; [D] REPRODUÇÃO YOUTUBE
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ROUTE
CONVERSE
BARRA FUNDA
VILA ANGLO BRASILEIRA
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CENTRO
8 VILA BUARQUE
SUMARÉ
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PERDIZES
HIGIENÓPOLIS VILA MADALENA
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7 PINHEIROS
CONSOLAÇÃO CERQUEIRA CÉSAR
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JARDIM PAULISTANO
BELA VISTA
JARDIM AMÉRICA JARDINS
JARDIM EUROPA
PARAÍSO
Das melhores lojas para comprar vitrolas e discos a uma escola de DJ, conheça 8 lugares para explorar a “vinilmania” CAVERNA ROCK DISCOS – Queira você consertar uma vitrola quebrada ou adquirir um modelo vintage, Carlos Caverna vai te ajudar. O dono dessa loja na Santa Ifigênia é um verdadeiro caçador e restaurador de aparelhos de som antigos. R. dos Andradas, 375.
DISCO SETE – Ainda na Nova Barão, não deixe de passar na loja que tem um dos melhores acervos da cidade de música brasileira, soul e funk em vinil. Aproveite para adquirir alguns discos de Jorge Ben e Tim Maia, os campeões de vendas. R. Barão de Itapetininga, 37.
SENSORIAL DISCOS – Também na rua Augusta, uma boa pedida para quem quer beber algo e se perder entre prateleiras. Aqui você encontra café, cerveja e lançamentos diversos, da nova MPB ao indie rock norte-americano. R. Augusta, 2389.
BEATMASTERS – Você já tem uma coleção de vinis e quer aprender a usá-la para comandar uma pista de dança? Essa escola oferece diferentes tipos de cursos de DJ, sendo um deles totalmente dedicado à discotecagem em vinil. R. Henrique Schaumann, 1126.
ALPHA ÁUDIO E VÍDEO – Se prefere um toca-discos novo em folha, dê uma olhada nas opções oferecidas por essa loja da Galeria Nova Barão. Nela você encontra aparelhos de alta qualidade, com preços entre R$ 1.500 e R$ 15 mil. R. Barão de Itapetininga, 37.
FEIRA DE DISCOS DE VINIL – Em 12/5, a feira itinerante organizada pela Locomotiva Discos – outra boa loja de vinis da Nova Barão – reúne mais de 70 expositores no Beco 203. Dá para encontrar bolachas de todas as épocas e estilos, novas e usadas. R. Augusta, 609.
PATUÁ DISCOS – Além de um variado acervo de discos de segunda mão, essa loja na Vila Madalena tem uma intensa agenda cultural, com frequentes eventos de lançamento de LPs e a festa Vai na Fé, que aconte às sextas. R. Fidalga, 516.
FATIADO DISCOS – Famosa por seu terraço com vista para o céu de Perdizes, pelos shows e pelas festas com discotecagem em vinil, essa loja-bar também chama a atenção por seu variado acervo de discos. Av. Prof. Alfonso Bovero, 382.
TEXTO: HELDER FERREIRA
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Produzimos os eventos que a gente gostaria de ir. Geramos o conteĂşdo que a gente gostaria de consumir. ConstruĂmos os lugares que a gente gostaria de frequentar. Criamos os produtos que a gente gostaria de comprar. Investimos nos negĂłcios que a gente gostaria de participar. Aproximamos as pessoas com quem a gente gostaria de conviver. Conectamos as marcas que a gente gostaria de trabalhar. Simples assim. Celebrando, desde 2010