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OBSERVAÇÃO

OBSERVAÇÃO

TECNOLOGIA EM (PROL DO) DESENVOLVIMENTO

A MozDevz é uma empresa dos novos tempos. Focada nas TIC, agrega jovens developers de software em programas de formação e eventos de programação, promovendo a sua aplicação nos problemas da sociedade

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conectividade. Um conceito do século XXI adaptado às necessidades do presente. Será esse o objectivo da MozDevz, uma organização sem fins lucrativos com a missão social de ampliar e maximizar o impacto das TIC na sociedade, criada em 2013, procurando promover “a conectividade entre estudantes, profissionais e entusiastas da área das TIC, o sector corporativo e as organizações da sociedade civil. “Utilizar ferramentas tecnológicas para desenvolver o país, através do empoderamento, do espírito de trabalho e partilha de conhecimento, tornando Moçambique uma referência regional.” É assim que se resume a MozDevz. Inicialmente composta por 15 membros, foi criada em 2013 com uma missão social de “ampliar e maximizar o impacto das TIC sobre a vida daqueles que mais necessitam”, explica Abnéusia Manuel, directora-geral da empresa. “Tudo aconteceu graças a um grupo de jovens que sentiu a necessidade de ultrapassar uma lacuna ao nível da interacção entre os muitos desenvolvedores de software e o seu posterior enquadramento no mercado”, frisou. Para a gestora, o objectivo da plataforma passa, desta forma, por “criar um conjunto de eventos e acções que possam congregar os actores de várias áreas de conhecimento que estavam dispersos. Há muitos jovens talentosos com enorme potencial e queremos explorar ao máximo esse recurso ajudando-os a trabalhar em equipa, com objectivos definidos.” Cinco anos depois, o grupo cresceu, contando actualmente com 800 membros. Sediada na capital do país, a MozDevs tem vários programas em curso: a School, com o propósito de criar oportunidades de formação, capacitação e networking informal entre estudantes de diferentes áreas, direccionado a estudantes das áreas TIC; e o MozDevz Go, um programa de intercâmbio com comunidades de desenvolvimento de todo o mundo. Depois, promove sessões de formação e maratonas de programação (‘hackathons’, tendo como parceira a Vodacom). “Tentamos preparar os nossos membros para as dificuldades do mercado de trabalho porque as universidades têm dificuldade em acompanhar a mudança constante neste segmento.” Será esse o factor diferenciador da comunidade, na opinião da gestora. “Enquanto outras plataformas tecnológicas se preocupam em trazer soluções de problemas específicos, nós vamos um pouco mais além nessa questão, e procuramos envolver e desenvolver capacidades, para que se possam tornar activas na promoção e integração local e global através do uso das tecnologias.” As novas oportunidades geradas pelo mundo digital, ainda não são suficientemente aproveitadas, num país com alguns obstáculos ao pleno desenvolvimento deste segmento de mercado, mas o que se nota, em projectos como este e alguns outros bastante mais adiantados na sua estrutura e abordagem ao mercado (como a UX ou a IzzyShop), é que há novas ideias a surgir, e muita procura a quem servir. “De facto, no primeiro evento que organizámos, tivémos apenas duas pessoas. No último, há algumas semanas, conseguimos juntar mais de 200”, revela Abnéusia. “Espero que Moçambique não seja só consumidor de tecnologia, mas também que seja um pólo de soluções para as grandes questões da sociedade.”

TEXTO HERMENEGILDO LANGA FOTOGRAFIA JAY GARRIDO

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EMPRESA MOZDEVZ FUNDAÇÃO 2013

MEMBROS 800

Developers A empresa tem vindo a aumentar o número de membros e programadores.

PARCERIAS 4

Empresas Estabeleceu recentemente uma parceria com a Vodacom para a promoção de ‘hackathons’ (maratonas de programação). Tem ainda como parceiros o Standard Bank, o Banco Mundial e o Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

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