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EMPresas
o negócio da vocação... para os negócios
Criatividade e motivação são requisitos que as empresas necessitam num contexto de crescente competitividade. E o mercado tem respostas à altura
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a par da aturada procura por com-
petências com o perfil apropriado para fazer parte dos seus quadros do pessoal, as empresas geralmente debatem-se com uma outra questão: a procura de profissionais com perfil para “segurar o barco” e preparadas para substituir aqueles que, eventualmente, vierem a sair, incluindo os antigos líderes. É sobre estas questões que a Jason Moçambique assenta o seu negócio no país desde 2012. Originária da Jason Associates, de Portugal, após ter registado um crescimento assinalável durante anos, decidiu internacionalizar-se também para Angola e Brasil. Segundo a country manager da empresa, Andreia Narigão, “o foco é ajudar a enfrentar os grandes desafios na gestão de talentos, principalmente o de entender onde é que as pessoas são, de facto, boas a trabalhar, extrair-lhes o que de melhor fazem e dotá-las do sentimento de paixão pelo trabalho tornando-as sustentáveis dentro das organizações.” A intervenção da Jason Moçambique faz-se em sessões de formação que procuram agir sobre a emoção das pessoas, gerando focos de motivação. “A principal preocupação é fazer com que a pessoa se sinta emocionalmente envolvida com a empresa e o eixo que contribui para este vínculo emocional é a liderança, ou seja, agimos no sentido de tornar os líderes das empresas propulsores do sentimento de paixão pelo trabalho e pela organização, quer quando as coisas estão bem mas, acima de tudo, quando assim não acontece”, esclarece Narigão. Em Moçambique, a Jason conta com 15 clientes, todos de grande dimensão. A maior parte multinacionais do sector privado que se distribuem pela mineração, banca, telecomunicações e oil&gas. É que, geralmente, são os “clientes mais
inovaçãoetalento
sofisticados que apostam, investindo, na importância de preparar profissionais para a liderança e sucessão, com uma visão mais orientada para a manutenção da boa performance ao longo do tempo, inclusive em momentos de instabilidade.” Eventualmente não será óbvio ou imediato entender os resultados da acção de empresas como a Jason, mas alguns exemplos ajudarão, certamente, a perceber o seu papel. No sector financeiro, a quase totalidade dos bancos tem capital estrangeiro, mas o Banco de Moçambique tem vindo a pressionar as instituições a tornarem as suas estruturas menos dependentes de expatriados. Aqui, a solução passa pela alteração da estrutura ao nível da liderança, através da substituição ou da fusão de lideranças, em que o papel do líder passa a ser chave. Outro exemplo é o do sector das telecomunicações onde, com a recém-criada TMCEL (após fusão da TDM e da Mcel), já se assiste a uma grande preocupação em reforçar investimentos nas lideranças internas de modo a relançar uma empresa que caiu nos últimos anos, fruto de um processo de fusão atribulado que terá deixado as suas marcas na equipa. “É por casos como este que nos assumimos, de facto, como uma empresa de nicho, mas que produz talentos e líderes para grandes marcas”, revela a country manager. Para realizar a sua actividade, a Jason criou os chamados “Magic Makers”, equipas de design e de consultoria, que tentam fazer “magia” com as equipas dos seus clientes. E tudo, para ter empresas melhores no mercado.
texto celso chambisso fotografia Jay Garrido
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empresa JaSoN MoÇaMBiQUe iNÍcio de acTiVidade 2012 FUNcioNÁrios 39 VocaÇÃo Gestão de talentos e formação de líderes
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clieNTes a maioria são multinacionais das áreas da mineração, banca, telecomunicações e oil&gas
a portuguesa Jason associates expandiu a sua presença para outras geografias e, além de Moçambique, está presente em angola e no Brasil
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