Fotografia: Pedro Mestre/Liga MOCHE
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Vela
Route des Princes
“Edmond de Rothschild” e “Arkema” Vencem a Route des Princes
Regata InShore em Plymouth Tendo largado de Valência, os MOD70, o Maxi 80 e os Multi50 da Route des Princes terminaram na baía de Morlaix, a volta à Europa dos territórios, cumprindo 2450 e 2310 milhas, respectivamente entre Espanha, Portugal, Irlanda, Inglaterra e França.
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m cada uma das classes, a batalha foi dura e foi preciso esperar pelo final
da quarta etapa para encontrar os grandes vencedores da prova. Nos MOD70, foi o Edmond de Rothschild quem conquistou o título.
Imperial nas inshores, o MOD70 francês fechou com chave de ouro a participação na primeira edição da Route des Princes, ganhando a
Capotanço do Spindrift 2
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última etapa. Do lado dos Multi50, coroa de louros para o ArkemaRégion Aquitaine, de Lalou Roucayrol, depois de uma tremenda luta a três. MULTI50, uma batalha a três Foi espectacular entre três dos quatro Multi50 que participaram na Route des Princes. Todos tiveram direito ao seu momento de glória: primeira etapa para o ArkemaRégion Aquitaine, segunda para o Actual, terceira e quarta para o FenêtréA-Cardinal. O Multi50 de Gilles Lamiré, Rennes Métropole – Saint-Malo Agglomération, começou o seu percurso iniciático, uma ocasião +única de medir forças com os seus companheiros de classe. A vitória da tripulação de Lalou Roucayrol deve-se à sua regularidade num multicasco construído pelas suas mãos. O skipper pode constatar todo o potencial do barco, especialmente à popa com vento médio. Ponto e meio separou-o do segundo, FenêtréACardinal (Erwan Le Roux), que por sua vez tem igual vantagem sobre
Vela
o Actual (Yves Le Blévec). MOD70, antes e depois do Spindrift Foi intensa e disputada a luta nos
MOD70. Se o Edmond de Rothschild foi absolutamente dominador nas inshore. Nas offshore, a história foi diferente. Duas vitórias para o Oman Air-Musandam que dificul-
Largada em Playmouth tou e muito o caminho para o triunfo de Sébastien Josse e da sua tripulação. Uma para o Spindrift, que acaba por ficar fora de “jogo” depois de um capotanço em Dún Laoghaire. Com Guichard arredado da corrida, restou a etapa final. Sidney Gavignet e a sua tripulação internacional tentaram tudo para que o Edmond de Rothschild não celebrasse em Roscoff mas, os franceses não falharam e assina-
ram o único triunfo em etapas, na mais decisiva das regatas. Finalmente, o Virbac-Paprec 70. Três monstros sagrados da vela francesa a bordo, Jean-Pierre Dick, Vincent Riou e Roland Jourdain não foram suficientes para andar entre os primeiros. No entanto, com a aprendizagem retirada desta volta à Europa dos territórios, prometem ser adversários temíveis no futuro.
O Vencendor Edmond de Rothschild
Classificação Final MULTI50 1º Arkema - Région Aquitaine, 140,5 pts 2º FenêtréA-Cardinal, 138 pts 3º Actual, 138 pts 4º Rennes Metropole-Saint-Malo Agglomération, 105 pts MOD70 1º Edmond de Rothschild – 167,5 pts 2º Oman Air-Musandam – 159 pts 3º Spindrift – 147 pts 4º Virbac-Paprec 70 – 128 pts Ultime 1º Prince de Bretagne – 163,5 pts Citação
Sébastien Josse (Edmond de Rothschild):
“Alcançámos o triunfo na prova, graças à vitória nesta etapa. Faltavanos esta vitória em provas oceânicas. Foi complicado, navegámos à vista e jogámos tudo esta manha na passagem pela Roche de Gautier. Depois foi só controlar. Vimos o Virbac-Paprec muito próximo e não sabíamos o que podia acontecer com mudança de maré. O resumo é muito positivo, o ano passado não tínhamos estado bem na volta à Europa de MOD70, mas mostrámos o potencial da equipa. Este ano confirmámo-lo e foi muito bom. Se calhar, faltou-nos alguma audácia nas offshore mas estamos mais do que satisfeitos.”
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Vela
Campeonato da Europa de 49er
Jorge Lima/José Costa Brilham na Dinamarca
Fotografia Mick Anderson/Sailingpix.dk
Os 49er de Jorge Lima e Bernardo Freitas A dupla Jorge Lima/José Luís Costa terminou na sexta posição, (5º europeu) o Campeonato da Europa de 49er, que decorreu em Aarhus, Dinamarca.
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tripulação nacional fechou com chave de ouro a sua participação, vencendo a última regata da prova. Bernardo Freitas/Francisco Andrade foram 28º. Jorge Lima/José Luís Costa finalizaram da melhor forma a sua excelente participação no Europeu de 49er. Nas três regatas da final, em que estiveram as melhores nove duplas, os portugueses foram 7º, 3º e na última colocaram a cereja no topo do bolo, vencendo com au-
toridade. Na classificação final, e depois de disputadas 14 regatas, foram 6º classificados - 5º entre os europeus -, dado que o triunfo foi alcançado pelos neozelandeses Peter Burling/Blair Tuke. Bernardo Freitas/Francisco Andrade foram 13º e 10º nas derradeiras regatas do Grupo de Ouro e acabaram na 28ª posição. Os britânicos Dylan Fletcher/ Alain Sign e os franceses Julien d’Ortoli/Noé Delpech, foram 2º e 3º, respectivamente.
Bernardo Freitas e Francisco Andrade 4
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José Luís Costa e Jorge Lima
Vela
Campeonato da Europa de RS:X
Fotografia Nico Martinez/ 40 Trofeo Princesa Sofia-Mapfe
Rodrigues a Aquecer Para o Rio João Rodrigues iniciou no Campeonato da Europa de RS:X a sua sétima campanha olímpica.
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m Brest, França, o veterano madeirense terminou na 20ª posição (18º entre os europeus) depois de realizadas 11 regatas. Pedro Côrte Moura foi 73º (64º europeu). O grego Byron Kokkalanis foi o vencedor, seguido do israelita Shahar Zubari e do francês Pierre Le Coq. Nos juniores, Frederico Rodrigues foi 60º, enquanto Guilherme Marques se quedou pela 67ª posição. O argentino Baust Saudibet sagrou-se campeão. O polaco Radoslaw Furmanski foi segundo e o melhor europeu e Chun Ting Lee, de Honk Kong, ficou com o terceiro posto. No sector feminino, vitória da francesa Charline Picon, seguida da britânica Bryony Shaw e da espanhola Blanca Manchón. Nas juniores, título para Hadar Heller, de Israel, com as britânicas Noelle Finch e Saskia Sills, a serem 2ª e 3ª, respectivamente.
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Vela
Troféu Manuel Nores
Serafim Gonçalves em Quarto na Galiza
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velejador nortenho Serafim Gonçalves, do Clube Naval Povoense/Bicasco, classificou-se em quarto lugar na 17.ª edição do Troféu Manuel Nores, prova organizada pelo Real Clube de Mar de Aguete, e disputada na ria de Pontevedra, por cerca de duas dezenas de concorrentes. No entanto, o evento em questão, pontuável para o circuito galego de Apuramento para o Campeonato de Espanha da classe laser, acabou por ser penoso para todos os participantes, tanto pela falta de vento em condições mínimas para a prática da vela, como pelo intenso calor que se fez sentir, e cujos efeitos acabaram por inviabilizar a disputa de quatro das seis regatas agendadas. O triunfo na geral, com três pontos, pertenceu a Daniel Alvarez, do Náutico de Portosim, vencedor de uma regata, à frente do independente de Vigo, Alejandro Fraile, com cinco, que se impôs na outra, enquanto o anfitrião Rafael Campelo, obteve pontuação equivalente à de Fraile, mas foi relegado para a terceira posição, devido às posições relativas de ambos. Com as condições atmosféricas pouco favoráveis à sua condição atlética, Serafim Gonçalves teve que contentar-se com a quarta posição. Porém, esta prova constituiu um bom treino para o Mundial da classe “Vaurien”, em que fará dupla com a estreante Madalena Coutinho e que vai disputar-se em Sanxenxo, de 13 a 20 do corrente, não muito longe do local onde se realizou o Troféu Manuel Nores. Porém, correr em “vaurien” numa prova tão importante, vai ser um sério teste à capacidade de adaptação do velejador do Povoense, uma vez que Serafim Gonçalves sempre elegeu como prioritária a classe laser. 6
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Vela
Notícias do Clube de Vela Atlântico
Regata Freguesia de Nevogilde Com organização do Clube de Vela Atlântico e apoio da Junta de Freguesia de Nevogilde realizou-se a primeira edição da Regata da Freguesia de Nevogilde destinada às Classes Cruzeiros ORC, Cruzeiros Open e Dragão.
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sta foi também a 4ª prova do Troféu CVA 2013 e, para a Classe ORC prova de qualificação para o Campeonato de Portugal de Cruzeiros. As condições de vento não foram as melhores com o vento a soprar fraco, entre os 6 e os 8 nós de intensidade da direcção noroeste. A linha de largada foi montada mesmo em frente ao Molhe de Carreiros com um percurso do tipo Barlavento Sotavento com duas voltas. A regata foi muito técnica pois as constantes variações de intensidade e direcção do vento resultaram numa regata com grau de dificuldade táctico grande e com constantes mudanças de posições entre os barcos. Na Classe ORC a vitória foi para o PLANO B de Nuno Amado que realizou uma regata muito certinha sempre a manter uma distância suficiente para vencer os seus principais opositores o BIÃO II de Pedro Cunha e o MILANEZA de Rui Amorim, segundos e terceiros respectivamente. Na Classe Open a vitória foi para o BRETOA de Tonas Pires de Lima a mostrar que as recentes alterações no aparelho do barco resultaram em pleno. Em segundo lugar ficou o NOZADA de Fernando Figueiredo e em terceiro ficou o ALIZEMA de António Vianez que venceu a Classe Dragão superiorizando-se ao MARIA 3 de Luís Manso. No final um animado e concorrido almoço serviu de entrada para a cerimónia de entrega de prémios que decorreu nas Instalações Socias do Clube de Vela Atlântico. Um agradecimento especial à Junta de Freguesia de Nevogilde cujo apoio proporcionou mais um excelente espetáculo na quem passeava na sua marginal.
be de Vela Atlântico Classe Open 1º BRETOA – Tonas Pires de Lima- Clube de Vela Atlântico 2º NOZADA – Fernando Figueiredo – Yate Clube do Porto 3º ALIZEMA – António Vianez – Clube de Vela Atlântico
Classificações Classe ORC 1º PLANO B – Nuno Amado – Clube de Vela Atlântico 2º BIÃO II – Pedro Cunha – Clube Naval Povoense 2º MILANEZA – Rui Amorim – Clu-
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Electrónica
Novidades Nautel
Produtos Inovadores da Sterling Power A Sterling Power é uma empresa relativamente pequena, propriedade de um engenheiro especializado no tipo de produtos que a empresa concebe e fabrica. O proprietário sempre humildemente se apresentou como sendo um engenheiro razoável que tenta transmitir não apenas o que faz um produto, mas porque se precisa dele.
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le tem que se esforçar por fazer isto da forma mais simples possível para que a mensagem seja entendida pelo comum dos consumidores, normalmente não especialista na matéria. Na Sterling, a informação técnica não está disfarçada, ou tapada pelo jargão comercial, ou abrilhantada para facilitar vendas… A empresa tem orgulho no equipamento que faz e não vê necessidade para cobrir eventuais fraquezas com literatura de vendas
adocicada. Na filosofia interna da companhia, as imperfeições dos produtos devem ser eliminadas e não encobertas. Todos os produtos sofrem de problemas técnicos e avarias, o truque é diagnosticá-los e corrigilos no mais curto espaço de tempo possível. Como pequena empresa com as suas próprias equipas de Investigação&Desenvolvimento, e Técnicos de Apoio Pós Venda, a resposta em termos de tempo está num nível que os concorrentes de
maior dimensão só podem sonhar. O resultado final é os seus produtos apenas mais rapidamente ficarem melhores e melhores superando tecnicamente, e em especificações e desempenho, os dos seus concorrentes. O Plano de Negócios para a conceção de produtos na Sterling é muito simples: Pensa-se em todas as características, elementos de segurança, e que desempenho a ter num produto. De seguida, verificam o que os concorrentes fazem, apenas para prevenir, por se acaso estão a deixar algo de fora, mas normalmente nada se encontra que já não tenha sido considerado. Depois de todo o projeto de características etc procura a Sterling fabricar os equipamentos a um custo que permitirá oferecer aos clientes um produto com uma alta especificação técnica, mas ao mesmo tempo manter os preços ao alcance de todos. A Sterling já fornece diretamente a construtores de embarcações e viaturas especiais e estes querem desempenho/segurança/confiabilidade, mas com a razoável componente de preço. Para 2013 a Sterling apresentou uma nova gama de inversores de onda sinusoidal pura que convertem com perfeita onda de saída,
12 ou 24VDC, facilitando o uso a bordo de frigoríficos, máquinas de café, ar condicionado etc. A gama vai desde os 300 aos 1600W. A Sterling concebeu também um produto original que é um módulo adaptador para um só carregador pode carregar baterias de diferentes bases químeicas (Gel, chumbo, AGM etc) Muitas embarcações e veículos especializados têm instalações de múltiplas baterias. Este tipo de instalação pode causar problemas se as baterias forem de diferentes tipos : umas de Ácido, outras de Gel, AGM etc. Também pode acontecer, um carregador para grupos de bateria de tensões diferentes: uma a 12 e outra a 24VDC. Exemplos: instalação com bateria de GEL para o arranque e de Ácido para o grupo secundário, ou outra, em que as baterias principais estão a 12 VDC e é necessário 24VDC para a bateria do Propulsor de Proa (Bow Thruster) em embarcações. Como normalmente os carregadores são ajustados para apenas um tipo de baterias, que fica para todas as saídas, estes módulos têm muita utilidade. Uma outra utilidade a pensar no futuro é um sistema de carga de baterias para os automóveis elétricos, para uso em moradias e garagens. É também lançada uma nova série de carregadores portáteis á prova d’água. Ver mais em www.nautel.pt. Nautel-Sistemas Eletrónicos Lda Tel.: 213 007 030 Geral@nautel.pt
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Pesca Desportiva
Big Game Fishing
As Últimas do Skipper Zak Conde Ezequiel Conde, conhecido internacionalmente nos meios do Big Game Fishing por Zak Conde, nesta altura do ano com o seu barco “Amélia” e sua tripulação em Cabo Verde, continua a dominar em capturas todos os demais skippers.
C
John Jackson em combate
om clientes de todo o Mundo e todos os dias ocupados, Zak Conde já está a receber marcações para saídas em 2014. Durante o mês de Junho a média de capturas no “Amélia” foi de um marlin por dia, pois houve vários dias com dois. Com um casal de americanos que há vários anos não deixa de fazer a sua saída de pesca em Cabo Verde com Zak Conde, em Junho passado em oito dias de pesca, capturaram 10 marlins azuis e tiveram 23 combates. Chegaram a combater com três marlins ao mesmo tempo e por duas vezes fizeram capturas duplas. Histórias de pesca inesquecíveis e muitas fotos para recordar. Zac Conde diz que pesca no melhor local do Mundo para os marlins azuis, Cabo Verde, e tem razão.
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Náutica
Campanha Yamaha
A Yamaha Está a Oferecer Presentes! De 1 de Julho a 31 de Agosto 2013 Este verão a Yamaha perdeu a cabeça e resolver dar uma Super Oferta aos clientes que a escolhem. Ao adquirir o seu motor fora de borda Yamaha do F8 até ao F350 (qualquer variante dentro de cada cavalagem), receberá um presente gratuito, de acordo com o quadro abaixo indicado.
A
campanha é válida de 1 de Julho a 31 de Agosto, exclusiva para Concessionários Aderentes e não acumulável com outros bónus, promoções, campanhas, descontos ou
ofertas. As ofertas mencionadas são válidas, excepto em caso de ruptura de stock e nesse caso serão substituídas por produto de valor igual ou superior. As ofertas não podem ser alteradas para além do apresentado a
cada segmento de motor. Aqui ficam as informações gerais da campanha, no entanto não dispensa que fale com um Concessionário aderente para conhecer todos os outros detalhes aqui não especificados.
Por isso demos um nome simples: 1 Motor = 1 Oferta!
Economia do Mar
A Boa Gestão dos Recursos Marinhos Facilitou o Reforço das Quotas de Pesca
A
Comissão Europeia reconheceu que em Portugal se pratica pesca sustentável, que respeita os pareceres científicos e encontra-se, em muitos estudos, em primeiro lugar entre os países da OCDE. De acordo com a Direcção Geral das Pescas e Aquicultura, das oito principais espécies capturadas no Continente, sardinha, cavala, carapau, polvo, berbigão, peixe-espada preto, faneca e carapau negrão, representando cerca de 80% do total dos desembarques, nenhuma apresenta sinais de captura excessiva. Graças a isto, em Bruxelas, nas últimas negociações entre os ministros dos 27 e a Comissão Europeia sobre as quotas de pesca foi atribuído a Portugal um aumento global de 2,5% para 2013. No final do conselho de ministros da tutela, Portugal viu a quota de bacalhau aumentar em 20%, para as 7.783 toneladas, a pescada em 15%, para as 4.224 toneladas e o carapau em 31%, para as 5.319 toneladas. Em percas, a mais significativa foi o tamboril com -25%, tendo Portugal ficado com uma quota de 410 toneladas. Entre os peixes que existem na nossa costa em abundância e é também capturado pela frota de cerco sem restrições de contingente, a cavala, da família do atum, compete com a sardinha em quantidade e tem igualmente um alto valor nutritivo, em especial em Omega 3. Mas nunca entrou nos hábitos alimentares da população e tem pouca procura nas praças. Para tentar promover o consumo da cavala, a Docapesca iniciou o ano passado o convite a vários Chefs, para confecionarem pratos e entradas com este peixe e promove-lo assim nos mercados. Graças a esta iniciativa, a Docapesca confirmou já que houve um aumento de venda de cavala no valor de 4 milhões de euros.
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Novo Rádio Telefone Marítimo de VHF da ICOM IC-M91D Único Portátil com DSC”D” e GPS Integrado
O novo rádio telefone marítimo de VHF da ICOM tem novo e intuitivo interface do utilizador para operação ainda mais fácil.
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m linha de rodapé no display LCD pode verificar as funções do software e as respetivas teclas podem ser selecionadas pressionando os botões da esquerda e da direita. Outras características técnicas: -Construção resistente à água IPX7 -Potência 5W/1W -Chamada Selectiva Digital – DSC e GPS incorporado pela primeira vez num rádio portátil -Função MOB (Homem ao Mar) permite registar tanto o momento como a posição exata em que se dá o incidente. Estas capacidades e dependendo da dimensão barco são mais uma ferramenta de navegação importante. -O recetor de GPS integrado é
muito sensível, dá a sua posição a cada momento e pode ser usado nas chamadas DSC. -Funções de Navegação e Bússola - Mostra waypoints e a função de bússola faz com que o barco siga na rota apresentada -Função AquaQuake e Float’n Flash - Flutua na água mantendo sempre a face para cima e mostra a sua localização a partir do LCD retroiluminado e dum beep audível intermitentes, fundamental para localização e recolha no escuro. -Cancelamento de ruído ativo - Função integrada que reduz o ruído de fundo em até cerca de 90% melhorando a qualidade das chamadas tanto recebidas como transmitidas ... clareza acima de tudo. -Com microfone 700mW permite uma audição inteligivel mesmo quando num ambiente ruidoso. Fornecido completo com: car-
Acessórios
regadores BC-01, BC204, baterias de iões de Lítio BP-275, Clip para fixação no cinto MB-109, cordão de pulso e antena FA-SC59V PRVP: € 480,00 (inclui Iva) Para mais informações contacte a Nautiradar www.nautiradar.pt
Frente e Verso IC-M9ID 2013 Julho 319
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Notícias do Mar
Pesca Sustentável
A Sardinha, Riqueza Alimentar em Risco na Economia do Mar Portugal foi o primeiro país a ser certificado há três anos pela Marine Stewardship Council (MSC) que atribuiu à pesca da sardinha pela arte do cerco em Portugal a certificação de sustentabilidade e boa gestão da actividade piscatória
A
partir dessa altura, todas as capturas da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANPOCERCO) – que representam 95% da produção de sardinha em Portugal, passaram a ser portadoras do eco-rótulo azul do MSC, que é reconhecido internacionalmente. A certificação abrange todas as embarcações de pesca costeira da Associação, com mais de 9 metros de comprimento, cuja actividade principal é a pesca do cerco. A partir daí, a Certificação deu a oportunidade de mostrar ao mundo o nosso claro empenho em matéria de sustentabilidade. A credibilidade do sector da pesca como um todo começou a ser beneficiado com esta certificação do MSC, não tanto para os consumidores portu12
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gueses que conhecem bem este produto, considerado de uma riqueza alimentar ímpar.e para os estrangeiros que nos visitam e aprendem a gostar da sardinha, mas é importante para a defesa dos nosos recursos e da luta contra os sistemas de pesca destruidores, como o arrasto em profundidade e outros. . A pesca portuguesa remonta aos tempos romanos e tem estado em contínua actividade, pelo menos, desde o século XIV. A pesca faz-se na plataforma ao largo da costa portuguesa, a uma profundidade entre 15-70 metros. Os três principais portos de desembarque situam-se a norte de Lisboa, Matosinhos, Peniche e Figueira da Foz Há mais de um século que os desembarques anuais de sardinha registam quantidades superiores a 50.000 toneladas. O período mais alto destes de-
sembarques ocorreu nos anos 60, registando-se mais de 300 embarcações de pesca com desembarques que excederam as 150.000 toneladas. Desde essa altura os desembarques têm vindo a decrescer, registando-
se uma média de 64.600 toneladas no período entre 1998 e 2007. Nos últimos anos, assistimos à introdução de limites no esforço de pesca, com uma consequente redução gradual do tamanho da frota, que conduziu aos números actuais de cerca de 100 embarcações de pesca do cerco. O alarmre surgiu este ano mais uma vez, segundo dados da Docapesca, confirma-se a diminuição das descargas de sardinha no Norte do país. Devido a isso, grande parte dos barcos, rumaram para sul, onde ainda se vêem cardumes de sardinha. Contudo, esta decisão tem implicado um acréscimo dos custos de produção, desde logo com o transporte das tripulações. Sines ampliou as descargas, mas a fábrica de gelo tem uma produção que tem sido insuficiente para a quantidade anormal de barcos que ali está a trabalhar. O pior, é que,segundo o Instituto de Investigação das Pescas e do Mar, não se deve esperar boas notícias este ano, a sardinha vai continuar afastada do norte...
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Náutica
Teste SeaRibs 620 Lux com Yamaha F200
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Resposta Segura à Alta Potência
O teste que fizemos com novo Yamaha F200, no início de Junho na foz do Tejo e ao largo de Oeiras, com o motor montado numa embracação semi rígida SeaRibs 620 Lux, confirmou o que já tínhamos dito na apresentação deste motor em Itália, e realçamos agora o desempemho seguro do SeaRibs.
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O casco tem um V muito profundo 14
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estaleiro nacional SeaRibs, com instalações em Sobral de Monte Agraço tem mantido a sua actividade numa forte aposta da exportação. Falhou por pouco o negócio do fornecimento de barcos para os Jogos Olímpicos de Londres, mas ficou a imagem da aceitação da marca e da excelente qualidade das embarcações. A evolução da empresa, a procura de propostas inovadoras e os processos de fabrico estabelecidos, conduziram a marca à sua certificação pela Norma EN ISSO 9000:2001. A escolha e o estudo dos modelos a produzir, resulta do conhecimento profundo de pra-
Náutica
SeaRib’s 620 Lux
Consola de condução individual ticantes e profissionais nas diversas áreas de actividades no mar, colaboradores e técnicos assistentes da SeaRibs. Ao fim de vários anos a construir barcos para os diversos mercados ligados ao mar, já não há segredos para a SeaRibs, e o estaleiro pode construir o barco à medida de cada cliente. Presentemente a SeaRibs tem um total de 55 modelos, dos 4,00 aos 18 metros de comprimento, podendo dar resposta a qualquer tipo de encomenda. Quer seja para o mergulho, a pesca ou a caça submarina, a Searibs tem o modelo com as dimensões e os acessórios mais adequados. Também para as actividades profissionais nos
O SeaRib´s 620 Lux tem um desempenho muito confortável 2013 Julho 319
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Náutica
Um conjunto poderoso no arranque portos, salvamento e para operações militares e de fiscalização, há modelos que já provaram bem.
A série Marítimo-Turística, com 8 modelos dos 7,10 aos 18,00 metros, e a série Patrol & Rescue, com 15 modelos a par-
tir dos 4,00 até aos 18,00 metros, são de momento gamas profissionais com grande aceitação, dada a excelência da
qualidade de construção e dos equipamentos incorporados. Porém, a gama de recreio, com três séries, Open, Lux e
O novo Yamama F200 montado no SeaRib’s 620 Lux 16
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Náutica
O SeaRibs 620 Lux é muito seguro a curvar Cabin, que apresenta 23 modelos diferentes, até aos 12,00 metros de comprimento tem o barco que pode satisfazer facilmente qualquer cliente. O conceito dos Searibs é uma embarcação de linhas simples e direitas, robusta, pesada e com o casco poderoso. Os cascos são fabricados de forma a garantirem a maior segurança e comodidade no desempenho no mar, por isso os reforços estruturais são construídos com grande robustez e o design do casco é em V profundo, tem planos de estabilidade laterais e os robaletes são bastante salientes. Quanto aos tubos, a SeaRib’s fabricaos em Hipalon/Neoprene da Orca, com 1670 Dtex em todas as embarcações com mais de 5 metros de comprimento, para terem mais resistência. Os modelos menores são construídos em Hipalon/Neoprene de 1100 Dtex. As cobertas são construídas em contramolde e têm os assentos de proa e também em algumas gamas e modelos os bancos à popa incorporados. Os tubos são colados por dentro às cobertas, assegurando maior resistência e menores vibrações. Outra característica muito importante desta gama de embarcações é um grande número de acessórios que oferece, entre eles consolas, bancos, “roll bar” e suportes, que permitem uma enorme variedade de utilizações, quer seja no recreio ou em actividades profissionais. SeaRib’s 620 Lux 2013 Julho 319
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Náutica
O casco agarra-se muito bem na água quando curva O modelo que testámos, foi preparado para a Yamaha utilizar na Feira Náutica do Tejo que decorreu o mês passado no passeio marítimo de Algés. Neste evento que durou dois
fins-de-semana, uma das actividades com maior êxito foram os passeios neste barco no rio Tejo, para quem quisesse. Montada ao centro, o piloto dispunha de uma consola indi-
vidual de condução. O banco de piloto é do tipo jockey, com um assento atrás. À popa o barco tem um banco com espaço para três pessoas.
Existe um assento em U à proa, sobre o qual se pode montar um solário. À proa fica o porão para o ferro e um compartimento para arrumar palamenta, ambos com
O SeaRib’s 620 Lux tem muita arrumação 18
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Náutica
portas estanques. A consola de condução tem um pára-brisas, corrimãos em aço inox e dentro dispõe de dois compartimentos com portas estanques, com abertura pela frente. O banco da popa tem um confortável estofo e tem encosto. Sob este banco existe um amplo espaço para arrumação de sacos e palamenta. Este modelo tem a proa com os tubos em U. Como o verdugo dos tubos é duplo, o barco está bem protegido e pode encostar de proa a um pontão ou uma rocha, para facilitar a entrada pela proa. Na proa está fixado um mordedor em borracha para o cabo de amarração.
O poço com um Banco à popa
Motor Yamaha F200F, um poderoso e sofisticado 200 HP O Yamaha F200 é um novo membro da gama de motores fora de borda da marca, com sistemas tecnologicamente muito sofisticados. Trata-se de um leve 200 HP que incorpora muitas características novas e inovadoras nesta classe de potência. O F200, que oferece o poder de um 200 HP, mas está mais próximo em tamanho e peso do Yamaha F150A e fornece por isso uma relação potência/peso excepcional. O motor com 2.785 cm3 de cilindrada, tem 4 cilindros em linha com árvore de cames variável (VCT), 16 válvulas e o peso de apenas 226/227 Kg. Pesa menos cerca de 50 kg que o anterior F200, do qual é 18% mais leve. No que respeita à potência é semelhante e também mantém a mesma fiabilidade. O motor emprega tecnologia de economia de peso por toda parte. A importância do peso mais leve, leva-o a ser mais adequado para uma ampla gama de barcos, bem como também ajuda a melhorar a eficiência de combustível e igualmente, o desempenho do conjunto. No SeaRibs 620 Lux estava montado o F200F, com engrenagem e acelerador mecânicos regulares. Existe o modelo F200G, com engrenagem e acelerador, controlados electro2013 Julho 319
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Náutica
Com o Yamaha F200 o SeaRib’s 620 Lux atingiu elevadas performances nicamente, através de drive-bywire. Este novo Yamaha beneficia também dos mais recentes avanços tecnológicos feitos pela Yamaha, tal como o Sistema de Protecção Anti-Roubo Yamaha
(Sistema YCOP – Yamaha Customer Outboard Protection), a capacidade de ajuste variável das RPM para a pesca ao corrico, um novo e redesenhado Sistema de Amortecimento na Engrenagem (Sistema SDS -
Shift Dampener System) na hélice e um limitador do tilt. Tem ainda um ecrãn LCD a cores e a ignição por botão start/stop, ambos opcionais apenas no F200G. Este conjunto de caracterís-
Posto de comando com consola de condução central 20
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ticas, colocam firmemente ambos os modelos, o F200F e o F200G, na classe dos topos de gama dos motores fora de borda Yamaha, como o V6 (4.2 L) e o V8 (5,3 L). No teste, desempenho seguro do barco nas altas performances No dia dos testes na foz do Tejo havia uma ligeira agitação na água e esperávamos, devido a isso, alguma dificuldade nos testes de velocidades. Porém, o barco mostrou-se à altura do motor. Com um poderoso motor a puxar por ele, o SeaRibs 620 Lux respondeu com a segurança adequada, para o que foi equipado, o transporte de pessoas. O grande poder de aceleração do Yamaha F200, imprimiu logo no arranque uma planagem em apenas 1,73 segundos. Igualmente no teste de aceleração até às 5.000 rpm, mostrou o seu elevado poder, pois em apenas 10,45 segundos fomos
Náutica
Á proa pode-se montar um solário dos 0 aos 45 nós. Com o hécice que estava montado, o motor atingiu apenas as 5.300 rpm e a estas rota-
ções fizemos 49 nós. Com outro hélice e o motor às 5.800 rpm, provavelmente atingiríamos a velocidade de 55/56 nós, uma
Características Técnicas Comprimento
5,95 m
Boca
2,38 m
Dimensões interiores
5,20 m x 1,29 m
Peso total
430 Kg
Diâmetro tubos
0,53 m
Nº câmaras
6
Lotação
12
Capacidade carga
1.900 Kg
Motor
Yamaha F200F
Preço barco/motor c/iva
Sob consulta em função da motorização
Cabeçote para morder o cabo de amarração performance impressionante. No teste de velocidade mínima a planar, o barco aguentouse nos 10 nós às 2.000 rpm. A velocidade de cruzeiro no mar, depende das condições de momento, sobretudo do vento que altera a agitação da água. Neste dia fizemos uma velocidade muito económica às 3.000 rpm a navegar a 22 nós. O Searibs 620 Lux tem um casco muito marinheiro com um V profundo, conseguindo por
isso cortar a água com conforto e curvar também com segurança, sempre muito agarrado à água e adornando ligeiramente. A condução e os comandos mostraram-se leves e precisos, facilitando perfeitamente as manobras. Quanto à capacidade de defleção da água, como no final o barco estava completamente seco por dentro, consideramos muito boa.
Performances Tempo para planar
1,73 seg.
Aceleração até 5.000 rpm
45 nós em 10,45 seg.
Velocidade máxima
49 nós às 5.300 rpm
Velocidade cruzeiro
22 nós às 3.000 rpm
Mínimo a planar
10 nós às 2.000 rpm
2.500 rpm
15 nós
3.000 rpm
22 nós
3.500 rpm
26 nós
4.000 rpm
34 nós
4.500 rpm
39 nós
5.000 rpm
45 nós
5.300 rpm
49 nós
SeaRib`s Delegação Portugal Norte Parque Empresarial da Praia Norte, 4900 - Viana do Castelo - Portugal Tel: 258 840 600 Fax: 258 840 609 Delegação Portugal Centro e Sul Almargem 2594-909 Sobral de Monte Agraço, Tel: 261 940 070 Fax: 261 940 078 - www.searibs.com Yamaha Motor Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 – 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 – Fax: 21 47 22 199 – www.yamaha-motor.pt
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Náutica
Notícias da Honda Marine
Honda Marine Crescimento de Vendas e Nova Campanha
Decorrido o primeiro trimestre do seu ano fiscal, o ramo de negócio Honda Marine apresenta um crescimento de vendas muito significativo em Portugal, quando comparado com igual período do ano anterior.
O
crescimento registado, na ordem dos 17%, é alicerçado não só com a venda de barcos pneumáticos Honda, cujas vendas aumentaram 40% versus 2012, mas também pelo aumento das vendas da gama de motores fora de borda a 4 tempos, que registou um aumento de 12% . Em plena época alta de vendas, a Honda Marine lança agora também a Campanha “Por preços nunca antes praticados”. Disponível até final de Setembro, esta campanha proporciona condições de aquisição muito vantajosas em toda a gama de motores fora de borda Honda. Os descontos vão desde 120€ no motor BF2.3 até 3.500€ no motor BF250. Eng. Rui Aranha, Director Geral da Divisão de Produtos 22
2013 Julho 319
de Força da Honda em Portugal: “Estamos extremamente satisfeitos com estes resultados. Todos sabemos as enormes dificuldades por que passa o País em geral e o sector náutico em particular por isso este aumento nas nossas vendas ganha ainda mais relevância neste contexto. A Honda Marine tem uma imagem de marca muito forte em Portugal com clientes muito fiéis. Acreditamos que, trabalhando em conjunto com a nossa rede de concessionários poderemos manter estes números”, e concluiu: “Com vista a atingir este objectivo, na altura de vendas mais forte do ano, acabamos de lançar uma campanha com excelentes condições para os nossos clientes”.
Notícias do Mar
Economia do Mar
Devemos Escolher Melhor o Bacalhau que Comer
Apesar da importância que damos ao bacalhau na nossa alimentação, poucas pessoas o conhecem em vivo, nem qual a sua origem e como é capturado, e desse modo também não sabemos como escolher o de melhor qualidade e se estamos a defender a sua preservação.
C
omo qualquer peixe, o de melhor qualidade é o que é pescado com o anzol, à linha de mão e no palangre artesanal e são os métodos que melhor defendem a sua preservação e o das outras espécies. De todas as outras técnicas, como o arrasto de profundidade, que destroi os fundos, as redes de emalhar e o cerco demersal, que estragam também o peixe e capturam outras espécies que acabam por deitar fora, é de evitar escolher o bacalhau que é capturado assim. Dos 16 stocks comerciais de bacalhau do Atlântico, apenas os da Islândia, Mar de Barents no norte da Noruega e do Báltico Este, são considerados sustentáveis pelos
cientistas. O stock do Mar de Barents é gerido pela Comissão Conjunta para a Pesca da Noruega e Rússia, que anualmente estabelece as quotas com base nas recomendações do ICES, Conselho Internacional para a Exploração do Mar que é um conselho científico. A pesca na zona é fiscalizada pela Noruega. Em geral pode-se consumir bacalhau do Mar de Barents sempre que existam garantias de que não foi capturado, utilizando a pesca de arrasto de fundo. As frotas da EU, incluindo a portuguesa e da Rússia praticam principalmente a pesca de arrasto de fundo, enquanto na frota norueguesa 60% dos barcos ainda praticam a pesca tradicional.
A Noruega e a Rússia melhoraram muito o controlo da pesca no Mar de Barents e conseguiram reduzir drasticamente a pirataria, que durante décadas constituia um verdadeiro flagelo na zona. No entanto, muitos navios continuam a subreportar as suas capturas, incluindo as capturas acidentais rejeitadas, dificultando a gestão das quotas e resultando numa mortalidade de
peixes superior à estimada. Cada vez mais os produtores, sobretudo os que pescam de anzol, assinalam a origem do bacalhau e o método de pesca.nas etiquetas. Sabemos que 60% do bacalhau que é capturado na Noruega tem qualidade e defende os stocks. Devemos confirmar, quando compramos no supermercado se é verdade.
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Notícias do Mar
Hóquei Subaquático
Amadora Vence Nacional e Circuito Open A Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas deu continuidade à época desportiva 2012/2013 do Hóquei Subaquático com a realização simultânea da Etapa final do Campeonato Nacional e da Etapa Final do Circuito Open, nos dias 6 e 7 de Julho de 2013, no complexo de piscinas Olímpicas de Coimbra, ambas com vitória da equipa do Clube de Natação da Amadora. Também o Diretor Técnico Nacional – João José, destacou o comportamento exemplar de todos os atletas nacionais e estrangeiros, dentro e fora de água. Outro aspeto importante foi a inclusão de jogos de preparação amigáveis com a seleção Elite Feminina e a seleção Elite Masculina que estão a fazer a sua preparação para o Mundial a realizar na Hungria – EGER – em finais de Agosto. A FPAS procurou, desta forma, colocar atletas em treino conjunto, a par dos estágios regulares que cada seleção tem vindo a realizar.
CNA Equipa Vencedora
E
stas duas provas tiveram a particularidade de se terem realizado em simultâneo numa Piscina de 50 metros dividida em dois campos, o que permitiu a realização de 28 jogos durante os dois dias de competição. Neste Campeonato Nacional competiram seis equipas e o pódio teve a seguinte composição: em terceiro lugar a estreante equipa “Eixo e Ação”, em segundo “Aquacarca” e em primeiro lugar o “CNA-Clube Natação da Amadora”. No Circuito Open marcou presença uma equipa Espanhola – Madrid, que trouxe a esta competição uma mais-valia em termos de nível competitivo e de troca de experiências, acabando por ficar em segundo lugar, atrás da equipa nacional do CNA. Este é o primeiro ano em que se estreia este modelo competitivo, que realmente é um verdadeiro desafio às capacidades de organização da FPAS e em particular da sua Comissão de Hóquei Subaquático. Neste complexo de piscinas olímpicas estiveram cerca de 100 atletas quase em permanência no 24
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recinto, e também para eles foi uma experiência competitiva extraordinária já que a intensidade e quantidade de jogos disputados trouxe um nível de exigência elevado para todos os atletas.
De realçar a presença do Presidente da FPAS – Ricardo José, que aproveitou para incentivar os clubes e atletas presentes à pratica desta modalidade de equipa praticada em apneia, numa piscina.
Classificação Nacional 1º CNA 2º Aquacarca 3º Eixo e Ação 4º Sharks 5º Zupper 6º Zupper 7º NSCBR Classificação Open 1º CNA 2º Madrid 3º Aquacarca A 4º Eixo e Ação 5º Sharks 6º Aquacarca B 7º Zupper A 8º NSCBR
Equipas posicionadas em campo
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Náutica
Teste Marian 700 Mar com Honda BF60
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Modelo Profissional com Boas Performances
O Marian 700 Mar que testámos na Figueira da Foz, com a consola de condução à popa e motorizado com o Honda BF60, é uma boa proposta do estaleiro Marian Boats como barco de trabalho para diferentes fins, desde a pesca profissional, as actividades marítimo turísticas, ao transporte de passageiros.
C
om este casco de 7,00 metros, a Marian Boats pode servir bem diferentes tipos de clientes profissionais, pois é um casco rápido, estável e cala muito pouco. Para a pesca lúdica embarcada, com os acessórios adequados que a Marian Boats tem para este casco e com a consola de condução montada mais à frente, também pode ser uma solução muito económica e interessante.
Com a consola de condução à popa a condução é mais segura 26
2013 Julho 319
O Marian 700 Mar, com a consola de condução à popa, é a solução mais segura para servir como uma embarcação de trabalho.
Náutica
O casco é rápido e descola bem da água
A consola de condução para servirem de transporte de passageiros, com capacidade para doze pessoas. Sabemos muito bem, como os pescadores profissionais são muito conservadores e defendem, por vezes intransigentemente, o que é tradicional e têm muito pouca vontade de experimentarem outros métodos de trabalho. Qualquer embarcação acima dos 6,00 metros, mesmo os semi-rígidos, com motor fora de borda conduzido com punho, exige maior controlo e esforço ao condutor e torna-se instável a grandes velocidades. A solução de incorporar uma consola de condução junto da popa já é utilizada por pescadores profissionais, mas ainda há muitos que preferem o motor com punho. Neste modelo da Marian, foram montados quatro bancos corridos à frente da consola,
À proa existe ainda um compartimento com porta, com grande capacidade para guar-
O casco tem um V evolutivo e é semi planante 2013 Julho 319
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Náutica
O casco é estável e não balança dar a palamenta. Em cima está montado na borda um varandim em aço inox para apoiar as manobras de fundear. A consola de condução é individual, adequada para o
comando do barco na posição de pé, tem um pequeno párabrisas, o volante em aço e a caixa dos comandos. A consola dispõe também em baixo um compartimento com porta es-
tanque. O barco tem na popa outro compartimento com porta, onde se instala o depósito de combustível. Quanto ao casco, tem a proa
Com quatro bancos corridos fica com a lotação de 12 pessoas 28
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mais elevada com uma forma deflectora e o V evolutivo termina numa popa semi planante. Motor Honda BF60 O Honda BF60 é um motor com um design de formato em cunha, para facilitar as performances, que incorpora as mais recentes tecnologias de ponta da Honda. É um 4 tempos com 3 cilindros em linha, SOHC,
Na proa existe
Náutica
com 998 cm3 de cilindrada e 4 válvulas por cilindro. Dos sistemas introduzidos, salientamos o PGM-Fi, a injecção electrónica programada multiponto de combustível, que proporciona um arranque fácil e uma resposta imediata do acelerador, economizando muito o combustível. Também o ECOmo, um sistema de combustão de queima pobre em velocidade de cruzeiro, aumenta ainda mais a economia do consumo em velocidades entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm. A tecnologia BLAST, consegue aumentar o binário a baixa rotação, permitindo um arranque imediato nos primeiros 50 metros, para os barcos planarem rapidamente. Outra nova tecnologia, o Trolling Control, destina-se para os pescadores fazerem o corrico e paras manobras a baixas velocidades. Com ela consegue-se fazer o controlo da rotação em segmentos de 50 rpm, desde o ralenti até às 900 rpm. O Honda BF60 é compatível com todos os dispositivos com a ligação NMEA2000.
A curvar adorna muito ligeiramente
O Marian 700 descolou rápido da água e teve um desempenho se guro e estável. Com cinco pessoas a bordo, o teste foi efectuado no rio Mondego em águas calmas e também saímos a barra onde havia já alguma vaga e vento. O motor Honda BF60 tem
um amplo compartimento para guardar palamenta 2013 Julho 319
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Náutica
O Honda BF60 tem uma aceleração poderosa como característica o grande poder de aceleração, que associado á facilidade de descolagem do casco do Marian 700, permitiu o barco planar em ape-
nas 1,75 segundos, numa planagem quase instantânea. Foi importante a distribuição do peso de passageiros mais à frente, para o barco atingir
maiores performances. A característica do casco comprovou-se igualmente no teste de velocidade mínima a planar, conseguindo-se estabili-
Existe um compartimento na popa para o depósito de combustível 30
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za o barco a planar com apenas 8,1 nós às 3.200 rpm. Na aceleração às 5.000 rpm, chegámos aos 18 nós em 7,30 segundos. No que respeita à velocidade máxima, atingimos os 28 nós às 6.200 rpm, desempenho que consideramos muito bom para este tipo de barco com a motorização de 60 HP. Já tínhamos testado o modelo 700 Open, sem bancos e com menos peso, equipado também com o Honda BF60 com punho. Consegue-se, efectivamente, com este modelo 700 Mar, um maior controlo das manobras, bem como requer menos esforço ao condutor e faz-se uma navegação mais segura. O casco fora da barra conseguiu também uma navegação com segurança, com uma velocidade adequada às condições do mar. A favor do mar e a descer as ondas foi sempre direito, a surfar ligeiramente. No final, salientamos que o casco deflectiu bem a água e poucos salpicos entraram atrás.
Náutica
O Marian 700 Mar é estável e tem capacidade para transportar 12 pessoas
Características Técnicas Comprimento
7,00 m
Boca
2,10 m
Pontal
0,75 m
Lotação
12
Potência
30 / 150 HP
Motor Instalado
Honda BF60
Preço base do barco/motor s/IVA
14.681 €
Performances Tempo de planar
1,75 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
18 nós 7,30 seg.
Velocidade máxima
28 nós 6.200 rpm
Mínimo a planar
8,1 nós 3.200 rpm
3.500 rpm
9,5 nós
4.000 rpm
12,2 nós
4.500 rpm
14 nós
5.000 rpm
20,1 nós
5.500 rpm
22,5 nós
6.000 rpm
27,2 nós
6.200 rpm
28 nós
Fabricante e Importador Marian Boats – Rua António Pestana Rato, Edifício KPM – Apartado 44 3080-845 Figueira da Foz Telf.: 233 420 125 Telm.: 91 723 45 20 Email: kpm@mail.telepac.pt www.marianboats.pt Honda Marine Portugal – Abrunheira, 2714-506 Sintra Telf.: 219 155 300 www.honda.pt
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Náutica
Teste Jeanneau Merry Fisher 855 Marlin com 2xYamaha F200
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Topo da Gama Marlin Enfrenta Mar
O novo Merry Fisher 855 Marlin esteve em testes em Varazze na Itália no final do passado mês de Maio, onde mostrou, a navegar contra um mar batido de vento todas as características de um verdadeiro “SUV do mar”, equipado com dois dos novos motores Yamaha F200G.
O
Merry Fisher 855 Marlin foi uma das cinco embarcações escolhidas pela Yamaha para testar e apresentar à imprensa náutica europeia o novo motor F200F com comando mecânico e o F200G, um modelo com engrenagem e acelerador electrónicos. Foi precisamente este sofisticado modelo que foi 32
2013 Julho 319
montado em parelha no Merry Fisher 855 Marlin, fornecendo uma potência de 400 HP e garantindo uma segurança maior, sempre que se navega, principalmente, no mar. Merry Fisher 855 Marlin, um polivalente para todo o serviço Se houvesse um campeonato
de polivalência entre embarcações de recreio, esta embarcação construída pelo reputado estaleiro francês Jeanneau, seria certamente o barco campeão. Quando o estaleiro iniciou a linha Marlin, com o pequeno 6 Marlin, na gama Merry Fisher, a tradicional gama de barcos pescadores, foi uma clara aposta de servir o melhor possível os
adeptos da pesca desportiva, mas com o duplo objectivo de agradar igualmente os familiares que não pescam, mas gostam de passear e pernoitar nos barcos nos fins-de-semana e nas férias. A cabina no tipo de traineira, não serve apenas para dar estilo pesqueiro ao barco, ela apresenta enormes vantagens funcionais.
Náutica
A grande vantagem deste barcos são as duas portas laterais
Jeanneau Merry Fisher 855 Marlin com dois Yamaha F200G
Em primeiro lugar a facilidade de acesso ao exterior da embarcação, pelas portas laterais. Para o piloto, a rapidez de aceder à proa ou à popa, para qualquer tipo de manobra emergente, é fundamental. Também, sem a porta atrás, o aproveitamento do espaço do poço é total, poi no sítio da porta tem um banco, que fica à sombra da pala do tejadilho. Igualmente, à frente da cabina, melhor que numa traineira, há um banco duplo, que fica junto da proa e do porão do ferro, onde calmamente se podem fazer as manobras de fundear. O pára-brisas inclinado para dentro em baixo, tem a vantagem de não reflectir à noite no vidro os aparelhos de electró-
nica e quando chove a água escorre e os vidros llimpam-se melhor. O poço é convertível rapidamente num espaço excluivo para pescadores, ficando todo desimpedido, ou, para os passeios familiares, pode-se montar um banco à popa e uma mesa ao meio. Os topos da borda do poço estão guarnecidos em madeira de teca e têm os porta canas dos pescadores. As paredes do poço têm prateleiras. À volta, em todo o poço junto à borda, a parede está almofadada, servindo assim para apoiar as pernas dos pescadores nos lançamentos, ou como encosto, quando se está sentado nos bancos. A cabina tem no convés su-
O Merry Fisher 855 Marlin tem um casco marinheiro 2013 Julho 319
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Náutica
Interior da cabina perior o salão atrás e o posto do comando à frente a setibordo. O piloto e o copiloto têm bancos individuaia muito confortáveis e giratórios. Atrás fica um banco corrido. À frente a
bombordo fencontra-se uma cozinha com fogão frigorífico e lavatório. Ao meio pode-se montar uma mesa. Na coberta inferior existem cabinas e o quarto de banho
com duche. Foi para melhor satisfazer o espírito de polivalência nesta embarcação que o estaleiro dotou-o com um design moderno e para servir personalidades
Na consola de condução está montado o display do sistema “drive-by-wire” 34
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distintas, estão disponíveis duas versões, “Pesca” e “Comfort”, ambas com excelentes características de design ergonômico e extrema versatilidade e privilegiando em equipamento numa delas, mais o conforto para os passeios e as férias familiares, Com um casco marinheiro venceu o mar agreste O vento SW provocava uma mareta semelhante aquela que temos na nossa costa quando está a nortada., castigando bastanto os barcos. A gama Merry Fisher tem um casco alto à proa, um V evolutivo e os planos de estabilidade laterais bastante salientes atrás, facilitando o apoio do casco na água atrás e a saída da água nos arranques, com planagens rápidas. Por isso, O Merry Fisher 855 Marlin com os dois Yamaha F200, no teste de arranque, em 5,5 segundos o barco já planava a fazer 11,5 nós e chegou aos 15 nós em 6,3 segundos. Com o tipo de casco que tem, no mínimo de velocidade a planar o
Náutica
Espaço bem aproveitado à frente da cabina com um amplo banco barco manteve-se às 3.000 rpm a fazer 11,4 nós No teste de aceleração até às 5.000 rpm atingimos em 8 segundos a velocidade de 27 nós, mas o mar não deixou que embalasse-mos mais com a ajuda do “trim”. Nestas coisas de testes, quem manda é o mar. Em velocidade de cruzeiro às 4.000 rpm manteve os 23,4 nós. A única medição que não consegimos fazer foi a velocidade máxima. A qual, nesse dia, ninguém conseguiu. Porém, os engenheiros da Yamaha, uns dias antes, com o mar calmo, fizeram esse teste, bem como os testes de consumo. Assim, a velocidade máxima do Merry Fisher 855 Marlin com os dois Yamaha F200 foi de 38,3 nós às 6.000 rpm. A grande vantagem deste barco em relação a outros que estavam a ser testados também, é que dentro da cabina ninguém se molhou, mesmo quando as ondas passavam por cima. E com um toque no
limpa pára-brisas o vidro ficava logo limpo. O Piloto vai comodamente sentado com excelente visibilidade a toda a volta. Como os motores montados eram os F200G com engrenagem e acelerador controlados
electronicamente através do “drive-by-wire”, o piloto beneficia de um amplo display onde tem toda a informação que precisa para navegar. Resta salientar que com as condições de mar que estavam, o Merry Fisher 855 Marlin mos-
trou um desempenho confortável e bastante seguro. Quanto ao consumo, medidos pelos engenheiros da Yamaha, no mínimo às 1.000 rpm os dois motores gastaram 1,3 litros à velocidade de 4,4 nós. Quando acelerados ao máximo,
O Poço com mesa ao meio para os piqueniques 2013 Julho 319
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Náutica
No poço existe um banco encostado à cabina e outro à popa consumiram 3,9 litros e em velocidade de cruzeiro gastaram 2,4 litros. No cálculo de autonomia, o
Merry Fisher 855 Marlin com o depósito de 400 litros, às 4.500 rpm e à velocidade de 27,5 nós, pode navegar 440 milhas.
Características Técnicas Comprimento
8,25 m
Boca
2,97 m
Calado
0,59 m
Peso sem motores
2.650 Kg
Deósito combustível
400 L
Depósito água doce
100 L
Motor
2XYamaha F200G
Preço barco/motores com IVA
a partir de 110.000e
Performances
O Poço é muito amplo e pode ser desimpedido para a pesca
Banco duplo á frente da cabina 36
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Tempo de planar
5,5 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
27 nós em 8 seg.
Velocidade máxima
38,3 nós às 6.000 rpm
Velocidade de cruzeiro
23,4 nós às 4.000 rpm
Mínimo a planar
11,4 nós às 3.000 rpm
3.500 rpm
17,9 nós
4.000 rpm
23,4 nós
4.5000 rpm
27,5 nós
5.000 rpm
31,1 nós
5.500 rpm
34,8 nós
6.000 rpm
38,3 nós
Importador Exclusivo e Distribuidor: Nautiser/Centro Náutico, S.A. Estrada Nacional 252 – 2950-402 Palmela tel.: 21 23 36 820 Fax: 21 23 33 031 Email: geral@nautiser.com - www.nautisercentronautico.pt Yamaha Motor Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 – 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt
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Notícias do Mar
Texto e Fotografia de Arquivo Carlos Salgado
Conhecer e Viajar Pelo Tejo
O Futuro do País Passa pelo Turismo Náutico e Cultural
O meu entrevistado é o mestre de carpintaria naval, Jaime Manuel Carromeu Costa, filho do mestre Jaime Ferreira Costa oriundo de Pardilhó ( da região de Aveiro ) que partiu de lá com a sua caixa de ferramentas às costas em meados dos anos 40 do século passado, para vir montar o seu próprio estaleiro, Jaime Costa & Irmão, no estuário do Tejo, em Sarilhos Pequenos, concelho da Moita do Ribatejo.
O
meu amigo Jaime Costa ( filho ), que seguiu as pisadas do pai, é hoje o patrão e o principal mestre de carpintaria naval deste 38
2013 Julho 319
estaleiro. Conheço o Jaime há mais de vinte anos, desde quando comecei a levar lá os meus barcos de vela, o São José, uma canoa do Tejo, e o catamaran Tejo sec. XXI, para manu-
tenção ou reparação. Ficámos amigos, e eu acompanhei a sua árdua luta pela sobrevivência do estaleiro. Conheço o seu profissionalismo e espírito empreendedor e por isso era im-
pensável não o entrevistar para esta minha crónica. C.S. - Caro Jaime, tenho acompanhado a evolução do teu estaleiro e sei que actualmente és o único construtor
Notícias do Mar
de barcos tradicionais do Tejo, pelo que estou interessado em saber qual o porquê e o como de se ter chegado a esta situação. J.C. – Este estaleiro que começou por dedicar-se à construção de barcos de trabalho em madeira, passou posteriormente a construir embarcações em ferro, e chegou a ter trinta trabalhadores, entre ferreiros, soldadores e carpinteiros mas devido, por um lado à tone-
lagem dos navios estar a aumentar e por outro lado devido à falta de profundidade da cala de acesso, o estaleiro voltou a dedicar-se à construção naval tradicional, em madeira. Para quem se dedica à construção naval em madeira, foi com muita tristeza que viu as embarcações de trabalho do Tejo, a começarem a morrer nas praias em resultado do aparecimento das novas pontes, e do incremento dos trans-
portes rodoviários. Dificilmente pode imaginar-se o desgosto e o desespero de quem gosta destas embarcações e que a vida dependia delas, ao vê-las saqueadas, queimadas e sem que ninguém, de direito, se preocupasse pelo que estava a acontecer. Vi, com esperança, o renascimento de algumas destas embarcações para fins culturais, de lazer e de turismo: Varinos, Botes, Canoas e Catraios, que são uma memória
viva deste rio, quando ele era a estrada principal do país, contrariamente ao que se passa nos países da Europa, com tradição marinheira, que tenho visitado, nomeadamente a França, a Holanda e a Inglaterra, que mantêm a memória bem viva das suas embarcações tradicionais, que continuam a navegar e a fazer turismo e cultura, e a participar em festivais, exposições e cerimónias marítimas, em diversos portos. Foi quando per-
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Notícias do Mar
Decoração típica dos barcos do tejo cebi que era para este trabalho que eu estava vocacionado e passei a dedicar-me com afinco à minha arte e a conduzir o estaleiro nesse sentido, e fui sempre lutando para que ele não fechasse, não obstante ter atravessado, por vezes, grandes dificuldades por falta de trabalho. Grande parte da continuidade do trabalho da construção naval em madeira deve-se ao interesse dos municípios ribeirinhos, e a cidadãos franceses e ingleses que vinham aqui com os seus barcos, pela garantia de qualidade do nosso trabalho. Mas consegui segurá-lo, optando por continuar a trabalhar, com apenas quatro ou cinco pesso40
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as ao meu lado. Continuarei a fazer tudo do melhor para dar às embarcações aquilo que é devido e elas merecem, a sua dignidade, e pô-las a flutuar e a navegar com segurança. No entanto, como sou eu que faço a manutenção e/ou reparação de todos os barcos tradicionais das câmaras municipais estou, actualmente, confrontado com um problema provocado pela considerável diminuição da vinda dessas embarcações ao estaleiro, o que se deve à falta de dinheiro das edilidades. Barcos que vinham quase anualmente ao estaleiro, agora passam dois e mais anos sem cá aparecerem. Com estas restrições, vão
deixar de haver os carpinteiros de machado, os calafates, os pintores e os demais artífices, porque a nova geração não está a interessar-se por dar continuidade a esta arte, quando há tanto desemprego. Por isso, não posso de ser insensível a este problema, e porque sei que não resulta estar apenas a tentar formar, isolada e pontualmente, um ou outro artífice no estaleiro, entendo que é indispensável haver um projecto de formação profissional, bem estruturado, nesta área. C.S. – Então, o que achas que deve ser feito para inverter esta situação, e que contributo queres dar para isso?
J.C. - Tenho esperança em que estes tempos hão-de mudar para melhor, porque as entidades oficiais e o turismo vão acabar por compreender que o valor deste património vai, garantidamente, ser uma mais valia para a economia nacional, porque considero que o futuro do país passa pelo turismo náutico e cultural. Mas, para que o tal projecto de formação profissional resulte, é preciso que haja uma ligação estreita e permanente do estaleiro com as escolas profissionais, porque para garantir a sua sustentabilidade, é indispensável a participação da escola no trabalho prático do estaleiro. É neste
Notícias do Mar
projecto que estou empenhado, para o que ando a desenvolver diligências junto dos parceiros mais adequados, para criar sinergias que garantam a sustentabilidade do projecto. Eu estou neste momento a proceder ao licenciamento de uma embarcação que tem mais de 90 anos e para registála continuo a aguardar desde Junho do ano passado, há um ano, e ainda não consegui as respectivas licenças, o que é uma situação muito estranha, e no mínimo desencorajante. Como construtor e simultaneamente armador de embarcações tradicionais, acho que continua a fazer falta fomentar o turismo náutico e cultural, a sério, para o que estas embarcações darão um contributo valioso, como acontece nos países desenvolvidos. Se não fossem os clubes náuticos de Sarilhos Pequenos, da Moita e de Alhos Vedros, manterem as Canoas e os Catraios vivos, esta tradição
já tinha morrido. Vêm aqui, e eu no que posso apoiar, apoio, porque entendo que merecem ser apoiados, pois têm desenvolvido um trabalho meritório, em manter a tradição. Na minha opinião devia ser o próprio clube a fazer o licenciamento. Devo destacar também o papel importante da Marinha do Tejo na preservação dos barcos típicos do nosso rio. Ela tem trazido aos proprietários destas embarcações o respeito, disciplina e espírito de grupo que fazia falta. Para além dela não há nenhuma instituição oficial que apoie a nossa tradição histórica, o que faz muita falta. Relativamente ao que queres saber sobre o contributo que posso dar, digo-te que acalento um sonho com várias vertentes. Uma, é a de abrir as portas do estaleiro de par em par, e criar um museu vivo das embarcações tradicionais do Tejo, uma parte a céu aberto para ser visto o nosso trabalho e os barcos
a reparar e a aguardar reparação ou manutenção, e os que estão em construção. A outra vertente consiste em, dentro de um espaço que construí para o efeito, haver uma exposição renovável, de várias peças, ferramentas, aparelhos, maquetas e os planos geométricos das embarcações, tudo relacionado com a construção naval em madeira, e também com o historial do estaleiro. Este Ecomuseu Naval, é aberto às escolas, às universidades, aos municípios, ao turismo e aos cidadãos em geral. Também terá uma secção de formação de carpinteiros navais, calafates, pintores e outros artífices, em ligação estreita com as escolas profissionais. Complementarmente, este Ecomuseu Naval do Tejo, disporá de duas ou três embarcações tradicionais para passeios lúdicos e culturais, que servem também para incentivar as entidades oficiais a interessaremse e apoiarem este património
histórico e cultural e também, para os operadores turísticos passarem a apostar mais nesta modalidade de turismo, que tem futuro. Também não me sai da cabeça, vir a construir uma réplica fiel do célebre Bote Leão, de Alcochete. Mas torna-se indispensável haver um cais em Lisboa, para os barcos tradicionais e turísticos, entre o Cais do Sodré e a Doca da Marinha, sendo esta última, excelente para o efeito. Eu aproveito para deixar aqui a seguinte nota: Este projecto inovador do meu amigo Jaime Costa enquadrase perfeitamente no objecto do CNTT – Círculo NáuticoTurístico do Tejo, ao qual fiz referência no número de Junho deste jornal, bem assim como para o projecto “ Viver o Tejo ” ( Tejo Vivo e Vivido ) ao qual já tenho feito referência no Notícias do Mar.
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Texto e Fotografia Rui Santos/Mundo da Pesca
Pesca Embarcada
Pargos à Chumbadinha
As Dúvidas da pesca da Moda
Isto não vale como começa mas sim como acaba A febre dos pargos está para durar. Se antigamente apenas se procurava este peixe num período específico, atualmente deixou de ser assim. Não só se procura o peixe todo o ano como se procura desenvolver e aprimorar a técnica que mais estrago tem feito na captura de grandes “bezerros” rosas. A chumbadinha é cada vez mais a técnica da moda mas ainda levanta muitas dúvidas a quem nela se inicia.
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o alto da sua experiência diária na pesca a este peixe, Rui Santos, explica alguns destes tabus para que se inicie sem problemas. São muitas as pessoas que embarcam a bordo de uma MT à procura de pargos. No entanto, chegados ao pesqueiro, começamos a ver anzóis pequenos, camarão para iscar e as eternas montagens clássicas para pesca fundeada. Surge a 42
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questão: como é que estas pessoas querem apanhar pargos? Pescar pargos é, não só na minha opinião, mas uma coisa mais do que garantida, uma questão de atitude. Desde o material que escolhe, o tamanho das iscadas até à postura do pescador durante uma jornada INTEIRA. Não basta fazer duas ou três iscadas de sardinha e se não tivermos peixe trocamos de sistema de pesca pois “não há pargos”. Ser paciente é uma virtude, na pesca
em geral é muito importante e na pesca dos pargos ainda mais. Se calhar o leitor deve partir para a leitura deste artigo com a mesma máxima que deve levar na cabeça sempre que vai numa saída aos pargos e que é: “isto não é como começa mas sim como acaba”. É o mesmo que dizer que os pargos só podem aparecer numa certa fase da jornada e que uma boa pesca se pode fazer em menos de nada. Por isso não desista, e lembre-se que esta técnica não
captura só pargos como outras espécies dignas de entrarem numa geleira…grande! Chumbada, anzol e linha Quanto à chumbada não há nada a dizer, chumbada redonda furada ao centro; importante é ter vários pesos disponíveis que permitirão adaptarmo-nos à pesca, aumentando o peso da mesma caso a aguagem aumente de intensidade ou não consigamos perceber bem se a
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mesma tocou o fundo. O ideal será trazer a bordo pesos que vão dos 50 aos 100 gramas, nada mais que isso. Quanto aos anzóis, devem ser robustos, ter uma abertura considerável e preferencialmente serem de olhal de maneira a facilitar a linha com que o empataremos, na minha opinião nada abaixo do 0,45mm, sendo a média recomendável um bom 0,55mm! Para quem pesca direto com linhas mais finas a partir do carreto o desafio é certamente maior mas os riscos também serão, sobretudo para os menos experientes. Pessoalmente não facilito e sempre que ferro um peixe que bateu muito no fundo ou roçou pedras, troco sempre a ponta e substituo-a por outra. É lógico que um 0,30 ou 0,35mm tiram bem um pargo com 3 ou 4kg, mas também é verdade que se esse peixe parte pode estragar o pesqueiro de todos os que estão a bordo. Iscos, quantidade, alternativas Os pargos pegam em tudo, mas se quiser partir para uma jornada de pesca à chumbadinha, técnica em que se usa apenas um anzol (em casos específicos dois), deve levar bastante sardinha. Então o que é que se deve entender como “bastante”? Para isso basta ver que, para procurar apenas pargos grandes, acima de 3kg,
Um pargo que escape pode estragar o pesqueiro mais coisa menos coisa, o ideal é iscar com uma sardinha inteira, espinha incluída; só aqui já foi uma sardinha! Dependendo da sardinha, podemos adiantar que 3kg de sardinha correspondem a mais ou menos 30 e picas sardinhas, ou seja 30 e picas iscadas. Para quanto é que isto dá? Depende. Se houver peixe como abróteas, galos, e os demais que também atacam a sardinha, para além dos pargos poderem estar a comer pior – mais mamões -, convém levar mais sardinha para prevenir faltas. O contrário também
vale pois se o peixe estiver a comer muito bem também se gasta mais mas aí há sempre a alternativa de alternar com algumas cavalas grandes que
entretanto também se ferraram e que costumam funcionar bem. O ideal é precaver 5kg de sardinha por pescador, não vá o diabo tecê-las.
Quem anda por perto dos pargos também vem 2013 Julho 319
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Iscadas Mas será que só assim se apanha pargos grandes? Não, também se pode apanhar com uma iscada pequena de camarão num anzol nº4 ou nº2, mas isso é obra do acaso.
Fazer iscadas grandes de sardinha tem duas finalidades: a primeira de por si só ser mais apetecível para o peixe grande e desmotivar aquela “murraça” mais pequena; segundo porque ter um grupo de pescadores
Um ou Dois Anzóis? Há ocasiões me que se utilizam dois anzóis. São ocasiões em que tentamos os grandes exemplares e para isso se abusa um pouco do tamanho de um filete de cavala ou se usa uma sardinha XXL. A finalidade é só uma: aumentar as hipóteses de ferragem.
Chumbadinhas dos 50 aos 100 gramas
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num barco, a pescarem todos desta forma, só por si fazem uma engodagem brutal e mais do que suficiente. É muita sardinha dentro de água e isso atrairá inevitavelmente os pargos. Por isso digo para que se leve muita sardinha para uma jornada, para se insistir e ir fazendo uma cabeça de engodo que vá chamando os pargos à distância. Com as condições certas eles acabam por entrar… Pessoalmente opto por dois tipos de iscada, uma com sardinha inteira e outro com filete de cavala fresca. Na iscada de sardinha inteira apenas corto a barbatana caudal e a cabeça, junto ao opérculo. A fase seguinte é um método que faço pessoalmente e que me tem dado excelentes resultados e no qual começo por enrolar a sardinha com bastante fio elástico, sobretudo na zona da cauda. E isto porquê? Para não enfraquecer essa zona que tem menos “chicha” e que corre mais riscos de rasgar. Depois é passar três vezes o anzol, que acabará por sair – geralmente – de lado, junto à barriga. Na alternativa “filetes de cavala fresca”, não coso pois a pele é mais rija e a iscada
aguenta perfeitamente sem se rasgar. A chumbada chegou ao fundo? Esta é, sem sombra de dúvida, aquela questão que mais confusão cria na cabeça dos pescadores que se aventuram na pesca da chumbadinha. É algo que não é fácil de explicar e que só se vai ganhando com muita experiência, havendo no entanto algumas coisas que se podem prevenir para melhor ter a noção do que se está a fazer. Logicamente que quem tem mais experiência pode pescar com uma chum-
Levar sardinha com fartura
O empate da chumbadinha deve ser o,55 mm 2013 Julho 319
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Um método de iscar para não enfraquecer a sardinha bada de 50 gramas em mais de 100 metros de fundo que sabe-
rá o que está a fazer e quando é que a pesca chegou ao fundo.
Para quem se inicia nestas lides o que recomendo é pescar com
uma chumbadinha furada de 70 a 90 gramas pois o seu maior
Se o carreto estiver com linha fina, reforçar sempre a ponta 46
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peso permite perceber melhor quando é que a pesca tocou o fundo do oceano. Uma das recomendações que dou é que não sacuda a cana para forçar a linha a sair e coloque a cana na horizontal; deixe que saia naturalmente e quando a chumbada bater no fundo a mesma para de sair. Logo que suspeitemos que a chumbada chegou ao fundo podemos confirmar, levantando a cana quase na vertical e acompanhando a linha de modo a perceber se a chumbada sobe e volta a tocar no fundo novamente. Se sim basta fechar a asa de cesto e começar a pescar. Da praxe... A propósito do que expliquei e de acordo com aquilo que me é dado a entender, esta pesca SÓ FUNCIONA se houver corrente, aguagem. Esta pesca faz-se lançando no sentido dessa aguagem, o mais longe que pudermos e o que acontece é que na que-
da da chumbadinha e iscada, como o volume da iscada é superior ao da chumbada, esta vai cair sempre primeiro que o isco e, logicamente, quando a pesca
Perceber os Toques... Os pargos têm várias formas de comer. Há dias em que dão apenas uma mordiscada na iscada, outras vezes em que a colocam na boca e vão mastigando, engolindo progressivamente e finalmente, alturas em que engolem tudo de uma só vez e quase nos arrancam a cana da mão. Caso não sejam aqueles toques nervosos de peixe miúdo, aos outros toques devemos dar tempo, esperar que o peixe carregue, altura em que abrimos a asa do cesto e ele começa a levar um par de metros de linha – o tempo suficiente para que coma bem. Depois é fechar a asa do cesto e espetar-lhe um 5/0 ou 6/0 nos queixos.
Esta pesca só funciona se houver aguagem
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Já se pesca pargos todo o ano Filete de Cavala Os filetes de cavala fresca, acabada de apanhar são também excelentes para os pargos. A forma de iscar é fácil e começa por cortar-se um filete de um dos lados de uma cavala, passar o anzol a coser duas ou três vezes – de acordo com o comprimento do filete. Depois é só dobrar o filete como se vê na imagem e coser bem com linha elástica. Há quem deixe a pele para fora mas os melhores resultados nos pargos são quando se coloca a pela para fora.
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A febre dos pargos está para durar chega ao fundo, é a chumbada que toca primeiro no fundo e só depois a iscada. Esta vai ficar afastada da chumbada pois ainda vai ser arrastada uns metros pela aguagem, dependendo da intensidade da mesma. Chamo a atenção para as situações em que não há aguagem: a isca tem tendência a ficar para trás durante a descida e a tendência é vir à linha do carreto, enleando tudo bem acima da chumbada. Quando há corrente nunca há enleios… Depois de chegada a pesca ao fundo sentimos ao fim de um bocado a pesca a esticar, parece que a pedir que se dê linha. Isso é a aguagem a puxar a linha e a isca e não um sinal de que a chumbada está acima do fundo ou que esteja a bater no anzol. Podemos eventualmente dar dois ou três metros de linha mas não convém repetir a operação em demasia pois quanto mais fora do barco estivermos a pescar menos contacto temos com a pesca. A partir daí é só ir sentido o fundo, tentando perceber os peixes a comer e evitar esticar a pesca de maneira a que a isca não encoste à chumbada. Regra geral, e tal como expliquei, atendendo à sua volumetria, é a iscada que é arrastada pela aguagem e chega a estar alguns bons metros afastada da
chumbada, sendo esta apenas um veículo para levar o isco até ao fundo…isto quando chega ao fundo pois há dias em que os pargos nem isso deixam! Montagens: vantagens e desvantagens Há duas opções, ambas válidas, para pescar à chumbadinha: a pesca com monofilamento no carreto e a com multifilamento. Pessoalmente inclino-me mais pela pesca com multifilamento no carreto pois consigo ter uma maior sensibilidade e consigo reduzir o “arraste” da pesca por ação da aguagem. O multifilar é mais fino nas resistências que preciso para pescar pargos deste calibre e por isso basta apenas colocar uma boa ponta ou chicote em monofilamento ou fluorocarbono. E “boa” significa ter pelo menos 10 metros de comprimento. Não esqueça que vai fazer um nó que pode não passar pelo furo da chumbadinha, situação que até se resolvia com uma broca mas desnecessário fazer. Servindo esse nó de batente, saberemos que, mesmo que não passe o furo, teremos sempre esses tais 10 metros entre a chumbada e a iscada. Pescando direto, com monofilamento, resolvemos o problema mas temos mais deriva, mais água a pegar na linha.
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Surf For All 2013
Foi Um Êxito o Maior Evento de Surf Adaptado do Mundo
Corpo de 12 monitores em ação
Foi com um enorme sucesso que decorreu, nos passados dias 21 e 22 de Junho, a terceira edição do SURF FOR ALL 2013, que proporcionou a experiência do deslize nas ondas a um número recorde de 103 pessoas portadoras de deficiência motora, visual e cognitiva, tornando-se no maior evento do mundo de surf adaptado a multideficiência!
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urante dois dias a Praia do Castelo, na Costa de Caparica, recebeu participantes oriundos de 11 instituições e associações ligadas às deficiências, assim como a Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, que trouxe alguns dos nossos melhores paraolímpicos, nomeadamente Jorge Pina e Gabriel Potra, do Atletismo e David Gachat, da natação. As inscrições esgotaram em
menos de 48h, para 80 participantes oriundos das mais variadas entidades, assim como a título individual, mas acabaram por participar muitas mais e estiveram neste terceiro evento 103 pessoas. A dar apoio, estiveram também presentes a Associação Portuguesa de Surf Adaptado – SURFAdicct, a Surf Art, com as suas crianças oriundas de bairros desfavorecidos e a S.O.S. – Salvem o Surf. “É com muito gosto que nos
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associamos a um evento tão meritório como é o caso deste. Pessoalmente, tendo trabalhado parte da vida na ONG internacional Médicos do Mundo, vejo com muito agrado a criação de eventos abrangentes e “para todos”, disse João Aranha, Presidente da Federação Portuguesa de Surf. Aos 32 monitores juntaramse ainda dentro de água Vasco Ribeiro, bi-campeão nacional de surf em título e os tops nacionais Francisco Alves e Carina Duarte. Em terra estiveram 72 voluntários, para além da actriz Cláudia Vieira (embaixadora SURF FOR ALL) e de Tiago “Saca” Pires, o
melhor surfista português de todos os tempos. Ambos fizeram questão de mostrar o seu apoio a esta causa. Segundo os organizadores, Tiago Rodrigues, da Duckdive Surf School e Luís Nunes, da YA! – Youth Culture Agency, “o evento ultrapassou largamente as expectativas, não só pelo número de participantes, que apesar de as inscrições terem encerrado não quisemos deixar de receber, assim como pelo número de voluntários e pelo interesse manifestado pelos media. Trata-se de uma fórmula de sucesso, que pretendemos reproduzir mais ve-
Grupo da tarde 2º dia
Surf
Elsa da APCL zes ao longo do ano, para que os nossos participantes não tenham de esperar pela edição de 2014,” O SURF FOR ALL é uma organização conjunta da DUCK
DIVE Surfschool e da YA! – Youth Culture Agency, que conta com o inestimável patrocínio da Quiksilver/Roxy Initiative, do Banco BPI e da ZON
Como parceiros de media conta com a Go.S-TV, TSF, Beachcam, SURF Portugal e ONFIRE, contando com a Puro Feeling na assessoria de imprensa.
O apoio institucional vem também da Câmara Municipal de Almada, Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, Federação Portuguesa de Surf, Associação Nacional de Surfistas e da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, assim como do Praia do Castelo Restaurante Bar, da Casinha do Pão, Glaciar, Lindley, Mobilitec, Pinkeye e Sportslab. A DUCKDIVE surgiu em Fevereiro de 2009, na Costa de Caparica, com o principal objetivo de deixar uma pegada na história do Surf em PORTUGAL. Foi a primeira escola de surf a vigorar na página de internet www.visitportugal.com (2010), portal oficial do Turismo de Portugal, e a primeira a ser reconhecida como Turismo de Natureza pelo ICNB – Instituto Conservação da natureza e da Biodiversidade (2011), num universo de 178 escolas federadas em Portugal. Até à data passaram pela escola mais de 2500 pessoas, entre as aulas comuns, atividades de tempos livres (ATL), universidades e grupos de Erasmus. A YA! – Youth Culture Agency é
Claudia Vieira
Jorge Pina Surfing 2013 Julho 319
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uma empresa de Marketing e Ativação que presta serviços de integração de marcas com a Youth Culture através do desporto, mú-
sica, moda e arte, comunicando com este exigente universo de forma autêntica, credível e genuína. Desde 2011 que cria con-
ceitos, desenvolve soluções, implementa projetos e ativa marcas para clientes, de onde se destacam a EDP, TMN, MEO, MOCHE,
MINI, Media Capital, Quiksilver Foundation, Surf Portugal, Associação Nacional de Surfistas e Associação Salvador
Tiago Saca Pires, Vasco Ribeiro e Francisco Alves
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana. Administração, Redação: Tel: 21 445 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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Fotografia Pedro Mestre/Liga MOCHE
Montepio Peniche Pro by Rip Curl
Frederico Morais e Teresa Bonvalot Venceram 4ª Etapa da Liga MOCHE
Frederico Morais
Frederico “Kikas” Morais e Teresa Bonvalot foram os vencedores indiscutíveis do Montepio Peniche Pro by Rip Curl, a quarta etapa da Liga MOCHE 2013, que terminou, no passado dia 30, no Pico da Mota, em Peniche.
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O Ambiente na prova 60
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om ondas excelentes de um metro e mais um dia fabuloso de Verão, os vencedores repetiram os resultados alcançados na segunda etapa da Liga. O surfista do Guincho, que na etapa anterior foi estranhamente eliminado no segundo round, dominou novamente a prova masculina, derrotando o algarvio Joackim Guichard nas meiasfinais, com um score elevado de 16.50 pontos, apenas para mostrar na final o que faz dele um forte candidato às vitórias em qualquer campeonato que dispute, somando 18.55 pontos em 20 possíveis (fruto de uma onda de 8.55 e outra de 10 pontos – o máximo possível!) e batendo o júnior Miguel Blanco, o outro grande destaque desta etapa.
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“Eu sabia que precisava de fazer qualquer coisa de muito arriscado para marcar a diferença e captar a atenção dos juízes, pois o Miguel estava muito forte,” comentou humildemente o vencedor. “Fiquei muito feliz com o 10 que os juízes me atribuíram na onda que fez a diferença, mas não queria deixar de dar os parabéns ao Miguel, que mostrou muito bom surf ao longo de toda a prova, bem como a todos os outros competidores. Esta etapa foi fantástica, com alto ambiente e muito boas ondas... agora espero que na última etapa tudo volte a correr pelo melhor e que consiga conquistar o título nacional,” acrescentou Morais, que ainda se deu ao luxo de descartar duas ondas excelentes (8.50 e 7.50) do seu somatório final. Miguel Blanco, de 17 anos, conquistou um honroso segundo lugar, batendo o campeão nacional Pro Junior, Francisco Alves, numa meia-final muito disputada, que terminou com os dois surfistas empatados.
No desempate, Blanco levou a melhor e, depois de duas meias-finais consecutivas nas etapas anteriores, conseguiu fazer a primeira final Open da sua carreira, deixando o vencedor da primeira etapa deste ano no terceiro lugar, ex-aequo com Joackim Guichard. Com estes resultados, Frederico Morais é cada vez mais líder do ranking nacional e o principal candidato ao título deste ano, agora com Miguel Blanco em segundo lugar Tomás Fernandes em terceiro, Francisco Alves em quarto e Vasco Ribeiro e João Guedes empatados no quinto posto. Morais, Blanco e Alves são agora os três únicos surfistas matematicamente capazes de conquistar o título nacional deste ano, mas basta a Frederico um 13º lugar na derradeira etapa para tirar quaisquer hipóteses aos outros dois atletas. No Feminino, a Final mais bem Disputada de Sempre E se no masculino a prova foi
disputada, no feminino assistimos aquela que foi provavelmente a final mais disputada de sempre. Carina Duarte (vencedora da etapa anterior), Ana Sarmento (campeã nacional Pro Junior), Maria Abecasis (bi-campeã nacional em título) e Teresa Bonvalot protagonizaram uma final extremamente renhida, trocando constantemente de posições na bateria, fruto de muitas ondas apanhadas e bem surfadas, obrigando os juízes e o público a uma atenção permanente. Mas acabou por ser a jovem Teresa Bonvalot, de apenas 13 anos, a roubar a maior parte das atenções, ao mostrar um nível de surf muito adulto, sobretudo na onda que fez a diferença e que lhe valeu 8.5 pontos, praticamente acabando logo ali com qualquer hipótese de reacção das adversárias. Carina foi segunda classificada, Maria terceira e Ana Sarmento, que chegou a liderar a bateria, terminou no quarto lugar. “Quando ouvi que a Carina tinha feito uma onda de 7
Teresa Bonvalot 2013 Julho 319
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Miguel Blanco, o finalista vencido pontos e passado para a frente, sabia que também tinha de apanhar uma muito boa e surfar o meu melhor,” comentou Teresa. “Felizmente aquela onda apareceu e eu consegui encaixar três boas manobras, com confiança, o que fez a diferença. Estou muito feliz por ter vencido novamente uma prova este ano,” concluiu a surfista de Cascais, que assim voltou à liderança do ranking nacional feminino, agora com Carina Duarte na segunda posição, Maria Abecasis na terceira, Keshia Eyre (que não foi à final pela primeira vez este ano) na quarta e Francisca Santos na quinta. Com mais uma etapa para disputar do que os homens
(em Ílhavo, no mês de Agosto), tudo pode ainda acontecer. Na entrega de prémios, para além dos troféus aos finalistas, foi ainda entregue o prémio da Malibu Expression Session, uma competição especial da Liga MOCHE, onde os atletas são premiados pelas suas melhores manobras, ao invés de utilizar o formato tradicional. Pedro Boonman venceu ontem essa bateria, graças a um fantástico Aéreo Reverse Invertido, que lhe valeu o cheque de 500€. “Esta foi uma prova excelente. Fomos recebidos em Peniche com muito bons ondas, um tempo fantástico e um óptimo ambiente ao longo
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dos três dias de prova,” comentou Francisco Rodrigues. “Os surfistas responderam à altura e assistimos a um alto nível de surf do princípio ao fim. Foi também importante mostrar que há mais Peniche para além dos Supertubos, sendo que o Pico da Mota presenteou-nos com as melhores ondas da Liga até ao momento. Obrigado a todos os que a tornaram possível e parabéns aos dois vencedores,” concluiu o presidente da Associação Nacional de Surfistas. Esta foi a segunda prova da Liga MOCHE a contar para a MINI Triple Crown, um troféu especial dentro da Liga, que atribui o usufruto de um auto-
móvel MINI aos melhores atletas masculino e feminino no cômputo geral de três das suas etapas, nomeadamente as provas do Porto, Peniche e Cascais. Frederico Morais e Teresa Bonvalot, que já tinham vencido no Porto, lideram agora ainda mais essa competição, graças a novas vitórias em Peniche. Apenas para os atletas masculinos, está também em jogo um lugar no Top 10 do MOCHE Wild Cards, uma competição especial que, em cada etapa, contabiliza a melhor onda dos últimos 16 atletas em prova e define dez vagas para o campeonato de triagens que atribui um wildcard no MOCHE Pro Portugal presented by Rip Curl, a única etapa do principal circuito mundial de surf que se realiza em Portugal, em Outubro deste ano, precisamente entre Peniche e Cascais. Frederico Morais também lidera agora este ranking, com Vasco Ribeiro, Tomás Fernandes, José Ferreira, Miguel Blanco, Francisco Alves, João Guedes, Filipe Jervis, Ruben Gonzalez e Edgar Nozes actualmente nos lugares seguintes. O Montepio Peniche Pro by Rip Curl contou com um prizemoney de 10.500€, um valor que ultrapassa o dobro do montante oferecido no ano passado, num total de 55.000€ para as cinco etapas da Liga MOCHE. A Liga Moche vai agora fazer uma pausa de quase três meses para compromissos internacionais dos nossos melhores surfistas, regressando no final de Setembro com a última etapa, a realizar em Cascais.
Pódio Masculino
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Prémio MOCHE Surfista do Mês de Junho
João Moreira Vence Prémio O surfista Júnior, João Moreira, representante da Selecção Nacional esteve em destaque no mês de Junho e a Associação Nacional de Surfistas e o MOCHE decidiram atribuir-lhe o “Prémio MOCHE Surfista do Mês”, pela sua participação no ISA World Junior Surfing Championship, em representação da Selecção Nacional de Portugal e que decorreu em Junho na Nicarágua.
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o meio de um total de 30 selecções e mais de 300 competidores, João Moreira foi um elemento importante na obtenção da 10ª posição para a selecção Portuguesa com o seu resultado individual através do 29ª lugar na categoria Sub-16. Contudo, como é habitual nas competições por selecções, mais do que o contributo no plano desportivo, é fundamental o fomento do espírito colectivo e de união em torno do objectivo da equipa. Todos os surfistas que integraram a equipa na Nicarágua efectuaram uma votação privada para eleger o “Surfista da Selecção” e João Moreira venceu de forma destacada. Sobre a sua distinção do prémio e logo à chegada no Aeroporto de Lisboa, João Moreira recebeu o prémio rodeado pelos seus companheiros de selecção e referiu que “foi uma agradável surpresa! Estou muito contente por ter recebido este prémio e com certeza ficaria bem entregue a um dos meus colegas de selecção, pois estão todos de parabéns. Obrigado também à ANS”. A Associação Nacional de Surfistas deu os parabéns não só ao João Moreira, como a todos os outros surfistas e corpo técnico da Selecção Nacional pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, e pelo seu empenho e dedicação em elevar a bandeira portuguesa e os valores nacionais pelo mundo fora. O prémio “MOCHE Surfista do Mês visa distinguir os surfistas ou personalidades portuguesas que trabalhem em prol do Surf com influência e contribuição positiva no desenvolvimento da modalidade a nível nacional e internacional, incluindo os domí-
nios desportivos, ambientais ou sociais, e projectos industriais ou associativos directa e exclusivamente ligados ao Surf
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Notícias do Mar
Últimas Campeonato da Europa de Optimist
Com Falta de Vento, Portugueses a Meio da Tabela
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selecção nacional de Optimist marcou presença no Campeonato da Europa, que decorreu no lago Balaton, na Hungria, o qual ficou marcado por uma desesperante falta de vento. A nossa equipa habituada a competir em condições duras de mar e vento foi por isso muito prejudicada. Mesmo assim, a prestação portuguesa foi regular, tendo João Bolina sido o mais bem classificado no sector masculino, terminando no 35º lugar, após 9 regatas. Martim Sancho acabou no 52º posto. Afonso Rodrigues foi 54º e Sebastião Rebolo finalizou na
131ª posição. No feminino, Ana Catarino foi a melhor lusa no 47º posto, depois de disputadas 10 regatas. Francisca Pinho foi 52ª classificada e Mafalda Paquete 95ª. Ryan Yee Kang Teo, de Singapura, venceu em masculinos, mas foi o polaco Tytus Butowski quem ficou com o título. Rok Verderberer, da Eslovénia, foi 3º da geral e 2º entre os europeus. A eslovena Mara Turin sagrou-se campeã da Europa, seguida da espanhola Aina Colom e da holandesa Eefje Nissen.
Les Sables - Horta - Les Sables 2013
Surfamily
O
Surfamily 2013, primeiro evento de surf inteiramente dedicado às famílias, realizou-se no passado dia 22 de Junho, na praia do Lorosae (Sol
Sébastien Rogues/Armel Tripon Vencem a Primeira Etapa
A
dupla francesa Sébastien Rogues/Armel Tripon, com o veleiro “GDF Suez”, terminou como vencedor, no dia 10 de julho, a primeira etapa da quarta edição da regata Les Sables/Horta/Les Sables para iates da Classe ’40, veleiros com 12 metros de comprimento. O veleiro “GDF Suez” concluíu o percurso entre França e os Açores em 5 dias, 17 horas, 36 minutos e 28 segundos. Este tempo passa a constituir novo recorde na ligação à vela no sentido da cidade francesa sede da famosa «Vendée Globe» para a Horta, cuja marina se constitui no segundo porto de recreio da Europa e o quarto do mundo mais movimentado quanto a escalas de iates envolvidos em navegação de alto mar e em grandes travessias oceânicas. Curiosamente, Sébastien Rogues bateu na primeira metade da regata Les Sables / Horta deste ano o detentor da anterior melhor marca de sempre (datada de 2010) nesta ligação marítima de 1270 milhas náuticas, o alemão Jorg Riechers, que fazendo dupla com Sébastien Audigane, no veleiro “Mare”, necessitou de mais 1 hora, 37 minutos e 47 segundos que os vencedores para cruzar a linha de chegada, quedando-se na segunda posição.
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A completar o pódio nesta etapa da regata Les Sables / Horta / Les Sables situou-se a francesa Catherine Pourre, que tem como co-skipper Goulven Royer e tripula o iate “Earwen”. A sua prova foi concluída em 5 dias, 21 horas, 9 minutos e 12 segundos. A Les Sables / Horta / Les Sables é uma competição bienal para veleiros da Classe ’40 que se realiza em anos ímpares, desde 2007, sendo organizada pela municipalidade francesa de Sables d’Olonne, na sequência do estabelecimento anual de uma ‘convenção de compromissos’ com a Câmara Municipal da Horta, nos Açores. Esta prova – a par de outra competição realizada entre as mesmas cidades, mas em anos pares, na Classe Mini (veleiros de 6,5 metros) – tem vindo a cimentar a ligação entre as duas cidades, os seus portos e os clubes náuticos, envolvendo no arquipélago açoriano – além do Município da Horta – o Clube Naval da Horta, a Portos dos Açores SA e a Associação Regional de Vela dos Açores. A segunda etapa da regata Les Sables / Horta / Les Sables, já para regresso a França, largará da ilha do Faial, nos Açores, na tarde de 14 de julho, pelas 17:02 horas (do fuso do arquipélago insular português, menos uma hora que em Lisboa).
Nascente), com um enorme sucesso. As famílias que praticam surf puderam juntarse para um evento único e inovador, unindo as suas diferentes gerações num dia diferente, onde puderam praticar algumas actividades pouco habituais, bem como participar numa competição amigável... em família, claro! E ninguém melhor para abrilhantar a primeira edição deste evento do que a família do actual bi-campeão nacional de surf, Vasco Ribeiro, que juntamente com o seu pai, Nini, e o irmão mais novo, Tomás, não só participaram, como ainda venceram a competição, mostrando que a competitividade lhes corre de facto no sangue.
Fotografia: Alfarroba
Família Ribeiro Vence Evento Inovador