Notícias do Mar n.º 349

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Fotografia: Nuno Barros


Notícias do Mar

Quotas de Pesca

Texto Antero dos Santos

Podemos Comer o que Outros não Querem Pescar

Acabou por ser uma vitória, aquilo que a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, obteve do Conselho de Ministros das Pescas da UE, ao conseguir um aumento de 11 por cento de quota na totalidade do peixe que os portugueses em 2016 podem pescar.

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Aumentámos mais uma vez a quota do carapau 2

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om este pequeno aumento, Portugal que importa 2/3 do peixe que come, vai ter uma economia no próximo ano de menos 6.508 toneladas de peixe importado e vão tirar-nos menos do que o Conselho queria. Ao entrarmos para a CEE devíamos ter exigido ser um país exportador de peixe e não o contrário. Cada português come em média 57 Kg de peixe, mais do dobro da média europeia que é 26 kg. Aceitámos reduzir a frota de pesca para passarmos a ser importadores de peixe para comer, enquanto os outros passaram a pescar para nos vender. Agora ao fim de 30 anos apenas conseguimos aumentar quotas em especies de peixe que os outros países europeus não querem. Como é o caso do carapau, porque é um peixe de reduzido valor comercial e até os espanhóis já não o querem pescar. No ano


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passado, Portugal foi quem mais pescou carapaus. De um total de 174.084 t, capturámos 44.173 t e a Espanha 36.510 t. É essa a razão porque em 2016 vão deixar-nos pescar 50.839 t, ou sejam 15% mais. Outro peixe que nos dão a quota que quisermos é o verdinho, uma espécie do tipo pescadinha pequena, que se pesca muito nas águas do norte, para a qual os espanhóis tiveram 51.324 t de quota e Portugal apenas 8.828 t. Deste peixe, os pescadores portugueses pescaram 6.457 t nas nossas águas. Como este é um peixe pequeno que se come frito como “uma pescadinha-de-rabo-na-boca” e tem pouco valor comercial, os pescadores nacionais não se interessam pela sua pesca. Em vez do verdinho, Portugal precisa, muito mais, é de aumentar a quota da pescada. Então porque isso não acontece? Porque este negócio pertence aos franceses e espanhóis que de um total de 104.675 t em 2015, podiam capturar, respectivamente, 47.927 t e 34.313 t, enquanto para Portugal só foi permitido que pescássemos umas míseras 4.368 t, dez vezes menos que os franceses. E agora ainda queriam que ficássemos com a nossa quota reduzida em 60%. Valeu a Ministra puxar a redução para 25%, para ficarmos autorizados em 2016 a pescar 3.097 t. Quem vai agora ficar a ganhar e depois exportar a pescada para Portugal? O mais grave, no que respeita à pescada, é que a Portugal não é dada quota para pescar no Golfo da Biscaia. Porém, nas nossas águas, os franceses em 2015 podiam capturar 849 t e os espanhóis 8.842 t. Quanto ao biqueirão, um peixe que os espanhóis gostam muito e consomem bastante, mas que mais ninguém na Europa pesca, de um total de 34.656 t, para eles ficou a quota de 27.118 t. O resto do biqueirão que não querem, ou sejam 5.542 t, para fechar a quota de 2016, podem agora

O carapau também é um peixe predador da sardinha

ser pescadas pelos portugueses. O problema do biqueirão para os nossos pescadores é que só por acaso se dá com ele, quando se pesca à sardinha. No que respeita ao lagostim, um marisco com elevado valor comercial, praticamente proibiram-nos de o pescar. No ano passado, apenas nos deram quota para 190 t, para capturar

nas nossas águas, mas deram também aos espanhóis 64 t. Porém, não nos deram qualquer quota para pescarmos o lagostim no Golfo da Biscaia que está referido como “zona onde o estado da unidade populacional é desconhecido no que se refere tanto aos limites biológicos de segurança, como aos níveis máximos de captura a longo

prazo”. Para aí foi permitido também aos franceses capturarem 3.665 t e aos espanhóis 234 t. Mais a norte, nas águas da Irlanda e Inglaterra foi permitido capturar 21.649 t de lagostins pela Inglaterra, Irlanda, França e Espanha. Agora em 2016 vão-nos deixar capturar mais 26% de lagostins, o que representa mais a ridícula quantidade de

A pesca artesanal de cerco deveria ter quota livre da sardinha 2016 Janeiro 349

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A sardinha tem que chegar à lota muito fresca

50 t. Com o tamboril ainda se compreende menos a redução da quota que nos querem im-

por, porque nas nossas águas e no litoral do Golfo da Biscaia a indicação é que “a unidade populacional está a ser

explorada a um ritmo consistente com os níveis máximos de captura, a longo prazo”. Quanto às restantes

zonas onde se pesca o tamboril “o estado da unidade populacional é desconhecido no que se refere tanto aos limites biológicos de segurança, como aos níveis máximos de captura a longo prazo”. Em 2015 houve quota de tamboril para nove países e foi permitido a pesca da totalidade de 61.486 t. Desta quantidade a Portugal foi apenas permitida a pesca de 496 t. A França teve 29.908 t, Inglaterra 15.572 t, Espanha 5.293 t.

Barco de pesca com redes de emalhar de fundo 4

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Portugal pode pescar mais biqueirão

A Raia é uma espécie que entra muito na nossa ementa

Bélgica 3.665 t, Irlanda 3.071 t, Dinamarca 1.684 t, Alemanha 938 t e Holanda 862 t. Portugal teve direito à menor quota, porquê? O tamboril é uma espécie de enorme valor comercial, que entra em inúmeros pratos portugueses e existe nas nossas águas. No que respeita a este peixe, não devemos deixar que nos imponham quotas. Quanto ao bacalhau, tratase de um negócio que serve para todas as frotas europeias, menos para os portugueses, que são os que consomem mais este peixe e têm que o importar em grandes quantidades. São 17 os países da Comunidade com quota para pescar bacalhau. Em 2015 a totalidade autorizada foi de 167.678 t. Para Portugal apenas foram autorizadas 8.134 t. Porém, a Inglaterra teve direito a 28.541 t, a Dinamarca 27.109 t, Alemanha 22.754 t, Polónia 18.711 t, Espanha 18.024, Suécia 15.478 t e França 11.899 t. Nenhum destes países tem bacalhau nas suas águas. Está mais que demonstrado que não foi porque afectavam os stocks que aceitámos afundar os nossos barcos bacalhoeiros. Pelos vistos todos podem pescar bacalhau para nos vender. Nós é que não o podemos pescar mais para comer. As quotas de pesca deviam ser em função dos hábitos alimentares de cada país. Em benefício das grandes frotas de pesca, 2016 Janeiro 349

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Temos apenas uma pequena quota para o lagostim

o Conselho de Ministros das Pescas da UE insiste em perpetuar a sobrepesca Organizações não Governa-

mentais como a PongPESCA dizem que o Conselho de Ministros das Pescas da UE insiste em perpetuar a sobrepesca com o arrasto e as redes de emalhar de fundo. Todo o

Conselho de Ministros decorre à porta fechada sem se poder seguir o desenvolvimento dos trabalhos nem o desempenho dos Ministros e no final as decissões não se apresentam

com transparência. Em vez de serem completamente proibidas as artes de pesca como o arrasto de profundidade e as redes de emalhar de fundo, como os cientistas há muito pedem, ainda se permitem estas nocivas artes em zonas há muito tempo debilitadas. Portugal com 80% de pesca artesanal, já só tem uma dúzia de barcos de pesca longínqua e meia dúzia de pequenos arrastões. Em virtude disso, deve defender a todo o custo a sua plataforma continental e o governo português organizar e apoiar bem as artes de pesca que defendem o meio marinho, como o palangre e o cerco, interditando temporariamente zonas para o uso dos arrastos e das redes de emalhar de fundo. Sardinha para a pesca

Negócio do Bacalhau é para todos menos para Portugal

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O tamboril que pescamos com redes de emalhar de fundo não chega para o nosso consumo

artesanal de cerco Dizem os pescadores artesanais de cerco, aqueles que pescam a sardinha em menores quantidades e mais perto da costa, que deveriam ter quota livre nos meses de maior consumo da sardinha pela população. Neste período, os barcos da pesca de cerco procuram fazer viagens mais curtas e regressar a terra mais cedo, para descarregar a sardinha o mais fresco possível. Quanto mais fresca a sardinha está, maior é o seu valor na lota. Para as fábricas de conserva neste período a sardinha está muito cara e têm que trabalhar com outros peixes. A partir de Setembro já se come muito menos a sardinha assada, começa a desova e o peixe é quando está mais gordo. Continua a estar bom para as fábricas e com menor custo. As águas estão cada vez mais frias, principalmente ao norte. Por esse motivo cada ano que passa vai-se detectando maior quantidade de cardumes a sul até a costa de Marrocos, onde as águas estão menos frias. A sardinha deveria estar em permanente estudo pelos biólogos, para se conhecer as diferentes idades dos cardumes. A partir de Abril já se pode ir fazendo uma previsão do momento da desova. Com este estudo a pesca deveria parar e deixar a sardinha desovar. Depois poderse-ia pescar umas quantas

toneladas para abastecer as fábricas.

O verdinho pode-se fritar como pescadinhas-de-rabo-na-boca

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Quotas de Pesca

As Baixas Quotas são por Culpa das Capturas Históricas?

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Agora são os noruegueses que pescam o bacalhau para nós

m virtude das dúvidas que nos tem levantado as reduzidas quotas de pesca que todos os anos nos são impostas pela CE, apresentámos a Gonçalo Carvalho, Presidente da Sciaena – Associação de Ciências Marinhas e Cooperação e Coordenador da PONG-Pesca – Plataforma de ONG Portuguesas sobre a Pesca, que tem acompanhado há anos esta situação das pescas portuguesas, as seguintes perguntas: 1 - Porquê a França e a Espanha podem pescar a pescada em todo o Atlântico Nordeste e Portugal apenas nas suas águas e no litoral do Golfo da Biscaia, sotck VIIIc? 2 – Porquê na mesma zona Portugal só pode pescar 4.129 t de pescada e a Espanha 8.842 t? 3 - Porquê não é dado quota do lagostim a Portugal fora das suas águas? 4 - Porquê na pesca do tamboril a nossa quota foi apenas 8

de 496 t e os espanhóis, nas mesmas águas, foi de 2.490 t, mais 2.000 t do que Portugal? 5 - Porquê Portugal só tem direito a pescar apenas 8.134 t e os portugueses são os maiores consumidores de bacalhau? Gonçalo Carvalho deu-nos a seguinte resposta às nossas dúvidas: A resposta para quase todas as suas perguntas é idêntica. As chaves de repartição das quotas que cada estado membro tem direito em cada stock foram definidas há muitos anos, com base nas capturas históricas. Nos stocks ou sub-stock em que Portugal não tem quota era porque historicamente não pescava lá. A quota total de cada stock é definida em Conselho todos os anos, com base nos pareceres científicos e depois com as negociações a fixarem a quantidade total. Essa quantidade é dividida pelos vários estados mem-

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bros recorrendo a chaves de repartição definidas há muitos anos com base nas capturas históricas. Quase todos os estados membros são avessos à ideia de alterar estas chaves, pois isso colocaria em causa o princípio da estabilidade relativa (mais info aqui), abrindo uma possível caixa de pandora, na perspetiva dos estados membros. O bacalhau é um bom exemplo de algumas das situações estranhas que esta situação gera. Há países que têm direito a capturas históricas mas que neste momento já não têm frota para a capturar. Dos países que citou apenas Portugal e Espanha não têm bacalhau nas suas águas (França tem pouco). Alemanha, por exemplo, tem bacalhau do báltico mas tem também várias quotas em stocks do Atlântico Nordeste que não captura diretamente. Usa sim essas quotas para trocar com outros países

por quotas de outros stocks que lhe interessam, de outros produtos (produção agrícola, por exemplo) ou mesmo votos e pareceres favoráveis noutras discussões em Conselho. A maior parte das capturas de bacalhau de Portugal eram na Terra Nova e como tal as capturas históricas nos stocks que refere são muito baixas. Portugal também usa quotas de outras espécies para trocar por quotas de espécies que lhe interessam. Um exemplo disto é a quota de sarda, habitualmente trocada por bacalhau. Mais uma vez se confirma que não é por causa dos deficientes stocks de peixe que a CE nos corta ou nos quer cortar todos os anos, o peixe que devíamos pescar para comer. A culpa foi totalmente dos que negociaram a nossa entrada para a CEE e permitiram que abatessemos metade da nossa frota de pesca, 80% da qual artesanal e quase todos os bacalhoeiros que todos os anos iam para a Terra Nova, pescar para secar o nosso peixe “fiel amigo”. Ao entrarmos para a CEE, deitámos fora toda a nossa história de povo pescador. Durante séculos pescámos só para comer, nunca para vender a alguém. Claro que depois de afundarmos a nossa frota de pesca deixámos de ser pescadores. O nosso histórico negativo começou apenas a partir da nossa entrada para a CEE. Agora só nos resta que o nosso Governo faça barulho junto da CE e faça valer os nossos direitos históricos antigos como povo pescador. Devemos também fiscalizar as nossas águas como dever ser e não permitir que as frotas de pesca dos outros países pesquem ilegalmente com artes de pesca altamente nocivas aos fundos, quase permanentemente nas águas sob nossa jurisdição.


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Comunicado da PONGPesca

Fotografia: Nuno Barros

A Sobrepesca Mantém-se

Conselho de Ministros das Pescas da UE insiste em perpetuar a sobrepesca. Portugal mantém-se entre os maus exemplos.

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o passado dia 16 de dezembro, em Bruxelas, os Ministros das Pescas da União Europeia decidiram as possibilidades de pesca para 2016. Embora muitas quotas ainda estejam a ser calculadas, tudo indica que uma boa parte dos pareceres científicos foram ignorados, tendo sido estabelecidas quotas superiores aos níveis passíveis de gerar o rendimento máximo sustentável (RMS). A falta de abertura com que o Conselho decorre dificulta o seu seguimento, mas aparentemente, para muitos casos, não foram apresentados os estudos e planos para atingir gradual e progressivamente o RMS antes de 2020, conforme 10

exigido pela Política Comum das Pescas (PCP), nomeadamente para os stocks em que Portugal tem interesses. De relembrar que o Artigo 2º, alínea 2, determina que a PCP tem como objetivo restabelecer progressivamente e manter todas as unidades populacionais de peixes acima dos níveis de biomassa que permitem obter o RMS. Qualquer adiamento desta meta só pode ser aceite “se tal comprometer seriamente a sustentabilidade social e económica das frotas de pesca envolvidas” (preâmbulo 7). “Não esperávamos que o RMS fosse atingido para todos os stocks já em 2016, mas muitas das decisões tomadas

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são pouco ambiciosas,” disse Gonçalo Carvalho, Presidente da Sciaena – Associação de Ciências Marinhas e Cooperação e Coordenador da PONGPesca – Plataforma de ONG Portuguesas sobre a Pesca, acrescentando que “não é possível esperar que todos os anos se agrave a situação e que de repente se consigam cumprir as metas de 2019 para 2020”. Há no entanto que aguardar pelo início do próximo ano para retirar conclusões, pois a habitual complexidade dos cálculos das possibilidades de pesca foi este ano agravada pela inclusão de top ups em alguns stocks - aumentos de quota com o fim de refletir a introdução de

obrigatoriedade do desembarque das devoluções. As informações preliminares indicam que foram estabelecidos top ups para stocks para os quais não existem dados científicos que o justifiquem e em pescarias cuja monitorização total das capturas não é possível. Portugal teve mais uma vez neste Conselho um desempenho negativo, com vários dos principais stocks onde o nosso país tem quotas a serem definidos acima dos pareceres científicos, nomeadamente: - Pescada, com uma redução de -25% contra os -62% recomendados; - Areeiros, com uma redução de -1% contra os -26,4% recomendados; - Tamboril, com uma re-


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dução de -14% contra os -19% recomendados; - Raias, com uma quota igual contra os -20% recomendados; - Biqueirão, com um aumento de +10% contra os 0% recomendados. As decisões tomadas, para além de não estarem em linha com a nova PCP, perpetuam uma postura em termos de gestão de pescas que não é coerente com a realidade da frota nacional, quase totalmente composta por pequena pesca costeira. É imperativo que Portugal mude a sua postura em termos de gestão pesqueira, gerindo os stocks que tem nas suas águas de forma sustentável, permitindo e promovendo um sector economicamente estável e rentável ao preterir decisões com aparentes efeitos positi-

vos a curto prazo e ter em vista a sustentabilidade a longo prazo. Isto só poderá acontecer se Portugal lutar por possibilidades de pesca em linha com o melhor conhecimento científico no Conselho de Ministros Europeus da Pesca. “Situações como a do carapau, que voltou a ter um aumento em linha com os pareceres científicos (+70% em 2015; +15% para 2016), demonstram que mais quota não é necessariamente bom. O ideal é ter um bom aproveitamento económico dos recursos de pesca disponíveis. Neste caso, acreditamos que o cerco pode aproveitar esta quota adicional de carapau para tirar pressão da sardinha e manter a viabilidade económica da pescaria, pelo que é

necessário criar formas de valorização deste recurso,” acrescentou Gonçalo Carvalho. Mas um dos maiores problemas continua a ser a falta de transparência de todo o processo. Todo o Conselho de Ministros decorre à porta fechada sem que as partes interessadas e os cidadãos europeus possam seguir os desenvolvimentos e o desempenho dos seus Ministros. “Isto é inaceitável para um processo que envolve recursos públicos e cujos impactos vão muito para além do sector da pesca. Em nome da transparência esta situação tem que mudar, sob risco de agravar o afastamento dos cidadãos das instituições e dos processos europeus,” finalizou Gonçalo Carvalho

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Notícias do Mar

Notícias Angel Pilot

Grupo Angel Pilot anuncia a abertura de um novo Showroom

É com enorme satisfação que anunciamos que estamos a finalizar a construção das nossas novas instalações no Complexo dos Estaleiros Navais de Portimão, onde já operamos desde 2007.

E

ste novo espaço de venda foi criado com o intuito de concentrar toda a atividade do Grupo Angel Pilot, numa localização privilegiada

para a náutica. Com a finalização do projeto do edifício, a divisão terra irá ser transferida para as novas instalações, nos primeiros meses de 2016, e a divisão ma-

rine será transferida de seguida, com a inauguração oficial prevista para Maio de 2016. Todas as marcas do Grupo estarão reunidas nesta loja, pelo que as lojas anteriores no

Pateiro e na Doca Pesca de Portimão, serão encerradas durante o ano 2016. Este longo processo tem sido um dos mais ambiciosos investimentos do Grupo e re-

Alessandro Balzer 12

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Notícias do Mar

sultará no maior espaço de venda de produtos recreativos multi marcas em Portugal, onde encontrará barcos, jet skis, motociclos e todo o equipamento que imagina, assim como, uma vasta gama de serviços após venda, e de estaleiro. Além de um fantástico edifício mesmo junto à água, os clientes irão experienciar um espaço de venda com luz natural, novos produtos, novas ofertas especiais e serviço melhorado, mas com o staff competente e proactivo de

sempre. “Estamos muito satisfeitos e desejosos de abrir as portas do nosso fantástico showroom e dar-lhe as boas vindas.”, disse Alessandro Balzer, fundador e gerente do Grupo. Pedimos desculpa por qualquer transtorno que os trabalhos de construção e mudanças possam vir a causar e agradecemos a sua compreensão. Continuamos a trabalhar para melhorar a sua experiência!

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Náutica

Teste Hydrosport RIB 646 HC com Honda BF100

Texto e Fotografia Norberto Pereira

Fotografia: Paulo Macedo

O Casco é um dos Pontos Fortes do Sucesso deste Barco

Hydrosport fabricante nacional desde 1999 de embarcações do tipo semi rigidas, conta com vários modelos desde os 5 mt até aos 9 mt.

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Náutica

Hydrosport RIB 646 HC com Honda BF100

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oda a gama dísponivel é caracterizada por uma construção robusta e um casco evolutivo de alto rendimento por steps, reduzindo desta for-

ma os consumos de combustivel e melhorando o desempenho na aceleração e performances. O semi rigido posto à nossa disposição para ensaio foi o modelo RIB 646HC,

não fugindo à regra do fabricante, apresenta um aspecto agressivo fazendo jus as suas características desportivas. Interessante a possibilidade do modelo 646 dispor de

dois tipos de casco, o RIB 646 HC, e o RIB 646 sendo este dotado de um sistema auto escoante. Os flutuadores são de Hypalon/Neopreno de diâmetro médio, afunilados e

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Fotografia: Paulo Macedo

Nรกutica

A navegar suave e confortรกve e com muito boa estabilidade

Locas de proa para ferro e palamenta

Consola central com banco 16

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Layout personalizavel


Náutica

Consola funcional para electrónica com display até 12”

Bancos tipo Jokey

com acabamento em cone, apresentando 5 camâras todas elas com válvula de segurança. É dada a possibilidade ao comprador de poder escolher a cor dos mesmos e optar pela instalação de diferentes cunhos de amarração, pegas, linhas de cabos interiores ou aplicação de reforços anti derrapante. No fundo tudo é personalizavel ao gosto do cliente sem interferência no custo final. Na coberta desta embarcação, podemos encontrar uma consola central com banco, e de dimensões generosas, oferecendo uma boa protecção por ser alta e dispor de um para brisas em acrílico, protegido por um corrimão em aço inox. Quanto aos assentos, esta versão apresenta apenas um encosto com cofre para o piloto e acompanhante, e bancos individuais do tipo jokey à rectaguarda com encosto tubular almofadados, permitindo também a arrumação de alguns objectos. No entanto o layout da coberta também poderá ser personalizavel em função das necessidades do cliente, tornando-se desta forma mais eficiente seja para passeios em família, pratica de desportos aquáticos como ski, pesca submarina/embarcada ou mergulho. 2016 Janeiro 349

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Náutica

Motor Honda BF100 Honda BF100 vem incorporado com as mais fiáveis tecnologias, mundialmente comprovadas e com as quais oferecem óptimos níveis de performance com os mais baixos consumos. O motor exibe um baixo peso com apenas 163 Kg e apresenta um design compacto e elegante. Tem 4 cilindros em linha, com 16 válvulas SOHC e 1.496 cm3 de cilindrada e incorpora o sistema VTEC da Honda. As principais tecnologias introduzidas são: BLAST, binário aumentado a baixa rotação é uma revolucionária e exclusiva tecnologia da Honda que ajusta a relação ar/combustível e o ponto de ignição para aumentar a potência e o binário do motor. Isto resulta numa explosiva aceleração, de forma a obter rápida planagem do casco da embarcação. ECOmo é outra importante tecnologia, de economia controlada do motor que faz o controlo de combustão pobre, patenteada pela Honda. Recorre a sensores para monitorizar a relação ar/ combustível em modo de velocidade de cruzeiro, ajustando-a de forma a obter uma óptima economia de combustível. Combinado com a exclusiva tecnologia PGMFi, injecção programada de combustível, o resultado é uma elevada eficiência do combustível com baixas emissões. VTEC que foi Introduzido no BF100, é o controlo electrónico do comando e abertura variável das válvulas, que equipou os carros de Fórmula 1. Oferece performance óptima em toda a gama de funcionamento, com a potência controlada só quando esta for necessária. Trolling Control é uma nova tecnologia que agora incorpora este motor, o controlo de rotação para pesca ao corrico Com este sistema pode-se navegar a baixas velocidades, para entrar numa marina ou para controlar a pesca ao corrico com ajustes automáticos em aumento de 50 rpm, Ligação NMEA 2000 foi aplicada para o motor ficar totalmente compatível, simplificando a ligação a outros dispositivos e a instalação dos novos instrumentos opcionais digitais multi-funções Honda. Graças à compatibilidade com a ligação NMEA 2000, o cliente poderá instalar uma grande diversidade de equipamento electrónico sofisticado, tal como sistemas de GPS, chart plotters e sonares.

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Fotografia: Paulo Macedo

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O casco tem um Step e o V profundo a 24º

Á proa existe duas locas separadas, sendo uma destinada ao ferro e outra para arrumos de equipamento ou palamenta, sendo também assento. A zona da proa poderá ser ainda ocupada com a instalção de solário.

Todas as versões trazem incorporado um depósito de 90 ou 170 lt, com entrada de combustível pela lateral da consola. A Navegar Na versão ensaiada encon-

Casco com um Step reduzindo desta forma o consumo de combustivel

Hydro RIB 646HC


Fotografia: Paulo Macedo

Nรกutica

Hydrosport RIB 646 HC com Honda BF100

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Náutica

Linhas evidênciandas de aspecto desportivas

tava-se instalado o novo motor Honda de 100 Hp, motorização suficiente para salientar que este tipo de casco é sem duvida um dos

pontos fortes para o sucesso deste semi rigido. Apesar de algum vento que se fazia sentir e provocando alguma agitação na

água, constactamos um navegar suave e confortável, com muito boa estabilidade, permitindo uma velocidade de cruzeiro elevada sem que obtivessemos reacções imprevisíveis.

A navegação efectuada contra o mar, verificamos o desempenho do casco com o seu V profundo e a forma como supera cada passagem pela vaga, comprovando também a sua robustez.

Características Técnicas

Bancos permitem arrumação 20

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Marca

Hydrosport

Modelo

RIB 646 HC

Comprimento

6,46 m

Boca

2,49 m

Flutuadores

Hypalon

Largura flutuadores

0,47 m

Peso

550 Kg

Lotação

12

Peso máximo

1.200 Kg

Depósito combustível

90 / 170 litros

Tipo de casco

1 Step VFI com V 24º

Motor

90 / 150 HP

Motor ensaiado

Honda BF 100

Preço base barco

15.500 e c//VA

Preço barco/motor

25.000 e c/IVA

Fabricante e Importador Hydrosport info@hydrosport.pt Telm: 915212438 GROW Produtos de Força Portugal Rua Fontes Pereira de Melo, 16 Abrunheira, 2714 – 506 Sintra Telefone: 219 155 300 geral@grow.com.pt www.honda.pt


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Electrónica

Notícias Nautel

Novas Séries HELIX 9 e 10! A continuação do fenómeno HELIX …. A palavra Helix passou a andar de boca em boca na náutica de recreio, graças ao sucesso que a HUMMINBIRD® conseguiu quando no início de 2015, apresentou a primeira parte das suas novas séries: as Helix 5 (unidades que têm em comum o tamanho de ecrã de 5”, na horizontal, no formato de 16:9).

lados pelo teclado, e cursor.

S

eguiram-se mais recentemente as Helix 7, que basicamente eram as Helix 5 mas com ecrã de 7”, onde a projeção da imagem ganhou uma nova dimensão. Foi a continuação do sucesso…. E agora, neste início de 2016, chegam as Helix 9 e 10. Não…agora não se trata dos mesmos sistemas das Helix 5 e 7, apenas com ecrãs maiores…. As Helix 9 e 10 incorporam inúmeras funcionalidades e capacidades adicionais, para além dos seus ecrãs de 9 e 10” de TFT (mas de 65.000 cores, e respetivamente, 800 x 480 e 1024x600 pixels de resolução), na mesma lógica de aspeto em 16:9 do formato atual dos TV’s e monitores de informática. Para quem já usa HUMMINBIRD® é fácil migrar de modelos anteriores pois os transdutores são os mesmos que nas séries 300, 500, 600, 700, 800 e 900 e 1100. Caraterísticas específicas, e a mais, destas novas séries, com relação às Helix 5e7: - Dupla ranhura para cartões de 22

memória micro SD - Autochart LIVE (direto nos aparelhos) – Auto-mapeamento instantâneo dos fundos - Ligação em rede ETHERNET, para uso por exemplo de dois ecrãs a partilharem dados. - Podem ligar a antena de Radar Humminbird. - Opção de comando remoto manual sem fios (wireless). - Frequência adicional de 50KHz, com transdutor opcional, para versões XD (Extreme Depth). - Nas versões SI (sonar lateral) podem ligar também o transdutor de sonar 360 graus, da tecnologia patenteada pela HUMMINBIRD, sonar 360. - Entrada NMEA2000 para ligação a motores e visualização de consumos e dados. - I-Pilot Link, comando wireless e integrado para os motores Minnkota Terrova e Powerdrive - Teclas adicionais, programáveis (user keys) Descrição da gama As HELIX 9 e 10 existem em vários modelos para atender às necessidades mais especiais. Todas as unidades apresentam a operação via Menus (agora com novo aspeto gráfico) tradicionais e simples da HUMMINBIRD, contro-

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GPS/Chartplotter/ Sonda a cores 2D HELIX 9 SONAR GPS 1.199 € HELIX 10 SONAR GPS 1675 € Antena GPS interna. Sonda de 500w de potência (RMS), deteta fundo até máximo de 450m. Duplo feixe de 83/200KHz com abertura de 20º e 60º. Inclui transdutor de painel de popa XNT-920-T, com sensor de temperatura. Funções GPS: 2500 waypoints, 50 rotas, 50 rastos com 20.000 pontos cada. GPS diferencial por satélite EGNOS/WAAS. Usa Cartografia GOLD Navionics. Saída NMEA 0183 c/cabo opcional. Diversas outras funções gráficas. Dimensões fora do suporte: A10,87xL19,43xP 2,87cm Menus e manual de operação em 13 línguas, português incluído. Alimentação: 12 a 20VDC GPS/Chartplotter/ SonarVertical/ Sonda 2D HELIX 9 DI GPS 1.390 € HELIX 10 DI GPS 1.845 € Antena GPS interna. “DOWN IMAGING” – Sonar vertical, para além da sonda a côres convencional.

500w de potência (RMS), deteta fundo em 2D até máximo de 450m e 100m em DI. Feixe múltiplo 455/800/200/455KHz, com 28, 16, 45 e 75 graus de abertura. Inclui transdutor painel de popa XNT-9DI-T, com sensor de temperatura. Funções GPS: 2500 waypoints, 50 rotas, 50 rastos com 20.000 pontos cada. GPS diferencial por satélite EGNOS/WAAS. Usa Cartografia GOLD Navionics. GPS/Chartplotter/ Sonar lateral/ Sonar Vertical/ Sonda 2D HELIX 9 SI GPS 1.799 € HELIX 10 SI GPS 2.499€ O topo de gama da série. Antena GPS interna. “SIDE IMAGING“Sonar de varrimento lateral DOWN IMAGING” – Sonar vertical, para além da sonda a côres convencional. 500w de potência (RMS), deteta fundo em 2D até máximo de 450m e 100m em DI/SI. Feixe múltiplo 83/455/800/200/455KHz, com 20, 60 e 2x 85 graus de abertura. Inclui transdutor painel de popa XNT-9-SI-180-T, com sensor de temperatura. Funções GPS: 2500 waypoints, 50 rotas, 50 rastos com 20.000 pontos cada. GPS diferencial por satélite EGNOS/WAAS. Usa Cartografia GOLD Navionics.


Notícias do Mar

Economia do Mar

No Algarve Elevados Impostos e Burocracia Travam a Produção de Ostras

Elevados impostos, burocracia e o número excessivo de entidades envolvidas no licenciamento de novos projectos estão, segundo o sector, a travar o crescimento da produção de ostras em aquacultura.

O

Algarve é a região do país que concentra mais produtores que dizem que é muito complicado para quem queira começar a produzir e vender ostras. Os produtores dizem que exportam a quase totalidade das ostras que produzem para França, porque o produto é taxado a 23% de Imposto sobre o Valor Acrescentado para o mercado nacional, o que consideram um enorme travão para cativar os consumidores. Segundo responsáveis da aquacultura das ostras nacionais, é por causa do elevado imposto a que o bivalve está sujeito que não é mais vendido em Portugal, onde ainda é erradamente considerado um produto “de luxo”, já que todos os outros bivalves beneficiam de taxas IVA inferiores. Nas unidades nacionais, as ostras são engordadas durante aproximadamente um ano e meio a dois anos até ficarem com as dimensões e características exigidas pelo mercado francês, uma tarefa dura e que dá muito trabalho, pois todos os dias as ostras têm que ser viradas nos sacos onde estão acondicionadas para ficarem com o formato ideal. Queixam-se alguns produores que não aumentam a sua produ-

ção porque continuam a aguardar autorização para poderem expandir as suas unidades, sublinhando que a burocracia e o valor do IVA são os grandes entraves para entrar no mercado com um bom produto para oferecer. A produção de ostra em Portugal é praticamente toda feita em aquacultura, uma vez que quase não existem bancos naturais com ostras selvagens, à excepção da ostra que começou a reaparecer nas margens do rio Sado. As ostras são dispostas em sacos de rede colocados em caixas de ferro e alimentadas pelo fitoplâncton que lhes chega com a subida da maré Alguns produtores importam as ostras bebé, outros já produzem em locais especiais a pré-engorda, por isso, para aumentarem a produção todos necessitam de mais espaço. Há muitos produtores a converterem-se da amêijoa para a ostra, deste modo estão a tentar unir-se não só para aumentar a produção na área de viveiro ou em ‘offshore’”, como para conseguir exportar mais produto já com calibre comercial. Perto de Olhão, existem tanques onde podem crescer até 100 milhões de sementes de ostra por ano, que ali chegam vindas de França com um milímetro ou menos. Depois saem dali para os viveiros

já com oito ou dez milímetros, onde permanecem, em média, um ano e meio a dois anos, até atingirem as dimensões ideais para o mercado. A maior parte dos produtores algarvios estão na ria de Alvor e na ria Formosa e existem dois produtores a produzir ostras em ‘offshore’, em mar aberto, um em Olhão e o outro em Sagres. Há vontade por parte dos empresários em continuar a produzir, mas é preciso reduzir os entraves e os próprios custos do tempo perdido. Para que isto seja possível, é fundamental que desapareçam muitas das entidades que estão metidas no sistema dos pareceres, só para complicar e dificultar os que

querem produzir. Se for reduzido o número de entidades chamadas para analisarem os projectos, antes de ser emitido o licenciamento, eram importantes ganhos em produtividade que se obteriam. Os produtores consideram que a aquacultura, no que respeita às medidas de âmbito fiscal, deveria ser equiparada à agricultura, pecuária ou pesca, uma vez que também se trata de uma actividade primária. “Também somos uma actividade primária, produzimos alimentos para nós consumirmos”, afirmou um produtor, lembrando que a aquacultura exige, normalmente, investimentos avultados, que só serão recuperados após um ano e meio ou dois anos.

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Náutica

Notícias Touron

Quicksilver 755 Sundeck Nomeado para Prémio Design Náutico do Ano

Temos o prazer de anunciar que a embarcação Quicksilver Activ 755 Sundeck está nomeada para o prémio de Design Náutico 2015.

E

sta é mais uma nomeação, já esperada, para o novo Activ 755 Sundeck da Quicksilver, dado a combinação perfeita entre performance, comodida-

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de e versatilidade no segmento de embarcações de 7 metros. O novo Quicksilver Activ 755 Sundeck foi desenvolvido para tirar o máximo partido da navegação, dos dias de sol e

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do total relaxe a bordo. A votação para este prémio decorre online, podendo-se votar no Quicksilver Activ 755 Sundeck em http://www.salonnautiqueparis.com/GB/nautic-

design-awards ou, através do Facebook, https://facebook.com/nauticparis/ app_1109201402439834. Os votantes habilitam-se, também, a ganhar muitos prémios.


Náutica

Novo Quicksilver Activ 755 Weekend a Vida Torna-se Mais Fácil A Quicksilver tem o prazer de anunciar o lançamento do novo Activ 755 Weekend. Um novo modelo desportivo e espaçoso pertencente à nova família Weekend e que é fabricado baseado na segurança, na navegabilidade e em estilo. Com capacidade para 9 pessoas, é perfeito para navegação no mar e em águas interiores.

A

embarcação Activ 755 Weekend conta com uma grande variedade características, sendo que foi desenvolvida assentando na comodidade e na versatilidade Redefinição de comodidade, performance e segurança: - Opção de motorização com motor interior com coluna (gasolina ou diesel) de 170 CV a 250 CV ou com motor fora de borda de 150 CV a 300 CV. - Cabina com vista de 360º com um posto de comando ergonómico que a que se pode acrescentar uma sonda/ GPS com monitor de grandes dimensões. - Deck profundo com amplo e cómodo acesso da popa à proa e porta na popa para maior segurança a bordo. - Cabina ampla com zona dinette para 4 personas e cozinha totalmente equipada. - Cama de proa espaçosa para 2 adultos e cama central para 1pessoa. Uma cama adicional para uma criança transformada em dinette. - WC marítimo com possibilidade de duas configurações: dentro da casa dos lavabos ou arrumado debaixo do assento da cabina. - Solário de proa. - Ar condicionado/aquecimento opcional para manter uma temperatura constante.

Design e versatilidade - Zona dinette convertível, em minutos, em área de estar ou numa cama adicional. - A área do deck oferece todas as comodidades durante a navegação, podendo ser transformada em zona dinette ou em solário. O eencosto reclinável tem 3 posições e torna mais ampla a zona de solário, oferecendo acesso directo à água. - Grandes janelas na cabina que permitem a entrada de luz natural. - Toldo integrado. - Extensão da zona de assentos do deck para criar uma configuração de assentos em L. - Ampla plataforma de banho com escada integrada para fácil acesso à água. O modelo está disponível com o Pack Smart que inclui solário de proa, assentos de popa com encosto reclinável, mesa de deck, cortinas, escotilha de tecto, WC marítimo, geleira, fogão LPG, configuração de

assentos de deck em L, solário no deck, tomada de corrente, molinete eléctrico de proa, flaps e luz no deck. O Pack Smart contém os opcionais mais procurados pelos clientes, com um preço competitivo. O Activ 755 Weekend foi apresentado, a nível mundial, na Feira Náutica de París (que decorreu de 5 a 13 de Dezembro). Esta embarcação estará também disponível nas próximas feiras náuticas de Londres e Düsseldorf. Freda Generini, Directora

de Marketing para a Europa, declarou “na hora de projectar a embarcação Activ 755 Weekend tivemos em conta a estética, a qualidade e o espaço, oferecendo, assim, um valor acrescentado. Cada saída é diferente, pelo que quisermos garantir que se possa adaptar a configuração da embarcação às necessidades de cada um. Tanto para se navegar ou para simplesmente relaxar, o Activ 755 Weekend está pensado para que a vida seja mais fácil.”

Características Técnicas Comprimento total

7,76 m

Boca máxima

2,85 m

Peso c/motor FB

2.218 Kg

Peso c/motor DFB

2.615 Kg

Depósito de combustível

300 L

Categoria CE

C

Lotação máxima

9

Potência máxima

300 HP

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Náutica

Notícias Touron

Quicksilver Recebe Prémio Bost Builder em Mets 2015

Pelo Êxito na Comercialização para Fora da Europa

É com grande orgulho que anunciamos que a Quicksilver recebeu o prémio Boat Builder 2015 na categoria de Desenvolvimento Comercial de Estaleiro Internacional pelo êxito da sua expansão comercial para fora da Europa.

O

premio Boat Builder distingue o êxito individual

e em equipa das empresas fabricantes de embarcações a nível global, sendo atribuído em 6 categorias

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de performance empresarial. Durante os últimos 5 anos, a Quicksilver triplicou as suas vendas fora da Europa, sendo que 9% da sua facturação provém das vendas para 12 novos países como resultado da sua política de expansão da sua rede comercial. O êxito desta estratégia reside na empenhada dedicação ao desenvolvimento de novos produtos, aos altos padrões de qualidade no fabrico e ao reposicionamento da imagem da marca. A chave para a expansão da rede de distribuidores em países afastados da Europa passou pela simplificação

da forma de fazer negócio com a rede de distribuidores, disponibilizando permanentemente assistência e apoio profissional. Os prémios IBI-Metstrade Boat Builder para sucessos empresariais são organizados conjuntamente entre a Metstrade e editores da revista International Boat Industry (IBI). A Metstrade que se realiza anualmente em Amsterdam (Holanda) é a maior feira internacional no que se refere a equipamento, acessórios e sistemas para aa náutica de recreio. A IBI é a revista líder mundial do sector da náutica de recreio.


Náutica

Touron Foi Distinguida como Best Dealer e Gold Dealer da Bayliner No jantar de gala da convenção europeia de distribuidores da Bayliner, que se realizou no passado mês de Setembro durante a Feira Náutica de Cannes (França), a Bayliner distinguiu os seus mais proeminentes distribuidores da Europa, África e Médio Oriente (EMEA).

A

Touron foi reconhecida como Best Dealer da gama Element da Bayliner em todos os mercados EMEA. Recebeu, também, a distinção de Gold Dealer pelo ao facto de ter sido o segundo maior distri-

buidor, em facturação, de todos os mercados EMEA, durante a temporada náutica 2014/15. Sendo distribuidor da Bayliner desde 2011 em Portugal e desde há dois anos em Espanha, é um enorme orgulho, para a Touron, ter-se tronado num

dos principais distribuidores europeus da marca. Keith Yunger, Presidente da Bayliner, Alexis Flechier, Director Comercial da Bayliner EMEA, e Axel Flechier, Director de Ventas da Bayliner EMEA, fizeram a entrega das distinções a Fernando Giquel,

Director Gerente da Touron. Este reconhecimento, por parte da Bayliner, é mais um enorme incentivo para toda a equipa da Touron Portugal no sentido de colocar a marca como uma referência do mercado de embarcações em Portugal.

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Náutica

Notícias Touron

Mercury Apresenta Sistema Activ Trim para Melhorar Todas as Sensações na Navegação A Mercury Marine apresentou o seu novo sistema Active Trim que oferece trim automático, instantâneo e sem esforço.

A

pto para patrões iniciados ou experientes, o sistema Active Trim simplifica o funcionamento da embarcação, melhorando a performance do motor e reduzindo o consumo de combustível. Com este sistema, os iniciados podem “trimar” o motor de forma adequada sem necessidade de conhecer a curva de rendimento e, os mais experientes, já não terão necessidade de controlar e ajustar o trim de forma

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constante em cada mudança de velocidade. A utilização do sistema Active Trim pode-se comparar, no ramo automóvel, a transitar duma transmissão manual para uma automática. As provas realizadas numa extensa gama de embarcações apresentam poupanças de combustível entre 14% e 54% quando operando no nodo automático do sistema Activ Trim em comparação com o funcionamento manual do trim em po-

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sição inferior. A chave do sistema Active Trim é o seu sistema, único e patenteado, de controlo por GPS. Ao contrário doutros sistemas que usam apenas as RPM para controlar o trim, o sistema Activ Trim controla a velocidade da embarcação e as RPM. Esta característica evita que o motor ou a transmissão possam vascular para cima, em vez de para baixo, sempre que a hélice cavite em curvas bruscas, bem como evita problemas dum rápido ou tardio “trimado” quando a embarcação atinge velocidade de planar. O Active Trim pode ser usado em embarcações de alto rendimento, oferecendo uma transição fluida, a altas velocidades, de modo automático para manual para obter controlo total da embarcação. Outra vantagem única do sistema Active Trim é a possibilidade de fixar 5 perfis diferentes ajustáveis a qualquer tipo de embarcação, desde peque-

nos bowriders, embarcações do achigã, pontoons ou cruiserss, até aplicações de alto rendimento. Não há necessidade de introduzir ajustes manuais, em função das RPM como é requerido pelos restantes sistemas, simplesmente há que seleccionar o perfil que melhor se ajusta à embarcação e tratar de navegar. Por outro lado, estes perfis também permitem personalizar o sistema Active Trim de acordo com o estilo de navegação de cada um ou compensar a carga da embarcação e/ou condições atmosféricas, mantendo-se o sistema em modo automático. Para os que querem sentir, até à última milha o seu controlo sobre a embarcação, o sistema Active Trim pode ser anulado através dos botões manuais de trim, podendo ser reactivado de forma muito simples. O painel do sistema Active Trim é compatível com indicadores analógicos e digitais, tendo sido projectado com o cuidado de poder ser instalado facilmente em todo o tipo de embarcações. Não necessita de indicadores multifunções, como os da concorrência, apenas se precisa duma máquina para um furo de 54 mm. O sistema Active Trim é compatível com qualquer motor fora de borda Mercury ou motor MerCruiser com SmartCraft. A diferença para a concorrência que tem sistema de trim automático, é que esta oferece o sistema apenas os seus modelos premium, enquanto o sistema Active Trim está disponível para todos os motores fora de borda de 40 CV aos 400 CV da Mercury e, no caso dos MerCruiser, dos 115 CV aos 430 CV. O sistema Active Trim estará disponível nos mercados da Europa, África e Médio Oriente em Abril de 2016.


Náutica

Novas Hélices SpitFire X7 e SpitFire CT de Mercury A Mercury Propellers, divisão da Mercury Marine, líder mundial na produção de sistemas e tecnologias de propulsão, apresenta duas novas hélices SpitFire, desenvolvidas incrementar significativamente a performance das embarcações propulsionadas por motores fora de borda de 80 a 115 CV. SpitFire X7 A SpitFire X7 é a primeira hélice para motores de 80 a 115 CV fabricada com a liga X7 da Mercury, a cual é 30% más forte e 4 vezes mais resistente que o aço convencional. Graças à liga X7 e aos elementos fabricados com alumínio de qualidade superior, a SpitFire X7 melhora consideravelmente a aceleração, a velocidade de ponta e a capacidade de retenção, quando em comparação com outras hélices de aço inoxidável do mesmo segmento. Esta é uma hélice de alta performance que melhora a navegação, aumentando a sua rentabilidade em aplicações com fora de borda de 80 a 115 CV. Com ganhos até 1,5 millas por hora e incrementos substanciais na ace-

leração, em comparação com outras hélices de aço, a hélice SpitFire X7 é uma nova referência no que se refere a performances dos motores das gamas médias de potência. A nova SpitFire X7 estará disponível a partir de Dezembro de 2015 nos passos 13”, 15”, 17”, 19” e 21”. SpitFire CT A nova hélice de alumínio SpitFire CT também oferece

Mercury Apresenta Novo Núcleo de Hélice Flo-Torque

A

Mercury Propellers, divisão da Mercury Marine, líder mundial na produção de sistemas e tecnologias de propulsão, apresenta o sistema FloTorque SSR HD, um núcleo de hélice desenvolvido para reduzir o ruido e as vibrações das mudanças nos motores fora de bora de alta potência com eixo de hélice de 1.25” Heavy Duty. Este novo núcleo de hélice é o primeiro a usar a nova tecnologia Mercury SSR (Soft Shift Rubber) que oferece uma redução de 25% no ruido e vibrações nas mudanças. O sistema SSR oferece estas vantagens sem sacrifico da força ou durabilidade do design do núcleo duro para motores de alta performance. O sistema SSR possui um núcleo de aço inoxidável envolto num filme de borracha que acuta como amortecedor para o sistema de mudanças. Como a hélice se encontra sob pressão, o aço inoxidável do núcleo forma um acoplamento com a hélice, criando um núcleo sólido que transfere a potência gerada pelos actuais motores fora de borda a 4 Tempos.

vantagens no rendimento em comparação com a hélice original SpitFire. O seu design agressivo com 4 pás incrementa a aceleração e a potência de retenção em aplicações comerciais com os novos motores 90 e 115 CV Command Thrust Sea Pro, quando em comparação comas hélices de alumínio Mercury de 3 pás. Esta nova hélice acrescenta valor adicional nas aplicações comerciais, com performances mais eficientes, incrementando a retenção em curva e conferindo mais autoridade nas manobras de amarração. A nova SpitFire CT estará disponível a partir de Dezembro de 2015, nos passos 12” e 14”.

Os núcleos da hélice são uma parte integrante dos sistemas de propulsão marítima. O sistema Flo-Torque SSR oferece a força dum núcleo sólido e resistentes, com amortecimento de borracha para um funcionamento silencioso, tendo sido desenvolvido para motores Verado de alta potência, como são os 350 CV e 400R CV. O sistema Flo-Torq SSR HD já está disponível, sendo compatível com os seguintes motores fora de borda da Mercury: Motores Mercury Verado com sistema de pilotagem por joystick Mercury Verado 350 e 400R Mercury OptiMax ProXS 225 CV e 250 CV

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Electrónica

Notícias Nautiradar

MEOSAR a Nova Geração para Soluções Inovadoras McMurdo com o papel principal no desenvolvimento do Projeto HELIOS, criado para o desenvolvimento da próxima geração de sistemas de satélite para busca e salvamento.

a geração seguinte do CopasSarsat, o sistema de satélite em vigor para a ações de busca e salvamento. O sistema MEOSAR vai uniformizar os esforços de busca e salvamento detetando, de forma precisa e instantânea, um sinal de pedido de socorro, deixando para trás as horas de espera que nos piores casos ainda sucedem. O MEOSAR está a ser desenvolvido à escala global e utiliza o sistema de navegação por satélite Europeu Galileu como constelação principal. Veja aqui mais informação sobre o Programa Horizon 2020 e o projeto HELIOS: ec.europa.eu/programmes/ horizon2020/en. A McMurdo é representada em Portugal pela empresa Nautiradar.

A

McMurdo vai mais além, tendo sido selecionada pela Comissão Europeia para liderar a próxima geração de equipamentos de busca e salvamento para o Programa Horizon 2020 e onde está integrado o Projeto HELIOS. Sendo o mais abrangente ao nível da Comunidade Europeia e com um fundo aplicado de 80 biliões de Euros desde 2014, o programa Horizon irá decorrer até ao ano de 2020. Basicamente, o programa Horizon implica a criação de soluções inovadoras que passem do laboratório para o mercado global. Só o projeto HELIOS deve receber algo como um orçamento de 3,5 milhões de euros podendo ir até aos 5,5 milhões. 30

Como entidade coordenadora de projeto, a McMurdo vai receber um total de 2,4 milhões do total do orçamento de desenvolvimento do HELIOS ao longo dos próximos 3 anos. Este orçamento vai servir para criar vários produtos de busca e salvamento vocacionados para os meios marítimos, aéreos e terrestres, todos baseados na tecnologia de satélites e a sua aplicação em ações de busca e salvamento. Muitas das melhorias previstas incluem a deteção imediata de alertas, localização por pinpoint e conhecimento e ativação de sinais de stress por via remota. Sob a liderança da McMurdo, o consórcio HELIOS vai ter a responsabilidade de desenvolver uma série de soluções que utilizam a MEOSAR,

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Electrónica

Binóculos Commander Global C 7x50 Inquebráveis. Sem paralelo. Indispensáveis

Inquebráveis, sem paralelo e Indispensáveis, são os predicados para estes binóculos da Steiner Commander no que diz respeito à tecnologia e inovação.

A

Nautiradar, importador destes binóculos para Portugal, recomenda este modelo com com óticas de alta definição e bússola digital integrada com medição electrónica do campo magnético e ajustamento automático da declinação de forma a efectuar leituras correctas em qualquer parte do globo. É ótima a combinação entre funcionalidade, robustez, precisão e conforto, sem dúvida que estes Commander marcam uma nova era.

Steiner Commander Global 7x50 C

Com campo de visão amplo o desempenho da ótica destes Commander permite excelente visão panorâmica, seja qual for a situação. Significativamente mais luminosos e com imagens mais definidas. Características: Amplificação: 7 x Diâmetro da Objetiva: 50 mm Lentes com revestimento Diamond Marine™ Peso: 1148 gr Temperaturas extremas: Entre -40ºC e + 80ºC Pupila de saída: 7.14mm

Luminosidade: 51 Fator “Twilight”: 18.70 Campo de visão: 119,5m Sistema de Focagem: SportsAuto-Focus Óticas de alta performance High Defenition Memória ocular personaliza as necessidades de dioptrias. À prova de água até 10m Com Nano Protection patenteada da marca, as lentes repelem a água e a sujidade

Rolamento preciso Enchimento de Nitrogéneo com tecnologia Two Way Valve Oculares ErgoFlex Correia em Neoprene e com sistema patenteado de ligação ClicLoc Revestimento em NBR de longa vida Fornecido com cobertura das lentes e estojo. Garantia 30 anos

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Atualização da gama Mass Combi “Mais potência por menos dinheiro” O preço por Watt baixou com esta atualização de inversores / carregadores da gama Mass Combi.

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Mastervolt é líder de mercado no que aos sistemas de energia não ligados à rede diz respeito e a evolução dos seus equipamentos está imparável. A atualização da gama de inversores/carregadores Mass Combi é a prova disso mesmo. POTÊNCIA DE APOIO O robusto chassis com-

bina um carregador inteligente de baterias de 3 etapas com um silencioso inversor. A tecnologia de onda sinusoidal pura evita danos nos equipamentos mais sensíveis, nomeadamente alimentadores de CA, enquanto um sistema de transferência inteligente com saídas CA independentes permite a possibilidade de separar as cargas elétricas mais sensíveis das

de maior consumo. Com uma capacidade de pico de potência elevada, assegura um funcionamento sem problemas a cargas exigentes, como por exemplo os sistemas de ar condicionado e sem apresentar qualquer tipo de intermitência ou diminuição de energia. A função de “Potência de Apoio” integrada no Mass Combi fornece energia adicional a partir da bateria, para alimentar aparelhos de grande consumo e onde a energia do gerador ou de outra ligação esteja limitada. CARREGADOR DUPLO A gama Mass Combi integra um carregador inteligente de 3 etapas que fornece o tempo de carga mais rápido possível enquanto assegura um tempo de vida longo às baterias. Para as baterias de arranque, existe um segundo carregador. Estas unidades apresentam ligações de categoria profissional que possibilitam uma instalação rápida e com o máximo de fiabilidade. PACK’S FORNECIDOS COM CONTROLO REMOTO E MASTERBUS Os novos Mass Combi’s estão disponíveis em “pack” com a opção do controlador remoto MICC e ACP (Controlador Potência CA) e todos com preços muito atrativos.

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GAMA MASS COMBI: ESPECIFICAÇÕES PRINCIPAIS Modelos 1600W, 1800W, 2200W e 2600W Versões 12V e 24V Carregador inteligente de baterias de 3 etapas, com ripple CC baixo, assegurando carregamento rápido e uma vida longa para as baterias Dupla saída CA para separar equipamento sensível de consumos mais elevados Carrega em simultâneo dois bancos individuais de baterias Potência de Apoio: Energia extra dada pelas baterias quando a proveniente da rede elétrica ou do grupo gerador for limitada. Função “em paralelo” (modelos de 2200 e 2600 Watt). Aprovação CE e E-mark. Sobre a Mastervolt: Desde a sua fundação em 1991, que a Mastervolt, com sede na Holanda, tem estado na vanguarda da tecnologia, atualmente faz parte do grupo Americano Actuant Corporation e a empresa focalizou a sua produção no sentido de criar e desenvolver os sistemas elétricos mais leves e versáteis existentes no mercado. Tem estado na linha da frente no que diz respeito a baterias, carregadores e sistemas de gestão de energia eléctrica. Para mais informações sobre estes equipamentos contacte o importador Nautiradar.


Electrónica

Nova Representada A Blue Sea Systems é um reconhecido fabricante americano de sistemas elétricos para o meio marítimo e tem uma rede de agentes com cobertura a nível global .

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ão mais de 1000 itens para compor sistemas elétricos inovadores. Todos os produtos são concebidos para funcionarem combinados em sistemas integrados. Dos interruptores aos solenoides, dos carregadores de baterias aos fusíveis, bloqueadores de circuitos tudo o que necessita para a sua instalação a bordo. A qualidade dos produtos é certificada – ISO 90012008 consistente com os parâmetros de qualidade internacionais. A Nautiradar orgulha-se

de assumir esta representada para o mercado português assegurando o apoio técnico de acordo com as exigências dos seus parceiros e clientes. Para mais informações contacte a Nautiradar.

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Notícias do Mar

Conferência de Vila Franca de Xira

Texto João Soromenho Rocha

Navegabilidade no Rio Tejo Relato, Conclusões e Recomendações

No dia 19 de Novembro de 2015, realizou-se no Auditório da Fábrica das Palavras, a Conferência da Navegabilidade no rio Tejo, primeira de um Ciclo de Conferências preparatórias do Congresso do Tejo III programado para Outubro de 2016.

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conferência teve o apoio logístico da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. No auditório com 90 lugares estiveram presentes, ao longo do dia, cerca de 70 pessoas, de cerca de 45 entidades públicas e privadas.

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Além da sessão de abertura houve quatro sessões temáticas e uma sessão final, com um debate, as conclusões e o encerramento. Na sessão de abertura foram apresentados pelos organizadores da conferência, Tagus Vivan e Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, os objec-

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tivos da conferência, os quatro temas técnicos. O Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado, explicou a razão de ter sido escolhido a navegabilidade como primeiro tema das conferências preparatórias para o Congresso do Tejo III. A Presidente da ARH Tejo e Oeste, Gabriela Moniz, enunciou o papel da APA,

com a tutela da gestão dos recursos hídricos, e Alberto Mesquita, Presidente Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, apresentou o ponto de vista do município. A Tagus Vivan escolheu como primeira conferência preparatória do III Congresso do Tejo a Navegabilidade do Tejo por ser transversal a todo o rio. E a conferência teve lugar em Vila Franca de Xira, cidade onde a Ponte Marechal Carmona delimita a fronteira entre as autoridades, marítima a jusante e fluvial a montante. A primeira sessão temática, Objectivos da Navegabilidade, foi dedicada genericamente à análise dos vários tipos de navegação com os objectivos de pesca, transporte de pessoas,


Notícias do Mar

lazer, recreio, turismo, e comercial. O presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado, apresentou o desafio aos políticos, aos empreendedores e aos operadores turísticos. O editor do Notícias do Mar, Antero Santos, descreveu a situação actual da náutica de recreio no estuário do Tejo, enunciando algumas propostas para melhorar o acesso às margens. Paulo Andrade, da Marinha do Tejo, apresentou o trabalho desenvolvido nas últimas décadas e as acções para manter viva a arte de navegação, nas suas várias facetas. A segunda sessão temática, Enquadramento e condicionantes da navegabilidade, teve como objectivo a explicitação dos conhecimentos essenciais sobre um rio para poder ser enunciado e preparado a possibilidade da sua navegabilidade, nomeadamente, a gestão do leito móvel e do canal de navegação, a monitorização hidráulica e a informação sobre a variação de caudais, em tempo real, a implantação de um canal de navegação, com a garantia de segurança, bem como as ajudas à

navegação, a gestão do tráfego e a regulamentação da navegação. João Soromenho Rocha, investigador em hidráulica fluvial, apresentou o conhecimento do rio Tejo, com base em 40 anos de dados hidromorfológicos, obtidos em 3 estações hidrométricas, escolhidas em conjunto pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil e pelo Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos, com o objectivo de obtenção das curvas de vazão, num rio com leito móvel, e a medição de caudal sólido, quer no fundo do rio quer em suspensão. Teresa Álvares, Chefe da Divisão de Ordenamento e Valorização, do Departamento do Litoral e Proteção Costeira, ARH Tejo e Oeste, apresentou o enquadramento e a regulamentação da navegação fluvial, tendo em consideração a motivação, as principais questões e as facetas relevantes, sendo ainda referido o trabalho em curso de delimitação das margens do rio Tejo. Vasco Mendes Silva, Chefe do Departamento de Exploração e Comercial, e José Manuel Couitnho,

Chefe do Departamento de Obras e Património, da Via Navegável do Douro, da Administração dos Portos do Douro e Leixões, apresentaram pormenori-

zadamente a actual gestão técnica da navegação no rio Douro e apresentaram os projectos em curso da sua melhoria técnica e de sinalização e comunicações.

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Notícias do Mar

Conhecer e Viajar Pelo Tejo

Entrevista Carlos Salgado

O Tejo que dotou as Lezírias com solos férteis, não pode, com a sua água, torná-los inférteis! Localizado no extremo Sul da Lezíria e com uma área de 80ha, o EVOA promove o conhecimento e a observação de aves do estuário do Tejo.

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Engº António Saraiva Presidente da Companhia das Lezírias 36

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meu entrevistado é o Eng.º António Saraiva, licenciado em Agronomia na especialidade de agro-pecuária, presidente da Companhia das Lezírias, empresa de capitais exclusivamente públicos e de accionista único (o Estado Português), cujo território é parcialmente formado por porções de sedimentos fluviais que emergem pouco acima do nível das águas do mar, mas outras há que se encontram abaixo desse nível, e são protegidas por diques e comportas, cuja fertilidade as elege como as preferidas tanto pelo homem como pela avifauna. CS – Segundo julgo saber a Companhia das Lezírias (CL) de hoje é o que resta da Companhia das Lezírias do Tejo e Sado formalizada em 1836, com uma dimensão de mais de 40.000 hectares, que se estendiam desde a Golegã até à Comporta de Alcácer do Sal. Passados 170 anos de actividade daquela CLTS passou a desenvolver-se em metade da dimensão territorial anterior e ficou concentrada na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira e na Charneca do Infantado. Pode dizer-nos quais são os actuais objectivos da exploração agrícola e/ou de outras fontes geradoras de riqueza, sob a gestão da sua presidência. AS - Os terrenos da Compa-

nhia das Lezírias (CL) estendemse hoje por aproximadamente 18.000 hectares, estando cerca de um terço desta área na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira e dois terços na Charneca do Infantado, nos concelhos de Salvaterra de Magos e Benavente. Esta dispersão geográfica está também associada a diferentes usos da terra. Na Lezíria Grande, a maior percentagem de terrenos da CL encontra-se arrendada a terceiros estando as áreas em gestão directa dedicadas à cultura do arroz, pastagens para bovinos de carne e visitação para “birdwatching” de aves do estuário do Tejo no projecto EVOA (Espaço de Visitação e Observação de Aves –www.evoa.pt ). Já na Charneca, a utilização do solo recai sobre as culturas anuais do milho e arroz, culturas perenes como a vinha e o olival, pastagens biodiversas (para cria de bovinos de carne) e usos florestais de montado de sobro, pinhal bravo e manso e ainda algum eucaliptal. É também na Charneca que a CL tem a sua Coudelaria para a criação de cavalos PuroSangue Lusitano. À venda da produção agrícola, pecuária e florestal associam-se outras fontes de receita tais como a prestação de serviços de visitação, subsídios agrícolas e arrendamento de terras e alguns imóveis. E desde Agosto de 2013, a


Notícias do Mar

A cultura do arroz ocupou cerca de 4.000ha na Lezíria Grande na campanha de 2015 CL está encarregue da gestão da Coudelaria de Alter, na Vila de Alter do Chão, numa propriedade de cerca de 800 hectares designada por Tapada do Arneiro. Ainda por apurar os resultados finais de 2015, posso dar-lhe uma ideia do grau de importância dos principais sectores de actividade na facturação de bens e serviços da CL que em 2014 cresceu 11%. A produção de culturas anuais (arroz e milho) representou 30% das vendas e prestação de serviços, a venda de vinhos e azeites cerca de 22%, igual peso correspondeu aos produtos florestais, a produção pecuária (bovinos de carne e cavalos) com 19% cabendo o restante à prestação de serviços (entre os quais a visitação). Um mosaico equilibrado e variado. As receitas com arrendamentos e subsídios agrícolas representaram quase tanto como as vendas e serviços prestados. Os resultados da CL são públicos e podem ser consultados no site da empresa bem como toda a informação relativa à sua gestão, através dos relatórios anuais de cada exercício (www.cl.pt). Mas a importância da CL, devido à localização, extensão e continuidade do seu território vai muito

para além do seu desempenho financeiro positivo que, em 2014 viu o seu Resultado Operacional crescer 94% para 1,28 milhões de euros. É o reconhecimento da importância histórica, social e ambiental da CL que fazem com que a empresa, numa visão actual do papel agrícola e florestal na sociedade, esteja muito atenta e activa na gestão dos seus recursos naturais, tal como tem sido assim instruída pela tutela. A divulgação desta sua importância, através duma maior abertura à comunidade (visitam anualmente a CL mais de 12.000pessoas), de uma melhor comunicação das suas actividades e valores, o conhecimento do seu espaço e impacto das suas actividades (através duma relação constante com as universidades e investigação), são o garante do cumprimento da sua missão. CS – Devido a estar-se a verificar que o volume de água doce proveniente de montante está a ficar mais escasso, quais são as consequências desse facto para o regadio dos campos da CL. AS - Efectivamente, não só a CL será afectada por esta situação mas também todos os demais proprietários e rendeiros de terras do

Localizada na Charneca (Catapereiro) os 130ha de vinha da CL são geridos de acordo com as melhores práticas ambientais

A CL é proprietária de cerca de metade da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira cuja área total é de aproximadamente13.400ha aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. A CL apenas detém metade dos terrenos da Lezíria Grande de VFX sendo a outra metade explorada por outros proprietários ou seus rendeiros. É importante esclarecer os leitores que todo o regadio na Lezíria é feito com água proveniente na sua maior parte do caudal do rio Tejo e, supletoriamente do caudal do rio Sorraia. Ao não haver massas de água retidas a montante com o fim específico de satisfazerem as necessidades de rega dos agricultores da Lezíria para as suas culturas, estas estão dependentes dos volumes de água que o Tejo nos traz e que possam ser canalizadas para o interior aproveitamento da Lezíria. Em anos mais secos, e com as retenções de água a montante (hidroeléctricas e transvases em Espanha e demais retenções em território nacional), os caudais do Tejo são muito baixos nos meses de Verão em que as dotações de rega são essenciais para as culturas instaladas o que é muito crítico para o êxito desta actividade… Para além disso, estes baixos caudais fazem com que na maré cheia o grau de salinidade do Tejo seja muito elevado nos pontos de captação de

água de rega, por gravidade, o que impossibilita o seu uso. Daqui resulta que apenas se pode captar água na maré baixa e com recurso a bombagem o que onera os custos de actividade para a Associação que gere o aproveitamento hidroagrícola. A manter-se o quadro previsível de escassez de caudais, agravado pelas alterações dos regimes de pluviosidade por via das mudanças climáticas, o quadro futuro pode não ser famoso para esta importante área produtiva (cerca de 13.400 hectares). Uma área hoje ocupada pela cultura do arroz, tomate para indústria, milho e outros hortícolas e horto-industriais ficará muito ameaçada caso não se encontre uma solução de sustentabilidade para o futuro. Mas este problema não afecta só os agricultores da Lezíria Grande! Não nos podemos esquecer dos que estão mais a montante (Azambuja, por exemplo) que também se vêem afectados pelo mesmo problema. É urgente encontrar-se uma solução que envolva na discussão todas as partes interessadas enquanto houver tempo para agir e não ficarmos à espera de ter de reagir.

Da sementeira à colheita, a cultura do arroz necessita em média cerca de 16.000m3 de água por hectare em cinco dos seis meses do seu ciclo vegetativo.

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Entrámos no Ano do Congresso do Tejo III e Vamos por Este RIO Acima!

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om efeito a Tagus Vivan – Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, entrou na 2.ª Fase do programa que

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desenhou para o processo preparatório do Congresso do Tejo III, “MAIS TEJO, MAIS FUTURO”, a realizar no próximo mês de Outubro de 2016, dez anos após o

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anterior que se realizou em Lisboa na Gare Marítima da Rocha, na Doca de Alcântara, em Outubro de 2006. Como sabem este próximo Congresso, por ser mais

abrangente territorialmente e na diversidade das matérias a debater, é antecedido por um Ciclo de Conferências Regionais preparatórias, das quais já foi realizada a primeira, a Conferência da Navegabilidade que se realizou em 19 de Outubro passado na Fábrica das Palavras em Vila Franca de Xira, que graças à participação de oradores especializados e ao apoio logístico da edilidade, superou as expectativas. A partir de Fevereiro próximo arranca o Ciclo das restantes conferências, pelo Tejo acima, nas datas e locais a divulgar oportunamente, são elas nas seguintes regiões: Estuário, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Beira Baixa, Alto Alentejo e Tejo Internacional e Ibérico. Das conclusões destas conferências será extraída a matéria substantiva para levar ao Congresso do Tejo III, “MAIS TEJO, MAIS FUTURO”.


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Notícias do Mar

O tejo a Pé

Texto e Fotografia Carlos A. Cupeto

Lisboa é Terra Boa É bem verdade, Lisboa é terra boa mesmo para andar. Lisboa, e tudo à volta, é uma terra fantástica para quase tudo e também para andar.

Antes de partir ouviu-se o Nuno a contar Monsanto.

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Passeando fomos cruzando bonitas paisagens. 40

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altura de convidar a imensa odre de turistas que acotovelam no Chiado a explorar outras faces de Lisboa; Lisboa a andar (Lisbon walking). Muito para além da frente ribeirinha, não há muito descoberta, ou do Guincho há excelentes trilhos em Lisboa para andar sem necessidade de considerar os teóricos devaneios utópicos do Sr Vereador Sá Fernandes. Não temos dúvida que a esmagadora maioria dos turistas, classe média-alta, que visitam Lisboa praticam o andar nas suas terras de origem. Eles sabem que nada é tão salutar como uma caminhada, sabem, como escreveu Henri Vicenot, “se queres compreender, discutir corretamente, imaginar, organizar o teu pen-


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Marca Lisboa.

samento, conceber e decidir, caminha. Caminha, e então verás.” Por detrás destas linhas está a caminhada que em dezembro o Tejo a pé fez em Monsanto. Este pulmão verde da cidade de Lisboa, com acesso de metro, é um recurso fabuloso subaproveitado por lisboetas e visitantes. Voltámos a Monsanto, nunca é demais, e não nos arrependemos. O dia estava nostálgico, com uma capa de nevoeiro que semiocultava a paisagem que procurámos viver, foi um jogo curioso. Quanto mais conhecemos Monsanto mais nos orgulhamos de sermos portugueses. Numa caminhada bastante tranquila do Tejo a pé o Nuno Luz, excelente técnico e guia da CM de Lisboa, mostrounos mais Monsanto, mesmo

aquele que o nevoeiro não nos deixou ver: “um olhar sobre o Tejo”, era o desafiante tema. No moinho do Penedo, no fim, já próximo das 14:00, espreitámos o sol ao almoço e partimos mais felizes e contentes. Atreva-se caminhe em Monsanto e depois conte-nos a sua boa “aventura”. Monsanto também necessita que lá vá. Apetece conhecer mais Monsanto e por isso vamos lá voltar.

Até os animais gostam

Pela hora do almoço até o sol apareceu 2016 Janeiro 349

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Pesca Desportiva

Notícias do Clube Naval de Sesimbra 1º Open à Dourada

Pesca à Dourada em Sesimbra No passado dia 08 de Dezembro o Clube Naval de Sesimbra organizou com o apoio da FPPDAM o I Open à Dourada.

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ste primeiro Torneio Open de pesca à dourada podia ser disputado por atletas federados e não federados. Cada pescador tinha que utilizar cana e carreto manual e não po-

O vencedor, Mário Muacho do Clube Naval de Nazaré

dia usar mais do que três anzóis em cada aparelho. A pesca à chumbadinha estava proibida e quanto ao isco só foi permitido o caranguejo. As equipas eram constituídas por quatro atletas, contando para a classifi-

cação os três melhores. Houve 20 prémios individuais, 3 prémios por equipas, prémio para maior exemplar e também de maior qualidade de exemplares capturados. O I Torneio Open de Pesca à Dourada contou

Prémio para a equipa vencedora o Leão Marinho 42

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com a participação de 32 atletas em representação de diversos clubes de pesca nacionais e ainda alguns praticantes individuais que têm gosto pela Pesca Desportiva. O início da competição foi às 08.00 horas e teve aduração de 5 horas. Após a prova, seguiu-se o almoço de confraternização, seguido da entrega de prémios. A prova foi ganha pelo pescador Mário Muacho do Clube Naval de Nazaré. Por equipas venceu a equipa Leão Marinho.


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto e Fotografia: Pedro Neves/Mundo da Pesca

Pensa que já sabe tudo sobre douradas de inverno?

Esqueça metade do que aprendeu e comece de novo a outra metade

Existem campeonatos em que quem lá vai, conclui que cada vez sabe menos. É uma boa altura para iniciar-se pois ninguém vai desconfiar que é menos experiente. É o que se passa muitas vezes com a pesca das douradas à deriva, uma pesca em que não há verdades absolutas e em que todos os dias reaprendemos e desaprendemos.

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Cada vez é preciso “inventar” mais para apanhar grandes douradas… outras vezes nem por isso.

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pesca lúdica às douradas deve ser provavelmente o evento mais importante ao nível Nacional da Pesca Embarcada. Junta milhares de adeptos nos mais diversos pontos de pesca Portugueses com embarcações lotadas nos

eventuais 60 a 90 dias de novembro a janeiro. Se há alguns anos atrás esta pesca era feita fundeada, com montagens de 2 anzóis e posteriormente à chumbadinha com um anzol ou dois empatados em tandem, de há algum tempo a esta parte começamos a ve-

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Pesca Desportiva

A regra é pescar o mais leve possível. Mas não há regra sem exceção…

rificar esta pesca efetuada à chumbadinha, na vertical, desta vez à deriva, com sonda aberta ou à chumbadinha com montagem de 2 estralhos, uns com multifilares diretos e outros com chicote, anzóis grandíssimos 6/0 e 7/0, chumbos de 30 gramas em 90 metros fundo. Com tantas novas ideias e alterações, parece que os peixes deixaram de ser afetados pelas sondas, quase que metemos o isco dentro da boca deles, os multifilares

estão a substituir em alguns pescadores os fluorocarbonos e os anzóis grandes e grossos cheios de ferro começam a substituir os anzois mais pequenos e finos. As regras começam a não ser as mesmas. As variações são mais que muitas e isto começa a dar conta do juízo a muito boa gente. Continuamos a evoluir sem limites, a imaginação de muitos “ Senhores da Pesca “ tem levado a que cheguemos à conclusão que

Pescar à deriva consiste em pescar em O que todos desejamos, aqueles frenéticos momentos em que já não há sítio para por os pés. 46

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circunstâncias normais com sonda aberta e por sua vez em cima do cardume, que à medida que este se desloca nos fará reposicionar


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vamos aprender sobre pesca até ao final das nossas vidas. Douradas à deriva Não sei onde nasceu esta técnica “ douradas à deriva “, contudo já visualizamos esta malta a pescar e estes devem ser sem dúvida os CR7s das douradas. Esta pesca consiste em pescar em circunstâncias normais com sonda aberta e por sua vez em cima do cardume, que à medida que este se desloca nos fará reposicionar. Podemos segurar a embarcação em cima do peixe com o motor quando as condições do vento e ou corrente são mais elevadas ou podemos deixar a embarcação derivar se verificarmos ausência das mesmas. Antes de começar a pescar em cada deriva conheça o fundo através da sonda, questione a que profundidade se encontra o que procura, não pesque sem que embarcação esteja parada… vai evitar muitos enleios. Não lance, deixe cair. Apesar de estarmos a pescar à chumbadinha e em circunstâncias normais ser obrigatório o lançamento, neste caso não se esqueça que a pesca é vertical e o peixe está debaixo de si. Nos fundos rochosos e pescando à deriva se o seu anzol arrastar pelo fundo é mais que certo que vai ficar sem ele. Por fim, isque das mais diversas formas que conhece até acertar, nem todos os formatos resultam todos os dias.

pescar e pela facilidade de aprendizagem. A partir daqui a sua habilidade e concentração vão ser os seus melhores aliados. É perfeitamente normal não obter resultados nas primeiras pescas e à sua volta todos carregam, é nessa altura que devemos parar, escutar e olhar. As canas Se por um lado antes utilizávamos canas mais compridas pois facilitavam a ferragem desta maravilhosa e manhosa espécie, verifica-

Depois da moda dos anzóis circulares, chegou a vez das iscadas com 2 anzóis, em tandem.

Pare, escute e olhe Todos temos uma coisa em comum, é uma paixão assolapada pela pesca, contudo nem todos somos abençoados pelo DOM de saber

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Pesca Desportiva

Muitas são as vezes em que nos encontramos a pescar entre os 40 e os 90 metros de fundo e detetamos que

somos desiscados sem sentirmos qualquer toque nas nossas linhas

se casa vez mais a utilização de canas com dimensões que variam entre os 2,00 e os 2,50 metros no caso da pesca à chumbadinha à deriva e dos 3,40

e 3,70 metros no caso da fundeado. O objetivo em ambos os casos é de minorar os efeitos do peso numa pesca cuja atividade é elevada.

Os carretos No caso dos carretos e face a tantas alterações é perfeitamente normal que aqui estejamos também sujeitos a mudanças. São procurados

E no fim, nada mais resta a não ser um enorme sorriso. Uma boa dourada justifica-o plenamente. 48

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atualmente equipamentos mais leves, que na maioria dos casos só se encontram a preços simpáticos se reduzirmos os tamanhos. Os tamanhos 8000 são em conformidade com os 6000 os mais interessantes. As linhas Muitas são as vezes em que nos encontramos a pescar entre os 40 e os 90 metros de fundo e detetamos que somos desiscados sem sentirmos qualquer toque nas nossas linhas. Muitas dessas vezes se olharmos para a sonda obtemos a informação que o peixe está levantado do fundo, por exemplo 20 metros. Na minha opinião pessoal, o uso de fios multifilares coloridos vai permitir-lhe meter o seu isco precisamente na profundi-


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dade em que se encontra o peixe e por sua vez aumentará as suas probabilidades de o ferrar. O uso de linhas finas 0,16 a 0,20mm também lhe vai trazer alguns benefícios. Quanto mais fino pescar melhor é o comportamento de chumbadas leves na linha bem como na corrente. Caso sinta uma paragem no desbobinar do carreto enquanto a deixa ir o seu isco para o fundo ou para a profundidade pretendida, não hesite: FERRE! É ela que tem o isco na boca e no caso de posicionar o isco na profundidade desejada e não sentir qualquer tipo de atividade, alivie a linha consecutivamente de 5 em 5 metros até as encontrar. Esta técnica só é permitida porque dispõem de uma linha colorida.

Os pescadores lúdicos e os profissionais Esta é uma altura em que nos encontramos com mais frequência. Nem todos vivemos numa cabana junto ao mar com uma carrada de douradas ao abrir da porta. Como tal, muitos de nós temos que nos deslocar para zonas fora da nossa. O mar é de todos e não tem dono, contudo o bom senso deve estar sempre presente naqueles que estão fora da sua zona. Nada

Não são poucas as vezes em que se apanham douradas destas a meia-água. Se isso nunca lhe aconteceu é porque nunca experimentou.

O autor a puxar dos “galões”… 2016 Janeiro 349

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Pesca Desportiva

A chumbadinha veio para ficar… pelo menos até se arranjar mais uma técnica. Chumbo! Quanto menos pesado pescar mais resultados vai obter, adeque o peso em função das condições apresentadas, ou seja, tendo em conta a corrente e a aguagem. O mais habitual é pescar com chumbo que varia entre as 30 e 60 gramas. Contudo, não há regra sem exceção…

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como procurar informações acerca da zona para onde vai, como se costuma pescar, como agir etc. No caso deste tipo de pesca (à deriva) há zonas mais quentes cuja afluência é maior e como tal se vai pescar fundeado evite fazêlo em cima destes pontos, fundei fora dos cabeços e deixe descair a embarcação para um dos bordos. Com este tipo de ação vai permitir que tantos os pescadores profissionais como os lúdicos vivam em serenidade. Vai verificar que o pescado não está só nos ditos cabeços mas em toda a área afeta. Nota: Este pequeno texto é meramente informativo e apenas evidência experiencias próprias sendo suscetível a discordâncias.


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Notícias do Mar

Notícias Xsealence

Xsealence Instala sistema Seasight em São Tomé e Príncipe O inovador sistema de seguimento e monitorização das atividades da pesca da empresa portuguesa especialista em tecnologias para o mar, foi oficialmente inaugurado em São Tomé no passado dia 11 de Dezembro, contando com a presença do Sr. Ministro da Economia e da Cooperação Internacional de São Tomé e Príncipe, do Sr. Diretor das Pescas, do Sr. Embaixador da UE para a região e da Sra. Embaixadora de Portugal.

A

Xsealence inaugurou o novo Centro de Controlo e Vigilância das atividades da Pesca de São Tomé e

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Príncipe, no qual instalou o seu sistema SeaSight™, que tem como objetivo garantir a proteção dos recursos marinhos do país e monitorar via satélite a

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atividade dos navios que operam nas suas águas territoriais. A inauguração contou com a presença das autoridades do país assim como de representantes da União Europeia e de Portugal. A tecnologia da Xsealen-

ce, com presença em vários países, foi escolhida como a melhor solução no concurso internacional promovido pelo Ministério de Economia e Cooperação Internacional da República Democrática de São Tomé e Príncipe, através da sua Direção de Pescas, que se traduziu no fornecimento da solução de Monitorização via satélite das Atividades de Pesca naquele país. Para garantir as melhores condições de suporte dos sistemas instalados a XSealence estabeleceu uma presença local através de uma parceria com uma empresa são-tomense especialista em tecnologias de informação, comunicações e eletrónica. Entre os sistemas da Xsealence instalados em São Tomé destaca-se o sistema Seasight™ (que inclui o conhecido equipamento de monitorização de embarcações Monicap™). Este sistema, pioneiro mundial e caso de estudo na União Europeia, deu os primeiros passos em 1988, e é uma solução de monitorização e controlo das atividades da pesca que resultou de uma parceria sólida com as Autoridades das Pescas Portuguesas, onde o sistema está instalado desde 1992. Essa parceria ainda hoje se mantém visando não só melhoramentos


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tecnológicos e funcionais, mas também os quadros legais de aplicação deste tipo de ferramentas. O Seasight™ inclui uma unidade embarcada nos navios (equipamento Monicap™), onde é armazenada informação sobre a embarcação (incluindo dados de deslocação e localização, extraídos do sistema GPS e EGNOS) e que comunica por satélite (ou outro meio de comunicações móveis) com um Centro de Fiscali-

zação e Controlo normalmente instalado nas entidades responsáveis pela fiscalização e gestão sustentável da atividade de pesca. O Centro possui um conjunto poderoso de ferramentas de processamento e distribuição de informação, incluindo sistemas de bases de dados, sistemas de informação geográfica e sistemas de comunicações informáticas avançadas. As ferramentas incluem, nomeadamente, soluções para inspetores, para gestão de

missões marítimas e de gestão de atividade e esforço de pesca (diários de pesca eletrónicos). As soluções oferecidas pela Xsealence permitirão às autoridades de São Tomé e Príncipe combater a pesca ilegal e a devastação e preservar os recursos, regular, controlar e melhorar a fiscalização das pescas, aumentando ao mesmo tempo a segurança dos pescadores em conformidade com o objetivo de seguir a regulamentação

da União Europeia no controlo e monitorização das atividades da pesca. Este é mais um caso de internacionalização da Xsealence na implementação de soluções para área na qual a empresa tem uma vasta história de realizações e onde se apresenta na linha da frente da tecnologia a nível mundial. XSEALENCE – Sea Technologies, SA www.xsealence.pt, mail@xsealence.pt

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Vela

45º Campeonato do Mundo de Vela da Juventude ISAF 2015

Regata de SL16

Portugal na 20ª Posição do Troféu das Nações Portugal terminou em 20º lugar do Troféu das Nações no 45º Campeonato do Mundo de Vela da Juventude ISAF, onde marcaram presença 430 atletas de 80 países, em Langkawi, na Malásia. No geral, as prestações dos velejadores nacionais em águas malaias foi positiva.

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m SL16, Rui Ribeiro/Miguel Ferreira foram 6º do grupo de prata, depois de no derradeiro dia terem sido

7º, 2º e desqualificados por largarem adiantados. Os franceses Louis Flament/Charles Dorange ficaram com o ouro, os australianos Shaun Connor/

Carolina João, foto Cristophe Launay 56

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Sophie Renouf com a prata e os neozelandeses Tamryn Lindsay/William McKenzie levaram o bronze. Guilherme Marques acabou em 20º em RS:X Masculino,

depois de ter sido 17º na última regata do Mundial da Juventude. O francês Titouan Le Bosq conquistou o título, seguido do argentino Francisco Saubidet Birkner e do brasileiro Brenno

Tomás Barreto e João Prieto, foto Cristophe Launay


Vela

Lourenço Mateus, foto Christophe Launay Francioli. Em 420 Masculino, Francisco Maia/Rui Oliveira fecham a participação no 17º posto, tendo sido 7º na úlima regata. Os norte-americanos Will Logue/Bram Brakman já tinham sido consagrados como vencedores. Os brasileiros Leonardo Lombardi/ Rodrigo Luz foram segundos e os irlandeses Douglas Elmes/ Colin O’Sullivan ficaram com o terceiro lugar. Mafalda Pires de Lima/Marta

Teixeira de Melo encerram na 17ª posição em 420 Feminino, tendo sido 12ª. As polacas Julia Szmit/Hanna Dzik são campeãs do Mundo seguidas das australianas Nia Jerwood/Lisa Smith e das espanholas Maria Caba/ Carla Diaz. Carolina João ficou em 20º lugar da geral em Laser Radial Feminino, depois de ser 23ª. A húngara Maria Erdi ficou com o ouro. A alemã Hannah Anderssohn foi segunda e a polaca

Mafalda Pires de Lima e Marta Teixeira de Melo, foto Cristophe Launay Magdalena Kwasna, alcançou a terceira posição. Em Laser Radial Masculino, Lourenço Mateus quedou-se pelo 46º lugar final, depois de ser desqualificado na derradeira regata. O australiano Alistair Young celebrou a medalha de ouro. O neozelandês George Gautrey e o britânico Daniel Whiteley ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Tomás Barreto/João Prieto finalizaram a prova como 23º

classificados na geral de 29er Masculino, tendo sido 27º na última regata realizada. Os eslovenos Peter Lin Janezic/Anze Podlogar alcançaram o título seguidos dos neozelandeses Jackson Keon/Nick Egnot Johnson e dos noruegueses Tomas Mathisen/Mads Mathisen. No Troféu das Nações vitória da Austrália, com Nova Zelândia e França a serem 2ª e 3ª respectivamente. Portugal foi 20º da geral.

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Surf

Entrevista a Joana Schenker

Joana Schenker diz

“Gostava que esta medalha mudasse alguma coisa” Joana Schenker medalha de bronze no Mundial da ISA fala da “melhor época de sempre” e perspectiva 2016 ambicioso

J

oana Schenker, algarvia de origem alemã de 28 anos, alcançou a medalha de bronze no Mundial de Bodyboard da ISA (Internatio-

nal Surfing Association) em Iquique, Chile, no passado dia 13 de Dezembro. Troféu que completa um naipe quase perfeito a que se juntam o triunfo no Circuito Europeu de

Bodyboard e o título nacional Agora que já passou o deslumbramento da medalha, e volvidas algumas semanas após o regresso do Chile, como avalias a tua prestação

Joana Schenker Campeã da Europa 58

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no Mundial? No geral, estou satisfeita porque cumpri o objectivo inicial a que me tinha proposto: chegar à final. E mais ainda porque quando começou a competição e percebi o nível muito alto das minhas adversárias, percebi que ia ser muito complicado. Assim, com tudo isto, o terceiro lugar é um excelente resultado. Mas dito isto, e ao avaliar a tua prestação ao longo da prova, ficou a sensação que poderias ter feito melhor ainda… Sim, é verdade, admito que sim. Mas estes campeonatos não são provas de regularidade. Fazemos tudo para chegar à final e é na final que tudo se decide. Houve poucas ondas e factores como a sorte e a experiência contam muito. Veja-se o que aconteceu com a Neymara Carvalho, que usou essa experiência para apanhar uma onda nos momentos finais da bateria e ultrapassar-me


Surf

Falando especificamente desta medalha de bronze no Chile, pensas que poderá mudar alguma coisa na tua carreira daqui para a frente? Obviamente que gostava que esta medalha mudasse alguma coisa, nomeadamente em termos de apoios e patrocínios mas, sinceramente, não estou à espera de nada. Para 2016, quais os desafios a que te propões? Uma presença mais consistente no Circuito Mundial Profissional (APB – Association of Professional Bodyboarders) parece ser o passo seguinte mais lógico… Sim, vou continuar a apostar nos circuitos, nacional e europeu e investir mais no Mundial, aproveitando até o facto de, este ano, termos 3 etapas em Portugal (Sintra, Nazaré e Viana do Castelo). O objectivo passa por fazer 4 etapas do calendário do Mundial APB, mais do que isso, dependerá dos eventuais apoios que possam surgir. para a prata. No caso da vencedora, a Cecile Lacoste, ela fez uma melhor escolha de ondas e é por isso que se sagrou campeã do Mundo. Numa final naquelas condições, é fundamental a selecção das ondas. Uma medalha de bronze no Mundial a juntar aos títulos no Europeu e no Nacional. Consideras que esta é a tua melhor temporada de sempre? Sim, sem dúvida! Há anos que trabalho muito para isto e este ano tudo se encaixou na perfeição para aquela que considero a minha melhor época desportiva de sempre. Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Acossiação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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Notícias do Mar

Últimas Surf de Ondas Grandes

Fotografia: Rui Soares e Action Sports Azores

EDP Mar Sem Fim a caminho da Ilha Graciosa

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ção com uma potencial viagem aos Açores iminente. “Temos alguns locais identificados na Costa Oeste, Norte e Este da Graciosa, e os relatos de vários surfistas e amigos dizem-nos que esta ilha poderá ter algumas das melhores ondas do arquipélago. Estamos atentos à evolução de uma tempestade ao largo da Costa Leste dos EUA, que poderá dar boas ondas na próxima semana. A equipa de surfistas está a ser definida consoante o calendário desportivo de cada um e podemos ter algumas boas surpresas de surfistas portugueses conhecidos que querem puxar

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os seus limites e aproveitar a plataforma do EDP Mar Sem Fim para o fazer.” À medida que o projeto avança para novos locais, também aumentam os desafios logísticos, conforme indica Mário Almeida, responsável pelo EDP Mar Sem Fim. “Estamos constantemente a jogar com janelas de espera muito curtas de 72 horas desde a confirmação da expedição até ao arranque da mesma, por isso conseguir colocar motas de água, pranchas e materiais, para além de uma equipa de 12 pessoas em ilhas mais remotas, torna-se um verdadeiro desafio. Temos de jogar

muito bem com vias aéreas e marítimas, o que nesta altura de inverno é mais complicado. Os Açores têm um potencial incrível e este desafio adicional vale a pena.” A segunda expedição da temporada entra assim em alerta amarelo e a organização mantém-se atenta ao desenvolvimento das condições, prevendo-se a confirmação da mesma para dia 14 de Janeiro e o arranque da equipa no dia 16 de Janeiro. Esta expedição contará com os importantes apoios locais da Transisular, Bombeiros Voluntários Da Graciosa e Câmara Municipal da Graciosa.

Fotografia: Rui Soares e Action Sports Azores

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epois da capital do surf nos Açores receber o arranque oficial da temporada e reforçar a Ribeira Grande como local de excelência para o surf de ondas grandes, a equipa parte agora à descoberta das ondas do grupo Central dos Açores O EDP Mar Sem Fim, projeto pioneiro de descoberta de ondas grandes, desconhecidas e inexploradas em Portugal prepara-se para regressar ao mar dos Açores, tendo em vista a segunda expedição da nova temporada de ondas grandes. Com a duração de cinco dias, a equipa destacada para esta missão de exploração irá realizar sessões de surf na Ilha Graciosa, com especial atenção para Santa Cruz da Graciosa. A escolha desta ilha prende-se com a sua localização geográfica, já que se encontra muito exposta às ondulações formadas no Atlântico Norte, sendo conhecida por receber grandes ondulações com condições de vento favoráveis. Por ser uma ilha pequena, torna-se ainda fácil para as ondulações contornarem a ilha sem perder muita energia. O surfista João De Macedo não esconde a sua emo-


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