Notícias do Mar n.º 350

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Notícias do Mar

Desenvolver a Náutica de Recreio

Texto Antero dos Santos

Rampas no Estuário do Tejo

O Estuário do Tejo tem condições excepcionais para a náutica de recreio e o turismo náutico Por falta de vontade política dos Governos e das Autarquias, a náutica de recreio, bem como outras actividades económicas, como o Turismo Náutico, não se desenvolvem no Estuário do Tejo.

A

carência não é apenas no Estuário do Tejo, pois no restante país, a Náutica de Recreio nunca encontrou meios para se desenvolver, apesar de

dispor de características especiais, como os 850 Km de litoral, rios navegáveis, imensas albufeiras interiores, o maior estuário da Europa, o do Tejo, e ainda dois arquipélagos a menos de

Rampa antiga de Oeiras Junto à marina está completamente degradada. 2

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1.000 milhas. Apesar de dispor destas condições ímpares, Portugal é o país europeu com menor número de embarcações por habitante. O facto de os portugue-

ses não adquirirem barcos, não é por aversão ao mar ou medo da água. A prova disso, são as centenas de milhar de jovens surfistas, mergulhadores e pescadores que durante todo ano ao

Rampa já feita junto à praia da Caparica que necessita ser reparada e alargada.


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longo de décadas, praticam as suas modalidades preferidas nas praias, ao longo do litoral e nas ilhas. São vários os motivos que têm impedido a náutica de recreio de se desenvolver e desmotivado os portugueses de terem barco, dos quais os principais são: Não há locais para meter os barcos na água, nem existem condições para se guardar os barcos Em Portugal nem os Clubes Náuticos conseguem responder a esta necessidade dos praticantes. Por não serem considerados importantes para os políticos, a grande maioria dos clubes vive em instalações precárias, em áreas sob a administração dos Organismos Portuários, sem espaço para crescerem e com pequenas instalações, muitos sem rampas para descerem as embarcações e todos sem espaço e instalações para guardar os barcos dos sócios. No Estuário do Tejo existem alguns Clubes Náuticos, mas quase todos com deficiente acesso á água para servirem os praticantes de vela, canoagem e remo e nenhum guarda os

O Tejo precisa ser descoberto pela náutica de recreio

barcos dos sócios. Em todo o Estuário do Tejo só existe uma rampa pública de acesso à água em Alhandra. Em Belém, gerida pela APL, há uma pequena rampa que serve apenas os clubes de vela ali sediados. A APL tem uma excelente rampa junto ao VTS, o Centro de Controlo do Tráfico Marítimo em Algés, mas não é pública e serve apenas para seu uso exclusivo. Devido a esta situação, ninguém tem a possibilida-

Na Cova do Vapor existe uma pequena rampa para acesso à praia que devia ser reparada e alargada.

de de sair de Lisboa no seu barco e ir almoçar com a família ao Seixal, a Alcochete ou a Vila Franca de Xira, a não ser que seja proprietário de um iate já dentro de água numa das docas de Lisboa ou na Marina Expo. Quem tiver uma embarcação que se pode rebocar, mas sem sítio para a meter na água, não tem qualquer hipótese de passear pelo rio, nem ir almoçar num dos restaurantes ribeirinhos. O Estuário do Tejo possui excepcionais condições para o turismo náutico mas

precisa de revitalizar as zonas ribeirinhas para que sirvam melhor as populações e sejam um pólo de dinamização do desenvolvimento da náutica de recreio. As Rampas Públicas de Acesso à Água As rampas públicas de acesso à água, são as infraestruturas mínimas para a prática das actividades náuticas. Sem elas não é possível meter um barco na água. Não havendo acessibilidade à água, não existe

Rampa da APL em Algés vedada ao uso do público 2016 Fevereiro 350

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A Doca do Poço do Bispo é um dos melhores locais em Lisboa para a náutica de recreio

motivação para se praticar qualquer desporto aquático que seja. A utilização de uma rampa é feita normalmente por embarcações até os 6 metros, a motor ou à vela, que são rebocáveis em cima de um atrelado e que facilmen-

te descem por uma rampa para a água. Se o Estuário do Tejo fosse dotado de um bom número de rampas públicas de acesso à água, em locais estratégicos, iniciavase certamente uma procura desses locais pelos que já

Rampa de Almada a construir junto à Base do Alfeite e à Lisnave junto a uma pequena praia

têm barco, para conhecerem finalmente a grandeza do Estuário. Quem não tem barco e tem curiosidade pelas belezas do Tejo, ficaria motivado para iniciar-se na náutica de recreio. Poder transportar facil-

mente o barco de um lado para o outro, metê-lo na água e tirá-lo sem muito custo, permite usufruir do maior prazer e incentiva um uso mais frequente, com um custo mais económico. O Estuário do Tejo pode vir a ter um papel fantástico

Os flamingos vêem-se facilmente no estuário do Tejo 4

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no desenvolvimento da náutica de recreio e do turismo que vai proporcionar, com dezenas ou centenas de barcos de recreio a navegar no Tejo. Cada Rampa custa apenas 10.000 euros! No Estuário do Tejo, devese ter em atenção o seguinte no que respeita às rampas: - Para terem a máxima utilidade é da maior importância que as rampas sejam construídas em locais onde se possa estacionar os carros e os atrelados. - Nesses locais também se deve instalar uma pequena torre com água onde se possa ligar uma mangueira (como nas marinas) para lavar os barcos ou o motor, após os passeios. - A rampa é uma infraestrutura simples que pode ser construídas em betão. - Devem ter no máximo uma inclinação de 20% (2 metros em altura por cada 10 metros de comprimento). - Dimensões mínimas da largura: 10 metros - Dimensões do comprimento: 20 metros (depende da baixa-mar no local) - Quantidade de betão: 40 m3 No estuário, em zonas com pouca agitação das águas, as rampas não necessitam de quaisquer defesas hidráulicas, por isso é uma obra simples. Deste modo, o custo médio estimado por rampa, incluindo preparação do terreno e betonagem são apenas 10.000 euros. Acreditamos que seja por falta de conhecimento destes custos que as autarquias não constroem rampas públicas de acesso à água. Se sabem e não as fazem, quer dizer que não

estão interesadas na náutica de recreio nem no turismo náutico. Mini-Cluster Náutico Se a área onde a rampa for instalada tiver sido pensada para se expandir e com espaço, decerto que pode vir a ser um pólo de desenvolvimento, um Mini-Cluster Náutico. Quem anda de barco precisa de ter perto de si e à mão o maior número possível de serviços náuticos, que

A Rampa do Seixal Junto à Associação Náutica está há muito tempo prometida.

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No Montijo existem muitos locais onde se pode construir facilmente uma rampa

satisfaçam as necessidades de assistência ao barco e ao motor. Junto aos locais onde se pretende construir uma rampa, pode ser criado um pequeno estaleiro para reparação ou construção de barcos e lojas para o comércio de equipamentos náuticos e de pesca. O local deve ter a possibilidade de oferta do serviço de parqueamento de embarcações em seco. O problema de guardar os barcos pode ser resolvido localmente, caso a procura seja importante e se facilite a iniciativa de alguém que queira apostar neste tipo de serviço. O convívio social é igualmente fundamental para os desportistas náuticos que depois de um dia no rio querem usufruir de uns momentos de relax a matarem a sede ou comer. A implan-

tação futura de um bar ou restaurante neste local deve ser igualmente prevista. Se houver uma aposta nestes Mini-Clusters Náuticos eles serão rapidamente os pólos dinamizadores da náutica de recreio, promovendo o desenvolvimento das actividades económicas do sector e a criação de postos de trabalho. Rampas Dinamizadoras do Estuário do Tejo Quase ninguém conhece o Estuàrio do Tejo. É precisso interessar, pelo menos, os habitantes dos Concelhos Ribeirinhos a conhecê-lo. Com a utilização das rampas o Estuário do Tejo passará a ser mais conhecido e então mostrar toda a sua grandeza que está escondida a quem não anda pelo rio

Estas rampas em Alhandra existem e têm dado bom contributo à náutica de recreio 6

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Em Alcochete este é um local excelente para se construir uma rampa

de barco. Depois de criadas as condições de acesso à água com as rampas, passa a ser mais fácil desafiar todos os que se querem iniciar a navegar no Tejo e visitarem as localidades ribeirinhas. É importante dar a conhecer o Estuário do Tejo às crianças e jovens dos Concelhos Ribeirinhos. É preciso que conheçam a biodiversidade, os pássaros que nidificam no Estuário, os peixes, os touros e os cavalos. Através das rampas pode-se melhor organizar saídas, navegar pelo rio e aceder a mais locais. Sendo o rio Tejo um colossal berçário de peixe, as rampas vão possibilitar o incremento da pesca lúdica, facilitando o acesso por barco a muitas zonas que são completamente inacessíveis.

Através das rampas podese depois facilmente viajar pelo Tejo e conhecer melhor a rica e diversificada gastronomia Ribatejana. Rampas Estratégicas O estuário tem excelentes locais para se construir uma rampa e alguns desses locais até já têm rampa, mas estão desactivadas e degradadas, não permitindo a sua utilização. Vamos descrevê-las da foz para nascente. 1- Rampa antiga de Oeiras Junto à marina de Oeiras até tem um parque de estacionamento. Está completamente degradada. 2 - Rampa na Caparica Existe já feita junto à praia da Caparica, mas necessita de ser reparada e alargada.

Em Vila Franca de Xira encontra-se uma rampa que é um exemplo do desinteresse autárquico


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Nas margens do Tejo estes são alguns dos cavalos da Lezíria que se vêem

3 - Rampa na Cova do Vapor Existe uma pequena rampa para acesso à praia, que devia ser reparada e alargada. Tem um parque de estacionamento a 200 metros. 4 - Rampa da APL de Algés Excelente rampa que devia ser de uso público, pois tem um fácil acesso e também

zona para estacionamento. 5 - Rampa do Poço do Bispo Este é um dos melhores locais em Lisboa para a náutica de recreio. Esteve ao serviço da navegação comercial e agora foi abandonada, apresentando-se a rampa e a doca completamente degradadas.

No Carregado falta uma rampa em local aprazível com pontão e infraestruturas.

6 - Rampa em Almada Junto à Base do Alfeite e à Lisnave existe uma pequena praia onde apenas falta construir uma rampa para servir milhares de navegadores de recreio.

por falta da rampa prometida pela APL. Junto à Associação Náutica do Seixal o que não falta são locais para construir uma rampa. Aqui a vontade política de nada fazer tem sido mais forte.

7 - Rampa no Seixal No Seixal esteve para ser disputado um Campeonato do Mundo de Vaurien, que acabou por ir para Setúbal,

8 - Rampa no Montijo Junto ao Terminal dos barcos ou com acesso pela Rua Vasco da Gama, existem locais onde se pode construir

Rampa na Azambuja 2016 Fevereiro 350

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A visão de pássaros é um espectáculo permanente nas margens do Tejo

facilmente uma rampa com estacionamento perto. 9 - Rampa em Alcochete Local usado por desportistas náuticos, onde falta uma rampa e pontões para se encostar os barcos junto à Av. D. Manuel I para se ir almoçar.

Pontão de encosta de barcos em Valada do Ribatejo

10 - Rampas de Alhandra Há duas rampas em Alhandra, uma pública e a outra da Secção Náutica do Alhandra, junto ao jardim e com par-

que de estacionamento. Os pontões pertencem à marina do Clube. 11 - Rampa de Vila Franca de Xira Em Vila Franca de Xira encontramos um exemplo do desinteresse autárquico pela náutica de recreio, pois desativou uma rampa num bom local, junto à marina e com estacionamento perto. 12 - Rampa na Vala do Carregado Junto ao Carregado num local muito aprazível que até já tem um pontão e infraestruturas, e é muito procurado de automóvel. 13 - Rampa na Azambuja Perto da Azambuja e numa zona excelente para se fazer passeios até Salvaterra de Magos ou Valada do Ribatejo.

Valada do Ribatejo é o fim da linha da náutica de recreio no estuário do Tejo e tem uma rampa em bom estado 8

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14 – Rampa de Valada do Ribatejo Existe em bom estado e com paia fluvial. Neste momento é o fim da linha da náutica de recreio no estuário do Tejo.


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Notícias da Marina de Lagos

Boat show na Marina de Lagos

A Marina de Lagos vai ser palco de uma exposição de barcos novos e usados, o Marina de Lagos Boat Show, nos dias 26 e 27 de Março de 2016, fim-de-semana de Páscoa.

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este evento gratuito e aberto ao público, os visitantes em geral e os amantes do meio náutico conhecerão algumas novidades ao nível de embarcações de recreio e terão acesso a boas oportunidades na gama de usados. O Marina de Lagos Boat Show conta com a participação das empresas Algarve Boat Sales, Bluewater Al10

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garve e Wonder Yachts, baseados na Marina de Lagos e estarão representadas diversas marcas como Bryant, Hunton, Rinker, Bénéteau, Sealine, Jeanneau, WT1 Wake Tractor e Brig. A exposição estará centrada na zona Norte da marina, no pontão L e também em terra, e vão ser também disponíveis demonstrações (saídas de barco) para os clientes mais interessados. Evento aberto a toda a


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família, o Marina de Lagos Boat Show vai dispor de uma simpática área de estar, onde os visitantes poderão tomar uma bebida, e actividades náuticas para crianças, envolvendo os mais novos no alerta para a importância do mar. www.marinadelagos.pt www.facebook.com/lagosmarina twitter.com/MarinadeLagos www.instagram.com/marinadelagos

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Náutica

Notícias Yamaha

Campanha de Remotorização Yamaha para Motores Fora de Borda A Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal e m P o rt u ga l l a n ça a Ca m pa n h a d e Remotorização de 2016 entitulada “TROQUE VELHO… POR NOVO”.

E

sta campanha é válida de 1 de Fevereiro a 31 de Março de 2016,não acumulável com outras campanhas, packs, bónus ou descontos e exclusiva a Concessionários Yamaha Marine aderentes, em todos os modelos a 4 tempos desde o F25D (nesta cavalagem estão excluídos os modelos de variante manual) até ao F300B, desde que estejam disponíveis para entrega durante a validade da campanha. A campanha prevê a oferta de um relógio – TW Steel N15TW001-B5-00 – ao Cliente Final que é limitado ao stock existente na Yamaha e será enviado diretamente para o concessionário onde o Cliente adquirir o seu motor, desde que

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a YMENVSucursal em Portugal receba os dados pessoais do Cliente (nome, email, comprovativo de compra e de retoma do motor antigo) até 15 de Abril de 2016. A Yamaha não se responsabiliza pela falta de stock do relógio, caso os dados não tenham sido enviados correctamente até 15 de Abril de 2016. A extra-valorização é de até 25% do PVPR em vigor do motor novo e os valores apresentados já incluem IVA à taxa em vigor, actualmente de 23%. O preço é só motor, não incluindo comandos nem instrumentos. Acompanhe-nos em #yamahamarineworld #mundoyamahamarine #motorforadebordayamaha #yamahaoutboards

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Economia do Mar

Investigação em Força no Ministério do Mar A economia azul, apresentada como meta inquestionável, está profundamente garantida no relatório do Governo para o ministério de Ana Paulo Vitorino, ao expressar grande relevo na investigação científica.

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ara um orçamento de 80 milhões de euros, mais 26,8% que no ano passado, o Ministério do Mar tem como medidas inscritas no Programa 43,6 milhões de euros, ou seja 46% do t5otal da despesa, para a investigação científica. Pretende-se dar uma marca de inovação que aponta novos caminhos de futuro. Uma viragem de paradigma de desenvolvimento sustentável, com uma forte aposta no Mar. A economia azul é descrita como sendo uma expressão institucional que será integrada numa estratégia. Depois de reforçar substancialmente o orçamento para o mar, a natureza transversal da economia azul é referida como exigente de dinamização e será prioritária. É fundamental a valorização da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar, com o objetivo de garantir a articulação entre sectores e a celeridade na execução das medidas. As ações de coordenação serão delineadas em todas as cadeias de decisão. Com descentralização e adequar o nível de decisão política à escala da intervenção territorial é uma prioridade com vista a facilitar a vida das pessoas. Implementando a simplificção administrativa, vai apostar-se na

articulação da inúmera legislação espalhada, na regulamentação e elaboração de portarias destinadas a simplificar licenciamentos, vistorias e a agilizar procedimentos nos sectores das pescas, nos portos e nas atividades marítimas comerciais, bem como para a náutica de recreio. A investigação e inovação são as estratégias para a consolidação,

a sustentabilidade económica e ambiental e o desenvolvimento em todas as áreas da economia azul. Para além do reforço no investimento na investigação, serão concretizadas medidas de eficiência energética e promoção da utilização das energias renováveis nas atividades mais tradicionais como a pesca, mas também em sectores em crescimento como a aquicultura.

Para o arranque efectivo e o lançamento do Programa Mar 2020, que foi aprovado em Dezembro de 2015, torna-se fundamental o financiamento das medidas nele integradas e implementar a promoção empresarial, com o objectivo da competitividade e a internacionalização. Propõe-se a constituição de um Fundo Azul, destinado a incentivar e acelerar a criação de empresas start up de base tecnológica e apoiar a investigação científica e a monitorização do meio marinho, que será fundamental para a dinamização desta economia. Estão ainda previstas medidas de apoio ao desenvolvimento da marinha mercante nacional e à promoção da competitividade, internacionalização e dinamização da atividade portuária. Os portos nacionais constituem um pilar fundamental para o desenvolvimento económico de Portugal. A estratégia do Governo neste eixo passa por apostar na melhoria das acessibilidades marítima e terrestre, bem como na especialização da actividade de cada porto de acordo com o seu hinterland específico, retirando assim de forma mais eficiente as vantagens competitivas do posicionamento estratégico do País e incentivar os concessionários a modernizarem as suas concessões para garantirem uma competitividade crescente a nível global.

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Campanha da Sardinha

Talvez se Vá Comer Mais Sardinha Este Ano O Governo pretende manter o nível de capturas de 19.000 toneladas e vai intensificar as campanhas de investigação sobre a sardinha

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Ministério do Mar pretende manter durante este ano, as capturas da sardinha em nível idêntico ao do ano transato, respeitando o princípio da aproximação de precaução na gestão da pesca da sardinha. Os resultados da campanha científica realizada em dezembro revelam uma recuperação da biomassa e dos índices de recrutamento nas águas portuguesas. Esta é uma boa notícia para os pescadores artesanais de cerco que são os que pescam a sardinha em menos quantidade, mas por chegarem mais depressa às lotas vendem-a mais fresca e com mais valor. Em julho de 2015, o aconselhamento científico elaborado pelo ICES (Conselho Internacional para a Exploração do Mar, organismo cientifico de aconselhamento da 14

Comissão Europeia) propôs como quota Ibérica um limite de capturas para 2016, entre um mínimo de 1.587 toneladas e um máximo de 14.000 toneladas a dividir entre Portugal e Espanha, seguindo uma abordagem muito cautelosa. Durante 2015, as capturas para os dois países situaramse em 19.000 toneladas, tendo o total de capturas da frota portuguesa de cerco ascendido a 13.000 toneladas. Estudos científicos vão acompanhar a pesca Com o objetivo de garantir o máximo de informação disponível e uma gestão sustentável do recurso sardinha, o Ministério do Mar determinou a realização de um cruzeiro científico sobre a sardinha, realizado em dezembro, e desencadeou reuniões de traba-

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lho de negociação com Espanha e a Comissão Europeia para articular as necessárias medidas de gestão. Os dados desta campanha científica indicam um aumento da biomassa de sardinha, e um aumento considerável do recrutamento, informação que importa consolidar com uma gestão prudente e responsável, monitorizando ao

longo do ano a evolução do estado do recurso. Neste sentido, ficou acordado com Espanha e aceite pela Comissão Europeia, uma gestão responsável que passa por um limite de capturas de 10.000 toneladas até julho, ao mesmo tempo que se intensificam as campanhas científicas para monitorização e avaliação da biomassa. Com os dados já recolhidos é expectável a revisão em alta dos níveis de captura, permitindo atingir as 19.000 toneladas até ao final do ano. Ou seja um nível de capturas para 2016 equivalente ao do ano anterior. No período intermédio, até julho, os serviços do Ministério do Mar responsáveis pela administração pesqueira vão reunir e estabelecer as medidas adequadas com o sector, no âmbito da Comissão de Acompanhamento da Sardinha. Por outro lado, com os novos dados científicos recolhidos pela investigação, Portugal, em conjunto com Espanha, irá solicitar formalmente ao ICES a reavaliação do aconselhamento para 2016, mantendo a orientação de atingir um total de captura de sardinha que respeite a sustentabilidade do recurso.


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Comunicado da Oceana

10 Prioridades para os Oceanos em 2016 A Oceana listou 10 questões fulcrais relativas aos oceanos que devem ser prioritárias em 2016 e instou os decisores políticos a estabelecerem políticas que lhes deem resposta.

A

Pesca de palangre, a mais selectiva e respeito do meio ambiente

organização internacional de conservação do ambiente marinho pede aos países que passem das palavras aos atos depois de estes terem aprovado o Acordo de

Paris na COP21, «realçando a importância de garantir a integridade de todos os ecossistemas, incluindo a dos oceanos, assim como de garantir a proteção da biodiversidade». «Os oceanos são a prin-

Defender os habitas marinhos profundos 16

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cipal fonte de vida na Terra, mas continuamos a explorar a sua riqueza de forma despreocupada e a colocar em perigo o seu futuro e o nosso», afirma Lasse Gustavsson, Diretor executivo da Oceana

na Europa. «A Oceana faz um aviso claro: apenas os seres humanos podem resolver os problemas gerados pelos seres humanos. E existem medidas fundamentais que os líderes mundiais, deci-

Acabar com o arasto a 968 metros


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sores políticos, indústria e cidadãos podem tomar em 2016 para começar a inverter a tendência de declínio dos oceanos.» 10 medidas fundamentais para 2016 que podem mudar o futuro dos oceanos -Proteger e conceber planos de gestão de habitats e espécies vulneráveis. A Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica define o objetivo de proteger 10% dos oceanos até 2020. -Não capturar mais peixe do que aquele que o mar consegue repor. Pensar a longo prazo: os governos devem gerir a pesca de forma sustentável e científica, enquanto os cidadãos devem tomar decisões mais conscientes e sustentáveis enquanto consumidores. -Promover práticas pesqueiras que respeitem o meio ambiente, evitando a captura de espécies não pretendidas. Melhorar a seletividade das artes da pesca reduz as capturas acidentais e a devolução de peixes ao mar. -Erradicar a pesca ilegal e responsabilizar legalmente os seus beneficiários. A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada coloca em perigo não só o sustento dos pescadores, mas também ameaça as espécies e os habitats marinhos e impossibilita a adequada gestão dos recursos pesqueiros. -Defender as profundezas marítimas. Os habitats marinhos de profundidade albergam espécies vulneráveis com poucas crias e que podem sofrer perdas irreversíveis devido a atividades que destroem os seus habitats. -Agir contra as alterações climáticas. A água do mar está a aquecer e a tornar-se mais ácida devido às emissões de CO2, obrigando as espécies a migrar e a invadirem outros ecossistemas, acabando com os corais e com os animais com concha. O impacto sobre as comunidades costeiras é imprevisível, mas catastrófico em todos os cenários possíveis. -Lutar por um mar limpo. Re-

Não pescar mais que o mar repõe ciclar e reutilizar para produzir menos lixo e evitar que este chegue ao mar. Os resíduos encontram-se em toda a parte: desde a existência de microplásticos nos peixes a resíduos em zonas profundas e áreas nunca antes exploradas. -Fazer a transição para energias renováveis. Os oceanos são uma fonte de energia

renovável (marés, ondulação e vento) e, em contrapartida, recebem derrames de petróleo e de combustíveis. -Investir mais em investigação marinha. Precisamos de ter uma maior compreensão acerca do funcionamento dos ecossistemas de forma a podermos avaliar melhor os riscos e a podermos agir antes que

seja tarde de mais. Mas não só: existem milhares de espécies por descobrir! -Sensibilizar as pessoas para a questão do mar. Os oceanos não são algo de insignificante; cobrem 71% da superfície do planeta. Devem ser o ponto central das nossas políticas e, inclusivamente, dos nossos pensamentos.

Resto do arrasto da pesca do camarão 2016 Fevereiro 350

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Comunicado da Oceana

79% das espécies piscícolas em vias de extinção são ignoradas pelos governos do Atlântico nordeste A Oceana solicita à Convenção OSPAR (Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste) o alargamento da lista das espécies e habitats ameaçados

Peixe rejeitado que deu a uma praia

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Os tubarões das profundidades estão em vias de extinção 18

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m Trondheim, Noruega, no passado dia 19 de Janeiro, representantes dos 15 governos e da UE reuniraam-se na Convenção OSPAR para discutir a proteção de espécies marinhas e habitats ameaçados no Atlântico nordeste. A Oceana instou os participantes ao alargamento da lista de espécies ameaçadas e cujo número de efetivos estão a diminuir. A lista não foi atualizada deste 2008 e não inclui 79% das espécies piscícolas reconhecidamente em vias de extinção. A Oceana também defende os habitats cujas espécies têm vindo a diminuir no tocante a núme-


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ro de efetivos, como é o caso das florestas de algas marinhas kelp e das comunidades de Haploops. «A OSPAR necessita de reformular totalmente os seus ineficientes procedimentos de listagem e de proteção da biodiversidade ameaçada. Solicitamos aos governos do Atlântico nordeste que parem de arrastar o problema e que adotem urgentemente uma abordagem mais sistemática listando todas as espécies marinha e habitats identificados pela ciência como estando ameaçadas. Ao mesmo tempo, é necessário que a OSPAR tome medidas concretas para garantir que assim que as espécies e os habitats sejam listados, estes sejam efetivamente protegidos.», afirma Lasse Gustavsson, Diretor Executivo da Oceana na Europa. A Lista da OSPAR de Es-

Tubarão preso numa rede

pécies e Habitats Ameaçados e/ou cujos número de efetivos esteja em Declínio foi adotada em 2003. Esta lista é a prin-

cipal ferramenta para a identificação de prioridades de implementação de medidas de conservação no Atlântico nordeste. Contudo, a lista não

foi atualizada desde 2008, apesar do número crescente de provas científicas que confirmam que a biodiversidade marinha se está a degradar

Peixe da família dasyatidae muito ameaçado 2016 Fevereiro 350

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Coral arrancado do fundo por um arrastão

peixe da família scopthalmidai ameaçado

rapidamente devido ao aumento da atividade humana e às mudanças climatéricas. Comparativamente à Lista Vermalha das Espécies Ameaçadas e Vulneráveis da IUCN (World Conversation Union), a qual lista 52 espécies ameaçadas no Atlântico nordeste, a OSPAR apenas se compromete a proteger 11 espécies (21%). Por exem-

plo, seis das espécies que constam da Lista Vermelha como Espécie em Perigo Crítico, o nível mais próximo da extinção, são ignoradas pela OSPAR, como, por exemplo, o Tubarão-tigre-deareia (Odontaspis ferox), o Ratão-bispo (Pteromylaeus bovinus) e a Raia-borboleta (Gymnura altavela). Importantes habitats marinhos, como as florestas de algas marinhas kelp, também são negligenciados. As florestas de algas marinhas kelp são um dos ecossistemas mais produtivos do planeta e têm sofrido perdas bastante significativas de efetivos. Omissões preocupantes, como estas, podem ser evitadas através da utilização de um processo sistemático e científico. «Está em causa a credibilidade dos governos do Atlântico nordeste, os quais se comprometeram com ações de conservação em 2011. Estes governos não podem fingir que protegem o ambiente marinho com um processo ineficiente.», acrescenta Gustavsson.

Tubarão-albafar da familia hexanchidae em perigo de extinção 20

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Comunicado PONG-Pesca

Clareza e Respeito Total pelos Pareceres Científicos na Gestão da Sardinha A Plataforma de Organizações Não Governamentais sobre a Pesca PONG-Pesca manifesta o seu agrado pela definição da quota de sardinha ibérica para 2016 respeitar o Principio da Precaução estabelecido pelo Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (CIEM), mas exige que todo o processo seja claramente comunicado não só aos intervenientes diretos como ao público em geral.

A

Pesca de cerco à sardnha

plataforma reforça ainda que a quota agora definida – 14.000 toneladas - só deve ser aumentada se os dados científicos recolhidos durante 2016 comprovarem que este aumento não coloca em cau-

sa a sustentabilidade do stock de sardinha ibérica. No passado dia 5 de fevereiro, representantes da PONG-Pesca estiveram na Secretaria de Estado das Pescas para uma reunião de trabalho. Entre outros assuntos, a gestão da sardinha

Pesca da sardinha 22

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ibérica acabou por ocupar grande parte da reunião, tendo sido comunicadas várias informações sobre a proposta conjunta que Portugal e Espanha apresentaram à Comissão Europeia alguns dias antes: - A quota da sardinha para 2016 será limitada a 14.000 toneladas (para Por-

tugal e Espanha), a abordagem precaucionária proposta pelo CIEM para não pôr em risco a recuperação do stock; - Os dados recolhidos durante dezembro pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicam uma tendência de recuperação no recrutamento da sardinha, o que poderá vir a permitir a manutenção da quota de 2015. Neste contexto, Portugal e Espanha terão pedido à Comissão Europeia que durante o ano de 2016 o CIEM fizesse uma reavaliação da quota, de modo a verificar se é possível um aumento da quota agora definida, ainda em 2016, sem colocar em causa a sustentabilidade do stock. O executivo nacional mostrou ter boas expectativas; - Durante 2016, Portugal e Espanha irão intensificar o esforço de monitorização e recolha de dados sobre a sardinha, de forma a aumentar a robustez da informação utilizada nos pareceres científicos, quer para a possível alteração da quota


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de 2016, quer para suportar a definição de medidas de gestão para os próximos 2 anos; - Os dois países decidiram fixar um limite de segurança de 10.000 toneladas até julho de 2016 que permitirá manter a pescaria aberta durante a segunda metade do ano, caso não venha a comprovar-se a possibilidade de aumentar a quota total para as 19.000 toneladas do ano anterior. A PONG-Pesca congratulou de imediato o executivo por estas medidas, pois elas seguem a melhor informação científica disponível e vão ao encontro daquela que tem sido uma das suas principais reivindicações – a intensificação da recolha e tratamento de dados por parte do IPMA. De resto, existe a convicção de que a Comissão Europeia não teria aceitado uma proposta que fosse contra a recomendação do CIEM. As indicações sobre a tendência verificada para uma melhoria do estado do recurso foram igualmente acolhidas com agrado pela PONG-Pesca. No entanto, é importante relembrar que esta tendência terá que ser corroborada pela informação recolhida nas campanhas científicas de 2016. Para além disso, qualquer alteração na quota só deverá acontecer se for claramente aprovada pelo CIEM. “Todos desejamos que a sardinha recupere. No entanto, é importante não esquecer que o stock ainda está em níveis de abundância bastante reduzidos e como tal é determinante seguir à risca as recomendações científicas” disse Gonçalo Carvalho, coordenador da PONG-Pesca, acrescentado que “o IPMA merece o respeito e a confiança de todos, sendo essencial que tenha as condições ideais para fazer o seu trabalho, nomeadamente através do reforço da sua capacidade operacional.”

A PONG-Pesca participa, como observador, na Comissão de Acompanhamento da Sardinha e pretende continuar a participar ativamente na definição de medidas de gestão deste stock a curto, médio e longo prazos. Paralelamente, é essencial que rapidamente se inicie o debate sobre outras medidas que permitam ao sector manter a sua atividade, retirando a pressão sobre a sardinha, nomeadamente através do redireccionamento para outras espécies e da valorização das mesmas.

Barco de pesca artesanal de Sagres

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Electrónica

Notícias Nautel

Nova e Económica Camara Térmica Fixa da IRIS para visão noturna A visão noturna em embarcações, não tem que custar a fortuna que até agora tem custado. Basta observar os valores que circulam no mercado, pelas outras marcas. Noturna ao mercado marítimo. Percurso esse que se iniciou em 2013 com os “NightRunner dual payload thermal PTZ”. Para garantir a economia a NightWatch está disponível só em si própria, como camara. No entanto, pode ser complementada com o controlador IRIS505 NightWatch para operar as funcionalidades de zoom digital, seleção de paletes, NUC, e muito mais. O controlador tem menos de 10 cm de diâmetro, tem retroiluminação e foi desenhado para ser de muito fácil instalação. É fornecida com 2m de cabo. Para mais informações contatar o distribuidor oficial Nautel-Sistemas Eletrónicos: 213007030, geral@nautel.pt

E

m resposta à muita procura por uma solução mais económica a IRIS tem o orgulho de anunciar a sua nova “IRIS 2015 NightWatch”, camara térmica fixa. É uma das novidades da feira de Miami atualmente a decorrer nos Estados Unidos. A camara tem um núcleo do modulo térmico com resolução de 320x240 com realce de contraste, várias paletes, zoom digital, pitch de 17µm pixel, e uma impressionante sensibilidade térmica de menos de 50mK. E tudo isto, construído num encapsulamento estilizado 24

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e compacto, de apenas 15 cm de Altura e 12,5cm de diâmetro, e pesando menos de 700g… Pode ser alimentada a 12 ou a 24 VDC e o consumo é muito baixo: 240mA @ 12VDC / 120mA @ 24VDC Mas o que torna este produto ainda mais incrível, é o seu preço. A NightWatch é de longe a mais económica camara térmica marítima de sempre! A Iris Innovations continua assim o seu percurso, com a missão de conceber e fornecer produtos essenciais de Visão


Notícias do Mar

Economia do Mar - Porto de Setúbal

Comunidade Portuária de Setúbal Defende Crescimento O crescimento do porto de Setúbal através da intermodalidade marítimoferroviária é defendido pela Comunidade Portuária de Setúbal

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Porto de Setúbal tem registado um crescimento assinalável na última década, obtido, em boa parte, pelo desenvolvimento da intermodalidade marítimo-ferroviária. É o segundo porto nacional em número de comboios e o que mais tem crescido na utilização do modo ferroviário, tendo crescido 33% em 2014, face a 2013. Cerca de 1/3 do número de comboios de mercadorias realizados nos portos nacionais reportam-se a Setúbal. Estes valores mostram bem a importância estratégica do Porto de Setúbal em termos ferroviários, bem como explicam a importância e o potencial dos projetos de melhoramento das infraestruturas ferroviárias para o Porto de Setúbal. Considerando-se prioritários os projetos de que incidem na zona central do porto, a ligação à Termitrena e o acesso ao Triângulo das Praias do Sado. Projectos que vão permitir crescer no movimento de

cargas, sendo possível a quase duplicação do número de comboios nos próximos 10 anos. Há já alguns anos que, tanto a CPS – Comunidade Portuária de Setúbal como a APSSAdministração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, têm feito notar que as actuais infraestruturas ferroviárias de acesso aos Terminais do Porto de Setúbal (Setúbal Mar) se apresentavam praticamente esgotadas. Com o

acentuado crescimento dos últimos dois anos, pensa-se que atingiu o limite da capacidade instalada. Como já foi referido, o crescimento dos últimos anos esteve intrinsecamente ligado ao bom funcionamento da ferrovia, o que agora parece comprometido. Assim, com o objetivo de responder às necessidades prementes do porto, a Comunidade Portuária tem promovido

sessões de trabalho com várias entidades, nas quais foram identificados um conjunto de constrangimentos ao nível de linhas, áreas de manobra e estacionamento bem como eletrificação de pequenos troços, os quais poderão ser removidos com investimentos de pequena monta, permitindo duplicar a capacidade do porto de receber e expedir mercadorias por ferrovia.

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Notícias do Mar

Boot Düsseldorf 2016

Texto e Fotográfia João Carlos Reis

Uma atmosfera formidável em pavilhões cheios

A Boot 2016 realizou-se de 23 a 31 de Janeiro, numa atmosfera de vitalidade e brilho nos 17 pavilhões da exposição, com os 1.800 expositores a interagir com um público extremamente interessado, curioso e disposto a comprar.

C

erca de 247.000 visitantes de 52 países (mais 2,8 por cento do que em 2015), visitaram o maior evento de náutica de recreio e

desportos aquáticos, onde 1.800 barcos e iates juntamente com uma vasta oferta de desportos náuticos, como kitesurf, mergulho, pesca, canoagem, turismo náutico, marítimo-turísticas, yacht

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charters, cruzeiros, avistamento de cetáceos, bem como as mais recentes tendências (wakeboard, skimboard, etc) mostraram uma perspectiva abrangente do setor. A vela e os barcos são, tra-

dicionalmente, os segmentos mais procurados na Boot, seguidos dos barcos a motor e do mergulho e acessórios / equipamentos. “Outra característica importante é o forte interesse

Marina de Lagos


Notícias do Mar

está demonstrando estabilidade impressionante, com taxas de crescimento sólidas em praticamente todos os sectores do mercado “. Portugal na Boot Portugal esteve presente na Boot com várias empresas, instituições e organismos que representaram vários sectores como Acessórios, Avistamento de Cetáceos, Cruzeiros, Estaleiros, Marinas, Marítimoturísticas, Mergulho, Surf, Turismo Náutico e Yacht Charters. Com uma presença nos Pavilhões 3, 11 e 13 foi possível articular o contacto com o público-alvo pretendido, que esteve presente. A Associação de Turismo dos Açores e a Associação de Promoção da Madeira, marcaram presença com a participação de vários operadores. 13 entidades e empresas marcaram presença numa participação portuguesa conjunta sob a marca “Sea of Portugal”, que teve como objectivo divulgar Portugal enquanto destino único para os amantes da náutica e dos desportos náuticos. Esta organização é da responsabilidade da Media 4U, empresa de edição e organização de eventos, em colaboração com o Jornal Notícias do Mar e o apoio da Messe Düsseldorf.

Sea of Portugal Mergulho Através da marca “Sea of Portugal” apostou-se numa presença com uma imagem comum que divulga a Portugalidade. Esta opção permite comunicar de forma mais assertiva e eficaz a oferta diversificada que os operadores portugueses disponibilizam ao nível dos desportos aquáticos e turismo náutico. «Somos um País Atlântico com uma linha de costa de quase 2.000 km, entre território Continental, arquipélagos dos Açores e da Madeira. Possuímos uma das mais variadas e extensas costas cheia de belas paisagens, uma cultura secular, servidas por uma gastronomia única», dianta João Marques

do Reis, director do projecto. Esta primeira participação conjunta foi um sucesso e cumpriu os objectivos. «A boa localização, a imagem e as pessoas das equipas envolvidas fizeram a diferença em contactos, notoriedade, marcações e negócios. O “Sea of Portugal” conseguiu chamar a atenção de todos. A Náutica, o Turismo Náutico e os desportos aquáticos são estruturantes e estratégicos para o Turismo e para a economia Portuguesa. Olhamos para o passado do qual nos orgulhamos, mas temos os olhos no futuro. Aproveitar, dinamizar e promover os nossos recursos, mais do que estratégico é inteligente.»

pelos iates de luxo, o que mostra que em Düsseldorf temos os clientes certos para este segmento de alto preço”, adianto Goetz-Ulf Jungmichel, director da Boot. O “Pavilhão dos Cruzeiros”, com uma ampla gama de opções de cruzeiro e onde era possível reservar directamente, também foi muito popular. Os jovens visitantes da feira foram atraídos para a “Beach World” com a sua enorme piscina, onde houve oportunidade de experimentar wakeboard, skimboard e kitesurf. Os visitantes da Boot mostraram ainda muito interesse ​ pelo turismo náutico, charters e pesca. O sector a crescer Para Jürgen Tracht, Director de uma das Associações Industriais Alemãs do sector “Quase 90% das empresas prevêem que o mercado expanda ainda mais nos próximos dois a três anos. A economia marítima 2016 Fevereiro 350

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Notícias do Mar

Participação Sea of Portugal Através da marca “Sea of Portugal” apostou-se numa presença com uma imagem comum que divulga a Portugalidade

Vila do Bispo MARINA DE LAGOS O mercado internacional, que se baseia essencialmente no mercado Europeu (representa 95% dos movimentos de embarcações com bandeira internacional), tem um peso muito importante na actividade da Marina de Lagos, sendo responsável por cerca de 80% dos movimentos. Em termos de estratégia, é inevitável a manutenção do foco no mercado internacional, procurando-se a diversificação dos países emissores, com o Reino Unido a representar um terço do peso. A presença na Boot 2016 foi positiva pela divulgação dos produtos que Portugal, o Algarve e, mais concretamente, a Marina de Lagos, oferecem. Foi benéfica a criação de uma mar-

ca comum para os participantes Portugueses que aderiram, integrando serviços e produtos diferentes, porque os visitantes da Boot procuram muito as “férias náuticas”. O interesse vai muito além das amarrações e foca-se na oferta turística (disponibilidade de barcos charter, actividades de animação turística, etc.). Ingrid Fortunato, Directora da Marina PALMAYACHTS Sendo a Palmayachts um dos maiores operadores de charter náutico a nível nacional escolhemos investir e estar presentes na Boot para divulgar o nosso país e as possibilidades que podemos oferecer ao mercado europeu.

Marina de Portimão 28

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Salientamos o papel facilitador e coordenador do Notícias do Mar na organização do Sea of Portugal que nos permitiu concentrar no que era realmente importante, chamando a si todas as componentes logísticas com grande eficiência, eficácia e qualidade. Na Palmayachts fazemos o que podemos para passar a mensagem e divulgar da melhor forma possível o nosso país. Agradecemos ao Turismo do Alentejo e ao Turismo de Lisboa terem disponibilizado materiais promocionais para podermos distribuir e mostrar aos potenciais clientes e interessados.” Rui Palma , Managing Director SUBNAUTA / OCEAN REVIVAL A nossa presença na Boot pelo terceiro ano consecutivo começa a trazer os seus frutos. Trata-se de uma relação de confiança e de garantia de bons serviços com clientes actuais e futuros. Os contatos na feira foram muito positivos, numerosos e esperamos que os resultados correspondam às expectativas. É nosso objectivo continuar a oferecer o melhor serviço com equipamentos de qualidade e procedimentos que garantam a segurança., da preocupação constante pela melhoria contínua e inovação dos nossos serviços de modo a correspon-

der às expectativas dos nossos clientes. Promover a nível europeu e internacional o projecto Ocean Revival, em particular, e as vantagens competitivas do Algarve em geral. Renato Cacoete, Director de Operações ASSOCIAÇÃO TURISMO DE PORTIMÃO O objectivo do Turismo de Portimão é posicionar a cidade enquanto destino náutico e de mergulho de excelência. Nessa perspectiva o mercado europeu, nomeadamente o Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Escandinávia são pela sua dimensão, proximidade, poder de compra e disponibilidade para viajar mercados extremamente importantes, aos quais queremos dar a conhecer a nossa oferta. O turismo de Portimão participa neste certame pela 3ª vez consecutiva, com o desígnio de aumentar o brand awareness do destino e proporcionar aos seus associados a possibilidade de concretizarem vendas e estabelecerem parcerias com o trade europeu. Esse objectivo tem sido plenamente alcançado. Ivo Faria, Associação Turismo de Portimão CAPE CRUISER O balanço da nossa presença

Sea of Portugal Turismonautico


Notícias do Mar

Ocean Revival Subnauta na BOOT é bastante positivo. O resultado final superou as nossas expectativas tendo em conta a nossa prestação na divulgação do concelho de Vila do Bispo, pelo número de visitantes que afluíram ao nosso stand a pedirem informação e pelos contactos com privados, empresas e operadores / agências turísticos. Não posso deixar de mencionar a imagem com que nos apresentamos “Sea of Portugal”. Um nome forte que por si só diz tudo. Tivemos durante a Feira muitos visitantes e vários expositores que nos deram os Parabéns e elogiaram o stand . A nossa presença na maior Feira da Náutica só foi possível com o apoio da Autarquia, pois seria insuportável o seu custo para qualquer uma das empresas presentes. Esta presença do concelho de Vila do Bispo na Feira da Boot é um projeto sem precedentes que irá trazer enormes benefícios para todos, não só às empresas presentes mas à hotelaria local, outras empresas de animação, restauração e comércio em geral. Carla Costa, Sócia

este ano. O nosso maior desafio a nível Nacional, é a conjuntura financeira atual, contra producente para o desenvolvimento do turismo interno. A nível Internacional um dos grandes desafios é colocar Portugal no mapa dos melhores destinos de atividades de Natureza e férias ativas. Portugal tem que se fazer conhecer no mercado do turismo internacional, com um apoio incondicional do governo. Deve ter uma participação mais ativa e racional sobre a nova tendência do turismo, o turismo de consciência, que está em crescimento rápido e Portugal oferece condições ideais. Cristóvão Catarino, Sócio

Portimão Vila do Bispo gerente / Instrutor de Mergulho MAR ILIMITADO Bastante positiva, tendo em conta que se tratou da primeira participação nesta feira. Em termos de imagem o stand desenhado pela Sea of Portugal foi bastante elogiado, bem como a prestação da equipa em representação da Vila do Bispo pela maneira como acolheu os seus visitantes com entusiasmo e simpatia - foi motivo de inúmeras felicitações da organização e de outros expositores que vão há mais tempo à Boot. Contactámos pessoalmente com mais de 2500 visitantes e estabeleceram-se vários contatos com operadores e pequenos agentes do qual se espera algum retorno.

A estruturação da oferta é um dos principais desafios, a par com a organização da informação e conteúdos a nível digital. A aposta continuada num turismo de natureza sustentado, com instalação de infraestruturas adequadas e em harmonia com a natureza, parece-me também fundamental para triunfar num mercado de grande exigência a esse nível. Sara Magalhães, diretorageral DIVERS CAPE Na Boot houve bastante procura no que diz respeito ao mercado português. Descobrimos que Sagres é uma alternativa de turismo da natureza cada vez mais procurado. Os visitantes mostraram grande interesse

PURAVIDA DIVEHOUSE A nossa presença na feira foi um autêntico sucesso! Superou qualquer expetativa. O público Alemão mostrou um enorme interesse na região Algarvia do Barlavento. Foi também surpreendente o elevado número de pessoas que já tinham visitado ou estavam interessados em visitar esta zona Algarvia, alguns até confirmando a sua presença para 2016 Fevereiro 350

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Notícias do Mar

Mais Expositores de Portugal COWFISH “Embora a feira tenha tido menos gente que nas anteriores edições, houve mais interesse em marcações para 2016 e não com um ano de avanço.” Segundo o responsável as tarifas aéreas são um dos principais desafios à actividade e com consequências directas inerentes a esse custo. Pedro Marques Alves: Gerente

pelos pacotes apresentados pela nossa empresa, principalmente a oferta de pack mergulho em resort de 5 estrelas com diversas alternativas e atividades para crianças. Para o sector, o maior desafio é que o Turismo de Portugal, em conjunto com a Região do Turismo do Algarve, consigam colaborar com as PME, que tão abandonadas têm sido ao longo destes anos, e que o valor da taxa do IVA desça substancialmente para que as PME’S possam recuperar na economia portuguesa. Anabela Balmer - administração e marketing SEAXPLORER SAGRES O nosso desafio é criar uma ponte entre as culturas lusoalemã em especial, mas também abrir o nosso mercado para outros mercados que estão interessados num turismo de qualidade no parque natural de Costa Vicentina. A participação no BOOT 2016 junto com outras empresas com o apoio de Câmara Municipal de Vila do Bispo foi uma experiência extraordinária, onde todos os participantes juntaramse para representar o concelho com uma motivação extrema. O feedback foi muito enorme e conseguimos despertar o interesse de muitos visitantes para 30

um destino novo, não só para o mergulho, mas também parta outras actividades. A BOOT e uma oportunidade não só para apresentar uma empresa ao público em geral mas também para contatar outros operadores e agências de viagens de vários países e negociar com eles. Martina Dittmann, Gerente Câmara Municipal Vila do Bispo No total acolhemos cerca de 2800 pessoas oriundas de pelo menos 38 países diferentes, dos “4 cantos do Mundo”. De sublinhar que muitos dos visitantes por nós acolhidos manifestaram conhecimento prévio sobre o Algarve, em particular sobre a zona de Sagres, procurando informações muito concretas para melhor planearem uma estadia no nosso Concelho durante o ano de 2016 ou 2017. Num contexto internacional de grande instabilidade e insegurança, sobretudo em países da orla mediterrânica, Portugal, em particular o Algarve, tem vindo a manifestar nos dois últimos anos um interessante acréscimo de visitantes que procuram no nosso país um alternativo destino para as suas férias. Álvaro Banaco / Ricardo Soares Câmara Municipal de Vila do Bispo

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HALIOTIS Balanço positivo da presença da Haliotis na Boot. Faltam “soluções de voos para chegar a todas as Ilhas dos Açores a partir de qualquer capital Europeia. Os preços dos voos, são completamente desenquadrados com a realidade Europeia para este tipo de voo/

distancia percorrida.” “É de realçar, a cada vez maior presença de Portugueses como expositores e também como visitantes desta que é considerada a maior feira Náutica da Europa.” Gonçalo Henriques: Director Comercial MANTAMARIA “O balanço foi positivo pois fomos contatados por bastantes visitantes que se mostraram bastante recetivos pelo nosso mercado, traduzido por reservas para esta época.” Queremos “continuar o trabalho dos anos anteriores para levar ao público Português, Europeu e outros o Mergulho de excelência. Promover o que temos de melhor na nossa Ilha de Santa Maria como tu-

Palma Yachts Feeldouro

Palma Yachts FeelDouro


Notícias do Mar

Sea of Portugal_ Turismonautico rismo Natureza, participando noutras feiras da especialidade e organizar em conjunto com as entidades governamentais um “Encontro Internacional de Mergulhadores”. Jorge Alberto Cabral Botelho: Gerente SILENTWIND / RULIS “O balanço que fazemos em relação ao ano passado, foi um aumento de 20% de vendas efectivas a clientes finais. Tivemos excelentes críticas em relação aos clientes que já tinham comprado o nosso gerador antes feira. Conseguimos contactos de novos dealers na feira para o mercado do cento da europa, nomeadamente para Alemanha, Italia, BENELUX, Austria”. Narciso Santos: Director de Marketing

“um dos melhores Destinos Europeus de 2016”. Nicolau Faria: Operational Manager SEA & SAIL AZORES “Por um lado, queríamos possibilitar à nossa equipa o conhecimento da feira, isto é, da oferta (estratégias e negócios) aí presente; Por outro lado, fazer contactos diretos com clientes, bem como estabelecer contactos e contrato de parceria com outras empresas. Atingimos todos os objetivos.” SEA & SAIL AZORES: Francisco Ribeiro

Sea of Portugal Turismonautico WAHOO-DIVING “O mercado europeu é o mais importante, tendo em conta que 95% dos nossos mergulhadores são europeus. O objectivo para a Boot é trabalhar a expansão do negócio, da marítima turística – mergulho recreativo Fiquei “satisfeito com a reacção e frequência dos visitantes no stand”. Steffen Ehraht: Sócio-gerente XHAPELAND “Os objectivos da nossa presença na Boot eram 3; 1º encontrar empresas que queiram produzir na nossa

fábrica em Portugal, 2° encontrar revendedores para as marcas que representamos, 3° divulgar as nossas marcas e a qualidade com que fabricamos. Estamos muito satisfeitos pois superamos os nossos objectivos em 4x. Temos que conseguir mais contractos internacionais para produção de pranchas, temos que produzir ainda com mais qualidade, temos que melhorar as margens, e queremos participar em mais eventos.” José Alves: director desenvolvimento e internacionalização

SAILAZORES “Os mercados internacionais assumem um papel primordial na expansão da empresa, uma vez que a maioria dos clientes são originários da Europa Central. A aposta contínua na presença da empresa neste certame internacional, pelo quarto ano consecutivo, deve-se exclusivamente à consolidação dos nossos serviços e da nossa marca no mercado Charter internacional e também à apresentação dos Açores como um dos melhores destinos turísticos para a prática da vela na Europa. Consideramos o balanço da feira positivo, pois permite continuar a divulgar a empresa e apresentar os Açores como um destino de excelência, como 2016 Fevereiro 350

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Novo Radar Quantum da Raymarine A FLIR apresenta o novo radar marítimo sem fios Quantum TM da Raymarine com tecnologia CHIRP

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marca reclama para si a apresentação do primeiro radar marítimo com antena de radome que integra a tecnologia de compressão de impulsos CHIRP. Definindo assim um novo padrão para radares compactos de estado sólido, o radar Quantum fornece imagens excelentes de radar quer seja em alcances longos quer em alcances extremamente curtos. A tecnologia de Compressão de Impulsos CHIRP da Quantum, utiliza múltiplos impulsos comprimidos de radar com a tecnologia avançada ATX™ de separação de alvos, exclusiva da FLIR. O radar Quantum com ATX™, apresenta os alvos tais como, embarcações, pontos de referência, boias, e fenómenos meteorológicos com uma qualidade de resolução e discriminação sem igual em relação aos radares tradicionais de magnetrão. Este radar apresenta uma deteção excelente em alcances curtos e um detalhe melhorado de alvos com um alcance mínimo de 6m. O processamento do radar Quantum a bordo, elimina automaticamente o ruído ou as interferências causadas pelo efeito da chuva ou do estado do mar, bloqueia as interferências provenientes de outros radares e garante imagens isentas de ruído, fáceis de interpretar mesmo em zonas de navegação com tráfego muito intenso. O design leve do radar Quantum, com apenas 5.4Kg de peso, representa uma redução de cerca de 50% em relação aos radares tradicionais de magnetrão. A comunicação por Wi-Fi com os displays multifunções da Raymarine, facilita

Excelente deteção em alcance curto A tecnologia de Compressão de Impulsos CHIRP permite a deteção de alvos tão próximos quanto 5,49m, garantindo uma confiança extra em nevoeiro denso e visibilidade reduzida. 32

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Detalhe e clareza excecionais Alvos detalhados, nítidos e uma rejeição automática do ruído de mar produzem imagens de radar com uma clareza e vivacidade impressionantes.


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a instalação, eliminando a existência de cabos de radar ou módulos de interface, enquanto que garante emissões seguras de radiação e uma substancial economia de consumo. Esta eficiência energética será sem dúvida a melhor solução de radar para os veleiros. A elevada eficiência da componente eletrónica do Radar Quantum de estado sólido reduz significativamente o

consumo, prolongando deste modo a autonomia das baterias. A empresa Nautiradar, distribuidor da Raymarine para o mercado português conta ter disponível o Radar CHIRP Quantum durante o primeiro trimestre de 2016. Para mais informações contacte o importador Nautiradar. Aconselhamos também a visita ao site: www.raymarine.com/Quantum

Campanha Especial Steiner

A

Nautiradar promove até final do mês de Fevereiro, uma campanha especial com binóculos da sua representada Steiner.

Com AIS

Para que nada escape, os utilizadores têm aqui uma oportunidade única de adquirir o binóculo de excecional qualidade, que mais lhes convém, com preços que podem ter até 35% de desconto. Modelos vocacionados para os meios marítimos, para a observação de aves e para a vida ao ar livre em plena natureza. E ainda o miniscope que cabe na palma da mão e com uma ótica de elevada fiabilidade. Esta promoção está limitada ao stock existente. Para mais informações contacte a Nautiradar ou um seu distribuidor autorizado. A Steiner, reconhecido fabricante especialista em binóculos, conta no seu portefólio com gamas vocacionadas para as mais diversas situações: Marine, Outdoor, Birthwatching e Hunting.

Impulso CHIRP

Documento completo em: http://issuu.com/nautiradar/docs/campanha_steiner_jan_2016_single_pa/1

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Família Dragonfly Ganha Mais um Membro

Nova Dragonfly 7 PRO A Família Dragonfly ganha mais um membro com a chegada da nova Dragonfly 7 PRO SONDA/GPS DE 7” COM DUPLO CANAL CHIRP DOWNVISION™ COM CHARTPLOTTER

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Nautiradar tem o prazer de anunciar ao mercado português a chegada do modelo mais recente da gama Dragonfly. A mais avançada tecnologia CHIRP DownVisionTM de espectro amplo e integração sem fios com dispositivos móveis está agora disponível num display super brilhante de 7”. Este combinado de Sonda/GPS/Chartplotter é um equipamento rico em recursos para a pesca desportiva quer seja em rios ou no mar junto à costa. Com as mesmas características avançadas do premiado modelo Dragonfly 5 PRO, a Dragonfly 7 PRO, apresenta-se num display extra grande de 7” para garantir o máximo de visibilidade. O display super brilhante com revestimento ótico garante o seu funcionamento em 34

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quaisquer condições meteorológicas e nunca embacia. Ao contrário das sondas que transmitem cada impulso numa frequência única, a Dragonfly 7 PRO DownVision™ utiliza a tecnologia CHIRP de espectro amplo para simultaneamente transmitir em múltiplas frequências de sonda. Como consequência a Dragonfly 7 PRO produz imagens de alta resolução com uma qualidade fotográfica. A Dragonfly 7 PRO supera as sondas comuns graças ao excelente alcance em profundidade até 180m e a uma pesquisa fiel do fundo do mar a alta velocidade. Também está equipada com um canal de sonda CHIRP de alta frequência para poder detetar peixe e fundo do mar até 277m de profundidade. O sensor integrado de GPS de 10Hz, de aquisição rápida, e cartografia da


Electrónica

Dragonfly 7 PRO ajuda os utilizadores a manterem-se no rumo, enquanto que a aplicação móvel Wi-FishTM da Raymarine vai permitir visualizar diretamente num Smartphone ou Tablet, as imagens de sonda CHIRP Downvision. A funcionalidade Wi-Fi integrada na Dragonfly 7 PRO

também permite a sincronização com a aplicação Navionics Boating, oferecendo aos pescadores a capacidade de poderem criar, com a sonda CHIRP Dragonfly, e em tempo real, os seus próprios mapas batimétricos em HD. O modelo Dragonfly 7 PRO suporta cartas da Na-

vionics, C-MAP da Jeppesen e LightHouse da Raymarine, podendo ser fornecida num pacote incluindo já a carta CMAP ou Navionics+ em cartão microSD. Este equipamento vai estar disponível no mercado nacional a partir de meados de Fevereiro e o preço de lançamento será a partir de €

857,00 (Iva incluído). Para mais informações sobre este modelo e outros equipamentos da Raymarine visite o site: http://nautiradarraymarine.weebly.com Contacte a Nautiradar, distribuidor da Raymarine em Portugal, ou um dos agentes autorizados.

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Notícias do Mar

Conferência de Vila Franca de Xira

Texto Miguel de Azevedo Coutinho

Navegabilidade no Rio Tejo II Parte - Tarde Relatos, Conclusões e Recomendações

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As Portas de Ródão, junto a Vila Velha de Ródão.

o dia 19 de Novembro de 2015 no Auditório da Fábrica das Palavras, e com o apoio logístico da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, teve lugar a Conferência da Navegabilidade no rio Tejo, Esta foi a primeira conferência de um de um ciclo

preparatório do III Congresso do Tejo, previsto em Outubro de 2016. Neste relato dá-se conta do desenvolvimento dos trabalhos, da parte da tarde, em que estiveram presentes mais de 50 pessoas. Numa jornada em que da parte da manhã teve lugar a ses-

Embarcação fluvio-marítima, porta contentores, em canal da Europa 36

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são de abertura, presidida pelo Senhor Presidente da Câmara, Alberto Mesquita acompanhado do Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado e da Presidente da ARH Tejo e Oeste, Gabriela Moniz, que apresentaram os objectivos da conferência, jus-

tificando a sua organização e enquadramento e explicando os pontos de vista das instituições que representavam. As duas sessões que se seguiram versaram, respectivamente, os temas “Objectivos da Navegabilidade” e “Enqua-

O rio Tejo no contexto dos principais eixos viários do centro de Portugal.


Notícias do Mar

Perfil do rio Tejo, da ponte Vasco da Gama à fronteira com Espanha.

Estuário do Tejo, sector de montante, roteiro (autor José Gomes).

Gravura antiga do castelo de Almourol e da vila de Constância dramento e condicionantes da navegabilidade”. Da parte da tarde, tiveram lugar mais duas sessões temáticas, seguidas de debate e de uma sessão para a apresentação de conclusões e do encerramento da conferência. A terceira sessão temática, “Viabilidade e cenários da navegabilidade”, destinou-se: a recordar os antecedentes da navegabilidade no rio Tejo; a enquadrar o respectivo hinterland e capacidade de geração de tráfegos; a apresentar aspectos e particularidades de um projecto de canal e infraestruturas da navegação; adopção de tipologias de frotas; e, a enunciar incentivos ao turismo e à navegação de recreio. José Cervaens Rodrigues, Cmg.(Ref.), membro da Academia Portuguesa de História e da Secção de Transportes da Sociedade de Lisboa, apresentou uma resenha sobre os antecedentes históricos, relacionados

com o passado da navegabilidade no rio Tejo, e sobre o rico património estabelecido na sua vizinhança. Miguel de Azevedo Coutinho, professor e investigador em hidráulica fluvial e recursos hídricos, com base na sua experiência de projectista da navegabilidade do rio Douro e de outros estudos de navegabilidade no rio Tejo, referiu particularmente as motivações e potencialidades da navegabilidade no contexto dos principais eixos viários e ocupação urbana do território, nas realidades e valências da bacia do tejo e nas polaridades apresentadas para a constituição de um moderno sistema de transportes, apoiado na intermodalidade. Mário Simões Teles, engenheiro hidrógrafo, consultor e projectista com base na sua experiência como modelador de sistemas aquáticos e de projectos de navegabilidade referiu os principais aspectos técnicos

colocados ao projecto da navegabilidade; enunciou diversos condicionamentos ao projecto, tanto em termos da necessária infraestrutura, como das classes de navios ou embarcações a considerar para as frotas e no estabelecimento da embarcação de projecto. Referiu, ainda aspectos dos vários usos sobre a via aquática e dos impactes do estabelecimento da navegabilidade José Gomes, médico, na-

vegador de recreio e autor de roteiros de navegação de diversos rios portugueses deu conta da sua experiência e de aspectos que se colocam atualmente à navegação de recreio, no estuário, particularmente desde a ponte Vasco da Gama a Muge. A quarta sessão temática, “Interacção da navegação com outros usos da água”, teve como objectivo a apresentação da classificação das paisagens fluviais do rio Tejo e do Obser-

Impactes ambientais associados ao estabelecimento do canal de navegação. 2016 Fevereiro 350

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Notícias do Mar

Estuário do Tejo, no roteiro – derrotas e destinos (autor José Gomes). vatório de Paisagem do Tejo, bem como aspectos da fauna, flora e qualidade da água e do corredor fluvial, como infraestrutura “verde”. Rosário Oliveira, arquiteta paisagista e investigadora, apresentou o rio Tejo em termos das suas unidades de paisagem, como meio de sepa-

ração e de união entre o Norte e o Sul do país, revelando valores culturais associados e o caracter de paisagem diversa, potenciadora de dinâmicas de coesão. Evidenciou o valor da Paisagem Cultural do Tejo, e a candidatura na lista de Portugal ao Património da Unesco, e deu a conhecer o estabelecimento

Ponte Vasco da Gama, cala das barcas (J. Gomes). do Observatório de Paisagem do Tejo. Susana Rosa, bióloga e investigadora (Biota), deu relevância à biodiversidade e a valores ecológicos do sistema fluvial, indicando os estatutos de proteção de territórios vizinhos do Tejo; referiu a importância das galerias ripícolas nos ecossistemas fluviais. Chamou à atenção aos impactes da navegação nos Valores Naturais e deu exemplo de medidas de mitigação. Por último, por volta das 18:00 h da tarde, foi estabelecido um período para debate e prestação de esclarecimentos. Os participantes presentes levantaram questões; principalmente sobre o usufruto do rio; a qualidade da água, em geral,

e salinidade, em particular; sobre a imprevisibilidade de caudais e a satisfação de caudais ecológicos; e, sobre questões da estabilidade das margens, entre outras. Após este período o Senhor Dr. Fernando Paulo Ferreira, Vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira proferiu umas curtas palavras a congratular-se com o êxito da conferência a que se seguiram os Senhores Carlos Salgado, como presidente da Tagus Vivam, João Rocha e Miguel Azevedo Coutinho, como relatores, que agradeceram a participação dos oradores nos diversos temas, a presença dos participantes e salientaram aspectos mais significativos do decorrer dos trabalhos.

Rio Tejo, porto de Muge e ponte Rainha D. Amélia, visto de montante (J. Gomes).

Rio Tejo, paisagem diversa para uma dinâmica de coesão (R. Oliveira). 38

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Áreas Protegidas, Rede Natura e Sítios Ramsar, no enquadramento do rio Tejo.


Notícias do Mar

O VOO do Guarda-Rios

Texto Carlos Salgado

As Verdades São para se Saberem Em 2013, já lá vão quase três anos, divulguei no Notícias do Mar coisas aterradoras que uma fonte fidedigna de Espanha me contou sobre o nosso maior rio transnacional. um tratamento insuficiente, o que significa que o triste rio que compartilhamos, recebe ainda mais os dejectos de um milhão de espanhóis, e uma parte dos efluentes industriais que são mandados directamente para as suas águas, desde os arredores de Talavera de la Reina até às comportas de Belver em Portugal”

C

omo não tive conhecimento de que alguém de direito se tivesse importado com isso, e devido à importância da situação, para nós portugueses, justifica-se insistir em alertar as consciências, divulgando uma síntese daquilo que me foi contado, a saber: “ Com o Plano Hidrológico Espanhol a água que entra em Portugal já não vem da nascente original ( Serra de Albarracim )”. “ Se o Tejo fosse o corpo humano poderíamos dizer que só tem a cabeça (a cabeceira) em bom estado (…) mas este rosto é do corpo de um velho agonizante, represado e cheio de sujidade.” “ O seu curso inicial a partir da nascente não tem nada que ver com o resto do seu percurso, um rio que nasce na Serra de Albarracim, como vem nos livros da escola, mas hoje já não é verdade que ele

O NOVO Tejo proveniente das águas residuais pestilentas da Comunidade de Madrid, e não só. desagúe no Atlântico, como devia naturalmente, porque o faz noutro lado da Península, nas costa de Valência e de Murça em Espanha, o que é motivado pelo Transvase Tajo/Segura, e sai no Mediterrâneo, muito longe do que devia ser o seu destino.” “ Quando o Tejo chega à região do conjunto contínuo das represas, formado pelas barragens de Entrepeñas, Buendia e Bolarque, que retêm as suas águas, o que significa que o Tejo original fica decapitado, e as suas águas nunca chegam a conhecer Lisboa porque fica seco a partir de Bolarque, até que começa a receber as águas residuais da Comunidade de Madrid. Podemos dizer que nasce aqui um segundo Tejo, cujas águas são as que chegam a Portugal (como dizia o diário Público espanhol no ano 2000 “ El Tajo nace en las cloacas de los ocho millones de Madrid”).

“ Por outro lado a Confederación Hidrográfica del Tajo de Espanha, dá uma informação que causa calafrios: umas 175 povoações, desde 2.000 a 15.000 habitantes e mais sete aglomerados hurbanos de 15000 habitantes vertem as suas águas residuais para o Tejo, sem depuração prévia ou com

Agora digo eu: Pelo facto da Espanha ter sido, como nós, atingida pela “crise” (que tem as costas largas), duvido muito que tenha sido feito algum investimento, como cá, desde 2013, para que a situação que me foi relatada tenha sido alterada até hoje. Por outro lado não resisto a falar aqui da habilidade negocial dos nossos governantes com a vizinha Espanha, e dou como exemplo, que desaguam no Tejo Internacional, a montante da barragem de Cedilho, que faz fronteira e é a responsável por deixar passar a água do Tejo para o lado de cá, dois rios portugueses: o Ponsul e o Sever, e sobretudo o Ponsul, que nasce numa zona de cabeceira e traz muita água, que nospertense, na época das chuvas. E temos também o célebre tratado de Albufeira que continua envolvido por uma nebulosa.

Canal do Transvase Tajo- Segura, água pura do Alto Tajo, cuja água que sobrar do regadio desagua no Mediterrâneo 2016 Fevereiro 350

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Texto e Fotografia Carlos A. Cupeto

No caminho da água

No Parque Verde da Ponte fomos recebidos pelo presidente da câmara. Voltámos ao Oeste, desta vez a Torres Vedras onde andámos na nova Pequena Rota (PR10), Rota da Água.

E

ste é dos concelhos que melhor percebeu o valor deste tipo

de produto, as rotas pedestres, grandes ou pequenas. A prova-lo foi a simpática presença do presidente da

câmara municipal, Dr. Carlos Bernardes, que deu as boas vindas aos cerca de 40 caminheiros, no magnifico Parque

Uns pormenores, quando andamos as boas surpresas sucedem-se. 40

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Verde da Ponte. Este moderno Parque é, sem dúvida, um adequado local para iniciar e terminar uma pequena rota. À tarde, quando regressámos, notámos com satisfação que a população local se apropriou deste espaço verde, é assim que se justifica o investimento público. Esta rota tem duas variantes uma com cerca de 12 km e outra, mais extensa, com 21. A motivação desta rota é a conservação e valorização do património hídrico do concelho; como seria expectável a presença da água é uma constante ao longo do percurso, sejam os poços comunitários/lavadouros, nascentes e minas ou as ribeiras. Mais do que passarmos por poços e nascentes até os mais distraídos compreendem a importância da água


Notícias do Mar

Também o Oeste tem largos horizontes.

na estruturação do território. Se hoje uma fonte pouco mais é do que um elemento decorativo dos lugares, outrora a sua importância apela a muito mais e convida-nos a imaginar o papel social e económico destes pontos de água. De resto é o ondular do Oeste em que o mosaico da paisagem, sempre com a presença humana, nunca nos dececiona. Por outro lado também não há grandes surpresas a não ser os imensos tapetes floridos de uma primavera antecipada. A opção acabou por ser o percurso mais curto e andámos cerca de 13 km com alguma emoção, sobretudo na parte final, por erros ou falhas de marcação. O dia esteve farrusco mas a água nunca nos caiu de cima e, mais uma vez, regressámos a casa felizes e contentes por mais este contacto com o campo.

Ao longo do percurso não nos esquecemos que estamos na Rota da Água.

Quem diz que estamos em janeiro? 2016 Fevereiro 350

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Náutica

Notícias Suzuki

Suzuki lança trio de motores portáteis fora de borda líder na classe A Suzuki lançou em estreia exclusiva no salão náutico de Düsseldorf, os novos portáteis fora de borda DF6A, DF5A e DF4A.

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Náutica

O

s principais benefícios para o utilizador destes novos modelos são o baixo peso, facilidade e suavidade de utilização e extrema fiabilidade. Além disso, apresentam também um novo desenho e nova tonalidade de cor. De dimensão compacta e pesando apenas 23,5 kg, estes novos motores vão com certeza tornar-se bastante populares entre os entusiastas da náutica. Com inovações técnicas e algumas simples mas efectivas características ergonómicas, estes novos modelos são incrivelmente fáceis de utilizar. Ao combinar o baixo peso com duas pegas de transporte resistentes, torna-se mais fácil colocá-los na embarcação assim como retirá-los para armazenagem. A Suzuki tornou ainda mais fácil a armazenagem destes motores com possibilidade de três posições. O melhorado sistema de alimentação e de lubrificação permite colocar o motor na posição horizontal, sobre qualquer um dos três lados (frente, lateral ou posterior) sem a preocupação de fuga de combustível ou de óleo. O novo sistema exclusivo de lubrificação forçada possui uma passagem de óleo adicional para a parte superior e inferior da cambota assim como para o extremo mais largo da biela. Além disso, a adição de um filtro de óleo, pela primeira vez nesta classe de motores, aumenta consideravelmente a fiabilidade do sistema. A bordo é muito fácil utilizar o novo DF6A/5A/4A. O novo sistema de alimentação de combustível por gravidade dispensa a necessidade de premir a pêra da linha de combustível antes de colocar o motor a funcionar. Um arranque fácil significa também menor esforço a aplicar no cordão de arranque. E durante a navegação o novo sistema de tilt melhora o funcionamento geral do motor fora de borda. Um ponto-chave de venda destes novos modelos, e algo do qual a Suzuki é sinónimo, é o seu funcionamento suave e silencioso. Isto é em parte devido

ao facto destes motores beneficiarem de um veio de transmissão deslocado que proporciona um movimento mais suave do piston melhorando a eficiência de funcionamento e reduzindo as vibrações. A Suzuki fez também melhorias no punho a fim de reduzir as vibrações que são transmitidas à mão durante a utilização. Estes pequenos motores fora de borda são também muito duráveis e beneficiam do sistema de anti-corrosão da Suzuki. O sistema anti-corrosão é aplicado diretamente na superfície do alumínio, maximizando a aderência entre o acabamento e a superfície. Assim, aumentase a proteção e a durabilidade

das peças que estão constantemente expostas à água salgada. Este sistema é óptimo, pois mantem os novos autocolantes e a nova tonalidade de preto da tampa do motor em perfeito estado. Masahiro Yamamoto, diretor geral da Suzuki Marine na Europa, disse, “Estamos orgulhosos em lançar estes incríveis novos modelos e apresentá-los pela primeira vez aqui em Düsseldorf. Mais uma vez os nossos engenheiros conseguiram criar uma nova geração de motores fora de borda líderes de mercado em termos de peso e especificações assim como em facilidade de utilização.”

A Suzuki tem-se mantido na vanguarda da tecnologia de motores fora de borda desde o lançamento do seu primeiro motor, o D55, em 1965. Os motores fora de borda Suzuki foram desenhados para utilização náutica e todos os motores fora de borda Suzuki a 4 tempos fornecem tecnologia silenciosa e baixo consumo de combustível sem sacrificar a potência e o desempenho. Do leve e portátil DF2.5 ao premiado topo de gama DF300AP Lean Burn, a Suzuki oferece um motor fora de borda para cada utilização. Mais informações: Moteo Portugal, S.A. Tel: 234 300 761 suzuki@moteo.pt www.suzuki.pt

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Pesca Desportiva

Big Game Fishing

Agora a rota está em Cabo Verde

Quando no atlântico norte o mar não dá hipótese de combater com nenhum peixe dos grandes, os apaixonados pelo big game, apontam para Cabo Verde

M

uto especialmente à saída do canal entre Santo Antão e São Vicente e as águas ao largo da Ilha do Sal com enormes declives são como um íman para grande marlin azul. Estas são as excepcinais características bem conhecidas pelos pescadores internacionais que todos os anos fazem a sua temporada de pesca em Cabo Verde, às vezes a que vai ficar para a sua história. A captura frequente do enorme marlin azul com o peso de 1000 lb (453 Kg) nas águas profundas ao redor do arquipélago tem construído a reputação ilhas Cabo Verde como uma das mais quentes novas zonas de pesca do mundo. Com uma média do peso dos peixes entre 200 e 300 quilos, aqui situa-se certamente um paraíso para os pescadores desportivos. A época de pesca vai de meados de Março até o final 44

de Novembro, com uma alta temporada, entre Junho e Setembro. Para além dos marlin, Cabo Verde oferece um dos mais fortes combates do planeta com os wahoo e ainda grandes atuns e tubarões. As saídas para o mar são o dia em cheio durante 8 a 10

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horas, podendo fazer-se pesca com corrico, jigging, pesca de fundo e pesca de fundo profunda. Para os amantes do jigging vertica,l podem usufruir de dias intensivos e emocionantes de pesca. Também se pode praticar a pesca costeira que oferece uma

ampla variedade de espécies de peixes. Esta é uma opção mais barata, que se pode praticar com embarcações mais pequenas com 6 metros de comprimento adequadas para a pesca costeira, que não deixam de dar não menos emotivos momentos de pesca ao longo do dia.


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada: Técnica

SLOW JIGGING

Como adequar o jig à cana?

Imagine que tem uma cana de pesca de slow jigging com ação até 130 gramas e que pesca habitualmente entre os 25 e os 70 metros. Se quiser pescar a menor profundidade usa jigs mais ligeiros, se quiser pescar mais fundo usa jigs mais pesados. Será que a ideia é ter uma quantidade industrial de zagaias para fazer face a todas estas situações? Será que é preciso ter mais de uma cana? É isso que hoje tentarei explicar, embora não seja um tema fácil. A questão é: como adequar o jig à cana?

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Pesca Desportiva

Texto e Fotografia: Totos Ogasawara (Japanese Angler´s Secrets: www.anglers-secrets.com)

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mestre do slow jigging, Sato, chegou à conclusão que é quando o jig está deitado,

na horizontal que se tem a maior parte dos ataques. Essa é a razão para os jigs de slow terem o peso todo centrado. Concluiu também

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Pesca Desportiva

Dispor de canas com ações diferentes é algo que nos pode facilitar muito em ação de pesca, basta trocar e ver se funciona melhor…nesse dia 48

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Pesca Desportiva

que 70% dos ataques dãose quando o jig está em queda. Todas estas zagaias foram concebidas para performances na queda, a simular uma presa fraca, hesitante, assustada, moribunda. Para além disso têm diferentes propriedades nas subidas; algumas deslizam e começam a nadar de lado a lado, outras ficam em suspensão e caem de seguida deslizando de costas e outras caem a direito, muito lentamente, com um wobble mais pronunciado. Tudo isto na horizontal. Há zagaias que funcionam melhor na paragem feita depois de uma subida, outras funcionam melhor na queda.

Fatores para determinar a resistência da água

• Peso da zagaia • Alinhamento da zagaia com a vertical (com o barco) • Profundidade • Correntes (diferentes ao longo da coluna de água) • Espessura da linha (mas grossa, mais arrastada) Essa será a nossa referência e uma vez estabelecida podemos pescar mais leve ou pesado, dependendo da nossa estratégia e corrente

no pesqueiro. Chamo ao conjunto com zagaia mais leve strong setting porque a cana é mais forte que o peso da zagaia e soft setting

quando o peso da zagaia é mais forte que a cana. Mas atenção! Na realidade estas referências mudam muito com a profundidade, corren-

Mais rendimento A ideia é combinar o peso da zagaia com a nossa cana para tirar dela tirar mais proveito, mais rendimento. O que é sempre preciso ter em consideração é a animação, o “passo da dança”, que vamos dar; é isso que faz os predadores reagirem. Se nos quisermos focar no tempo em que a zagaia está parada, a planar, depois de uma subida, devemos apostar numa zagaia mais leve, aquilo que chamo de strong setting, para que suba rápido e depois, na paragem, comece a nadar para os lados. Se a aposta for na queda o ideal já será usar uma zagaia mais pesada, aquilo a que chamo de soft setting, para que a zagaia se mova lentamente e sem muitos movimentos na subida e de seguida, após o momento da suspensão, caia para o fundo com diferentes e atrativos padrões. A questão volta a ser qual é o peso de zagaia ideal para a nossa cana. 2016 Fevereiro 350

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Pesca Desportiva

Não basta a ficha técnica para saber qual a resposta dessa cana relativamente a vários pesos de zagaia. Ter essa noção na prática é o mais importante.

Quadro 1 (Tradução)

te e diâmetro da linha com que pescamos. É a força da coluna de água que puxa a linha, tal como o peso da zagaia faz e, quando essa ação se intensifica, torna o nosso conjunto mais soft setting. No entanto, estabelecer um padrão de cana/ peso de zagaia é muito importante para começar este processo de “afinação”. Como estabelecer um padrão? O peso standard de cana

rod power – Potência da cana Water Resistance – Resistência da água Jig weight – Peso da zagaia Line – Diâmetro de linha Water depth – Profundidade Currents – Correntes Verticality to jig – Verticalidade à zagaia

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pode ser determinado da seguinte forma: coloca-se a cana a fazer um ângulo de 90 graus com a linha, à profundidade habitual de pesca; depois dá-se uma volta de manivela e veremos que a cana inclina lentamente. Faça isto com vários pesos de zagaia. Se a zagaia for leve, a cana vai dobrar menos e voltar à posição inicial rapidamente. Se a zagaia for pesada a cana vai inclinar mais e ser mais lenta a voltar à posição inicial. Se a zagaia for ainda mais


Pesca Desportiva

pesada certamente que a cana não vai voltar a ficar direita. A ideia é encontrar um ponto médio, aquilo que será o peso standard para a nossa cana. A partir daí a nossa criatividade em busca de ataques é que impõe as regras e tanto se pode pescar com uma zagaias de 250 gramas em 50 metros de fundo como se pode pescar com uma de 100 gramas em 120 metros, isto com a mesma cana. As combinações não têm limites, tal como o comportamento dos peixes e as correntes que nem sempre são os mesmos. A ideia é ir experimentando e ver o que pesca melhor. Quando tivermos um ataque essa será a nossa resposta, a de que acertámos na escolha… e isso não quer dizer que funcione no dia seguinte, significa apenas que acertámos num bom padrão para esse dia. A parte engraçada deste jogo é saber o que se está a fazer a cada momento, mesmo quando mudamos para uma combinação de cana e zagaia aparentemente disparatada.

Ter duas canas com ações diferentes é sempre preferível.

A profundidade não é o único para escolher uma cana.

O peso da zagaia é um fator muito importante também potência da cana, a linha, a zagaia que quer usar e que tipo de animações quer fazer. É esta action tone que determina a escolha que o

pescador faz, que é determinada pelo equilíbrio entre a potência da cana e a resistência da água. A resistência da água é

determinada pelo peso da zagaia, pelas correntes, pela profundidade e por quão vertical está a zagaia em relação ao barco.

Uma ou duas canas? Ter duas canas com ações diferentes é sempre preferível. Mas a profundidade não é o único fator – como vimos – para escolher uma cana. O peso da zagaia é um fator muito importante também. O que é determinante para ser bem-sucedido é saber que ação tem a cana (a nível de curvatura) em relação à resistência da água. A isso chama-se action tone e aquilo a que se pode chamar “a alma do negócio”. O pescador escolhe a 2016 Fevereiro 350

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Pesca Desportiva

A aguagem mudou e isso obrigou a mudar de cana e peso de zagaia. O resultado não se fez esperar…

Qual o peso de zagaia ideal para a nossa cana? Essa será a nossa referência

e uma vez estabelecida podemos pescar mais leve ou pesado, dependendo da estratégia e corrente

É contra estes fatores que a cana vai ter de lutar. A profundidade é apenas um fator; basta descer a zagaia até ao fundo para perceber que ação é que temos na nossa cana nesse instante. E é importante prezar atenção à resistência da água que pode mudar repentinamente e várias vezes durante uma jornada, algo que pode fazer a diferença. No Quadro 1 pode ver-se a diferença de várias canas para o mesmo peso de zagaia, apenas para servir de referência. Esta ação 52

pode alterar-se à pesca em função da resistência da água. Não há uma definição clara para cada action tone, não há fronteiras. Estou só a tentar explicar como se sente e pode ajudar a decidir que peso de zagaia usar. Cada action tone é uma sucessão de vários degraus e o peso da zagaia é apenas um dos fatores para determinar a resistência da água. Esta resistência será muito diferente em 40 e 80 metros, por exemplo, e vai mudando ao longo do dia e

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de sítio para sítio. Por isso, precisamos de aguçar os nossos sentidos para perceber o quão pesado está a água e qual é a ação da nossa cana face a cada situação em concreto. Vejamos uma cana de ação média e uma zagaia de 150 gramas, algo a que se pode chamar de medium tone; é ação média a 40 metros (A) mas poderá ser soft a 80 metros por a água puxar mais a linha, a nossa pesca (B). Imaginemos que passam duas horas e a cor-

rente se faz sentir menos. Agora a cana parece ter uma ação mais forte aos 40 metros (C) e uma ação média nos 80 metros (D). E claro, cada tipo, modelo de zagaia trabalha melhor com uma cana com determinada ação, a tal action tone. Por isso é muito importante desenvolver essa sensibilidade para perceber a resistência da água e escolher acertadamente o peso e modelo da zagaia que se vai usar. Daí a vantagem de se possuir canas com ações diferentes. De resto, e se pensavam que havia uma regra a seguir ou se pensavam que a indicação da ação que vem na ficha técnica da cana chegava… caros amigos, estavam bem enganados.


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Vela

Campeonato Africano de Vela 2016

Angola Qualificada em 470 para as Olimpíadas do Rio

Matias Moutinho / Paixão Afonso a rondar à frente de uma equipa sul-africana Os velejadores Matias Montinho / Paixão Afonso terminaram no 6º lugar em 470, no Campeonato Africano de Vela de 2016, disputado entre os dias 7 a 11 de Janeiro em Cape Town, qualificando assim Angola para estar presente também no Rio de Janeiro nos Jogos Olímpicos em vela.

E

ste campeonato foi considerado um inovador momento da vela em

África, em virtude do evento ser o primeiro campeonato de africanos e Olímpico Continental de Qualificação.

Francisco Artur / Edivaldo Torres terminaram em 8º lugar 56

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Angola participou com duas tripulações, Matias Montinho / Paixão Afonso e Francisco Artur / Edivaldo Torres, ambas do

Clube Naval de Luanda. Depois de treinarem intensamente nos últimos três meses, foram um mês antes do natal

Matias Moutinho / Paixão Afonso com o 6º lugar qualificou Angola para os Jogos Olímpicos de 2016


Vela

para Cape Town, para conhecerem os ventos de 25-35 nós que batem naquela zona. O campeonato terminou com a vitória da tripulação sulafricana Asenathi Jim / Roger Hudson. Dos angolanos, Matias Montinho / Paixão Afonso ficaram no 6.º lugar, qualificando Angola, e Francisco Artur / Edivaldo Torres terminaram em 8º. Nuno Gomes, vice-presidente da Federação Angolana de Desportos Náuticos: “É uma conquista muito importante, Angola estará pelo seu próprio mérito representada na Vela nos Jogos Olímpicos do Rio em Agosto 2016 ! Os meus profundos agradecimentos a todos os que tornaram este sonho possível, principalmente aos atletas, e agora é trabalhar ainda mais e sonhar mais longe. Esperemos que a tutela, o Comité Olímpico Angolano e os possíveis patrocinadores tam-

ANG1 Matias Moutinho / Paixão Afonso em luta com uma das equipas da África do Sul bém queiram sonhar connosco...Vamos lá!!!” As duas tripulações angolanas são agora ambas elegíveis

para a selecção. Vão treinar em Angola onde as condições em Luanda são ideais para o treino, muito semelhante ao Rio e

vão ainda participar no Troféu Princesa Sofia em Palma. Uma delas estará no Rio de Janeiro em Agosto.

Todos os participantes, velejadores, treinadores, chefes de delegação, comissão de regatas e júri internacional. 2016 Fevereiro 350

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Vela

Fotografia Jesus Renedo Sailing Energy World Sailing

Sailing World Cup Miami

Jorge Lima/José Costa Conquistam Prata

Jorge Lima e José Costa Jorge Lima/José Costa conquistaram um espectacular segundo lugar na classe 49er na etapa de Miami da Taça do Mundo da Federação Internacional de Vela, que terminou no passado dia 30 em águas norte-americanas.

U

João Rodrigues foi 12º na classe RS:X 58

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ma numerosa frota nacional participou na etapa de Miami da Taça do Mundo da Federação Internacional de Vela, onde concorreram com cerca de oitocentos velejadores de 64 países. Com lugar assegurado no Rio de Janeiro 2016 Jorge Lima/José Costa marcaram presença na Regata das Medalhas, onde estiveram os dez primeiros da geral de 49er. Com o vento muito instável de direcção, a dupla nacional foi sétima e manteve o segundo lugar na geral. Os espanhóis Diego Botin/Iago Lopez Marra foram os vencedores, com os suecos Carl Sylvan/Marcus Anjemark a ficarem com o bronze. A dupla nacional foi sétima na Regata das Medalhas e alcança um resultado muito motivador rumo


Vela

aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. João Rodrigues, que já está convocado para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 onde cumprirá a sua sétima participação, marcou presença na classe RS:X. Terminou na 12ª posição da geral. O holandês Dorian Van Rijsselberge ficou com o ouro, o britânico Nick Dempsey foi segundo e o chinês Aichen Wang, terceiro. Em 470 masculino, João Villas-Boas/Tomás Camelo foram para prepararem-se para a difícil tentativa de qualificação para o Rio 2016, que acontecerá no Troféu Princesa Sofia, no final de Março. Acabaram no 14º lugar. Os norteamericanos Stuart Mcnay/ David Hughes alcançaram o triunfo, seguidos dos gregos Panagiotis Mantis/Pavlos Kagialis e dos espanhóis Onan Barreiros/Juan Curbelo Cabrera. Rui Silveira esteve na clas-

Jorge Lima e José Costa se Laser. Portugal já está apurado para os Jogos Olímpicos mas falta encontrar qual o velejador que vai representar o país no Brasil. Para o atleta

açoriano, que regressa após lesão, a prova norte-americana serviu de treino, integrado numa frota fortíssima. Rui Silveira foi 65º na clas-

se Laser. O brasileiro Robert Scheidt venceu. O francês Jean Baptiste Bernaz e o neozelandês Sam Meech foram 2º e 3º respectivamente.

Jorge Lima e José Costa Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Acossiação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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Vela

42º Torneio Internacional de Vela do Carnaval

Festa da Vela Encerra em Vilamoura

O 42º Torneio Internacional de Vela do Carnaval chegou hoje ao seu final em Vilamoura. A prova contou com a participação de cerca de 300 velejadores e teve organização do Clube Internacional da Marina de Vilamoura.

N

o último dia do 42º Torneio Internacional de Vela do Carna-

val o vento soprou entre os 5 e os 9 nós de Sudoeste. Em Optimist Juvenis, o domínio alemão foi total com

Roko Mohr, Mic Mohr e Adrien Suroca, a ocuparem o pódio. Manuel Ramos, do Clube de Vela do Barreiro, foi o melhor

Regata de Laser 60

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português na 4ª posição e Beatriz Gago, do Clube Naval de Portimão, foi a primeira feminina e 11ª da geral. Esta


Vela

Regata de Optimist prova serviu de Evento Teste para o Mundial da classe a realizar de 25 de Junho a 4 de Julho também em Vilamoura, Em Optimist Infantis, Tiago Lima e Marta Alves, ambos do Clube de Vela de Viana do Castelo, foram 1º e 3º da ge-

ral, com Júlia Cardoso, da Associação Náutica da Madeira, a seguir na segunda posição. Diogo Costa/Pedro Costa, do Clube de Vela Atlântico, venceram nos 420, com Tomás Barreto/João Prieto e Rita Lopes/Pedro Cruz, ambos do Clube Naval de Cascais, a serem 2º e 3º, respectivamente. Henrique Brites, do Clube Naval de Cascais, alcançou o triunfo em Laser Radial. Tomás Martins e Carolina João, ambos do Sport Algés e Dafundo, ocuparam as 2ª e 3ª posições. Daniela Miranda, da Associação Naval do Guadiana, foi a primeira em Laser 4.7. Miguel Rouxinol e Gonçalo Peixoto, do Clube de Vela Atlântico, terminaram em 2º e 3º. Nos Snipe, Tiago Roquette/Salvador Roquette, do Clube We Do Sailing, foram os vencedores. Pedro Barreto/ Sofia Barreto e Luís Guedes Queiroz/António Pereira, do Clube Naval de Cascais completaram o pódio. António Santos/Rita Santos, do Clube de Vela do Sado, foram primeiros em Dart 18. A dupla Luís Santos/João Santos, também do Clube de Vela do Sado, foi segunda e Francisco Melo/António Jesuíno, do CIMAV, ficaram na terceira posição.

Optimist Juvenis Geral provisória após 6 regatas 1º Roko Mohr - Alemanha 2º Mic Mohr - Alemanha 3º Adrien Suroca - Alemanha 4º Manuel Ramos – Clube de Vela do Barreiro 5ª Arthur De Jonghe - Hungria Optimist Infantis 1º Tiago Lima - Clube de Vela de Viana do Castelo 2ª Júlia Cardoso - Associação Náutica da Madeira 3ª Marta Alves - Clube de Vela de Viana do Castelo 4º Augusto Castelo Branco - Sport Algés e Dafundo 5º Duarte Rocha - Clube Náutico Boca da Barra Dart 18 1º António Santos/Rita Santos - Clube de Vela do Sado 2º Luís Santos/João Santos - Clube de Vela do Sado 3º Francisco Melo/António Jesuíno - CIMAV 4º Pedro Sousa/Helena Murta - Clube Naval Setubalense 5º Gonçalo Martins/Diogo Saldanha - Clube Naval Setubalense 420 1º Diogo Costa/Pedro Costa - Clube de Vela Atlântico 2º Tomás Barreto/João Prieto - Clube Naval de Cascais 3º Rita Lopes/Pedro Cruz - Clube Naval de Cascais 4º Francisco Maia/Rui Oliveira - Clube de Vela Atlântico 5º Miguel Santos/Guilherme Cruz - Clube de Vela Atlântico Snipe 1º Tiago Roquette/Salvador Roquette - Clube We Do Sailing 2º Pedro Barreto/Sofia Barreto - Clube Naval de Cascais 3º Luís Guedes Queiroz/António Pereira - Clube Naval de Cascais 4º Rita Leal Faria/Manuel Vilela - Clube Naval de Cascais 5º Miguel Graça/Teresa Inácio - Clube Dom Pedro Laser Radial 1º Henrique Brites - Clube Naval de Cascais 2º Tomás Martins - Sport Algés e Dafundo 3º Carolina João - Sport Algés e Dafundo 4º Bernardo Loureiro – Clube Naval de Cascais 5º Tomás Pires de Lima - Clube de Vela Atlântico Laser 4.7 1ª Daniela Miranda - Associação Naval do Guadiana 2º Miguel Rouxinol - Clube de Vela Atlântico 3º Gonçalo Peixoto - Clube de Vela Atlântico 4º João Abrantes – Associação Naval do Guadiana 5º João Ilhão - Clube de Vela Atlântico

Regata de Snipe

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Notícias do Mar

Últimas EDP Mar Sem Fim

Fotografia: Pedro Lopes/EDP Mar Sem Fim

Confirma-se Potencial da Ilha Graciosa para o Surf de Ondas Grandes

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EDP Mar Sem Fim, projeto pioneiro de descoberta de ondas grandes, desconhecidas e inexploradas em Portugal, acaba de concluir a expedição de cinco dias à Graciosa, que terminou no passado dia 21 de Janeiro, confirmando o potencial daquela ilha do grupo central dos Açores para o surf de ondas grandes. Apesar do vento e da chuva que se fez sentir durante o período em que decorreu a expedição, resultado da passagem do Furacão ‘Alex’, a equipa de surfistas composta por João De Macedo, João Guedes e Jácome Correia cumpriu os três dias de surf

previstos, que serviram principalmente para caracterizar as ondas do mar da Graciosa e recolher imagens para promover e divulgar a região. “Após as sessões de surf que realizámos aqui na Graciosa, sendo o foco o Ilhéu da Praia, concluímos que a onda tem todo o aspeto de ser perfeita e misteriosa, o que nos dá aquela excitação de descoberta. Apesar de já termos tido relatos de locais e de outros surfistas, esta é a afirmação de uma onda nova. Foi muito especial para nós viver esta experiência e sentir in loco o potencial da ilha”, explica João De Macedo, surfista e Coordenador das Bolsas EDP Mar Sem Fim.

Alex Botelho

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Segundo Mário Almeida, responsável pelo projeto, a equipa conseguiu reunir os primeiros registos de ondas nesta ilha. “Estamos muito contentes com o resultado desta segunda expedição aos Açores. Foi, seguramente, uma das expedições mais difíceis de organizar devido às questões logísticas associadas, mas ao mesmo tempo uma das que melhor cumpriu o propósito a que nos propusemos desde o

início, ou seja, explorar, redescobrir e surfar as ondas dos Açores.” A expedição EDP Mar Sem Fim à Ilha Graciosa foi a segunda da temporada 2015/2016 e contou com os importantes apoios locais da Associação de Turismo dos Açores, SATA, Transisular, Associação Humanitária de Bombeiros Da Graciosa, Hotel da Graciosa e Câmara Municipal da Graciosa.


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