Notícias do Mar n.º 353

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2016 Maio 353

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Texto Antero dos Santos

Palangre Pesca 100% Sustentável é a Solução

Pescadores artesanais a iscarem os anzóis com sardinha no aparelho do palangre Com os melhores pesqueiros de Portugal cobertos com redes de emalhar de fundo, os pescadores com palangre, arte que utiliza um aparelho com anzóis, em virtude de não terem sítio para pescarem devido aos anzóis ficarem presos nas redes, vão abandonando a sua arte de pesca e acabam a usar redes também.

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izem os cientistas que a pesca com palangre é de todas a mais selectiva e aquela que menores impactos produz nos recursos, sendo defendida por eles por não provocar capturas acessórias. A sobrepesca é um problema mundial que ocasionou o desaparecimento de espécies marinhas quase completamente de regiões antes 2

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extremamente ricas. Com os recursos a desaparecerem, hoje há países que defendem tão ferozmente as suas águas que não se importam de meter no fundo os arrastões infractores. Sistemas industriais de pesca como o arrasto e as redes de emalhar de fundo, que são os mais usados, continuam a ser os culpados da sobrepesca, motivando milhares de toneladas de peixe rejeita-

do que é destruído e raramente aproveitado para farinhas e subprodutos. Na Europa diz a Comissão Europeia: “a Política Comum das Pescas deverá contribuir para uma maior produtividade, para um nível de vida adequado no sector das pescas, incluindo a pesca de pequena escala, e para a estabilidade dos mercados, e deverá assegurar a disponibilidade de recursos

e o abastecimento dos consumidores a preços razoáveis. A Política Comum das Pescas deverá contribuir para a Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, e deverá contribuir para a realização dos objectivos nela estabelecidos”. A realidade é que nenhuma das grandes frotas de pesca europeias cumpre com o que está estabelecido e pra-


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a exceder os seus limites. E excedem porque continuam a massacrar os pesqueiros com os arrastões e as redes de emalhar de fundo.

tica uma pesca sustentável, continuando todos os anos

Só pescar com palangre nas grandes profundidades A solução para a recuperação dos pesqueiros encontra-se quando a Comissão Europeia apenas autorizar a pesca com palangre nessas zonas. Enquanto os sacos dos arrastos e as redes de emalhar trazem toneladas de peixes e outros organismos marinhos destruídos e para deitar fora, no anzol vem apenas um peixe, muitas vezes seleccionado pelo tipo de isco que lá estava preso. Haverá pesca mais sustentável do que esta? Diz a PONG-Pesca, Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre Pesca: “A gestão deve ser baseada na Ciência. Não é possível gerir correctamente as pescas sem um conhecimento aprofundado e actualizado do estado dos ecossistemas e das populações de organismos vivos das quais a pesca depende. É assim fundamental que se apoie a investigação científica relacionada com a Pesca e que se estabeleçam mecanismos adequados para integrar devidamente e atempadamente novos dados e informação à medida que estes forem disponi-

Lavagante capturado nas redes de emalhar de fundo

Plataforma continental portuguesa até os 200 metros de profundidade é mais estreita na Costa Vicentina

Na Costa Vicentina a plataforma continental tem na parte mais larga 18 milhas 2016 Maio 353

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bilizados. O conhecimento tradicional tem também um papel fundamental no processo científico e não deve ser ignorado.” Se a Comissão Europeia aceitar a voz dos cientistas e não se subordinar apenas aos interesses das grandes companhias de armadores, deveria começar a defender as zonas mais exploradas, estudando bem os seus recursos e impedindo a utilização da pesca com arrasto e as re-

des de emalhar de fundo, não apenas nas grandes profundidades, mas também sobre a plafaforma continental. Quando os cientistas dessem as zonas como recuperadas, os barcos de pesca poderiam voltar. Em Portugal só com a Investigação e novas Leis se podem recuperar

S

olicitámos a Gonçalo Carvalho, Coordenador da Pong-Pesca, plataforma de organizações não governamentais portugesas sobre a pesca, quatro perguntas sobre este grave problema das pescas. - A Marinha diz que as bóias que assinalam as redes de emalhar de fundo, deviam dispor de um Respondedor AIS, (equipamento que não é caro) para assim poderem fiscaliza-las e saber se ficaram mais de 24 horas fundeadas A PONG-Pesca concorda que o Ministério do Mar deveria legislar para obrigar os armadores a colocarem os Respondedores AIS nas bóias? “Embora não dominemos esta questão técnica em particular, a medida contaria com o nosso apoio, pois foi avançada pela entidade responsável pela monitorização das atividades de pesca. Será importante averiguar se a aquisição dos equipamentos pode ser financiada pelo PO MAR 2020”. - Cientistas da Universidade do Algarve indicam nos seus trabalhos que o arrasto provoca 80/90% de rejeições no que respeita à pesca do lagostim e 60/80% no que respeita aos outros tipos de arrasto. Quanto às redes de emalhar de fundo as rejeições foram contabilizadas em 49% A PONG-Pesca concorda que se deveria impedir a pesca com essas artes em zonas que estão a sofrer com grande redução de peixe e manter apenas o palangre, até os investigadores darem como recuperados os recursos? - A Costa Vicentina é a zona da costa portuguesa com menor largura na plataforma continental com apenas 18 milhas, tendo já sofrido muito com o esforço de pesca dessas artes agressivas, como o arrasto e as redes de emalhar de fundo. A PONG-Pesca concorda que a Costa Vicentina deveria ser protegida, permitindo apenas a pesca com palangre até às 8 milhas da costa, até os cientistas confirmarem que as espécies demersais da zona, que são de grande qualidade e valor comercial, como o pargo, robalo, peixe-galo, sargo ou dourada têm recuperados os seus stocks? “A PONG-Pesca apoia a tomada de medidas que tornem a atividade piscatória tão seletiva quanto possível e tem conhecimento dos problemas e da limitação a esse nível decorrentes da utilização de redes de emalhar e de arrasto. Por outro lado, temos muitas vezes apelado à limitação da utilização de redes de emalhar e de arrasto, particularmente em zonas mais sensíveis, como as grandes profundidades. Portanto, somos a favor de restrições à operação destas artes na Costa Vicentina. Gostaríamos no entanto que fossem efetuados estudos sobre os impactos específicos destas medidas, tanto a nível biológico, como social e económico.” - Concorda que devia haver uma investigação permanente extensiva às espécies demersais daquela área, de valor económico e com qualidade para abastecer mais o nosso mercado e também para se exportar? “Sem dúvida. A PONG-Pesca defende a gestão da pesca baseada no conhecimento, pelo que apoiamos qualquer iniciativa nesse sentido”.

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De Sagres a Sines encontra-se o melhor peixe do mundo que vai desaparecer e ser destruído pelas redes de

os recursos Em Portugal os cientistas estão a investigar a sardinha e outros peixes pelágicos como o carapau e a cavala. Como a Comissão Europeia também concedeu quota a Portugal para o verdinho e o biqueirão, o Ministério do Mar devia encomendar aos

cientistas que estendessem a investigação também a essas espécies, as quais poderiam complementar a pesca de cerco das nossas traineiras. Em Portugal a falta de peixe não é causada pela sobrepesca

As redes de emalhar quando são içadas ao fim de 24 horas, tempo legal, apenas aproveitam 49% do peixe e


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Sesimbra, Sines, Vila nova de Milfontes e Sagres eram centros de pesca que abasteciam permanentemente os inúmeros viveiros do país. A pesca da lagosta fazia-se em covos redondos feitos com uma armação, rede de pesca de algodão e iscados no interior com sardinhas. Sempre que o mar não mexia muito, os covos iam para o fundo e as lagostas para dentro. Um dia alguém se lembrou de rodear as pedras onde havia lagostas com redes de emalhar de fundo em nylon, para capturar mais, peque-

Caixas de peixe-galo pescado nas redes de emalhar de fundo

emalhar de fundo

mas pelo peixe que se estraga A verdadeira causa da falta de peixe, são décadas de pesca com artes erradas e agressoras dos fundos e dos recursos. Portugal tinha uma costa especialmente rica de lagosta. Peniche, Ericeira, Cascais,

quando ficam mais tempo mais de 80% vai fora. 2016 Maio 353

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O barco Pedro Valverde de Sagres é já dos poucos a pescar com palangre na Costa Vicentina

nas ou grandes tudo servia. E quando o mar não deixava levantar as redes elas lá ficaram a matar tudo. Bem reclamaram os pescadores dos covos, mas ninguém os

escutou. Quando já não havia lagostas na costa portuguesa, lá se fez uma lei a proibir a pesca dos crustáceos com redes de emalhar de fundo. Porém,

Bóia a assinalar uma rede de emalhar de fundo fundeada a 90 metros 6

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pode-se capturar até 5% do peso do peixe que for levantado nas redes. Agora a lagosta passou a ser uma pesca acessória e por isso está a desaparecer. O desenvolvimento da pesca com redes de nylon e o abandono das redes com fio de algodão é que foi o maior crime ambiental, porque não se legislou para defender os fundos e os recursos da agressão das redes de nylon. Com as redes de algodão os pescadores não largavam as redes para o fundo, nem as abandonavam semanas ou meses no mar, pois deterioravam-se facilmente. Marrocos teve coragem para proibir a pesca com redes de nylon. Lá, ou pesca-se com palangre ou com redes

de algodão. A solução é reconverter a frota de pesca de Portugal com mais barcos de palangre Portugal importa dois-terços do peixe que come. Só reconvertendo a nossa frota de pesca com mais embarcações de palangre e menos com redes de emalhar de fundo poderíamos ganhar mais valor no pescado e destruir menos peixes diariamente. A pesca com o palangre é a que captura o peixe de maior valor para exportação porque é o de melhor qualidade. Com esta arte de pesca podemos aumentar o valor do peixe pescado, abastecer mais o


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mercado nacional e produzir mais peixe de alta qualidade para exportar. Deste modo Portugal poderia equilibrar a balança de pagamentos, compensando as importações do bacalhau que a CE nãp deixa que Portugal pesque, com a exportação de espécies altamente apreciadas em mercados externos, que têm ainda mais valor e existem na nossa costa. Mas para que isso seja possível, é fundamental legislar-se em Portugal, para se defender os recursos dos peixes demersais que se podem exportar e são de grande valor comercial, como a abrótea, cherne, dourada, garoupa, pargo, peixe-galo, robalo e sargo. Estas espécies, muito cotadas no estrangeiro, têm capturas cada vez mais reduzidas em zonas onde havia grande abundância. Antes destas espécies desaparecerem por completo da nossa plataforma continental, está na altura do Ministério do Mar colocar os cientistas, em colaboração com os pescadores, a investigar o que fez alterar o habitat desses peixes. Os principais pesqueiros da costa de Portugal, que estão em declínio destas espécies demersais, devem ser rapida-

Peixes para Salvar das Redes Os cientistas devem estudar criar uma reserva na Costa Vicentina para permitir a pesca destes peixes apenas com o palangre

Respondedor AIS

mente protegidos das redes de emalhar, impedindo o seu uso até os cientistas determinarem que os stocks estão a melhorar. Como existem milhares de redes de emalhar de fundo na nossa plataforma continental ilegalmente fundeadas mais de 24 horas, a Marinha diz que devia haver legislação que obrigasse os armadores a colocarem um Respondedor AIS nas bóias, para levantar todas as redes que estão

Abrótea

Dourada

Cherne

Garoupa

Peixe-galo

Robalo

Pescador artesanal com pesca de pargos com palangre

Sargo

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Embarcação que desistiu de pescar com palangre e está a meter redes de emalhar de fundo

abandonadas e em contravenção. A Marinha dispõe dos Receptores e o Respondedor é um equipamento de baixo custo. A Costa Vicentina, por ser

a zona da costa portuguesa com menor largura na plataforma continental, com apenas 18 milhas na parte mais larga, tem sofrido muito com o esforço de pesca das artes

agressivas, como o arrasto e as redes de emalhar de fundo. Para a proteger deveriase permitir apenas a pesca com palangre até às 8 milhas da costa e proibir as outras ar-

Descarregar sardinha para o isco 8

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tes até essa distância, até os cientistas confirmarem que as espécies demersais da zona têm recuperados os seus stocks. Com mais barcos de pesca com palangre e menos embarcações com redes de emalhar de fundo, pescavase mais peixe vivo capturado com o anzol e em melhores condições de ser levado à lota e mais de 60% do peixe que se pesca nas redes e se debate preso até morrer, não se deitava fora. A vantagem desta reconversão da frota e de tipo de pesca, apoiar o palangre que produz uma pesca 100% sustentável, daria a Portugal grande benefício económico. A pesca com palangre tem ainda a vantagem de criar mais postos de trabalho, pois são necessários pescadores que vão ao mar e pessoal que fica em terra a desembaraçar os aparelhos e preparar os iscos.


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Economia do Mar

Grupo Angel Pilot Inaugurou Novas e Admiráveis Instalações

O Grupo Angel Pilot, o maior grupo de comercialização de equipamentos recreativos na Europa, inaugurou um novo espaço, nos passados dias 22 e 23 de Abril, com dois eventos. O primeiro realizou-se no dia 22, entre as 17 e 19 horas, dedicado exclusivamente à imprensa, fornecedores e convidados. O segundo decorreu no dia 23, entre as 16 e 20 horas, aberto ao público e dedicado aos clientes, tendo como tema a descoberta do Mundo Angel Pilot.

O

Grupo Angel Pilot é uma organização que se dedica à comercialização, importação e exportação de equipamentos de lazer, sempre com a sua sede no Algarve. O Grupo inclui três empresas totalmente lideradas pela família Balzer, através de uma filosofia de gestão que combina as características da empresa familiar, com a 10

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estrutura e a capacidade de resposta de uma empresa líder de mercado em diversos sectores Durante os dois dias do evento da inauguração, os convidados foram recebidos pela equipa Angel Pilot, que, durante os primeiros 15 minutos fez uma pequena apresentação seguida de corta fita. Na ocasião Alessandro Balzer agradeceu a todas

as marcas e entidades que contribuiram na construção e decoração das novas instalações, bem como à sua equipa, pela imensa dedicação. Acentuou a finalizar um agradecimento muito especial a todos os clientes que há mais de 20 anos confiam na sua empresa A esta cerimónia seguiuse um cocktail repleto de iguarias italianas, organizado pela Pizzeria Dolce Vita,

da Praia da Rocha. Os colaboradores do Grupo acompanharam os convidados na visita às instalações, explicando todas as grandes inovações daquele novo showroom. As novas instalações situadas no Complexo dos Estaleiros Navais de Portimão, no Parchal (Lagoa), estão em projecto desde 2011, e surgiram com o intuito de concentrar toda a actividade


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do Grupo numa localização privilegiada para a náutica. A loja conta com uma área coberta de exposição de cerca de 2.000 m2 e com diversos corners das marcas de renome internacional que o Grupo representa, tais como: Yamaha, Honda, Cranchi, Piaggio, Vespa, Capelli, Seadoo e muitas outras. Todos os espaços estão completos de uma grande variedade de veículos novos e usados. Além disso, existem duas áreas para acessórios, náuticos e de motos, nas quais o cliente poderá encontrar todos os complementos para aproveitar ao máximo os seus veículos, quer sejam náuticos ou terrestres. Tudo isto para perseguir aquele que foi sempre o objectivo da equipa Angel Pilot: encontrar novas e melhores

Cerimónia da inauguração das instalações

No primeiro piso decorreu o cocktail 2016 Maio 353

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As novas instalação têm 3 pisos com exposição de equipamentos

formas de tornar os equipamentos de lazer fáceis de comprar, manter, reparar,

melhorar e revisionar. Alessandro Balzer, não escondia a sua enorme satisfação, pela inauguração de mais uma loja, afirmando que “Desde que iniciamos a trabalhar com embarcações de grande porte, tivemos a necessidade de nos aproximar mais da água e, em finais de 2014, sabia que estava na altura de investir neste novo projecto e decidimos avançar com a construção. É com enorme prazer que finalmente abrimos oficialmente as portas do espaço que gostamos de chamar O Mundo Angel Pilot, um mundo de divertimento e lazer. Agradeço a toda a equipa Angel Pilot, que esteve envolvida e muito empenhada na criação deste novo espaço, e espero que os nossos convidados gostem desta loja tanto quanto nós gostamos”

Exposição de electrónica

No 1º piso estão as embarcações 12

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Exposição de motas de água, moto 4 e motos de estrada no 3º piso


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Pesca Submarina

Pesca Submarina - Campeonato Regional Individual de Promoção e I Troféu António Bessone Basto

Humberto Silva, CNOCA, Vasco Silva, André Domingues e Paulo Alves foram os Vencedores Cascais foi o palco de várias competições de Pesca Submarina, concentrando num só fim-de-semana, o Campeonato Regional Individual de Promoção de Pesca Submarina do Continente 2016, no dia 30 de Abril e 1 de Maio, o I Troféu António Bessone Basto e Troféu de Veteranos – Masters, no Domingo, 1 de Maio.

Abraço FairPlay 14

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Pesca Submarina

João Rocha, diretor do Estoril Praia, Gonçalo de Sá, coordenador técnico da equipa do Estoril Praia, Alexandre Faria, presidente do Estoril Praia, António Bessone Basto e António Gaspar, director-geral do patrocinador GROW

H

umberto Silva foi o vencedor do Regional do Continente, Vasco Silva o Campeão Sub23 e o Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada (CNOCA) venceu por equipas. André Domingues foi primeiro no I Troféu António Bessone Basto e Paulo Alves o primeiro no Troféu de Veteranos-Masters, desta modalidade desportiva praticada exclusivamente em apneia. Depois da realização dos Campeonatos Regionais dos Açores e da Madeira e de vários adiamentos consecutivos por impossibilidade das condições meteorológicas e de mar para a prática da modalidade, seguiu-se o Regional do Continente para apuramento dos atletas para o Campeonato Nacional a realizar nos próximos dias 4 e 5 de Junho em Sagres. O I Troféu de Pesca Submarina António Bessone Basto foi composto por duas provas e com classificações

independentes: “Troféu de Veteranos-Masters” e “Troféu-Open” que contará para a edição de 2016 da Taça de Portugal de Pesca Submarina da FPAS. No Troféu de VeteranosMasters puderam participar todos os pescadores submarinos nascidos até 1970 e no Troféu-Open todos os pescadores submarinos maiores de dezoito anos. A Prova A concentração e reunião de briefing foi às 9h00 na “Lage da Ramela”, os atletas saíram à barbatana para a primeira jornada do Regional do Continente, a água apresentava visibilidade entre os 2 e os 4 metros e a temperatura da água a rondar os 15º. No Domingo, a saída estava prevista no “Raio Verde” mas teve de ser alterada para o “Forte dos Oitavos” que apresentava melhores condições de acesso à água, nesta segunda jornada que juntava 32 atletas, no conjun2016 Maio 353

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Pesca Submarina

João Peixeiro, 3º no Troféu António Bessone Basto

Homenagem a António Bessone Bastos 16

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to das duas provas, Regional e Troféu, destaque para a presença da Catarina Santos, a única atleta feminina em prova. O Regional do Continente realizou-se em duas jornadas e o Troféu numa jornada, ambas as provas foram realizadas à barbatana, com a duração de 5 horas cada jornada. O regulamento das competições de Pesca Submarina FPAS privilegia a diversidade de espécies em detrimento da quantidade das capturas, estabelece pesos mínimos, penalizações, bonificações e considera apenas as espécies predominantes e com maior valor desportivo. Depois de uma prova muito bem disputada, de um convívio saudável entre praticantes de diversas idades e diferentes níveis de experiência na modalidade, o resulta-


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Pesca Submarina

A pesagem no Mercado da Vila de Cascais

Livros Antigos

do foi um variado conjunto de capturas com predominância de tainhas, sagos, bodiões, abróteas e alguns robalos, entre outras espécies. Humberto Silva, do Estoril Praia, foi o vencedor do Campeonato Regional do Continente com 27 capturas e 177,27% de pontuação percentual, João Guerreiro, do CNOCA, foi segundo com 29 capturas e 170,32% e Paulo Silva, do Clube Vela de Lagos, o terceiro com 17 capturas e 128,72%, Vasco Silva foi o vencedor Sub-23 com 12 capturas e 68,59% e Miguel Gouveia, do Estoril Praia, o segundo Sub-23 com 3 capturas e 11,82% de pontuação percentual. A classificação por equipas ou

Medalhas de Prata

Vendem-se os livros constantes na seguinte lista: ANAIS DE ARZILA (2Volumes) (34x24x6) CRÓNICA INÉDITA DO SÉCULO XVI TOMO I 1508-1525 TOMO II 1525-1535 De: BERNARDO RODRIGUES ENCADERNAÇÃO DE Super LUXO HISTÓRIA DE PORTUGAL ( 8 Volumes) (30X22X3) EDIÇÃO MONUMENTAL - 1928 COMEMORATIVA DO 8º CENTENÁRIO DA FUNDAÇÃO DA NACIONALIDADE (ilustrada e colaborada pelos mais iminentes Historiadores e Profusamente por Artistas Portugueses) Direcção Literária Direcção artística DAMIÃO PERES ELEUTÉRIO CERDEIRA ENCADERNAÇÃO DE LUXO VOLTA AO MUNDO (1 Volume) (30x22x6) EDIÇÃO MONUMENTAL ENCADERNAÇÃO DE SUPER LUXO PROFUSAMENTE ILUSTRADA FERREIRA DE CASTRO AS MARAVILHAS ARTÍSCAS DO MUNDO (1 Volume) (29X22X5.5) EDIÇÃO MONUMENTAL ENCADERNAÇÃO DE SUPER LUXO OBRAS COMPLETAS DE FERREIRA DE CASTRO (13 VOLUMES) (20X15X3 BOA ENCADERNAÇÃO MONUMENTOS DE PORTUGAL (1 VOLUME) (24X16X3) EDIÇÃO DE 1886 INÁCIO DE VILHENA BARBOSA ENCARDENAÇÃO DE LUXO Contactos: Telefone: 21 924 10 86 Telemóvel: 91 465 94 96

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Vende-se colecção completa de 12 medalhas de prata (a terceira existente) comemorativas do lançamento dos navios construídos no Arsenal do Alfeite, conforme lista anexa. - SAMEIRO - D. JOÃO DE CAST - SAM MAMEDE - PATRULHAS - ERATI

1940 1940 1950 1955 1956

(Navio Tanque) (Hidrográfico) (Navio Tanque) (Marinha de Guerra) (Navio Tanque)

-ARSENAL DO ALFEITE 1958 (Comemorativa da colaboração com a construção naval Sueca) - “PETROLEIRO” 1958 (Governo Sueco) - BEIRA 1963 (Cargueiro - CNN) - GERÊS 1964 (Navio Tanque) - PATRULHAS 1968 (Marinha de Guerra) CACINE CUNENE MANDOVI ROVUMA - SCHULTZ XAVIER - PATRULHAS

1971 1973

(Navio balizador) (Marinha de Guerra)

SAVE LIMPOPO COLECÇÃO DE MEDALHAS DE PRATA DO ARSENAL DO ALFEITE. (3ª COLEÇÃO COMPLETA DE QUE HÁ CONHECIMENTO) Contactos: Telefone: 21 924 10 86 Telemóvel: 91 465 94 96


Pesca Submarina

Pódio Clubes Regional Continente 2016

Pódio I Troféu António Bessone Bastos

clubes ficou ordenada em primeiro lugar pelo CNOCA com 260% de pontuação percentual, em segundo lugar o Estoril Praia com 220% e em terceiro lugar o Clube Vela de Lagos com 219%. Paulo Alves foi o primeiro no I Troféu de VeteranosMasters com 9 capturas e 100% de pontuação percentual, Paulo Silva o segundo com 7 capturas e 81,63% e João Olaio o terceiro com 5 capturas e 54,85%. O pódio do I Troféu António Bessone Basto-Open, que também pontua para a Taça de Portugal FPAS, ficou ordenado da seguinte forma: em primeiro lugar André Domingues com 100% de pontuação percentual, em segundo Humberto Silva com 75,56% e em terceiro João Peixeiro com 61,39%. Pesagens e Cerimónia de Entrega dos Prémios As pesagens e a cerimónia de entrega de Prémios foram realizadas no Mercado da Vila, em Cascais, e contaram com a presença dos representantes das várias entidades que colaboraram na organização deste conjunto de competições de Pesca Submarina, nomeadamente: António Bessone Basto, Nuno Piteira Lopes – Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Cascais, Alexandre Faria – Presidente do Estoril Praia, João Rocha – Diretor 2016 Maio 353

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Pesca Submarina

Catarina Santos preparada para entrar na àgua

do Estoril Praia, Gonçalo de Sá – Coordenador Técnico da Equipa de Pesca Submarina do Estoril Praia, Antero Santos – Diretor do Notícias do Mar, Miguel Caetano – Gerente Marisco na Praça, Francisco Batista – da Altitude-Beuchat, Zeca Garcia,

Ricardo José – Presidente da FPAS, Luis Verissimo, Francisco Oliveira e Lourenço Silveira – Vice-Presidentes da FPAS. Habitualmente as capturas resultantes das provas de Pesca Submarina são doadas a instituições locais

Pódio Regional Continente 2016 20

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de solidariedade social e os maiores exemplares sorteados pelo publico assistente. Nos dois dias, em Cascais, as capturas foram entregues à Fundação “O Século”. Esta competição foi organizada pela FPAS - Federação Portuguesa de Actividades

Subaquáticas em conjunto com o Estoril Praia e, no final, houve ainda lugar à homenagem, conduzida por Gonçalo de Sá, a um grande atleta desta modalidade desportiva - António Bessone Basto – que também brindou os presentes com a oferta de um

Pódio Troféu Masters


Pesca Submarina

cachecol com a sua assinatura e “O nº 1 do eclectismo”. Esta prova teve por objectivo encontrar o Campeão Regional do Continente absoluto e Sub-23, divulgar e sensibilizar os praticantes e público em geral para esta modalidade selectiva, prati-

cada totalmente em apneia e consequentemente contribuir, por um lado, para o desenvolvimento da Pesca Submarina de competição em Portugal e, por outro, para a promoção turística e económica do local onde estes eventos têm lugar.

I Troféu António Bessone Basto - Open (1 Maio) Atletas

P. Percentual

1

André Domingues

100,00 %

2

Humberto Silva

75,56 %

3

João Peixeiro

61,39 %

4

Pedro Domingues

59,39 %

5

João Guerreiro

52,86 %

6

Paulo Alves

41,13 %

7

Rui Antunes

37,00 %

8

Paulo Silva

33,58 %

9

Agnelo Neutel

26,38 %

10

Miguel Ferreira

25,15 %

Campeonato Regional de Promoção do Continente (30 Abril /1 Maio) Luís Prata terminou o Regional em 6º lugar

Atletas

Clubes

P. Percentual

1

Humberto Silva

Estoril Praia

177,27 %

2

João Guerreiro

CNOCA

170,32 %

3

Paulo Silva

Clube Vela Lagos

128,72 %

4

Rui Pataco Cardoso

102,70 %

5

Miguel Ferreira

96,28 %

6

Luís Prata

Clube Vela Lagos

90,33 %

7

Tiago Mota

CNOCA

90,10 %

8

Rui Vasco

sub - 23

69,48 %

9

Vasco Silva

68,59 %

10

Nuno Jerónimo

65,50 %

I Troféu António Bessone Basto - Veteranos / Masters - (1 Maio) Atletas

P. Percentual

1

Paulo Alves

100,00 %

2

Paulo Silva

81,63 %

3

João Olaio

54,85 %

4

Luís Gonçalo Sá

17,73 %

5

Rui Gouveia

13,67 %

Campeonato Regional de Promoção do Continente (30 Abril /1 Maio)

Pesagem do peixe de André Domingues

Clubes

P. Percentual

1

CNOCA

100,00 %

2

Estoril Praia

81,63 %

3

Clube Vela Lagos

54,85 %

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Náutica Texto Antero dos Santos Fotografia Touron Náutica

Apresentação do Bayliner Element CC6

Aposta Bayliner no mar com o novo CC6 de Consola Central da Gama Element

Bayliner CC6 Element foi desenvolvido com características para o mar A Bayliner desenvolveu um novo modelo da gama Element com características marinheiras, o Element CC6 de consola central. Tem o casco inovador em forma de trimarã e possui um design exclusivo BeamForward da Bayliner que amplia a embarcação na proa para além do design tradicional.

O

estaleiro Bayliner dos USA criou uma nova Série, a CC, embarcações de consola central desenvolvidas à volta do conceito Element, onde a ergonomia é um factor de relevo, aplicado em embarcações para saídas 22

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com a família e os amigos, que proporcionem grande divertimento no meio aquático ou na pesca, com a máxima comodidade e segurança. Para garantir isso, a Bayliner criou para os barcos da gama Element um casco especial patenteado, em forma de M (M-Hull.

Com este casco em forma de M (M-Hull), quase um trimarã, o ar que passa nos dois túneis do M, levanta o barco e faz diminuir o atrito na água. Graças a isso, o barco consegue ter performances com um elevado desempenho, com motores de baixa potência, pois desco-

la mais facilmente da água. Também, devido a este tipo de casco, o barco tem uma notável estabilidade, com um aumento de 30% e reduzindo a inclinação, comparando com os cascos em V, qualidade que se exige nas embarcações para a pesca lúdica.


Náutica

À proa possui um design exclusivo BeamForward que amplia o espaço à frente

Na Série CC o estaleiro introduziu o design exclusivo “BeamForward” com o objectivo de aumentar a versatilidade de utilização, e oferecer um deck com muito mais espaço, maior comodidade e grande capacidade de arrumação, quando comparado com os tradicionais barcos de proa estreita. O conceito dos modelos Element CC foi criar um barco mais polivalente com a consola de condução ao

meio e uma área à frente e o poço desenhados e equipados para permitir pescar, dar uns mergulhos, tomar banhos de sol e fazer piqueniques. Com lotação para oito pessoas o barco comporta assentos à proa, um banco à frente da consola, o banco duplo do piloto e assentos à popa com três lugares. No que respeita à capacidade de arrumação, cada vez mais necessário numa embarcação polivalente, o Bayliner CC6 Element é um campeão. Na área da proa tem o poço da âncora, bem como dois grandes porões para guardar palamenta. A consola de condução tem um banco à frente, sob o qual existe um enorme espaço, com acesso por uma porta na consola e pelo assento do banco que faz de tampa. O banco do piloto dispõe dentro de uma geleira com caixa amovível que dá para colocar o gelo e o peixe. Sob o banco da popa encontra-se também um enorme porão para guardar as almofadas e equipamentos. Quando chega a hora

dos banhos de sol, a zona da proa converte-se num

grande solário, coberta por uma almofada de grandes

Posto de condução 2016 Maio 353

23


Náutica

A consola de condução central permite uma boa distribuição do peso da carga e da lotação

Motor Mercury F80 EFI O

Motor Mercury F80 EFI a 4 tempos, incorpora as últimas inovações tecnológicas da Mercury, com as quais consegue uma elevada combinação de potência e força com inigualável poupança de combustível. Ele pertence à nova geração de motores Mercury a 4 tempos de 80/100/115 que foram desenvolvidos segundo a mesma arquitectura dos populares e de grande prestígio Mercury F150 EFI, assegurando arranque a frio, estabilidade de funcionamento e elevada durabilidade, qualquer que fossem as condições de navegação. Este motor fora de borda Mercury tem um bloco com 2,1 litros de cilindrada, quatro cilindros, oito válvulas e uma árvore de cames. Caracteriza-se por ser mais leve e de mais baixo perfil no seu segmento de potências e proporciona mais potência e mais binário que a sua concorrência. A transmissão de design hidrodinâmico é totalmente inovadora a nível mundial, com uma relação de caixa de 2.07:1 que melhora a eficiência, reduz o consumo e aumenta as RPM Como a carcaça superior do motor está insonorizada, o seu escape é silencioso e foram instaladas diversas partes do motor, de modo a reduzir vibrações e diminuir o ruído da admissão, o motor funciona de forma notavelmente muito silenciosa e suave. Sem manutenção de válvulas, algo Inovador também neste motor, ele torna-se mais simples de manter, com apenas a mudança de filtros de óleo e de combustível e através do sistema de lavagem do motor com água doce.

24

2016 Maio 353

dimensões. Também quando é preciso fazer um piquenique, o painel da proa dobra-se para formar uma

mesa. O posto de comando tem pré-instalação da electrónica e comporta um pára-brisas

Geleira ou caixa para o peixe

Assentos à popa com encosto amovível


Náutica

Espaço à proa com almofadas

Porão do ferro e porões para palamenta

em vidro acrílico protegido por um alto corrimão em aço inox que serve também de apoio e segurança nas passagens laterais. O banco do piloto tem o encosto reversível, para se poder sentar virado para a proa ou para a popa a pescar ao corrico. Na zona da popa encontram-se três assentos com encostos amovíveis, para facilitar as entradas e saídas pela popa. Para os amantes da pesca, o pack Fish inclui hélice de proa e assento de proa, para a pesca nos lagos e nos estuários. Tem também porta canas laterais e seis suportes de canas na consola. A opção pack Fish transforma igualmente os compartimentos de arrumação na proa e na popa em arcas para guardar o peixe e no espaço de arrumação na consola pode-se montar um

viveiro de isco vivo. As extensões da plataforma de banho são de série e facilitam a entrada e saída da água. O deck é auto-vazante.

Banco à frente da consola

Este modelo poderá ser motorizado com motores fora de borda Mercury a 4

Tempos de 80, 100 ou 115 HP. O pack opcional de aço

O casco é especial patenteado em forma de M. 2016 Maio 353

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Náutica

A potência adequada do motor Mercury é de 80HP, 100HP e 115 HP

inoxidável inclui varandim na proa (na amurada) e porta bebidas, tudo em aço inoxidável. O novo Element CC6 da Bayliner foi apresentado nas feiras náuticas de Outono

em Cannes, La Rochelle, Southampton e Barcelona e também já na Nauticampo. De salientar o preço económico do conjunto com o Mercury F80, de 18.990 € + IVA.

Características Técnicas Comprimento total

6,10 m

Comprimento do Casco

5,49 m

Boca

2,29 m

Ângulo de popa

M-HullTM

Peso a seco

907 Kg

Calado

0,30 m

Capacidade dep. combustível

114 L

Lotação

8

Potência aconselhada

80HP / 115HP

Preço barco/motor

a partir de 18.990 € + IVA

Importador: Touron Portugal Telf.: 21 460 76 90 geral@touronsa.pt www.touron-nautica.com/pt

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2016 Maio 353

Interior da consola onde se pode montar um viveiro para isco vivo


2016 Maio 353

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Náutica

Notícias Touron

Bayliner Amplia a Gama Element de Consola Central com o Novo CC5 Continuando no sucesso do inovador design Elemet M-Hull TM, a Bayliner lança o novo Element CC5, com sistema auto-esvaziante e consola central, para navegação costeira e outras actividades náuticas. Este novo modelo junta-se ao CC6, de 5,57 m, já existente na mesma gama, que foi lançado no início desta temporada.

Bayliner CC5 Element tem o interior amplo e funcional

A

lexis Flechier, Director de Vendas e Planeamento da Bayliner EMEA referiu“Este é o segundo modelo na linha, que queremos em expansão, de embarcações com consola central, a

preço acessível, para navegação costeira, em rios e albufeiras, para pesca e um sem número de outras catividades náuticas”, acrescentando“É um design totalmente versátil” O CC5, abaixo dos 5 m, tem

Banco na consola e assentos à proa 28

2016 Maio 353

o mesmo layout, espaçoso e aberto, que caracteriza toda a linha Element, bem como a excepcional estabilidade que confere o casco M-Hull. O poço da âncora encontrase na zona da proa, bem como dois grandes espaços de arru-

mação cobertos por uma almofada de grandes dimensões. O painel da proa dobra-se para formar uma mesa. O posto de comando tem pré-instalação da electrónica, um compartimento de arrumação na parte dianteira. Este

Porões à proa


Náutica

Consola central de condução

A motorização aconselhada são Mercury F60 e F75

Compartimento na consola para viveiro de isco vivo assento tem encosto reversível virado para a proa ou para a popa. Na zona da popa encon-

tram-se dois assentos e compartimento de arrumação para diferentes tipos de equipamentos. Este compartimento dispõe duma almofada que transforma a zona num grande solário. As duas extensões da plataforma de banho facilitam a entrada e saída da água. Este modelo poderá ser motorizado com foras de borda Mercury a 4 Tempos de 60 ou 75 HP.

Para os amantes da pesca, o pack Fish inclui hélice de proa, assento de proa, suportes laterais para canas e 6 canheiros na consola. Esta opção transforma igualmente os compartimentos de arrumação na proa

e na popa em arcas para pesca e o espaço de arrumação da consola em viveiro. O pack opcional de aço inoxidável inclui varandim na proa (na amurada) e porta bebidas, tudo em aço inoxidável.

Assento e hélice de proa no pack Fish

Características Técnicas

Casco M-hull

Comprimento

4,93 m

Boca

2,13 m

Depósito combustível

68 L

Lotação

5

Potência máxima

80HP

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Electrónica

Notícias Nautel

C-TUG SandTrakz

O último carrinho para Caiaque & Canoa Construído na Nova Zelândia o C-TUG estabeleceu novos padrões com o seu design, estilo e precisão sofisticados. É com muito prazer que lhe sugerimos o novo C-Tug com as novas rodas SandTrakz concebidas para tornar o transporte do caiaque ainda mais eficiente.

melhores. Buldózeres e tanques militares usam longas faixas, reduzindo assim a hipótese de escavar. A punção das rodas SandTrax tenta imitar esse sistema de carris, o aro exterior comprime quando em uso dando um maior comprimento de pista. Na areia macia isso reduz o quão duro é para si que tem que puxar, para mover o seu carro por mais de metade em relação à punção padrão livre das rodas Kiwi! - Metade do esforço - Livre Punção - Encaixa-se dentro das escotilhas Enquanto os C-Tug foram desenhados para tornar a sua vida mais fácil em su-

O

C-TUG SandTrakz é o melhor carrinho para caiaque, mais versátil e durável do mercado. Suporta até 80kg (170lbs), desmonta-se para fácil arrumação, não enfer30

2016 Maio 353

ruja. A primeira coisa que vai reparar é que as rodas SandTrakz do C-Tug são muito maiores que as do tamanho padrão. Com o seu perímetro adicional, o transporte do caiaque torna-se mais fácil.

O peso é afastado e o esforço necessário para transportar as embarcações é reduzido. Quando se trata de movimentar cargas sobre areia macia, as rodas mais largas não são necessariamente as


Electrónica

perfícies macias, as rodas SandTrakz são grandes em superfícies duras. Os C-TUG SandTrakz foram concebidos para comprimir, agem como suspensão em superfícies duras, para fazer uma transição fácil e suave para superfícies duras.

NAUTEL Sistemas Electrónicos, Lda Rua Fernão Mendes Pinto, Nº 46, 1400-146 Lisboa – Portugal Tel. +351 213 007 030 Fax. + 351 213 007 039 Visite-nos em: www.nautel.pt

Nota: Um carrinho C-TUG com rodas SandTrakz é eficaz para cargas até 80 kg, mas ao longo deste efeito o peso pode ser reduzido. A carga não deve ser armazenada por longos períodos nas rodas SandTrakz. As rodas devem ser lavadas para remover a areia, a partir da área do eixo, depois de cada utilização. Não deixe as rodas SandTrakz à forte exposição solar por longos períodos.

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Porque o Tejo é Muito Mais Que Um Rio!

O CONGRESSO DO TEJO III vai provar que o rio Tejo, e a sua Bacia Hidrográfica, tem valências que têm sido ignoradas pelos sucessivos governos, a par de ser abusado por agentes pouco escrupulosos, que geridas com saber, podem alavancar significativamente o crescimento económico de Portugal.

N

a prossecução do Ciclo de Conferências Regionais preparatórias do Congresso do Tejo III, cujo principal desígnio é, como é sabido, o de fazer o diagnóstico de cada uma das regiões que integram o rio Tejo português, a próxima conferência é a da Lezíria do Tejo que se realiza no dia 17 do corrente mês de Maio, no Palácio do Infantado em Samora Correia. Esta conferência é a segunda do Ciclo de cinco conferências regionais preparatórias, realizada em parceria com a Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, com o apoio logístico da Câmara 32

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Municipal de Benavente, na sequência da Conferência da Navegabilidade no Tejo, de 19 de Novembro de 2015 na Fábrica das Palavras em Vila Franca de Xira, com o apoio logístico da Câmara Municipal local. Seguem-se a esta as outras três conferências do Ciclo, nomeadamente a do Médio Tejo a 7 de Julho em Vila Nova da Barquinha, no Centro Cultural, em parceria com a CIMT e com o apoio logístico da respectiva Câmara Municipal, na sequência da qual realizar-se-á a Conferência do Estuário em Lisboa, na data e no local a designar em breve, seguida da Conferência do Alto Tejo e do Tejo Internacional que terá lugar na Casa das Artes

e da Cultura em Vila Velha de Ródão, no dia 12 de Julho, com o apoio logístico e institucional da Câmara Municipal local. Como temos vindo a informar, é das conclusões destas Conferências Regionais que serão extraídas as matérias substantivas para levar ao Congresso do Tejo III, previsto para o próximo mês de Outubro do corrente ano de 2016. Com efeito, torna-se inadiável para a “Sustentabilidade do rio Tejo” e para a definição das “Políticas de Desenvolvimento da sua Bacia Hidrográfica”, a realização do Congresso do Tejo III, para procurar encontrar soluções e apontar caminhos para a tomada das me-

didas mais eficazes para a construção do futuro sustentado e sustentável do nosso maior Rio, para serem tomadas em consideração pela Assembleia da República na nova Legislatura em curso, para termos MAIS TEJO, MAIS FUTURO. Foi com esse objectivo que a Tagus Vivan, desde o início de 2015, está a fazer parcerias com entidades públicas e privadas para criar sinergias que contribuam, efectivamente, para que o Tejo, que é muito mais que um Rio, assuma um lugar de destaque na geografia ibérica e europeia, como um rio único, de características e atributos muito próprios e também, para não deixar cair no esquecimento que


Notícias do Mar

ele foi a porta aberta para a descoberta de novos mundos para além de estar na origem da primeira globalização mundial. A preparação deste novo Congresso, com a participação das diversas regiões do vasto território que o Tejo atravessa, tem também o objectivo de alertar as consciências das comunidades da sua bacia hidrográfica que se estende por uma terça parte do território continental, porque a sociedade civil não pode deixar de compreender que é seu dever passar a ser mais interventiva nos destinos deste país, nomeadamente na solução dos problemas que estão a afectar, cada vez mais, o nosso maior Rio, porque a Administração Pública tem tido uma grande

Tejo em Vila Velha de Ródão

inércia operacional desde há anos, o que contribuiu para que o Tejo tenha che-

gado ao estado em que se encontra hoje. Porque os homens e as

mulheres do Tejo precisam de saber QUE TEJO TÊM, E QUE TEJO DEVIAM TER.

2016 Maio 353

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Notícias do Mar

Um Olhar Sobre o Tejo

Entrevista Carlos Salgado

A Navegação no Rio Tejo é Tecnicamente Viável

Rio Tejo com bancos de areia alternados, em Santarém (julho de 2014) “O meu entrevistado deste mês é o Eng.º Miguel AzevedoCoutinho, Doutorado (PhD) em Hidráulica Fluvial e Recursos Hídricos, docente no Instituto Superior Técnico, e membro da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Tagus Vivan. Teve actividade como projectista, consultor e investigador e manteve intensos contactos a nível internacional, particularmente com a Colorado State University, onde foi professor visitante, e é membro de diversas sociedades científico-profissionais, como a European Society for Soil Conservation da qual foi membro fundador.” Carlos Salgado – Navegabilidade no Tejo, sim ou não, eis a questão? Azevedo Coutinho.- Colocada a questão dessa forma, a resposta é sim, se bem que considere conveniente justificar e elaborar sobre a questão. Considero que a navegação 34

2016 Maio 353

no rio Tejo é tecnicamente viável. A minha experiência como projectista da navegabilidade do rio Douro, nos projectos em que a Hidrotécnica Portuguesa esteve envolvida, primeiro para a então Direcçãogeral dos Serviços Hidráulicos, a Hidouro/CPE, a Comissão Coordenadora da Região Norte, entre outras entidades, levou-me a visitar alguns dos principais sistemas

fluviais e canais da Europa e dos Estados Unidos da América (estes, sob jurisdição do U. S. Army, Corps of Engineers). Ainda, participei em estudos de viabilidade da navegação no Tejo e no projecto de estabelecimento do canal de acesso a Vila Franca de Xira, em 1986, para a Iberol. A primeira questão que se coloca é a da definição do tipo de

navegação que se pretende estabelecer, e isso requer um conjunto de estudos aprofundados. C. S. - E que tipos de estudos e decisões são necessários? A.C. - Como referi, considero que a navegação é tecnicamente viável, e que é possível alcançar


Notícias do Mar

escalas semelhantes às dos principais sistemas de navegação interior, fluvial e interfluvial do mun-

do, e, particularmente, inseri-la no contexto da política europeia para os transportes, que considera altamente vantajoso, tanto do ponto de vista económico como ambiental, o transporte aquático face aos modos rodoviários e ferroviários. Importa, em primeiro lugar situar o problema: todos os cursos água que na pré-revolução industrial foram navegáveis, na época as autoestradas de comunicação de pessoas e bens, e que mantiveram essa navegação, prosperaram, modernizaram-se e constituem actualmente a espinha dorsal dos sistemas de transportes pesados na Europa. Os rios na Europa evoluíram muito e fazem hoje parte da principal estrutura verde ambiental (Green Infrastructures). Acresce que o rio Tejo tem condições morfológicas adequadas para o estabelecimento da navegação. O ordenamento do território e o usufruto dos seus principais recursos tem estado, em certa medida em Portugal, de costas voltadas para as nossas linhas de água, em particular para o rio Tejo. É fundamental potenciar as capacidades do rio e enobrece-lo como recurso, ao (re)torná-lo navegável. Deveria fazer parte do conjunto de políticas para o território, devolver a navegabilidade ao Tejo e ordená-lo como estrutura da maior valia ambiental e como suporte primordial de infraestrutura do sistema de transporte. Não cabe aqui desenvolver exaustivamente estes aspectos, mas deve-se referir que a tecnologia de controlo e orientação do escoamento - que permitem obter secções transversais e traçados de um canal navegável - se traduzem em vantagens para o leito do rio e das suas margens, e que deverão devolver ao rio um equilíbrio fluvial adequado. Do meu ponto de vista, as primeiras questões que se colocam são: a análise e definição do hinterland, associado ao rio; o estabelecimento e quantificação de cenários e tipos de tráfegos que

Eng.º Miguel AzevedoCoutinho possam ser colocados no Tejo; a identificação de locais privilegiadas para o estabelecimento de polos intermodais no sistema de transportes que levem ao estabelecimento de interpostos e de portos fluviais. Com estes elementos poderá ser estabelecida uma base de viabilidade económica que permita fundamentar a decisão de avançar com o projecto para a navegabilidade. C.S. – Que passos devem ser dados para o estabelecimento da navegabilidade? A.C. É urgente promover e debater o Tejo num contexto alargado que permita motivar uma nova aproximação ao rio e enquadrá-lo nas políticas públicas de ordenamento do território e nos objectivos de desenvolvimento local. Na minha opinião, deve ser desenvolvido um projecto de estabelecimento da navegabilidade, baseado em diferentes hipóteses e ambições para

o alcance e desenvolvimento da navegação. Uma navegabilidade circunscrita apenas ao lazer e ao turismo seria redutora no alcance das capacidades e potencialidades do rio! Considero que se deva iniciar um estudo de navegabilidade que considere os requisitos modernos e necessários da navegação, que se enquadre no contexto da navegação interior da Europa, que permita a adopção de frotas de gabarito Europeu e que se desenvolva, com possibilidade de faseamento, à Barquinha, a Abrantes e a Vila Velha de Ródão. De esta solução técnica se poderão posteriormente definir diferentes cenários possíveis e a respectiva viabilidade económica. Admito que se deva estabelecer algum nível de ambição, definir frotas de projecto que obedeçam pelo menos ao gabarito da classe IV ou Va (Welker ou Rhénan), com embarcações de tipo nunca inferior às que podem navegar no rio Dou-

Figura 1 – Perfil do rio Tejo, de Lisboa à fronteira 2016 Maio 353

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Notícias do Mar

Figura 2 – Rio Tejo, inserção no sistema de transportes no centro de Portugal (adaptado de PNPOT, 2007) ro, e que se prevejam e estudem dispositivos para vencer os obstáculos constituídos pelas barragens de Belver e do Fratel e pelo açude de Abrantes. A via navegável do Tejo deverá constituir uma infraestrutura de transporte moderna, com dinâmica intermodal e sustentável, dotada de todas as capacidades e tecnologias actuais! C.S. – O projecto não será muito ambicioso, particularmente envolvendo vencer os desníveis

das barragens? A.C. - A justificação da viabilidade e da ambição está bem patente na Europa, onde o sistema de vias fluviais se encontra em constante evolução e aperfeiçoamento. Devo referir que a geometria dos canais navegáveis se encontra em permanente evolução, que se estabelecem novos canais de ligação entre os vários rios navegáveis e que os dispositivos para a transposição de obstáculos e desníveis tem

vindo a ser melhorados e renovados, para aumentar a sua capacidade. No caso da barragem de Belver, no projecto e construção, foi previsto um local para a implantação de uma eclusa. A barragem do Fratel e o açude de Abrantes não dispõem de eclusa, mas esta questão não é impeditiva que se venha a estabelecer uma solução tecnologicamente viável. Refiram-se, por exemplo, as melhorias efectuadas ao nível das infraestruturas, em que, na Europa, escadarias de eclusas têm vindo a ser substituídas por eclusas únicas, vencendo de uma só vez maiores desníveis altimétricos, ou em que estas são substituídas por rampas ou por elevadores de embarcações. Um dos exemplos mais paradigmáticos é o elevador de embarcações Niederfinow, construído de 1927 a 1934 (aberto ao tráfego a 21 de Março de 1934), no canal Oder-Havel para vencer um desnível de 36 m. Este é o elevador mais antigo em operação na Alemanha, foi construído para substituir uma escadaria de quatro eclusas, no canal que ligava as cidades de Berlim e Estetino (Stettin). A caldeira deste elevador tem as dimensões de 85,0 x 12,0 x 2,5 m, permitin-

Figura 3 – Capacidade de uma formação fluvial Europeia

Elevadores de embarcações Niederfinow - antigo e novo, em construção (wikipédia, 2016) 36

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do o trânsito de embarcações com cerca de 1300 t de deslocamento, atingindo, anualmente, o trânsito de cerca de 11000 embarcações, que esgota a sua capacidade (no ano da inauguração o tráfego atingiu logo cerca de 2,8 Mt). Em 1997 foi decidida a construção de um novo elevador de maior capacidade, para fazer face ao aumento do tráfego. O novo elevador vencerá a mesma elevação e terá uma caldeira com 125,5 x 15,0 x 4,0 m, permitindo embarcações com capacidade superior a 3.700 t, aumentando a capacidade do tráfego anual para mais de 4,5 Mt. A construção foi iniciada em 2006 tendo sida prevista a conclusão em 2014; o custo orçamentado foi de 285M€. Não se encontra actualmente terminado, prevendo-se a conclusão ainda até ao final de 2016. Resta mencionar que o antigo elevador deverá continuar em funcionamento até, pelo menos, o ano de 2025, sendo o elevador uma atracção turística que atrai mais de 500.000 visitantes por ano. Fotografia 2 – Elevadores de embarcações Niederfinow - antigo e novo, em construção (wikipédia, 2016) NM (C. Salgado) – O que poderá acrescentar para concluir? Estou plenamente convicto que a navegabilidade é viável e que basta haver empenhamento para mobilizar vontades e promover a realização dos estudos exploratórios necessários. Penso que ainda neste quadro comunitário 2020 poderá haver verbas que permitam a realização dos estudos preliminares e os projectos para o estabelecimento da navegabilidade.


2016 Maio 353

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Notícias do Mar

Texto e Fotografia Carlos A. Cupeto (Universidade de Évora)

O Tejo a Pé

Na ribeira das Vinhas (Cascais) Esta é a caminhada perfeita

Das Penhas da Marmeleira vemos um imenso mar de pedra com a serra de Sintra como cenário. Perfeita porque saímos do centro de Cascais e estamos no campo. E que campo tão bonito e magnífico, há campo feio?

E

As cristas de calcário conduzem-nos ao vale encaixado das Vinhas onde vamos andar. 38

2016 Maio 353

mbora o tempo esteja sempre bom, faça sol ou chova, desta vez o sol e a temperatura amena ajudaram muito. O grupo não era muito grande o que facilitou a boa conversa que sempre nos acompanha sem pesar na mochila; antes pelo contrário, sempre mais leves e mais ricos com mais saber. A compor o ramalhete a justa referência e agradecimento ao Grupo Ecológico de Cascais que nos guiou nos amigos Paula M e Pedro L. Primeiro no Parque das Penhas da Marmeleira, uma antiga lixeira hoje um paraíso – apesar das muitas lamúrias da Paula – uma vista fantástica, larguíssimas vistas para um enorme mar, hoje de pedra, outrora de águas salgadas, tranquilas e tropicais


Notícias do Mar

– geologia sabe estas coisas. Quem diria que estamos em Cascais. Apetece ficar mas lá em baixo, encaixada nos calcários, está a lindíssima ribeira das Vinhas. Das Vinhas porque por aqui terão surgido as primeiras vinhas da região; como sempre o vinho como identidade territorial. Descemos e cá em baixo, junto à água límpida da ribeira e à luxuriante vegetação a paisagem não é inferior, antes pelo contrário. Acompanha-se a água e até ao Pisão a coisa não muda e ainda bem. Depois da Quinta cruzamos a magnífica horta biológica, os fornos da cal, a gruta dos morcegos e chega a hora do almoço no parque de merendas junto ao agora recuperado (o que virá a ser?) armazém da cal. Por aqui almoço é almoço e assim foi; quase que deu para cesta. Felizmente depois meteu umas subidas e coisa compensou. De tarde a paisagem muda, mais larga, caminhamos sobre o topo da plataforma (um antigo nível de praia) que corta as camadas de calcário bastante inclinadas pela proximidade da serra de Sintra que nunca nos largou. De volta à simpática Murches o calor fez-se sentir como que a dizer que estamos na Primavera, a habitual cerveja de despedida resolveu isso e muito mais e todos partimos felizes e contentes. Em junho a Madeira espera por nós.

Não parece mas o centro de Cascais está muito perto.

A beleza da ribeira

Almoço e quase cesta.

Isto é o Tejo a pé. 2016 Maio 353

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Nautiradar Alarga Portefólio de Carregadores de Baterias ProMariner A Mastervolt, sendo parte integrante do grupo Power Products LLC, ao qual pertence também a Promariner, iniciou recentemente a comercialização de três modelos do fabricante ProMariner: ProSport, ProNautic e ProSafe. Estes produtos são uma valiosa adição ao Portefólio da Mastervolt na área EMEA. Os carregadores de baterias marítimas de bordo ProSport incorporam um controlo total digital por microprocessador. Têm a capacidade de apresentar informação, de forma automática, acerca da sua instalação com o seu exclusivo “Sistema de verificação OK” e indicadores LED para identificação de problemas nos bancos de baterias. A gama ProSport possui o mais avançado modo de economia de energia, monitorizando apenas e mantendo automaticamente o nível das baterias num estado de carga completa. O resultado representa uma reserva máxima de energia e um consumo inferior de CA e consequentemente custos de operação mais reduzidos.

ProNautic1230P ProNautic: Carregadores de 12V até 60 Amperes e de 24V até 20 Amperes com distribuição sempre que necessário. A nova linha de produtos ProMariner baseia-se numa plataforma, totalmente digital de Desempenho de Carga “ProMar”, com funcionalidades de poupança de energia e um novo sistema operativo. Os inovadores carregadores, classificados como sendo “verdes”, combinam a tecnologia de conversão e controlo

digital de energia por software com características globais de gestão de energia. A nova série ProNauticP apresenta características tais como diagnósticos de auto teste, tensão e amperagem do sistema em tempo real, indicador discreto de falhas e modos de reacondicionamento mensal de energia para prolongar a vida útil das baterias. ProSport: carregadores avançados à prova de água e sal - IP67

ProSafeFS30 40

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ProSafe Os isoladores galvânicos ProSafe, interrompem o fluxo de corrente galvânica com outras embarcações, quando instalados num barco e ligado à corrente CA dum porto ou marina. Esta tecnologia permite uma corrente alternada (CA) devidamente segura, resolvendo assim os problemas mais comuns de corrosão e perda prematura de zincos num barco. Os isoladores galvânicos ProSafe são fáceis de instalar e não requerem um monitor dedicado que verifique o estado operacional do isolador galvânico. ProMariner Fundada há mais de 35 anos, a ProMariner é conhecida como pioneira no desenvolvimento de carregadores de baterias marítimas robustos e completamente automáticos. Nos dias de hoje, os seus carregadores eficientes e de fácil montagem fornecem aos proprietários de barcos uma poderosa solução sem que, haja a

necessidade de manuseamento manual das baterias. A aquisição da ProMariner por parte da Power Products LLC reforça e amplia o seu portefólio de produtos e de marcas líderes a nível mundial. Mastervolt A Mastervolt é um fabricante líder mundial em sistemas elétricos marítimos e componentes. A missão da Mastervolt consiste em fornecer o “Poder para Ser Independente” (Power to Be Independent”) - a bordo, fiável e em qualquer lugar do mundo. Conhecidos pela inovação, fiabilidade e qualidade, os produtos Mastervolt são desenhados para serem utilizados de forma independente ou, como sistemas integrados - desde a conversão de potência à gestão de circuitos, todo o equipamento Mastervolt é construído para o melhor desempenho e longevidade no duro ambiente marítimo. A vasta gama de componentes elétricos da Mastervolt e sistemas inclui baterias, carregadores de bateria, inversores, carregadores/ inversores, isoladores, conversores, transformadores, sistemas de comutação digital, produtos de propulsão elétrica e muito mais. A Mastervolt faz parte da Power Products LLC que inclui várias outras grandes marcas na divisão Marítima, Móvel e Industrial. Ancor, BEP, Blue Sea Systems, Marinco, Mastervolt e ProMariner têm vindo a apresentar nas últimas décadas, soluções elétricas inovadoras enquanto empresas independentes. Para mais informações sobre o sistema contacte o importador Nautiradar.

ProSport12


Electrónica

Notícias Nautiradar

Scanstrut apresenta a mais recente inovação o suporte ROKK Mini O suporte ROKK Mini é a solução mais robusta e fiável para o seu equipamento de eletrónica.

RLS-403 Montagem em Tubo c/ braçadeiras € 20,00

RLS-404 Montagem e superfície c/adesivo € 20,00

RLS-AM Montagem Ajustável € 44,00

A

melhor opção para instalar pequenos aparelhos de eletrónica a bordo vai estar disponível atravês da Nautiradar ou da sua rede de agentes, já a partir de Março de 2016. O ROKK Mini é um suporte compacto, universal, com capacidade total de ajustamento da sua posição, sendo ideal para telemóveis, tablets, pequenas sondas, câmaras de ação ou máquinas digitais. Com um sistema de bloqueio e desbloqueio que permite uma infinidade de ajustes. A sua base é de libertação rápida, o que permite a sua colocação ou remoção na hora. São múltiplas as aplicações, o design é intuitivo o que facilita a sua utilização

RL-509 Suporte Universal ajustável para telemóveis GPS e aparelhos de pequenas dimensões € 20,00

RLS-401 Montagem em Superfície € 17,00

RLS-402 Montagem em Tubo € 28,00

em segurança e os materiais de que é feito preparam este suporte para todas as condições nomeadamente as marítimas. As opções de montagem permitem a colocação nos varandins entre os 19mm Ø a 34 mm Ø e mesmo em mastros de secção quadrada. Se for mais prático uma instalação permanente em superfície plana, o ROKK Mini é fornecido com uma cola autoadesiva 3M.

dos os modelos e Garmin VIRB X & XE Câmaras Digitais com rosca de montagem 6,3mm Sondas da Raymarine Dragonfly 4 & 5 PRVP (já com Iva) RLS- AM Montagem ajustável - € 44,00; Montagem em superfície - € 17,00; RLS-402 Montagem em tubo - € 28,00; RLS-403 Montagem em tubo de maior diâmetro através de braçadeiras - € 20,00; RLS404 Montagem em superfície com adesivo 3M - € 20,00; RL-508 Suporte Universal e ajustável para tablets (mini incluídos) de 125mm a 210mm - €28,00

Equipamentos vocacionados para o ROKK Mini: Telemóveis da Apple iPhone 4, 5, 6, 6+, Samsung Galaxy 3, 4 Note, HTC 1 e vários rádios de VHF e GPS. Tablets da Apple iPad, iPad Air, iPad Mini, Google Nexus e Samsung Galaxy Note. Câmaras de ação GoPro to-

RL-510 Suporte para câmaras GOPRO e Garmin VIRB X e XE € 17,00

Scanstrut Fundada em 1986, a Scanstrut é reconhecida como líder internacional no design e fa-

RL-511 Rosca standard de 1/4” para câmaras digitais fotográficas e de filmar € 17,00

RLS-404 Suporte Universal e ajustável p/tablets €28,00 brico de soluções para as instalações de eletrónica a bordo das embarcações. São 30 anos de experiência e inúmeras soluções já avançadas para a comunidade náutica em todo o mundo.

RL-TETH Corrente de Segurança € 17,00

RL-512 Suporte p/aplicação direta sondas Dragonfly 4 e 5 € 17,00 2016 Maio 353

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Mastervolt Apresenta Novos Monitores de Baterias BATTMAN A Monitorização Mastervolt é uma janela para a vida das baterias. sentar uma indicação da condição da bateria, existe uma forma substancialmente mais fiável de se obter essa informação que passa pelos monitores de bateria da Mastervolt, a saber:

Fotografia: Roman

O BattMan Lite Trata-se de um monitor de bateria acessível que fornece informação crítica acerca do estado da carga de energia da bateria, em quaisquer circunstâncias. Possui um grande display, à prova de salpicos (IP65). Em adição, emite um aviso quando a carga da bateria chega ao fim.

A

Nautiradar tem já disponíveis para o mercado português os novos monitores de Baterias BATTMAN e são inúmeras as suas vantagens. As baterias que inesperadamente ficam esgotadas, tornam-se num desesperante contratempo. Estas situações podem ser evitadas, recorrendo a sistemas da Mastervolt de monitorização de baterias que colocam um fim a surpresas desagradáveis. Com estes sistemas de monitorização, é possível visualizar toda a

informação e controlar o estado de carga da bateria. As informações sobre o desempenho, consumo e carga disponível são mostradas num display de imagem nítida. Os sistemas permitem ainda a escolha do instrumento correto e à medida das necessidades de cada um. Medir a quantidade exata de energia que resta numa bateria é algo de complicado, bem diferente de simplesmente medir o nível de água

ou combustível num depósito. Existem muitos fatores que influenciam a quantidade de energia que a bateria conseguirá ainda fornecer, tal como a sua idade, a temperatura envolvente e a intensidade das cargas aplicadas à bateria. Apesar de um Voltímetro apre-

O BattMan Pro Este monitor de baterias possui as características da versão Lite mas mais completo, apresentando no display, o tempo que resta até que a bateria precise de ser recarregada e armazena ocorrências especiais do estado da bateria. Estes monitores tem a mais valia de puderem servir de sistema ativo de aviso, podendo despoletar um alarme acústico ou um sistema automático de start/stop para o gerador. PVP Battman Lite 179€ (c/IVA) Battman Pro 221€ (c/IVA) Para mais informações contacte o importador Nautiradar.

Battmanpro package

Battman pro 42

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Battmanlite


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto Bruno Cabrita Fotografia Redação/Mundo da Pesca

Bruno Cabrita dá… 10 Dicas de Campeão Para pesca aos besugos

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Pesca Desportiva

Não quisemos complicar muito o tema e decidimos apresentar uma série de conselhos dados pelo campeão nacional de pesca de alto mar para a pesca ao s b es u g o s. B r u n o Ca b r i ta d e i x a u m a importante cábula para que “dê cartas” a pescar a este singular peixe, responsável por muitas jornadas interessantes em alto mar.

1 -Tamanho dos estralhos Este é um tema muito importante e que pode variar consoante o dia. Deve ter sempre estralhos entre 40 a 50cm, pois os besugos podem estar a comer de várias maneiras e temos que por estralhos um pouco mais compridos (50cm). 2 - Tamanho do anzol O besugo é um peixe com boca grande, razão pela qual teremos de usar um

anzol um pouco maior. Mas nada de exageros: basta um anzol nº 2, que é mais do que suficiente. 3 - Secção dos fios Os fios para esta pesca poderão ser um pouco mais fortes. Um estralho com 0,26 e uma madre em 0,30mm faz com que possamos pescar à vontade, sem problemas. 4 - Borrachas nos anzóis Eu pessoalmente muitas

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Pesca Desportiva

das vezes a pescar a este tipo de peixes tenho já preparado umas pescas com umas borrachas de silicone vermelhas que muitas das vezes são bastante produtivas, mas também há dias em que não são! Por isso é uma questão de experimentar na altura. A ideia é colocar tubos de silicone com mais ou menos 1,5cm na haste e a passar um pouco para a linha. 5 - Cor das chumbadas Na minha opinião a cor

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Pesca Desportiva

vermelha é muito produtiva pois é bastante atrativa para este tipo de peixes. No entanto, e na profundidade, uma cor mais fluorescente pode dar bons resultados. 6 - Peso das chumbadas Muito importante é o peso que usamos; por vezes uma chumbada mais pesada pode fazer a diferença pois a pesca fica mais fixa e por vezes com uma chumbada mais leve a pesca corre mais e o peixe sente a pesca

mais livre e come melhor. Mais uma vez é tentativa e erro. 7 -Tensão das linhas A tensão com que estamos a pescar é muito importante, quanto menos tensa estiver a linha menos desconfiados os peixes ficam e mais confiantes comem o isco. 8 - Esperar pelo segundo ou terceiro

Muita das vezes, na zona em que mais pesco – Setúbal -, a pesca dos besugos faz-se mais fundo e por vezes é mais produtivo esperar pelo segundo peixe e até mesmo pelo terceiro pois a profundidade é muita e só para trazer um peixe de cada vez não nos favorece. 9 - Toque específico O besugo tem um toque muito específico que, com alguma experiência, po-

demos logo identificar em ação de pesca. Tem um toque muito tenso pois a ponteira faz uma força contínua quando o peixe está a picar. 10 - Ferragem Ferrar o peixe na altura em que está a picar é muito importante. É importante tentar fazer uma ferragem eficaz e curta para tentar não assustar os peixes que estejam próximo dos outros anzóis e assim tentar apanhar mais que um exemplar.

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Pesca Desportiva

África do Sul Big Game

Temporada de Pesca Chegou ao Fim A 30 de Abril terminou oficialmente a temporada de big game fishing na àfrica do Sul, já com o vento a soprar de sul e a maioria dos barcos já fora de água, para limpar os fundos e começar a revisão habitual anual. No entanto, para os mais entusiastas, nas águas mais ao norte do Quénia em Watamu ou mais acima em Malindi pode-se pescar durante todo o ano.

Wahoo longo da costa, foram sendo capturados principalmente no final de Junho muitos Veleiros,

Marlin Preto

A

liás foi o Festival de Mailindi, o primeiro da temporasda, que deu início à temporada de torneios. Os veleiros na altura da reali48

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zação deste torneio internacional, ainda não tinham entrado e apenas se capturou um com 134 Kg, e muitos wahoo. A África do Sul tem 1.800 Km de costa, mas é do lado Orien-

tal que tem maior actividade o big game fishing. Cape Town, Durban e principalmente Richards Bay, mais ao norte, são as portos lendários. Na temporada passada ao


Pesca Desportiva

Marlin Azul

Pescaria de Wahoo

enquanto os marlin negro só começaram a ser vistos em Julho. A maioria dos marlin negros que foram capturados eram de dimensão pequena. Notícias de capturas de atuns albacora só começaram em Agosto. O maior tinha 98 Kg, mas foram muitos tirados, em excelentes jornadas de pesca. Quem queria lutar com os atuns albacora tinha que rumar bem para o norte, muito especialmente em Watamu, no Quénia, onde se produziram

Wahoo 2016 Maio 353

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Pesca Desportiva

Atum Albacora de 105 Kg grandes capturas dos atuns albacoras. Os veleiros começaram a descer e no início de Novembro estes peixes deram impressionantes lutas. No final do mês, um barco conseguiu capturar seis num dia. Os marlin começaram a aparecer no Canal de Pemba e em Dezembro, depois do vento do norte começar a soprar, foi o sinal para o marlin passar ao longo da costa.

Janeiro foi marcado por boas capturas de marlin nas águas mais profundas. Principalmente no Canal de Pemba, embora as capturas tenham caído para o fim do mês, foi em fevereiro que as capturas se tornaram muito produtivas, com todas as três espécies de marlin a serem visíveis e a proporcionarem grandes lutas. Os combates com os marlin continuaram em Abril, com

Atuns Albacora 50

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Atum Albacora de 107 Kg packs de ambos, marlin azul e listado e vencidos junto ao barco. Houve relatórios de skippers impressionantes, um deles com cinco peixes saltando sobre as linhas em simultâneo. Todos os grandes torneios deram boas capturas de marlin, principalmente os do Quénia de, com pontuações para quase todos os barcos. Os marlin ainda estavam rendendo bem no meio de Abril,

com um barco encontrar seis marlin e um veleiro num dia, incluindo dois azuis estimados mais de 230 kgs. Para alguns, estes combates pegando seis peixes em um dia, consideraram ter sido as melhores capturas, uma delas um marlin preto com 404kgs foi o maior peixe, e houve outro marlin azul com uma estimativa de 400 kg. Considerando-se isto um final fantástico para a temporada.

Pescaria de atuns Albacora e Wahoos


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Notícias do Mar

Notícias da Marinha

O Instituto de Socorros a Náufragos

Recebe Prémio

O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) recebeu, no âmbito do Programa de Excelência SIVA 2016, realizado no passado dia 26 de abril, no qual a SIVA reconheceu os melhores das suas Redes de Concessionários, um Prémio de Responsabilidade Social, atribuído pela SIVA, pelo projeto “Sea Watch”, organizado em parceria com a Volkswagen.

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ste prémio foi entregue ao Diretor-geral da Autoridade Marítima, Vice-Almirante António Silva Ribeiro, pelo 52

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ISN recebe Prémio Responsabilidade Social

Presidente do Conselho de Administração da SIVA, Dr. João Pereira Coutinho. Foi há cerca de 6 anos que arrancou o projeto “Sea Watch”, resultado

da parceria entre o ISN, a SIVA e os Concessionários Volkswagen. Este projeto, cujo principal objetivo é promover a segurança nas praias de Portugal, prevê a

disponibilização de pick-ups Volkswagen Amarok para o serviço de patrulhamento nas costas, devidamente equipadas para a vigia e o salvamento.


Notícias do Mar

As pick-ups Volkswagen Amarok devidamente equipadas

O projeto “Sea Watch” conta com 28 viaturas e possibilitou já o salvamento de 127 veraneantes, efetuando 426 assistências de primeiros socorros (entre as quais um parto bem sucedido) e 71 buscas com sucesso de crianças perdidas. Os operacionais que trabalham com as viaturas pertencem ao Corpo de Mi-

litares da Marinha e, durante a época balnear, prestam serviço na Autoridade Marítima Nacional. A SIVA e o ISN já confirmaram a continuidade deste projeto para este ano, estando prevista a entrega das novas viaturas Volkswagen Amarok para o final do mês de maio, a tempo do início da época balnear.

Os operacionais do Corpo de Militares da Marinha em Ribeira de Ilhas 2016 Maio 353

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Surf

EDP Mar Sem Fim

Fotografia: Rui Soares

Terminou a 2ª edição e prepara-se arranque da nova temporada

Joao Macedo na Graciosa O projecto assinala dois anos e faz balanço bastante positivo, confirmando o potencial das ilhas dos Açores para o Surf de ondas grandes. A organização anunciará ainda este mês os Prémios que irão a votação.

A

Arquipélago dos Açores, realizando missões de reconhecimento e expedições. O potencial de ondas grandes e inexploradas anteriormente foi confirmado ao longo da edição. São Miguel, Graciosa e Terceira foram os locais explorados este Inverno por alguns dos melhores e mais consagrados surfistas de ondas grandes, em Portugal. Em forma de balanço João Macedo, coordenador dos Surfistas afirma “O fim da época

Fotografia: Rui Soares

edição 2015/16 do EDP Mar Sem Fim, projeto pioneiro de descoberta de ondas grandes em Portugal, chegou ao fim. Após a última expedição realizada em Abril à ilha Terceira e terminada a época de ondulações no Hemisfério Norte, o projecto EDP Mar sem Fim dá por encerrada a 2ª temporada. Ao longo desta temporada de Inverno, o projecto EDP Mar sem Fim passou por diversas ilhas do

Alexandre Botelho 56

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de ondas grandes traz consigo o sentimento de dever cumprido. Este Inverno foram realizadas três expedições que foram um sucesso, duas delas em locais nunca antes por nós explorados, sendo que o Inverno foi muito intenso no que respeita aos feitos dos nossos bolseiros. Poder contar com a presença de alguns dos maiores e melhores Surfistas foi também muito gratificante, como foi o caso do Alex Botelho, Eric Rebiere, João Guedes entre muitos outros. Teremos certamente muito que recordar, enquanto toda a equipa treinará ao longo do Verão. É com orgulho que o nosso trabalho e esforço continua a contribuir para que o Surf de ondas grandes e perfeitas em Portugal esteja em alta” concluiu João de Macedo. Para o responsável do projecto, Mário Almeida “A segunda edição do EDP Mar Sem Fim veio consagrar o projecto e confirmar todo o trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo destes dois anos. Aumentámos o número de expedições e locais visitados, o número e valores das bolsas atribuídas e sentimos que estamos a criar bases

de apoio aos surfistas. Estamos muito agradecidos decidos com a aposta da EDP no projecto Mar Sem Fim e também com o apoio dos Açores às nossas expedições nas incríveis ilhas açoreanas. Agora é tempo de preparar a entrega dos prémios e planear a 3ª temporada.” Ainda este ano, o projecto pretende destacar os surfistas que mais se evidenciaram ao longo da temporada de Inverno 2015/16, através da atribuição de vários prémios como o ‘Prémio Surfista da Temporada XXL’, que serão anunciados brevemente. A organização está também a preparar o lançamento da 3ª temporada, onde estão previstas muitas novidades, onde se incluem novas bolsas e mais expedições. Na edição que se avizinha, o projecto prevê consolidar a experiência adquirida ao longo dos dois anos , servir como plataforma de comunicação dos surfistas portugueses de ondas grandes, tal como continuar dar a conhecer a potencialidade do nosso país enquanto destino turístico para o Surf. Sobre as Expedições Realizadas 1ª EXPEDIÇÃO: realizada à Ilha


Surf

de S. Miguel, entre 11 a 15 de Novembro 2015, mostrou um enorme potencial para ser a “próxima Nazaré”; Equipa: João de Macedo, Alex Botelho, Eric Rebiere, Diogo Medeiros. (Chefe de Segurança: Marco Medeiros) 2ª EXPEDIÇÃO: realizada à Ilha da Graciosa, entre 17 a 21 de Janeiro 2016, permitiu destacar a ilha como um destino idílico para o surf de ondas grandes; Equipa: João de Macedo, João Guedes, Jácome Correia. (Chefe de Segurança: Marco Medeiros) 3ª EXPEDIÇÃO: realizada à Ilha da Terceira, entre 29 a 31 de Março 2016, onde foi feito o levantamento de bastantes locais para quebra de recordes XXL. Equipa: João de Macedo e João Guedes. (Chefe de Segurança: Marco Medeiros)

ter-se ao Big Wave Tour, da WSL. Com a ajuda da bolsa ‘XXL’ atribuída à Jet Resgate Portugal foi criado o CAFT - Centro Avançado de Formação e Treino em Ondas Grandes no Porto da Nazaré, que permitiu melhorar as condições de segurança para os surfistas e criar um espaço destinado a dar suporte avançado aos surfistas de ondas grandes através de treinos e formação de resgate e tow-in na Nazaré. A inclusão da Bolsa ‘Girl’, foi uma das grandes novidades do

projeto deste ano, ganha por Joana Andrade, duas vezes nomeada para os Billabong XXL Awards ao surfar uma onda na Papoa e outra na Nazaré. Por fim, Jácome Correia venceu a bolsa ‘Rookie’, uma vez que foi confirmado o potencial de crescimento deste surfista, no surf de ondas grandes. A bolsa ajudou o surfista a suportar os custos de preparação da temporada de inverno e foi convidado a integrar a equipa do EDP Mar Sem Fim nas expedições aos Açores.

Fotografia: Miguel Rezendes

Sobre as Bolsas Atribuídas Este ano foram atribuídas 4 bolsas, todas com destinos diferentes. O surfista Alexandre Botelho, tornouse o primeiro surfista português a surfar a onda de Jaws (Maui - Hawaii), palco da última etapa do Mundial de Ondas Grandes. O valor da bolsa ‘Tour’ atribuída pelo EDP Mar sem Fim foi usado para treinar e recolher imagens, de forma a subme-

Expedicao na Ribeira Grande

João Guedes na Terceira 2016 Maio 353

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Vela

Torneio Robbialac/Álvaro Lopes

Clube Naval do Funchal Celebra 64 Anos

No âmbito das celebrações do 64º aniversário do Clube Naval do Funchal, realizou-se o Torneio Robbialac/Álvaro Lopes e o Campeonato Regional de Vela Adaptada Exictos, ambos organizados pelo CNF.

M

arco Gamelas, coordenador da vela do CNF, afirma: “Tínhamos uma previsão de vento de nordeste, com alguma intensidade, e foi exatamente isso que se fez sentir no primeiro dia, com ventos na ordem dos 20 nós, atingindo rajadas com mais de 25. Dado o percurso pouco comum que foi feito no sábado, posso dizer que arriscámos um pouco no que se refere

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à forma como as regatas regionais são feitas, mas o resultado foi excelente, tendo conseguido fazer um total de três, o que me faz querer dar os parabéns à comissão de regatas. No segundo dia, o vento rodou ligeiramente para norte e esteve na ordem dos 8, 9 nós, o que permitiu fazer ainda mais 3 regatas, concluindo este fim-de-semana com um balanço muito positivo.” Na classe Optimist Infantil,

com 19 velejadores inscritos, Rafael Aguiar, do Iate Clube de Santa Cruz, foi vencedor, seguido de Ema Figueira, do Clube Naval do Funchal e de Ruben Camacho, do ICSC. Na classe Optimist Juvenil, Vasco Soares, da Associação Náutica da Madeira, foi o primeiro. Na classe 420, foi obtida uma vitória navalista através de Lourenço Cardoso/António Ornelas. Hugo Jardim/Francisco Gouveia, da ANM, foram segundos e Ale-

xandre Casimiro/João Ferreira, do CNF, ficaram na terceira posição. Em Laser 4.7, Carlota Camacho da ANM foi a vencedora. Já em Techno 293 Juvenil, o pódio pertenceu ao CNF, com Gonçalo Paulos, Tiago Sousa e Rodrigo Gomes. Quanto ao Campeonato Regional de Vela Adaptada Exictos, domínio total do Naval do Funchal com Élvio Barradas, Mónica Mendonça e António Nóbrega, a ocuparem os lugares de pódio.


Vela

Sailing World Cup Hyères

Fotografia: Jesus Renedo/Sailing Energy/World Sailing

João Rodrigues Brilha

Carmo foi 22ª classificada da geral. A belga Evi Van Acker alcançou o triunfo, seguida

da sueca Josefin Olsson e da britânica Alison Young. No total, marcaram pre-

sença em França cerca de 650 velejadores de mais de 40 países.

Fotografia: Pedro Martinez/Sailing Energy/World Sailing

J

oão Rodrigues terminou a etapa francesa da Taça Mundo na 10ª posição da geral de RS:X. Na prova que decorreu em Hyères, Sara Carmo foi 22ª classificada em Laser Radial. Para o velejador madeirense foi a segunda prova consecutiva a terminar no top 10, depois do resultado alcançado no Troféu Princesa Sofia. O vento fraco impediu a realização da Regata das Medalhas de RS:X masculino, em que estaria o velejador português . Desta forma, João Rodrigues fechou a sua participação no 10º lugar. Piotr Myszka e Pawel Tarnowski, ambos da Polónia, ficaram com o ouro e a prata em águas francesas. O britânico Nick Dempsey conquistou o bronze. Em Laser Radial, Sara

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Notícias do Mar

Últimas Associação Naval de Lisboa

Regata do 160º Aniversário

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o âmbito da comemoração do seu 160º aniversário a Associação Naval de Lisboa

organizou uma regata de cruzeiros para a classe ANC no rio Tejo e vela ligeira em São José de Ribamar. Em ANC A, o Carioca, de Eduardo Guimarães Marques, foi o vencedor, seguido do Golfinho L3, de António Mendes

e do Xekmatt, de José Carlos Prista. O Complot II, de Raul Xavier, triunfou em ANC B, superiorizando-se ao B2, de Miguel Rocha e ao Feng Shui, de Rui Carvalho. Em ANC D, o Match 2, de Luís Castel-Branco foi o primeiro, com o Thalassa, de

José Romeu e o Sherazade, de João Rodrigues a serem 2º e 3º. Finalmente, em ANC E, o Fanático, de Jorge Alves, o Azores, de Pedro Pinho e o Boom Jack, de Vasco Outeiro, ocuparam as posições de pódio.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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